Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta
A doença renal crónica pode afectar as pessoas sem apresentar sintomas durante muito tempo. A Sociedade Portuguesa de...

O facto de a doença renal ser muitas vezes assintomática, faz com que o doente acabe por recorrer ao médico tardiamente, o que torna o processo de recuperação mais lento e, em alguns casos, até impossível.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN): “É importante consciencializar as pessoas para a doença renal crónica e salientar que o tratamento na fase inicial pode ajudar a evitar que a mesma progrida”.

A fraqueza, o cansaço, a perda de apetite e vómitos matinais, edema (inchaço) das pernas e pálpebras são alguns dos sintomas que podem estar associados à doença renal. Cefaleias e a descoberta de hipertensão arterial, assim como, a alteração do aspecto, cor e quantidade da urina – pode tornar-se mais turva e escura, são manifestações de doença que implicam a consulta do médico de família. As pessoas com histórico de doença renal na família também devem estar mais alerta.

“Quando a doença é detectada atempadamente, pode ser total ou parcialmente revertida podendo ser evitados tratamentos mais complexos, como é o caso da hemodiálise, ou até mesmo o transplante de rim”, refere Fernanda Carvalho, nefrologista e vice-presidente da SPN.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

 

26 de Julho - Dia Mundial Dos Avós
O tratamento por técnica minimamente invasiva da estenose aórtica grave – uma doença potencialmente fatal e altamente...

O alerta é do Grupo de Trabalho das Válvulas Aórticas Percutâneas da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (Grupo VAP-APIC) da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e surge no âmbito do Dia Mundial dos Avós, que se celebra no dia 26 de Julho.

De acordo com o grupo de especialistas, a estenose aórtica é uma patologia valvular muito frequente nos países desenvolvidos, sendo sobretudo uma doença associada ao envelhecimento. A estenose aórtica caracteriza-se pelo aperto da válvula aórtica, provocando cansaço, dor no peito e desmaios. O tratamento passa por implantar uma válvula nova através de cirurgia de peito aberto ou por técnica minimamente invasiva (implante percutâneo).

De acordo com Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção e coordenador do Grupo VAP-APIC, “estudos recentemente publicados indicam que, em Portugal, devíamos realizar quatro vezes mais procedimentos anualmente (400 em vez de 100), sendo este cálculo subvalorizado pois, numa das mais reputadas revistas médicas mundiais, o The New England Journal of Medicine, foi apresentada uma avaliação internacional que evidenciou que o tratamento da estenose aórtica grave através de técnica minimamente invasiva supera o método convencional, a substituição cirúrgica da válvula aórtica em doentes de alto risco. “

Ainda segundo o especialista, “em média, os países europeus realizam cerca de 45 implantes por ano por milhão de habitantes e Portugal está em último com apenas 11 por ano por milhão de habitantes. Na Alemanha são realizadas cerca de sete mil VAP por ano, em Espanha 800 e em Portugal apenas 110.”

O tratamento das válvulas por cateterismo permite o implante da uma válvula cardíaca através de um pequeno tubo introduzido por uma artéria, evitando a abertura da caixa torácica e permitindo uma recuperação célere da sua autonomia e ganhos extraordinários da qualidade de vida.

 

Sobre a estenose aórtica grave

A estenose aórtica é uma doença que se caracteriza pelo aperto da válvula aórtica, cuja função é evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Quando existe este estrangulamento o sangue passa com dificuldade, provocando cansaço, dor no peito e desmaios.

As melhorias produzidas pelos medicamentos são muito limitadas e, sobretudo, não evitam as complicações mais graves provocadas pela exaustão cardíaca que, após os primeiros sintomas e nos apertos de alto grau, conduz à morte pelo menos de metade dos doentes no primeiro ano.

Em todo o Mundo, mais de 300 mil pessoas sofrem de estenose aórtica grave e têm sintomas. Em Portugal, esta patologia afecta cerca de 30 mil pessoas, mas muitas não sabem o que fazer para ser tratadas. Por isso, foi criado um sítio na internet para informação aos doentes que explica a doença e os seus tratamentos, o www.estenoseaortica.com

 

Infarmed
Recolha voluntária do medicamento Physioneal 35 Glucose 1,36% p/v/ 13,6 mg/ml.

Na sequência da detecção de fugas no selo da porta de administração da apresentação com sistema de bolsa dupla, a empresa Baxter Médico-Farmacêutica, Lda. irá proceder à recolha voluntária do lote n.º 13J30G11, com a validade 09/2015, do medicamento Physioneal 35 Glucose 1,36% p/v/ 13,6 mg/ml, solução para diálise peritoneal, saco - 5 unidades - 2000 ml (para Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória – DPCA), com o número de registo 4856183.

As fugas podem ocasionar o vazamento do conteúdo da bolsa e a consequente quebra da esterilidade.

Esta situação foi reportada através de um alerta rápido de qualidade de classe I emitido pelo Instituto Federal de Medicamentos e Dispositivos Médicos Alemão (BfArM). Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização e utilização deste lote.

Atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que disponham deste lote não o poderão vender ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

 

Imagine Cup da Microsoft
Uma equipa de três investigadores da Universidade da Beira Interior e um do ISCTE acaba de ser seleccionada para a final...

Uma equipa de três investigadores da Universidade da Beira Interior (UBI) e um do ISCTE acaba de ser seleccionada para a final mundial do Imagine Cup – Microsoft, com a apresentação do projecto “Nuada”, um protótipo de mão “biónica” que tem por objectivo melhorar a mobilidade da mão em pessoas que sofrem de dores e falta de força neste membro. Este projecto foi o vencedor no concurso em Portugal e será o representante da Europa Ocidental na última etapa. É a segunda vez que a UBI vai à final deste concurso.

O sistema “Nuada” suporta, assim, o normal funcionamento da mão. É composto de hardware e software e é útil para pessoas que sofrem de falta de força ou de dor quando seguram objectos. Pode, ainda, ser utilizado por profissionais com actividades manuais exigentes e para prática desportiva.

Apesar de ter um ecrã táctil, no modo automático (que será o modo de uso normal), o utilizador controla a luva movendo os dedos normalmente dentro dela, que pode enviar instruções para um servo-motor que bloqueia/desbloqueia uma engrenagem, permitindo que a pessoa possa abrir a mão ou não. No modo bloqueado o utilizador não consegue abrir a mão.

O “Nuada” tem sensores que permitem uma melhor avaliação das funções da mão pelo utilizador. Com estes sensores, gera métricas úteis que permitem aos profissionais de cuidados de saúde uma avaliação da recuperação e da evolução das etapas do paciente. Estas métricas são também úteis para actividades profissionais e desportivas.

Actualmente a Nuada tem vários protótipos desta mão. Um deles tem um motor de tamanho reduzido (próximo de um relógio), que está projectado para suportar 40kg.

A equipa e o reconhecimento do júri

Desta equipa fazem parte, além de Filipe Quinaz (instrutor CISCO na UBI), Pedro Querido (programador), Pedro Quinaz (investigador) e Luciana Alegre (design industrial).

O sistema pode ser conectado com um smartphone via Bluetooth com o objectivo de proporcionar serviços adicionais ao utilizador.

O projecto recebeu significativos elogios do júri do ImagineCup : “I can say that Nuada is a very well designed project, created with great attention and affection. The financial result also presented is attractive and would be good to apply it to the international level. I strongly recommend the implementation of this project! My sincere congratulations to Filipe Quinaz, Luciana Alegre, Pedro Querido and Pedro Quinaz. You are people with brilliant minds. I hope one day to see this project implemented in the market as a product!”

Inicialmente, a “Nuada” tem um universo mundial de 75 mil pacientes, um número avançado “às cegas” pelo Team Nuada, uma vez que a equipa assumiu não ter dados concretos sobre o universo real a que se pode aplicar a luva. Contudo, e segundo Filipe Quinaz, na realidade, esta luva pode chegar a milhões de utilizadores.

A final realiza-se em Seattle, em 31 de Julho, onde a equipa dos “The Dians” vai concorrer na categoria “World Citizenship”, conjuntamente com outras doze equipas.

É já a segunda vez que a UBI vai à final deste concurso, tendo alcançado o terceiro lugar em 2012, em Sydney, Austrália.

 

Hiperligações:

Site do projecto: http://nuada.pt/

Site da Imagine Cup: https://www.imaginecup.com/#?fbid=fNxlPLJEUuh

Outras equipas finalistas: https://www.imaginecup.com/Custom/Index/2014Finalists_WorldCitizenship#?fbid=fNxlPLJEUuh

Filme do projecto no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=OEJFphI4U94

 

Através de teste de sangue
Especialistas britânicos identificaram proteínas sanguíneas em doentes diagnosticados posteriormente com Alzheimer, aumentando...

