Estudo conclui
Andar a pé pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Esta é a conclusão de um estudo realizado por...

Deixe o carro em casa e vá a pé para o trabalho. Ou então saia do autocarro uma paragem antes da sua. Estes são alguns conselhos dados por cientistas da universidade de Cambridge que descobriram que andar a pé pode ser uma boa ajuda na prevenção do Alzheimer.

Segundo o Daily Mail, citado pelo Notícias ao Minuto, os cientistas explicam que um terço das pessoas que desenvolveu Alzheimer tinha um estilo de vida pouco saudável que passava pelo sedentarismo, obesidade, pressão alta e tabagismo.

Assim, fazer um pouco de exercício físico ajuda a reduzir o risco de desenvolver a doença, pois permite ao cérebro receber mais oxigénio e, assim, previne a formação das proteínas que causam a doença.

De acordo com os cientistas, basta caminhar durante 20 minutos três vezes por semana para ajudar na oxigenação do cérebro e na consequente prevenção da doença.

 

Dicionário de A a Z
A melancia é uma das frutas mais apetecíveis no Verão.
Melancia

 

Além de ser muito refrescante, pois cerca de 90% da sua polpa é constituída por água, não engorda e é rica em vitamina A, B e C, e minerais (cálcio, fósforo e ferro).

 

 

 

Propriedades

  • A melancia ajuda a prevenir problemas cardiovasculares e actua contra os radicais livres, substâncias nocivas que aceleram o envelhecimento das células, fazendo com que a pele perca firmeza e elasticidade;
  • É um poderoso antioxidante que está associado à redução do risco de alguns tipos de cancro, como por exemplo o cancro do pâncreas, do pulmão, do cólon e da próstata;
  • É um diurético excelente, uma vez que reduz a retenção de líquidos;
  • Tem propriedades depurativas, ajudando a eliminar substâncias residuais através da urina. É indicada para pessoas que sofrem de cálculos renais, ácido úrico elevado ou hipertensão;
  • Tem um efeito calmante a nível mental. Para potenciar esta acção, é aconselhável ingeri-la em sumo, separando as sementes.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Porque acontece?
A dor de ouvido é originada ou parece ser originada no ouvido externo ou médio.
Dor de ouvido

Até uma inflamação ligeira do canal auditivo externo pode ser muito dolorosa e a inflamação da cartilagem auditiva externa (pericondrite) pode provocar uma dor aguda, espontaneamente e ao tacto.

A infecção do ouvido médio (otite média), a causa mais frequente da dor de ouvido nas crianças, provoca uma inflamação dolorosa. A obstrução da trompa de Eustáquio (o tubo que liga o ouvido médio à parte posterior do nariz) provoca um aumento de pressão no ouvido médio que, por sua vez, exerce pressão sobre o tímpano e faz surgir a dor. As rápidas variações de pressão durante uma viagem de avião são causa de uma dor de ouvido transitória. O acto de engolir alivia a pressão e a dor.

A dor que se assemelha à dor de ouvido pode, na realidade, provir de uma estrutura próxima que partilha os mesmos nervos que vão até ao cérebro; este tipo de dor denomina-se referida. As estruturas que partilham nervos com o ouvido são o nariz, os seios peri nasais, os dentes, as gengivas, a articulação da maxila (articulação temporomaxilar), a língua, as amígdalas, a garganta (faringe), a caixa da voz (laringe), a traqueia, o esófago e as glândulas salivares por baixo das orelhas (glândulas parótidas). Geralmente, o primeiro sintoma de cancro em qualquer destas estruturas é uma dor semelhante à de ouvido.

O tratamento depende da causa da dor. A otite média é tratada com antibióticos para evitar que a infecção se agrave. Se o ouvido não parecer afectado, o médico examina as estruturas que partilham nervos com o ouvido e aplica o tratamento adequado. Os analgésicos como o paracetamol podem reduzir a dor.

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Deep Vein Thrombosis and Pulmonary Embolism and Prevention of Recurrent DVT and PE
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) and Pfizer Inc. (NYSE: PFE) announced that the Committee for Medicinal Products for...

The CHMP’s positive opinion will now be reviewed by the European Commission (EC). The decision on whether to approve Eliquis for this indication will be made by the EC and will be applicable to all European Union member states plus Iceland and Norway.

The positive opinion was based on the results from the pivotal AMPLIFY and AMPLIFY-EXT studies. AMPLIFY (Apixaban for the initial Management of PuLmonary embolIsm and deep vein thrombosis as First-line therapY), a randomized, double-blind, multicenter trial, included 5,395 patients (2,691 were randomized to Eliquis and 2,704 were randomized to standard of care, which was initial enoxaparin treatment overlapped by warfarin therapy) with confirmed symptomatic DVT or PE requiring treatment for six months, and evaluated Eliquis therapy compared to standard of care. The primary efficacy endpoint was the composite endpoint of recurrent symptomatic VTE (nonfatal DVT or nonfatal PE) or VTE-related death. The primary safety endpoint was the incidence of major bleeding compared to standard of care.

