Circular Informativa N.º 157/CD/8.1.7
Certificado CE de conformidade relativo a dispositivos para terapia laser do fabricante Meridian Co., Ltd foi retirado devido à...

O certificado CE de conformidade G1 13 05 59713 014, emitido pelo organismo notificado TÜV SÜD Product Service GmbH Zertifizierung Medizinprodukte, com o código 0123, relativo a dispositivos para terapia laser do fabricante Meridian Co., Ltd. (República da Coreia), com o mandatário MGB Endoskopische Geraete GmbH Berlin, foi retirado a 18/06/2014 devido à impossibilidade de realização da auditoria.

Em Portugal, não foi identificado registo da comercialização de dispositivos médicos deste fabricante mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que:

- Caso seja detectada a existência de dispositivos para terapia laser do fabricante Meridian Co., Ltd., com marcação CE associada ao código 0123 e ao certificado CE de conformidade supramencionado, os mesmos não sejam adquiridos ou utilizados, uma vez que, com a retirada do respectivo certificado CE de conformidade, não está assegurada a sua avaliação de conformidade, o que põe em causa a segurança, qualidade e desempenho destes dispositivos médicos;

- A existência destes dispositivos em Portugal seja reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Provedor lança primeira pedra
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investir 11 milhões na ampliação e polivalência do Hospital de Sant’Ana. Pedro...

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, a propósito do 110º aniversário do Hospital Ortopédico de Sant’Ana lançará a primeira pedra de uma nova unidade hospitalar, que vem complementar a resposta já existente.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investir 11 milhões de euros na construção desta unidade, que vai dispor de serviços de internamento com 60 camas, um bloco operatório com 4 salas, uma unidade de cuidados intensivos com 6 camas e uma unidade de recobro com 32 postos.

 

Faculdade de Ciências da Saúde
Em Setembro, a Faculdade de Ciências da Saúde é palco das Jornadas de Saúde do Idoso e o XI Congresso Hispano-Luso de...

O ano lectivo terminou, mas a Universidade da Beira Interior (UBI) está já a preparar iniciativas científicas para 2014/15. Em Novembro, a Faculdade de Ciências da Saúde recebe as Jornadas de Saúde do Idoso e o XI Congresso Hispano-Luso de Gerontologia.

As VII Jornadas de Saúde do Idoso são tidas pela organização como “um importante evento com uma apreciável adesão e um importante impacto nos profissionais e instituições que se dedicam à intervenção com pessoas idosas”. Quanto ao XI Congresso Hispano-Luso de Gerontologia, é resultado da “estreita e continuada rede de colaboração e investigação na área do envelhecimento entre docentes e investigadores da UBI, da Universidade Pontifícia de Salamanca e da Universidade da Extremadura (Espanha)”, ainda segundo os promotores da iniciativa que pretende “promover a divulgação e disseminação de conhecimentos, tendências e boas práticas na promoção da dignidade e qualidade de vida na velhice entre os destinatários profissionais, comunidade científica e estudantes”.

Os interessados em participar nos eventos podem enviar propostas de comunicações orais e posters até 15 de Setembro. As inscrições estão abertas até 31 de Outubro, com preços diferenciados até 30 de Setembro e pós 30 de Setembro.

A organização de ambas as iniciativas pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira (ACES Cova da Beira), UBI – através do Departamento de Psicologia e Educação –, Faculdade de Ciências da Saúde, Asociación de Psicología Evolutiva y Educativa de la Infancia, Adolescencia, Mayores y Discapacidad (INFAD) e G-21: Asociación Europea Unión por la Innovación.

 

Congresso médico na Guarda

A UBI colabora também com outra iniciativa ligada à saúde, mas desta vez a realizar-se na Guarda. Trata-se do I Congresso Médico da Beira Interior, que terá lugar entre 24 e 27 de Setembro. A chamada para comunicações está aberta até 12 de Setembro.

Promovido pela Unidade Local de Saúde (ULS) Guarda, Centro Hospitalar Cova da Beira e ULS de Castelo Branco, o evento de irá reunir na Guarda um grande número de congressistas e terá como tema geral a Urgência e abordará as várias especialidades como a Pediatria, a Gastroenterologia, a Psiquiatria, a Neurologia, a Cardiologia, a Pneumologia, a Ortopedia, a Cirurgia, a Medicina Interna e a Medicina Geral e Familiar.

“Devido ao facto do Congresso ter o apoio Científico da Faculdade de Ciências da Saúde, as inscrições são grátis para alunos, tendo todos os participantes dispensa das actividades lectivas durante os dias do evento. Trata-se uma óptima oportunidade para apresentarem trabalhos ou publicarem Teses de Mestrado, num evento de dimensão nacional”, considera a organização.

No veleiro Oceans of Hope
Uma portuguesa portadora de esclerose múltipla participa em aventura marítima de circum-navegação de 17 meses com o objectivo...

O veleiro Oceans of Hope partiu de Copenhaga numa viagem histórica à volta do mundo e estará na Marina do Parque das Nações, em Lisboa, entre 28 de Julho e 2 de Agosto para recolher a representante portuguesa desta viagem única. É a primeira volta ao mundo em circum-navegação numa embarcação tripulada por doentes com Esclerose Múltipla (EM). O barco deverá entrar na Marina do Parque das Nações no dia às 17h30.

