Sistema nervoso
A Epilepsia é uma doença que tem ponto de partida numa perturbação do funcionamento do cérebro, devi
Cérebro a simular nuvem com chuva e relâmpagos

Há muitos doentes com Epilepsia?

O número de pessoas com Epilepsia no nosso país não se pode determinar com rigor, sendo contabilizado através de estudos em cerca de 4 a 7 mil habitantes, o mesmo que 1 em cada 200 pessoas. O número de pessoas que não são epilépticas mas que podem ter uma crise convulsiva é bastante maior, cerca de 1 em cada 20.

Qual a causa da Epilepsia?

Em grande parte das epilepsias não é possível determinar a causa, chamadas de Epilepsia Idiopática ou Primária, em que existe maior probabilidade de aparecer na mesma família.

Quando existem lesões que atingem o cérebro e deixam marcas, pode ser uma razão para o início de crises epilépticas. São chamadas de Epilepsias Secundárias e, normalmente, não são transmitidas de pais para filhos.

A Epilepsia é igual em todos os doentes?

A Epilepsia pode manifestar-se com crises de características diferentes:

Crises parciais

Têm características que dependem da localização do foco no cérebro, bem como da sua propagação ou não às restantes células cerebrais e podem ser classificadas como simples ou complexas.

Crises parciais simples

Caracterizadas por contracções repetidas de um dos membros da face.

Crises parciais complexas

Caracterizadas por uma modificação súbita da actividade, com alheamento do meio circundante e muitas vezes acompanhadas de movimentos automáticos despropositados (vestir ou despir, caminhar, mastigar ou engolir).

Crises generalizadas

Quando as descargas atingem de forma global todo o córtex cerebral causando crises convulsivas generalizadas e pequenas paragens de actividade, com alheamento de duração muito curta quase imperceptíveis.

Como se faz o diagnóstico da Epilepsia?

O diagnóstico é feito essencialmente por um médico. A descrição das crises, feitas pelo doente ou pelos familiares, é, na maior parte das vezes, suficiente para o diagnóstico.

Efectuar alguns exames, como por exemplo o Electroencefalograma (EEG), a Tomografia Axial Computorizada (TAC) ou a Ressonância Magnética (RM), ajudam o médico a classificar ou determinar com maior rigor a causa de alguns tipos de crises.

A Epilepsia é curável?

Apesar do tratamento apenas controlar o número de crises, muitas formas de Epilepsia evoluem espontaneamente para a cura.

Na maior parte dos casos é possível um controlo absoluto, desde que os doentes sigam as instruções recomendadas pelo médico.

O aparecimento de novos fármacos e o recurso a outros tipos de tratamento permitem manter uma esperança de diminuição progressiva do número de doentes não controlados.

Como se trata a Epilepsia?

Uma vez que as crises acontecem subitamente, é necessário manter o doente constantemente sobre acção dos medicamentos.

Normalmente, um único fármaco controla completamente as crises na maioria dos doentes, sendo rara a necessidade de recorrer a um segundo fármaco.

Os epilépticos devem ter alguma dieta especial?

Uma alimentação saudável evitando bebidas alcoólicas é o mais aconselhado, pois o álcool diminui a eficácia dos medicamentos.

Os epilépticos podem trabalhar?

Sim, os epilépticos podem e devem trabalhar. Contudo há que ter em atenção algumas profissões que podem por em risco a sua integridade física, no caso de uma eventual crise, se estas não estiverem totalmente controladas.

Os epilépticos podem fazer desporto?

O mergulho e o alpinismo são apenas dois exemplos de desportos que nenhuma pessoa com Epilepsia deve praticar. O ciclismo, a natação e o hipismo são outros exemplos de desportos que podem acarretar alguns riscos na eventualidade de uma crise. O desporto é saudável para todos e neste caso a ajuda médica para a escolha de um desporto adequado é essencial.

Os epilépticos podem ter filhos?

Ter Epilepsia não é impedimento para ter filhos, contundo a situação deverá ser avaliada pelo respectivo médico de família, pois existem algumas medidas a tomar para que não aconteçam consequências desagradáveis para a criança.

O risco para o filho de um doente com Epilepsia vir a ter a doença é semelhante ao da população em geral, desde que o outro progenitor não tenha também história de Epilepsia na família directa.

Os epilépticos podem estudar?

Não existe qualquer diminuição da capacidade intelectual num doente com Epilepsia, logo a escolaridade deve ser a normal de qualquer criança.

Em casos em que a Epilepsia tenha de alguma forma provocado lesões cerebrais, criando um atraso no desenvolvimento, a aprendizagem deverá ser adaptada às suas capacidades.

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Emprego e epilepsia

Conselhos de segurança para crises epilépticas

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Uma condicionante para a beleza femenina
É certo e sabido que as mulheres gostam de usar adereços.
Alergia metais

Se mulheres há que andam quase uma vida com os mesmos brincos, outras preferem mudá-los quase, ou mesmo diariamente. Quanto ao estilo, há quem os prefira maiores, outras menores. Mais simples, mais trabalhados, com ou sem brilhantes. Em ouro ou outros metais, ou mesmo noutros materiais. O importante é que haja alguma escolha na altura de abrir aquela caixa especial onde se guardam as bijutarias ou peças de joalharia.

Mas e quando os furos da orelha infectam?

Para quem é adepto de usar brincos em ouro é um cenário possível, mas quem usa os conhecidos por “pechisbeque” está bem mais sujeito a que tal aconteça.

E porque razão as bijutarias podem provocar mais alergias e infecções que os metais preciosos?

Por norma, as bijutarias são feitas de níquel ou de bronze. Estes componentes que são utilizados nos brincos, causam alergia e comichão. Na realidade, muitas são as mulheres que ficam com pequenas infecções nas orelhas, devido ao uso de brincos. As infecções podem agravar se a insistência no uso de brincos de bijutaria continuar. O aspecto da infecção mais grave é o nascer de pequenas bolhas e posteriormente a escamação e a crosta.

Mas como se disse, há muitas mulheres que sofrem deste problema mesmo com brincos de ouro ou anti-alérgicos.

Os materiais que oxidam rapidamente causam alergias. Isto pode acontecer não só com brincos, mas com relógios e até com os botões das calças quando roçam na cintura. Existem alguns truques que podem aliviar as alergias. Das mais tradicionais às mais modernas.
Numa farmácia, poderá encontrar cremes para alergias próprias dos furos das orelhas. Pomadas que vezes fazem milagres. Cremes à base de cortisona ou anti-histamínicos costumam ajudar. Se o ouro não lhe causa alergia, opte por este tipo de brincos.

