Opinião
Vivemos numa era em que cada detalhe da nossa rotina parece estar sob a lente de uma câmara.

Uma pesquisa recente mostra que a Geração Z está a abraçar um novo estilo de vida: o low-profile. Longe dos holofotes digitais, esta geração prefere resguardar-se, partilhar menos e viver mais. O excesso de exposição deixou de ser sinal de modernidade para se tornar, muitas vezes, um peso — ou até um motivo de vergonha. Para muitos jovens, publicar cada detalhe já é visto como ultrapassado, um hábito do qual procuram afastar-se.

E há uma razão profunda para isso: a saturação. As redes sociais, com a sua constante exigência de presença, criaram uma atmosfera de comparação, ansiedade e pressão para corresponder a padrões irreais. Ao recusar-se a alimentar esse ciclo, quem escolhe o estilo low-profile encontra uma forma de proteção emocional, mas também uma afirmação de liberdade.

No fundo, trata-se de um regresso ao essencial: viver sem a necessidade de provar, mostrar ou justificar cada passo. Ser discreta deixou de ser sinónimo de invisibilidade e passou a ser símbolo de autocontrolo, sofisticação e autenticidade.

Para as mulheres, sobretudo, esta tendência pode ser libertadora. Libertar-se do julgamento externo, do olhar constante dos outros, é um convite para reencontrar a própria voz — e cultivá-la em silêncio, se assim o desejar.

Adotar uma vida low profile não é desaparecer. É escolher com consciência aquilo que realmente merece ser partilhado. E, muitas vezes, a vida ganha mais valor justamente naquilo que se guarda só para si.

Gostaria de deixar um plano prático e inspirador, em forma de “menu do dia”, que pode acompanhar o artigo:

Menu Diário Low​-Profile

Entrada

  • Acorde sem correr para o telemóvel. Respire fundo, alongue-se, sinta o corpo acordar.
  • Um chá ou café quente, saboreado em silêncio, sem pressa nem notificações.

Prato Principal

  • Viva o momento em vez de o publicar. Guarde pelo menos um instante só para si, um passeio, uma refeição, uma conversa.
  • Pratique a arte do “não responder já”. Nem tudo exige urgência. Dê-se o direito de viver no seu ritmo.

Sobremesa

  • Escreva três pequenas gratidões do dia num caderno (em vez de as partilhar online).
  • Permita-se desligar do digital uma hora antes de dormir — escolha um livro, uma música suave ou apenas o silêncio.

Digestivo

Lembre-se: menos exposição não significa menos vida. Significa uma vida mais sua.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alzheimer Portugal lança a campanha
A Alzheimer Portugal assinala o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer - 21 de setembro- , com o lançamento da campanha ...

Com o objetivo de aumentar a literacia em saúde na área das Demências e de combater o estigma em torno da doença, cada vez mais relevante do ponto de vista social e de saúde pública no nosso país, a associação dirige-se este ano a um público-alvo determinante: as crianças e os jovens.

Tendo em conta o facto de um número cada vez mais significativo de famílias se confrontar com os desafios relacionados com a experiência de viver com Demência, importa também capacitar os adultos, cuidadores informais e profissionais para que saibam explicar aos mais novos o que se está a passar com os seus familiares, de um modo claro, tranquilo e adaptado a cada faixa etária.

“Acreditamos que ao capacitar os adultos para explicarem a Demência às crianças, estamos a construir uma sociedade mais empática e inclusiva” afirma Rosário Zincke dos Reis, Presidente da Direção Nacional da Alzheimer Portugal. E acrescenta: “O objetivo geral desta campanha é contribuir para aumentar a literacia na área das Demências, visando capacitar os adultos para ajudar os mais novos a compreenderem o modo como a doença e as suas manifestações interferem na vida dos seus entes queridos e nas dinâmicas familiares.

Com maior conhecimento seremos mais capazes de empatizar com a perspetiva das Pessoas que vivem com Demência e, consequentemente, estaremos mais perto de uma sociedade que verdadeiramente as integre, respeite e promova os seus direitos.

Para tal, é imprescindível quer a participação ativa da Pessoa com Demência, quer o envolvimento das crianças e dos jovens que são veículos privilegiados para combater o estigma e promover a inclusão”.

Desde 2014 a trabalhar o público mais jovem

Entre as várias iniciativas realizadas pela associação ao longo do tempo, destaca-se o desenvolvimento do projeto chamado “Memo e Kelembra nas Escolas” que consistiu na realização de sessões de dramatização/leitura/apresentação do livro bilingue “O Pequeno Elefante Memo” em escolas do 1º, 2º, 3º ciclos e secundário, com a participação de mais de 20.000 alunos, professores e auxiliares de todo o País, entre 2014 e final de 2020, tendo este projeto sido agraciado com o Prémio Maria José Nogueira Pinto em 2015.

Saiba mais sobre o tema: “A Demência Explicada às Crianças” em:

https://alzheimerportugal.org/categoria/informacao/explicar-demencia-cri...

 

22 de setembro | Dia Mundial da Narcolepsia
O Dia Mundial da Narcolepsia celebra-se a 22 de setembro e tem como principal objetivo aumentar a consciencialização sobre esta...

Apesar de rara, a narcolepsia tem um impacto profundo e debilitante na vida dos doentes. “A narcolepsia é uma doença neurológica crónica que afeta os mecanismos cerebrais de regulação do sono e da vigília. A característica principal é a sonolência excessiva durante o dia, mesmo após um sono noturno aparentemente adequado”, explica a Dr.ª Ana Catarina Brás, membro da Direção da APS e neurologista na ULS de Coimbra.

Entre os sintomas mais comuns encontram-se ataques súbitos e incontroláveis de sono durante atividades quotidianas, perda súbita de força muscular desencadeada por emoções fortes (designada por cataplexia), alucinações ao adormecer ou acordar, e paralisia do sono. Estes episódios podem ocorrer em momentos triviais do dia a dia, aumentando o risco de acidentes como, por exemplo, em piscinas, a atravessar a rua , na condução, na operação de máquinas, entre outras.

O impacto estende-se ao desempenho escolar e profissional, em que a dificuldade em manter a atenção e a vigília pode levar a falsas interpretações da atitude/postura do aluno, ao absentismo, à queda do rendimento e da produtividade, bem como incompreensão por parte de colegas e superiores. Na vida social, o medo de adormecer subitamente ou de sofrer episódios de cataplexia contribui para o isolamento e para um aumento do risco de depressão e ansiedade.

A doença geralmente manifesta-se na adolescência ou no início da vida adulta, mas o diagnóstico, com frequência, ocorre tardiamente. Segundo a Dr.ª Marta Rios, membro da Direção da APS e pediatra na ULS Santo António/Centro Materno-Infantil do Norte, “o atraso no diagnóstico deve-se tanto à falta de conhecimento geral sobre a condição quanto à semelhança dos seus sintomas com os de outras  doenças do sono, neurológicas ou psiquiátricas”.

