Crioestaminal investe
A portuguesa Crioestaminal vai investir nos próximos dois anos cerca de 2 milhões de euros em investigação, valor sensivelmente...

Em Fevereiro, a empresa portuguesa Crioestaminal, localizada no Biocant Park de Cantanhede anunciou ter registado uma patente internacional para uma nova aplicação de células estaminais do cordão umbilical na regeneração do tecido cardíaco após enfarte do miocárdio.

A patente resulta de uma investigação que permite que as células estaminais “sejam injectadas directamente no músculo cardíaco para que este, após um enfarte, consiga cicatrizar mais rapidamente e regenerar a sua função”, explicou, então, o administrador executivo, André Gomes.

A Crioestaminal aponta para 2015 a realização de ensaios clínicos da nova tecnologia “para testar a sua segurança e eficácia em humanos”, quer a desenvolvida para curar feridas relacionadas com o pé diabético - que deu origem a outra patente, esta registada em 2012 - quer a nova aplicação “que, em termos científicos, derivou da anterior”, afirmou, adiantando que, em comum, as duas patentes centram-se nas células estaminais do cordão umbilical.

Ao longo de 11 anos de actividade, saíram da empresa sete amostras de células estaminais para serem usadas em tratamentos e ensaios clínicos, todos efectuados em crianças portuguesas, um em Portugal, em 2007, no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e os restantes nos EUA, na universidade de Duke.

No IPO, as células estaminais foram utilizadas numa criança que possuía uma doença genética que lhe afectava o sistema imunitário.

“Com o transplante do sangue do cordão umbilical do irmão foi possível restabelecer todo o sistema sanguíneo imunitário da criança e hoje, passado sete anos, está óptima, completamente curada de uma doença que era, inevitavelmente, fatal”, referiu André Gomes.

Já nos EUA, as seis utilizações decorreram no âmbito de ensaios clínicos em crianças com paralisia cerebral.

A empresa comemora no sábado 11 anos de actividade no domínio das células estaminais do cordão umbilical com um “dia aberto” a futuros pais.

“Vamos abrir a Crioestaminal à comunidade, explicar o que são células estaminais e para que servem e mostrar a investigação que fazemos no nosso laboratório. Trata-se de transferir informação para as pessoas”, disse André Gomes, fundador e administrador executivo da empresa. Lembrou que a empresa “foi a primeira” em Portugal a disponibilizar o serviço de criopreservação de células do cordão umbilical e tem em curso a expansão do laboratório de Cantanhede “em fase de conclusão” e que vai permitir à Crioestaminal passar das actuais 50 mil amostras de sangue do cordão umbilical ali guardadas para as 300 mil.

“É a segunda maior capacidade de armazenamento da Europa”, frisou André Gomes, só atrás de um laboratório belga, o maior do continente europeu.

Em regime de comprimido único
A ViiV Healthcare anuncia que o Comité de Medicamentos de Uso Humano, da Agência de Medicamentos Europeia (EMA), emitiu um...

De acordo com Dr. John Pottage, Director Científico e Director Médico da ViiV Healthcare, "este parecer positivo constitui um avanço importante na aproximação dos profissionais de saúde e das pessoas que vivem com o VIH à combinação terapêutica de um comprimido de toma única diária que inclui dolutegravir".

“Esta recomendação demonstra o potencial dos regimes terapêuticos que contêm dolutegravir, assim como a importância da nossa investigação contínua, que está a ser feita sobre novas opções terapêuticas de regime de comprimido único”, acrescenta.

O parecer do Comité de Medicamentos de Uso Humano é baseado nos resultados de dois estudos:

• Estudo de Fase III de dolutegravir (SINGLE), realizado com dolutegravir e abacavir/lamivudina em comprimidos separados (1)
• Estudo de bio equivalência da combinação de dose fixa de dolutegravir / abacavir / lamivudina, quando tomado como um único comprimido, em comparação com a administração de dolutegravir e abacavir / lamivudina em comprimidos separados (2)

O parecer positivo do Comité de Medicamentos de Uso Humano é um dos passos finais antes de alcançar a autorização para a comercialização, pela Comissão Europeia, mas nem sempre resulta nessa mesma autorização. A decisão final da Comissão Europeia está prevista para o terceiro trimestre de 2014.

 

Sobre o medicamento (dolutegravir/abacavir/lamivudina)

Este medicamento não está actualmente aprovado em nenhum país e é apenas um fármaco investigacional de um regime terapêutico de toma única diária, contendo o inibidor de integrasse dolutegravir que já foi aprovado pela EMA, em Janeiro deste ano.

O pedido de autorização para o novo medicamento já foi submetido a aprovação nos EUA pela FDA, em Outubro de 2013, estando actualmente em processo de revisão. Já foram igualmente iniciados os processos regulamentares de submissão e revisão para este novo medicamento no Canadá, Austrália, Brasil e Japão.

 

Informação Importante sobre a Segurança de dolutegravir e (abacavir/lamivudine) na União Europeia:

Consulte a versão integral do Resumo das Características do Medicamento Europeu para ter acesso a todas as informações sobre a prescrição do dolutegravir e abacavir/lamivudina.

 

Sobre a ViiV Healthcare

A ViiV Healthcare é uma companhia global especializada na área do VIH, estabelecida entre a GlaxoSmithKline (LSE: GSK.L) e a Pfizer (NYSE: PFE) em Novembro de 2009, que visa proporcionar avanços no tratamento e cuidados para indivíduos afectados pelo VIH. Em Outubro de 2012 a Shionogi tornou-se accionista da ViiV, ao comprar 10% das suas acções. O objectivo da companhia é dedicar-se com o maior e mais profundo interesse que alguma companhia já alguma vez se dedicou à temática do VIH/SIDA e desenvolver uma nova abordagem, no sentido de disponibilizar medicamentos novos e eficazes para a infecção VIH e de dar apoio às comunidades afectadas pela doença. Para mais informações sobre a companhia, sobre os seus órgãos directivos, portefólio, “pipeline” de produtos e compromisso, consulte www.viivhealthcare.com




[1] Walmsley SL, Antela A, Clumeck N et al; for the SINGLE Investigators. Dolutegravir plus abacavir–lamivudine for the treatment of HIV-1 infection. N Engl J Med. 2013;369(19):1807-1818

[2] Weller S, Chen S, Borland J et al. Bioequivalence of a Dolutegravir, Abacavir and Lamivudine Fixed-Dose Combination Tablet and the Effect of Food. JAIDS. 2014 May doi: 10.1097/QAI.0000000000000193.http://journals.lww.com/jaids/Abstract/publishahead/Bioequivalence_of_a_...