Mas se no fim de contas e apesar de todos os truques e cremes a alergia persistir, vai ter de acabar por desistir. Não se desiluda. Se não pode usar uns brincos, abuse dos colares.

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Comparticipado e comercializado a 1 de Agosto
O anticoagulante apixabano que demonstrou superioridade na prevenção de acidente vascular cerebral e embolismo sistémico em...

A Bristol-Myers Squibb (NYSE: BMY) e a Pfizer (NYSE: PFE) anunciam que o Ministério da Saúde comparticipou o ELIQUIS®  (apixabano) para prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) e embolismo sistémico em doentes adultos com fibrilhação auricular não valvular (FANV) com um ou mais factores de risco e para prevenção de acontecimentos tromboembólicos venosos em doentes adultos que foram submetidos a artroplastia electiva da anca ou joelho.2

O Eliquis® representa uma nova opção terapêutica na prevenção do AVC em doentes com fibrilhação auricular, com evidência de superioridade na eficácia, segurança e na redução da mortalidade total, suportada por um dos maiores programas de investigação clínica em anticoagulação.1,3 A comercialização efectiva do Eliquis® terá início a 1 de Agosto.

ELIQUIS® é um fármaco que actua como inibidor directo do factor Xa, uma proteína chave da coagulação sanguínea. Desta forma ELIQUIS® previne a ocorrência de eventos tromboembólicos e a coagulação do sangue. ELIQUIS® não requer a monitorização do Rácio Normalizado Internacional (INR) e não são conhecidas restrições dietéticas. ELIQUIS® pode ser tomado com ou sem alimentos.2

O AVC é a primeira causa de morte em Portugal, e cerca de 34% dos casos são devidos a fibrilhação auricular.4 Estudos recentes demonstram que apenas 38% dos doentes com fibrilhação auricular recebem tratamento e, destes, apenas 10% recebem o tratamento adequado, o que evidencia a dimensão da necessidade não satisfeita no nosso país bem como a oportunidade que o Eliquis® representa para os doentes em Portugal.5

 

O Programa de Ensaios Clínicos do ELIQUIS®

O programa de desenvolvimento clínico de ELIQUIS®, para prevenção de AVC e embolismo sistémico é um dos maiores programas de investigação clínica completo desenvolvido para o AVC ou prevenção de embolismo sistémico na FANV.

A aprovação do ELIQUIS® nesta indicação foi baseada nos estudos ARISTOTLE e AVERROES. Estes estudos clínicos avaliaram o ELIQUIS® em aproximadamente 24.000 doentes com FANV.1,3

O ARISTOTLE comparou o ELIQUIS® com a varfarina, o tratamento padrão na anticoagulação, em mais de 18.000 doentes com FANV, enquanto o AVERROES comparou o ELIQUIS® com a aspirina em 5.599 doentes com FANV aos quais era inadequada a terapêutica com antagonistas da vitamina K.1,3

ARISTOTLE1

No estudo ARISTOTLE, um estudo de fase 3, em dupla ocultação, multicêntrico e de comparação directa, foram aleatorizados 18.201 doentes com fibrilhação auricular não valvular para receberem ELIQUIS® 5 mg duas vezes por dia ou uma dose ajustada de varfarina (INR alvo de 2,0 a 3,0). Comparativamente com a varfarina, o ELIQUIS® reduziu significativamente o risco de AVC ou embolismo sistémico em 21% (p=0,01), hemorragia major em 31% (p<0,0001) e mortalidade por todas as causas em 11% (p=0,046).

Adicionalmente à redução significativa de 31% na hemorragia major, comparativamente com a varfarina, os doentes tratados com ELIQUIS® apresentaram uma incidência mais baixa de hemorragia gastrointestinal (incluindo gastrointestinais superiores, gastrointestinais baixas e hemorragia rectal). Comparativamente com a varfarina, o ELIQUIS® também comprovou reduzir significativamente o risco de AVC fatal/incapacitante em 29%, a taxa de AVC hemorrágico em 49% e o risco de hemorragia intracraniana em 58% (p<0,001). A taxa de interrupção global devido a reacções adversas foi 1,8 % com o ELIQUIS® e 2,6 % com a varfarina.

Os resultados detalhados do estudo foram publicados no The New England Journal of Medicine.

 

AVERROES3

O estudo AVERROES incluiu 5.599 doentes com fibrilhação auricular não valvular em risco de AVC, considerados não adequados para a terapêutica com antagonistas da vitamina K (AVK). Os doentes que participaram no AVERROES tinham um ou mais factores de risco para AVC e foram aleatorizados para receber 5 mg de ELIQUIS® duas vezes por dia (2,5 mg duas vezes por dia em doentes seleccionados) ou ácido acetilsalicílico (AAS) administrado numa dose diária de 81 mg a 324 mg.

O estudo AVERROES demonstrou que ELIQUIS® reduziu significativamente a ocorrência de acidente vascular cerebral ou embolismo sistémico em 55% comparativamente com o AAS (p<0,0001) em doentes considerados não adequados para a terapêutica com AVK. Neste estudo, o apixabano atingiu superioridade estatisticamente significativa no objectivo principal de prevenção do acidente vascular cerebral (hemorrágico, isquémico ou não especificado) ou embolismo sistémico em comparação com o AAS. ELIQUIS® demonstrou taxas comparáveis de hemorragia major, hemorragia intracraniana e hemorragia fatal comparativamente com o AAS. As taxas anuais de hemorragia major foram de 1,4% para o ELIQUIS e 1,2% para o AAS, uma diferença estatisticamente não significativa.

O estudo AVERROES foi interrompido precocemente com base na recomendação do Comité Independente de Monitorização dos Dados devido à clara evidência de redução de acidente vascular cerebral e embolismo sistémico no braço do ELIQUIS®, e de um perfil de segurança aceitável.

Os resultados do estudo AVERROES foram publicados em Março de 2011 no The New England Journal of Medicine.

 

Sobre a Fibrilhação Auricular

A fibrilhação auricular (FA) é a arritmia (batimento cardíaco irregular) mais comum do coração. Na FA, as duas câmaras superiores do coração (aurículas) não contraem correctamente para bombear o sangue para as câmaras inferiores, os ventrículos. Dá-se assim o fenómeno de fibrilhação auricular. Como resultado da FA, o sangue pode permanecer na aurícula e formar um coágulo. Estes coágulos podem soltar-se, sair do coração e deslocarem-se para o cérebro, bloqueando o fluxo de sangue e causando um acidente vascular cerebral (AVC), ou podem deslocar-se para outras partes do corpo, causando um embolismo sistémico.6,7

A fibrilhação auricular não valvular é um tipo de FA que não está relacionada com valvulopatia mitral reumática, prótese de válvula cardíaca ou reparação da válvula mitral do coração.6,7

 

Sobre o ELIQUIS® (apixabano)

ELIQUIS (apixabano) é um inibidor directo do factor Xa, administrado por via oral e pertence a uma nova classe terapêutica de anticoagulantes.

