Estas marcas tão indesejadas na pele
A nossa pele dispõe de uma camada intermediária formada por colagénio e elastina responsáveis pela s
Estrias

Apesar de as mulheres serem normalmente mais afectadas, o facto é que as estrias não escolhem sexo nem idade. Mulheres, homens, adolescentes e crianças todos podem ser afectados. As zonas mais afectadas são normalmente os seios, coxas, cintura, nádegas e barriga. Podem afectar também os braços e pernas.

A sua distribuição nestas zonas já está bem caracterizada. Na barriga surgem em redor do umbigo, nas coxas e nádegas de forma oblíqua, nos seios orientadas em direcção à auréola, no tronco e nas raízes dos braços e pernas são transversais. As estrias são habitualmente simétricas e, na maioria dos casos, perpendiculares ao sentido de maior tensão aquando da distensão. A estria é de facto uma distensão da pele. Esta pode acontecer em virtude de diversos factores. Puberdade, a gravidez, o aumento de peso e algumas doenças, crescimento ou súbita redução de peso são os mais normais. Sob o efeito das hormonas, os fibroblastos (células fundamentais da pele que fabricam elastina e colagénio) sofrem o desequilíbrio que provoca uma diminuição das fibras colagénicas e elásticas que dão consistência, suporte e flexibilidade à pele. Desta forma e à medida que a pele se vai tentando adaptar à nova forma, as estrias vão surgindo. A pele ao ser demasiado esticada rompe-se, as bordas cicatrizam e pronto, está criada a estria.

Com o tempo as marcas tendem a aclarar, passando de vermelho a branco, mas não desaparecem na totalidade. Há uma fase inicial inflamatória, em que as estrias são ligeiramente planas ou elevadas, com uma cor púrpura, começando rapidamente a alargar e a alongar, passando para uma cor violácea. Na fase seguinte, chamada cicatricial, as estrias vão evoluir para o seu aspecto definitivo: uma atrofia provoca uma depressão cutânea, a epiderme mais fina nessa zona adquire um aspecto branco nacarado mas também pode, muito raramente, pigmentar-se e ficar do tom da pele. Se não forem tratadas, as estrias vão persistir indefinidamente. Podem quanto muito diminuir ligeiramente de tamanho e a sua cor atenuar-se ligeiramente.

Existem vários tipos de tratamentos para este problema:

Laser: É um tratamento bastante actual para a redução das estrias. Os tipos de lasers utilizados para o tratamento de estrias têm afinidade pela água da pele e, ao atingir a pele, promovem a sua vaporização localizada. Isso estimula uma nova organização desse tecido, com formação de novas fibras de colagenio e elastina. Um tipo muito utilizado é o Laser Fraccionado de CO2, por promover uma grande melhoria, com poucos efeitos colaterais.

Dermoabrasão: É realizado um tipo de lixamento da pele que, ao escoriar a pele, elimina uma boa parte da camada superficial. Isso também estimula um processo cicatricial na pele, ajudando na produção de colagénio e elastina.

Ácidos: O tratamento é realizado através da aplicação de creme ou gel à base de ácido retinóico ou alfa-hidroxi-ácidos (AHA) que acelera a renovação celular e actua na formação de colagénio novo. Os resultados começam a ser percebidos após um ano e deve ser interrompido se a pessoa for para o sol.

Lipoaspiração: Para alguns casos a aspiração da gordura superficial na região onde não há estrias estimula a produção de colagénio da pele, melhorando a sua elasticidade.

Peeling: Este tratamento é realizado através do lixamento da pele feito com um aparelho que promove um tipo de peeling profundo, ou dermoabrasão, devido à acção abrasiva de um jacto de micro-cristais de óxido de alumínio. O peeling elimina de forma suave e uniforme as camadas superficiais da epiderme. O que leva a regeneração celular, resultando no surgimento de uma nova pele.

Há alguns cuidados que podemos ter para evitar o aparecimento de estrias. Devemos cuidar da nossa pele, hidratando-a e nutrindo-a ao máximo para que esta mantenha a sua elasticidade. Evitar o aumento e diminuição de peso de uma forma repentina, não vestir roupas muito apertadas, praticar exercício físico. A utilização de cremes que contenham na sua composição elementos que permitam a reorganização do colagénio e elastina presentes na nossa pele são também muito eficazes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Sensibilidade e dor
As cavidades (cárie dentária) são as áreas que perderam substância como resultado de um processo que
Homem com dor de dentes

Juntamente com a constipação comum e a doença das gengivas, a cárie figura entre as afecções humanas mais comuns. A cárie continuará a desenvolver-se se não for tratada de forma adequada por um estomatologista. Uma cárie sem tratamento pode representar a perda do dente.

Causa das cáries

Devem existir condições propícias para o desenvolvimento da cárie dentária. A bactéria produtora de ácido deve estar presente e o alimento, para que prospere, deve estar ao seu alcance. Portanto, um dente propenso à cárie é aquele que tem relativamente pouco flúor, orifícios pronunciados ou fissuras que retêm a denominada placa bacteriana (depósitos de bactérias que se acumulam nos dentes). Embora a boca contenha grande quantidade de bactérias, só algumas causam a cárie, sendo o Streptococus mutans a bactéria mais comum.

A cárie desenvolve-se de maneira diferente, segundo a sua localização no dente. A cárie da superfície lisa é a de desenvolvimento mais lento e constitui o tipo mais evitável e reversível. Neste caso, a cavidade inicia-se como um ponto branco onde as bactérias dissolvem o cálcio do esmalte. De um modo geral, é entre os 20 e os 30 anos de idade que começam as cáries da superfície lisa.

Normalmente, é por volta dos 10 anos de idade que começam as cáries de orifícios e fissuras nos dentes permanentes. Forma-se nas estrias apertadas da superfície mastigatória dos molares ao lado da bochecha e é um tipo de cárie que avança rapidamente. Muitas pessoas não conseguem limpar adequadamente estas áreas propensas à cárie porque as estrias são mais apertadas do que as cerdas da escova de dentes.

A cárie da raiz começa na camada de tecido ósseo que cobre a raiz (cimento), quando esta fica exposta pelo retrocesso das gengivas. Em geral, afecta pessoas de meia-idade ou mais velhos e, muitas vezes, a causa deste tipo de cárie reside na dificuldade em limpar as áreas da raiz e no alto conteúdo de açúcares da dieta. A cárie de raiz pode ser a mais difícil de evitar.