Actualmente não há cura para a doença, a forma mais comum de demência, que afecta 44 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que poderá triplicar até 2050, de acordo com estimativas da Alzheimer's Disease International.

Um teste para diagnosticar a doença na sua fase inicial permitiria aos investigadores monitorizar os doentes antes de a doença atingir um estágio mais avançado, contribuindo para a descoberta de uma cura.

Estudo em ratinhos
Um estudo da Fundação Champalimaud concluiu que dois circuitos neurais de cada um dos lados do cérebro controlam os movimentos...

Investigadores descobriram, numa experiência com ratinhos, que dois circuitos neurais de cada um dos lados do cérebro controlam os movimentos contrários do corpo, ajudando a explicar o que sucede quando há uma doença do movimento, como a de Parkinson.

O estudo, cujos resultados são hoje publicados na revista Nature Communications, foi conduzido por uma equipa de cientistas do Programa Neurociências da Fundação Champalimaud.

“Pensava-se que o circuito directo do hemisfério direito [do cérebro] promovia movimentos do outro lado e o circuito indirecto inibia esses movimentos. O que descobrimos é que ambos os circuitos de um lado do cérebro controlam o movimento do outro lado”, referiu à agência Lusa o neurocientista e coordenador do estudo, Rui Costa.

 

8 e 9 de Julho
Médicos cumprem esta terça-feira o primeiro de dois dias de paralisação em defesa do Serviço Nacional de Saúde. Sindicato conta...

Cerca de 160 mil consultas e duas mil cirurgias poderão hoje ser adiadas, se a adesão à greve for a esperada pela Federação Nacional dos Médicos. O ministro insiste que não compreende o protesto, mas não o conseguiu travar, refere o Jornal de Notícias na sua edição digital.

A mobilização foi feita distrito a distrito, hospital a hospital, e os dirigentes da FNAM estão confiantes de que a adesão vai ser “muito significativa”. Merlinde Madureira, presidente da comissão executiva, assume que espera taxas de abstenção superiores a 80%.

“A actual situação é das mais graves das últimas décadas, porque a ameaça que está a ser feita ao Serviço Nacional de Saúde põe em perigo a democracia”, enfatiza a dirigente, que é médica há 41 anos e fundou o Sindicato dos Médicos do Norte em 1982. Ainda que representem apenas um quinto dos profissionais do SNS, a ausência dos médicos é suficiente para impedir a realização das cirurgias e das consultas dos hospitais e centros de saúde.

A média diária de cirurgias no mês de Julho do ano passado foi de 1945, de acordo com dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Nos hospitais, realizaram-se 43 599 consultas externas todos os dias e, nos centros de saúde, a média diária de consultas ronda as 115 600.

 

Conheça as respostas
A Acupunctura é uma técnica que utiliza a capacidade natural do corpo de retornar à normalidade.
Terapeuta de acupunctura a aplicar agulhas

Os efeitos terapêuticos da Acupunctura são obtidos quando, através da inserção de agulhas sólidas e extremamente finas nos tecidos (normalmente a pele e os músculos), o seu médico consegue modular o funcionamento do Sistema Nervoso, do Sistema Endócrino, do Sistema Imunitário e das glândulas exócrinas.

 

Como funciona a Acupunctura?

O estudo dos mecanismos de acção da Acupunctura tem sido investigado desde a segunda metade do século XX, sendo actualmente um facto que a Acupunctura exerce os seus efeitos através da estimulação de terminações nervosas nos tecidos puncturados. Esta estimulação local provoca a libertação de uma série de substâncias que têm como efeito final o aumento da circulação local, com melhoria da oxigenação e do aporte de nutrientes aos tecidos. A este nível de actuação local há também estimulação da actividade do Sistema Imunitário.

A estimulação das terminações nervosas existentes na pele, músculo, cápsulas articulares, periósteo, provocada pela manipulação ou pela estimulação eléctrica das agulhas (chamada electro-acupunctura) vai desencadear uma série de processos neurológicos a nível da medula espinhal e do cérebro, que irão ser responsáveis pela acção terapêutica da Acupunctura.

A área que tem sido o principal objecto do estudo desde os anos 70 do século passado é o tratamento da dor. O conhecimento dos mecanismos pelos quais a Acupunctura exerce os seus efeitos no tratamento da dor deu um passo enorme com os estudos realizados nos anos 70 pelo Professor Ji-Sheng Han, médico da Universidade de Pequim. Foi ele quem primeiramente provou que o efeito da electro-acupunctura é devido à estimulação da produção de opióides (substâncias produzidas pelo nosso organismo, que têm efeito analgésico) no Sistema Nervoso Central. Estes estudos iniciais, efectuados em coelhos, foram posteriormente confirmados na Suécia, pelo Professor Hans Terennius, do Instituto Karolinska, em humanos. Actualmente sabe-se que a acupunctura tem efeitos profundos a todos os níveis do sistema nervoso, desde os nervos periféricos, medula espinhal e cérebro, nomeadamente a nível do sistema límbico (um conjunto de áreas do cérebro relacionadas com as emoções), do hipotálamo e da hipófise, bem como do córtex cerebral. Foi também bem estabelecida a actuação a nível de um conjunto de áreas do Sistema Nervoso Central, que quando activadas, inibem/ influenciam, a transmissão da dor desde a medula espinhal para o cérebro.

A Acupunctura é eficaz em todas as doenças?

A eficácia da Acupunctura tem sido um grande objecto de estudo desde o início deste século. Na Alemanha, onde a acupunctura é comparticipada pelos prestadores de cuidados de saúde, foram realizados estudos científicos com um grande número de doentes, que confirmaram a eficácia da Acupunctura no tratamento da artrose da anca, joelho, na lombalgia e cefaleia de tensão, dor crónica do ombro e em outras situações, como a dismenorreia. Outras situações clínicas continuam a ser investigadas.

O National Institute of Health considerou haver estudos suficientes para considerar a acupunctura eficaz no alívio da dor pós-operatória, dor pós-cirurgia dentária e nas náuseas (pós-quimioterapia e gravidez). Considerou ainda existirem evidências de que possa ser eficaz no tratamento da dor músculo-esquelética.

Para além da dor, que outros problemas podem ser tratados com Acupunctura? Como funciona a acupunctura nessas doenças?

Existe uma série de doenças que podem beneficiar do tratamento com Acupunctura. O seu médico poderá dizer-lhe se a sua situação clínica particular poderá beneficiar desta técnica.

O mecanismo de acção no tratamento da patologia funcional dos órgãos internos (problemas no funcionamento do estômago, vesícula biliar, fígado e pâncreas, intestinos, rins) ainda não está tão bem estudado como os efeitos no tratamento da dor. No entanto, já se começam a perceber esses mecanismos.

A acção no tratamento deste tipo de patologia baseia-se no processo de formação destes órgãos, durante o desenvolvimento embrionário. Cada estrutura do nosso corpo teve origem numa área específica do embrião. Estruturas que no adulto se encontram afastadas tiveram origem nas mesmas zonas. Estas estruturas partilham uma ligação. Os estímulos que são recebidos pelas terminações nervosas na pele, músculos, articulações e órgãos internos são transmitidos à medula espinhal. Estruturas que no embrião partilharam a mesma origem, transmitem esses estímulos para o mesmo nível da medula espinhal.

Por exemplo, os membros superiores partilham a mesma origem que o coração, pulmões e esófago e músculos e pele do tórax. Os estímulos provenientes destas estruturas são transmitidos para medula espinhal da coluna cervical. Esta informação é processada pela medula espinhal, sendo parte desta informação bloqueada e parte transmitida para o cérebro.

Os estímulos provenientes dos músculos, pele e outras estruturas influenciam o funcionamento do Sistema Nervoso Autonómico, que é a parte do Sistema Nervoso que controla o funcionamento dos órgãos internos. Esta acção faz-se de forma directa, no mesmo nível da medula a que chega a informação e indirectamente através da modulação da actividade do hipotálamo.