ELIQUIS® é o novo anticoagulante a ser investigado em doentes adequados e não adequados a fazer tratamento com varfarina. ELIQUIS® é o anticoagulante para doentes com fibrilhação auricular não valvular que reduz significativamente os riscos de AVC e embolismo sistémico, hemorragia major e a mortalidade por todas as causas em comparação com a varfarina. A dose recomendada de Eliquis® para a FANV é de 5 mg tomada por via oral, duas vezes por dia.

 

Sobre a colaboração Bristol-Myers Squibb/Pfizer

Em 2007, a Pfizer e a Bristol-Myers Squibb estabeleceram mundialmente uma parceria para desenvolver e comercializar Eliquis®. Esta aliança global combina a reconhecida actuação no desenvolvimento de medicamentos na área cardiovascular da Bristol-Myers Squibb e o expertise e capacidade da Pfizer de comercializar, neste segmento, medicamentos numa escala global.

 

Sobre a Bristol-Myers Squibb

A Bristol-Myers Squibb é uma empresa Biofarmacêutica global cuja missão consiste em descobrir, desenvolver e disponibilizar medicamentos inovadores que ajudem os doentes a vencer doenças graves. Para mais informações sobre a Bristol-Myers Squibb Portugal, visite a página online http://www.bms.pt/Pages/Home.aspx

 

Sobre a Pfizer – A Trabalhar em conjunto para um Mundo mais SaudávelTM

Na Pfizer, aplicamos a ciência e os nossos recursos globais para disponibilizar medicamentos que prolongam e melhoram a vida das pessoas. Procuramos garantir o padrão mais elevado de qualidade, segurança e valor na investigação, desenvolvimento e produção dos nossos produtos de saúde. O nosso portfolio global inclui medicamentos e vacinas, assim como muitos dos produtos de consumo mais conhecidos a nível mundial. A cada dia, trabalhamos nos países desenvolvidos e mercados emergentes para promover o bem-estar, a prevenção e o tratamento das doenças mais temidas do nosso tempo. Consistentes com a nossa responsabilidade enquanto uma das mais importantes companhias biofarmacêuticas de inovação, colaboramos com profissionais de saúde, governos e comunidades locais por forma a apoiar e expandir o acesso a cuidados de saúde de qualidade e acessíveis, em todo o mundo. Na Pfizer, trabalhamos há mais de 150 anos para fazer a diferença na vida de todos os que confiam em nós. Para saber mais visite www.pfizer.pt

 

  1. Granger, CB et al. Apixaban versus Warfarin in Patients with Atrial Fibrillation. N Engl J Med. 2011;365:981-992
  2. Resumo das Características do Medicamento Eliquis®. Disponível em: http://www.infarmed.pt/infomed/detalhes.php?med_id=56943&dci=YXBpeGFi&nome_comer=&dosagem=&cnpem=&chnm=&forma_farmac=&atc=&disp=&estado_aim=&pesquisa_titular=&cft=&grupo_produto=&pagina=1
  3. Connolly SJ et al. Apixaban in patients with atrial fibrillation. N Engl J Med. 2011;364(9):806-17.
  4. Sargento-Freitas J et al. Atrial fibrillation in cerebrovascular disease - national neurological perspective. Acta Med Port 2013 Mar-Apr;26(2):86-92
  5. Bonhorst D et al. Prevalência de fibrilhação auricular na população portuguesa com 40 ou mais anos. Estudo FAMA. Rev Port Cardiol 2010;29(03): 331-350
  6. Fuster V, Ryden L, Cannom DS, et al. 2011 ACCF/AHA HRS Focused Update Incorporated Into the ACC/AHA/ESC 2006 Guidelines for the Management of Patients With Atrial Fibrillation: A Report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. Circulation. 2011;123: e269-e367.
  7. American Heart Association. “What is Atrial Fibrillation?” Disponível em: http://www.heart.org/HEARTORG/Conditions/Arrhythmia/AboutArrhythmia/What-is-Atrial-Fibrillation-AFib-or-AF_UCM_423748_Article.jsp.

 

 

 

Auditoria do Tribunal de Contas
Uma auditoria do Tribunal de Contas verificou que, entre 2008 e 2012, a rendibilidade do Hospital de Cascais, constituído como...

Segundo o documento da auditoria, os números apresentados no quadriénio ficaram “aquém do que se esperava”, uma vez que o projecto de parceria público-privada para o Hospital de Cascais previa que a Entidade Gestora do Estabelecimento obtivesse, nos 10 anos de exploração, cash flows (entrada e saída de dinheiro corrente) que permitissem alcançar uma taxa de rendibilidade de 9,74%.

Contudo, o retorno contabilístico anual, segundo o relatório, mostra que em 2009 a rendibilidade foi de 0,30%, em 2010 foi de 195,82% negativos, em 2011 foi de 14,03% negativos e em 2012 foi de 21,63% negativos.

No contraditório, o Ministério das Finanças sugere que a baixa rendibilidade constatada pode ser “consequência de uma boa negociação original por parte das entidades públicas envolvidas”, argumento rejeitado pelo Tribunal de Contas que, defendeu que “uma boa negociação pressupõe a sustentabilidade da parceria”.

“Caso contrário, pode resultar em custos acrescidos para os contribuintes, seja devido a renegociações, ou a um eventual resgate da parceria por parte do Estado. Neste caso, ocorreu uma desvalorização da HPP Saúde - Parcerias Cascais, que teve reflexo no valor de venda da sua accionista, a HPP- Hospitais Privados de Portugal, que então pertencia ao grupo Caixa Geral de Depósitos”, sublinhou.

A auditoria dá conta de que 2010, o ano de transição para o novo edifício do Hospital, foi “o mais crítico”, com a situação económica a “degradar-se significativamente”.

“Só em 2010, os gastos com pessoal foram superiores em 69%, cerca de 14.000 milhares de euros, em relação ao previsto no caso base, como consequência da contratação de mais 417 colaboradores”, informa. Para o tribunal, isso deveu-se a uma “gestão reactiva que conduziu ao aumento dos gastos na área dos recursos humanos, afastando-se claramente do previsto no caso base”.

“A HPP Saúde - Parcerias Cascais, S.A., revelou, nos primeiros três anos de actividade, um desequilíbrio estrutural acentuado, patenteado em capitais próprios negativos, 28271 milhares de euros negativos em 2010 e 30502 milhares de euros negativos em 2011, o que colocou a sociedade na situação de 'falência técnica'”, lê-se.