É lento o avanço da cárie no esmalte (a camada externa e dura do dente). Depois de penetrar na segunda camada do dente, mais suave e menos resistente, denominada dentina, a cárie estende-se rapidamente e avança para a polpa dentária, tecido com numerosos nervos e vasos sanguíneos, que se encontra no mais profundo do dente. Embora uma cárie possa levar entre 2 e 3 anos a penetrar no esmalte, num só ano pode passar da dentina à polpa e inclusive afectar uma área muito maior. Por isso, a cárie da raiz que se inicia na dentina pode destruir em pouco tempo grande parte da estrutura do dente.

Sintomas das cáries

Nem todas as dores de dentes se devem à cárie. A dor pode ser consequência de uma raiz demasiado exposta mas sem cárie, de uma mastigação excessivamente enérgica ou devido a um dente fracturado. A congestão dos seios frontais pode causar dor nos dentes superiores.

Uma cárie no esmalte, de um modo geral, não causa dor; esta começa quando a cárie atinge a dentina. Uma pessoa pode sentir dor só quando bebe algo frio ou come algo doce, o qual indica que a polpa está ainda sã. Se a cárie for tratada nesta fase, o estomatologista pode habitualmente salvar o dente e é provável que não se produzam outras dores nem dificuldades na mastigação.

São irreversíveis os danos que causa uma cárie que chega muito próximo da polpa ou inclusive que a atinja. A dor persiste, mesmo depois do estímulo (por exemplo, água fria). O dente pode doer também sem qualquer estímulo (dor de dentes espontânea).

Quando as bactérias atingem a polpa dentária e esta morre, a dor pode cessar temporariamente. Mas em breve (de horas a dias), o dente dói, tanto ao morder como ao pressioná-lo com a língua ou com um dedo, porque a inflamação e a infecção se propagaram para além da extremidade da raiz, causando um abcesso (uma acumulação de pus). O pus acumulado à volta do dente tende a retirá-lo do seu alvéolo e a mastigação volta a colocá-lo no seu sítio, o que causa uma dor intensa. O pus pode acumular-se, originando inflamação da gengiva adjacente, ou propagar-se extensamente através do maxilar (celulite) e drenar na boca, ou inclusive através da pele junto ao maxilar inferior.

Diagnóstico e prevenção das cáries

Se uma cárie for tratada antes de fazer doer, é provável que o dano causado na polpa seja ligeiro, salvando-se a maior parte da estrutura do dente. Para a sua detecção precoce o estomatologista informa-se sobre a dor, examina os dentes com instrumentos adequados para detectar o grau de sensibilidade e de dor, podendo também fazer radiografias. O controlo dentário deve efectuar-se todos os 6 meses, embora nem todas as revisões incluam radiografias. Dependendo da avaliação do estomatologista sobre a dentadura, as radiografias podem fazer-se entre os 12 e os 36 meses seguintes.

A chave para a prevenção da cárie baseia-se em cinco estratégias gerais: uma boa higiene oral, uma dieta equilibrada, o flúor, as massas de obturação e uma terapia antibacteriana.

Higiene oral

Uma boa higiene oral pode controlar eficazmente a cárie da superfície lisa. Esta consiste na escovagem antes ou depois do pequeno-almoço, antes de deitar e em passar o fio dental diariamente para eliminar a placa bacteriana. A escovagem previne a cárie que se forma nos lados dos dentes e o fio dental atinge os pontos entre os dentes que não se atingem com a escova. Pode utilizar-se um estimulador gengival com pontas de borracha para retirar os resíduos de alimentos alojados na margem das gengivas e das superfícies que estão face aos lábios, às bochechas e ao palato.

Qualquer pessoa com uma destreza manual normal demora três minutos a escovar os dentes correctamente. No início, a placa bacteriana é bastante mole e limpa-se com uma escova de cerdas suaves e fio dental, no mínimo uma vez por dia, o que também contribuirá para prevenir as cáries. No entanto, a placa bacteriana torna-se mais difícil de retirar quando se calcifica, processo que começa cerca de 24 horas mais tarde.

Dieta

Embora todos os hidratos de carbono possam causar um certo grau de cárie dentária, os maiores culpados são os açúcares. Todos os açúcares simples têm o mesmo efeito sobre os dentes, incluindo o açúcar de mesa (sacarose) e os açúcares do mel (levulose e dextrose), das frutas (frutose) e do leite (lactose). Quando o açúcar entra em contacto com a placa bacteriana, o Streptococcus mutans, a bactéria presente na placa, produz ácido durante uns vinte minutos. A quantidade de açúcar ingerida é irrelevante; o importante é o tempo em que o açúcar permanece em contacto com os dentes. Por isso, saborear uma bebida açucarada durante uma hora torna-se mais prejudicial do que comer um rebuçado em cinco minutos, embora o rebuçado contenha mais açúcar.

Portanto, uma pessoa com tendência para desenvolver cáries deve evitar os doces.

O bochecho depois de comer uma sanduíche de presunto elimina parte do açúcar, mas a escovagem é mais eficaz. Como prevenção é útil tomar bebidas não alcoólicas adoçadas artificialmente, embora as coca-colas dietéticas contenham um ácido que pode contribuir para a cárie dentária. Tomar chá ou café sem açúcar contribui para a prevenção da cárie, particularmente nas superfícies expostas das raízes.

Flúor

O flúor proporciona aos dentes, e ao esmalte em particular, uma maior resistência contra o ácido que contribui para a cárie. O flúor ingerido é particularmente eficaz até aos 11 anos de idade, aproximadamente, quando se completa o crescimento e o endurecimento dos dentes. A fluoração da água é o modo mais eficaz de administrar o flúor às crianças. Em alguns países a água já contém flúor suficiente para reduzir a cárie dentária. Contudo, se a água fornecida tiver demasiado flúor, os dentes podem apresentar manchas ou alterações de cor. Quando a água que se dá às crianças não contém flúor, tanto o médico como o dentista podem prescrever pastilhas ou gotas de fluoreto de sódio. O estomatologista pode aplicar o flúor directamente nos dentes de pessoas de qualquer idade que sejam propensas à cárie dentária. Também dão bons resultados os dentífricos que contenham flúor.

Ocludentes

Podem utilizar-se determinadas substâncias oclusivas para aumentar a resistência ao desenvolvimento de fissuras nos dentes posteriores. Depois de ter limpo cuidadosamente a área que deve ser coberta, o estomatologista acondiciona o esmalte e coloca um líquido plástico nas fissuras dos dentes. Quando o líquido endurece, forma-se uma barreira eficaz e todas as bactérias do interior da ranhura interrompem a formação de ácido sem possiblidade de contacto com o alimento de que necessitam. O ocludente dura bastante tempo; cerca de 90% permanecem ao fim de um ano e 60% ao fim de 10 anos, mas às vezes pode ser necessária uma reparação ou substituição.