Quando um médico desenha um tratamento para uma patologia de órgãos internos, é tida em conta a origem embriológica de cada estrutura anatómica e a zona da medula espinhal onde se originam os nervos autonómicos para cada órgão interno. Os locais de inserção das agulhas são assim seleccionados tendo em conta estes dados. Assim, para tratar problemas pulmonares é comum escolher locais de inserção a nível do braço e antebraço, bem como a nível da face anterior do tórax e na região dorsal, perto da coluna vertebral. Esta escolha relaciona-se com o facto de que os nervos autonómicos que são responsáveis pelo funcionamento destes órgãos, bem como os nervos autonómicos que acompanham as artérias e nervos dos membros superiores se originarem na medula dorsal. No entanto, há ainda algumas acções que neste momento ainda não se podem explicar totalmente à luz dos conhecimentos actuais.

Quais os riscos da acupunctura?

Um dos problemas que podem ocorrer quando se decide iniciar um tratamento com acupunctura é tratar patologias para as quais não há indicação. Nem todas as patologias ou casos clínicos têm indicação para tratamento e cabe ao seu médico decidir que casos podem ser tratados com Acupunctura. Algumas doenças podem ser tratadas exclusivamente com esta técnica terapêutica, ou em complemento de outros tratamentos (medicamentos, fisioterapia, cirurgia).

Outro dos riscos quando se procura tratamento é a possibilidade de ocorrer um atraso no diagnóstico correcto, sendo também da responsabilidade do seu médico investigar o seu caso clínico antes de o decidir tratar com acupunctura. Em alguns casos o tratamento pode ser iniciado enquanto essa investigação é efectuada.

A Acupunctura é uma técnica terapêutica, que deve ser integrada na Medicina, e não deve ser entendida como uma “Medicina Alternativa”.

A Acupunctura tem efeitos secundários?

A acupunctura é uma técnica terapêutica muito segura, verificando-se que os efeitos adversos ocorrem fundamentalmente por má prática. É por isso fundamental procurar um profissional qualificado antes de decidir iniciar um tratamento. A Ordem dos Médicos definiu a formação específica que um médico deverá ter de forma a estar qualificado a praticar Acupunctura. Apenas após terminar um Curso de Pós-Graduação com pelo menos 300 horas um médico se encontra habilitado a praticar esta técnica. Em Portugal apenas 3 Cursos Universitários estão certificados pela Ordem dos Médicos.

Os efeitos adversos mais frequentes são ligeiros:

  • Hemorragia no local da inserção das agulhas: ocorre em cerca de 3% dos tratamentos. Pode ser minimizado com a compressão imediata após retirar as agulhas e com a aplicação local de gelo;
  • Dor com a picada: ocorre em cerca de 1% dos tratamentos;
  • Sonolência após o tratamento: cerca de 1% – este efeito é mais frequente e pronunciado nas primeiras sessões de tratamento e por essa razão, é conveniente não conduzir ou realizar actividades que o possam colocar em risco nas horas a seguir às primeiras sessões de tratamento;
  • Desmaio: acontece em cerca de 0,5%, sendo extremamente raro quando o posicionamento durante o tratamento é adequado (o posicionamento mais frequentemente utilizado é a posição de deitado);
  • Agravamento passageiro dos sintomas: entre 1 a 2 % dos casos há um agravamento passageiro das queixas, que pode durar 28 a 72 horas. O seu médico aconselhará o que deve fazer nesta situação;

Os efeitos adversos graves são muito raros (menos de um por cada 10.000 tratamentos) e podem ser:

  • Infecções cutâneas;
  • Lesões de nervos periféricos;
  • Exacerbação de asma;
  • Convulsão;
  • Lesões de órgãos: pleura e pulmão, coração e pericárdio, vasos sanguíneos, medula espinhal e tronco cerebral;
  • Transmissão de doenças infecciosas: Hepatite B, VIH, condrite auricular, endocardite, sepsis, artrite séptica, abcessos.

As infecções cutâneas e as lesões de nervos periféricos e de órgãos são complicações geralmente associadas a má prática, com más condições de higiene e má técnica de inserção. Foi verificado que o conhecimento detalhado da anatomia é fundamental para evitar estas complicações. Os cursos de Acupunctura certificados pela Ordem dos Médicos formam adequadamente os médicos nesta área.

Actualmente são usadas agulhas descartáveis, de uso único, pelo que a probabilidade de transmissão de doenças infecto-contagiosas é praticamente nula, desde que sejam tomados os cuidados adequados.

Existem locais mais e menos perigosos para a colocação das agulhas? Quais?

A inserção de agulhas sobre o tórax, na projecção da pleura e do pericárdio, na região dorso-lombar sobre a área dos rins, sobre o abdómen e sobre a área do fígado, coloca riscos de lesão destes órgãos.

Podem ocorrer lesões graves quando se inserem agulhas na nuca, pelo risco de lesão medular ou do tronco cerebral. Também os nervos periféricos e as artérias podem ser lesionados.

O conhecimento detalhado da anatomia é fundamental para evitar este tipo de lesões graves.

É costume haver sangramento após o tratamento?

Os casos de hemorragias grandes são muito raros. É comum após retirar uma agulha surgirem algumas gotas de sangue, que são facilmente resolvidas com pressão local e eventualmente com a aplicação de gelo.

A inserção das agulhas é dolorosa?

A inserção da agulha pode ser ligeiramente dolorosa. Poderá sentir uma picada ligeira durante a inserção inicial da agulha na pele. Também quando as agulhas penetram nos músculos poderá sentir uma sensação de dor mais profunda e difusa. É uma sensação normal, que é desencadeada pela estimulação das terminações sensitivas da pele, da fáscia e dos músculos. Após terminar a inserção, a agulha não deverá provocar desconforto, caso isso aconteça deve alertar o seu médico.

É necessário algum cuidado especial antes de uma primeira sessão?

Antes de iniciar um tratamento com Acupunctura, o seu médico deve verificar se existem ou não contra-indicações para o tratamento e se este tratamento pode trazer algum benefício ao doente.

É fundamental que seja colhida uma história clínica detalhada das suas queixas e antecedentes e que lhe seja explicado como decorrerá o tratamento. O seu médico poderá pedir o seu consentimento informado e comunicar a outros médicos que o tratem.

Tenho um outro problema de saúde. Poderei ser tratado com Acupunctura?

Antes de iniciar o tratamento deverá informar o seu médico de situações/problemas, como as que seguem abaixo, ou mesmo de outras situações/problemas. O seu médico decidirá se na sua situação clínica o tratamento poderá ser efectuado:

  • Se tiver epilepsia ou tiver tido crises convulsivas;
  • Se tiver pacemaker ou outro dispositivo eléctrico implantado;
  • Se tiver alguma alteração da coagulação;
  • Se estiver a tomar anti-coagulantes ou qualquer outra medicação;
  • Se tiver problemas nas válvulas do coração ou outros riscos de infecção;
  • Se tiver sido operado para tratamento de uma fractura e tiver material metálico implantado.

Que outros cuidados deverá ter o meu médico antes de iniciar o tratamento?

Antes de decidir iniciar um tratamento com Acupunctura, o seu médico deverá ter em consideração se você tem fobia de agulhas; se foi você quem decidiu procurar o tratamento; se tem alguma preocupação com o tratamento.

O tratamento deverá decorrer numa sala com boa ventilação e possibilidade de regular a temperatura, com boa iluminação e num ambiente calmo. Durante o tratamento deverá permanecer bem posicionado, de preferência deitado, numa posição confortável. Durante o tratamento o seu médico deverá manter-se perto de si, ou dar-lhe a possibilidade de facilmente o chamar.

Antes de iniciar o tratamento o meu médico deve pedir o meu consentimento?

Ainda que não seja legalmente exigido consentimento informado antes de iniciar tratamento com esta técnica terapêutica, será conveniente que o seu médico o esclareça sobre todos os detalhes de um tratamento com Acupunctura, podendo pedir-lhe que assine um documento de Consentimento Informado.

Artigos relacionados

6 benefícios da Acupuntura aplicada às crianças

Acupuntura: Ferramenta de apoio no controlo sintomático em oncologia

Acupunctura para tratar varizes

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Na segunda greve nacional
Médicos protestam hoje frente ao Ministério da Saúde. Sindicato Independente não adere e mantém confiança nas negociações.

Dois anos depois, Julho volta a ficar marcado por dois dias de greve dos médicos. Se o problema de comunicação com Paulo Macedo continua na base da contestação, desta vez o pano de fundo adensa com uma cisão entre sindicatos, escreve o iOnline. Para a FNAM, que convoca a paralisação de hoje e amanhã, o protesto é contra as “falsas promessas” de um governo que acusa de só conhecer a “linguagem da força reivindicativa e da unidade de luta”. O Sindicato Independente dos Médicos não aderiu e, um mês depois de uma reunião de urgência pedida pelas organizações médicas à tutela, mantém confiança na receptividade do ministro.