O Tribunal de Contas revela ainda que foi nos gastos com pessoal que o Hospital de Cascais revelou ser mais eficiente, ao gastar 1460 euros por “doente padrão”.

Já o desempenho mais fraco reside nos tempos de espera para a cirurgia e para as primeiras consultas.

Após o relatório apurado, o Tribunal de Contas sugere à ministra das Finanças que reforce o “acompanhamento da sustentabilidade financeira das sociedades gestoras, com vista a antecipar eventuais situações de falência que provoquem a interrupção ou coloquem em causa a continuidade da prestação do serviço público com qualidade e segurança”.

Ao ministro da Saúde, recomenda “determinar a realização da comparação ('benchmarking') do desempenho da Entidade Gestora do Estabelecimento do Hospital de Cascais com o dos demais hospitais” e publicitar essas conclusões “de forma a promover a transparência sobre os resultados dos vários modelos de gestão hospitalar existentes no Serviço Nacional de Saúde”.

 

Despacho publicado
Despacho publicado hoje em Diário da República determina validade das receitas médicas de vacinas contra a gripe.

O Ministério da Saúde procedeu à publicação, em Diário da República, do Despacho n.º 9183/2014, que determina que as receitas médicas nas quais sejam prescritas exclusivamente vacinas contra a gripe, para a época gripal de 2014-2015, emitidas a partir de 1 de Julho de 2014, sejam válidas até 31 de Dezembro do corrente ano.

Esta medida já vigorou em anos anteriores, tendo-se revelado como uma mais-valia, tanto para os profissionais, como para os utentes, pelo que este ano se autoriza novamente a dilatação do prazo de validade das receitas médicas, de modo a permitir a prescrição antecipada da vacina.

 

Glucosamina Contact Creme
Infarmed emite uma circular informativa sobre a suspensão imediata de comercialização do Glucosamina Contact Creme.

Na sequência de uma acção de supervisão de mercado verificou-se que o produto Glucosamina Contact Creme, comercializado em Portugal pela empresa Baldacci – Portugal, S.A., apresenta, na sua rotulagem, funções sobre as articulações que não se enquadram na definição de Produto Cosmético.

Assim, o Infarmed determina:

• A suspensão imediata da comercialização do produto Glucosamina Contact Creme

• As entidades que possuam este produto em stock dispõem de um prazo de 3 meses para o escoar, findo o qual as unidades remanescentes serão devolvidas à empresa Baldacci – Portugal, S.A.

 

Infarmed emite circular informativa
No âmbito da supervisão do mercado, o Infarmed tem verificado o aumento do comércio de sabonetes ilegais (sobretudo de fabrico...

A legislação europeia e nacional proíbe o fabrico, importação, exportação ou comercialização de produtos que possam pôr em risco a saúde e segurança dos consumidores devido à confusão com géneros alimentícios, em especial pela aparência, forma, cor, odor, embalagem, rotulagem, o volume ou dimensões.

Esta proibição pretende, sobretudo, prevenir os acidentes em crianças, tais como asfixias ou intoxicações.

Face ao exposto, o Infarmed adverte:

- As entidades que fabriquem ou distribuam este tipo de produtos têm de tomar as medidas necessárias para suprimir a perigosidade de tais produtos e colocarem no mercado apenas produtos que cumpram com a legislação aplicável;

- As entidades que possuam este tipo de produtos não os podem vender;

- Os consumidores não devem comprar produtos cosméticos semelhantes a alimentos. Se já os tiverem adquirido, não os devem utilizar e devem mantê-los fora do alcance das crianças.

A violação das disposições legalmente previstas será punida em conformidade.

 

Medicamentos
Reuniões nas regiões de saúde são intimidatórias, com ameaças de coimas e pressões, dizem os médicos. Ministério da Saúde nega...

Os médicos que receitam mais medicamentos e que trazem mais gastos para o SNS estão a ser chamados a dar explicações em reuniões das Administrações Regionais de Saúde (ARS), revela o Diário de Notícias Online. Os encontros, segundo os médicos, têm tido um carácter intimidatório, com pressões para se prescrever mais genéricos e reduzir os gastos com medicamentos. As ARS negam a existência de pressões e o Ministério da Saúde diz que se pretende racionalizar, combater a fraude, detectar desvios e reduzir excessos ilegítimos.

Os casos começaram a chegar às secções regionais. Foram chamados “muitos médicos a reuniões na ARS do Centro. Querem que eles passem mais genéricos, medicamentos mais baratos e que não façam uso das excepções que existem na lei”. Hoje é obrigatória a prescrição sem marca (denominação comum internacional/DCI). Apenas as excepções (ao lado) justificam uma receita com medicamentos mais caros, como os de marca.

 

Protocolo oficializa
O Ministério da Saúde e a Universidade Nova de Lisboa assinaram um protocolo que visa apoiar os países de língua oficial...

O estudo e a prevenção de doenças como a malária, o dengue, a doença do sono e a leishmaniose nos países de língua portuguesa são hoje oficializados através de um protocolo que será assinado no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT).

O protocolo, que será assinado entre o Ministério da Saúde e a Universidade Nova de Lisboa, visa “a melhoria das sinergias e da articulação entre a actividade da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), através da instituição de um programa designado ‘Francisco Cambournac’”.

O objectivo deste programa é “apoiar os países de língua oficial portuguesa no reforço das suas instituições de saúde e na investigação aplicada ao sector da saúde, em particular no que diz respeito ao estudo e prevenção das doenças tropicais, com especial enfoque na malária e doenças negligenciadas”.

 

Investigação revela:
A marijuana desencadeou ansiedade, preocupação, neura e pensamentos negativos num estudo britânico.

Um estudo realizado no Reino Unido sobre os efeitos da principal substância activa da marijuana revelou que, em pessoas mais vulneráveis, desencadeia crises momentâneas de paranóia. A investigação realizada pela Universidade de Oxford, pelo Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres e pela Universidade de Manchester, e publicada no Schizophrenia Bulletin, contou com 121 voluntários.

Todos já tinham consumido marijuana e alguns tinham relatado episódios de paranóia. A nenhum tinha sido diagnosticada qualquer doença mental.

Os voluntários foram divididos em dois grupos de forma aleatória. Metade recebeu uma injecção de 1,5 mg de THC - a principal substância activa da marijuana - e os restantes uma solução salina, um placebo apenas. Para analisar os efeitos foram realizados testes psiquiátricos para diagnóstico de paranóia, incluindo cenários de realidade virtual, uma simulação de uma situação real, questionários e entrevistas.