AMPLIFY-EXT (Apixaban after the initial Management of PuLmonary embolIsm and deep vein thrombosis with First-line therapY-EXTended Treatment), a randomized, double-blind, multicenter trial, included 2,486 patients (842 were randomized to Eliquis 2.5 mg, 81 were randomized to Eliquis 5 mg and 829 were randomized to placebo) with prior VTE who had completed six to 12 months of anticoagulation treatment for DVT or PE, and evaluated Eliquis therapy compared to placebo. The primary efficacy endpoint was reduction of the composite of symptomatic, recurrent VTE and death from any cause. The primary safety endpoint was the incidence of major bleeding.

 

Important safety information warnings

(a) discontinuing eliquis in patients with nonvalvular atrial fibrillation without adequate continuous anticoagulation increases risk of stroke, (b) spinal/epidural hematoma

Discontinuing ELIQUIS places patients at an increased risk of thrombotic events. An increased rate of stroke was observed following discontinuation of ELIQUIS in clinical trials in patients with nonvalvular atrial fibrillation. If anticoagulation with ELIQUIS must be discontinued for a reason other than pathological bleeding, coverage with another anticoagulant should be strongly considered.

When neuraxial anesthesia (epidural/spinal anesthesia) or spinal puncture is employed, patients anticoagulated or scheduled to be anticoagulated with low molecular weight heparins, heparinoids, or Factor Xa inhibitors for prevention of thromboembolic complications are at risk of developing an epidural or spinal hematoma which can result in long-term or permanent paralysis.

The risk of these events may be increased by the use of indwelling epidural catheters for administration of analgesia or by the concomitant use of drugs affecting hemostasis such as nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs), platelet aggregation inhibitors, or other anticoagulants. The risk also appears to be increased by traumatic or repeated epidural or spinal puncture.

Monitor patients for signs and symptoms of neurologic impairment. If neurologic compromise is noted, urgent treatment is necessary. Consider the potential benefit versus risk before neuraxial intervention in patients anticoagulated or to be anticoagulated for thromboprophylaxis.

 

Contraindications

Active pathological bleeding

Severe hypersensitivity reaction to ELIQUIS (apixaban) (e.g., anaphylactic reactions)

 

Warnings and precautions

Increased Risk of Stroke with Discontinuation of ELIQUIS in Patients with Nonvalvular Atrial Fibrillation: Discontinuing ELIQUIS in the absence of adequate alternative anticoagulation increases the risk of thrombotic events. An increased rate of stroke was observed during the transition from ELIQUIS to warfarin in clinical trials in patients with nonvalvular atrial fibrillation. If ELIQUIS must be discontinued for a reason other than pathological bleeding, consider coverage with another anticoagulant.

Bleeding Risk: ELIQUIS increases the risk of bleeding and can cause serious, potentially fatal bleeding. Concomitant use of drugs affecting hemostasis increases the risk of bleeding including aspirin and other anti-platelet agents, other anticoagulants, heparin, thrombolytic agents, SSRIs, SNRIs, and NSAIDs. Patients should be made aware of signs or symptoms of blood loss and instructed to immediately report to an emergency room. Discontinue ELIQUIS in patients with active pathological hemorrhage.

There is no established way to reverse the anticoagulant effect of apixaban, which can be expected to persist for at least 24 hours after the last dose (i.e., about two half-lives). A specific antidote for ELIQUIS is not available. Hemodialysis does not appear to have a substantial impact on apixaban exposure. Protamine sulfate and vitamin K would not be expected to affect the anticoagulant activity of apixaban. There is no experience with antifibrinolytic agents (tranexamic acid, aminocaproic acid) in individuals receiving apixaban. There is neither scientific rationale for reversal nor experience with systemic hemostatics (desmopressin and aprotinin) in individuals receiving apixaban. Use of procoagulant reversal agents such as prothrombin complex concentrate, activated prothrombin complex concentrate, or recombinant factor VIIa may be considered but has not been evaluated in clinical studies. Activated charcoal reduces absorption of apixaban thereby lowering apixaban plasma concentrations.

Prosthetic Heart Valves: The safety and efficacy of ELIQUIS have not been studied in patients with prosthetic heart valves and is not recommended in these patients.

 

Adverse reactions

The most common and most serious adverse reactions reported with ELIQUIS (apixaban) were related to bleeding.

 

Temporary interruption for surgery and other interventions

eliquis should be discontinued at least 48 hours prior to elective surgery or invasive procedures with a moderate or high risk of unacceptable or clinically significant bleeding. ELIQUIS should be discontinued at least 24 hours prior to elective surgery or invasive procedures with a low risk of bleeding or where the bleeding would be noncritical in location and easily controlled. Bridging anticoagulation during the 24 to 48 hours after stopping ELIQUIS and prior to the intervention is not generally required. ELIQUIS should be restarted after the surgical or other procedures as soon as adequate hemostasis has been established.