A contestação subiu de tom nos últimos meses em torno de iniciativas como a classificação dos hospitais em quatro níveis, prevendo-se o fecho de serviços, e a criação de um código de ética para o SNS. Com as mesmas reivindicações, sindicatos e Ordem reuniram-se com a tutela em Junho e saíram com decisões diferentes. A FNAM, apoiada pela Ordem, reiterou a intenção de avançar com uma greve. E o SIM considera que o ministro mostrou resposta pela positiva, anunciando ir suspender a portaria de classificação dos hospitais e abandonar o código de ética então em cima da mesa. Nos últimos dias manteve a diferença nas interpretações: perante a versão reescrita do código de ética - que elimina o parágrafo a proibir declarações que ponham em causa a imagem dos serviços, mas mantém dever de sigilo e confidencialidade -, a FNAM fala de “mera alteração de terminologia” e o SIM diz terem sido “eliminados” os pontos que desencadearam a contestação sindical.

Se o SIM considera que a negociação sindical tem dado frutos, a FNAM defende que, após o acordo de 2012, seguiram-se 20 meses de “silêncio e morosidade” na implementação das medidas e dificuldades nas unidades - nomeadamente, na transição para o regime das 40 horas a troco de aumento salarial. “Foi-nos sempre pedido paciência, mas ao mesmo tempo houve rapidez para um conjunto de decisões sem auscultação prévia”, criticou ao i a dirigente Maria Merlinde Madureira, referindo-se ao projecto de classificação hospitalar e código de ética, mas também reformulação das escalas das VMER com médicos das urgências ou atribuição de competências de medicina de trabalho a médicos de família.

Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, disse ao i que o sindicato respeita a greve, mas sublinhou ter sido convocada de forma unilateral, o que Madureira rejeita para dizer que foi decidida pelo conselho nacional da FNAM e aberta. Mais do que a forma, o estado de espírito parece inconciliável. Madureira, presidente da FNAM, defende que o contexto desta paralisação é mais grave do que o de 2012. “Estão em causa documentos que põem em causa o SNS”, diz, acusando a tutela de “falta de lealdade” ao não discutir iniciativas com os médicos.

Roque da Cunha considera que o contexto por detrás da greve de 2012 não tem comparação com o actual: o ministro não estava nas reuniões com os sindicatos, faltava a grelha salarial prometida desde 2009 e não havia concursos de progressão na carreira há nove anos: “Os pontos reivindicativos mais recentes foram motivo de compromisso da tutela. Não descartamos uma greve se os compromissos não forem respeitados, mas vemo-la como um último recurso, quando não existe diálogo”. Para Madureira, as respostas da tutela não foram claras e justifica-se o último recurso: “Os médicos estão cansados, as relações laborais em muitas instituições estão degradadas e há pressões sobre os médicos”, remata.

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera alertou que “há uma diferença entre mar calmo e mar seguro” e falou...

O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Jorge Miranda defendeu que os frequentadores das praias devem adaptar-se às características do mar, que podem ter mudado depois das tempestades do último inverno, e ter cuidados redobrados.

“É preciso que o comportamento das pessoas relativamente ao mar integre esta dinâmica, [e] se tivermos outros invernos agitados, têm de começar a perceber que, no verão, todas as praias são diferentes do que eram antes”, disse Jorge Miranda à agência Lusa citado pelo iOnline.

O responsável alertou que “há uma diferença entre mar calmo e mar seguro” e falou sobre fenómenos de mistura de águas que não são visíveis, chamados agueiros, no entanto, “são muito perigosos”. Por isso, é preciso “seguir as regras das autoridades que estão nas praias, e provavelmente tem de arranjar-se uma forma qualquer de aumentar o período da existência de nadadores salvadores”, acrescentou. Para Jorge Miranda, “as pessoas têm de habituar-se a cumprir as normas, gerir a incerteza e ser capaz de viver numa situação de risco”.

Como em muitos fenómenos naturais, “a capacidade de previsão pode melhorar o nosso comportamento, a engenharia pode mitigar os efeitos, mas vai estar na responsabilidade de cada um ser capaz de viver com eles”, disse o especialista em geofísica.

As acções de regularização “são importantes, mas mais importantes são as acções de preparação, é perceber que os apoios de praia têm de estar preparados para invernos rigorosos, que as praias, às vezes, podem ser maiores [outras vezes] mais pequenas”, insistiu o presidente do IPMA.

Aliás, “muitas vezes existe a ideia de que a praia não é particularmente perigosa, contudo morrem pessoas, morre muita gente, portanto há aqui comportamentos que têm de ser alterados, a ideia de que uma pessoa que nade mediamente se pode afastar da costa e isso não tem problema porque é sempre capaz de voltar, não é verdade”, alertou.

Depois das tempestades do último inverno, que destruíram várias estruturas na costa, nomeadamente na Costa da Caparica, perto de Lisboa, foram reportadas mudanças de circulação costeira “aparentemente induzidas por mudanças da morfologia”.

A situação no inverno deveu-se à deslocação de uma massa de ar polar para cima dos EUA, o que resultou num frio acentuado no norte da América e fez tempestades sucessivas que vieram da costa americana até à costa europeia, atingindo o norte e centro do país.

“As ondas eram muito grandes e, nestes casos, pode dar-se o transporte sedimentar, o fundo do mar altera-se e a areia é transportada de um lado para outro”, por vezes, no próprio fundo da praia existem alterações do relevo da parte imersa e os fenómenos de rebentação, como todos os fenómenos relacionados com a dinâmica das ondas perto da praia, são alterados, explicou Jorge Miranda.

Quanto ao futuro, “do ponto de vista do clima e da meteorologia, não temos capacidade de saber qual a probabilidade desta situação se vir a repetir”, reconheceu o presidente do IPMA.

 

Física, intelectual e sexual
O stress e a fadiga são duas das principais queixas do mundo moderno, nos dias de hoje.
Fadiga

A fadiga caracteriza-se por um estado que condiciona a obtenção de bons resultados em qualquer actividade com a diminuição das capacidades perceptivas, cognitivas e motoras. Prejudica a vigilância, a atenção, a capacidade perceptiva, a resposta reflexa, o tempo de reacção e todo o processo de decisão.

Existem vários tipos de fadiga – física, intelectual, sexual -, logo, são múltiplos os factores que podem estar na sua origem. Também quanto à duração a fadiga pode ser considerada aguda ou crónica, sendo que é sobre a primeira forma que nos centraremos, uma vez que a fadiga crónica é uma doença que se caracteriza por um conjunto bastante complexo de sintomas, onde o sinal predominante é uma fadiga intensa que se pode tornar incapacitante (uma forma profunda de exaustão e falta de energia).

Os especialistas alertam que este estado de fadiga, ou astenia, é mais frequente na Primavera e no Outono. As alterações de temperatura e de luz são, na opinião dos especialistas, a razão para estes estados que definem como a falta de forças, caracterizada por uma sensação de cansaço, fadiga física e psíquica, pouca vitalidade e apatia. A fadiga intelectual, a dificuldade de concentração e os transtornos de sono, memória e apetite, são outros dos efeitos deste estado. Na maioria dos casos, tratam-se de sintomas isolados e transitórios que não correspondem a um motivo concreto e que podem ser a resposta do organismo ao stress ou ao esforço físico ou intelectual.

Causas
As causas mais frequentes da fadiga são o excesso de esforço físico, poucas horas de sono, excesso de trabalho, períodos escolares mais exigentes, actividade desportiva intensa, convalescença de doença e viagens constantes. Existem, contudo, muitos casos cuja causa aparente é inexistente, tratando-se apenas de uma resposta natural do organismo face a uma pressão física ou psicológica do nosso ambiente.

Sintomas
Cada indivíduo reage de maneira diferente mas, frequentemente, a fadiga traduz-se por dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão, falta de dinamismo, diminuição do rendimento de trabalho, alterações de humor frequentes, alterações no sono, falta de motivação, perda de apetite sexual, dores de cabeça e enxaquecas e tensão muscular.

Como aliviar
Reconhecer qual a causa da fadiga e eliminá-la é a forma mais eficaz de acabar com esse estado de astenia. Por outro lado, existem outros aspectos que pode ter em conta:

1. Dieta equilibrada e variada.
Aumentar e a ingestão de cereais, legumes, frutas e verduras da época, ou dito de outra forma, aumente o consumo de hidratos de carbono e reduza o consumo de gorduras.