Oceans of Hope é o veleiro que dá forma a uma campanha com o mesmo nome, organizada pela fundação dinamarquesa Sailing Sclerosis. O objectivo deste projecto, que tem a duração de 17 meses, é alterar percepções relativas à EM, mostrando o que é possível atingir quando pessoas com uma doença crónica são desafiadas à conquista de novas metas individuais.

A tripulação que deixou Copenhaga na tarde de 15 de Junho para a viagem de 61.000 km (33.000 milhas marítimas) esteve envolvida no estabelecimento de uma rede de pessoas com experiência regular de vela, portadoras de EM. Através de eventos de vela organizados durante as paragens do veleiro nos 20 portos previstos ao longo da viagem, nomeadamente Lisboa, a Sailing Sclerosis pretende alargar a rede já criada, alavancando o projecto Oceans of Hope.

O percurso previsto para esta viagem levará o veleiro de Copenhaga a Kiel, na Alemanha, naquela que é a primeira paragem (19- 22 Junho), seguindo-se Amesterdão, Holanda (26-29 Junho), Portsmouth, Reino Unido (3-6 Julho), La Rochelle, França (10-14 Julho) e Lisboa (28 Julho - 2 Agosto). De Lisboa, o Oceans of Hope parte para a travessia do Atlântico até Boston, Massachusetts, nos EUA, onde se espera que a tripulação desembarque a 8 de Setembro. O Oceans of Hope toma então lugar na conferência ACTRIMS-ECTRIMS, o maior evento internacional do mundo dedicado à investigação na área da Esclerose Múltipla.

Mikkel Anthonisen, de 47 anos, especialista na Universidade/Hospital de Copenhaga, Rigshospitalet, é o fundador da fundação Sailing Sclerosis. Médico, psicoterapeuta e velejador, constatou a importância do envolvimento de portadores de EM em actividades de vela quando no início de 2013 conheceu um doente que alimentava a esperança de voltar a velejar. Daí nasceu o sonho de circum-navegar o globo com portadores de EM a bordo.

O especialista comenta que “Hoje é um dia maravilhoso. Não tenho a certeza de que há 18 meses alguém teria acreditado que isto seria possível, mas a prova é que tudo é possível quando acreditamos e nos empenhamos. Todos na nossa organização e em torno dela, incluindo toda a tripulação a bordo, trabalhou afincadamente para que fosse possível colocar o Oceans of Hope no mar. Fizeram mesmo um trabalho fantástico. Este projecto mostra ao mundo que ‘sim, conseguimos fazê-lo!’ – mesmo após um diagnóstico de doença crónica e potencialmente incapacitante.”

Luísa Matias, a portadora de EM que em breve se juntará à tripulação, considera que “atravessar o Oceano Atlântico no Oceans of Hope é sinal que estou pronta para deixar em terra o que me prende à EM. Esta oportunidade significa que vou conquistar um sonho meu e levar a bordo todas as mensagens das pessoas que também têm esta doença. E vou-lhes trazer esperança. As minhas vitórias são também de todos, porque as partilho com a paixão de quem segue o coração”.

A Biogen Idec juntou-se à campanha da fundação Sailing Sclerosis, Oceans of Hope, como Parceiro Oficial.

De acordo com Sérgio Teixeira, director-geral da Biogen Idec Portugal, “é com muito prazer que a companhia se associa a um projecto inédito de cariz social tão forte. Tal como os portugueses no século dos Descobrimentos, também a equipa do Oceans Of Hope parte à conquista do mundo numa viagem única, suplantando as limitações que em muitos casos estão associados à esclerose múltipla. Estes corajosos marinheiros deverão servir de exemplo não só para a comunidade de doentes e médicos mas também para as suas famílias e população em geral”.

Mikkel continua, “Estamos muito gratos à Biogen Idec por nos ajudar a tornar possível este nosso sonho de dar a volta ao mundo com pessoas com EM”.

Dados revelados na conferência internacional
O número de pessoas com VIH/sida em todo o mundo é 18,7% menor do que o calculado pela ONU/Sida, em 2012, segundo dados...

“O nosso cálculo de pessoas que vivem com VIH é uns 18,7% mais baixo do que a ONU/Sida estimou em 2012”, de acordo com dados de uma investigação da Universidade de Washington. O documento mostra que o número de pessoas com VIH, tuberculose e malária desceu em todo o mundo desde 2000.

Durante o ano passado registaram-se 1,8 milhões de novas infecções por VIH e cerca de 1,3 milhões de mortes, quando, no “pico da epidemia em 2005”, ocorreram 1,7 milhões de mortes.

O estudo indica, contudo, que embora os dados gerais apresentem uma tendência de descida, 101 países, 74 dos quais em desenvolvimento, registaram um aumento da incidência do VIH.

É destacado que as epidemias na América Latina e na Europa Oriental são substancialmente menores do que foi calculado anteriormente, enquanto as taxas são mais elevadas na Ásia-Pacífico, especialmente na Tailândia e Papua Nova Guiné.

Na conferência que decorre em Melbourne, uma das principais sessões discutiu o impacto das políticas de droga nas pessoas que consomem drogas injectáveis, a propagação do VIH e doenças associadas como a tuberculose e a hepatite.

Os principais avanços no tratamento do VIH/sida e das doenças associadas são outro tema central durante toda a conferência, cuja parte científica começou no domingo e se estende até sexta-feira.

