Pela primeira vez um português distinguido
Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, foi eleito membro honorário da American Dental...

É a primeira vez que um português é eleito membro honorário da American Dental Association (ADA). Esta distinção é atribuída a personalidades que tenham dado um contributo excepcional para o avanço da Medicina Dentária e da promoção da Saúde Oral ao nível global.

Orlando Monteiro da Silva tem uma carreira totalmente dedicada à promoção da Saúde Oral em Portugal e no mundo.

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas desde 2001, Orlando Monteiro da Silva foi o primeiro português a ser eleito presidente da Federação Dentária Internacional, que junta mais de um milhão de médicos dentistas de todos os países, tendo sido também presidente do Conselho Europeu de Dentistas e um dos principais promotores da Associação Lusófona de Medicina Dentária.

Ao longo dos anos, a actividade profissional levou Orlando Monteiro da Silva a visitar mais de 50 países, incluindo alguns dos mais pobres do mundo, onde esteve envolvido em projectos pioneiros de saúde oral, incluindo em colaboração com a Organização Mundial de Saúde.

Em Portugal, como Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), negociou o protocolo para a criação, e mais tarde alargamento, do Programa Nacional de Saúde Oral que implementou o cheque-dentista, contribuindo decisivamente para uma maior acessibilidade da população mais desfavorecida a cuidados de medicina dentária de que tem sido um dos principais defensores.

Orlando Monteiro da Silva e a sua equipa, com o contributo de muitos médicos dentistas, assumem actualmente o processo de criação e implementação das especialidades em medicina dentária em Portugal. Colaborou com o governo na elaboração da legislação que estipula a prescrição por princípio activo e na prescrição electrónica.

A afirmação da OMD e da medicina dentária, a acessibilidade da população à saúde oral, o reforço da regulação, o combate ao exercício ilegal da medicina dentária, a segurança dos doentes e a formação profissional contínua têm sido algumas das áreas a que o Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas tem dado prioridade em Portugal.

O prémio será entregue publicamente na reunião da “House of Delegates” da ADA, em Outubro, durante o congresso anual da ADA que decorre na cidade de San Antonio, no Texas. Esperam-se mais de 35.000 participantes.

Para Orlando Monteiro da Silva “esta eleição por parte da ADA, uma das maiores, mais antigas e mais respeitadas organizações de medicina dentária do mundo inteiro, é um enorme estímulo para continuar em Portugal, na Ordem dos Médicos Dentistas, a lutar pelo acesso da população a um direito humano fundamental: o direito à saúde oral, a defender os médicos dentistas e a profissão”.

 

Estudo avalia impacto nas crianças:
Para a prevenção da obesidade infantil é determinante o dispêndio energético associado à prática de actividade física intensa....

Um estudo desenvolvido pelo Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa revelou que para reduzir o índice de massa gorda nas crianças é necessário incluir a prática de actividade física intensa. A avaliação, realizada com acelerómetros em 175 raparigas e 168 rapazes, entre os 10 e os 12 anos, teve como objectivo determinar as associações entre a dose de dispêndio energético de intensidade moderada versus intensidade elevada e a obesidade total e abdominal infantil. Foi observado que este indicadores de obesidade estavam somente associados com a actividade física de intensidade elevada.

As directrizes da prática da actividade física defendem que as crianças devem praticar pelo menos 60 minutos de actividade moderada por dia e que as intensidades elevadas devem ser incorporadas pelo menos 3 vezes por semana. Embora ainda não esteja clarificado o contributo da intensidade da actividade física, este estudo vem chamar a atenção para a importância da intensidade elevada com a finalidade das crianças terem um perfil mais saudável de composição corporal.

Esta investigação foi apresentada no 10th International Symposium on Body Composition que se realizou em Portugal entre os dias 11 e 14 de Junho e faz parte dos trabalhos científicos publicados no livro de Resumos que contém as conclusões e as apresentações expostas durante o simpósio.

 

Já teve início
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo iniciou, em Junho, a nova fase de distribuição de utentes dos centros...

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) deu início, no passado mês de Junho, a uma nova fase de distribuição dos utentes utilizadores dos centros de saúde pelos médicos de família.

Esta medida iniciou-se em 2012, com o objectivo de reorganizar as listas de inscritos nos centros de saúde, e pretende dar prioridade à atribuição de médico de família aos utentes que apresentam um histórico de contactos com o Serviço Nacional de Saúde nos últimos três anos, colocando a oferta dos serviços prestados ao dispor daqueles que realmente necessitam e recorrem aos serviços.

Nesta fase serão enviadas mais de 165.000 cartas a utentes que não recorreram aos serviços de saúde nos últimos 3 anos, solicitando aos que pretendam manter a inscrição activa, o contacto com a unidade de saúde a que pertencem (pessoalmente ou por telefone), no período de 90 dias.

Os utentes que ao longo de três anos não tenham qualquer contacto com o centro de saúde são considerados não-frequentadores, dando assim lugar a um utente que procura o centro de saúde da sua área, ou seja, um utente frequentador. Os utentes que não responderem à solicitação da ARSLVT não perdem acesso ao médico, mas permitem a atribuição de médico a outros utentes que efectivamente necessitem de utilizar os serviços de cuidados de saúde primários.

Em 2012 foram enviadas cerca de 750.000 cartas, o que permitiu atribuir médico de família a mais de 305.200 utentes. Esta medida de actualização das listas de utentes permitiu passar de 4.130.000 para 3.600.000 utentes inscritos reduzindo o número de utentes sem médico de família de 1.100.000 para menos de 650.000 (a que corresponde uma redução de 41%).

 

Já está disponível
Promover uma maior interactividade e facilitar o acesso à informação são os objectivos do novo portal da Administração Regional...

Está disponível, desde o dia 1 de Julho, o novo portal da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). O portal, com um novo design e apresentação da informação de forma mais apelativa, está centrado em torno de cinco grandes áreas de actuação da ARSLVT: Cuidados de Saúde Primários, Cuidados Hospitalares, Cuidados Continuados Integrados, Comportamentos Aditivos e Dependências e Rede de Prestadores Convencionados.

Com diversas funcionalidades novas, este portal pretende promover uma maior interactividade com os utentes e facilitar o acesso à informação.

 

Enviado para publicação em Diário da República
Terminado o período de apreciação pública, o novo Código de Ética foi enviado para publicação em Diário da República.