Embora não tenha cura, os sintomas de narcolepsia podem ser controlados  através da aplicação de estratégias comportamentais, como realização de sestas programadas e higiene do sono rigorosa, e de terapêutica farmacológica que ajuda a reduzir a sonolência diurna e os episódios de cataplexia. “Diagnosticar precocemente é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos doentes e prevenir complicações”, acrescenta a Dr.ª Marta Rios.

Para a APS, esta data representa uma oportunidade para sensibilizar a população sobre a existência da narcolepsia. “Queremos que esta condição deixe de ser invisível. O conhecimento é o primeiro passo para promover a inclusão e garantir apoio efetivo”, sublinha a Dr.ª Ana Catarina Brás.

Para assinalar a data, a APS vai lançar uma campanha nas redes sociais intitulada “Uma palavra sobre narcolepsia”, em que desafia a comunidade a partilhar aquilo que a narcolepsia representa para cada um. A iniciativa pretende criar um espaço de reflexão e de partilha, dando voz tanto a doentes como a familiares, profissionais de saúde e à população em geral. Através desta campanha, a APS espera reunir múltiplas perspetivas sobre o impacto da doença, contribuindo para aumentar a empatia, reduzir o estigma e reforçar a necessidade de inclusão e apoio às pessoas que vivem com narcolepsia.

2 de outubro | Universidade de Lisboa, Cidade Universitária (Auditório TCC)
No próximo dia 2 de outubro, a Universidade de Lisboa recebe o evento internacional “Exploring Biosignals & Human Behavior”...

Numa organização conjunta da Plux, iMotions, Academia Portuguesa de Neuroarquitetura (APN) e do projeto europeu eMOTIONAL Cities, este encontro vai reunir ciência, tecnologia e design com o intuito de demonstrar como os biossinais podem ser aplicados em áreas tão diversas como no neuromarketing, na experiência do utilizador (UX), na arquitetura e no planeamento urbano.

Dirigido a investigadores, arquitetos, designers, profissionais de UX e de marketing, neurocientistas, urbanistas, especialistas em ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) e a todos os interessados na interseção entre comportamento humano, design e tecnologias de biossinais, o evento terá também no seu programa uma componente prática. Este é um aspeto que a organização considera “ser essencial, pois permite levar a experiência além da teoria. Os participantes podem experimentar biossensores, desenhar experiências simples e observar, em tempo real, a recolha de dados. Isto é algo que torna a tecnologia tangível, que desenvolve competências práticas e que reforça como os biossinais podem ser aplicados diretamente nos seus contextos profissionais”.

No que diz respeito às expetativas, a organização pretende que este seja um momento de troca de conhecimentos, que permita não só o contacto direto com as mais recentes tecnologias de biossinais, mas também a construção de uma comunidade colaborativa de investigadores. “No final do dia, esperamos que cada participante leve consigo: uma nova compreensão sobre como os biossinais revelam o comportamento humano, inspiração para aplicar estas ferramentas nas suas áreas profissionais, conhecimento prático no uso de biossensores e uma rede de contactos com especialistas e pares comprometidos com a inovação assente na experiência humana”.

Universidade de Coimbra promove
Na próxima quinta-feira (18), vai ter lugar na Casa das Caldeiras, entre as 18h00 e as 20h00, o evento Ciência à Medida:...

A atividade de comunicação de ciência Ciência à Medida: Diálogos sobre ELA tem o objetivo de juntar crianças, adolescentes, jovens, adultos, cientistas e médicos para falar sobre a ELA, uma doença neurodegenerativa rara, permitindo que públicos diversos coloquem perguntas e aprofundem conhecimentos sobre a doença e os seus impactos. 

Vai contar com a presença da líder do projeto Cross-3DTool-4ALS e investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB), Elisabete Ferreiro, da médica especialista em Neurologia e Neurofisiologia, Anabela Matos, e do diretor técnico da APELA – Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, Filipe Gonçalves. A sessão vai ser moderada pela coordenadora do Gabinete de Comunicação de Ciência do CNC-UC/CiBB, Sara Amaral.

O evento é de acesso livre, sendo necessária inscrição prévia aqui. Vai ser também transmitido em direto no canal de YouTube do Cross-3DTool-4ALS:  www.youtube.com/@Cross3DTool4ALS

O projeto Cross-3DTool-4ALSliderado pelo CNC-UC, pretende melhorar o conhecimento sobre a ELA, uma doença neurodegenerativa rara que, devido à deterioração dos neurónios motores, responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos, provoca a perda progressiva de controlo muscular. É financiado com mais de 750 mil euros (757 895,46 euros) pela Comissão Europeia – no âmbito do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). 

Atualmente, o conhecimento científico sobre os mecanismos que causam a doença continua limitado e não existem tratamentos eficazes – apenas o fármaco Riluzol está autorizado na Europa, oferecendo um efeito modesto no abrandamento da progressão da doença. Em paralelo são utilizadas terapias não farmacológicas (como reabilitação física e da fala, apoio psicológico, nutricional e respiratório) para atenuar os sintomas e preservar a qualidade de vida das pessoas portadoras da doença.

Mais informações sobre o projeto Cross-3DTool-4ALS estão disponíveis em https://cross3dtool4als.com/

Para mais de 370 mil utentes
Com um investimento de cerca de 1 milhão de euros, a ULS Trás-os-Montes e Alto Douro modernizou a sua infraestrutura...

A Warpcom, integrador tecnológico de referência no mercado ibérico, implementou um projeto inovador na Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), que está a transformar a forma como são prestados cuidados a mais de 370 mil utentes e a apoiar o trabalho diário de cerca de 5.000 profissionais de saúde, distribuídos por 3 hospitais e 23 centros de saúde no interior norte de Portugal.

Este projeto de grande abrangência, com um investimento global de perto de um milhão de euros ao longo de três anos, reforçou a performance e a maturidade de segurança da instituição, assim como a conformidade com normas europeias como a Diretiva NIS2 e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).

Com uma operação altamente complexa, nos últimos anos, a ULSTMAD enfrentava limitações críticas com sistemas em fim de vida, mecanismos de autenticação maioritariamente manuais e desatualizados, e falta de visibilidade sobre os milhares de dispositivos conectados. 

Para ultrapassar estes desafios, a Warpcom, em conjunto com a equipa da ULSTMAD, criou uma infraestrutura assente em visibilidade, controlo e segurança, capaz de gerir de forma automatizada mais de 80.000 dispositivos, incluindo 1.000 equipamentos médicos, 3.000 smartphones e mais de 300 bombas infusoras. 