Na sua mensagem de abertura do evento, o director executivo do ONU/Sida, Michel Sidibé, afirmou: “Acabar com Sida é o único sonho que todos devemos ter”.

 

Polémico
O Código de Ética para os profissionais da saúde, um dos motivos da última greve dos médicos, foi publicado em Diário da...

Segundo o diploma, que tinha gerado polémica levando os médicos a apelidarem-no de ‘lei da rolha, o sigilo profissional pode ser quebrado para “comunicação de irregularidades, nomeadamente situações que prefigurem erros ou omissões que possam prejudicar os destinatários da actuação da instituição”.

O despacho, publicado na segunda-feira [21 de Julho], prevê também a quebra de sigilo “perante a obrigação de comunicação ou denúncia de factos relevantes às instâncias externas administrativas reguladoras, inspectivas, policiais e judiciárias”.

A criação do Código de Conduta Ética gerou polémica, tendo levado os médicos a apelidá-lo de “lei da rolha”, por considerarem que tinha como objectivo a criminalização de denúncias, inibindo, desta forma, os profissionais de saúde de falarem.

O texto inicial de projecto Código de Ética referia que, “salvo quando se encontrem mandatados para o efeito, os colaboradores (…) devem abster-se de emitir declarações públicas, por sua iniciativa ou mediante solicitação de terceiros, nomeadamente quando possam pôr em causa a imagem [do serviço ou organismo], em especial fazendo uso dos meios de comunicação social”.

Outro ponto polémico do documento dizia respeito às ofertas a receber pelos profissionais de saúde, que inicialmente se propunha que fossem encaminhadas para instituições de solidariedade.

No despacho agora publicado em Diário da República, permite-se aos profissionais receberem ofertas entregues “por força do desempenho das funções (….) que se fundamentem numa mera relação de cortesia e que tenham valor insignificante”.

O Sindicato Independente dos Médicos considerou já, numa nota publicado no seu site, que este documento final “não merece reparos sindicais e jurídicos, sem prejuízo de se dever atentar com toda a cautela os resultados futuros das aplicações (…) do despacho em cada estabelecimento”.

Aliás, o despacho prevê que cada entidade do Ministério da Saúde desenvolva cada princípio do Código “de acordo com as suas especificidades”.

 

Hospitais do Centro
Um estudo realizado na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra revela que os doentes de quatro hospitais da região Centro têm ...

“É uma péssima média”, classificou Fernando Amaral, docente que coordenou o estudo, recordando que noutros países, como Reino Unido ou o Canadá, a média de horas é de sete por dia.

Nos hospitais analisados, há serviços “com uma média de 12 doentes por enfermeiro”, quando noutros países a média se situa em “um enfermeiro para cada cinco doentes”, observou Fernando Amaral, considerando que esta constatação “tem repercussões” na saúde dos doentes.

“Há poucos enfermeiros e o que pode acontecer é o aumento da mortalidade”, constatou, frisando que, “se existem poucos enfermeiros para vigiar os doentes, há a possibilidade de as pessoas morrerem”.

Fernando Amaral referiu ainda que “muitos dos reinternamentos ocorrem porque os doentes vão mal preparados para a casa”, devido à falta de enfermeiros, que leva também a que os serviços sejam “menos eficientes e que as demoras médias sejam maiores”.

Segundo o docente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), o Estado não “está a dar resposta à mudança demográfica”, em que os doentes, hoje, “são mais velhos e por isso têm mais dependências”, necessitando de mais cuidados de enfermagem.

O estudo envolveu mais de 300 enfermeiros e cerca de 2 mil doentes de medicina geral e de cirurgia geral de quatro hospitais da região Centro.

 

Provedor deu razão aos médicos
O Provedor de Justiça deu razão aos médicos e concluiu que concursos fechados são ilegais. O Ministério da Saúde discorda. Diz...

Maria fez a especialidade em Lisboa. E, como os colegas, aguardou a publicação do concurso com as vagas a que poderia concorrer. Mas não havia nenhuma em Lisboa. Havia, em vez disso, uma vaga em Beja ou no Oeste, onde ficaria distante da família e do marido, que trabalha em Lisboa. Cinco meses depois abre novo concurso, com cinco vagas no hospital onde queria trabalhar. A indignação rebentou. Afinal, o concurso não era para si, mas para os alunos que terminaram na época seguinte. A solução é pôr o Estado em tribunal.

Há dezenas de médicos como Maria, que ficaram fora de concursos anteriores ou gostavam de mudar de local de trabalho. Ainda em Junho foi aberto um novo concurso, limitado aos médicos formados na primeira época de 2014.

O provedor de Justiça considera que estes concursos fechados são ilegais e sugere ao Ministério da Saúde que proceda a mudanças. Mas a tutela discorda e diz que está dentro da legalidade, admitindo estudar as preocupações quando revir o regime do internato médico.

 

Bruxelas alerta
A Comissão Europeia defende, numa resposta à Quercus, que o Governo português tem a obrigação de avaliar os riscos da exposição...

“A Quercus já obteve a resposta que confirma haver uma obrigatoriedade por parte de uma directiva comunitária relativamente à protecção dos trabalhadores aos riscos de exposição ao amianto”, disse Carmen Lima, da associação de defesa do ambiente.