O Código de Conduta Ética do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi enviado para publicação no Diário da República (DR), depois de terminado o período de apreciação pública que decorreu até ao passado dia 4 de Julho.

Durante o período de discussão foram enviados contributos dos mais variados quadrantes sendo que, de todas as ordens profissionais do sector da saúde, apenas a Ordem dos Médicos e a dos Farmacêuticos apresentaram contributos e sugestões de redacção, quase todas acolhidas na forma final.

Recolhidos contributos, esclarecidas dúvidas e desfeitos receios infundados, reitera-se mais uma vez que o Código de Conduta Ética visa constituir-se como um guia orientador para as instituições que o aplicarão da forma que considerarem mais adequada. Esta proposta de modelo de código não pretende, nem nunca pretendeu ser um código de censura sobre opiniões mas, acima de tudo, ser uma proposta para a eliminação de comportamentos passíveis de censura pública e que prejudiquem os utentes do SNS.

Esta proposta de código de conduta ética, que se dirige aos 120 mil trabalhadores do SNS, carece de adaptação por cada instituição, tendo em consideração a sua realidade, os seus valores e o contexto das práticas organizacionais. Vários hospitais, aliás, já possuem código de ética. Pugna-se pela participação dos órgãos de gestão, dos profissionais e de outros intervenientes, potenciando um clima de colaboração e de confiança, protegendo os utentes e o bom nome dos profissionais e das instituições.

O diploma pondera o novo enquadramento disposto na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, os princípios éticos da Administração Pública identificados e divulgados pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público e ainda os regimes de transparência e incompatibilidades dispostos em legislação especial do sector da saúde, sem deixar de garantir a aplicação dos códigos éticos específicos das profissões de saúde. Está, por outro lado, em sintonia com a legislação, reunida ainda este ano, sobre direitos dos utentes.

 

Cuidados de saúde a trabalhadores
O Ministério da Saúde publica esclarecimentos sobre a Portaria n.º 112/2014, de 23 de Maio que regula a prestação de cuidados...

Tendo surgido dúvidas quanto ao âmbito de aplicação da Portaria n.º 112/2014, de 23 de Maio, que regula a prestação de cuidados de saúde primários a determinados trabalhadores através dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) visando assegurar a promoção e vigilância da saúde a grupos de pessoas, de acordo com o previsto no artigo 76.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, e suas alterações, o Ministério da Saúde clarifica que:

O artigo 3.º da Portaria n.º 112/2014, de 23 de Maio, define como “cuidados de saúde primários do trabalho”, os cuidados de saúde essenciais, baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente válidos e socialmente aceitáveis, que são tornados acessíveis a grupos de trabalhadores específicos e só a esses pelo ACES, para os quais os médicos de medicina geral e familiar possuem competência bastante.

Nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) os médicos com especialidade de medicina geral e familiar prestam no âmbito estrito da Portaria n.º 112/2014, de 23 de Maio, cuidados de saúde primários do trabalho, não implicando os mesmos, neste sentido, o exercício da especialidade de medicina do trabalho pelo médico de medicina geral e familiar.

A prestação de cuidados de saúde primários do trabalho nos ACES pelos médicos com especialidade de medicina geral e familiar, não implica aumento na lista de utentes inscritos, atribuídos a cada médico com especialidade de medicina geral e familiar, nos termos da legislação em vigor, atendendo que a pessoa com o trabalho previsto no artigo 76º da Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, sendo simultaneamente utente, tem direito a que lhe seja assegurada consulta de medicina geral e familiar, nos termos gerais.

A vigilância das condições de trabalho, por parte do especialista de medicina geral e familiar, é entendida como o normal conhecimento e acompanhamento das condições de vida da pessoa, base da boa prática médica, não se substituindo às atribuições previstas para as unidades de saúde pública ou aos especialistas de saúde pública e de medicina do trabalho, como previsto no nº 2 do artigo 8º da Portaria nº 112/2014, de 23 Maio.

A prestação de cuidados de saúde primários do trabalho não se substitui à especialidade de medicina do trabalho, não abrangendo situações que exijam competências específicas e únicas que ultrapassem o âmbito da actividade médica geral e não possam assim ser exercidas pelos especialistas de medicina geral e familiar.

Nas situações previstas no número anterior os especialistas de medicina geral e familiar, devem remeter os casos para a Unidade Saúde Pública que poderá considerar a necessidade de encaminhar os utentes para cuidados especializados de medicina do trabalho.

Os ACES podem escusar-se de assegurar a prestação de cuidados de saúde primários do trabalho, por razões excepcionais e devidamente justificadas, designadamente a falta de capacidade de dar resposta dentro dos prazos legalmente estipulados no artigo 7.º da Portaria n.º 112/2014, de 23 de Maio.

 

Dinheiro já tem destino
Despacho foi assinado no fim de Junho. As verbas devem chegar às instituições esta semana.

O Ministério da Saúde não vai esperar pelo Orçamento Rectificativo para injectar mais dinheiro nos hospitais públicos. De acordo com a edição desta terça-feira do jornal “Diário Económico”, citado pela RR o ministério de Paulo Macedo vai libertar 300 milhões de euros, um reforço que já tinha sido anunciado em Abril.

O dinheiro já tem destino. De acordo com o jornal, que cita fonte do ministério, vai para intervenções consideradas prioritárias, por exemplo, a aquisição de material hospitalar no IPO de Lisboa, a finalização das obras do Centro Materno Infantil do Norte ou o início do projecto de unificação das maternidades do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra.

Este balão de oxigénio chega depois da “troika” ter reconhecido o sub-financiamento dos hospitais (nos documentos que encerraram a 11ª avaliação) e numa altura em que as dívidas dos hospitais aos fornecedores voltaram a crescer - de acordo com a última síntese da execução orçamental as dívidas vencidas estão agora em 773 milhões.

De acordo com fonte oficial do Ministério da Saúde, o secretário de Estado do Orçamento assinou um despacho no dia 26 de Junho que liberta a verba. O dinheiro deverá chegar às instituições do Serviço Nacional de Saúde ainda esta semana.

 

Portugal e Espanha
Letizia manteve hoje a sua primeira actividade individual como rainha de Espanha numa visita oficial a Portugal, e dedicou-a a...

A rainha, que chegou hoje a Lisboa em viagem oficial juntamente com o rei Felipe VI, esteve acompanhada pela primeira-dama de Portugal, Maria Cavaco Silva, enquanto os respectivos chefes de Estado dialogavam no gabinete de trabalho do presidente luso, diz a agência Efe.