Para além do mais, é benéfico consumir produtos integrais, ricos em fibras e vitaminas do grupo B, aumentar o consumo de ácidos gordos polinsaturados, como os ómega 3 que se encontram fundamentalmente no peixe e consumir alimentos com probióticos que ajudem a reforçar o sistema imunológico. Em contrapartida, convém evitar os chamados açúcares rápidos: bolos, pasteis, etc., as gorduras saturadas, os fritos e as comidas muito elaboradas.

2. Refeições com hora certa
Convém dividir o dia por 5 refeições, sem que passem mais de 4 horas entre uma e outra. Entre as refeições, é aconselhável ingerir alimentos ricos em vitaminas e minerais como frutas, sumos naturais e iogurtes.

3. Hidratar-se
A água é um bom aliado. Há que consumir uma quantidade suficiente de água durante o dia, uma vez que favorece a função renal. Ter sempre uma garrafa de água por perto pode ajudar a tomar a quantidade necessária. Sempre que puder complemente com infusões e sumos.

4. Dormir bem
O sono deve ser reparador e convém dormir cerca de 8 horas. Para dormir melhor ,as refeições devem ser ligeiras e feitas pelo menos duas horas antes de se deitar, de modo a que a digestão não interfira no sono.

5. Realizar exercício físico moderado
Recomenda-se cerca de uma hora de exercício diário para libertar as endorfinas. Passear, nadar, dançar, andar de bicicleta ou fazer yoga são opções ao alcance de todos. Se os exercícios poderem ser feitos ao ar livre, melhor. Praticar actividade física no exterior facilita a adaptação à estação.

6. Evite os estimulantes
Evite substâncias como o álcool, o tabaco, e as bebidas excitantes como o café, que podem ser substituídas por infusões ou equivalentes sem cafeína.

7. Descansar
Sempre que possível, é aconselhável fazer pequenos descansos de cinco minutos durante a jornada laboral, principalmente para quem passa o dia em frente ao computador.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dentro de um a dois anos
Especialista acredita que metade dos europeus podem vir a sofrer de algum tipo de alergia.

O alergologista Pedro Lopes da Mata acredita que metade dos europeus poderão vir a sofrer de alguma forma de alergia dentro de um a dois anos, avança a TSF.

Este especialista do Instituto Clínico de Alergia explicou que actualmente um terço das crianças europeias já sofre de alergias e que existe uma tendência para o aumento do número de casos.

“As doenças alérgicas, no conjunto de todas as idades, são a quinta doença crónica mais vulgar em todo o mundo e a terceira doença crónica mais vulgar em pessoas com menos de 18 anos”, explicou.

Pedro Lopes da Mata entende ainda que é difícil explicar com exactidão as razões do aumento das alergias, mas lembra que as mudanças dos hábitos alimentares são um dos motivos que tem levado ao aumento dos casos.

O especialista recordou ainda que a ausência de factores de protecção é outros dos factores que explica este aumento, já que “antigamente vivíamos mais no exterior e tínhamos mais contacto com a infecção e talvez isso nos defendesse da alergia”.

 

Estados Unidos querem lançar no mercado
As autoridades norte-americanas anunciaram que vão acelerar o processo de aprovação para colocar no mercado um novo tratamento...

Na fase de testes realizada até ao momento, 89% dos doentes atingidos por leucemia verificaram que o cancro desapareceu completamente.

Trata-se de uma imunoterapia personalizada conhecida pelo nome de CTL019, desenvolvida pela Universidade da Pensilvânia e considerada um “grande avanço” pela Agência Federal do Medicamento (FDA) dos Estados Unidos, entidade que avalia todas as substâncias terapêuticas e terapias.

Isto significa que esta terapia vai beneficiar de um processo acelerado de avaliação por parte da FDA, tal como uma atenção particular para a sua colocação no mercado, já que foi a primeira imunoterapia contra o cancro a receber esta designação.

A terapia consiste em extrair células T imunitárias do paciente e depois programá-las geneticamente em laboratório para que anulem as células cancerígenas que produzem a proteína CD19.

Estas células T modificadas são depois injectadas no organismo do paciente, onde se multiplicam e atacam directamente o cancro, tendo 89% dos doentes tratados até agora entrado em remissão da doença.

A primeira criança a receber o tratamento, Emily Whitehead, celebrou em Maio dois anos de remissão da doença. “Os primeiros resultados dão imensas esperanças para um grupo desesperado de pacientes e muitos deles conseguiram recuperar uma vida normal na escola ou no trabalho depois de receberem esta nova imunoterapia personalizada”, disse o chefe da equipa de pesquisa da Universidade de Pensilvânia, Carl June.

A universidade aliou-se em 2012 à empresa farmacêutica Novartis para desenvolver e autorizar testes com esta terapia para o tratamento de vários tipos de cancro.

 

Saiba mais sobre
Para que um medicamento seja colocado no mercado, é necessária uma Autorização de Introdução no Merc
AIM

O sistema de autorização de introdução de um medicamento no mercado pode ser nacional, ou ser efectuada de forma concertada com os restantes Estados-membros da União Europeia e a Comissão Europeia.

Os procedimentos concertados entre os Estados-membros e a Comissão Europeia constituem o que se chama de Sistema Europeu de Avaliação de Medicamentos. No entanto, mesmo os avaliados a nível nacional regem-se pelas regras europeias de avaliação de medicamentos.

Independentemente do procedimento utilizado para a obtenção de uma Autorização de Introdução no Mercado (AIM), é sempre efectuada uma avaliação técnico-científica prévia.

Esta avaliação é essencial e determinante no processo de obtenção de AIM, de forma a garantir a segurança, qualidade e eficácia dos medicamentos disponíveis no mercado.

Avaliação técnico-científica
A avaliação técnico-científica tem por objectivo garantir a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos disponíveis no mercado, com base na aplicação de rigorosos critérios legais e científicos, harmonizados ao nível europeu.

Esta avaliação é realizada por peritos do Infarmed, nomeadamente, da Direcção de Avaliação de Medicamentos e da Comissão de Avaliação de Medicamentos, um órgão consultivo, cuja missão é emitir pareceres em matérias relacionadas com medicamentos, designadamente sobre as autorizações de introdução no mercado.

A avaliação técnico-científica incide principalmente nas seguintes três vertentes:

  • Farmacêutica

Assegura que todos os medicamentos autorizados no mercado possuem a máxima qualidade a nível do seu fabrico cumprindo com todos os critérios exigidos.

  • Pré-Clínica

Assegura que todos os medicamentos autorizados no mercado cumprem os requisitos de segurança impostos, tendo em conta as características de cada medicamento e as suas indicações terapêuticas.

  • Clínica

Verifica a eficácia do medicamento estabelecendo as melhores condições para a sua utilização, nas indicações terapêuticas a que se destina.

Tendo presente que não há medicamentos isentos de risco, a autorização de medicamentos pressupõe que a relação benefício/risco seja favorável para o fim a que o medicamento se propõe.

No caso dos medicamentos genéricos, além da avaliação farmacêutica, a avaliação da eficácia e segurança é realizada através da comparação com o medicamento de referência/ original (mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem) recorrendo-se de estudos de bioequivalência.

E depois de estar no mercado?
De forma a manter a informação sobre o medicamento actualizada de acordo com o progresso científico, podem ser apresentadas alterações aos termos da AIM.

Também estas alterações carecem de avaliação técnico-científica, necessitando igualmente de ser autorizadas pelo Infarmed ou pela Comissão Europeia.

A utilização do medicamento é monitorizada de forma contínua, particularmente no que respeita à segurança do mesmo. Assim, periodicamente devem ser apresentados ao Infarmed, os Relatórios Periódicos de Segurança que reúnem e analisam toda a informação de segurança recolhida num determinado período de tempo.

A AIM é válida por 5 anos findo os quais é realizada uma renovação, com o objectivo de verificar que a relação benefício risco se mantém favorável.

A partir desta data e, caso não sejam apontadas razões de farmacovigilância relevantes, a AIM terá validade ilimitada.

Procedimentos de AIM

  • Procedimento Nacional

Este tipo procedimento é utilizado nos casos em que se pretenda que o medicamento seja aprovado apenas para colocação no mercado português.

Uma vez que Portugal é membro da União Europeia, a avaliação e aprovação de medicamentos rege-se pelas normas e procedimentos que compõem o sistema Europeu de Avaliação de Medicamentos, mesmo no caso do Procedimento Nacional.

O sistema europeu de avaliação de medicamentos compreende três procedimentos para obtenção de AIM para um medicamento.