 

 

Projecto português dedicado ao Autismo
O projecto português Enforcing Kids dedicado ao autismo desenvolveu uma aplicação para crianças com distúrbios de autismo...

Regra geral, para muitas dessas crianças as sessões de terapia não são regulares e existem períodos de interrupção, podendo ocorrer retrocessos como consequência desta irregularidade, o que faz com que os tratamentos não sejam tão eficazes.

Torna-se assim importante que a terapia se estenda à casa e que os pais possam ter ao seu alcance ferramentas que os ajudem e que possam ser utilizadas na próxima sessão de terapia para uma avaliação do progresso da criança.

A aplicação Enforcing Kids aproveita as potencialidades dos tablets e resolve os problemas de interrupção das terapias. Os jogos, que podem ser configurados pelos terapeutas e pais, seguem a lógica das sequências e, portanto, exploram as dificuldades que estas crianças têm ao formulá-las.

Assim se desenvolvem áreas, como a matemática, a música, as ciências ou as pequenas rotinas do dia-a-dia. A ideia é alargar o mundo real ao mundo virtual do jogo, onde a criança pode ver, para cada passo da sequência, um conteúdo multimédia (imagem ou vídeo) que o ilustra.

Para o desenvolvimento das competências sociais, existem modos multijogador: equipa e confronto. O resultado é uma aplicação dotada de: interface gráfica cuidadosamente desenhada para ser agradável e facilmente usada pelo público-alvo previsto; configuração fácil e segura por adulto/terapeuta; sequências jogáveis com temas, graus de dificuldade e recompensas adequados ao público-alvo acima referido; modos single-player e multiplayer; registo de log; integração de fotografias, desenhos, vídeos, sons de narração e músicas.

A criação da aplicação móvel Enforcing Kids decorreu no âmbito da cadeira de Computação Móvel, inserida nos currículos dos mestrados que Cátia Raminhos e Jorge Santos frequentam na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A orientação pedagógica foi da responsabilidade dos docentes Luis Carriço e Tiago Guerreiro. Os testes de usabilidade estão a ser realizados no PIN, por uma equipa de terapeutas coordenada por Carla Almeida.

O PIN é uma entidade parceira do departamento LaSIGE da Faculdade de Ciências.

Recorde-se que a dupla de investigadores já tinha lançado uma plataforma de informação de apoio à terapia de crianças com síndrome do autismo.

O Enforcing Kids surge em Portugal e tem como função partilhar dúvidas, esclarecimentos, opiniões e experiências sobre o autismo. Neste momento é um projecto conhecido a nível mundial com adesão em 33 países.

A plataforma de informação foi criada em final de Março de 2014 e surgiu no seguimento da criação de uma aplicação móvel, com o mesmo nome, que os autores contam apresentar ao público quando terminarem os testes pré-distribuição.

Todo o processo de criação da aplicação móvel decorreu no âmbito de um trabalho académico. A plataforma de informação foi desenvolvida no tempo livre dos seus organizadores e não tem quaisquer custos de utilização. O acesso gratuito também é garantido para o blogue com acesso reservado a um público mais especializado.

Este projecto é apoiado pelo Departamento de Investigação LaSIGE da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Mais informações em www.facebook.com/enforcingkids.

 

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa conselhos
Em plena época balnear e de férias os portugueses não se esquecem de levar na mala o protector solar e o chapéu-de-sol,...

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) relembra que os óculos de sol também devem fazer parte do “kit” de protecção, sendo fundamental que tenham capacidade de filtrar a radiação UVA e UVB.

Ainda que não haja uma determinação exacta da susceptibilidade do olho à radiação solar, doses elevadas produzem fotoconjuntivite (inflamação da conjuntiva) e fotoqueratite (inflamação da córnea). As exposições prolongadas, mesmo a baixas intensidades estão relacionadas com patologias mais graves como cataratas, pterígio, carcinomas e/ou degenerescência macular da retina.

“O principal perigo é a radiação ultravioleta (UV), raios invisíveis da energia solar que também são produzidos por fontes artificiais como a soldadura eléctrica, os solários e o laser. Mais de 99% da radiação UV direccionada para os nossos olhos é absorvida pelas estruturas anteriores do olho. No entanto, é sempre possível que alguma dessa radiação possa chegar à retina e originar lesão. Assim, a exposição prolongada aos raios UVA e UVB pode causar lesões nos olhos colocando em risco a visão”, explica Vítor Leal, coordenador do grupo de Ergoftalmologia da SPO.

Para proteger a saúde ocular, Vítor Leal recomenda “evitar a exposição solar, principalmente quando o tamanho da nossa sombra é menor do que o nosso tamanho real (entre as 11h00 e as 16h00). É também aconselhável o uso de chapéu e óculos escuros de boa qualidade, que ofereçam protecção adequada aos seus olhos, não apenas durante o verão, mas sim durante todo o ano”.

As lentes adequadas deverão eliminar entre 99 e 100% da radiação UVA e UVB e entre 75 e 90% da radiação visível para evitar o desconforto ocular e as reflexões excessivas, estar livres de imperfeições, não distorcer imagens ou mudar as cores e serem de cor cinzenta, verde ou castanha.