Terapia antibacteriana

Algumas pessoas alojam na boca bactérias especialmente activas que causam a cárie dentária. Os pais podem transmitir essas bactérias aos seus filhos, provavelmente através do beijo. As bactérias desenvolvem-se na boca da criança, a partir da primeira dentição, e mais tarde podem causar cárie. Deste modo, a tendência para a cárie dentária de tipo familiar não reflecte necessariamente uma escassa higiene bucal nem a existência de uma alimentação inadequada.

Uma terapia antibacteriana pode ser necessária em pessoas muito propensas à cárie. Em primeiro lugar, o estomatologista elimina a cárie da zona danificada e cobre com massa todas as cavidades e fissuras dos dentes; posteriormente prescreve um bochecho com um colutório (cloro-hexidina) durante várias semanas, para eliminar as bactérias que ficam na placa bacteriana. Com isso pretende-se que bactérias menos nocivas substituam as causadoras da cárie. Para manter essas bactérias sob controlo, devem fazer-se diariamente bochechos de flúor e mastigar pastilhas que contenham xilitol.

Tratamento das cáries

Se a cárie se evitar antes de atingir a dentina, o esmalte repara-se espontaneamente e a mancha branca do dente desaparece. Uma vez que a cárie atinja a dentina, deve extrair-se a parte do dente com cárie e substituí-la por uma massa (restauração). O tratamento da cárie na sua fase prematura mantém a força do dente e limita a possibilidade de danos na polpa.

Obturações

Vários materiais utilizados para as obturações podem ser colocados na base cavitária ou à volta do dente. A amálgama de prata é a mais usada nas obturações dos molares, onde a resistência é importante e a cor da prata mal se vê. A amálgama de prata é relativamente barata e dura, em média, 14 anos. A obturação de ouro (incrustações) é mais cara e requer, no mínimo, duas visitas ao estomatologista; no entanto, é mais resistente e serve para as cáries maiores.

O uso dos compostos de resina e das obturações de porcelana está indicado para os dentes da frente, onde a prata seria demasiado visível. A aplicação destes compostos nos molares é cada vez mais frequente e a vantagem é a sua semelhança com a cor do dente. No entanto, são mais caros do que as amálgamas de prata e provavelmente duram menos, particularmente nos molares que estão submetidos à força da mastigação.

Nas pessoas com predisposição para a cárie na área adjacente às gengivas, pode recomendar-se uma obturação derivada do vidro, também de cor semelhante ao dente, cuja propriedade é a de libertar flúor uma vez colocada no dente. Outra aplicação desta substância é nas áreas que ficam danificadas devido a uma escovagem demasiado enérgica.

Tratamento da raiz e extracção de dentes

Quando a cárie aprofunda o suficiente para danificar a polpa de forma permanente, o único modo de suprimir a dor é retirar a polpa através do canal da raiz (tratamento endodôntico) ou extrair o dente. Um molar tratado por endodontia está mais bem protegido por uma capa (coroa) que abranja toda a superfície de mastigação. O método de restauração dos dentes da frente que tenham recebido tratamento da raiz está condicionado pela parte que ficar do dente. Excepcionalmente, ao fim de uma ou mais semanas a contar do tratamento endodôntico, podem aparecer febre, dor de cabeça ou então uma inflamação do maxilar, do pavimento da boca ou da garganta. Estas complicações requerem cuidados médicos.

Se se extrair um dente, deve-se substituí-lo o mais cedo possível; caso contrário, os dentes próximos podem mover-se e alterar a forma da dentada. A substituição pode ser uma ponta, uma dentadura parcial fixa, que reveste com coberturas os dentes de cada lado do extraído, ou uma dentadura postiça. Também se podem fazer implantes para substituir um dente.

Uma coroa é uma reconstrução que se adapta sobre um dente. Uma coroa bem moldada requer, de modo geral, duas visitas ao estomatologista, embora às vezes possa necessitar de mais. Na primeira visita, o estomatologista prepara o dente, afiando-o ligeiramente, depois faz um molde do dente e coloca uma coroa provisória sobre o mesmo. O molde serve para desenhar a coroa permanente num laboratório de prótese dentária. Na consulta seguinte, substitui-se a coroa provisória pela permanente que se cimenta no dente já preparado.

As coroas são feitas, habitualmente, com uma liga de ouro ou de outro metal. A porcelana serve para dissimular a cor do metal. As coroas também podem ser feitas de porcelana, mas esta é mais dura e abrasiva do que o esmalte do dente e pode desgastar o dente oposto. Além disso, as coroas de porcelana ou de outro material semelhante são mais propensas a quebrarem-se do que as metálicas.

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O tempo de espera da comparticipação económica para o doente ingressar num lar ou para pagar a um cuidador é o “obstáculo mais frequente à efectivação da alta hospitalar”, segundo o Serviço Social do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN).

Neste centro hospitalar, que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, os casos de alta protelada por razões sociais baixaram de 103, em 2012, para 94, em 2013. Até Junho, já foram registadas 57 situações, que demoraram, em média, 13 dias a ser resolvidas, adianta o CHLN, numa resposta escrita enviada à agência Lusa, citada pelo Diário Digital.

A falta de “vaga imediata” para acolhimento em lares, residências assistidas, centros de acolhimento de crianças e comunidades terapêuticas foi responsável por 29,8% das situações de protelamento de alta.

Também as situações sinalizadas ao Ministério Público geraram “alguns tempos de espera”, adianta o CHLN, ressalvando que, este ano, ainda não foi registada nenhuma situação de abandono.

A directora do Serviço Social do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Isabel Ventura, adiantou que “a maior parte das famílias não abandona os seus idosos”.

 

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Em relação ao mesmo período do ano passado, foram atendidas mais 34.789 chamadas, o que representa um aumento de 6% dos contactos recebidos pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), segundo dados hoje divulgados, citados pelo Diário Digital

Os telefonemas feitos para o 112 são atendidos primeiro pela PSP, que encaminha para os CODU do INEM as chamadas que digam respeito a situações de emergência médica.

Janeiro e Março foram este ano os meses com maior número de chamadas de emergência, enquanto em Fevereiro e Abril se registou o menor número.

O INEM aproveita para apelar aos cidadãos para que numa chamada urgente informem a localização exacta, o número do qual estão a ligar, o tipo de situação, a idade e sexo das pessoas que necessitam de socorro e as principais queixas e alterações.