Os procedimentos existentes são:

  • Procedimento Centralizado

O pedido de AIM é apresentado e gerido pela Agência Europeia de Medicamento (EMEA). A avaliação fica a cargo de um comité científico de peritos (CHMP) nomeados por todos os Estados-membros. Para cada pedido, são seleccionados dois Estados Membros que serão os responsáveis pela avaliação e elaboração de um relatório de avaliação a aprovar pelo Comité. Com base no relatório aprovado, a Comissão Europeia toma uma decisão de AIM que é válida e vinculativa para todos os Estados-membros da União Europeia.

Desta forma, o medicamento é autorizado ao mesmo tempo em todos os Estados Membros.

  • Procedimento de Reconhecimento Mútuo

No procedimento de reconhecimento mútuo, os Estados Membros podem reconhecer e aceitar a AIM concedida, por procedimento nacional, por um Estado Membro (Estado-membro de Referência).

Nestes casos é seguido um período a nível europeu durante o qual, com base na avaliação realizada pelo Estado-membro de Referência, tem lugar a avaliação técnico-científica. Após esta avaliação, o medicamento é autorizado no conjunto de países envolvidos no procedimento.

  • Procedimento Descentralizado

O procedimento descentralizado pressupõe a apresentação simultânea em vários Estados Membros de um pedido de AIM. Um dos Estados Membros assume a tarefa principal de avaliação (Estado-membro de Referência) que é acompanhada e comentada pelos restantes países. O período de avaliação é acordado entre todos os intervenientes envolvidos no procedimento.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Especialistas dizem
Quando uma pessoa não ingere a quantidade de nutrientes que precisa para manter o bom funcionamento do organismo, pode...

Em estágio inicial, a carência de vitaminas e minerais pode até passar despercebida ou manifestar-se com sintomas leves, como o enfraquecimento das unhas. Sem tratamento, porém, os danos para a saúde podem tornar-se graves e levar a doenças como a anemia.

“Se não ingerirmos algum nutriente, mesmo que seja aquele de que necessitamos em doses mínimas, mais cedo ou mais tarde fará falta”, diz a nutricionista Salete Brito, do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Uma maneira de evitar o distúrbio é ingerir alimentos com elevada densidade nutricional. O termo, pouco conhecido pelos não especialistas, refere-se a alimentos que oferecem quantidades relevantes de proteínas, vitaminas, minerais e fibras e, ao mesmo tempo, baixo teor de gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio.

Vegetais, frutas, grãos integrais, leite e derivados, carnes magras, leguminosas, castanhas e sementes são exemplos de alimentos que se enquadram nessa categoria, explica a nutricionista Maysa Helena de Aguiar Toloni, professora adjunta no Departamento de Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, no Brasil.

Em geral, também são de baixa caloria, mas há excepções, como o abacate, que apresenta um elevado teor calórico em função da presença abundante de gorduras insaturadas, considerada de boa qualidade.

Inversamente, quando um produto tem muitas calorias, mas poucos nutrientes, a sua densidade nutricional é baixa. Nessa classificação, entram petiscos e guloseimas, como pizzas, salgados, alimentos processados e os doces em geral.

A ingestão excessiva de itens desse grupo é prejudicial por uma série de aspectos. Não suprem as necessidades do organismo e, em determinados casos, ainda podem prejudicar a absorção de nutrientes importantes. Os produtos industrializados, por exemplo, por serem ricos em sódio prejudicam a assimilação de cálcio pelo organismo, afirma Brito. Se essa carência for prolongada, há riscos de desenvolvimento de osteoporose.

O consumo exagerado de alimentos contendo as chamadas “calorias vazias”, com pouca ou nenhuma oferta de nutrientes, também tem como consequência negativa o aumento de peso. “O facto de fornecerem poucos nutrientes essenciais ao organismo faz com que, por mecanismos biológicos de defesa, a pessoa consuma mais alimentos tentando compensar essa carência”, diz a nutricionista Márcia Regina Vitolo, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

 

13 institutos de vários países
Uma equipa de investigadores europeus levou a cabo uma pesquisa que permitiu identificar 518 novas microbactérias,...

A investigação, na qual foi usada uma nova abordagem de análise bioinformática, permitiu ainda aumentar o catálogo de genes microbianos conhecidos, de três para 10 milhões.

Os resultados desta investigação, publicados na revista especializada Nature Biotechnology, fazem parte do projecto europeu MetaHIT (Metageonomics Human Intestinal Tract), financiado em 11,4 milhões de euros para investigar como se relaciona o microbioma (população de microrganismos que habitam o corpo) humano com a saúde e a doença.

Ao todo participaram neste estudo 13 institutos de vários países.

De acordo com o investigador espanhol Francisco Guarner, do Instituto de Investigação Vall d'Hebron, de Barcelona, nem todas as amostras estudadas possuem esta quantidade de microbactérias desconhecidas.

As amostras da flora intestinal de algumas pessoas têm muito poucas destas espécies e, analisando-as em detalhe, os investigadores perceberam tratar-se de amostras de pacientes com doença de Crohn.

“Isto sugere que estas espécies, até agora desconhecidas, são possivelmente as que marcam a diferença entre a microbiota das pessoas sãs e das doentes”, afirmou Francisco Guarner. Segundo este investigador, as bactérias agora descobertas não podem ser isoladas porque “não sobreviveriam fora do cólon para poderem ser transplantadas”.

Francisco Guarner assinalou que as espécies recém-descobertas “não são cultiváveis, são muito sensíveis ao oxigénio, ou seja, são anaeróbias e estabelecem uma grande dependência com o seu meio ambiente para poderem sobreviver”.

Vivem cerca de 100 mil milhões de microrganismos no corpo humano, dez vezes mais do que o número total de células humanas.

 

Greve
Dois anos após a indignação dos médicos ter coberto de branco a rua do Ministério da Saúde, os profissionais que aderem à greve...

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que convocou o protesto para terça e quarta-feira, acredita que a greve terá uma grande adesão, na dimensão da "indignação" destes profissionais de saúde contra medidas do Governo que, acredita, estão a destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS), escreve o Diário de Notícias Online.

O protesto conta com o apoio da Ordem dos Médicos, mas, ao contrário da greve de há dois anos, não terá a participação do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) que, no dia em que foi anunciada esta forma de luta, explicou que à mesma não aderia.

Na altura, o secretário-geral do SIM disse que o sindicato não participaria na greve, pois “não desiste de dialogar e negociar com o Ministério da Saúde, porque entende que esse é o caminho que melhor defende e serve os interesses dos médicos seus associados”.

Em relação à Ordem dos Médicos, esta considera que “o Ministério já não pode continuar a esconder a dramática verdade do Serviço Nacional de Saúde, conforme demonstram as denúncias apresentadas nas conferências de imprensa da Ordem, as notícias transmitidas pelo comunicação social, a violenta ameaça de demissão do Hospital de São João, as denúncias de outros hospitais e o panorama terrível traçado pelo Observatório Português dos Sistema de Saúde”.

A Ordem, que solicitou aos doentes para não recorrerem aos serviços de saúde públicos durante a greve, para não perderem tempo e dinheiro, gostaria de ver a população juntar-se à concentração que irá realizar-se na terça-feira, primeiro dia da greve, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

Os doentes são, aliás, os que sentem diariamente os constrangimentos do sector, como recorda a Ordem: “Quando vão às urgências e aguardam horas, quando esperam pelas cirurgias e consultas, quando a limpeza falha, quando faltam medicamentos e material clínico nos hospitais, quando os aparelhos não são reparados, quando os médicos não podem pedir os exames de diagnóstico que acham necessários, quando não têm acesso aos novos medicamentos que os podiam curar, quando não têm dinheiro para pagar os transportes, etc., etc., etc.”.

Alguns destes doentes já responderam ao apelo, como a associação SOS Hepatites, que já anunciou a presença na concentração. A associação vai participar na iniciativa, “porque a saúde deve continuar a ser de todos!”. A greve acolhe igualmente o apoio de diversas associações de profissionais de saúde, como a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), que “não pode deixar de estar solidária com os portugueses, que necessitam cada vez mais de um SNS de proximidade e qualidade, e que exprimem crescentes dificuldades em manterem um nível de vida digno”.

Para esta associação, o apoio à greve é “uma forma de defesa da saúde e da qualidade dos cuidados prestados aos portugueses”.

Também a Associação Portuguesa de Empresas de Segurança e Saúde no Trabalho (APEMT) anunciou que estará presente na concentração em frente ao Ministério da Saúde, “porque o mesmo objectivo nos une”.

Igualmente do lado da greve, está a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública.