NEGERMI
A cidade de Espinho vai receber, nos dias 16 e 17 de outubro, a 8.ª Reunião do Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI), um...

Segundo Sofia Duque, coordenadora do NEGERMI, o objetivo central do evento é “continuar a aproximar a Medicina Interna da realidade do doente mais velho e das suas necessidades especiais, promovendo uma abordagem global, multidisciplinar e baseada na evidência”. A coordenadora sublinha ainda que esta edição será marcada pela inovação e pelo carácter abrangente das discussões: “Distingue-se pela diversidade e atualidade dos temas, pela presença de especialistas de várias áreas e pela abertura a debates que ultrapassam a esfera clínica, incluindo reflexões culturais e sociais sobre o envelhecimento. Queremos que seja uma reunião formativa, mas também inspiradora.”

Entre os temas em destaque estarão o risco cardiovascular em contexto de multimorbilidade, a sarcopenia e fragilidade, a oncogeriatria, os desafios da imobilidade, a sexualidade no envelhecimento e ainda a desprescrição, uma prática cada vez mais relevante para simplificar terapêuticas e melhorar os cuidados. “Temos como prioridade refletir sobre problemas concretos que afetam o doente mais velho e trazer soluções sustentadas na investigação mais recente, desde o papel do microbioma na saúde muscular até às novas terapêuticas em desenvolvimento”, explica Sofia Duque.

O encontro contará com especialistas nacionais e internacionais, incluindo a participação de colegas espanhóis que partilharão modelos assistenciais de Geriatria já aplicados na Península Ibérica. Sofia Duque afirma que estarão em Espinho "reconhecidos Geriatras espanhóis, o Prof. Francisco Tarazona, Presidente da Sociedade Espanhola de Geriatria e Gerontologia, e o Prof. Alfonso Cruz Jentoft, past President da EuGMS (Sociedade Europeia de Medicina Geriátrica), que trarão conselhos úteis como desenvolver a Geriatria e melhorar os cuidados de saúde prestados às pessoas mais velhas, vindos de uma realidade em que a Geriatria há muito tempo está bem estabelecida."

Para a coordenadora, “a diversidade de perspetivas será um dos pontos fortes desta edição, com contributos que vão da oncogeriatria à farmacologia geriátrica, passando pela investigação em sarcopenia”.

A expectativa é que esta reunião fortaleça a posição do NEGERMI enquanto espaço de atualização científica e de partilha de boas práticas. “Esperamos que o encontro contribua para melhorar a qualidade da prática clínica em Portugal e fortalecer a rede de profissionais dedicados à geriatria, com impacto direto no cuidado à pessoa mais velha”, afirma Sofia Duque.

Por fim, a coordenadora deixa um apelo a todos os profissionais de saúde: “A população idosa representa hoje um quarto da sociedade portuguesa, e cuidar bem desta população é um desafio que exige conhecimento, inovação e trabalho em equipa. A 8.ª Reunião NEGERMI é uma oportunidade única para aprender, discutir e partilhar experiências. Convido todos a juntarem-se a nós em Espinho, porque é no encontro e na troca de ideias que conseguimos evoluir juntos e preparar melhor o futuro da Geriatria em Portugal.

 

Município integra iniciativa pelo 20º ano consecutivo
De 16 a 22 de setembro, cidade reforça compromisso com a ação climática e a redução das emissões de carbono.

Pelo 20º ano consecutivo, Guimarães integra a Semana Europeia da Mobilidade (SEM), uma iniciativa da Comissão Europeia que promove hábitos de mobilidade mais sustentáveis, acessíveis e saudáveis. De 16 a 22 de setembro, o município, em parceria com o Laboratório da Paisagem e várias entidades locais, dinamizará um vasto programa de atividades dirigido à comunidade escolar, cidadãos e operadores de mobilidade.

O tema escolhido para 2025 – “Mobilidade para todos” – destaca a importância de construir cidades mais inclusivas e resilientes, colocando os cidadãos no centro da transição verde.

Entre os destaques da programação encontra-se a apresentação do livro “Uma viagem com o Gui, onde nasceu Portugal!”, uma história pedagógica com o autocarro elétrico Gui como protagonista, que convida os mais jovens a redescobrir Guimarães de forma divertida e sustentável. A sessão pública de apresentação terá lugar a 20 de setembro, no Largo da Oliveira.

Estão ainda previstas diversas atividades lúdico-pedagógicas e ações no âmbito do Parking Day, com a participação de várias escolas secundárias do concelho.

No domínio do transporte público, o programa destaca a apresentação oficial da nova frota 100% elétrica da Guimabus, marcada para 17 de setembro, às 10h00, no Multiusos de Guimarães, bem como a dinamização do transporte público flexível Vitrusbus. Nos dias 21 e 22 de setembro, a rede intermunicipal Ave Mobilidade disponibilizará transporte gratuito, incentivando a utilização do transporte coletivo. Além disso, o acesso ao Teleférico de Guimarães será gratuito no dia 21 de setembro, entre as 10h00 e as 13h30.

A comunidade será também convidada a participar em diferentes iniciativas, como viagens experimentais, ações de sensibilização e momentos de animação. No dia 21 de setembro, o Toural será encerrado ao trânsito, transformando o coração da cidade num espaço aberto a atividades culturais, educativas e de mobilidade suave. Nesse mesmo dia, de manhã, terá lugar a iniciativa Kidical Mass, promovida pela Get Green e pela AVE – Associação Vimaranense para a Ecologia.

Ao associar-se, mais um ano, à Semana Europeia da Mobilidade, Guimarães volta a reforçar o seu compromisso com a ação climática, a redução das emissões de carbono e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, rumo à Capital Verde Europeia 2026. Refira-se, ainda, que o programa conta com o apoio e a participação de várias entidades parceiras, entre as quais a Turipenha, a Get Green, a AVE, a Trenmo, a Vitrus, a Guimabus e a Ave Mobilidade.

Opinião
O Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária da SPMI promove, nos dias 19 e 20 de setembro a 5

Desde então, já cerca de 60 mil doentes em todo o país tiveram acesso a esta modalidade assistencial. Foi sem dúvidas um crescimento exponencial, que provavelmente não encontra comparação na história do Sistema Nacional de Saúde português, que chega já hoje a todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde que contam com equipas dedicadas a este modelo de cuidados, e inclusivamente já com existência de unidades de hospitalização domiciliária em hospitais privados portugueses.

Parafraseando a Dra. Olga Gonçalves, coordenadora do Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária da SPMI, na nota de imprensa de apresentação do congresso: “completados dez anos desde a admissão do primeiro doente, é tempo de discutir e planear o percurso comum que queremos trilhar”, já se justifica uma reflexão crítica acerca do caminho trilhado, bem como das barreiras e desafios que temos pela frente num futuro próximo para manter a trajetória de crescimento e desenvolvimento da Hospitalização Domiciliária (HD) em Portugal.