Os resultados mostram que a THC desencadeou pensamentos paranóicos - um em cada cinco voluntários teve um aumento desses sentimentos.

A marijuana desencadeou ansiedade, preocupação, neura e pensamentos negativos. Estas emoções negativas levam as pessoas a sentirem-se mais vulneráveis e, ao tentarem encontrar respostas para o que está a acontecer, tudo pode parecer estranho e assustador.

 

70 milhões de crianças serão obesas em 2025
A Organização Mundial da Saúde calcula que 70 milhões de crianças estarão obesas ou acima do peso em 2025, devido a alimentação...

A Comissão para o Fim da Obesidade Infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS) tem a tarefa de criar uma estratégia global de combate ao problema, que afecta 44 milhões de crianças entre os 0 e os 5 anos de idade. Em 1990, eram 31 milhões, e a tendência é para continuar o aumento. A agência prevê que em 2025, o mundo poderá ter 70 milhões de menores obesos ou acima do peso. Esta foi a principal conclusão da primeira reunião da Comissão. “As crianças estão a consumir mais calorias e a gastar menos”, explicou à Rádio ONU o médico João Breda, responsável da comissão.

“Então temos um problema de excesso de calorias, de energia, proveniente dos alimentos, principalmente de açúcar e gorduras. Ao mesmo tempo, um baixo nível de actividade física, sobretudo devido a algumas actividades sedentárias, como ver muita televisão, vídeo jogos e outras actividades que por natureza são relativamente sedentárias. Energia a mais e gasto a menos. Este é o grande problema”, afirmou.

Segundo o médico, o ideal é que as crianças façam alguma actividade física durante pelo menos uma hora todos os dias, incluindo brincadeiras que exijam movimentação.

Entre as consequências da obesidade em crianças, estão doenças cardiovasculares, resistência à insulina, problemas nas articulações, ossos e músculos, deficiência e até cancro.

O médico da OMS afirma ser possível inverter o quadro com atitudes simples, o que não implica necessariamente proibir o consumo de alimentos industrializados.

“Eu não diria que proibir é o mais importante. Se as crianças têm um acesso muito facilitado a refrigerantes, a produtos com gorduras e açúcar e que são, obviamente, produtos que as crianças gostam, limitar de alguma maneira o acesso a esses produtos é importante. Nós queremos promover o crescimento das crianças e o seu desenvolvimento, mantendo mais ou menos o seu peso estável. Para isso, joga um papel fundamental a promoção da actividade física”, salienta.

O especialista em nutrição da OMS explica ainda que crianças amamentadas durante mais tempo têm menos risco de serem obesas. E a partir da primeira infância, é importante a alimentação com frutas, hortaliças e legumes.

Na reunião, que decorre até sexta-feira, a Comissão para o Fim da Obesidade Infantil vai discutir ainda o papel da indústria de alimentos para crianças e quais as melhores políticas públicas para inverter a crise.

 

Mais de 20% das crianças obesas do mundo estão em África

O mundo tem 44 milhões de crianças obesas ou com excesso de peso, 10 milhões das quais estão em África, revelou a mesma comissão. Em 1990, o continente tinha apenas 4 milhões de crianças obesas e a tendência de aumento preocupa a agência.

O gestor de Nutrição e Obesidade da agência na Europa explica que mesmo crianças acima do peso podem não estar a receber vitaminas e nutrientes essenciais.

“É um problema muito sério. Cada vez mais, temos crianças na Ásia e em África onde o excesso de peso se transformou numa coisa muito, muito séria. Além disso, os hábitos alimentares também mudaram aí, onde os produtos altamente processados, ricos em açúcar e gorduras são cada vez mais frequentes. Refrigerantes são muito ricos em açúcar e há muitos grupos de alimentos que naturalmente estão mais relacionados com a obesidade infantil”, disse João Breda.

 

65% das crianças comem doces todos os dias

A grande maioria das crianças de quatro anos come doces diariamente e snacks salgados várias vezes por semana. Um estudo concluiu também que apenas 40% ingerem quantidades adequadas de frutas e hortícolas.

As conclusões sobre a alimentação das crianças com quatro anos fazem parte de uma investigação mais abrangente, designada Geração XXI, que está a estudar, desde o nascimento, em 2005, cerca de 8700 crianças, e as respectivas famílias, da região do Grande Porto.

O elevado consumo de alimentos fortemente açucarados - 65% comem bolos ou doces todos os dias - é uma das evidências mais preocupantes, segundo Carla Lopes, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e uma das autoras do estudo. "O adequado seria que os doces fossem consumidos uma ou duas vezes por semana", sublinha a nutricionista.

Outro indicador da ingestão excessiva de açúcares é a frequência com que as crianças bebem refrigerantes e néctares: 52% fazem-no todos os dias. O ice tea é o mais popular porque há a ideia, falsa, sublinha Carla Lopes, de que é chá, quando na realidade é um refrigerante cheio de açúcar e de calorias vazias de valor nutricional.

 

Estudo feito em animais
Injectar um determinado gene no músculo cardíaco de porcos com problemas de coração permite a este órgão vital bater mais forte...

Se for demonstrado que o gene é eficaz em humanos e que não tem efeitos secundários, os cientistas esperam que possa um dia possa vir a substituir os pacemakers.

“Este avanço significa uma nova era para a terapia génica, em que os genes já não serão usados para corrigir uma deficiência, mas para operar uma mutação numa célula, a fim de curar uma doença”, declarou Eduardo Marban, director do Instituto Cardíaco Cedars-Sinai, dos EUA, e principal autor do estudo.

É a primeira vez que uma célula cardíaca foi pré-programada num organismo animal para tratar uma doença, afirmou Marban.

A terapia génica tem sido encarada como um domínio prometedor, mas perigoso, sobretudo depois dos primeiros testes conduzidos em humanos, nos anos 90, muitos dos quais mortais.

Segundo o investigador, o recurso a um vírus modificado como vector do gene deverá reduzir os riscos habitualmente associados à terapia génica, como uma reacção imunitária letal ou a formação de um tumor, mas reconheceu que são necessárias mais pesquisas.

 

Estudo internacional
Um estudo internacional revela que a niacina (vitamina do complexo B usada no tratamento do colesterol) não reduz o risco de...

De acordo com um editorial no New England Journal of Medicine, publicado com os resultados do ensaio clínico realizados, a maioria das pessoas não devia tomar este suplemento amplamente utilizado, também conhecido como vitamina B3.

A niacina ganhou popularidade nos últimos 50 anos e actua essencialmente em levantar os níveis do “bom colesterol” HDL. No entanto, o estudo de quatro anos, em pessoas com idades entre os 50 e os 80 anos e com colesterol elevado, não encontrou nenhum benefício nas taxas de ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais mas aumentou o risco de outras complicações graves, segundo a conclusão do estudo visível na página online do New England Journal of Medicine.