A ambientalista acrescenta que, “no caso concreto dos funcionários públicos, há responsabilidade do Governo português enquanto empregador de avaliar os riscos de exposição ao amianto e proteger os trabalhadores que estiverem expostos a estes riscos”.

A Comissão Europeia [CE] diz que “já percebeu que há inconformidade e vai contactar o Governo português para questionar se fizeram ou não a identificação dos riscos de exposição e, se sim, quais as medidas que estão a prever para as situações de risco”, avançou Carmen Lima.

A Quercus repetiu, em Novembro, uma denúncia junto da CE acerca de uma situação que tem originado várias críticas e exigências ao Governo de identificação nos imóveis do Estado do amianto, substância que era utilizada em estruturas de construção, como tectos ou chão, e que foi proibida por ser cancerígena.

“Há uma directiva comunitária que diz que um empregador deve fazer uma avaliação dos riscos de exposição dos seus empregados a substâncias perigosas e depois deverá proteger aqueles que estiverem expostos a substâncias perigosas como é o caso do amianto”, disse Carmen Lima.

Mas, verificava-se “uma diferença” na interpretação das regras constantes na directiva e no despacho publicado pelo Governo para a elaboração do levantamento dos edifícios.

Agora, “explicámos que havia uma obrigatoriedade de uma directiva e que o Estado português tinha definido que a forma de fazer a avaliação do risco era o levantamento, mas não o tinha feito”, além de ter havido “mesmo declarações da anterior ministra do Ambiente a dizer que não era uma prioridade para o Governo”, relatou a especialista da Quercus.

Para os ambientalistas, a resposta da CE é positiva porque “já não é só a Quercus ou outras entidades portuguesas a pressionarem o Governo para gerir esta questão do amianto com seriedade, assumindo a responsabilidade de fazer a identificação, trabalhar os dados e fazer a avaliação do risco”.

Se não existir informação, “os trabalhadores partem do princípio de que todas as situações são de risco e há um alarmismo que acaba por alastrar a todas as entidades públicas. A única forma de combater o alarmismo é fazer a identificação”, concluiu Carmen Lima.

Em Junho, a Quercus propôs ao Governo uma estratégia que contempla um plano de intervenção para identificar a presença de amianto e indica a Autoridade para as Condições de Trabalho como coordenadora do trabalho.

A estratégia propõe a promoção do diagnóstico ao edificado público, a identificação e sinalização das situações prioritárias, para as quais deverão ser definidas acções de monitorização e intervenção.

 

Comparticipação
O Ministério da Saúde decidiu avançar com a inclusão da vacina pneumocócica no Plano Nacional de Vacinação. A comparticipação...

Em resposta a uma questão colocada pelo Bloco de Esquerda, a tutela informou o grupo parlamentar de que a Direcção-Geral de Saúde, o Infarmed e a central de compras do SNS se encontram a negociar com uma farmacêutica, avança o jornal i. A resposta do Ministério da Saúde não avança, por isso, quando será comparticipada esta vacina, que neste momento significa uma despesa na casa dos 250 euros para as famílias.

O pedido de informação do Bloco de Esquerda surge quando passa mais de um ano desde que a Assembleia da República recomendou ao Governo a inclusão da vacina pneumocócica no Programa Nacional de Vacinação (PNV). Em Fevereiro, quando esta resolução completou um ano, a Direcção-Geral de Saúde garantiu que o assunto era prioritário e disse esperar ter conclusões sobre o dossier em três meses.

A vacina previne infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae como meningites, pneumonias ou otites. Actualmente só as crianças com doenças que as tornam mais vulneráveis à infecção, incluindo portadores de algumas doenças genéticas e raras, têm acesso a vacinação gratuita.

Dicionário de A a Z
A desidratação resulta da eliminação de água e sais minerais do organismo e acontece quando o balanç
Desidratação

Pode dizer-se que existe uma tendência natural para a desidratação na medida em que os rins têm que, continuamente e mesmo numa pessoa desidratada, excretar uma quantidade mínima de urina (idealmente cerca de 100 ml /hora), de modo a haver eliminação das substâncias tóxicas do organismo. Por outro lado, estamos continuamente a libertar água pela pele e pela respiração.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Perturbação da linguagem
A afasia é uma perturbação que afecta a capacidade da pessoa entender o que está a ser dito e expres
Afasia

Afasia é uma palavra de origem grega (a+phasis), que significa defeito ou perda da palavra, consequente a lesão de centros cerebrais.

Pode ser causada por acidente vascular cerebral (AVC) traumatismo craniano, infecções, inflamações e tumores cerebrais. Contudo, a causa mais frequente destas situações é o AVC.

Um AVC ocorre quando uma determinada artéria cerebral, que é responsável pela irrigação sanguínea de um determinado território do cérebro, responsável por uma determinada função, é obstruída (AVC isquémico) ou rompe (AVC hemorrágico), provocando a interrupção do fornecimento de oxigénio a essa área. Consequentemente os tecidos cerebrais morrem e a função que desempenhavam deixa de ser executada.

O lado esquerdo do cérebro é responsável por várias funções, incluindo as da sensibilidade e do movimento do braço e da perna direitos, assim como a linguagem e a comunicação. Deste modo, se o lado esquerdo do cérebro for atingido, podem surgir alterações diversas destas funções, dependendo do local e da extensão da área atingida.