“As perguntas colocadas pelos profissionais dos CODU são essenciais na actuação do INEM, pois permitem determinar o tipo de emergência e o meio de socorro mais indicado para dar resposta à situação”, lembra o INEM.

 

"Morbilidade Hospitalar 2013"
Dados preliminares do documento "Morbilidade Hospitalar 2013", da Direcção-Geral da Saúde, revelam que no ano de 2013...

No ano passado, morreram nos hospitais públicos 8424 pessoas (23 por dia) com pneumonia. É de longe a patologia que provoca maior número de óbitos nos hospitais, muito acima do acidente vascular cerebral (AVC) que fez 3631 mortos, da insuficiência cardíaca (2191) ou dos tumores da traqueia, brônquios e pulmões (1635), revelam os dados preliminares da "Morbilidade Hospitalar 2013", da Direcção-Geral da Saúde.

Apesar de elevado, o número de mortes por pneumonia nos hospitais recuou em relação a 2012, ano em que se registaram 9096 óbitos.

Diminuiu também o número total de internamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em 2013 foram 894 mil, menos 36 mil do que no ano anterior. Aqueles episódios correspondem a 653 mil pessoas internadas, o que significa que 6,6% da população residente em Portugal esteve internada num hospital em 2013. A taxa de reinternamentos também baixou de 28%, em 2012, para 27%, em 2013.

 

Portugueses identificam
Uma equipa de investigadores portugueses identificou uma proteína em células estaminais que pode contribuir para o sucesso de...

Investigadores portugueses identificaram uma proteína em células estaminais da medula óssea e do cordão umbilical, que melhora o seu funcionamento, o que poderá contribuir para o sucesso de transplantes em doentes com leucemia ou linfomas.

A molécula chama-se RET e pertence ao tipo de proteínas que são activadas por outras que actuam nos neurónios - células do sistema nervoso.

Contudo, só agora foi identificada a sua expressão nas células estaminais (células capazes de gerar qualquer tecido) da medula e do cordão umbilical, explicou à Lusa Henrique Veiga-Fernandes, coordenador da equipa de investigadores, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

 

Em Inglaterra
Para assinalar o Dia Mundial contra a Hepatite, a revista The Lancet revela os resultados de um estudo que indicam que, em...

Um dador de sangue em cada 3000 é portador, em Inglaterra, do vírus da Hepatite E que pode provocar doença do fígado, de acordo com um estudo que levanta a questão da introdução de exames de rotina para a transfusão sanguínea na Europa.

Publicado hoje na revista médica The Lancet, a propósito do Dia Mundial contra a Hepatite, o estudo baseou-se na análise sistemática de dadores de sangue e mostrou que 79 dadores, em 225 mil, estavam infectados por uma versão do vírus VHE, o genótipo 3, predominante nos países desenvolvidos.

A hepatite E pode ser contraída através de animais, alimentos ou água infectada, nomeadamente nos países em desenvolvimento, assim como através das transfusões sanguíneas. Durante a gravidez, pode igualmente ocorrer a transmissão da infecção de mãe para filho. O vírus foi transmitido em 18 de 43 doentes (42%) que receberam produtos sanguíneos com resultados positivos aos testes, indicam os autores da investigação.

O médico Richard Tedder (da Saúde Pública, em Londres) e os seus colegas estimam que existam anualmente, em Inglaterra, entre 80 mil a 100 mil infecções pelo vírus E. Uma frequência semelhante foi identificada na Suécia e na Alemanha, sugerindo que o vírus está espalhado no continente europeu.

A maior parte das pessoas infectadas recupera sem tratamento. No entanto, o vírus pode ser perigoso, sobretudo para mulheres grávidas, imunodeprimidos (doentes oncológicos e transplantados, entre outros). Em todo o mundo, estima-se que o número de infecções pelo vírus da hepatite E ascenda aos 20 milhões por ano.

 

Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias da Saúde
A indústria farmacêutica terá de compensar o Estado português caso um medicamento que coloque no mercado não tenha o resultado...

Quando um medicamento não apresentar resultados na indicação terapêutica para que está aprovado a empresa farmacêutica que o comercializa terá de compensar o Estado português por isso, revela o Diário de Notícias hoje na sua manchete.

Segundo escreve o jornal, esta compensação – que poderá ser em dinheiro ou medicamentos – faz parte do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias da Saúde (Sinats), que será apresentado hoje.

Faz ainda parte deste novo sistema a possibilidade de serem impostas alterações de preços ou perda total ou parcial de comparticipação do Estado, se os resultados ficarem muito aquém daquilo que era esperado. Por outro lado, as inovações que tragam melhorias nos resultados serão compensadas e alargadas a mais doentes.

Outra das diferenças incluídas no Sinats é a inclusão dos dispositivos médicos nas avaliações prévias e posteriores à colocação do medicamento no mercado, acrescenta mesmo jornal.

O Sinats entra em funcionamento em 2015 e, no início, irá concentrar-se nos hospitais, onde a inovação tem maior presença e onde ela é mais dispendiosa. Oncologia, hepatite C e VIH/sida serão as três áreas prioritárias.

 

26 de Julho - Dia dos Avós
De acordo com um estudo*, realizado a 8.564 milhões de cidadãos, conclui-se que 84% da população com mais de 55 anos deseja...

O exercício físico continua a fazer parte das suas vidas, preferencialmente da parte da manhã, entre as 8h e as 13h, e à tarde, entre as 15h e as 17h. O seu tempo é ainda ocupado com as lides domésticas e com a actualização de informação, sendo que a televisão é o meio de comunicação eleito, seguido da rádio.

Os avós têm vindo a assumir um papel muito importante nas famílias que muitas vezes vêem neles o apoio e a companhia ideal para os mais pequenos. Assim, entrar na terceira idade, nos dias de hoje não significa propriamente sedentarismo.

Quer seja por quererem conseguir acompanhar a energia dos netos ou simplesmente porque sabem que o exercício físico é importante para o seu bem-estar, a prática diária de actividades físicas tornou-se uma rotina, porque sentem a necessidade de se manterem activos. Mas com o avançar da idade, surgem algumas doenças como é o caso da osteoartrose, actualmente, a doença reumática mais comum e também uma das mais frequentes causas de dor crónica, condição que se estima que afecte 3 milhões de pessoas em Portugal[1].

* Estudo da Voltaren[2]




[1]Dados APED – Associação Portuguesa para o Estudo da Dor

[2]Dados TGI 2004 – Target Group Index

 

 

Infarmed
A apresentação pública do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde tem lugar na próxima segunda-feira, dia 28 de...