O estudo incluiu 25673 pessoas que já tomavam medicação para reduzir o colesterol.

A alguns foi-lhes prescrito também niacina como fármaco de libertação prolongada, enquanto a outros doentes foram, aleatoriamente, administrados placebos.

A niacina “foi associada a um aumento tendencial da morte”, disseram os cientistas, acrescentando que está também associada a “significativos aumentos de efeitos secundários graves: problemas de fígado, excesso de infecções, excesso de sangramento, gota, perda do controlo do açúcar no sangue de diabéticos e o desenvolvimento de diabetes em pessoas que tinham a doença quando o estudo começou”.

Donald Lloyd-Jones, responsável pela Medicina Preventiva na Northwestern University Feinberg School of Medicine e no hospital Northwestern Memorial, disse que 9% do aumento do risco de morte entre os utilizadores de niacina - que os cientistas consideram elevado - significa que os benefícios são ofuscados.

“Pode haver uma morte por cada 200 pessoas a quem prescrevemos a niacina”, vincou Lloyd-Jones, que escreveu o editorial no jornal. “Com este tipo de resultado, esta é uma terapia inaceitável para a maioria dos doentes”, concluiu.

ERC e Programa Nacional para a Saúde Mental celebram protocolo de cooperação
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social e o Programa Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral de Saúde assinaram,...

O Plano Nacional de Saúde Mental-2007/2016, que constitui o instrumento orientador do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM), identifica a comunicação social como um dos sectores importantes na prevenção e promoção da saúde mental dos portugueses.

O protocolo prevê, precisamente, o desenvolvimento de relações de cooperação com vista a orientar a acção de ambas as entidades em matérias como a protecção de públicos sensíveis/vulneráveis, o combate ao estigma e à discriminação em função da doença mental, a prevenção do suicídio ou a prevenção do consumo de substâncias psicoactivas.

Pretende-se que este acordo contribua também para o desenvolvimento das linhas orientadoras do regulador dos media na definição dos critérios a adoptar na actividade televisiva com vista a proteger a livre formação da personalidade de crianças e adolescentes, conforme prevê a Lei da Televisão (cf. n.º 9 do artigo 27.º, Lei n.º 27/2007, de 30 de Julho).

O protocolo visa, ainda, o desenvolvimento de processos que permitam salvaguardar os princípios do rigor e da ética de antena no tratamento da temática da saúde mental e na representação mediática da pessoa com doença mental, tanto em conteúdos informativos como ao nível do entretenimento.

As linhas de orientação definidas pela Organização Mundial de Saúde para a prevenção do suicídio nos media constituem também uma das bases de referência do trabalho que as duas entidades pretendem desenvolver no âmbito deste protocolo.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e o Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) encontram-se já a organizar uma conferência internacional subordinada ao tema “Media em Mente”, que terá lugar no dia 14 de Outubro de 2014, por ocasião das celebrações do Dia Mundial da Saúde Mental (10 de Outubro). Pretende-se com esta iniciativa promover a reflexão e o debate sobre o papel da comunicação social na prevenção e promoção da saúde mental, envolvendo órgãos de comunicação, regulador dos media, responsáveis das políticas de saúde e agentes sociais em geral.

Para mais informações contacte: [email protected]

 

Especialista alerta para a importância
Iniciada oficialmente a época balnear, nunca é demais alertar a população que a prevenção é a melhor
Prevenção cancro de pele

“Não existem bronzeados saudáveis”, diz Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo. O dermatologista lembra que o bronzeado corresponde a uma resposta da pele a uma agressão. Ou seja, o bronzeamento ocorre quando os raios ultravioletas penetram nas camadas mais inferiores da epiderme, e até da derme, o que ocasiona maior produção de melanina como uma resposta à agressão. Por isso, uma exposição prolongada ou crónica origina um foto-envelhecimento precoce, seja pela exposição intensa ao sol, seja através do uso de solários, favorecendo o aparecimento das várias formas de cancro da pele, incluindo o mais agressivo, o melanoma. Assim, a prevenção seja primária, secundária, ou mesmo terciária, é fundamental.

Prevenção primária
A prevenção primária “consiste no desenvolvimento de estratégias para evitar comportamentos de risco, ou modificar as condições de exposição ambiental ou artificial”. Este tipo de prevenção, segundo Osvaldo Correia, “só é bem sucedido se os programas para grupos-alvo forem realizados de forma continuada, envolvendo esforços multidisciplinares (educadores, professores, enfermeiros, médico de família, farmacêutico, dermatologista, oncologista, médicos de medicina desportiva e do trabalho)”.

O especialista refere, por exemplo, “os programas educativos desde tenra idade que alertam para o risco de cancro de pele e a necessidade de ter uma relação saudável com a exposição UV, procurando horas de exposição adequada ao sol (evitar a exposição UV entre 11 e as 17 horas), procurar sombras, usar vestuário apropriado (chapéu e roupa com design adequado e tecidos que permitam uma protecção UV (UPF) elevada), não esquecer os óculos escuros (com protecção UVB/UVA de 100), aplicar protector solar nas áreas foto expostas (com factor de protecção solar ≥ 30, em quantidade e renovação adequada) e a forte recomendação em evitar o uso solários, que são comprovadamente carcinogénicos para a pele.

Já a prevenção secundária “inclui medidas de despiste e rastreio da população em geral, em particular de grupos de risco reconhecidos, a formação pós graduada dos médicos em geral, em particular dos médicos de medicina geral e familiar e a promoção do auto-exame, apoiada em textos e imagens fornecidos em folhetos, livros, apoiados pelas tecnologias audiovisuais e informáticas que hoje dispomos e amplificados pela comunicação social”.

Por último a prevenção terciária do cancro de pele “inclui o follow up adequado dos doentes com cancros de pele, tendo em consideração o tipo de pele, os factores genéticos e comportamentais bem como eventuais factores de risco adicionais como a imuno-supressão”, explica o dermatologista.

Importância do auto-exame
Osvaldo Correia, alerta ainda para a importância do auto-exame. “Sendo a pele o maior órgão do corpo humano, correspondendo a cerca de 18% do peso corporal (cerca de 4Kg e 2m2 de superfície total no adulto), e sobretudo pela sua possibilidade única de observação a olho nu, cada indivíduo deverá responsabilizar-se pela sua observação frequente – o auto exame da pele”. Esse acto mais ou menos simples, consoante a zona a observar, pode ser acompanhado de fotografia digital para uma melhor comparação, e assim poder alertar o próprio ou os familiares para lesões novas ou em transformação.