Com base na localização da área atingida e dos sintomas apresentados pelo paciente, são frequentemente descritos diferentes tipos de afasia. Assim, podemos ter:

(+) Capacidade mantida / (-) Capacidade perturbada

Défices Associados à Afasia:

Alexia - Na afasia pode haver perturbação da leitura em diferentes níveis, podendo esta incapacidade ser parcial ou total.

Agrafia - independentemente de se poder ou não utilizar a mão direita para escrever, são frequentemente encontradas perturbações da escrita em diferentes níveis, podendo esta incapacidade ser parcial ou total.

Acalculia - o cálculo está também muitas vezes perturbado. Lidar com números, fazer contas ou usar dinheiro, poderão ser tarefas muito complicadas.

Algumas das possíveis consequências da afasia

Por vezes, as dificuldades de comunicação impedem que o afásico seja capaz de contar como foi o dia, de dizer como se sente, e até de explicar onde sente dor. Isso impede que consigam ter rotinas que antes eram absolutamente comuns e banais, como, por exemplo, ir ao café.

Estas incapacidades podem levar ao desespero, à frustração, ao isolamento e até à agressão física. Afectam a auto-estima e a auto-imagem, modificam a autonomia, a estrutura familiar, profissional e social da pessoa afásica, sendo a depressão muito comum, seja no afásico seja no seio familiar.

Na comunicação

  • Difuculdade de expressar os pensamentos através da fala
  • Dificuldade de compreender o conteúdo verbal do que está a ouvir
  • Incapacidade de reconhecer palavras escritas (alexia)
  • Perturbação da capacidade de escrever devida a lesão neurológica (agrafia)
  • Perturbação da capacidade de cálculo escrito ou mental (acalculia)
  • Fadiga em manter uma conversação
  • Fadiga em ouvir um grupo a conversar
  • Irritação/frustração quando tem de falar
  • Irritação/frustração quando não encontra a palavra certa
  • Irritação quando os outros o interferem de forma a fazerem ajustes no seu discurso
  • Frustração quando as pessoas não o entendem e/ou não fazem um esforço para o compreenderem
  • Dificuldades na realização de gestos

Psicológicas

  • Depressão
  • Confusão
  • Resistência
  • Isolamento
  • Agressão
  • Modificação da auto-estima
  • Modificação da auto-imagem
  • Labilidade emocional, caracterizada por mudanças de humor

No comportamento

  • A patologia, as sequelas e as perdas impostas pelo acometimento cerebral podem ocasionar mudanças no comportamento e feitio do indivíduo afásico como, por exemplo, agressividade, reacções catastróficas, humor depressivo, dependência, reacções de indiferença, negação e tendência para um comportamento irónico ou eufórico. É comum os familiares queixarem-se de que o afásico já não parece a mesma pessoa, mas é comum também o afásico queixar-se de que já não é o mesmo e que a vida não faz sentido.

O afásico experimenta sentimentos negativos, contraditórios e intensos, sendo esperada uma mudança no comportamento e necessário o apoio dos familiares e o respectivo acompanhamento psicológico que, muitas vezes, será centrado na família.

Na autonomia

  • Dependência psicológica
  • Dependência física, agravada quando existem dificuldades motoras
  • Afecta uma variedade de actividades diárias, como: conduzir, caminhar ou vestir-se
  • Limita a possibilidade de autonomia em relação a desejos e escolhas

Familiar

  • Atrito com o cônjuge
  • Perda de autoridade
  • Alteração dos papeis no seio familiar
  • Agressão em relação à pessoa com afasia
  • Agressão do afásico em relação à família
  • Depressão dos membros da família
  • Desgaste emocional e físico do familiar que poderá afectar a sua própria saúde
  • Atenção centrada na pessoa com afasia

Social

  • Afastamento ou diminuição da vida social
  • Dificuldade por parte dos amigos e familiares em conviver com o afásico por se sentirem incapazes de lidar com os seus problemas de comunicação chegando, por vezes, a evitar frequentar locais públicos.
  • Amigos e familiares podem evitar estar com a pessoa com afasia uma vez que estão embaraçados com os seus problemas de comunicação e pela sua própria incapacidade de lidar com eles
  • As famílias, por vezes, evitam sair devido à vergonha que sentem
  • Alteração do "status" social
  • Alterações nos hobbies

Profissional e financeira

  • Perda ou redução das possibilidades de emprego
  • Alteração das condições profissionais
  • Alteração das condições financeiras

Tratamento

O princípio básico da reabilitação da fala é auxiliar o afásico a utilizar funcionalmente e ampliar todas as suas capacidades comunicativas residuais.

É essencial considerar, além dos aspectos linguísticos, as consequências sociais e emocionais da afasia, sendo os familiares os maiores parceiros neste tratamento.

Uma equipa de intervenção na afasia pode incluir, entre outros profissionais, Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Fisioterapeutas, Técnicos de Serviço Social e a equipa médica, de forma que cada um destes profissionais contribua para o melhor prognóstico do paciente.

Trata-se de uma intervenção complexa, demorada, mas gratificante.

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Alertas e indicações
Há medicamentos que podem ter um impacto mais negativo na condução do que o álcool, especialmente no
Medicamentos e condução

O uso de alguns medicamentos pode diminuir capacidades do condutor, fundamentais para a prática de uma condução em segurança. Uma diminuição da atenção, da concentração, dos reflexos, das capacidades visuais e de raciocínio ou da coordenação motora e um aumento do tempo de reação do condutor podem ser fatores determinantes de acidente.