Para o Ministério da Saúde, a greve apenas tem “motivos políticos”, uma vez que “as reivindicações foram atendidas”.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, considera que a paralisação “não tem motivos laborais concretos”, mas antes “um conjunto de razões difusas, de ordem política”.

 

Em Aveiro
Universidade de Aveiro já tratou cerca de 80 doentes com DPOC, com tratamento inovador e gratuito.

Tratamento desenvolvido na Universidade de Aveiro promete melhorias, em 30%, dos sintomas da doença pulmonar obstrutiva crónica, que mata, anualmente, cerca de mil portugueses.

Tosse. Cansaço. Pieira. É assim que começam os primeiros sintomas da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que chega a impedir os doentes de realizarem as tarefas diárias mais básicas e que pode, mesmo, matar. Para começar a tratar a doença na sua fase inicial, ao contrário da maioria dos tratamentos existentes em Portugal, na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) está a ser desenvolvido um tratamento inovador, que já provou que consegue melhorar, em 30%, a sintomatologia da doença. Além disso, é grátis e tem feito sorrir quem a ele se submete.

 

Vulgarmente conhecida como “pedras nos rins”
A litíase urinária, é uma doença que se deve à formação de cálculos, vulgarmente denominados “pedras
Pedras rins

Os cálculos urinários são estruturas sólidas que resultam da aglomeração de cristais, que se formam devido a uma alteração metabólica (bioquímica) crónica do organismo que determina uma aumento da excreção urinária de substâncias como o cálcio, o ácido úrico, o oxalato e o fosfato e/ou uma diminuição da excreção de substâncias inibidores da cristalização (por exemplo o citrato e magnésio).

As alterações metabólicas mais frequentes que podem criar condições para a formação de cálculos são o aumento da excreção urinária de cálcio (hipercalciúria), ácido úrico (hiperuricosúria) e oxalato (hiperoxalúria), bem como a diminuição da excreção urinária de citrato (hipocitratúria) e, menos frequentemente, de magnésio (hipomagnesiúria).

A composição química dos cristais determina o tipo de cálculo formado. Deste modo, existem vários tipos de cálculos, nomeadamente: os cálculos de oxalato de cálcio (60%), de oxalato de cálcio associado a fosfato de cálcio (20%), ácido úrico (8%), estruvite (8%), fosfato de cálcio (2%) e cistina e outros componentes (2%).

A permanência de cálculos no aparelho urinário pode não causar qualquer sintoma ou desencadear sintomas muito intensos, nomeadamente a cólica renal e complicações clínicas graves, que podem terminar em insuficiência renal crónica.

Aproximadamente uma em cada 100 pessoas desenvolve cálculos urinários ao longo da vida. Cerca de 80% destas pessoas eliminam a pedra espontaneamente, juntamente com a urina. Os restantes 20% necessitam de alguma forma de tratamento.

O tratamento da litíase urinária
O tratamento da litíase urinária é efectuado em três fases. Inicialmente é necessário o tratamento urgente para alívio da dor (cólica renal). Posteriormente é efectuado o tratamento da litíase propriamente dita, com remoção do(s) cálculo(s). A última fase consiste no tratamento profiláctico ou preventivo da formação de novos cálculos, que deve ser feito para o resto da vida.

A importância da prevenção e tratamento médico da litíase urinária
Como a formação dos cálculos urinários se deve a uma disfunção metabólica crónica, uma vez formado um primeiro cálculo, a pessoa estará sempre susceptível à formação de novos cálculos (mesmo que o primeiro seja removido).

Estima-se que cerca de 50% dos doentes não tratados, a quem foi diagnosticado um cálculo urinário, irá desenvolver um novo cálculo nos próximos 5 a 10 anos. Daí, a grande importância de medidas de prevenção e tratamento médico, com as quais é possível reduzir, em mais de 80% dos doentes, o crescimento de cálculos já existentes e a formação de novos cálculos.

Prevenção e tratamento médico da litíase urinária
A prevenção da formação de novos cálculos, engloba medidas gerais recomendadas a todos os doentes com litíase e o tratamento medicamentoso específico para um doente, a quem foi detectada uma alteração metabólica responsável pela formação de um determinado tipo de cálculo urinário.

Após o primeiro diagnóstico de litíase urinária e antes de tomar qualquer medida preventiva, o doente deve consultar o médico urologista. Em consulta, é efectuada uma avaliação clínica para determinar qual o tipo de cálculo formado e a alteração metabólica em causa. De acordo com os dados obtidos, são requisitados um conjunto de exames ao sangue e à urina que, no seu conjunto, se designam por avaliação ou estudo metabólico. É possível fazer um diagnóstico específico da alteração metabólica em 97% dos casos.

A constituição química do cálculo, só pode ser diagnosticada definitivamente mediante a análise bioquímica do cálculo urinário, pelo que, se o cálculo foi removido será enviado para análise. Se não foi removido, o doente deverá ser instruído sobre as técnicas para recuperação do cálculo que eventualmente eliminará. Por exemplo, urinar para um passador ou para um filtro de papel. Quando for recuperado, o cálculo de ser guardado num frasco a seco (não em água, álcool ou qualquer outro líquido).

Concluída esta avaliação clínica, o urologista está em condições de indicar se apenas medidas gerais são suficientes ou se é necessário associar o tratamento específico, para prevenção da formação de novos cálculos.

Medidas gerais para a prevenção da litíase urinária
As medidas gerais de prevenção da litíase consistem no aumento da ingestão de líquidos e alterações gerais na alimentação.

Aumento da ingestão de líquidos
Os doentes devem beber cerca de 2 litros de líquidos por dia (3 litros em dias de maior calor), para tornar a urina menos concentrada e dificultar a formação de novos cálculos. Todavia, não é qualquer tipo de líquido que pode ser ingerido. Água, sumo de laranja, limão e maçã são recomendados. Chá preto, café e refrigerantes à base de cola devem ser evitados. É a medida mais importante pois na ausência de qualquer outro tratamento pode diminuir a formação de litíase em cerca de 60 % dos doentes.

Alterações gerais na alimentação para prevenção da litíase
As recomendações que se seguem podem ser feitas pelo médico urologista a todos os doentes com litíase urinária sem necessidade de apoio de um nutricionista:

  • Devem ingerir leite e derivados (alimentos ricos em cálcio) em quantidades moderadas, geralmente duas vezes ao dia. Não se recomendando portanto a restrição total de alimentos ricos em cálcio na dieta. Exemplo: leite ao pequeno-almoço e um iogurte ou um pedaço de queijo com pão ao lanche;
  • Devem ingerir carnes (preferencialmente magras) em quantidades moderadas, para reduzir a ingestão de proteínas;
  • Diminuir a quantidade de sal na preparação dos alimentos e evitar alimentos salgados como o presunto, mortadela ou salsicha;
  • Preferir o pão integral e de centeio aos pães brancos fermentados;
  • Comer gordura moderadamente e substituir o açúcar por adoçante;
  • As leguminosas como feijão e lentilha, não devem ser consumidas mais do que uma vez por dia.

Recomenda-se ainda a ingestão regular dos seguintes alimentos, devido ao alto teor de substâncias inibidoras da formação de todos os tipos de cálculo: arroz, batatas (excepto batata doce), clara de ovo, margarina, óleos vegetais, mel, maionese, bolachas de água e sal, frutas como abacaxi, uva, melancia, pera e cereja.

Tratamento específico para os diferentes tipos de cálculos
Engloba alterações na dieta, de modo a restringir ou eliminar alimentos ricos em substâncias que estão implicadas na formação de um determinado tipo de cálculo num doente específico. Estas recomendações deverão ser efectuadas com o apoio de um nutricionista. Quando as alterações na dieta falham, na prevenção da litíase, está indicada, em alguns doentes, a utilização de medicamentos específicos.

Prevenção dos cálculos que contêm cálcio
Como os cálculos de cálcio representam 80% de todos os cálculos urinários, as alterações gerais na dieta anteriormente referidas são geralmente suficientes para a prevenção da sua formação. Quando as medidas anteriores não são suficientes, medicamentos diuréticos e citrato de potássio oral são prescritos.

Prevenção da formação de cálculos de oxalato de cálcio
Para além das medidas para a prevenção dos cálculos de cálcio em geral, devem ser evitados os alimentos ricos em oxalato, tais como: batata-doce, beterraba, espinafre, chocolate, café, chá, refrigerantes à base de cola e frutos secos (sobretudo nozes).