Uma das áreas que identificamos como sendo uma área de melhoria a investir é precisamente a articulação da HD com os Cuidados de Saúde Primários (CSP), que na grande maioria das ULS portuguesas é ainda vestigial. Daí a escolha do tema para a conferência de abertura do congresso, para a qual convidámos a Dra. Raquel Chantre, vice-presidente da direção da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o intuito de conhecer a visão dos administradores hospitalares acerca da importância desta aproximação e da forma como esta deve ser conseguida, garantindo uma maior eficiência dos cuidados prestados a todos os utentes que são hospitalizados em casa.

Quando pensamos o modelo no qual o SNS se encontra atualmente organizado, assente em ULS que cobrem todo o território, o segredo para o sucesso terá que passar obrigatoriamente pela coordenação e integração de cuidados nos diferentes níveis de complexidade de serviços de saúde que são prestados à comunidade. Pelo seu cerne híbrido de levar o hospital até à casa de quem dele necessita, sendo um pilar na tão falada necessidade de ambulatorização de cuidados, a HD encerra em si esta urgência de coordenação e integração com os CSP.

Podemos definir como os dois momentos críticos, a admissão e a alta do doente em HD. Para além de conseguir levar o utente hospitalizado mais cedo para a sua casa, pretende-se ainda que, sempre que possível o nosso utente nem sequer passe pelo serviço de urgência e, idealmente, nem sequer pelo hospital.

É fundamental criar as condições para que o médico de medicina geral familiar, quer esteja a avaliar um utente numa USF, numa UCSP ou até numa UCC (Unidade de Cuidados na Comunidade), quando sentir a necessidade de o referenciar para eventual hospitalização, tenha as ferramentas necessárias para considerar a possibilidade de o referenciar diretamente para HD. Assim, é necessário definir e protocolar circuitos que permitam que as equipas de HD possam se deslocar a casa do utente e realizar uma consulta no seu domicílio para avaliar as condições clínicas e sociais que permitam o seu internamento em HD. Sublinha-se assim a importância de por um lado definir e protocolar estes circuitos, mas também a importância de sensibilizar os nossos colegas de medicina geral e familiar para esta possibilidade.

Igual importância a articulação de cuidados no momento da alta. A HD, pelo seu carácter abrangente e pela sua atuação na própria casa dos doentes, terá sem dúvida uma maior sensibilidade para a correta hierarquização dos problemas clínicos do doente no momento da alta, bem como para a adequada reconciliação terapêutica in loco, onde é possível por exemplo identificar as caixas de medicamentos que o doente toma inocentemente em duplicado. Para que este momento da alta seja ainda mais profícuo, falta-nos ainda nas situações identificadas como sendo mais complexas, como é o caso dos doentes mais idosos, com múltiplas comorbilidades e frequentes consumidores dos cuidados de saúde, criar as condições para que haja uma verdadeira passagem de testemunho. A figura da alta partilhada seria uma solução muito interessante a praticar, onde no momento da alta estivesse também presente na casa do doente a equipa dos CSP que o acompanha. Assim a orientação e o plano de seguimento do doente poderia ser discutido em conjunto e partilhado por ambas as equipas. Esta seria sem dúvida a real demonstração da aproximação que se pretende entre HD e CSP.

Deixei aqui apenas dois aspetos a explorar, mas existem certamente muitos outros que podem ser estruturantes para que se possa realmente aplicar o espírito integrativo de cuidados de saúde que se pretende no modelo das ULS. Aguardemos então com expetativa a conferência de abertura da Dra. Raquel Chantre para ouvirmos outras perspetivas sobre este tema.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SPAIC alerta
Com o final do verão a chegar, “sabemos que se aproxima uma estação desafiante para os doentes alérgicos”, alerta Ana Morête,...

João Gaspar Marques, da direção da SPAIC, reforça a importância de arejar a casa e de manter uma limpeza adequada como as principais formas de prevenção. “As pessoas alérgicas aos ácaros do pó têm sintomas durante todo o ano, mas estes tornam-se mais intensos nas mudanças de estação, como a primavera e o outono e isto ocorre, em parte, devido ao aumento da humidade. Os sintomas habituais são provocados, normalmente, pela rinite, com espirros e congestão nasal - sobretudo de manhã ou ao deitar -, no entanto, também pode surgir asma brônquica, manifestada por falta de ar, pieira ou tosse” refere o imunoalergologista. 

“Os ácaros encontram-se sobretudo no quarto, principalmente na cama, já que se alimentam das partículas de pele que descamamos, qualquer tecido é sempre mais suscetível a acumular ácaros do que uma superfície lisa”, acrescenta João Gaspar Marques, pelo que a SPAIC deixa algumas recomendações para prevenir as alergias aos ácaros do pó, mas também aos fungos.

Principais recomendações para reduzir a presença de ácaros:

  • Usar capas anti-ácaros para os colchões e almofadas
  • Lavar a roupa de cama a uma temperatura mínima de 55-60°C e trocá-la pelo menos a cada 10-14
    dias
  • Abrir as janelas e arejar os quartos em dias secos
  • Utilizar desumidificadores para manter a humidade relativa abaixo de 55%
  • Retirar carpetes e tapetes do quarto e reduzir o número de peluches

Para reduzir a exposição a fungos dentro de casa deve:

  • Ventilar as zonas escuras e húmidas da habitação
  • Usar tintas antifúngicas e fungicidas em locais propensos à humidade
  • Evitar plantas de interior e flores secas decorativas
  • Limpar a cozinha e casa de banho com produtos antifúngicos, como lixívia
  • Nunca guardar roupas ou sapatos húmidos em armários ou locais pouco ventilados

 

Coincidindo a chegada do outono com o início do novo ano letivo, Ana Morête ressalva ainda que, neste momento em que existe a exposição a novos ambientes, alérgenos e microrganismos como os vírus, “é comum que surjam as primeiras manifestações alérgicas, especialmente em crianças que frequentam creches ou escolas pela primeira vez”. É, por isso, importante estar atento a sinais como:

- Espirros frequentes e lacrimejo: salvas de espirros, olhos vermelhos, comichão ou lacrimejo são sinais de rinite ou conjuntivite alérgica;

- Congestão nasal persistente: se a criança parece estar sempre “constipada”, com obstrução nasal e sem febre ou outros sintomas típicos de infeção, pode ser rinite alérgica;

- Tosse seca, especialmente à noite: pode indicar asma ou irritação das vias respiratórias por alérgenos ácaros ou fungos;

- Prurido cutâneo ou manchas avermelhadas na pele: dermatite atópica é comum em crianças e pode ser agravada por alérgenos ambientais ou alimentares;

- Problemas gastrointestinais após refeições: diarreia, vómitos ou dor abdominal podem indicar alergia alimentar, especialmente se associados a certos alimentos.