Rainha Letizia e a primeira-dama lusa, juntas pelas doenças raras. As duas tiveram um encontro com a presidente da Federação de Doenças Raras de Portugal (FEDRA), Paula Brito e Costa.

Letizia colaborava já como princesa há vários anos com as associações espanholas que defendem os interesses deste colectivo, preocupadas especialmente por fomentar a investigação e melhorar o apoio social aos afectados.

De facto, é presidente de honra da Federação Espanhola de Doenças Raras (FEDER), que agrupa mais de 200 associações.

Letizia tinha coincidido com Brito e Costa no passado mês de Fevereiro em Madrid, no palácio da Zarzuela, onde trataram a organização em Lisboa do próximo congresso ibero-americano de doenças raras.

Segundo informou hoje a FEDRA, só em Portugal existem 800.000 portadores de doenças raras e várias centenas de pessoas ainda estão por diagnosticar.

Em Espanha, a FEDER calcula que 35% das crianças que padecem de alguma das mais de 900 doenças raras detectadas morre antes de chegar à idade adulta, fundamentalmente pela ausência de médicos especializados, o que, somado ao pouco conhecimento existente sobre a matéria, provoca uma excessiva lentidão nos diagnósticos.

 

Nos Estados Unidos
Um novo método contraceptivo poderá estar a chegar ao mercado. Um microchip que se coloca sob a pele da mulher lança uma...

Uma empresa nos Estados Unidos vai lançar um novo método contraceptivo. Trata-se de um microchip que poderá ser implantado na pele da mulher. Esta tecnologia pretende solucionar a regulação das hormonas, noticia o Techtudo citado pelo Notícias ao Minuto.

O chip tem incluído uma hormona muito utilizada em contraceptivos hormonais, como é o caso da pílula do dia seguinte. Este chip, que tem uma pequena bateria que através da corrente eléctrica permite que o medicamento seja libertado e que controla o dia e a hora em que é libertada a hormona.

Caso a mulher decida engravidar, basta desactivar o chip com o controlo remoto, via wireless.

O microchip, que deverá estar disponível em 2018, é colocado no corpo da mulher com anestesia local.

 

Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta
A doença renal crónica pode afectar as pessoas sem apresentar sintomas durante muito tempo. A Sociedade Portuguesa de...

O facto de a doença renal ser muitas vezes assintomática, faz com que o doente acabe por recorrer ao médico tardiamente, o que torna o processo de recuperação mais lento e, em alguns casos, até impossível.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN): “É importante consciencializar as pessoas para a doença renal crónica e salientar que o tratamento na fase inicial pode ajudar a evitar que a mesma progrida”.

A fraqueza, o cansaço, a perda de apetite e vómitos matinais, edema (inchaço) das pernas e pálpebras são alguns dos sintomas que podem estar associados à doença renal. Cefaleias e a descoberta de hipertensão arterial, assim como, a alteração do aspecto, cor e quantidade da urina – pode tornar-se mais turva e escura, são manifestações de doença que implicam a consulta do médico de família. As pessoas com histórico de doença renal na família também devem estar mais alerta.

“Quando a doença é detectada atempadamente, pode ser total ou parcialmente revertida podendo ser evitados tratamentos mais complexos, como é o caso da hemodiálise, ou até mesmo o transplante de rim”, refere Fernanda Carvalho, nefrologista e vice-presidente da SPN.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

 

26 de Julho - Dia Mundial Dos Avós
O tratamento por técnica minimamente invasiva da estenose aórtica grave – uma doença potencialmente fatal e altamente...

O alerta é do Grupo de Trabalho das Válvulas Aórticas Percutâneas da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (Grupo VAP-APIC) da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e surge no âmbito do Dia Mundial dos Avós, que se celebra no dia 26 de Julho.

De acordo com o grupo de especialistas, a estenose aórtica é uma patologia valvular muito frequente nos países desenvolvidos, sendo sobretudo uma doença associada ao envelhecimento. A estenose aórtica caracteriza-se pelo aperto da válvula aórtica, provocando cansaço, dor no peito e desmaios. O tratamento passa por implantar uma válvula nova através de cirurgia de peito aberto ou por técnica minimamente invasiva (implante percutâneo).

De acordo com Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção e coordenador do Grupo VAP-APIC, “estudos recentemente publicados indicam que, em Portugal, devíamos realizar quatro vezes mais procedimentos anualmente (400 em vez de 100), sendo este cálculo subvalorizado pois, numa das mais reputadas revistas médicas mundiais, o The New England Journal of Medicine, foi apresentada uma avaliação internacional que evidenciou que o tratamento da estenose aórtica grave através de técnica minimamente invasiva supera o método convencional, a substituição cirúrgica da válvula aórtica em doentes de alto risco. “

Ainda segundo o especialista, “em média, os países europeus realizam cerca de 45 implantes por ano por milhão de habitantes e Portugal está em último com apenas 11 por ano por milhão de habitantes. Na Alemanha são realizadas cerca de sete mil VAP por ano, em Espanha 800 e em Portugal apenas 110.”

O tratamento das válvulas por cateterismo permite o implante da uma válvula cardíaca através de um pequeno tubo introduzido por uma artéria, evitando a abertura da caixa torácica e permitindo uma recuperação célere da sua autonomia e ganhos extraordinários da qualidade de vida.

 

Sobre a estenose aórtica grave

A estenose aórtica é uma doença que se caracteriza pelo aperto da válvula aórtica, cuja função é evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Quando existe este estrangulamento o sangue passa com dificuldade, provocando cansaço, dor no peito e desmaios.

As melhorias produzidas pelos medicamentos são muito limitadas e, sobretudo, não evitam as complicações mais graves provocadas pela exaustão cardíaca que, após os primeiros sintomas e nos apertos de alto grau, conduz à morte pelo menos de metade dos doentes no primeiro ano.

Em todo o Mundo, mais de 300 mil pessoas sofrem de estenose aórtica grave e têm sintomas. Em Portugal, esta patologia afecta cerca de 30 mil pessoas, mas muitas não sabem o que fazer para ser tratadas. Por isso, foi criado um sítio na internet para informação aos doentes que explica a doença e os seus tratamentos, o www.estenoseaortica.com

 

Infarmed
Recolha voluntária do medicamento Physioneal 35 Glucose 1,36% p/v/ 13,6 mg/ml.