 

Drug interactions

Strong Dual Inhibitors of CYP3A4 and P-gp: Inhibitors of CYP3A4 and P-gp increase exposure to apixaban and increase the risk of bleeding. For patients receiving 5 mg twice daily, the dose of ELIQUIS should be decreased when it is coadministered with drugs that are strong dual inhibitors of CYP3A4 and P-gp (e.g., ketoconazole, itraconazole, ritonavir, or clarithromycin). In patients already taking ELIQUIS at a dose of 2.5 mg twice daily, avoid coadministration with strong dual inhibitors of CYP3A4 and P-gp.

Strong Dual Inducers of CYP3A4 and P-gp: Avoid concomitant use of ELIQUIS with strong dual inducers of CYP3A4 and P-gp (e.g., rifampin, carbamazepine, phenytoin, St.

John’s wort) because such drugs will decrease exposure to apixaban and increase the risk of stroke.

Anticoagulants and Antiplatelet Agents: Coadministration of antiplatelet agents, fibrinolytics, heparin, aspirin, and chronic NSAID use increases the risk of bleeding. APPRAISE-2, a placebo-controlled clinical trial of apixaban in high-risk post-acute coronary syndrome patients treated with aspirin or the combination of aspirin and clopidogrel, was terminated early due to a higher rate of bleeding with apixaban compared to placebo.

 

Pregnancy category b

There are no adequate and well-controlled studies of ELIQUIS in pregnant women. Treatment is likely to increase the risk of hemorrhage during pregnancy and delivery. ELIQUIS should be used during pregnancy only if the potential benefit outweighs the potential risk to the mother and fetus.

Please see full Prescribing Information, including BOXED WARNINGS and Medication Guide, available at www.bms.com.

 

About DVT and PE

Venous thromboembolism, or VTE, encompasses two serious conditions: deep vein thrombosis (DVT), a blood clot in a deep vein, usually in the lower leg, thigh, or pelvis, which partially or totally blocks the flow of blood; and pulmonary embolism (PE), a blood clot that blocks one or more vessels in the lungs. Approximately one million patients in the EU are diagnosed every year with VTE. In the US, the number of adults with VTE is projected to more than double from 0.95 million in 2006 to 1.82 million in 2050. Once a VTE has occurred, up to 10 percent of people may have a VTE reoccurrence, which could potentially be fatal.

About Eliquis

Eliquis (apixaban) is an oral selective Factor Xa inhibitor. By inhibiting Factor Xa, a key blood clotting protein, Eliquis decreases thrombin generation and blood clot formation. Eliquis is approved to reduce the risk of stroke and systemic embolism in patients with nonvalvular atrial fibrillation in the United States, European Union, Japan and a number of other countries around the world. Eliquis is approved for the prophylaxis of DVT which can lead to PE in adult patients who have undergone elective hip or knee replacement surgery in the United States, European Union and a number of other countries around the world. Eliquis is not approved for this indication in Japan.

 

About the Bristol-Myers Squibb/Pfizer Collaboration

In 2007, Pfizer and Bristol-Myers Squibb entered into a worldwide collaboration to develop and commercialize apixaban, an oral anticoagulant discovered by Bristol-Myers Squibb. This global alliance combines Bristol-Myers Squibb's long-standing strengths in cardiovascular drug development and commercialization with Pfizer’s global scale and expertise in this field.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global biopharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information, please visit www.bms.com.

About Pfizer Inc.: Working together for a healthier world™

At Pfizer, we apply science and our global resources to bring therapies to people that extend and significantly improve their lives. We strive to set the standard for quality, safety and value in the discovery, development and manufacture of health care products. Our global portfolio includes medicines and vaccines as well as many of the world's best-known consumer health care products. Every day, Pfizer colleagues work across developed and emerging markets to advance wellness, prevention, treatments and cures that challenge the most feared diseases of our time. Consistent with our responsibility as one of the world's premier innovative biopharmaceutical companies, we collaborate with health care providers, governments and local communities to support and expand access to reliable, affordable health care around the world. For more than 150 years, Pfizer has worked to make a difference for all who rely on us. To learn more, please visit us at www.pfizer.com.

 

Bristol-Myers Squibb Forward-Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding product development. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that Eliquis will receive approval for these additional indications or, if approved, that these additional indications will lead to increased commercial success. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013, in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

 

Pfizer disclosure notice

The information contained in this release is as of June 27, 2014. Pfizer assumes no obligation to update forward-looking statements contained in this release as the result of new information or future events or developments.

This release contains forward-looking information that involves substantial risks and uncertainties about Eliquis’s (apixaban’s) potential benefits and about potential additional indications for Eliquis in the EU for the treatment of deep vein thrombosis (DVT) and pulmonary embolism (PE) and the prevention of recurrent DVT and PE in adults (the “potential additional indications”). Such risks and uncertainties include, among other things, (i) whether and when the European Commission (the “EC”) may approve the marketing authorization application for the potential additional indications, as well as the EC’s decisions regarding labeling and other matters that could affect the availability or commercial potential of the potential additional indications; (ii) the uncertainties regarding the commercial success of the potential additional indications in the EU; and (iii) competitive developments.

A further description of risks and uncertainties can be found in Pfizer’s Annual Report on Form 10-K for the fiscal year ended December 31, 2013 and in its subsequent reports on Form 10-Q and Form 8-K.