Prevenção da formação de cálculos de ácido úrico
A prevenção da formação de cálculos de ácido úrico, implica a normalização da excreção desta substância na urina. Isto é conseguido, através de uma diminuição da ingestão de carnes gordas (porco e pato) e jovens (frango, vitela, cabrito, leitão), órgãos e vísceras (miolos, fígado, coração, rins), peixes gordos (atum, sardinha, salmonete, cavala, anchova), conservas, mariscos, queijos e bebidas alcoólicas (cerveja). Se estas medidas dietéticas se revelam insuficientes, poderá estar indicada a administração do medicamento alopurinol.

Prevenção da formação de cálculos de estruvite
Os cálculos de estruvite, ou cálculos infecciosos, são causados por infecções urinárias de repetição do aparelho urinário por determinado tipo de bactérias.

Além da eliminação completa dos cálculos, a prevenção de infecções urinárias de repetição, poderá implicar a utilização prolongada de antibióticos específicos para o referido tipo de bactérias, para manutenção de urina estéril. Em casos particulares, poderá utilizar-se ácido acetohidroxâmico.

Prevenção da formação de cálculos de cistina
Para a prevenção destes cálculos recomenda-se a terapêutica com citrato de potássio oral e captopril.

A litíase urinária é uma doença crónica com tendência para a recorrência.

A avaliação clínica adequada, permite na grande maioria dos casos, um diagnóstico da causa da litíase e a orientação para o tratamento medicamentoso que, associado ao reforço hídrico e alterações na dieta, permitem evitar ou reduzir significativamente a formação de cálculos em mais de 80% dos doentes. No entanto, a prevenção desta doença, exige um compromisso na realização dos tratamentos prescritos, dado que a prevenção de novos cálculos deve ser feita para resto da vida.

Alimentos que devem ser evitados ou consumidos em quantidades moderadas em todos os doentes com litíase urinária:

Frutas
Figo, ameixa, castanha, toranja, passa, amora, damasco e tâmara.

Verduras e Legumes
Beterraba, couve, brócolos, espinafre, nabo, pepino, salsa e agrião, tomate, alho-porro, beringela, abóbora.

Carnes, Peixes e Marisco
Anchova, arenque, carnes de vaca, de aves e de caça, carne e peixe em conserva, carnes gordas, cavala, crustáceos (lagosta, camarão, caranguejo), sardinha, mexilhão, ovas, vitela, moela, perdiz e vísceras (fígado, coração, rins).

Grãos e Leguminosas
Amendoim, castanhas, nozes, tremoço, soja, lentilha e feijão.

Doces e Sobremesas
Cacau e chocolates, gelatina, pão doce e outros produtos fermentados de padaria, gelados.

Conservas e enlatados

Outros Alimentos
Bebidas alcoólicas, café, chá preto, chocolate, groselha, gema de ovo, pimenta.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Esclareça-se
Habitualmente podem esperar-se edema, aumento da consistência mamária, desconforto local, dor e equi
Implantes mamários

Quais as consequências previsíveis da cirurgia e potenciais riscos?
Sintomas ou sinais como edema exagerado, perda de volume da mama, exsudação (perda de líquidos) pela ferida, dor excessiva ou calor local devem ser referenciados ao médico a fim de serem esclarecidos, pois podem corresponder ao aparecimento de complicações.

Deve ter em consideração que podem surgir alterações temporárias da sensibilidade mamária (em alguns casos pode ser permanente), que podem decorrer diversos meses até que a aparência mamária seja natural e que poderá ser necessário algum tempo de suspensão de algumas actividades, dependendo do tipo de intervenção cirúrgica e tipo de actividade desempenhada.

Riscos potenciais

Contratura capsular
O organismos humano reconhece o material implantado como um corpo estranho levando ao aparecimento de tecido fibroso (tecido cicatricial) em torno do implante. Esse tecido tem tendência a contrair num grau que varia de pessoa para pessoa. Dessa contratura pode resultar uma aparência mais dura da mama e mesmo alteração da sua forma. Pode também surgir dor.

Trata-se da complicação mais frequente da aplicação dos implantes mamários e a qual determina também, com maior frequência, necessidade de nova intervenção cirúrgica para remoção da cápsula fibrosa e do implante e, eventualmente, substituição deste.

Este tipo de complicação é aparentemente menos frequente com as próteses texturadas.

Procure informar-se junto do cirurgião das atitudes terapêuticas possíveis face ao aparecimento de contractura.

Ruptura e duração dos implantes
A ruptura resulta do aparecimento de uma fenda ou buraco no invólucro de silicone permitindo a saída do seu conteúdo. Tratou-se de uma complicação descrita com alguma frequência nos implantes mais antigos, com um revestimento mais fino, mas que parece ter diminuído nos mais modernos. A esperança de vida média para os diferentes tipos de implantes existentes é muito difícil de determinar, uma vez que existem poucos dados objectivos e para os mais recentes o tempo decorrido desde o seu aparecimento não permite tirar conclusões nesta área. Por outro lado, as técnicas existentes que potencialmente poderiam ser utilizadas para detectar esta complicação não são capazes de as detectar ou indicam por vezes ruptura quando esta não existe.

A ruptura pode não ocasionar problemas médicos relevantes, pois no caso dos implantes cheios com gel, este pode continuar contido dentro da cápsula fibrosa formada em torno do implante e ser removido quando se remover o implante. Em alguns casos, no entanto, o gel de silicone pode difundir-se para fora da cápsula fibrosa introduzindo-se no tecido mamário, músculos adjacentes ou mesmo em torno de alguns nervos. Durante a cirurgia para a sua remoção pode, neste caso, ser necessário remover algum tecido mamário.

Se surgir dor excessiva, pequenas deformações locais, sensação de queimadura ou de ardor deve consultar o médico-cirurgião.

Procure informar-se de como será programada a detecção de possíveis rupturas e quais os meios mais adequados para o fazer, quais os seus sinais e sintomas e que atitudes se poderão tomar, nomeadamente, no que se refere à cirurgia.

Extrusão e necrose tecidular
No caso dos tecidos que recobrem o implante estarem comprometidos ou existirem problemas de cicatrização, o implante pode sofrer um processo de extrusão com exposição do dispositivo, o que obriga à sua remoção. Factores como a infecção, o uso de corticosteroides na loca do implante, o tabagismo, a quimioterapia/radioterapia e o excessivo calor ou frio aplicados no local, têm sido associados aos fenómenos de necrose cutânea. Este processo pode ou não acompanhar-se de morte (necrose) de alguns tecidos cutâneos. A(s) cirurgia(s) correctiva(s) necessária(s) pode(m) não conduzir a resultados satisfatórios do ponto de vista estético.

Cicatrizes
De uma forma geral as cicatrizes são aceitáveis. No entanto, alguns doentes desenvolvem cicatrizes espessas, avermelhadas e dolorosas que podem levar bastante tempo a perder estas características (meses a anos).

Aparência das mamas com implantes mamários
De uma forma geral a aparência é semelhante à das mamas sem implantes mamários. No entanto, os resultados não são previsíveis de forma absoluta podendo a forma mamária não ser completamente satisfatória para a doente, mesmo na ausência de outras complicações. O sulco mamário pode ser menos marcado que o habitual e a mama não cair para o lado quando a mulher se deita de costas. A consistência da mama poderá ser um pouco mais firme que nas mamas sem implantes. Pode ocorrer deslocação do implante.

Pregas no implante
Por vezes a cápsula fibrosa que se forma em torno do implante pode condicionar o aparecimento de dobras e pregas que poderão ser, mais ou menos, visíveis ou palpáveis. Este fenómeno é mais frequente em mulheres com pouco tecido mamário.

Sensação do mamilo
A perda de sensibilidade no mamilo pode ocorrer. Frequentemente a sensibilidade está aumentada após a cirurgia por um período de 3 a 6 meses podendo nalguns casos ser doloroso.

Infecção e hemorragia
A infecção e a hemorragia em torno do implante após colocação por razões estéticas são raras. No entanto são mais frequentes após reconstrução mamária.

Atrofia do tecido mamário e deformidade da parede torácica

A pressão exercida pelo implante mamário pode condicionar atrofia do tecido mamário e/ou deformidade da parede torácica. Se mais tarde tomar a decisão de remover a prótese o resultado estético pode ser inferior ao que tinha antes da colocação da prótese, por estes motivos.

Galactorreia
Por vezes após colocação de implantes mamários verifica-se o início de produção de leite. Essa produção de leite pode parar espontaneamente ou após administração de medicação apropriada. Noutros casos, a remoção do implante poderá ser necessária.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

Páginas