Na sequência da detecção de fugas no selo da porta de administração da apresentação com sistema de bolsa dupla, a empresa Baxter Médico-Farmacêutica, Lda. irá proceder à recolha voluntária do lote n.º 13J30G11, com a validade 09/2015, do medicamento Physioneal 35 Glucose 1,36% p/v/ 13,6 mg/ml, solução para diálise peritoneal, saco - 5 unidades - 2000 ml (para Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória – DPCA), com o número de registo 4856183.

As fugas podem ocasionar o vazamento do conteúdo da bolsa e a consequente quebra da esterilidade.

Esta situação foi reportada através de um alerta rápido de qualidade de classe I emitido pelo Instituto Federal de Medicamentos e Dispositivos Médicos Alemão (BfArM). Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização e utilização deste lote.

Atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que disponham deste lote não o poderão vender ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

 

Imagine Cup da Microsoft
Uma equipa de três investigadores da Universidade da Beira Interior e um do ISCTE acaba de ser seleccionada para a final...

Uma equipa de três investigadores da Universidade da Beira Interior (UBI) e um do ISCTE acaba de ser seleccionada para a final mundial do Imagine Cup – Microsoft, com a apresentação do projecto “Nuada”, um protótipo de mão “biónica” que tem por objectivo melhorar a mobilidade da mão em pessoas que sofrem de dores e falta de força neste membro. Este projecto foi o vencedor no concurso em Portugal e será o representante da Europa Ocidental na última etapa. É a segunda vez que a UBI vai à final deste concurso.

O sistema “Nuada” suporta, assim, o normal funcionamento da mão. É composto de hardware e software e é útil para pessoas que sofrem de falta de força ou de dor quando seguram objectos. Pode, ainda, ser utilizado por profissionais com actividades manuais exigentes e para prática desportiva.

Apesar de ter um ecrã táctil, no modo automático (que será o modo de uso normal), o utilizador controla a luva movendo os dedos normalmente dentro dela, que pode enviar instruções para um servo-motor que bloqueia/desbloqueia uma engrenagem, permitindo que a pessoa possa abrir a mão ou não. No modo bloqueado o utilizador não consegue abrir a mão.

O “Nuada” tem sensores que permitem uma melhor avaliação das funções da mão pelo utilizador. Com estes sensores, gera métricas úteis que permitem aos profissionais de cuidados de saúde uma avaliação da recuperação e da evolução das etapas do paciente. Estas métricas são também úteis para actividades profissionais e desportivas.

Actualmente a Nuada tem vários protótipos desta mão. Um deles tem um motor de tamanho reduzido (próximo de um relógio), que está projectado para suportar 40kg.

A equipa e o reconhecimento do júri

Desta equipa fazem parte, além de Filipe Quinaz (instrutor CISCO na UBI), Pedro Querido (programador), Pedro Quinaz (investigador) e Luciana Alegre (design industrial).

O sistema pode ser conectado com um smartphone via Bluetooth com o objectivo de proporcionar serviços adicionais ao utilizador.

O projecto recebeu significativos elogios do júri do ImagineCup : “I can say that Nuada is a very well designed project, created with great attention and affection. The financial result also presented is attractive and would be good to apply it to the international level. I strongly recommend the implementation of this project! My sincere congratulations to Filipe Quinaz, Luciana Alegre, Pedro Querido and Pedro Quinaz. You are people with brilliant minds. I hope one day to see this project implemented in the market as a product!”

Inicialmente, a “Nuada” tem um universo mundial de 75 mil pacientes, um número avançado “às cegas” pelo Team Nuada, uma vez que a equipa assumiu não ter dados concretos sobre o universo real a que se pode aplicar a luva. Contudo, e segundo Filipe Quinaz, na realidade, esta luva pode chegar a milhões de utilizadores.

A final realiza-se em Seattle, em 31 de Julho, onde a equipa dos “The Dians” vai concorrer na categoria “World Citizenship”, conjuntamente com outras doze equipas.

É já a segunda vez que a UBI vai à final deste concurso, tendo alcançado o terceiro lugar em 2012, em Sydney, Austrália.

 

Hiperligações:

Site do projecto: http://nuada.pt/

Site da Imagine Cup: https://www.imaginecup.com/#?fbid=fNxlPLJEUuh

Outras equipas finalistas: https://www.imaginecup.com/Custom/Index/2014Finalists_WorldCitizenship#?fbid=fNxlPLJEUuh

Filme do projecto no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=OEJFphI4U94

 

Através de teste de sangue
Especialistas britânicos identificaram proteínas sanguíneas em doentes diagnosticados posteriormente com Alzheimer, aumentando...

Actualmente não há cura para a doença, a forma mais comum de demência, que afecta 44 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que poderá triplicar até 2050, de acordo com estimativas da Alzheimer's Disease International.

Um teste para diagnosticar a doença na sua fase inicial permitiria aos investigadores monitorizar os doentes antes de a doença atingir um estágio mais avançado, contribuindo para a descoberta de uma cura.

Estudo em ratinhos
Um estudo da Fundação Champalimaud concluiu que dois circuitos neurais de cada um dos lados do cérebro controlam os movimentos...

Investigadores descobriram, numa experiência com ratinhos, que dois circuitos neurais de cada um dos lados do cérebro controlam os movimentos contrários do corpo, ajudando a explicar o que sucede quando há uma doença do movimento, como a de Parkinson.

O estudo, cujos resultados são hoje publicados na revista Nature Communications, foi conduzido por uma equipa de cientistas do Programa Neurociências da Fundação Champalimaud.

“Pensava-se que o circuito directo do hemisfério direito [do cérebro] promovia movimentos do outro lado e o circuito indirecto inibia esses movimentos. O que descobrimos é que ambos os circuitos de um lado do cérebro controlam o movimento do outro lado”, referiu à agência Lusa o neurocientista e coordenador do estudo, Rui Costa.

 

8 e 9 de Julho
Médicos cumprem esta terça-feira o primeiro de dois dias de paralisação em defesa do Serviço Nacional de Saúde. Sindicato conta...

Cerca de 160 mil consultas e duas mil cirurgias poderão hoje ser adiadas, se a adesão à greve for a esperada pela Federação Nacional dos Médicos. O ministro insiste que não compreende o protesto, mas não o conseguiu travar, refere o Jornal de Notícias na sua edição digital.