 

Saiba mais sobre
A publicidade de medicamentos constitui uma temática com crescente destaque na nossa sociedade.
Publicidade medicamentos

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O Infarmed monitoriza o mercado através da consulta a diferentes suportes publicitários nomeadamente, televisão, rádio, imprensa, internet e, ainda, através de denúncias. Como resultado da avaliação, o Infarmed, pode sancionar os que não cumpram a legislação.

O que o público deve saber
Face ao volume de publicidade de medicamentos existente, a sua supervisão e monitorização pelo Infarmed é crescentemente importante, tendo em atenção a protecção da saúde pública.

Nessa perspectiva, a publicidade de medicamentos junto do público deve obedecer a eterminadas regras que importa saber:

Elementos obrigatórios:

  • Nome do medicamento, bem como a denominação comum internacional;
  • Informações essenciais ao uso racional do medicamento, nomeadamente indicações terapêuticas e precauções especiais;
  • Aconselhamento para a leitura cuidada das informações constantes sobre acondicionamento secundário e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consultar o médico ou o farmacêutico.

Elementos proibidos:

  • Leve a concluir que a consulta médica/intervenção cirúrgica é desnecessária;
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  • Sugira que o estado normal de saúde da pessoa pode ser melhorado através da utilização do medicamento ou que o mesmo pode ser prejudicado caso o medicamento não seja utilizado;
  • Se dirija exclusiva ou principalmente a crianças ou faça referência a recomendações por pessoas que, pela sua celebridade, possa incitar ao consumo de medicamentos;
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  • Possa induzir a um falso autodiagnóstico ou se refira de forma abusiva ou enganosa a garantias de cura;
  • Utilize de forma abusiva ou enganosa, representações visuais das alterações do corpo humano causadas por doenças ou lesões ou da acção de um medicamento.

É igualmente proibida qualquer forma de publicidade comparativa, assim como a distribuição directa de medicamentos para fins promocionais ou a distribuição de amostras gratuitas.

Informação a reter
A publicidade é um meio de dar a conhecer aos consumidores os produtos, sendo que, no caso da publicidade a medicamentos, dada a natureza do seu objecto, deve obedecer a um adequado conjunto de regras.

Cabe ao Infarmed desenvolver mecanismos que garantam o seu cumprimento.

Numa altura em que os Medicamentos representam uma área de particular interesse, torna-se imprescindível acompanhar a informação com que o público é confrontado, bem como incentivar a consulta do folheto informativo do medicamento e o aconselhamento médico ou farmacêutico.

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Regras para os profissionais também
A publicidade a medicamentos dirigida aos profissionais de saúde (médicos, farmacêuticos e enfermeiros, etc.), só pode ser efectuada em meios dirigidos exclusivamente para os mesmos.

Tal como a publicidade dirigida ao público em geral, também a dirigida aos profissionais de saúde, têm elementos obrigatórios que devem ser respeitados. 

Na publicidade de medicamentos a profissionais de saúde são obrigatórias as seguintes referências:

  • O nome do medicamento;
  • As informações essenciais compatíveis com o resumo das características do medicamento;
  • A classificação do medicamento para efeitos de dispensa, nomeadamente indicação de que o medicamento é um medicamento sujeito a receita médica, quando for o caso disso;
  • O regime de comparticipação.

Toda a informação contida na publicidade de medicamentos junto dos profissionais de saúde tem de ser exacta, actual e verificável.

Deve ser suficientemente completa para permitir ao profissional de saúde efectuar uma ideia correcta do valor terapêutico do medicamento e assim ajudar a promover o uso racional do medicamento.

Para garantir que essa promoção seja realizada adequadamente, o Infarmed, monitoriza a publicidade e os meios de comunicação dirigidos aos profissionais de saúde.

Considerando que os profissionais de saúde são o principal elo de ligação entre o produto e o consumidor final, a informação que lhes é facultada é de extrema importância para um melhor conhecimento dos medicamentos.

Cabe ao profissional de saúde decidir qual o melhor produto para cada utente.

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Governo está a estudar hipótese
O Governo está a estudar a transferência da gestão dos centros de saúde para os municípios, no âmbito da descentralização de...

No final de uma reunião do Conselho de Concertação Territorial (CCT), realizada na passada sexta-feira, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, destacou que durante o encontro foi feito “um diagnóstico” de Portugal como “um dos países mais centralizados” da Europa e “houve um consenso entre matérias que são prioritárias nesse processo de descentralização: Educação, Saúde e Segurança Social”.

“O processo será feito numa lógica de negociação com municípios e Comunidades Intermunicipais (CIM)”, através de “projectos-piloto com alguns desses municípios e CIM”, com o objectivo de alargar essa descentralização a todo o país, disse o ministro.

De acordo com Poiares Maduro, o modelo de descentralização dos centros de saúde para as autarquias ainda está a ser estudado com o Ministério da Saúde.

O modelo deve ser “não apenas um método de contratualização com os municípios, mas deve definir com muita clareza quais são as competências da administração central e dos municípios, quais os meios financeiros a que está sujeita a transferência das competências”, assim como a criação de mecanismos de monitorização e de avaliação das transferências “que tenham a confiança de todos”, explicou.