Esta realidade é agravada pelo facto de, com frequência, as pessoas não se apercebem que têm essas capacidades alteradas.

Medicamentos psicotrópicos

No caso destes medicamentos, nomeadamente tranquilizantes e os receitados para a insónia, é necessário ter especial cuidado porque podem continuar a actuar durante várias horas mesmo depois de estar acordado. Os efeitos negativos destes medicamentos podem aumentar se não dormir o número de horas suficiente (cerca de 7 a 8 horas por noite).

Pessoas idosas

Os medicamentos actuam de forma diferente de pessoa para pessoa, seja em relação ao tempo de absorção, que pode ser de horas a alguns dias, ou aos efeitos que provocam. Sobretudo com o avançar da idade, deve ter-se um especial cuidado com os efeitos secundários dos medicamentos na segurança da condução.

Doenças crónicas

No caso de algumas doenças crónicas, nomeadamente do sistema nervoso ou de foro mental, epilepsia, diabetes, hipertensão arterial ou perturbações cardíacas, um tratamento adequado é fundamental para que se possa conduzir em segurança. Se tem uma destas doenças e, por esquecimento ou outra razão, não tomar os medicamentos prescritos, deve abster-se de conduzir.

Trabalho por turnos

Os trabalhadores por turnos se vão conduzir devem ter um especial cuidado com o uso dos medicamentos, particularmente com os psicotrópicos, devido à irregularidade dos períodos de sono que pode agravar os efeitos secundários destes medicamentos.

Indicações práticas

  1. Não tome medicamentos que não tenham sido receitados recentemente pelo seu médico. O que é bom para um amigo ou vizinho pode não ser para si.
  2. Antes de iniciar a toma de um medicamento verifique sempre, com o seu médico, farmacêutico ou através da informação que acompanha o medicamento, se os seus efeitos podem afectar a condução.
  3. Seja especialmente cuidadoso se o folheto informativo do medicamento contiver algum destes avisos:
  • "Este medicamento pode causar sonolência e pode aumentar os efeitos do álcool".
  • "Este medicamento pode afectar a vigilância mental e/ou a coordenação motora".

Se isso acontecer não conduza ou manipule máquinas.

  • Quando iniciar a toma de um medicamento que possa alterar a sua capacidade de condução, antes de voltar a conduzir, aguarde alguns dias até se ter adaptado aos seus efeitos.
  • Respeite as doses e os horários prescritos para a toma dos medicamentos.
  • Se sentir efeitos secundários que possam afectar a condução, não conduza sem falar com o seu médico para, eventualmente, substituir o medicamento.
  • Não ingira bebidas alcoólicas quando tomar medicamentos porque os seus efeitos podem potenciar-se mutuamente.
  • Quando estiver a tomar medicamentos evite outras substâncias ou produtos, mesmo que sejam naturais ou de ervanária, como estimulantes ou energéticos, porque podem aumentar o risco para a condução.

Sinais de alerta dos efeitos de medicamentos

  • fadiga, sonolência, cansaço confusão mental, vertigens, tonturas ou sensação de cabeça vazia;
  • perturbações da percepção, especialmente da visão;
  • náuseas ou mal-estar;
  • tremores, alterações da coordenação motora, movimentos involuntários;
  • dificuldade em pensar claramente ou em se concentrar;
  • irritação ou agressividade;
  • excesso de confiança / perda da noção de perigo;
  • irregularidades na condução, variando entre velocidade lenta e rápida ou incapacidade de manter a trajectória.

Tenha uma atenção especial aos medicamentos para: insónias, doenças nervosas, problemas cardíacos, tensão arterial, dores, gripes, alergias, diabetes, epilepsia, tosse (xaropes), olhos (gotas ou pomadas) e anestesias e todos os que actuam a nível do sistema nervoso central (psicotrópicos). Tenha também atenção aos vários medicamentos de venda livre, frequentemente auto medicados, pois podem contribuir para uma condução de risco.

Conduza apenas se sentir que pode fazê-lo em segurança. Se toma medicamentos que podem afectar a condução, seja particularmente cuidadoso. Se possível, faça viagens curtas, durante o dia, a velocidade moderada, utilizando caminhos que conheça e com pouco tráfego.

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Em Peniche
O presidente da câmara de Peniche exige garantias de que o Ministério da Saúde não vai fechar o Serviço de Urgência Básica do...

Por esta razão, a Comissão de Acompanhamento do Hospital de Peniche vem a Lisboa entregar em mão uma carta ao ministro Paulo Macedo, após pedidos desde 2011 para que a tutela receba esta comissão.

“Quando Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”, sublinhou António José Correia, que pretende “intervenções de qualificação no Hospital e, concretamente, no Serviço de Urgência Básica”.

Com estas intervenções, o autarca de Peniche pretende melhorar as condições de atendimento para que os habitantes da cidade não venham a usar outros hospitais.

Operação Nariz Vermelho
As crianças hospitalizadas no Hospital de São João do Porto receberam no sábado, 19 de Julho, a visita surpresa da cantora...