Em conclusão, o especialista deixa a mensagem:”é fundamental a prevenção primária não só nas crianças, mas nos adolescentes e adultos jovens a fim de reduzir os riscos da exposição intensa aos raios ultravioleta (UV). A prevenção primária permitirá diminuir a incidência de cancros da pele, deverá ser sempre combinada com a prevenção secundária, com o objetivo de detecção e tratamento precoce dos vários tipos de cancros da pele (nomeadamente das várias formas do carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma) a fim de diminuir a morbilidade e mortalidade associadas e a terciária, com follow up adequado dos doentes com cancros de pele, em particular daqueles com melanoma, pois têm risco acrescido de novos cancros da pele”.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cancro de pele
Os cancros de pele no seu conjunto constituem os cancros do homem mais frequentes.
Cancro de pele

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera - www.ipma.pt - tem emitido regularmente avisos à população sobre o risco de exposição a níveis de radiação ultravioleta elevados, que poderão condicionar queimaduras solares, um dos principais factores de risco de cancro da pele, nomeadamente do melanoma. Também a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo - www.apcancrocutaneo.pt - tem desenvolvido campanhas de informação à população alertando para a importância da prevenção deste tipo de tumor.

“A prevenção do cancro de pele é particularmente importante devido ao aumento da sua incidência, em todo o mundo, nos últimos anos, seja em países desenvolvidos, seja em países menos desenvolvidos”, alerta Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.

Também em Portugal a incidência do cancro da pele tem vindo a aumentar e estima-se que este ano surjam 11 mil novos casos, dos quais um milhar serão melanomas, o tipo de cancro de pele mais grave e responsável por 80% das mortes por cancro cutâneo. Segundo o mesmo responsável morrem todos os meses 22 pessoas devido a melanoma avançado.

É por isso que a prevenção primária é muito importante e, conforme explica Osvaldo Correia, “inclui a redução de comportamentos de risco reconhecidamente associados aos cancros da pele, que inclui a informação e educação sobre o perigo de exposição aos raios ultravioleta (UV) e da maneira adequada de lidar com a radiação UV natural e artificial”. No entanto, apesar do conhecimento actual de que evitar a exposição à radiação UV é a única causa evitável de cancro de pele, “o comportamento da população em relação à exposição solar ainda é muito imprudente”, lamenta o responsável.

Factores de risco
Actualmente, a exposição à radiação UV excessiva é reconhecida como a principal causa evitável de cancro da pele. Contudo, os factores de risco de melanoma são variados, incluindo o genotipo, fenotipo, comportamentos e exposição ambiental. Indivíduos com fototipos mais baixos, sobretudo 1 e 2, com múltiplas sardas e cabelo ruivo, olhos claros, com múltiplos nevos (mancha acastanhada), com nevos atípicos ou nevos congénitos gigantes, com exposição solar a níveis de UV intensos, por vezes fugazes, mas múltiplos, ao longo do ano (como férias tropicais), imuno-suprimidos e os com antecedentes pessoais ou familiares de cancro cutâneos, melanoma ou não melanoma.

Prevenção
Em Portugal continental o horário de exposição solar que se deve evitar é o período entre as 11 e as 17 horas. No entanto, Osvaldo Correia, alerta que “quando a exposição solar é fora do país, se deve usar a ‘regra da sombra’. Ou seja, a hora de exposição solar adequada é aquela em que a nossa sombra é maior do que nós próprios”.

O mesmo responsável lembra ainda que “quando está nevoeiro a radiação UV pode ainda assim ser elevada, pois as nuvens filtram essencialmente a radiação infra-vermelha, diminuindo a sensação de calor. Nesses dias é fundamental manter todos os cuidados de foto protecção”.

Os protectores solares de largo espectro parecem ter maior eficácia na redução da imuno-supressão induzida não só pelos UVB mas também dos UVA.

No entanto a protecção física, em particular com o vestuário (com características de design e tecido adequado, ou seja, pouco porosos) parece ser mais eficaz que protectores solares mesmo de índice elevado.

O diagnóstico precoce do cancro de pele associado a tratamento atempado, leva à cura na maioria dos casos. “Uma vez que a pele é visível aos nossos olhos, a responsabilidade de prestar atenção às mudanças parece ser maior e o auto-exame pode ser facilmente realizado e deve mesmo tornar-se uma rotina na vida individual e familiar de todos nós. Como guia auxiliar útil para a população portuguesa em geral, sugere-se a visita a www.euromelamoma.org/portugal e www.apcancrocutaneo.pt”, finaliza o especialista.

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Em todo o mundo
O número de seropositivas em todo o mundo aumentou para 35 milhões em 2013, mais cerca de 5 milhões do que em 2001, segundo um...

O documento, de 400 páginas e publicado no âmbito da 20.ª Conferência Internacional sobre a Sida, que decorrerá entre os dias 20 e 25 deste mês em Melbourne, Austrália, destaca, todavia, que 19 milhões daquelas pessoas ignoram que estão infectados com sida.

Quanto a novas infecções, o estudo salienta que a tendência é a sua diminuição, com 2,1 milhões em 2013, comparativamente aos 3,4 milhões registados em 2001.

A maior diminuição verifica-se nas crianças, em que se verificou uma queda de 54%: em 2001 foram registadas 580 mil crianças que contraíram a sida, e em 2013 aquele número desceu para 240 mil.

Após o pico alcançado em 2005, do número de mortes relacionados com a sida, aquele valor diminuiu 35%, passando de 2,4 milhões para 1,5 milhões em 2013.

A nível regional, a África subsaariana é a mais atingida pela epidemia, com 24,7 milhões de seropositivos, seguindo-se Ásia e Pacífico (4,8 milhões), América Latina (1,6 milhões), América do Norte, Europa Ocidental e Central (2,3 milhões), Europa de Leste e Ásia Central (1,1 milhões), Caraíbas (250 mil), Médio Oriente e norte de África (230 mil).

Em Portugal, a prevalência de VIH nos trabalhadores do sexo é maior nos homens (cerca de 15%) do que nas mulheres (6%), de acordo com o documento.

O número de novos casos de sida em Portugal diminuiu em 2013, ano em que, segundo as autoridades portuguesas, foram registadas menos 200 notificações relativamente a 2012.

 

Estudo
Os países da União Europeia reconhecem a importância das refeições escolares na saúde e desenvolvimento das crianças e têm...

O trabalho, publicado pelo Centro Comum de Investigação da UE, integra-se no objectivo de ajudar a reduzir a obesidade infantil e fez pela primeira vez um levantamento das políticas alimentares das escolas europeias, tendo concluído que mais de 90% têm normas para garantir menus equilibrados, 76% incluem regras para o tamanho das doses e 65% definem o valor nutricional das refeições.