As vantagens da descentralização de competências da administração central para a administração local são, segundo o Governo, “maior adaptação das decisões às preferências locais e, também, maior responsabilização de quem toma decisões em termos locais”.

Neste sentido, o Governo irá “nas próximas semanas” apresentar um Portal da Transparência Municipal, com diversos índices que permitirão aos cidadãos comparar os indicadores do seu município com o dos outros concelhos.

Após o encontro, mas antes das declarações do ministro, Manuel Machado, presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) salientou que no CCT “não há conclusões”, mas é “um espaço de concertação, de análise e de contributos”.

“Estão em desenvolvimento soluções interessantes, que, uma vez aprovadas, poderão dar bons resultados”, disse o autarca, referindo, nomeadamente, “a descentralização administrativa e a descentralização de serviços e a instalação de um limiar mínimo de serviços do Estado ao nível dos municípios”.

No âmbito da reorganização da rede de serviços de atendimento da administração pública, deverão ser incluídos nas propostas iniciais que o Governo apresentou às autarquias “contributos de municípios e de Comunidades Intermunicipais”.

 

Circular Informativa
O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento concluiu a revisão da segurança dos...

Em Portugal, existem vários medicamentos comercializados contendo bromocriptina: Parlodel, comprimido, 2,5 mg; Parlodel, cápsula, 5 mg; Parlodel, cápsula, 10 mg; Bromocriptina Generis 2,5 mg Comprimidos.
Conforme divulgado na Circular Informativa N.º 208/CD/8.1.6 de 06/09/2013, esta revisão iniciou-se a pedido da agência francesa (ANSM) na sequência de terem sido identificados efeitos secundários raros mas potencialmente graves ou fatais.

Após avaliação dos dados de segurança e eficácia disponíveis, o Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) considera que a bromocriptina é eficaz na prevenção ou supressão da lactação após o parto, mas não se pode rejeitar a existência de uma associação entre a utilização destes medicamentos e a ocorrência de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, convulsões e distúrbios psiquiátricos.

O PRAC recomenda que estes medicamentos, em dosagens até 2,5 mg, sejam utilizados apenas quando existam razões médicas impreteríveis para prevenir ou suprimir a lactação, nomeadamente para evitar sofrimento adicional após a perda do bebé ou em mães com infecção por VIH que não devem amamentar.

Os medicamentos contendo bromocriptina não devem ser utilizados por rotina na prevenção ou paragem da produção de leite, nem para aliviar os sintomas de dor ou inchaço mamário após o parto. Tais sintomas podem ser controlados através de medidas como o suporte mamário adequado, a aplicação de gelo e/ou o uso de analgésicos, se necessário.

O PRAC concluiu também que a bromocriptina não deve ser utilizada em mulheres com hipertensão ou com distúrbios psiquiátricos graves. A pressão arterial deve ser monitorizada para que, aos primeiros sinais de alteração dos valores, o tratamento seja interrompido imediatamente.

A recomendação do PRAC será tida em conta pelo Grupo de Coordenação (CMDh), que emitirá uma posição. O Infarmed continuará a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a este assunto.

 

Resultados promissores
Estudo apurou uma redução de 88,5% dos casos de dengue hemorrágica, após os primeiros testes para verificar a eficácia da...

Os testes da terceira fase do ensaio clínico para verificar a eficácia da primeira vacina contra o dengue apresentaram resultados promissores, referiu hoje a revista The Lancet sobre a doença, que anualmente atinge 100 mil de pessoas.

Os ensaios clínicos feitos nos últimos três anos em cinco países da Ásia apuraram uma redução de 56,5% dos casos de dengue sintomática e de 88,5% nos de dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença,

Segundo a revista, os testes, que abrangeram 10275 crianças dos dois aos 14 anos residentes na Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietname, que receberam três doses da vacina, cada, demonstraram uma protecção moderada de 56% dos casos de dengue sintomática.

O estudo apurou igualmente uma redução de 88,5% dos casos de dengue hemorrágica, além de uma queda de 67% no número de hospitalizações relacionadas à doença

“Os nossos resultados sugerem que a vacinação com vacina candidata pode reduzir a incidência de infecção por dengue sintomática em mais da metade e acima de tudo reduzir os internamentos relacionados com a doença grave.

Esta vacina candidata tem potencial para ter um impacto significativo na saúde pública, tendo em vista fardo da doença alta em países endémicos, disse a investigadora do Instituto de Pesquisa de Medicina Tropical, nas Filipinas, Maria Rosário Capeding.

A dengue é uma doença transmitida por mosquito que infecta, por ano, cerca de 390 milhões de pessoas, dos quais cerca de 96 milhões sofrem de infecção sintomática.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o fardo global da doença aumentou 30 vezes nos últimos 50 anos, com mais de metade da população mundial em risco de contrair a dengue.

Actualmente, não existe nenhuma vacina licenciada disponível para tratar ou prevenir a dengue, que foi inicialmente descoberta nos anos 1950 na Tailândia e Filipinas.

 

Organização Mundial de Saúde alerta
Segundo a Organização Mundial de Saúde, esta medida iria reduzir incidência do vírus em cerca de 25% entre os homossexuais...