No âmbito da sua world tour, a artista decidiu conhecer o trabalho desenvolvido pelos Doutores Palhaços que todas as semanas levam alegria às crianças hospitalizadas. A visita decorreu entre as 12h00 e as 14h00, altura em que Joss Stone teve oportunidade de colocar o nariz pela causa e contactar directamente com os mais pequenos.

Segundo a responsável de comunicação da ONV, Magda Ferro, “foi com extrema satisfação que vimos o nosso trabalho procurado e reconhecido por uma artista tão prestigiada como é Joss Stone, e foi, sem dúvida, um privilégio levá-la a conhecer de perto o nosso trabalho junto das crianças.”

A Operação Nariz Vermelho é uma instituição particular de solidariedade social que tem como objectivo levar alegria às crianças hospitalizadas promovendo, semanalmente, visitas de Doutores Palhaços às enfermarias pediátricas de 13 hospitais do país, incluindo o Hospital de São João, no Porto.

Em 2013
Os portugueses consumiram menos carne, leite, fruta, vinho e cereais em 2013, um ano que fica também marcado por um ligeiro...

Cada residente em território nacional consumiu, em média 105 quilos de carne (106 em 2012), 130 quilos de cereais (131 em 2012), 80 litros de leite (83 em 2012) e 40 litros de vinho (47 em 2012).

O consumo de leite e derivados tem vindo a decrescer desde 2008 (-10,3% entre 2008 e 2013), atingindo apenas 1.307 mil toneladas em 2013.

No caso do vinho, a produção registou um acréscimo de 12,2% na campanha de 2012/2013, enquanto o consumo caiu 16,5%, melhorando o grau de aprovisionamento.

Quanto ao arroz, o consumo humano manteve-se estável (16,3 quilos em 2013 face aos 16,2 quilos consumidos em 2012), não acompanhando a tendência de decréscimo da produção (-6,4%), o que obrigou a um aumento das importações (58,3%) para satisfazer as necessidades de consumo.

Em termos de fruta, o consumo “per capita” ficou-se pelos 98 quilos na campanha de 2012/2013, menos 13,4 quilos do que na anterior campanha.

Portugal não é autossuficiente em frutos e importou, em média, cerca de 30% do que consumiu entre 2010/2011 e 2012/2013.

No que respeita à carne, Portugal produziu apenas 72,9% da quantidade necessária para satisfazer as necessidades de consumo (76% em 2012).

O saldo da balança comercial agroalimentar em 2013 foi deficitário em 3,7 mil milhões de euros, o que significa mais 39 milhões de euros do que no ano anterior.

As importações aumentaram 5,6%, atingindo um valor de 7,2 mil milhões de euros, enquanto as exportações cresceram 11% face a 2012, totalizando 3,5 mil milhões de euros.

O saldo da balança comercial dos produtos florestais manteve-se excedentário (2,5 mil milhões de euros) e melhorou 140 milhões de euros face a 2012.

Peritos no VIH/SIDA
Participantes na conferência internacional sobre VIH expressaram a sua indignação em relação a países com leis que estigmatizam...

Este assunto divide de forma acentuada os países ricos, contra a discriminação dos homossexuais, dos estados mais pobres, que têm adoptado legislação homofóbica.

A Prémio Nobel da Medicina e coautora da descoberta do vírus da sida, Françoise Barré-Sinoussi chamou a atenção para uma realidade cruel em todo o mundo: “o estigma e a discriminação continuam a ser as principais barreiras para o acesso efectivo aos cuidados”.

“Precisamos de gritar bem alto que não vamos ficar parados quando os governos, violando os princípios dos direitos humanos, estabelecem leis monstruosas que apenas marginalizam as populações já vulneráveis”, declarou, citada pela agência France Presse.

Especialistas presentes na conferência internacional avisam que se os homossexuais ou bissexuais são ameaçados com prisão ou perseguição, evitarão fazer o teste da Sida ou procurar tratamento caso já estejam infectados: “esta atmosfera tóxica de silêncio e medo é um perfeito terreno fértil para a propagação do VIH”.

Os cerca de 12 mil participantes na conferência de Melbourne são convidados a assinar uma declaração que salienta que os homossexuais e transgénero “devem ter os mesmos direitos e igualdade de acesso à prevenção, assistência, informação e serviços para a sida”.

Segundo um relatório da ONUSIDA divulgado na semana passada, 79 países têm leis que criminalizam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e sete deles preveem a pena de morte.

Enquanto os direitos dos homossexuais têm aumentado nos países ocidentais, noutros estados, como em alguns africanos e na Rússia, tem-se reforçado a legislação contra a homossexualidade.

Acabar com VIH/SIDA
Delegados da conferência internacional sobre Sida que decorre em Melbourne defenderam hoje que a descriminalização do uso de...

Uma das principais sessões de hoje da conferência discutiu o impacto das políticas de droga nas pessoas que consomem drogas injectáveis, a propagação do VIH e doenças associadas como a tuberculose e a hepatite.

Segundo os delegados, “a guerra global contra as drogas fracassou”, especialmente no que respeita ao VIH, defendendo que é o momento de substituir a criminalização e a punição de quem usa drogas por tratamentos e cuidados de saúde.

“A reforma da política de drogas não deve ser vista de forma isolada”, declarou o Comissário Global contra as drogas, o empresário britânico e fundador do grupo Virgin, Richard Branson, segundo um comunicado divulgado no site da conferência internacional.