A mobilização foi feita distrito a distrito, hospital a hospital, e os dirigentes da FNAM estão confiantes de que a adesão vai ser “muito significativa”. Merlinde Madureira, presidente da comissão executiva, assume que espera taxas de abstenção superiores a 80%.

“A actual situação é das mais graves das últimas décadas, porque a ameaça que está a ser feita ao Serviço Nacional de Saúde põe em perigo a democracia”, enfatiza a dirigente, que é médica há 41 anos e fundou o Sindicato dos Médicos do Norte em 1982. Ainda que representem apenas um quinto dos profissionais do SNS, a ausência dos médicos é suficiente para impedir a realização das cirurgias e das consultas dos hospitais e centros de saúde.

A média diária de cirurgias no mês de Julho do ano passado foi de 1945, de acordo com dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Nos hospitais, realizaram-se 43 599 consultas externas todos os dias e, nos centros de saúde, a média diária de consultas ronda as 115 600.

 

Conheça as respostas
A Acupunctura é uma técnica que utiliza a capacidade natural do corpo de retornar à normalidade.
Terapeuta de acupunctura a aplicar agulhas

Os efeitos terapêuticos da Acupunctura são obtidos quando, através da inserção de agulhas sólidas e extremamente finas nos tecidos (normalmente a pele e os músculos), o seu médico consegue modular o funcionamento do Sistema Nervoso, do Sistema Endócrino, do Sistema Imunitário e das glândulas exócrinas.

 

Como funciona a Acupunctura?

O estudo dos mecanismos de acção da Acupunctura tem sido investigado desde a segunda metade do século XX, sendo actualmente um facto que a Acupunctura exerce os seus efeitos através da estimulação de terminações nervosas nos tecidos puncturados. Esta estimulação local provoca a libertação de uma série de substâncias que têm como efeito final o aumento da circulação local, com melhoria da oxigenação e do aporte de nutrientes aos tecidos. A este nível de actuação local há também estimulação da actividade do Sistema Imunitário.

A estimulação das terminações nervosas existentes na pele, músculo, cápsulas articulares, periósteo, provocada pela manipulação ou pela estimulação eléctrica das agulhas (chamada electro-acupunctura) vai desencadear uma série de processos neurológicos a nível da medula espinhal e do cérebro, que irão ser responsáveis pela acção terapêutica da Acupunctura.

A área que tem sido o principal objecto do estudo desde os anos 70 do século passado é o tratamento da dor. O conhecimento dos mecanismos pelos quais a Acupunctura exerce os seus efeitos no tratamento da dor deu um passo enorme com os estudos realizados nos anos 70 pelo Professor Ji-Sheng Han, médico da Universidade de Pequim. Foi ele quem primeiramente provou que o efeito da electro-acupunctura é devido à estimulação da produção de opióides (substâncias produzidas pelo nosso organismo, que têm efeito analgésico) no Sistema Nervoso Central. Estes estudos iniciais, efectuados em coelhos, foram posteriormente confirmados na Suécia, pelo Professor Hans Terennius, do Instituto Karolinska, em humanos. Actualmente sabe-se que a acupunctura tem efeitos profundos a todos os níveis do sistema nervoso, desde os nervos periféricos, medula espinhal e cérebro, nomeadamente a nível do sistema límbico (um conjunto de áreas do cérebro relacionadas com as emoções), do hipotálamo e da hipófise, bem como do córtex cerebral. Foi também bem estabelecida a actuação a nível de um conjunto de áreas do Sistema Nervoso Central, que quando activadas, inibem/ influenciam, a transmissão da dor desde a medula espinhal para o cérebro.

A Acupunctura é eficaz em todas as doenças?

A eficácia da Acupunctura tem sido um grande objecto de estudo desde o início deste século. Na Alemanha, onde a acupunctura é comparticipada pelos prestadores de cuidados de saúde, foram realizados estudos científicos com um grande número de doentes, que confirmaram a eficácia da Acupunctura no tratamento da artrose da anca, joelho, na lombalgia e cefaleia de tensão, dor crónica do ombro e em outras situações, como a dismenorreia. Outras situações clínicas continuam a ser investigadas.

O National Institute of Health considerou haver estudos suficientes para considerar a acupunctura eficaz no alívio da dor pós-operatória, dor pós-cirurgia dentária e nas náuseas (pós-quimioterapia e gravidez). Considerou ainda existirem evidências de que possa ser eficaz no tratamento da dor músculo-esquelética.

Para além da dor, que outros problemas podem ser tratados com Acupunctura? Como funciona a acupunctura nessas doenças?

Existe uma série de doenças que podem beneficiar do tratamento com Acupunctura. O seu médico poderá dizer-lhe se a sua situação clínica particular poderá beneficiar desta técnica.

O mecanismo de acção no tratamento da patologia funcional dos órgãos internos (problemas no funcionamento do estômago, vesícula biliar, fígado e pâncreas, intestinos, rins) ainda não está tão bem estudado como os efeitos no tratamento da dor. No entanto, já se começam a perceber esses mecanismos.

A acção no tratamento deste tipo de patologia baseia-se no processo de formação destes órgãos, durante o desenvolvimento embrionário. Cada estrutura do nosso corpo teve origem numa área específica do embrião. Estruturas que no adulto se encontram afastadas tiveram origem nas mesmas zonas. Estas estruturas partilham uma ligação. Os estímulos que são recebidos pelas terminações nervosas na pele, músculos, articulações e órgãos internos são transmitidos à medula espinhal. Estruturas que no embrião partilharam a mesma origem, transmitem esses estímulos para o mesmo nível da medula espinhal.

Por exemplo, os membros superiores partilham a mesma origem que o coração, pulmões e esófago e músculos e pele do tórax. Os estímulos provenientes destas estruturas são transmitidos para medula espinhal da coluna cervical. Esta informação é processada pela medula espinhal, sendo parte desta informação bloqueada e parte transmitida para o cérebro.

Os estímulos provenientes dos músculos, pele e outras estruturas influenciam o funcionamento do Sistema Nervoso Autonómico, que é a parte do Sistema Nervoso que controla o funcionamento dos órgãos internos. Esta acção faz-se de forma directa, no mesmo nível da medula a que chega a informação e indirectamente através da modulação da actividade do hipotálamo.