 

Dia Internacional da Consciencialização para a Colangite Biliar Primária | 14 de setembro
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha de consciencialização para a Colangite...

“Em Portugal, estima-se que cerca de 2 mil pessoas vivam com CBP, afetando principalmente mulheres, especialmente na faixa etária de 40 a 60 anos, embora também possa ocorrer em homens. É uma condição rara, mas as consequências podem ser graves, especialmente se o diagnóstico for feito tardiamente. Embora não haja cura para a CBP, existe tratamento que pode melhorar a qualidade de vida, retardar a progressão da doença e prevenir complicações graves como a cirrose. Por esta razão, é fundamental manter o acompanhamento médico regular”, refere Paula Peixe, presidente da APEF.

A CBP é uma doença hepática autoimune crónica, caracterizada por uma inflamação nas ramificações intra-hepáticas das vias biliares, que leva progressivamente à criação de cicatrizes no fígado (fibrose). Em muitos casos, a doença mantém-se ligeira ou moderada, sem perturbações no funcionamento do fígado.

De acordo com a progressão da doença, podem surgir sintomas associados à cirrose, como icterícia, acumulação de líquido no abdómen ou em outras partes do corpo (ascite) e sangramento interno na parte superior do estômago e do esófago, devido à dilatação das veias (varizes). A osteoporose é outra das complicações da CBP. Apesar de ser mais comum em fases finais da doença, também pode ocorrer inicialmente. Além disso, as pessoas com cirrose apresentam risco aumentado de cancro do fígado (carcinoma hepatocelular).

Para mais informações sobre a CBP, consulte o seguinte link: https://apef.com.pt/colangite-biliar-primaria-compreensao-e-importancia-do-diagnostico-atempado/

 

Campanha Make Sense 2025
A campanha Make Sense, iniciativa internacional promovida pela European Head and Neck Society (EHNS) e coordenada em Portugal...

Em Portugal, entre 2.500 e 3.000 pessoas são diagnosticadas anualmente com cancro da cabeça e pescoço, sendo que mais de metade dos casos são detetados em fase avançada, comprometendo significativamente as hipóteses de cura e a qualidade de vida dos doentes. Esta realidade torna ainda mais urgente reforçar a mensagem central da campanha: se os sintomas persistirem por mais de três semanas, é fundamental procurar avaliação médica.

Os sinais de alerta incluem úlceras na boca que não cicatrizam, rouquidão persistente, dor de garganta, dificuldade em engolir, caroços no pescoço e obstrução nasal unilateral. Quando detetado precocemente, este tipo de cancro apresenta taxas de cura entre 80% e 90%, enquanto em estádios avançados esse valor desce para cerca de 50%.

Este tipo de cancro é o sétimo mais comum na Europa. Apesar disso, permanece fortemente subdiagnosticado. Em mais de metade dos casos, o diagnóstico ocorre em fase avançada da doença, o que compromete as hipóteses de cura e a qualidade de vida dos doentes. É por isso que a literacia em saúde e a sensibilização da população são fatores decisivos na luta contra esta doença.

Prevenção acessível e informação para todos

Com o mote “Equal Access, Equal Care: Uniting Europe Against Head and Neck Cancer”, a campanha Make Sensepretende reforçar também a importância da prevenção, alertando para os principais fatores de risco: o consumo de tabaco e álcool e a infeção por HPV (Papilomavírus Humano). Neste contexto, será dado especial enfoque à vacinação contra o HPV, particularmente entre os jovens, bem como à promoção da saúde oral e à redução de comportamentos de risco.

“A deteção precoce e o acesso atempado ao tratamento continuam a ser determinantes para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos doentes. É essencial que a informação chegue a toda a população, independentemente da sua localização ou condição socioeconómica”, sublinha Ana Joaquim, presidente do GECCP.

A campanha deste ano terá uma presença ativa em todo o país. Estão previstas sessões de rastreio gratuitas para diagnóstico precoce, dirigidas a populações de risco, com destaque para as que terão lugar no IPO do Porto, a 16 de setembro, e no IPO de Lisboa. Em parceria com o projeto CASA – Centro de Apoio aos Sem Abrigo, estão também previstas ações nos municípios de Albufeira e do Porto, a 17 de setembro, e em Coimbra, em data a confirmar. A Comunidade Vida e Paz realizará rastreios dirigidos aos seus utentes em dois polos de Lisboa (Chelas e Olaias) também no dia 17 de setembro. Para além dos rastreios, a campanha inclui sessões educativas em escolas, dirigidas à sensibilização dos mais jovens, e ações de formação para profissionais de saúde, com foco na deteção precoce e na correta referenciação. Destaque ainda para o 15.º Simpósio Nacional do Cancro da Cabeça e do Pescoço, que se realiza a 20 de setembro no IPO do Porto. A encerrar a semana, a equipa de andebol do Futebol Clube do Porto entrará em campo, no dia 20 de setembro às 18h00, com camisolas alusivas à campanha.

“Temos hoje melhores ferramentas para diagnosticar e tratar, mas continuamos a falhar no tempo. Só um verdadeiro esforço coletivo, entre profissionais, instituições e sociedade civil, pode inverter esta tendência”, reforça Cláudia Vieira, médica oncologista e membro da direção do GECCP.

Make Sense foi ao encontro dos jovens nos festivais de verão

Antes mesmo da semana oficial da campanha, a mobilização arrancou já no verão com a campanha “Língua Para Fora”, uma das principais ações de sensibilização promovidas em Portugal. A iniciativa foi lançada no contexto do Dia Mundial do Cancro da Cabeça e Pescoço, assinalado a 27 de julho, e tem como objetivo alertar os mais jovens para a importância da observação da cavidade oral e da língua como gesto simples de auto-rastreio. Em formato interativo, a campanha tem marcado presença em festivais de verão, como o Jardins do Marquês – Oeiras e o Sumol Summer Fest, estando também prevista a sua presença no Caixa Alfama, a 26 e 27 de setembro. Através de experiências criativas como o Espelho Selfie e o Mural Coletivo de Línguas, a campanha tem envolvido milhares de jovens num apelo à vigilância ativa da saúde oral, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Cirurgia Orofacial e do GECCP.

A campanha Make Sense 2025 conta, uma vez mais, com o apoio da Merck e da MSD, e pretende envolver toda a sociedade num esforço conjunto para salvar vidas, promovendo uma cultura de maior vigilância, prevenção e igualdade no acesso aos cuidados de saúde.

 

Para além do tratamento
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) vai realizar, no próximo dia 19 de setembro, o seminário "Direitos e...