O estudo, que abrangeu os 28 Estados membros, Noruega e Suíça, “mostra que os países europeus reconhecem o importante contributo das refeições escolares para a saúde, o desenvolvimento e o aproveitamento escolar das crianças”, refere uma informação hoje divulgada pela Comissão Europeia.

“Todos os países abrangidos pelo estudo adoptaram orientações em matéria de alimentação nas escolas, embora essas variem consideravelmente de país para país”, e as medidas para promover regimes alimentares saudáveis vão das orientações facultativas, por exemplo, para os menus e o tamanho das doses, até à proibição total de instalar máquinas de venda automática ou de vender bebidas açucaradas nas escolas.

As recomendações relativas à disponibilização de bebidas são muito comuns (65 a 82%) e a maioria dos países é a favor do acesso gratuito a água e à limitação ou proibição de refrigerantes açucarados, segundo a informação.

A maior parte das políticas restringem os doces e os snacks salgados, produtos que são autorizados apenas ocasionalmente ou mesmo proibidos.

A ingestão de calorias e de gordura são os parâmetros mais presentes nas normas relacionadas com elementos nutritivos ou energéticos das refeições, sendo mencionados em 65% e 56% das políticas, respectivamente.

As máquinas de venda automática são objecto de restrições em cerca de metade dos países e, enquanto em alguns é recomendada a escolha de produtos mais saudáveis, outros proíbem esta alternativa de fornecimento de alimentos.

Em Portugal, as máquinas devem fornecer produtos que estejam de acordo com as regras definidas num guia da alimentação saudável e só ser utilizadas nas horas em que não existe acesso ao serviço de bar ou cantina.

O comissário europeu responsável pela Saúde, Tonio Borg, citado na informação, recorda que, na Europa, quase uma em cada três crianças tem excesso de peso ou é obesa e, como tal, corre o risco de contrair uma série de doenças evitáveis, como a diabetes de tipo 2.

Para o responsável, as escolas são parceiros “fundamentais” nos esforços para incentivar as crianças a adoptarem hábitos alimentares saudáveis que contribuam para “crescer com boa saúde, ter bom aproveitamento escolar e desenvolver plenamente as suas capacidades”.

 

Bombeiros recebem formação na área do transporte de doentes renais
No próximo dia 20 de Julho, todas as corporações de bombeiros do concelho de Vila Nova de Gaia vão poder receber formação na...

Desde 2013 que os doentes em hemodiálise passaram a ser transportados para as sessões de tratamento pelos bombeiros, tornando-se relevante levar a cabo acções de sensibilização sobre as particularidades do transporte deste tipo de doentes.

A formação decorrerá nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Aguda, (no concelho de Gaia) com o apoio de um dos maiores prestadores serviços renais a nível mundial, através de pessoal especializado da Diaverum Hemo-Atlântico - Unidade de Gaia, centro de hemodiálise integrado no sistema nacional de saúde.

Esta iniciativa será seguida de um Rastreio de Doença Renal gratuito aberto a toda a comunidade, que decorrerá entre as 10 e as 13 horas nas mesmas instalações.

O programa da acção de sensibilização terá início às 9h15, com as intervenções do Comandante dos Bombeiros Voluntários de Aguda e da Drª. Ana Ventura, seguidas de duas palestras. A primeira, a cargo da Drª Daniela Lopes, abordará a Doença Renal Crónica e algumas das questões clínicas e psicológicas que envolvem o doente em hemodiálise, enquanto a segunda, a cargo do Enf. Rafael Colares, irá debruçar-se sobre as especificidades do transporte deste tipo de doentes.

Com estas iniciativas, a Diaverum - Hemo-Atlântico - Unidade de Gaia e os Bombeiros Voluntários de Aguda pretendem sensibilizar e formar as corporações de bombeiros da zona para o transporte do Doente Renal Crónico, bem como alertar a população em geral para os factores de risco relacionados com saúde renal e a importância do diagnóstico precoce.

 

Programa exclusivo para várias corporações de Bombeiros:

09.15 - 09.30

Abertura - Dra. Ana Ventura / Comandante dos BV Aguda

09.30 - 09.45

“O Doente Renal Crónico - particularidades clínicas e psicológicas” - Dra. Daniela Lopes

09.45 - 10.00

“Particularidades do transporte do Doente Renal para a Hemodiálise” - Enf. Rafael Colares

 

Programa aberto à população

10.00 - 13.00

Rastreio de Doença Renal

 

Universidade da Beira Interior participa
A cidade da Guarda vai ser palco de um estudo que visa o levantamento demográfico, da pré-diabetes, da doença pulmonar...

A Universidade da Beira Interior (UBI) é um dos parceiros de um projecto ligado à área da saúde que está a ser realizado pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento da Beira (CIDB). O estudo está a abranger a freguesia de Casteleiro, Sabugal, e vai ser alargado à Guarda.

O CIDB, coordenado pelo docente da UBI João Luís Baptista, está a aplicar o SVD – Sistema de Vigilância Demográfica junto de mil habitantes de uma rua da cidade mais alta e prevê para Setembro o início da realização de inquéritos à população.

“Vamos porta a porta tirar o GPS [geo-referenciação], fazer o mesmo inquérito, a mesma coisa. E, depois, as pessoas que estiverem em casa fazem o inquérito dentro da casa, daquilo que for definido”, disse o responsável à Agência de notícias nacional. O estudo vai incidir na rua Pedro Álvares Cabral, escolhida por reflectir “mais ou menos a realidade da zona urbana da Guarda” por ser “central e muito longa”, esclareceu.

A aplicação do SVD inclui o levantamento demográfico, da pré-diabetes, da doença pulmonar obstrutiva crónica e de indicadores do ambiente, além do perfil de saúde dos habitantes daquela zona da cidade da Guarda localizada no raio de acção da unidade de saúde familiar A Ribeirinha.

Os dados do estudo criarão uma plataforma informatizada que poderá ser utilizada tanto em estudos descritivos (prevalência, incidência, factores de risco, modos de vida, etc.), analíticos ou de avaliação de intervenções na comunidade, por exemplo, ao nível da promoção da saúde, segundo os promotores.

O projecto conta com a colaboração dos alunos da Escola Superior de Saúde, Unidade Local de Saúde (ULS), Centro Hospitalar da Cova da Beira, Direção Geral de Saúde, Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal e Centro de Investigação em Saúde Comunitária, além da UBI.

O mesmo projecto também prevê a possibilidade de realização de um estudo idêntico em território espanhol, na área da Junta de Castilla e Léon, região fronteiriça à Beira Interior e Trás-os-Montes.

 

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