Realizar-se-á na próxima segunda-feira, dia 28 de Julho, pelas 14:30 no Auditório do Edifício Tomé Pires, no INFARMED, I.P. (sito no Parque de Saúde de Lisboa), a apresentação pública do SiNATS – Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde.

O SiNATS é um conceito inovador na avaliação de tecnologias de saúde em Portugal.

É ainda um sistema de avaliação alinhado com as melhores práticas da realidade europeia e reforça, por isso, o envolvimento de Portugal na criação de um sistema integrado europeu de avaliação de tecnologias de saúde.

O evento, aberto à comunicação social, será presidido pelo Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, e pelo Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Teixeira, contará ainda com a presença de um conjunto de convidados, das mais diversas áreas da saúde, que integrarão o painel de discussão do projecto.

O programa está disponível na área dos Eventos do sítio do Infarmed.

 

Circular Informativa N.º 162/CD/8.1.7.
O Infarmed emitiu circular informativa após o Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento ter...

O Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) finalizou a revisão da segurança dos contraceptivos de emergência (cujo início foi divulgado na Circular Informativa N.º 015/CD/8.1.7. de 24/01/2014), tendo concluído que estes medicamentos podem ser utilizados por mulheres independentemente do seu peso corporal uma vez que os benefícios superam os riscos.

Esta revisão incidiu sobre a existência de relação entre o peso corporal e o índice de massa corporal (IMC) aumentados e a redução da eficácia destes medicamentos na prevenção de uma gravidez indesejada após uma relação sexual desprotegida ou a falha de um método contraceptivo.

Após avaliar a evidência relativa à efectividade destes contraceptivos, o CHMP considerou que os dados disponíveis são limitados e não são suficientemente robustos para concluir que os efeitos destes medicamentos são reduzidos pelo aumento do peso corporal da mulher.

Recomendações para os profissionais de saúde

- Os contraceptivos de emergência podem ser utilizados independentemente do peso ou do IMC da mulher;

- As mulheres devem ser relembradas que estes contraceptivos só devem ser utilizados em situações de emergência e não como métodos contraceptivos regulares.

Recomendações para as mulheres

- Os contraceptivos de emergência apenas devem ser utilizados na prevenção de uma gravidez indesejada após relação sexual desprotegida ou falha de um método contraceptivo;

- Estes medicamentos devem ser tomados o mais rapidamente possível após relação sexual desprotegida;

- Estes medicamentos não devem ser utilizados como métodos contraceptivos regulares mas sim como métodos de emergência.

A opinião do CHMP será agora enviada para a Comissão Europeia, a quem compete emitir uma decisão vinculativa. A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar este assunto e a divulgar toda a informação relacionada.

Google
A tecnológica norte-americana está a elaborar um estudo sobre a genética humana e sobre as moléculas que compõe o corpo dos...

O corpo humano é o próximo grande projecto da Google. A empresa norte-americana ambiciona descobrir a receita para o ser humano com a saúde perfeita, numa investigação que tem o nome de Baseline Study. Actualmente a gigante de Mountain View está a recolher informação genética e molecular de 175 indivíduos, mas o objectivo é que no futuro o projecto possa alargar-se até milhares de pessoas.

De acordo com o The Wall Street Journal, uma equipa de 70 a 100 investigadores está a trabalhar na nova investigação dos laboratórios X da Google. Através das amostras recolhidas e do processamento analítico das mesmas, os cientistas vão tentar dar um “empurrão” na medicina no sentido da prevenção, em vez da muito tradicional remediação: isto é, ajudar a prevenir doenças e não tratando-as.

O Baseline Study está a ser conduzido por Andrew Conrad, um biólogo molecular que juntou-se à Google em Março de 2013. “Se quiséssemos ser mesmo proactivos, o que é que precisaríamos de saber? Precisas de saber como é que a coisa composta e funcional deveria ser”, explicou o investigador ao WSJ.

A Google vai usar as suas capacidades massivas de processamento e de predição para encontrar padrões e biomarcadores que possam estar “escondidos” na informação genética. Em sentido figurado, a Google vai pegar em todo o músculo que aplica em ferramentas como o motor de busca e como o YouTube, mas a serviço da ciência e da saúde humana.

Andrew Conrad admitiu no entanto que esta é uma aposta no “desconhecido” e que as maiores descobertas virão dos “pequenos avanços”.

Actualmente a Google está a recolher alguns fluidos corporais dos indivíduos participantes, como urina, sangue e lágrimas. Mas também está nos planos da empresa fazer a recolha de alguns tecidos humanos como a pele.

Os que já pensam em teorias da conspiração ficam com a garantida da Google de que todos os dados não vão ser partilhados com entidades externas e que apenas terão fins científicos.

 

 

28 de Julho – Dia Mundial das Hepatites
Comemora-se no próximo dia 28 de Julho o Dia Mundial das Hepatites sob o lema “Hepatite: Pense de Novo”. A Organização Mundial...

Para consciencializar e influenciar mudanças reais na prevenção da doença e no acesso ao exame e tratamento a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu a celebração do Dia Mundial das Hepatites no dia 28 de Julho.

Em Portugal a Associação SOS Hepatites comemora a data na praia sob o lema mundial: “Hepatite: Pense de Novo”. “Este ano estamos na Costa da Caparica durante todo o dia com aulas de ginástica, música, entrega de folhetos e brindes. Vamos ter também a presença de várias figuras públicas que nos apoiam neste Dia”, informa Emilia Rodrigues, presidente da Associação que defende a realização de “campanhas, campanhas, campanhas… a falar nas hepatites desmistificando-as e alertando a população para os meios de contágio”.

Assim, na segunda-feira, a Associação promove um conjunto de actividades na Praia do Castelo, na Costa da Caparica, entre as 10h e 17h e convida todos os portugueses a passarem por lá e a "desfrutar de uma tarde de Verão agradável, com desporto, música ao vivo, distribuição de folhetos e material informativo, e ainda realização de fibroscan´s - ecografias ao fígado, em colaboração com a Echosens”.

Este evento, que vai contar com a presença no local de médicos e outros profissionais de saúde, bem como figuras públicas ligadas à SOS Hepatites, visa encorajar a prevenção, diagnóstico e tratamento das Hepatites.

Estima-se que em Portugal existam 150 mil pessoas com Hepatite C, um dos tipo de hepatite. A hepatite é uma infecção no fígado e pode ser provocada por bactérias, por vírus, entre os quais estão os seis tipos diferentes de vírus da hepatite (A, B, C, D, E e G).