O seminário foi pensado para responder às necessidades de informação de doentes e cuidadores, muitas vezes confrontados com complexas questões legais, financeiras e sociais após o diagnóstico. O objetivo é fornecer ferramentas e conhecimento para que possam aceder aos apoios a que têm direito, aliviando as preocupações não clínicas da doença.

O programa contará com a participação de especialistas de diversas áreas. As sessões irão abordar temas cruciais como os Direitos Sociais e Segurança Social, a Proteção Financeira e Seguros, com a intervenção de Miguel Rijo, da plataforma Doutor Finanças, e a Perspetiva Jurídica sobre direitos no trabalho e fiscalidade, apresentada por Diogo Pereira Duarte, da Abreu Advogados. Haverá ainda um painel dedicado ao Apoio Social e Navegação de Recursos, com Luísa Almeida, do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.

"O diagnóstico de uma doença hemato-oncológica traz consigo desafios que vão muito além do âmbito clínico. Questões sobre o futuro profissional, a estabilidade financeira e o acesso a apoios sociais são preocupações reais e urgentes para os doentes e as suas famílias", afirma Lara Cunha, diretora da APCL. "Com este seminário, queremos desmistificar estes temas e capacitar a nossa comunidade com informação clara e credível, para que se possam focar no que realmente importa: o seu tratamento e bem-estar."

O evento encerra com uma mesa-redonda, sob o tema "Da Teoria à Prática", que reunirá todos os oradores, num espaço de partilha e esclarecimento.

A inscrição no evento é gratuita, mas obrigatória, e pode ser efetuada através do seguinte link: formulário online.

A iniciativa conta com o apoio da Johnson & Johnson e do Espaço Heden.  

 

Centro Cultural de Belém
A Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), para assinalar os seus 35 anos de existência, vai...

De acordo com Antonieta Lucas, presidente da APORMED, “o evento marca as comemorações do 35.º aniversário da APORMED e pretende reunir associados, representantes institucionais e parceiros do setor da saúde, para um momento de reflexão sobre a caracterização do mercado e o valor que o setor aporta ao sistema nacional de saúde, bem como os desafios futuros das tecnologias médicas em Portugal”.

E acrescenta: “Há 35 anos, 16 empresas uniram esforços para constituir a APORMED. Desde então, crescemos juntos, superámos desafios, celebrámos conquistas e criámos valor. Hoje, somos mais de 90 empresas associadas. É graças a este percurso coletivo que a APORMED é hoje um interlocutor responsável e credível junto de decisores políticos, de entidades oficiais públicas e entidades privadas. Continuaremos, assim, a trabalhar pela valorização do setor e pelo acesso dos cidadãos portugueses às tecnologias médicas”.

A conferência contará com a divulgação dos resultados de um estudo de mercado e intervenções de especialistas, tais como, entre outros,  Ricardo Mestre, Professor na Escola Nacional de Saúde Pública e Secretário de Estado da Saúde no XXIII Governo Constitucional; Peter Villax, CEO da Mediceus; Hugo Cláudio Marques, Country Head Digital and Automation da Siemens Healthineers; Eduardo Costa, Economista e Professor no Instituto Superior Técnico; e Nadim Habib, Economista, Consultor Internacional e Professor na NOVA SBE; que abordarão temas-chave para o futuro das tecnologias médicas, como a transformação digital, os dados em saúde, a inteligência artificial e a sustentabilidade do setor.

A Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) foi criada em 1990 por 16 membros fundadores e conta atualmente com 94 empresas associadas que representam cerca de 60 por cento do mercado do setor das tecnologias para a saúde. 94% dos associados da APORMED são micro, pequenas e médias empresas.

Consulte o programa completo aqui: https://www.apormed.pt/apormed-comemora-35-anos-com-conferencia-dedicada-as-tecnologias-medicas-em-portugal-2/

Investigação sobre diagnóstico e tratamento de cancro com radiofármacos
Liliana Santos, doutorada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), é a vencedora...

A vencedora da edição de 2025 é licenciada em Bioquímica pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, mestre em Oncologia Molecular pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, tendo realizado o doutoramento em Ciências Farmacêuticas em regime empresarial na ICNAS Pharma. O galardão destaca o trabalho desenvolvido no âmbito da sua tese de doutoramento, concluída em 2025, intitulada "Desvendar os mecanismos da disfunção da barreira hematoencefálica na formação de metástases cerebrais em cancro da mama HER2+: um passo para novas abordagens terapêuticas".

Nesta investigação, Liliana Santos explorou estratégias inovadoras de diagnóstico e tratamento para cancro baseadas em radiofármacos, cruzando áreas fundamentais da medicina nuclear e da oncologia translacional. Este trabalho destacou a aplicação de radiofármacos de zircónio-89 e cobre-64 para o diagnóstico do cancro da mama e de metástases cerebrais HER2+, bem como o desenvolvimento de estratégias terapêuticas inovadoras com radiofármacos de lutécio-177 para o tratamento de tumores e metástases cerebrais HER2+ resistentes à terapia convencional.

“O trabalho distinguido teve como principal objetivo o desenvolvimento de radiofármacos para a deteção e tratamento de metástases cerebrais do cancro da mama HR2 positivo, que continua a representar um grande desafio clínico. Desta forma, desenvolvemos fármacos inovadores que permitem contornar mecanismos de resistência observados neste tipo de tumores, aumentando assim a sobrevida dos doentes”, destaca Liliana Santos.

Criado em 2024, o Prémio JJ Pedroso de Lima tem como objetivo reconhecer anualmente estudantes, docentes ou investigadores com formação de base nas áreas das ciências fundamentais e da engenharia que se notabilizaram com projetos relevantes na área das ciências nucleares aplicadas à saúde. 

O prémio foi entregue pelo Reitor da UC, Amílcar Falcão, e pelo Diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa, que destacaram o trabalho desenvolvido por Liliana Santos.

“Com a atribuição deste prémio, prestamos uma merecida homenagem a um homem que foi essencial em todo o caminho de sucesso percorrido pelo ICNAS. Este ano, reconhecemos um trabalho que coloca a inovação e a investigação ao serviço dos cuidados de saúde, procurando mais e melhores soluções para o diagnóstico e o tratamento, em particular através de radiofármacos, área em que o ICNAS é atualmente uma referência nacional e internacional”, declara o Reitor, que presidiu ao júri que atribuiu o galardão.

O Diretor do ICNAS destaca “a unanimidade do júri e o elevado mérito da vencedora, bem como a potencial aplicação clínica da investigação numa área tão importante como é o cancro da mama HER2+”.

 

Em Coimbra
A X Reunião Anual do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar (NEDVP) irá realizar-se no dia 18 de outubro, em Coimbra,...

Os temas centrais do evento incluem a apresentação de projetos de investigação inovadores, como o Registo Regional de Embolia Pulmonar, liderado pela Internista Carolina Guedes, que irá proporcionar uma visão aprofundada sobre a gestão e o acompanhamento destes doentes em contexto nacional.