Os progressos na luta mundial contra a Sida estão a ser ameaçados pelos comportamentos de cinco grupos de risco fundamentais, de acordo com o alerta feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na semana passada.

Homens homossexuais, prostitutas, homens transexuais, toxicodependentes que usam drogas injectáveis e pessoas que estão em prisões ou estabelecimentos fechados são os cinco maiores grupos de risco.

A OMS salienta que, apesar do maior risco de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), estes grupos são menos propensos a adoptar medidas de prevenção, a realizarem testes ou a efectuarem tratamentos. Cerca de 50% dos novos casos de infecção ocorrem nestes grupos.

“Assistimos ao aparecimento de epidemias neste grupos-chave”, declarou Gottfried Hirnschall, director do departamento do vírus da imunodeficiência humana (VIH) da OMS. “E essa epidemia está a disparar”, advertiu.

A evolução da medicação e o facto de actualmente ser possível viver com Sida fizeram com que as campanhas de prevenção diminuíssem e as infecções voltassem a aumentar, segundo relata. Nas novas recomendações publicadas na sexta-feira, a OMS recomenda que os homossexuais “considerem tomar anti-retrovirais como método preventivo contra o VIH”.

Porém Gottfried Hirnschall ressalva: “Se têm uma relação estável, ou se as duas pessoas são VIH negativo e não há risco, não há nenhuma razão para tomar”.

“Caso seja uma relação na qual uma das pessoas é VIH positivo e a outra VIH negativo, é uma opção que deve ser considerada”, acrescentou.

“Os estudos realizados não mostram efeitos colaterais muito grandes, mas são medicamentos, tratamentos e, portanto, este aspecto deve ser levado em consideração antes de tomar uma decisão”, acrescentou.

 

Recomendação já feita nos Estados Unidos

Em Maio, as autoridades de saúde americanas recomendaram que todos os grupos de risco tomassem anti-retrovirais, especialmente os homossexuais, com a esperança de reduzir o número de novas infecções, que não muda há 20 anos.

Tomar regularmente um comprimido que combina dois anti-retrovirais, além do uso de preservativos, pode diminuir o risco de contágio entre 20% e 25%, ou seja, evitar “1 milhão de novas infecções neste grupo em 10 anos”, indica a OMS.

Profilaxia pré-exposição (PrEP) é o nome dado a qualquer procedimento médico que visa prevenir uma doença e, no caso do VIH, exige a toma de um único comprimido, diariamente. Quando adoptado de forma consistente, o PrEP tem demonstrado reduzir o risco de infecção até 92%.

Os especialistas acreditam que a incidência do vírus entre homens homossexuais poderia ser reduzida entre 20 a 25% com o PrEP, evitando até um milhão de novos casos em 10 anos.

Estima-se que cerca de 35,3 milhões de pessoas, em todo o mundo, estejam infectadas com VIH. O número anual de vítimas mortais de sida também está a diminuir. Em 2005 foram registadas 2,3 milhões de mortes por causa da doença e, em 2012, verificaram-se 1,6 milhões.

 

Sobretudo para os jovens
Número de jovens em consultas de psiquiatria nos hospitais do SNS aumentou nos últimos anos. Dificuldades das famílias, em...

As assimetrias entre Lisboa, Porto e Coimbra e o resto do país, a inexistência de qualquer serviço de urgência específico no Alentejo e Algarve e a falta de camas para internamento são as principais dificuldades detectadas pelo Relatório de Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) no que respeita à Saúde Mental da Infância e Adolescência.

Isto num quadro de aumento da procura, como revela um estudo publicado na revista científica internacional The Lancet, segundo o qual, entre 2008 e 2013, o número de jovens a frequentar consultas de psiquiatria nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde aumentou 23% e o número de novas consultas disparou em 30%.

No estudo da The Lancet, em que são citados dados não publicados do Ministério da Saúde, o investigador português do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, Gonçalo Figueiredo Augusto, relaciona o aumento do número de consultas e de internamentos com os três anos de austeridade e, concretamente, com as “actuais dificuldades sociais e financeiras que as famílias portuguesas enfrentam e que passaram a ser um peso psicológico sobre as crianças”.

Também a psicóloga clínica Conceição Tavares de Almeida, assessora do Plano Nacional de Saúde Mental para a Infância e Adolescência, reforça ao Público Online que com a crise tem vindo a ganhar peso uma postura de “cultura do sucesso que causa uma pressão enorme nos jovens, sendo preciso recuperar uma certa tolerância em relação ao insucesso e ao erro”. Sobretudo nas alturas a que chama “áreas cinzentas”, como é o caso da passagem do ensino secundário para a universidade.

 

Prescreviam aparelhos auditivos a troco de dinheiro e férias
80 médicos foram constituídos arguidos no âmbito de uma investigação por práticas de corrupção relacionadas com a prescrição de...