Quando um médico desenha um tratamento para uma patologia de órgãos internos, é tida em conta a origem embriológica de cada estrutura anatómica e a zona da medula espinhal onde se originam os nervos autonómicos para cada órgão interno. Os locais de inserção das agulhas são assim seleccionados tendo em conta estes dados. Assim, para tratar problemas pulmonares é comum escolher locais de inserção a nível do braço e antebraço, bem como a nível da face anterior do tórax e na região dorsal, perto da coluna vertebral. Esta escolha relaciona-se com o facto de que os nervos autonómicos que são responsáveis pelo funcionamento destes órgãos, bem como os nervos autonómicos que acompanham as artérias e nervos dos membros superiores se originarem na medula dorsal. No entanto, há ainda algumas acções que neste momento ainda não se podem explicar totalmente à luz dos conhecimentos actuais.

Quais os riscos da acupunctura?

Um dos problemas que podem ocorrer quando se decide iniciar um tratamento com acupunctura é tratar patologias para as quais não há indicação. Nem todas as patologias ou casos clínicos têm indicação para tratamento e cabe ao seu médico decidir que casos podem ser tratados com Acupunctura. Algumas doenças podem ser tratadas exclusivamente com esta técnica terapêutica, ou em complemento de outros tratamentos (medicamentos, fisioterapia, cirurgia).

Outro dos riscos quando se procura tratamento é a possibilidade de ocorrer um atraso no diagnóstico correcto, sendo também da responsabilidade do seu médico investigar o seu caso clínico antes de o decidir tratar com acupunctura. Em alguns casos o tratamento pode ser iniciado enquanto essa investigação é efectuada.

A Acupunctura é uma técnica terapêutica, que deve ser integrada na Medicina, e não deve ser entendida como uma “Medicina Alternativa”.

A Acupunctura tem efeitos secundários?

A acupunctura é uma técnica terapêutica muito segura, verificando-se que os efeitos adversos ocorrem fundamentalmente por má prática. É por isso fundamental procurar um profissional qualificado antes de decidir iniciar um tratamento. A Ordem dos Médicos definiu a formação específica que um médico deverá ter de forma a estar qualificado a praticar Acupunctura. Apenas após terminar um Curso de Pós-Graduação com pelo menos 300 horas um médico se encontra habilitado a praticar esta técnica. Em Portugal apenas 3 Cursos Universitários estão certificados pela Ordem dos Médicos.

Os efeitos adversos mais frequentes são ligeiros:

  • Hemorragia no local da inserção das agulhas: ocorre em cerca de 3% dos tratamentos. Pode ser minimizado com a compressão imediata após retirar as agulhas e com a aplicação local de gelo;
  • Dor com a picada: ocorre em cerca de 1% dos tratamentos;
  • Sonolência após o tratamento: cerca de 1% – este efeito é mais frequente e pronunciado nas primeiras sessões de tratamento e por essa razão, é conveniente não conduzir ou realizar actividades que o possam colocar em risco nas horas a seguir às primeiras sessões de tratamento;
  • Desmaio: acontece em cerca de 0,5%, sendo extremamente raro quando o posicionamento durante o tratamento é adequado (o posicionamento mais frequentemente utilizado é a posição de deitado);
  • Agravamento passageiro dos sintomas: entre 1 a 2 % dos casos há um agravamento passageiro das queixas, que pode durar 28 a 72 horas. O seu médico aconselhará o que deve fazer nesta situação;

Os efeitos adversos graves são muito raros (menos de um por cada 10.000 tratamentos) e podem ser:

  • Infecções cutâneas;
  • Lesões de nervos periféricos;
  • Exacerbação de asma;
  • Convulsão;
  • Lesões de órgãos: pleura e pulmão, coração e pericárdio, vasos sanguíneos, medula espinhal e tronco cerebral;
  • Transmissão de doenças infecciosas: Hepatite B, VIH, condrite auricular, endocardite, sepsis, artrite séptica, abcessos.

As infecções cutâneas e as lesões de nervos periféricos e de órgãos são complicações geralmente associadas a má prática, com más condições de higiene e má técnica de inserção. Foi verificado que o conhecimento detalhado da anatomia é fundamental para evitar estas complicações. Os cursos de Acupunctura certificados pela Ordem dos Médicos formam adequadamente os médicos nesta área.

Actualmente são usadas agulhas descartáveis, de uso único, pelo que a probabilidade de transmissão de doenças infecto-contagiosas é praticamente nula, desde que sejam tomados os cuidados adequados.

Existem locais mais e menos perigosos para a colocação das agulhas? Quais?

A inserção de agulhas sobre o tórax, na projecção da pleura e do pericárdio, na região dorso-lombar sobre a área dos rins, sobre o abdómen e sobre a área do fígado, coloca riscos de lesão destes órgãos.

Podem ocorrer lesões graves quando se inserem agulhas na nuca, pelo risco de lesão medular ou do tronco cerebral. Também os nervos periféricos e as artérias podem ser lesionados.

O conhecimento detalhado da anatomia é fundamental para evitar este tipo de lesões graves.

É costume haver sangramento após o tratamento?

Os casos de hemorragias grandes são muito raros. É comum após retirar uma agulha surgirem algumas gotas de sangue, que são facilmente resolvidas com pressão local e eventualmente com a aplicação de gelo.

A inserção das agulhas é dolorosa?

A inserção da agulha pode ser ligeiramente dolorosa. Poderá sentir uma picada ligeira durante a inserção inicial da agulha na pele. Também quando as agulhas penetram nos músculos poderá sentir uma sensação de dor mais profunda e difusa. É uma sensação normal, que é desencadeada pela estimulação das terminações sensitivas da pele, da fáscia e dos músculos. Após terminar a inserção, a agulha não deverá provocar desconforto, caso isso aconteça deve alertar o seu médico.

É necessário algum cuidado especial antes de uma primeira sessão?

Antes de iniciar um tratamento com Acupunctura, o seu médico deve verificar se existem ou não contra-indicações para o tratamento e se este tratamento pode trazer algum benefício ao doente.

É fundamental que seja colhida uma história clínica detalhada das suas queixas e antecedentes e que lhe seja explicado como decorrerá o tratamento. O seu médico poderá pedir o seu consentimento informado e comunicar a outros médicos que o tratem.

Tenho um outro problema de saúde. Poderei ser tratado com Acupunctura?