O encontro promete ainda discutir novas abordagens terapêuticas na hipertensão pulmonar e na doença tromboembólica, refletindo a prática clínica quotidiana e o esforço nacional em acompanhar as melhores práticas internacionais.

Para Melanie Ferreira, coordenadora do NEDVP, “nesta X Reunião vamos olhar para o futuro da doença vascular pulmonar, privilegiando sempre uma abordagem multidisciplinar, mostrando que em Portugal não ficamos atrás. Queremos replicar momentos de debate de grande interesse, como a tarde do interno da edição anterior, em que discutimos casos clínicos complexos e difíceis de gerir, incluindo extremos de peso e doentes hypermetabolizadores.”

O encontro contará com um faculty multidisciplinar de prestígio, composto por internistas, cardiologistas, intensivistas e imunohemoterapeutas, entre outros especialistas, garantindo debates ricos e diversificados sobre os desafios da prática clínica e as novas terapêuticas disponíveis.

Melanie Ferreira reforça a importância do envolvimento dos participantes: “As reuniões do NEDVP abordam temas desafiantes, muitas vezes em áreas ‘cinzentas’, mas onde novas opções terapêuticas trazem perspetivas inéditas na gestão dos nossos doentes com doença vascular pulmonar. É um momento único para trocar experiências, discutir casos complexos e inspirar novas abordagens clínicas.”

Faça aqui a sua inscrição - https://www.spmi.pt/x-reuniao-anual-do-nucleo-de-estudos-de-doenca-vascular-pulmonar/

 

Em Lagos
O Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) promove, nos dias 19 e 20...

Este ano, o congresso assume um significado especial: assinalam-se dez anos desde a admissão do primeiro doente em regime de Hospitalização Domiciliária, realizada no Hospital Garcia de Orta, a 16 de novembro de 2015. Desde então, já foram admitidos mais de 59 mil doentes em todo o país. Atualmente, todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde contam com equipas dedicadas a este modelo de cuidados, que alia a segurança hospitalar ao conforto do domicílio.

Para Olga Gonçalves, coordenadora do Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária da SPMI, “atingida a integração de todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde neste modelo de cuidados e completados dez anos desde a admissão do primeiro doente, é tempo de discutir e planear o percurso comum que queremos trilhar. Este congresso é o reflexo do dinamismo e do compromisso das equipas de HD com a qualidade e a inovação nos cuidados prestados aos doentes no seu domicílio.”

Entre os temas em debate estará a implementação de Centros de Responsabilidade Integrada em Hospitalização Domiciliária, medida que visa reforçar a autonomia das equipas. O programa científico do evento inclui ainda a adaptação deste modelo de cuidados a contextos específicos, nomeadamente cuidados paliativos, idade pediátrica e gestão de doentes complexos, bem como a articulação com os Cuidados de Saúde Primários no âmbito da nova organização em Unidades Locais de Saúde (ULS).

O congresso contará também com cursos pré-congresso, a apresentação de trabalhos científicos e três workshops temáticos dedicados à oxigenoterapia e ventilação, à nutrição em contexto de HD e ao papel do Serviço Social.

Mais informações disponíveis em: https://www.spmi.pt/5o-congresso-nacional-de-hospitalizacao-domiciliaria/

 

O triplo do recomendado
Regressar às aulas sem ecrãs. Ansiedade, depressão, défice de atenção, obesidade e isolamento social são consequências do uso...

As crianças portuguesas estão a passar muito mais tempo em frente a ecrãs do que o recomendado internacionalmente. De acordo com dados nacionais:

•             Crianças em idade pré-escolar (3 a 5 anos): média de 2h34 por dia (154 minutos)

•             Crianças em idade de ensino básico (6 a 10 anos): média de 3h21 por dia (201 minutos)

 

A Saluslive, referência nacional em intervenção pediátrica, avança com as recomendações internacionais, que são claras: não mais do que 60 minutos diários para os mais novos e até 2 horas diárias para os mais velhos. Ou seja, a maioria das crianças portuguesas já ultrapassa largamente os limites considerados seguros.

 

CONSEQUÊNCIAS GRAVES PARA A SAÚDE MENTAL, SOCIAL E FÍSICA

O uso excessivo de ecrãs, reforça a Saluslive, está associado a ansiedade, depressão, défice de atenção e risco de dependência digital. No plano social, conduz ao isolamento, dificuldades de comunicação e menor capacidade de empatia e cooperação.

Fisicamente, promove o sedentarismo, a obesidade, distúrbios do sono, problemas de visão e de postura. Estes impactos são agravados quando o tempo de ecrã substitui atividades essenciais como a brincadeira, o convívio familiar e o sono adequado.

“Estamos a assistir ao crescimento de uma geração menos sociável e com maiores dificuldades emocionais. Se nada mudar, daqui a 5 ou 10 anos veremos jovens com mais problemas de saúde mental, menor capacidade de adaptação escolar e profissional e com doenças físicas crónicas associadas ao sedentarismo e ao mau uso da tecnologia”, alerta Raquel Cunha, diretora clínica da SalusLive.

 

IDADES MAIS CRÍTICAS

A SalusLive sublinha que há fases de maior vulnerabilidade:

  • 0–2 anos: o uso de ecrãs pode prejudicar seriamente a linguagem, o vínculo afetivo e o sono — motivo pelo qual é totalmente desaconselhado.
  • 2–5 anos: afeta a atenção, a autorregulação emocional e substitui brincadeiras fundamentais.
  • 6–10 anos: interfere na aprendizagem, no sono e nas relações sociais.
  • +11 anos: aumenta o risco de ansiedade, depressão e dependência digital, sobretudo pelo uso intensivo das redes sociais.

 

O PAPEL DOS PAIS E DAS ESCOLAS

A SalusLive considera fundamental a atuação de pais e escolas:

  • Os pais devem ser exemplo, criar zonas sem ecrãs em casa (como refeições e quartos), negociar regras em conjunto e propor alternativas offline (jogos de tabuleiro, atividades ao ar livre, leitura partilhada).
  • As escolas devem criar regras para limitar o uso de telemóveis nos intervalos, garantindo que esse tempo é dedicado à socialização, ao movimento e ao descanso digital.

 

5 recomendações da SalusLive para intervalos escolares mais saudáveis

  1. Criar zonas livres de ecrãs nos recreios, com supervisão positiva.
  2. Disponibilizar materiais simples (cordas, bolas, jogos de chão) que estimulem o jogo cooperativo.
  3. Promover “dinâmicas do dia” que incentivem a participação e a empatia.
  4. Organizar rodas de conversa breves para estimular o diálogo entre pares.
  5. Envolver os alunos na criação de brincadeiras, dando-lhes responsabilidade e voz ativa.