Se as férias incluírem algumas horas ao volante, o cuidado com a visão deve ser reforçado. “Há doenças oculares que não têm sintomas na sua fase inicial mas podem comprometer a qualidade da visão e, logo, a segurança da condução. Falamos do glaucoma, retinopatia diabética, retinopatias pigmentadas ou problemas do nervo ótico. As doenças que alteram a transparência do olho também podem ser problemáticas pois causam maior sensibilidade à luz”, refere Paulo Torres, presidente da SPO.

O especialista defende ainda que é fundamental “corrigir adequadamente os erros refractivos (miopia, hipermetropia e astigmatismo) antes de conduzir, ou seja, perceber se vê bem ou se precisa de usar óculos. Já quem utiliza lentes de contacto deve ter sempre perto de si uns óculos de substituição, para o caso de perder uma lente. Quem viaja durante o dia não deve esquecer-se de utilizar óculos de sol com lentes polarizadas”.

Paulo Torres, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, refere que “este alerta desperta a população para a importância da vigilância da saúde da visão durante as férias de Verão, para que as viagens sejam feitas em segurança e a natural exposição solar que decorre neste período não interfira com o equilíbrio ocular”.

 

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
No dia em que a Sociedade Portuguesa de Cardiologia assinalou 65 anos ao serviço do Coração, o seu presidente deixou um alerta:...

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) completa hoje o seu 65º aniversário, numa história que fica marcada pelo combate permanente aos factores de risco cardiovascular e pelas inovações tecnológicas que, nos anos mais recentes, levaram ao aumento exponencial da esperança média de vida e a uma progressiva diminuição da mortalidade por doença cardiovascular.

Os especialistas sublinham, porém, que há ainda muito por fazer e que os números mais recentes deixam a descoberto uma realidade preocupante: pela primeira vez na história da humanidade, as novas gerações poderão ter uma esperança média de vida inferior à dos seus progenitores.

A mensagem é de José Silva Cardoso, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, que reitera que os portugueses têm de voltar a readquirir hábitos perdidos e adoptar um estilo de vida mais saudável: “Apesar do decréscimo progressivo da mortalidade cardiovascular, sobretudo pelo melhor controlo da hipertensão arterial, da dislipidemia e do tabagismo, a verdade é que a doença cardiovascular ainda se mantém como primeira causa de morte em Portugal e no resto do mundo. Nos anos mais recentes temos vindo a adoptar um estilo de vida mais sedentário, com menos actividade física e isso terá, necessariamente, efeitos muito negativos no diagnóstico da saúde cardiovascular”.

Assumindo que a aposta terá de passar pela adopção de comportamentos preventivos, o presidente da SPC reconhece que há cada vez mais pessoas a praticar exercício nas ruas, mas que ainda assim continuam a ser em maior número aquelas que não praticam qualquer tipo de actividade física. Além disso, relembra, “abandonámos a dieta mediterrânica, uma das nossas grandes riquezas, um caminho que é urgente inverter, sob risco de comprometermos seriamente o futuro”.

Os números são alarmantes:

- Quase metade da população portuguesa tem excesso de peso e hipertensão arterial

- Um terço dos portugueses tem colesterol elevado

- Três milhões de portugueses têm diabetes e/ou perturbações da glicose

- A diabetes é um dos principais factores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (Enfarte Agudo do Miocárdio; AVC, Doença Vascular Periférica)

- Portugal é o país da Europa com maior crescimento da obesidade

- Portugal é o segundo país da Europa com maior taxa de obesidade infanto-juvenil.

 

Dados que levam o cardiologista a deixar um alerta neste dia em que se assinalam 65 anos ao serviço do Coração: “Se não alterarmos este cenário, a próxima geração poderá ser a primeira em muitos anos a ter uma esperança média de vida menor do que a dos seus pais”.

Para combater estes números, Silva Cardoso defende um “trabalho de equipa” em que todos deverão colaborar: “É uma missão que precisa do contributo de todos: médicos e especialistas, sociedade civil, meios de comunicação social e decisores políticos”.

Como medidas prioritárias, o presidente da SPC aponta as acções junto do público mais jovem como prioritárias, sublinhando que o trabalho nas escolas deve intensificar-se e materializar-se em medidas concretas, como a proibição de máquinas de venda automática nas instituições de ensino e a adopção de ementas nutricionalmente mais equilibradas.

 

Dez conselhos para:
A celulite é um problema para quase todas as mulheres.
Evitar celulite

 

 

O aumento de peso é o principal factor que contribui para piorar a celulite. Ao ingerir mais calorias do que o organismo precisa, estas são acumuladas como reservas de energia transformadas em gordura.

 

 

Aqui deixamos dez conselhos para que faça uma alimentação correcta e saudável, de modo a armazenar o mínimo possível de gordura no seu organismo:

  1. Procure comer fruta, verduras e legumes em abundância;
  2. A lactose deve ser consumida com moderação, dando preferência a iogurtes e queijos com baixo teor de lactose;
  3. Os hidratos de carbono devem ser preferencialmente integrais pois ajudam a regular os intestinos e a diminuir a absorção de gorduras. O arroz, pão, massa e cereais sem açúcar são alguns exemplos;
  4. Alimentos de fontes magras de proteína como a clara de ovo, o peixe, carnes vermelhas magras e aves devem ser os preferíveis;
  5. Os alimentos devem ser preparados grelhados, cozidos ou assados;
  6. Utilize temperos naturais em vez do sal, pois o sal ajuda a reter líquidos no organismo e consequentemente na gordura localizada;
  7. Beber aproximadamente 2 litros de água por dia impede a retenção de líquidos da gordura localizada;
  8. Em relação às bebidas, prefira sempre sumos naturais ou água;
  9. Fazer um maior número de refeições, mas com pequenas quantidades;
  10. Comer mais ao pequeno almoço e almoço, e menos ao jantar. Normalmente consome-se mais energia durante o dia, logo queimam-se mais calorias neste período do que durante a noite.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Questões frequentes
A ocorrência de temperaturas elevadas desencadeia no organismo humano mecanismos de defesa de regula
Medicamentos e calor

Como é que os medicamentos podem interferir na reacção do organismo ao calor?
Alguns medicamentos aumentam a eliminação de água (por exemplo, diuréticos), podendo aumentar a desidratação normal decorrente do aumento da temperatura ambiente. Outros medicamentos impedem o normal funcionamento dos mecanismos de refrigeração do organismo. Para que o organismo arrefeça, é necessário que o sistema nervoso central possa comandar a dilatação dos vasos sanguíneos superficiais, a fim de permitir uma melhor circulação do sangue, libertação de calor e transpiração. Medicamentos que diminuam a tensão arterial ou alterem o estado de vigilância, podem também agravar os efeitos do calor.