Antes de iniciar o tratamento deverá informar o seu médico de situações/problemas, como as que seguem abaixo, ou mesmo de outras situações/problemas. O seu médico decidirá se na sua situação clínica o tratamento poderá ser efectuado:

  • Se tiver epilepsia ou tiver tido crises convulsivas;
  • Se tiver pacemaker ou outro dispositivo eléctrico implantado;
  • Se tiver alguma alteração da coagulação;
  • Se estiver a tomar anti-coagulantes ou qualquer outra medicação;
  • Se tiver problemas nas válvulas do coração ou outros riscos de infecção;
  • Se tiver sido operado para tratamento de uma fractura e tiver material metálico implantado.

Que outros cuidados deverá ter o meu médico antes de iniciar o tratamento?

Antes de decidir iniciar um tratamento com Acupunctura, o seu médico deverá ter em consideração se você tem fobia de agulhas; se foi você quem decidiu procurar o tratamento; se tem alguma preocupação com o tratamento.

O tratamento deverá decorrer numa sala com boa ventilação e possibilidade de regular a temperatura, com boa iluminação e num ambiente calmo. Durante o tratamento deverá permanecer bem posicionado, de preferência deitado, numa posição confortável. Durante o tratamento o seu médico deverá manter-se perto de si, ou dar-lhe a possibilidade de facilmente o chamar.

Antes de iniciar o tratamento o meu médico deve pedir o meu consentimento?

Ainda que não seja legalmente exigido consentimento informado antes de iniciar tratamento com esta técnica terapêutica, será conveniente que o seu médico o esclareça sobre todos os detalhes de um tratamento com Acupunctura, podendo pedir-lhe que assine um documento de Consentimento Informado.

Artigos relacionados

6 benefícios da Acupuntura aplicada às crianças

Acupuntura: Ferramenta de apoio no controlo sintomático em oncologia

Acupunctura para tratar varizes

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Na segunda greve nacional
Médicos protestam hoje frente ao Ministério da Saúde. Sindicato Independente não adere e mantém confiança nas negociações.

Dois anos depois, Julho volta a ficar marcado por dois dias de greve dos médicos. Se o problema de comunicação com Paulo Macedo continua na base da contestação, desta vez o pano de fundo adensa com uma cisão entre sindicatos, escreve o iOnline. Para a FNAM, que convoca a paralisação de hoje e amanhã, o protesto é contra as “falsas promessas” de um governo que acusa de só conhecer a “linguagem da força reivindicativa e da unidade de luta”. O Sindicato Independente dos Médicos não aderiu e, um mês depois de uma reunião de urgência pedida pelas organizações médicas à tutela, mantém confiança na receptividade do ministro.

A contestação subiu de tom nos últimos meses em torno de iniciativas como a classificação dos hospitais em quatro níveis, prevendo-se o fecho de serviços, e a criação de um código de ética para o SNS. Com as mesmas reivindicações, sindicatos e Ordem reuniram-se com a tutela em Junho e saíram com decisões diferentes. A FNAM, apoiada pela Ordem, reiterou a intenção de avançar com uma greve. E o SIM considera que o ministro mostrou resposta pela positiva, anunciando ir suspender a portaria de classificação dos hospitais e abandonar o código de ética então em cima da mesa. Nos últimos dias manteve a diferença nas interpretações: perante a versão reescrita do código de ética - que elimina o parágrafo a proibir declarações que ponham em causa a imagem dos serviços, mas mantém dever de sigilo e confidencialidade -, a FNAM fala de “mera alteração de terminologia” e o SIM diz terem sido “eliminados” os pontos que desencadearam a contestação sindical.

Se o SIM considera que a negociação sindical tem dado frutos, a FNAM defende que, após o acordo de 2012, seguiram-se 20 meses de “silêncio e morosidade” na implementação das medidas e dificuldades nas unidades - nomeadamente, na transição para o regime das 40 horas a troco de aumento salarial. “Foi-nos sempre pedido paciência, mas ao mesmo tempo houve rapidez para um conjunto de decisões sem auscultação prévia”, criticou ao i a dirigente Maria Merlinde Madureira, referindo-se ao projecto de classificação hospitalar e código de ética, mas também reformulação das escalas das VMER com médicos das urgências ou atribuição de competências de medicina de trabalho a médicos de família.

Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, disse ao i que o sindicato respeita a greve, mas sublinhou ter sido convocada de forma unilateral, o que Madureira rejeita para dizer que foi decidida pelo conselho nacional da FNAM e aberta. Mais do que a forma, o estado de espírito parece inconciliável. Madureira, presidente da FNAM, defende que o contexto desta paralisação é mais grave do que o de 2012. “Estão em causa documentos que põem em causa o SNS”, diz, acusando a tutela de “falta de lealdade” ao não discutir iniciativas com os médicos.

Roque da Cunha considera que o contexto por detrás da greve de 2012 não tem comparação com o actual: o ministro não estava nas reuniões com os sindicatos, faltava a grelha salarial prometida desde 2009 e não havia concursos de progressão na carreira há nove anos: “Os pontos reivindicativos mais recentes foram motivo de compromisso da tutela. Não descartamos uma greve se os compromissos não forem respeitados, mas vemo-la como um último recurso, quando não existe diálogo”. Para Madureira, as respostas da tutela não foram claras e justifica-se o último recurso: “Os médicos estão cansados, as relações laborais em muitas instituições estão degradadas e há pressões sobre os médicos”, remata.

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera alertou que “há uma diferença entre mar calmo e mar seguro” e falou...

O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Jorge Miranda defendeu que os frequentadores das praias devem adaptar-se às características do mar, que podem ter mudado depois das tempestades do último inverno, e ter cuidados redobrados.

“É preciso que o comportamento das pessoas relativamente ao mar integre esta dinâmica, [e] se tivermos outros invernos agitados, têm de começar a perceber que, no verão, todas as praias são diferentes do que eram antes”, disse Jorge Miranda à agência Lusa citado pelo iOnline.

O responsável alertou que “há uma diferença entre mar calmo e mar seguro” e falou sobre fenómenos de mistura de águas que não são visíveis, chamados agueiros, no entanto, “são muito perigosos”. Por isso, é preciso “seguir as regras das autoridades que estão nas praias, e provavelmente tem de arranjar-se uma forma qualquer de aumentar o período da existência de nadadores salvadores”, acrescentou. Para Jorge Miranda, “as pessoas têm de habituar-se a cumprir as normas, gerir a incerteza e ser capaz de viver numa situação de risco”.

Como em muitos fenómenos naturais, “a capacidade de previsão pode melhorar o nosso comportamento, a engenharia pode mitigar os efeitos, mas vai estar na responsabilidade de cada um ser capaz de viver com eles”, disse o especialista em geofísica.