Apesar do melhor e maior conhecimento da doença, a hepatite ainda é ignorada, estigmatizada e mal entendida. Emília Rodrigues refere que, “embora hoje haja mais conhecimento o estigma continua e ainda se pode utilizar a frase da SOS Hepatites: ‘Não querer saber é pior do que desconhecer’”.

 

Conferência de Melbourne
Participantes na conferência internacional sobre VIH expressaram a sua indignação em relação a países com leis que estigmatizam...

Este assunto divide de forma acentuada os países ricos, contra a discriminação dos homossexuais, dos estados mais pobres, que têm adoptado legislação homofóbica.

A Prémio Nobel da Medicina e co-autora da descoberta do vírus da sida, Françoise Barré-Sinoussi chamou a atenção para uma realidade cruel em todo o mundo: “o estigma e a discriminação continuam a ser as principais barreiras para o acesso efectivo aos cuidados”.

“Precisamos de gritar bem alto que não vamos ficar parados quando os governos, violando os princípios dos direitos humanos, estabelecem leis monstruosas que apenas marginalizam as populações já vulneráveis”, declarou.

Especialistas presentes na conferência internacional avisam que se os homossexuais ou bissexuais são ameaçados com prisão ou perseguição, evitarão fazer o teste da sida ou procurar tratamento caso já estejam infectados: “esta atmosfera tóxica de silêncio e medo é um perfeito terreno fértil para a propagação do VIH”.

Os cerca de 12 mil participantes na conferência de Melbourne são convidados a assinar uma declaração que salienta que os homossexuais e transgénero “devem ter os mesmos direitos e igualdade de acesso à prevenção, assistência, informação e serviços para a sida”.

Segundo um relatório da ONUSIDA divulgado na semana passada, 79 países têm leis que criminalizam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e sete deles prevêem a pena de morte.

Enquanto os direitos dos homossexuais têm aumentado nos países ocidentais, noutros estados, como em alguns africanos e na Rússia, tem-se reforçado a legislação contra a homossexualidade.

 

10% do total de concelhos
Mais de 150 mil pessoas em 30 concelhos portugueses vivem sem dentista, segundo dados oficiais da Ordem dos Médicos Dentistas,...

Os números da Ordem mostram que em 30 concelhos (10% do total) não há qualquer médico dentista registado, embora o bastonário admita que possa haver profissionais de concelhos limítrofes a dar algumas consultas nesses locais.

“São concelhos pequenos, relativamente despovoados, fundamentalmente do interior do país. São regiões que estão numa desertificação crescente e que têm dificuldade em atrair médicos dentistas e concelhos com uma população muito baixa”, especificou Orlando Monteiro da Silva.

O bastonário defende que o Estado pode e deve criar “mecanismos de estímulo” para atrair médicos dentistas a instalarem-se em “zonas com muito pouca ou mesmo sem cobertura”, lembrando que as câmaras municipais “também têm o seu papel”.

Alcoutim, Aljustrel, Alvito, Arraiolos, Barrancos, Chamusca, Corvo (Açores), Figueiró dos Vinhos, Freixo de Espada à Cinta, Gavião, Marvão, Nisa, Oleiros, Ourique, Penamacor, Viana do Alentejo ou Vila Velha de Ródão são alguns dos concelhos sem dentistas registados.

Nestes 30 concelhos, a média da população residente é de 4.864 pessoas, de acordo com os dados da Ordem relativos a 2014.

 

“Não querer saber é pior do que desconhecer”
“Hepatite: Pense de Novo” é o lema da campanha mundial do Dia Mundial das Hepatites que se assinala
Dia Mundial Hepatite

A hepatite é uma infecção no fígado e pode ser provocada por bactérias, por vírus, entre os quais estão os seis tipos diferentes de vírus da hepatite (A, B, C, D, E e G). Também o consumo de produtos tóxicos como o álcool, medicamentos e algumas plantas podem provocar hepatite.

Existem vários tipos de hepatites e a gravidade da doença é variável em função disso e também dos danos já causados ao fígado quando a infecção é descoberta. Assim, dependendo do seu tipo a hepatite pode ser curada de forma simples, apenas com repouso, ou pode exigir um tratamento mais prolongado e complicado, podendo não levar à cura completa. Apesar de em muitos casos se conseguir controlar a evolução da doença, uma hepatite pode tornar-se crónica e pode evoluir para uma lesão mais grave no fígado (cirrose) ou para o carcinoma hepático (cancro do fígado) e em função disso provocar a morte. Contudo, deste que detectadas atempadamente, as hepatites crónicas podem ser acompanhadas, controladas e mesmo curadas.

Existem ainda as hepatites auto-imunes que são no fundo uma espécie de uma perturbação do sistema imunitário, que sem que se saiba ainda porquê, desenvolvem auto-anticorpos que atacam as células do fígado, em vez de as protegerem.

Segundo dados da SOS Hepatites existem “cerca de 500 a 550 milhões de pessoas infectadas no Mundo, sendo que 1 em cada 12 pessoas no Mundo é portadora de Hepatite B e/ou C, e a maioria desconhece este facto”. Isto porque a doença é “completamente assintomática”, explica Emília Rodrigues, presidente da Associação.

Em Portugal “continuamos a não ter dados concretos de quantos infectados existem. A Organização Mundial de Saúde estima que 1,5% da população portuguesa está infectada com o vírus da hepatite C. Esta percentagem dá-nos uma média de 150 mil pessoas”, diz a presidente.

Factores de risco
O principal factor de risco para contrair a infecção é a partilha de objectos pessoais. “Corta unhas e alicates das unhas, as giletes, as escovas de dentes e todos os objectos passíveis de fazer sangue não se partilham. O sexo com preservativo sempre!”, esclarece Emilia Rodrigues.

Por outro lado, uma pessoa que:

- Esteve na Guerra do Ultramar e da Índia

- Deu ou recebeu sangue antes de 1992/1993

- Foi operado antes de 1992/1993 (mesmo em pequena cirurgia - "pontinhos")

- Foi mãe

- Fez abortos

- Tem os valores ALT, AST e Gama GT alterados,

- Consome (consumiu) drogas inaláveis/injectáveis (mesmo que só 1 vez)

- Tem (teve) múltiplos parceiros sexuais

- Faz (fez) sexo sem preservativo

- Tem tatuagens e/ou piercings

Deve procurar o médico de família e solicitar o rastreio.