O medicamento é, por si só, um factor de risco?
Na maior parte dos casos, os medicamentos não representam por si só um factor de risco, especialmente quando utilizados correctamente, de acordo com as indicações do médico ou farmacêutico. Existem numerosos factores de risco relacionados com o estado de saúde que interferem com a capacidade de regulação da temperatura do organismo, com a consequente diminuição da capacidade de resistir ao calor:

  • Estados febris;
  • Idade avançada ou os primeiros anos de vida (0 a 4 anos);
  • Excesso de peso;
  • Existência de uma ou mais doenças crónicas, em particular, cardíacas, renais, respiratórias, diabetes, doenças neurológicas ou psiquiátricas, etc;
  • Limitação da autonomia (ex. doentes acamados).

A presença destes ou doutros factores de risco concomitantes deverá ser avaliada em conjunto com os medicamentos utilizados. Para tal, aconselhe-se com o seu médico ou farmacêutico.

Quais os medicamentos que podem apresentar riscos de interferência?
Alguns medicamentos podem agravar os perigos decorrentes de uma exposição demasiado prolongada ou forte ao calor, como consequência do seu mecanismo de acção. Como tal, necessitam de vigilância acrescida:

  • Medicamentos destinados ao tratamento da doença cardíaca: diuréticos que podem aumentar a desidratação, antihipertensores ou antianginosos que podem agravar uma hipotensão, medicamentos antiarrítmicos ou digoxina que podem requerer um ajuste de dosagem em caso de desidratação.
  • Neurolépticos, pois podem interferir com o 'termostato' central do organismo e provocar aumento da temperatura; sais de lítio que podem requerer um ajuste de dosagem em caso de desidratação.
  • Antiepilépticos que podem requerer um ajuste de dosagem em caso de desidratação.
  • Medicamentos para tratamento de enxaqueca podem impedir a vasodilatação periférica ou diminuir a transpiração
  • Alguns antibióticos (particularmente sulfamidas) e alguns anti-inflamatórios podem alterar o funcionamento normal dos rins em caso de desidratação.
  • Alguns medicamentos antidepressivos, antiparkinsónicos, destinados à incontinência urinária ou antialérgicos podem alterar a transpiração.

O que fazer no caso de uma ocorrência de uma onda de calor?

  • Ter particular atenção em idosos, crianças, doentes ou em caso de tomar qualquer medicamento.
  • Consultar o médico caso não se sinta bem ou não o faça há já algum tempo, pois poderá ser necessário proceder a quaisquer exames ou adaptações do tratamento.
  • Ler atentamente o folheto informativo dos medicamentos que toma.
  • Respeitar a posologia e os horários das tomas dos medicamentos tal como indicados pelo médico e farmacêutico.
  • Respeitar os conselhos habituais de higiene e alimentação, nomeadamente beber muitos líquidos, mesmo que não tenha sede (de preferência água ou sumos de fruta natural), evitar a exposição ao sol ou ao calor e refrescar-se frequentemente através de banho, duche ou aplicação de panos húmidos.

O que evitar no caso de uma ocorrência de uma onda de calor?

  • Nunca interromper o tratamento sem indicação médica. A interrupção do tratamento acarreta complicações, potencialmente graves, ligadas quer à interrupção súbita da toma dos medicamentos, quer aos efeitos da doença não tratada.
  • Não consumir bebidas alcoólicas, pois estas agravam a desidratação.
  • Não tomar qualquer medicamento sem a orientação de um médico ou farmacêutico, mesmo aqueles que não são sujeitos a receita médica (de venda livre).

Como conservar os medicamentos durante uma onda de calor?
Se das caixas dos medicamentos não constar qualquer indicação especial de conservação, isto significa que o medicamento é estável, mesmo quando exposto a temperaturas mais elevadas.

Quando a embalagem do medicamento refere:

  • "Conservar a temperaturas inferiores a 25/30ºC” – estes medicamentos poderão ser conservados nos locais habituais, pois apresentaram estudos que demonstraram não haver alteração das propriedades do medicamento quando sujeitos a temperaturas elevadas.
  • "Conservar entre 2 a 8ºC” – estes medicamentos são geralmente guardados no frigorífico, pelo que a ocorrência de uma onda de calor não terá qualquer efeito na sua conservação. Deverão ser retirados do frigorífico estritamente para serem utilizados, voltando a proceder de imediato à sua reintrodução, após o seu uso.

Algumas formas farmacêuticas (supositórios, óvulos, cremes, etc.) são mais susceptíveis de sofrer alterações devidas à temperatura, facto que é detectável se os medicamentos apresentarem alterações na sua aparência ou consistência, que indiciam a alteração da sua qualidade. Nestes casos, antes de utilizar o medicamento, questione o seu farmacêutico.

Como transportar os medicamentos em dias de muito calor?

  • Medicamentos habitualmente conservados no frigorífico (entre 2 a 8ºC): deverão ser transportados em sacos isotérmicos refrigerados (por ex. com acumuladores de frio), mas evitando sempre a sua congelação.
  • Todos os outros medicamentos: deverão ser transportados, preferencialmente, em sacos isotérmicos.