As acções de regularização “são importantes, mas mais importantes são as acções de preparação, é perceber que os apoios de praia têm de estar preparados para invernos rigorosos, que as praias, às vezes, podem ser maiores [outras vezes] mais pequenas”, insistiu o presidente do IPMA.

Aliás, “muitas vezes existe a ideia de que a praia não é particularmente perigosa, contudo morrem pessoas, morre muita gente, portanto há aqui comportamentos que têm de ser alterados, a ideia de que uma pessoa que nade mediamente se pode afastar da costa e isso não tem problema porque é sempre capaz de voltar, não é verdade”, alertou.

Depois das tempestades do último inverno, que destruíram várias estruturas na costa, nomeadamente na Costa da Caparica, perto de Lisboa, foram reportadas mudanças de circulação costeira “aparentemente induzidas por mudanças da morfologia”.

A situação no inverno deveu-se à deslocação de uma massa de ar polar para cima dos EUA, o que resultou num frio acentuado no norte da América e fez tempestades sucessivas que vieram da costa americana até à costa europeia, atingindo o norte e centro do país.

“As ondas eram muito grandes e, nestes casos, pode dar-se o transporte sedimentar, o fundo do mar altera-se e a areia é transportada de um lado para outro”, por vezes, no próprio fundo da praia existem alterações do relevo da parte imersa e os fenómenos de rebentação, como todos os fenómenos relacionados com a dinâmica das ondas perto da praia, são alterados, explicou Jorge Miranda.

Quanto ao futuro, “do ponto de vista do clima e da meteorologia, não temos capacidade de saber qual a probabilidade desta situação se vir a repetir”, reconheceu o presidente do IPMA.

 

Física, intelectual e sexual
O stress e a fadiga são duas das principais queixas do mundo moderno, nos dias de hoje.
Fadiga

A fadiga caracteriza-se por um estado que condiciona a obtenção de bons resultados em qualquer actividade com a diminuição das capacidades perceptivas, cognitivas e motoras. Prejudica a vigilância, a atenção, a capacidade perceptiva, a resposta reflexa, o tempo de reacção e todo o processo de decisão.

Existem vários tipos de fadiga – física, intelectual, sexual -, logo, são múltiplos os factores que podem estar na sua origem. Também quanto à duração a fadiga pode ser considerada aguda ou crónica, sendo que é sobre a primeira forma que nos centraremos, uma vez que a fadiga crónica é uma doença que se caracteriza por um conjunto bastante complexo de sintomas, onde o sinal predominante é uma fadiga intensa que se pode tornar incapacitante (uma forma profunda de exaustão e falta de energia).

Os especialistas alertam que este estado de fadiga, ou astenia, é mais frequente na Primavera e no Outono. As alterações de temperatura e de luz são, na opinião dos especialistas, a razão para estes estados que definem como a falta de forças, caracterizada por uma sensação de cansaço, fadiga física e psíquica, pouca vitalidade e apatia. A fadiga intelectual, a dificuldade de concentração e os transtornos de sono, memória e apetite, são outros dos efeitos deste estado. Na maioria dos casos, tratam-se de sintomas isolados e transitórios que não correspondem a um motivo concreto e que podem ser a resposta do organismo ao stress ou ao esforço físico ou intelectual.

Causas
As causas mais frequentes da fadiga são o excesso de esforço físico, poucas horas de sono, excesso de trabalho, períodos escolares mais exigentes, actividade desportiva intensa, convalescença de doença e viagens constantes. Existem, contudo, muitos casos cuja causa aparente é inexistente, tratando-se apenas de uma resposta natural do organismo face a uma pressão física ou psicológica do nosso ambiente.

Sintomas
Cada indivíduo reage de maneira diferente mas, frequentemente, a fadiga traduz-se por dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão, falta de dinamismo, diminuição do rendimento de trabalho, alterações de humor frequentes, alterações no sono, falta de motivação, perda de apetite sexual, dores de cabeça e enxaquecas e tensão muscular.

Como aliviar
Reconhecer qual a causa da fadiga e eliminá-la é a forma mais eficaz de acabar com esse estado de astenia. Por outro lado, existem outros aspectos que pode ter em conta:

1. Dieta equilibrada e variada.
Aumentar e a ingestão de cereais, legumes, frutas e verduras da época, ou dito de outra forma, aumente o consumo de hidratos de carbono e reduza o consumo de gorduras.

Para além do mais, é benéfico consumir produtos integrais, ricos em fibras e vitaminas do grupo B, aumentar o consumo de ácidos gordos polinsaturados, como os ómega 3 que se encontram fundamentalmente no peixe e consumir alimentos com probióticos que ajudem a reforçar o sistema imunológico. Em contrapartida, convém evitar os chamados açúcares rápidos: bolos, pasteis, etc., as gorduras saturadas, os fritos e as comidas muito elaboradas.

2. Refeições com hora certa
Convém dividir o dia por 5 refeições, sem que passem mais de 4 horas entre uma e outra. Entre as refeições, é aconselhável ingerir alimentos ricos em vitaminas e minerais como frutas, sumos naturais e iogurtes.

3. Hidratar-se
A água é um bom aliado. Há que consumir uma quantidade suficiente de água durante o dia, uma vez que favorece a função renal. Ter sempre uma garrafa de água por perto pode ajudar a tomar a quantidade necessária. Sempre que puder complemente com infusões e sumos.

4. Dormir bem
O sono deve ser reparador e convém dormir cerca de 8 horas. Para dormir melhor ,as refeições devem ser ligeiras e feitas pelo menos duas horas antes de se deitar, de modo a que a digestão não interfira no sono.

5. Realizar exercício físico moderado
Recomenda-se cerca de uma hora de exercício diário para libertar as endorfinas. Passear, nadar, dançar, andar de bicicleta ou fazer yoga são opções ao alcance de todos. Se os exercícios poderem ser feitos ao ar livre, melhor. Praticar actividade física no exterior facilita a adaptação à estação.

6. Evite os estimulantes
Evite substâncias como o álcool, o tabaco, e as bebidas excitantes como o café, que podem ser substituídas por infusões ou equivalentes sem cafeína.

7. Descansar
Sempre que possível, é aconselhável fazer pequenos descansos de cinco minutos durante a jornada laboral, principalmente para quem passa o dia em frente ao computador.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

Páginas