 

O IMPACTO SOCIAL DE UMA GERAÇÃO DIGITALMENTE DEPENDENTE

Para a SalusLive, se nada for feito, Portugal arrisca-se a criar uma geração menos sociável, com mais dificuldades emocionais e profissionais. “Estamos a falar de jovens menos preparados para cooperar, liderar, gerir frustrações ou resolver conflitos. A médio prazo, isso terá reflexos não apenas individuais, mas também sociais e económicos”, acrescenta a Raquel Cunha.

 

As recomendações oficiais

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Pediatria, os limites seguros devem ser:

  • 0–2 anos: evitar totalmente
  • 2–5 anos: máximo 1h/dia, sempre com supervisão
  • 6–10 anos: até 2h/dia
  • +11 anos: idealmente 2–3h/dia (excluindo uso escolar)

 

O papel ativo da SalusLive

Enquanto entidade dedicada à promoção da saúde infantil, a SalusLive atua através de formação, consultoria e sensibilização de pais, escolas e educadores. Está já a preparar programas educativos e workshops para apoiar famílias e comunidades escolares na adoção de regras claras e hábitos mais saudáveis.

“É tempo de devolver às crianças o direito de brincar, conviver e sentir-se parte de um grupo real. Mais do que ecrãs, elas precisam de tempo connosco, com os seus pares e com o mundo físico”, conclui a mesma fonte.

 

Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica
Nova Plataforma foi desenvolvida pela NTT DATA para a AICIB e centraliza o acesso a todos os intervenientes dos estudos...

A Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB) acaba de apresentar a plataforma Portugal Clinical Studies, concebida e desenvolvida pela consultora global de negócio e tecnologia NTT DATA. Esta iniciativa representa um marco estratégico na dinamização dos ensaios clínicos em Portugal, reforçando a competitividade nacional no contexto internacional da investigação clínica.

Com a Portugal Clinical Studies, os utilizadores passam a dispor de um local de acesso único à rede de unidades nacionais e respetivos utentes. A plataforma integra um conjunto abrangente de serviços, desde o apoio regulamentar – com identificação da legislação aplicável e preparação de respostas para entidades reguladoras – até ao recrutamento digital de participantes, através da divulgação centralizada dos estudos clínicos em curso.

Inclui ainda análises de exequibilidade realizadas por uma equipa especializada e ferramentas de planeamento estratégico que permitem otimizar recursos e aumentar a eficiência operacional, simplificando processos e elevando a qualidade dos centros de investigação clínica em Portugal.

A plataforma assume-se como um ponto central de acesso para todos os intervenientes dos estudos clínicos - promotores, Contract Research Organizations (CROs), centros de investigação, associações de doentes e participantes – disponibilizando serviços de apoio e soluções adaptadas a cada fase do ciclo de vida de um ensaio clínico. A NTT DATA assegurou não apenas o desenvolvimento tecnológico, mas também a definição de processos e do modelo de negócio que garantem a sustentabilidade da iniciativa.

“O desenvolvimento desta plataforma representa um marco estratégico para a investigação clínica em Portugal. A NTT DATA coloca a sua experiência internacional e a sua capacidade de inovação tecnológica ao serviço de um projeto que reforça a competitividade do país no cenário global. Esta solução acelera a realização de ensaios clínicos, potencia a colaboração entre entidades e cria as condições para se gerar conhecimento científico e oferecer melhores opções terapêuticas aos doentes. Em simultâneo, fortalece a ligação entre centros de investigação, universidades e indústria farmacêutica, tornando Portugal mais atrativo como destino de novos estudos, contribuindo para benefícios duradouros na economia e no sistema de saúde”, afirma Patrícia Calado, Head of Clinical Innovation da NTT DATA Portugal.

Por sua vez, Nuno Sousa, Presidente da AICIB, acrescenta que “a Portugal Clinical Studies capacita os centros de investigação e dá-lhes condições para criar um impacto sistémico no setor, transformando Portugal num território ainda mais competitivo e atrativo para a investigação clínica, permitindo gerar retorno económico e ganhos em saúde para o país.”

Ao assumir-se como parceiro estratégico da AICIB, a NTT DATA reforça a sua posição de referência no setor da saúde em Portugal, colocando a sua experiência internacional em Clinical Innovation ao serviço de um projeto pioneiro e com impacto direto no desenvolvimento científico e no acesso a novas terapêuticas.

O lançamento da Portugal Clinical Studies traduz, assim, uma visão partilhada entre a AICIB e a NTT DATA: simplificar processos, acelerar a inovação e transformar Portugal no epicentro da ciência aplicada à saúde.

 

Saúde pública
Uma coligação de 83 especialistas internacionais em saúde pública, dependência de nicotina e controlo do tabaco enviou uma...

A proposta em análise prevê a aplicação de novos impostos a produtos de nicotina sem combustão - como cigarros eletrónicos, tabaco aquecido e bolsas de nicotina – medida que, segundo os especialistas, coloca em risco os progressos alcançados na redução do tabagismo.

“As políticas de saúde pública devem assentar nas melhores evidências científicas disponíveis. Tratar estes produtos como se fossem comparáveis ao tabaco tradicional não só é incorreto, como compromete os compromissos da União Europeia com a ciência e com o combate à desinformação”, alertam os signatários.

O tabagismo: principal causa de morte evitável na UE

O consumo de tabaco continua a ser a principal causa de morte evitável na União Europeia, responsável por cerca de 700 mil mortes prematuras todos os anos. Atualmente, 26% dos cidadãos europeus ainda fuma, sendo a prevalência ainda mais elevada entre os jovens entre os 15 e os 24 anos (29%).

Evidências internacionais: redução de danos funciona

Os especialistas reforçam que produtos de nicotina sem consutão são substancialmente menos nocivos do que os cigarros tradicionais e já ajudaram milhões de pessoas a deixar de fumar. Estes exemplos incluem:

  • Suécia: o país apresenta menos de 5 % de consumo diário de tabaco e uma incidência de cancro 41 % inferior à média da UE, apesar de taxas semelhantes de consumo global de nicotina.
  • Reino Unido: as políticas pró-vaping ajudaram a reduzir a prevalência de fumadores de 17% para 12% em apenas cinco anos.
  • Nova Zelândia: o tabagismo diário caiu de 16% em 2011/2012 para 7% em 2023/24, acompanhado pelo crescimento da utilização diária de cigarros eletrónicos (11%).

Um apelo à Comissão Europeia

Os especialistas alertam que a aplicação de impostos elevados a produtos de redução de danos pode dificultar a transição dos fumadores para alternativas menos prejudiciais, perpetuando o consumo de cigarros convencionais e colocando em risco a saúde pública europeia.

 

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