O estigma ainda persiste
A hepatite é geralmente ignorada, estigmatizada e mal entendida. Apesar de mais conhecida e de a população estar mais consciencializada para a prevenção desta infecção, a hepatite ainda é uma doença tabu. Emília Rodrigues refere que, “embora hoje haja mais conhecimento o estigma continua e ainda se pode utilizar a frase da SOS Hepatites: ‘Não querer saber é pior do que desconhecer’”.

Para consciencializar e influenciar mudanças reais na prevenção da doença e no acesso ao exame e tratamento a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu a celebração do Dia Mundial das Hepatites. Infelizmente, lamenta Emília Rodrigues, “a OMS alterou a data de celebração de 19 de Maio para 28 de Julho o que torna complicado a comemoração do Dia, uma vez que é tempo de férias”. Porém, à semelhança do que aconteceu no passado transacto a SOS Hepatites comemora o Dia Mundial das Hepatites na praia. “Hepatite: Pense de Novo” é o lema da campanha mundial de 2014. “Este ano estamos na Costa da Caparica durante todo o dia com aulas de ginástica, música, entrega de folhetos e brindes. Vamos ter também a presença de várias figuras públicas que nos apoiam neste Dia”, informa a responsável que defende a realização de “campanhas, campanhas, campanhas… a falar nas hepatites desmistificando-as e alertando a população para os meios de contágio”.

Dificuldades socioeconómicas dos doentes
O acesso à terapêutica inovadora é, neste momento, a principal dificuldade sentida pelos doentes. Emília Rodrigues conta que também têm reclamações de doentes por falta de medicação tripla e da convencional, apesar de estarem disponíveis em Portugal os mesmos tratamentos que em qualquer outro país.

Contudo, também a questão social e familiar é difícil para os doentes com hepatite C. “Temos que pensar que cada doente de hepatite tem junto a si, no mínimo, dois afectados pela doença. Os cônjuges e os filhos são quem mais sofre com toda a ‘problemática’ do portador. O desgaste psicológico da doença acrescido à falta de medicação, à progressão da doença e a degradação física do doente, deprime não só o portador mas também a família”, conta a responsável, acrescentando que “a nível social muitos dos portadores escondem a sua real situação com medo do desemprego, do afastamento dos amigos, e algumas vezes da própria família”.

SOS Hepatites
A SOS Hepatites desenvolve ao longo do ano várias acções de sensibilização junto das escolas, Juntas de Freguesia, Santas Casa da Misericórdia. Realiza Workshops, está presente em reuniões científicas nacionais e internacionais e realiza anualmente um Congresso. Assinala o Dia Mundial das Hepatites e enquanto membro da European Liver Patients Association (ELPA) e da World Hepatitis Alliance (WHA) está presente nas reuniões que estas organizações desenvolvem ao longo do ano.

Em jeito de conclusão, Emília Rodrigues deixa a mensagem: “As hepatites, embora silenciosas, podem MATAR sem que tenhamos qualquer sintoma. Vamos solicitar o rastreio junto dos nossos médicos de família e preservar a nossa saúde. Podemo-nos salvar e ajudar quem amamos”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
OMS alerta
A hepatite é uma doença que mata quase tanto quanto a SIDA. Quase 1,4 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa da...

O alerta acontece a alguns dias do Dia Mundial contra a Hepatite, celebrado a 28 de Julho. Os especialistas da Organização Mundial de Saúde afirmam que a doença, que pode causar cancro, deve ser combatida.

Um total de 1,5 milhão de pessoas morreram com SIDA em 2013.

Dos 1,4 milhões de pessoas mortas pela doença, 90% tinham contraído hepatite B e C, responsáveis por dois terços dos cancros de fígado no mundo.

“A melhor forma de prevenção contra o cancro de fígado ou contra as cirroses hepáticas é a prevenção e o tratamento da hepatite viral”, declarou o professor Samuel So, cirurgião e professor da Universidade de Stanford, na Califórnia.

“Se agirem assim, vão salvar muitas vidas e, ao mesmo tempo, economizar custos sanitários”, declarou à imprensa em Genebra.

Com este objectivo, Samuel So, acompanhado de especialistas da OMS, defendeu um reforço dos testes que detectam a doença, tendo em conta que se estima em 500 milhões o número de pessoas portadoras do vírus da hepatite.

Segundo Stefan Wiktor, encarregado do programa de luta contra a hepatite na OMS, há novos tratamentos contra a doença, com um índice de cura de 95%, o que representa uma “revolução terapêutica”.

 

Recomendações
O calor expõe os bebés e as crianças ao risco de desidratação rápida, uma vez que estes são mais sen
Calor creches jardim de infância

 

A termo-regulação é menos eficaz e a quantidade relativa de água que possuem no seu peso corporal é mais importante do que nos adultos. Por outro lado, quando as crianças precisam de satisfazer as suas necessidades hídricas, normalmente necessitam de ajuda.

 

 

Medidas gerais de prevenção

Edifício

  • Verificar o bom funcionamento e manutenção dos estores, das portadas, das janelas, do sistema de climatização ou providenciar a sua instalação;
  • Proteger as fachadas e as janelas expostas ao sol, fechando as portadas e estores, tornando as superfícies opacas ou reflectoras da luz. Como alternativa podem ser colocadas coberturas de protecção;
  • Manter as janelas e persianas fechadas sempre que a temperatura exterior for superior à temperatura interior;
  • Estudar outras possibilidades de limitar as entradas de calor dentro das salas;
  • Ao entardecer, quando a temperatura no exterior for inferior àquela que se verifica no interior do edifício, provocar correntes de ar, mas tendo em atenção os efeitos prejudiciais desta situação;
  • Privilegiar os espaços protegidos e frescos (idealmente 5ºC abaixo da temperatura ambiente);
  • Colocar termómetros nas salas para avaliar a temperatura ambiente. Se a temperatura for elevada e não existir sistema de climatização, utilizar ventoinhas e distribuir garrafas com gelo pela sala de forma a facilitar a descida da temperatura ambiente.

Alimentação e bebidas

  • Acautelar as condições de armazenamento e conservação dos alimentos (frigoríficos, arcas congeladoras);
  • Assegurar o aprovisionamento de água e gelo.

Sensibilização

  • Sensibilizar os profissionais que estão em contacto com as crianças para os problemas que poderão ocorrer numa situação de calor, identificando-os e definindo as medidas de prevenção a tomar;
  • Desenvolver medidas de sensibilização junto dos pais para os cuidados a ter com as crianças, na rua e em casa, de forma a protegê-las do excesso de calor e da radiação UV.