“Globalmente, estamos a usar muito dinheiro e demasiados recursos preciosos na prisão quando devíamos estar a usar dinheiro na educação, treino vocacional e, no caso de quem usa drogas, no tratamento e cuidados adequados”, referiu.

A Conferência Internacional sobre Sida arrancou sábado na Austrália ensombrada com a morte de alguns delegados à reunião, que viajavam no Boeing-777 da Malaysia Airlines que caiu quinta-feira no leste da Ucrânia.

Os organizadores do encontro expressaram profunda tristeza pela perda dos delegados que viajavam no voo MH17, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo.

Investigadora de Coimbra alerta
A professora Ananda Fernandes, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, considerou hoje que o país "vai pagar muito...

Face à dificuldade de acesso "a cuidados de saúde" e ao défice de enfermeiros, os doentes "morrem mais cedo" por falta de cuidados de enfermagem, afirmou Ananda Fernandes, sublinhando que a população envelhecida é das mais afectadas.

"Os idosos têm vulnerabilidades particulares e precisam de cuidados que requerem enfermeiros. E como em Portugal temos um défice de enfermeiros, os idosos não têm os cuidados de enfermagem que necessitariam e irão morrer seguramente mais cedo", observou a docente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e também futura directora do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia em Portugal.

Outros grupos vulneráveis, como as crianças ou mulheres, também "estão sujeitos a esse risco", referiu, frisando que, "quando as unidades de saúde estão dotadas de pessoal qualificado em enfermagem, isso diminui a mortalidade dos doentes".

Ananda Fernandes recordou também que o maior número de pessoas com doença crónica exige "cuidados especializados", nomeadamente de enfermagem, que por vezes não é dado por falta de enfermeiros, quando "todos os anos licenciados deixam o país para trabalhar lá fora".

A iniquidade passa também "pela má distribuição em Portugal de cuidados de saúde, havendo regiões que não têm o mesmo acesso a cuidados de saúde", constatou.

A docente salientou ainda que a enfermagem vive de momento "uma revolução em termos de desenvolvimento", alertando que esta revolução "não passa apenas pela qualificação académica", mas também por "dotações nas diversas instituições que permitam que essas qualificações melhorem a saúde das pessoas".

Ananda Fernandes irá dirigir o Centro Colaborador da OMS para Enfermagem e Obstetrícia, anúncio que será feito durante a 10.ª edição da Conferência da Rede Global de Centros Colaboradores para Enfermagem e Obstetrícia, que decorre entre quarta-feira e sexta-feira, no centro de congressos do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra.

O encontro, com a organização da ESEnfC, pretende debater "o contributo dos enfermeiros no combate às iniquidades no acesso à saúde".

A designação da instituição de Coimbra como Centro Colaborador é "o reconhecimento de que o trabalho da Escola é útil para os desígnios da Organização Mundial da Saúde", referiu Ananda Fernandes.

Este será o primeiro Centro Colaborador para Enfermagem e Obstetrícia na Península Ibérica.

Especialistas dizem
Um estudo publicado esta terça-feira revela que foram salvas milhões de vidas graças aos medicamentos antirretrovirais e que a...

Publicado na revista médica britânica The Lancet, o estudo realizado por investigadores da Universidade de Washington foi apresentado na conferência internacional sobre a Sida, organizada esta semana em Melbourne, na Austrália.

Segundo a revista, trata-se do "estudo mais completo" realizado até o momento "sobre os objectivos do milénio para o desenvolvimento" envolvendo a luta contra a Sida, a malária e a tuberculose.

O documento revela que o número de novos casos de infecção pelo vírus VIH está a cair em todo o mundo, depois do pico de 2,8 milhões de casos por ano registado em 1997. Actualmente, registam-se por ano cerca de 1,8 milhões de novas infecções pelo VIH.

Segundo dados revelados neste estudo, existiam 29 milhões de pessoas infectadas pelo vírus em 2012.

O pico da epidemia de Sida ocorreu em 2005, quando o VIH matou 1,7 milhão de pessoas. Desde então, o número anual de óbitos caiu e em 2013 foi de 1,3 milhão, contra a estimativa de 1,5 milhão da ONUSIDA.

Actualmente, há 29,2 milhões de portadores de VIH no planeta, segundo o relatório, abaixo dos 35 milhões previstos.

"A nossa análise permite deduzir que a epidemia de Sida é menor do que estimado pela ONUSIDA", o organismo da ONU que coordena a luta contra o VIH, destaca o estudo dirigido por Christopher Murray, da Universidade de Washington.

Os antirretrovirais que permitem combater eficazmente o VIH até torná-lo indetectável no sangue não oferecem uma cura completa, mas permitem prolongar a vida das pessoas infetadas. No caso de mulheres grávidas, o tratamento permite evitar a transmissão do vírus para o bebé, por exemplo.

O estudo estima que a epidemia de Sida na América Latina e na Europa Oriental é menos grave do que se acreditava, mas nas Filipinas, a situação é pior.

"O investimento global nos tratamentos anti-VIH permite salvar vidas a um ritmo elevado", destaca Murray, citado pela AFP, que no entanto frisa que a eficácia dos tratamentos varia de país para país.

A conferência organizada em Melbourne pela Sociedade Internacional da Sida reúne 12 mil pesquisadores, especialistas e militantes, até 25 de Julho.

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