Mesmo utilizando sacos isotérmicos, os medicamentos não devem ser expostos, durante longos períodos de tempo, a temperaturas elevadas, como aquelas que se atingem nas malas ou interior dos carros estacionados ao sol.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Distúrbio nervoso
A Tricotilomania é geralmente desconhecida pelo seu nome mas conhecida pelos seus sintomas.
Mulher com bocado de cabelo na mão

Esta doença está relacionada com o sistema nervoso, pois o acto de arrancar os próprios cabelos apenas acontece quando há um cenário de ansiedade ou nervosismo de quem o pratica. Pode acontecer o arrancar de fios de cabelo em menor quantidade, como o enrolar de cabelos aos dedos arrancando maiores quantidades de uma só vez provocando grandes falhas no couro cabeludo.

As primeiras ocorrências surgem normalmente na infância podendo prolongar-se pelo resto da vida. As mulheres são normalmente as mais afectadas, sendo necessária ajuda psicológica profissional e familiar para combater as crises.

A intensidade das crises pode variar ou até mesmo tornar-se noutro tipo de comportamentos compulsivos normalmente associados a sentimentos de ansiedade, podendo porém também ocorrer em períodos de descontração.

Geralmente o acto de arrancar os cabelos apenas é praticado isoladamente ou na presença de familiares directos. Existem casos em que a pessoa chega mesmo a comer os próprios cabelos arrancados (Tricotilofagia), criando bolas no estomago que por sua vez podem causar perda de apetite, vómito e dores.

Quando não tratada, esta doença pode afectar a auto-estima provocando o isolamento e por sua vez estados depressivos.

Sendo que o stress e a ansiedade são os factores que estão directamente ligados a esta doença, cabe ao doente e familiares procurarem a ajuda de um médico mal apareçam os primeiros sintomas, pois a detecção precoce é a melhor maneira de prevenir a Tricotilomania.

Existem várias terapias e medicamentos que são eficazes no seu tratamento, diminuindo os níveis de ansiedade e capazes de contribuir para que o doente consiga ultrapassar as crises.

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Ataques de pânico

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11 de Julho
Investir nos jovens é o mote para as comemorações do Dia Mundial da População, que se celebra a 11 de Julho.

O Dia Mundial da População, que se celebra no dia 11 de Julho, foi criado pela Organização das Nações Unidas, com o objectivo de sensibilizar para a importância das questões populacionais, no contexto dos planos e programas de desenvolvimento.

As comemorações deste ano destacam a importância de investir na população jovem, que continua ainda a ser vítima de pobreza, desigualdade e violações dos direitos humanos. Assim, nesta data, alerta-se para a necessidade de salvaguardar os direitos dos adolescentes e jovens, apostando no seu futuro, sendo esse um aspecto essencial para o seu desenvolvimento individual e da comunidade.

No dia 11 de Julho de 1987, o número de população mundial atingiu os cinco biliões de pessoas. Foi para recordar esta data que se instituiu, no dia 11 de Julho, o Dia Mundial da População, que é comemorado desde 1989.

 

Falta de exposição à luz natural
Uma investigação sobre o aumento da prevalência da miopia associado a níveis mais altos de escolaridade indicava que menos...

Segundo Rubens Belfort Jr, professor titular de oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp), este trabalho reforça a associação entre a atenção visual mantida para perto em crianças e a miopia. O tempo ao ar livre pode estar também associado a alterações metabólicas relacionadas com a actividade física e à ingestão de hidratos de carbono.

A Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina tem trabalhado neste aspecto há muitos anos. Por coincidência, o pai de Rubens, em 1955, estudou populações indígenas, inclusive do Xingu, numa tese sobre Livre Docência. Não encontrou quase nenhum caso de miopia. Mais 50 anos depois, o filho acabaria por encontrar uma incidência grande de miopia na mesma população, com mudanças alimentares e escola.

Também a questão “tempo ao ar livre” é interpretada por alguns como metabólico e dependente, principalmente, de hidratos de carbono. Assim, maior tempo na escola significaria, além de pouca exposição à luz, também menos exercícios físicos. Isso, juntamente com a atenção visual mantida para perto por muito tempo, explicaria essa epidemia de miopia.

Também é interessante lembrar que a miopia vai aumentar muito na próxima geração, uma vez que crianças de poucos meses agora têm a sua atenção permanente visual mantida para perto através de programas para iPad e afins. A frequência da miopia vai “explodir” na próxima geração, sentencia o médico.

O responsável lembra que o olho míope tem mais doenças, inclusive maior risco de descolamento de retina, entre outros problemas, além dos elevados custos de óculos, exames, lentes de contacto, etc.

 

ADN humano
Pensava-se que o nosso ADN continha uns 100 mil genes, mas esse número foi descendo drasticamente. A mais recente análise...

Uma equipa de cientistas em Espanha “contou” literalmente o número de genes presentes no ADN humano – ou seja, as sequências genéticas que codificam proteínas – e chegou à conclusão de que são provavelmente cerca de 19 mil, o que reduz em mais de 1500 o número anteriormente avançado. Os seus resultados foram publicados há dias na revista Human Molecular Genetics.

A molécula de ADN dos seres vivos, das bactérias aos primatas, é composta por quatro pequenas moléculas de base. No caso dos seres humanos, o ADN tem cerca de 3000 milhões de pares destas moléculas, encadeadas numa dupla hélice, escreve o jornal Público.

Apenas determinados fragmentos do genoma são genes, ou seja instruções de fabrico das proteínas que formam as células, os tecidos e os órgãos do nosso corpo. O resto das sequências que compõem o ADN não codifica qualquer proteína – os cientistas falam em “ADN não codificante” –, mas sabe-se hoje que tem um papel importante no controlo da actividade dos genes.