Oitenta médicos foram recentemente constituídos arguidos no âmbito de uma investigação da Polícia Judiciária (PJ) por práticas de corrupção relacionadas com a prescrição de aparelhos complementares de terapêutica. Em causa estarão clínicos de todo o país que prescreviam aparelhos auditivos a troco de dinheiro, viagens de férias a destinos paradisíacos e bens de consumo, disse ao Público fonte policial.

As contrapartidas, atribuídas por três empresas multinacionais produtoras deste tipo de aparelhos, eram calculadas em função da quantidade de prescrições que cada médico fazia. Alguns médicos são do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e outros exercem medicina privada. São todos otorrinos. As empresas têm delegações em Portugal.

Fonte da PJ garantiu existirem casos em que terão sido oferecidas aos médicos em causa viagens de férias com valor superior a 5 mil euros de custo. Neste ponto, a investigação confirmou que nenhuma das viagens se refere a ofertas relativas as estadias para congressos médicos. Os inspectores não têm dúvidas de que as contrapartidas se trataram de verdadeiras prendas oferecidas em troca do elevado número de prescrições. A Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), que liderou a investigação, apurou que as ofertas ultrapassam o valor total de 400 mil euros.

A investigação não apurou, porém, se existiu algum crime de falsificação, isto é, se as receitas passadas diziam respeito a doentes com necessidade daqueles aparelhos ou tão pouco se os doentes tinham conhecimento da prescrição. Também não foi apurado o eventual prejuízo para o Estado que comparticipou, em parte, a aquisição dos aparelhos. Fonte da PJ, que adiantou que o mesmo deverá ter sido na ordem dos milhões de euros, explicou que esse não era o objectivo do processo que se focou apenas na corrupção detectada.

A investigação, que teve origem numa denúncia anónima e contou com a colaboração do Ministério de Saúde, incidiu sob o período de 2007 a 2012 e além dos médicos foram ainda constituídos arguidos outros três responsáveis pela gestão das empresas. Em causa, estará o aliciamento efectivo que fizeram aos clínicos.

A PJ enviou o relatório final com todas as provas recolhidas ao Ministério Público que decidirá agora se deduz ou não acusação contra os arguidos para que sejam julgados. Os arguidos aguardam o desenrolar do processo sujeitos a termo de identidade e residência, a medida de coacção menos gravosa.

 

Saiba como
Conheça as medidas preventivas e vacinas obrigatórias antes de partir em viagem para destinos que co
Viajar em segurança

Ao viajar as pessoas expõem-se a um ambiente diverso daquele onde residem e podem ficar expostas a novos riscos ou a riscos maiores do que os existentes no seu local de origem, inclusive em relação a agentes infecciosos.

O viajante, por desconhecer os riscos ou por não observar adequadamente as medidas de protecção, pode ficar mais vulnerável ao adquirir infecções e vir a adoecer rapidamente ou, ainda, permanecer sem apresentar manifestações de doença (assintomático) por tempo prolongado. Em qualquer das duas situações, o viajante, além de danos à própria saúde, pode transmitir doenças infecciosas a outras pessoas ou servir de fonte de infecção para vectores.

Por isso, sempre que pretender viajar para fora da Europa deve dirigir-se a uma consulta de saúde do viajante, existente em diversos pontos do país. Se viaja com a família, designadamente com crianças e idosos, tenha em atenção os cuidados especiais de que necessitam.

As consultas do viajante são efectuadas por médicos especialistas em doenças infecciosas e em medicina tropical (componente viagens) e servem, essencialmente, para aconselhar as medidas preventivas a adoptar antes, durante e depois da viagem, para avaliar as condições de saúde do viajante antes da viagem, nomeadamente grávidas, crianças, idosos, indivíduos com doenças crónicas sob medicação, entre outros; também para prestar assistência médica após o regresso, diagnosticar problemas de saúde possivelmente contraídos durante a viagem, bem como administrar vacinas, incluindo a da febre-amarela e passar o respectivo certificado internacional.

Vacinas obrigatórias
O Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre-amarela. Nesse sentido, todos os Centros de Vacinação Internacional devem administrar a vacina contra a febre-amarela a todos os utentes que a eles se dirijam, desde que portadores de prescrição médica.

No entanto, alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação contra outras doenças. É o que acontece com a vacina contra a doença meningocócica, imposta pela Arábia Saudita aos peregrinos que se dirigem a Meca. A Arábia Saudita exige ainda, como outros países, a vacina contra a poliomielite, a quem é proveniente de um dos quatro países onde o vírus é endémico - Afeganistão, Nigéria, Paquistão e Índia.

Contudo, deve agendar uma consulta do viajante, existentes por todo o país, para o aconselharem sobre todos os cuidados a ter em viagem e as vacinas mais indicadas, em função do destino. Habitualmente, são as que protegem contra as seguintes doenças: cólera, difteria, encefalite japonesa, hepatite A, hepatite B, gripe, raiva, tétano e febre tifóide.

Principais doenças do viajante

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Doença infecciosa contagiosa
A meningite caracteriza-se por um processo inflamatório das meninges, podendo ser causada por vários
Criança deitada a medir a febre com termómetro na boca

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinal. Trata-se de uma doença muito frequente e preocupante em Pediatria pelo risco de complicações neurológicas a que pode estar associada.