Medidas individuais de prevenção

Dentro do edifício

  • Se estiver calor no interior do edifício, deixar os bebés e as crianças com vestuário leve, particularmente durante o período em que estão a dormir, sem os cobrir com lençóis ou cobertores;
  • Dar banhos frequentes durante o dia com água a uma temperatura 1 ou 2ºC abaixo da temperatura corporal.

Alimentação e bebidas

  • Fazer com que as crianças e bebés bebam água regularmente para além daquela que bebem no seu regime alimentar habitual, mesmo quando não haja solicitação, evitando bebidas com elevados teores de açúcar;
  • Vigiar a qualidade da alimentação e providenciar refeições leves e frequentes (saladas, frutas e vegetais).

Na rua

  • Evitar as saídas para o exterior durante as horas de maior calor (entre as 11 e as 17 horas), particularmente se se tratar de um lactente;
  • Em caso de saída, vestir as crianças evitando partes expostas da pele, sem esquecer o chapéu e óculos de sol;
  • Utilizar de forma abundante e regular um protector solar com um índice elevado (superior a 30);
  • Quando houver lugar ao transporte de crianças, ter o cuidado de não as manter muito tempo dentro dos veículos.

Outras

No caso de crianças que possuem doenças crónicas (asma, doenças renais e cardíacas crónicas, mucoviscidose e drepanocitose), aplicar as recomendações específicas aconselhadas pelo médico assistente.

Sinais de alerta e acções a desenvolver

Os primeiros sinais de um golpe de calor incluem:

  • Febre;
  • Cor anormal da pele;
  • Sonolência ou agitação atípicas;
  • Sede intensa e/ou perda de peso;
  • Perturbações da consciência;
  • Recusa ou impossibilidade de beber.

As acções a desenvolver incluem:

  • Pôr a criança numa divisão fresca;
  • Dar-lhe imediata e regularmente líquidos, se estiver consciente;
  • Fazer baixar a febre através de um banho com água 1 ou 2ºC abaixo da temperatura corporal;
  • Contactar um médico;
  • Contactar o serviço Saúde 24- 808 24 24 24 ou o número nacional de emergência- 112.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Impacto da crise na profissão
Os números da Ordem dos Médicos Dentistas mostram que o impacto da crise económica e financeira tem vindo a aumentar. Mais de...

Actualmente há perto de mil médicos dentistas portugueses a exercer no estrangeiro, uma subida de 45% face ao que se verificava em 2008, altura em que começou a crise económico-financeira.

Mais de 65% dos médicos dentistas que exercem no estrangeiro estão em Inglaterra, sendo França o segundo destino dos médicos dentistas portugueses, com quase 9%. Quase metade dos médicos dentistas que emigrou tem entre 26 e 40 anos.

Para além dos médicos dentistas que desempenham funções a tempo inteiro no estrangeiro, há dezenas de médicos dentistas que trabalham em simultâneo em Portugal e no estrangeiro.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) considera que “a actual conjuntura socioeconómica está a ter um impacto na medicina dentária nunca antes sentido pela profissão em Portugal. As dificuldades sentidas pelos médicos dentistas expressam aquilo que pode ser um retrocesso grave no acesso à medicina dentária, com consequências futuras na saúde oral e na saúde geral das populações.

Orlando Monteiro da Silva defende que “é urgente implementar mecanismos adicionais que permitam assegurar um direito humano básico, o direito de acesso da população a cuidados de medicina dentária”.

Os números da OMD mostram que em 2013 estavam inscritos na Ordem 8.147 médicos dentistas, uma subida face aos 7.779 registados em 2012.

O bastonário salienta que “nos últimos 10 anos, o número de associados da OMD tem crescido à taxa anual de 6.70% e as projecções indicam que este número continuará a aumentar até 2018, estimando-se que, daqui a quatro anos, existam 10.903 médicos dentistas a exercer em Portugal.”

Orlando Monteiro da Silva mostra-se preocupado com este crescimento, tendo em conta que “a razão população/médicos dentistas em Portugal é de um médico dentista por cada 1.296 habitantes. O rácio indicado pela Organização Mundial de Saúde para a região da Europa Ocidental é de um médico dentista por 2.000 habitantes”.

Nas 7 faculdades portuguesas há três mil alunos inscritos em medicina dentária.

Dos associados activos na OMD, 57% são mulheres e cerca de 60% dos médicos dentistas têm entre 26 e 40 anos.

Quase metade dos médicos dentistas, 48%, exerce a sua actividade nos distritos de Lisboa e Porto, existindo 30 concelhos, essencialmente no interior de Portugal Continental e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, onde não existem médicos dentistas inscritos na ordem.

A OMD tem inscritos 703 médicos dentistas estrangeiros, de 37 nacionalidades, sendo que mais de metade veio do Brasil.

 

“Hiperactividade e Défice de Atenção”
O livro “Perturbação da Hiperactividade e Défice de Atenção”, escrito por uma equipa multidisciplinar de especialistas está no...

Para Ana Serrão Neto, pediatra e coordenadora da equipa responsável por esta obra e pela Unidade de Neurodesenvolvimento do Centro da Criança do Hospital CUF Descobertas, “a manutenção do livro no top de vendas desde o seu lançamento demonstra a preocupação crescente da sociedade face ao PHDA. Pais e professores estão hoje mais despertos para importância de perceber esta perturbação e conhecer as estratégias do dia-a-dia mais adequadas que possam contribuir para que os seus filhos e os seus alunos venham a ser crianças bem sucedidas e adultos realizados. Para nós, é muito estimulante sentir que estamos a contribuir para fazer a diferença na vida das crianças”.

O livro “Perturbação da Hiperactividade e Défice de Atenção”, escrito por uma equipa multidisciplinar de pediatras, neuropediatras, pedopsiquiatras, psicólogos e outros técnicos com intervenções distintas nas crianças, coordenada pela Unidade de Neurodesenvolvimento do Centro da Criança do Hospital CUF Descobertas está no Top 10 de vendas de livros em Portugal há 5 semanas consecutivas.

Esta obra, que além de contextualizar a Perturbação da Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA), apresenta estratégias práticas para pais e professores lidarem com as crianças que têm esta perturbação. Trata-se ainda do primeiro livro em português sobre este tema escrito por uma equipa multidisciplinar.

Apesar dos conhecimentos científicos actuais, há ainda muitas pessoas que continuam a entender as dificuldades comportamentais das crianças com PHDA como meras faltas de educação. No entanto, a PHDA atinge 5 a 8% das crianças em idade escolar, o que significa que existem mais de 80 mil casos em Portugal que devem ser devidamente acompanhados através de estratégias e procedimentos multidisciplinares.

 

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