Há pouco mais de dez anos, “antes de o primeiro rascunho [da sequência total] do genoma humano ser publicado, os especialistas pensavam que o número de genes rondava os 40 mil a 100 mil”, escreve no seu artigo a equipa de Alfonso Valencia e Michael Tress, do Centro Nacional de Investigações Oncológicas (CNIO) espanhol. “A sequenciação inicial reduziu drasticamente esse número, sugerindo que o número final se situaria entre 26 mil e 30 mil genes. E com a publicação da versão final do genoma, em 2004, o número de genes que codificam proteínas foi revisto mais uma vez em baixa, para 20 mil a 25 mil.” E em 2007, um estudo apontara para a existência apenas uns 20.500 genes humanos.

Entretanto, os especialistas começaram a analisar as proteínas fabricadas pelo corpo humano, para daí remontar até às sequências, no ADN, dos genes que as codificam, construindo desta forma, passo a passo, um catálogo das proteínas humanas ou “proteoma”.É esta abordagem, baseada numa técnica dita de espectrometria de massa, que está no centro do novo estudo.

Estes cientistas começaram por criar uma nova versão do catálogo das proteínas integrando resultados de sete estudos em grande escala de espectrometria de massa, obtidos a partir da análise de mais de 50 tecidos diferentes do corpo humano, explica em comunicado o CNIO. Identificaram assim um pouco mais de 12 mil proteínas humanas diferentes.

Porém, quando foram ver quais eram os genes que codificavam essas 12 mil proteínas, aperceberam-se de que, para as codificar todas, eram precisas menos de 60% das sequências de ADN humano até agora consideradas como sendo genes codificantes.

“Embora as limitações técnicas das análises do proteoma sejam uma das causas mais prováveis para termos detectado as proteínas de menos de 60% [da lista actual de] genes, pode haver outra razão para isso ter acontecido”, escrevem ainda os autores. A saber, é possível que algumas das sequências que se pensava codificarem proteínas não codifiquem, afinal, proteína nenhuma.

Para aprofundar esta questão, a equipa considerou a seguir um conjunto de 2001 (supostos) genes potencialmente não codificantes. E de facto, quando analisaram as suas sequências, apenas detectaram capacidade de comandar o fabrico de proteínas em menos de 6% desses genes. “Os nossos resultados sugerem que muitos desses genes não codificam proteínas em circunstância alguma”, lê-se ainda no artigo.

Segundo os autores, é possível que “até 1800 sequências actualmente consideradas como sendo genes não codifiquem proteínas e que o número de genes funcionais no genoma (…) esteja mais próximo de 19 mil do que de 20 mil”.

E mais: por incrível que pareça, mais de 90% desses 19 mil genes que produzem proteínas surgiram há centenas de milhões de anos – e mais de 99% já existiam antes da emergência dos primatas, há uns 50 milhões de anos.

“O número de genes novos que separa os seres humanos dos ratinhos [ou seja, os genes que evoluíram depois da emergência dos primatas] poderá mesmo ser inferior a 10”, diz o co-autor David Juan no mesmo comunicado. Uma estimativa que contrasta fortemente com os cerca de 500 genes específicos dos primatas actualmente catalogados – e que faz dizer aos autores que esses genes “vão ter de ser reavaliados”.

A confirmarem-se estes resultados, o número dos nossos genes será semelhante ao do de espécies como Caenorhabditis elegans, um verme com apenas um milímetro de comprimento – e muito menos complexo do que nós.

 

8 e 9 de Julho
A presidente da Federação Nacional dos Médicos, Maria Merlinde Madureira, disse que o ministro da Saúde é “o único responsável”...

Comentando as declarações do ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmando esperar que a paralisação dos médicos não se repita, pois prejudica os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) afirmou que "esta greve não se teria realizado se o senhor ministro tivesse pensado isso antes".

Se Paulo Macedo “tivesse pensado que penalizados são também os profissionais [de saúde] e que penalizado é o SNS”, a greve não teria acontecido, salientou Maria Merlinde Madureira.

“Portanto, o único responsável por esta greve é mesmo o senhor ministro da Saúde”, sustentou a líder da FNAM, que falava, ao final da tarde, numa conferência de imprensa, em Coimbra, depois de ter participado numa reunião da Comissão Executiva da Federação, para fazer o "balanço destes dois dias de greve".

“A FNAM entende que, após esta mensagem enviada ao Governo, o Ministério [da Saúde] terá, necessariamente de alterar toda a sua postura de pseudo-negociação com os sindicatos, enquanto prossegue com a publicação de diplomas altamente gravosos para a qualidade dos serviços de saúde, para a dignidade de toda uma classe com forte impacto social e para essa grande realização da nossa civilização - o SNS”, afirmam os dirigentes da Federação numa nota de balanço da greve.

“Os pontos que levaram a FNAM a decretar esta luta são do pleno conhecimento” da tutela pelo que “aguardamos ser convocados para uma reunião urgente” na qual “possamos ver satisfeitas as reivindicações que os sindicatos em devido tempo apresentaram”, sublinha a mesma nota.

“Acreditamos que há bom senso numa pasta como a da Saúde” e que “voltaremos à mesa das negociações”, reforçou Maria Merlinde Madureira.

Mas “temos a certeza de que lutaremos para conseguir alterar a actual política de saúde”, assegurou a secretária-geral da FNAM, adiantando que as formas de luta a eventualmente adoptar serão “encontradas na altura própria”.

A publicação do código de conduta ética, a que os médicos chamam “lei da rolha”, a reforma hospitalar, o encerramento e desmantelamento de serviços, a falta de profissionais e de materiais e a atribuição de competências aos médicos, para as quais não estão habilitados são os principais motivos na base da convocação desta greve.

O protesto começou às 00.00 horas de terça-feira, e decorreu até às 24.00 horas de quarta-feira, foi convocado pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e contou com o apoio da Ordem, de várias associações do sector e também de pensionistas e doentes.

 

Em Madrid
Um novo gel microbicida apresentado em Madrid permite prevenir com eficácia a transmissão do vírus do VIH/Sida durante as...

Ángeles Muñoz, a chefe de secção do laboratório de Imunobiologia Molecular do hospital Gregorio Marañón, em Madrid, apresentou este gel em conjunto com o professor titular do departamento de Química Inorgânica da Universidade de Alcalá, Javier de la Mata.

O gel tem uma eficácia de protecção do VIH entre 18 e 24 horas, durante as quais se podem manter relações sexuais sem contágio, e o ideal seria aplicá-lo 8 horas antes da relação sexual.

O composto baseia-se no dendrímero 2sg-s16, um tipo de partícula microscópica que bloqueia a infecção de células epiteliais e do sistema imunitário por parte do VIH, mas não é espermicida, pelo que os investigadores já advertiram para a possibilidade de se causar gravidez.

Muñoz explicou que o gel microbicida demonstrou uma eficácia 'in vivo' de cerca de 85%, mas a eficácia 'in vitro' foi cerca de 100%, em combinação com medicamentos antirretrovirais.

 

Nos Estados Unidos
Cientista de um instituto estatal dos Estados Unidos encontrou o material com a etiqueta “varíola” num laboratório que estava a...

Só há dois sítios no planeta onde hoje é permitido manter, no frio, amostras de vírus da varíola, um agente patogénico altamente infeccioso e mortal: o Centro de Controlo de Doenças (CDC, na sigla em inglês) de Atlanta, nos Estados Unidos, e o Centro de Investigação em Virologia e Biotecnologia, em Novosibirsk, na Rússia, e sob supervisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), escreve o Diário de Notícias na sua edição digital.

Foi por isso com surpresa - e grande susto - que um cientista dos National Institute of Health, dos Estados Unidos, encontrou seis ampolas tresmalhadas, numa caixa de cartão com a etiqueta “varíola”, num laboratório do instituto, que estava a ser desmontado em Bethesda, no estado de Maryland. As amostras, que datam 1950, foram encontradas na semana passada. O FBI está a investigar a sua origem, que, por enquanto, é uma incógnita.

 

Especialista estima
O secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo estima que este ano deverão registar-se 11 mil novos casos de...

Segundo Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) os cancros da pele têm vindo a aumentar de “forma significativa” em Portugal, mas também noutros países, devido à maior exposição ao sol e à falta de cuidados adequados, que incluem não só o uso de protector solar e vestuário, como o evitar as horas do dia de maior risco.

Aquele e outros dermatologistas, juntamente com alguns atletas e figuras públicas, vão promover no sábado, na Praia da Falésia, em Vilamoura, uma acção de sensibilização que inclui demonstrações de como fazer o auto exame da pele e também a forma mais adequada de protecção nas crianças, adolescentes e adultos.

Bastonário dos farmacêuticos enaltece
O programa de troca de seringas foi retomado, deixando o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos satisfeito.

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos enalteceu hoje a retoma do programa troca de seringas e o acompanhamento de doentes com diabetes, no âmbito acordo assinado hoje entre o Ministério da Saúde e a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Carlos Maurício Barbosa elegeu estes dois pontos do protocolo, considerando que os mesmos contribuem para a melhoria da saúde dos portugueses.

Em relação ao programa de troca de seringas, que tinha sido descontinuado e vai agora ser retomado, o bastonário sublinhou que este contribui para evitar infecções, o que aumenta a segurança da população.

 

Chega a Portugal em Setembro
A cooperativa Focus anunciou a introdução em Portugal do Modelo Denver de Intervenção Precoce, que há vários anos é utilizado...

A implementação nacional do referido programa era um dos objectivos da instituição de solidariedade social fundada em 2012 em Vale de Cambra e concretizar-se-á em Setembro com três medidas: a realização de dois workshops para profissionais, a edição portuguesa do livro das autoras do modelo e a criação das primeiras equipas de prevenção precoce com essa metodologia, em Aveiro, Braga, Lisboa e Porto.

"Em 2012, a Revista Time elegeu este programa como um dos 10 principais progressos da Medicina", declarou à Lusa o presidente da Focus, Fernando Barbosa. “Vai ser apresentado pela primeira vez em Portugal e a sua característica distintiva é que abrange todas as áreas de desenvolvimento da criança, o que permite diagnosticar mais cedo eventuais formas de autismo, logo a partir dos 12 meses”, acrescenta.

Circular Informativa N.º 141/CD/8.1.7 Data: 03/07/2014
O Infarmed emite circular informativa sobre as principais conclusões da avaliação sobre a segurança dos implantes mamários Poly...

Após consulta pública, foi publicada a opinião final do SCENIHR (Scientific Committee on Emerging and Newly Identified Health Risks) sobre a segurança dos implantes mamários Poly Implant Prothese (PIP), mantendo-se as principais conclusões do documento disponibilizado para consulta pública e já divulgadas através da Circular informativa nº 245/CD de 04/11/2013.

Assim, as principais conclusões desta avaliação são as seguintes:

- A taxa de rotura dos implantes mamários PIP é mais elevada e mais precoce do que a de outros implantes mamários;

- Foi identificada a presença de siloxanos cíclicos (componentes do silicone, conhecidos como D4, D5 e D6) numa concentração mais elevada do que noutros implantes mamários. Contudo, estes químicos não são tóxicos nem irritantes e estão comummente presentes no corpo das mulheres mesmo sem implantes mamários, uma vez que são usados em diferentes produtos domésticos;

- As roturas podem estar associadas à ocorrência de reacções inflamatórias ou surgimento de nódulos linfáticos. Por outro lado, as roturas e as inflamações locais não foram associadas ao cancro da mama ou ao linfoma anaplásico de grandes células;

- Não existe evidência que fundamente que as roturas dos implantes mamários PIP impliquem um risco acrescido, quando comparadas com as roturas de outros implantes mamários;

- Não existem dados médicos, toxicológicos ou outros que justifiquem a remoção preventiva dos implantes mamários PIP intactos;

- É recomendado um acompanhamento médico das mulheres com implantes mamários PIP e em caso de rotura é aconselhável a sua explantação.

Face ao exposto, o Infarmed relembra a importância da notificação dos incidentes ocorridos com implantes mamários (Circular Informativa n.º 002/CD, de 06/01/2012) e informa que se mantêm as orientações constantes no Comunicado DGS e Infarmed de 09/01/2012.

 

Sobre acordo com o Ministério da Saúde
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“O dia de hoje resulta de um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde e a ANF, durante mais de um ano.

Propusemos definir um novo Contrato Social entre o País e as farmácias Portuguesas. O Acordo que celebramos hoje ainda não é esse novo contrato social, mas é o primeiro passo, um passo muito importante, para a sua concretização.

Em primeiro lugar, este acordo vai beneficiar os doentes com um conjunto de serviços garantidos pelas farmácias, como o controlo da diabetes e a troca de seringas, e também com um acesso ainda maior aos medicamentos genéricos.

Depois beneficia o Estado, que sem encargos durante 12 meses, tempo do período experimental, poupará milhões de euros nos anos seguintes, graças aos ganhos em saúde decorrentes da intervenção das farmácias.

Para as farmácias, este é um passo importante no seu reconhecimento como grande rede de cuidados de saúde de proximidade, integrada no sistema nacional de saúde.

Para os farmacêuticos, é o seu reconhecimento como profissionais de saúde qualificados, indispensáveis a um sistema de saúde moderno, em que médicos, enfermeiros, farmacêuticos e todos os profissionais de saúde se articulam no combate à doença e ao desperdício.

No momento difícil que o País atravessa, que os portugueses atravessam, temos todos que utilizar os recursos disponíveis – financeiros e humanos – da forma mais eficiente possível.

Acreditamos, temos mesmo uma profunda convicção, para não dizer certeza, que a avaliação resultante do período experimental demonstrará, de forma clara e transparente, o valor para o País do contributo das farmácias para a melhoria do estado de saúde dos portugueses.

Este acordo dá-nos algo por que lutar, porque nos faz acreditar que é possível sobreviver à crise que as farmácias também atravessam”.

Paulo Cleto Duarte, Presidente da Associação Nacional das Farmácias

 

Estudo Cortar ou investir na Saúde?
O estudo Cortar ou investir na Saúde? Novo contrato económico e social para o "pós troika” realizado pelo INODES e...

A investigação na área da Saúde Pública levada a cabo pela equipa constituída por Constantino Sakellarides, Helda Azevedo e José Aranda da Silva, resulta do protocolo celebrado entre o INODES (www.inodes.eu) e a Jaba Recordati (www.jaba.pt) Na qualidade de parceira na área de saúde a Jaba Recordati definiu como prioridade no âmbito da sua política de responsabilidade social, o apoio à investigação científica em Saúde Pública.

“O ponto de partida deste estudo prendeu-se com a difícil situação que a Europa enfrenta, durante o qual são tomadas decisões políticas sem nenhuma base de conhecimento que as influenciem” afirma o Professor Constantino Sakellarides. Nelson Pires, director-geral da Jaba Recordati considera “prioritário promover a cooperação interinstitucional que terá impacto futuro nas oportunidades de crescimento económico e do desenvolvimento científico para Portugal”. “É uma mais-valia que constitui uma autêntica ferramenta de apoio à decisão em gestão”, acrescentou.

O estudo avalia o estado da arte sobre o impacto dos sistemas de saúde na economia de um país, e é composto por cinco capítulos, designadamente:

i) Lógica de “puxa e afrouxa” dos programas de ajustamento e suas consequências;

ii) Harmonização das políticas públicas como base para um novo contrato económico e social;

iii) A importância económica da saúde;

iv) O papel do sector da saúde desenvolvimento económico;

v) Análise preliminar do emprego e emigração no sector da saúde.

 

Para um novo contrato económico e social que inclua o investimento em saúde

  1. A saúde e os serviços de saúde têm um elevado valor económico. Apesar de esta relação ser há muito conhecida e a evidência sobre ela ser cada vez mais extensa e sólida, o valor económico da saúde tem ainda reduzida tradução nas políticas públicas.
  2. Com a actual crise económica e financeira tem-se registado um desinvestimento na saúde. A lógica dos ajustamentos financeiros em vigor – “puxar intensa e abruptamente e relaxar só quando é inevitável” – impede a harmonização das políticas públicas e ignora os custos sociais dos ajustamentos.
  3. A perda de capital humano por parte dos países “em ajustamento” – desemprego e emigração nas profissões da saúde – que se tem registado nos últimos anos, tem sido ignorada no debate e configuração das políticas públicas nacionais e europeias.
  4. É necessário iniciar um novo ciclo de investimento na saúde.
  5. A vontade e a capacidade da comunidade humana de investir na saúde está fortemente associada a qualidade da democracia, e esta, à esperança num futuro melhor.
  6. O país precisa de um novo contrato económico e social que inclua o investimento em saúde.
  7. Para que esse contrato possa ter lugar será indispensável preencher um conjunto de condições, a nível nacional e europeu. Três dessas condições parecem particularmente relevantes:

Primeira: Ampla aceitação social de uma base factual sólida sobre a situação do país na actualidade e dos factores que a tem determinado, antecipando os efeitos sobre a saúde dos vários cenários económicos e financeiros relativos a 2015-2019. 

Segundo: Consenso nacional alargado sobre as condições e os passos necessários para um grau aceitável de harmonização das políticas públicas – financeiras, económicas e de bem-estar.

Terceiro: Impõe-se nova geração de estratégias de saúde. Estratégias que se articulem com outras políticas públicas e que tenham uma forte expressão e mobilização local à volta da ideia de que a aspiração ao bem-estar e a prosperidade económica são duas faces da mesma moeda.

 

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