Habitualmente, tem origem numa infecção provocada por vírus ou bactérias, podendo também ser provocada por fungos ou outros parasitas. A infecção surge frequentemente nas vias respiratórias, embora possa ter início em qualquer parte do organismo (sistema digestivo, tracto urinário ou na pele, por exemplo).

Ou seja, a maior parte das bactérias e vírus que provocam a meningite chegam às meninges a partir de uma região já infectada, percorrendo a corrente sanguínea até chegarem ao sistema nervoso central. Os agentes infecciosos podem ainda entrar no cérebro directamente devido, por exemplo, a uma ferida ou a uma intervenção cirúrgica.

As meningites virais são as mais frequentes mas, de maneira geral, menos graves e muito raramente são fatais. É habitual estas meningites passarem despercebidas e confundirem-se com outras doenças. Já a meningite bacteriana pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade, embora seja mais prevalente entre os bebés, crianças e idosos. Os adolescentes e os jovens, devido à partilha de espaços e ao muito tempo que passam em contacto próximo, correm também maior risco de contrair a doença.

O período de incubação, desde o contágio até aparecerem os sintomas iniciais da doença, é variável, desde alguns dias até semanas, dependendo do tipo de agente infeccioso.

Actualmente o tratamento para a meningite é eficaz, mas é especialmente importante que seja feito um diagnóstico precoce para se dar início à terapêutica adequada o mais cedo possível. Desta forma, poder-se-á prevenir a evolução da doença que se pode revelar fatal ou com possíveis lesões cerebrais.

Causas

São vários os agentes etiológicos implicados, sendo alguns vírus e bactérias os responsáveis pela quase totalidade dos casos. Podem também, mais raramente, ser causadas por fungos ou parasitas.

Presume-se que as bactérias, vírus e fungos se aproveitem de uma debilidade do sistema imunitário (sistema de defesa) das vítimas, sendo as crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido as mais vulneráveis. A contaminação faz-se através de gotículas de saliva, que são expelidas durante um ataque de tosse, um espirro, através da partilha de talheres, etc. De salientar que, as bactérias da meningite não sobrevivem muito tempo fora do corpo humano. Por isso, ao contrário da crença comum, é impossível sermos contaminados através de um telefone público, água de uma piscina, puxadores das portas, etc.

Os agentes bacterianos mais frequentes são o meningococo (Neisseria meningitidis), o Haemophilus influenzae tipo b e o pneumococo (Streptococcus pneumonia). Desde a introdução da vacina anti-haemophilus, o número de casos de doença invasiva por este agente tem vindo a diminuir.

As meningites bacterianas podem originar elevado número de complicações neurológicas e constituíram na era pré-antibiótica um grupo de doenças quase sempre fatal. O diagnóstico e tratamento precoces, bem como a melhoria das medidas de suporte permitiram diminuir a mortalidade para valores inferiores a 10 por cento.

As meningites víricas incluem várias etiologias (agentes), mas a maior parte das vezes curam-se espontaneamente e sem complicações. Pode, no entanto, acontecer que os seus sintomas sejam muito graves e próximos de uma meningite bacteriana e, nestes casos, é necessário recorrer à hospitalização. Por isso saber a causa de uma meningite é fundamental para aplicar o tratamento adequado.

Factores de risco

A maioria dos casos de infecção meningocócica ocorre como incidente isolado e esporádico. As comunidades fechadas (creches, lares, escolas, etc.) constituem um ambiente propício à transmissão da doença.

O número de casos aumenta nos meses de Inverno, quando ocorre um aumento dos casos de doenças transmitidas por gotículas expiradas, como consequência directa da maior incidência de infecções respiratórias.

Sintomas

Os sintomas variam com a idade do indivíduo e com o tipo de meningite. No entanto, existem vários sintomas que, em conjunto, alertam para a existência de uma meningite: febre elevada, vómitos (frequentemente a meningite anuncia-se através destes dois sintomas), dor de cabeça intensa (relacionada com a inflamação das meninges e com a maior pressão do líquido cerebrospinal, então mais espesso), rigidez do pescoço, confusão mental, convulsões, perda de apetite, dor de garganta, letargia e insónia ou excessiva sonolência.

Ou seja, uma inflamação dos tecidos cerebrais impede o afluxo sanguíneo e a meningite produz sintomas semelhantes aos da paralisia.

Os adultos podem adoecer gravemente em 24 horas e as crianças podem adoecer com gravidade em menos tempo. Nos bebés e nas crianças mais pequenas há que ter atenção à irritabilidade invulgar, à sonolência e ao chorar sem parar, sendo também essencial ver se as fontanelas se encontram salientes. Podem também surgir convulsões, especialmente nas crianças pequenas. Os sintomas nas crianças com menos de 2 anos são menos típicos e muitas vezes menos pronunciados, para além de os bebés serem incapazes de explicar o que sentem. Daí ser importante estar atento aos sintomas exteriores.

As crianças mais velhas e os adultos podem apresentar-se irritáveis, confusos e cada vez mais sonolentos. Em crianças de até 8 ou 9 meses deve-se suspeitar da doença quando houver febre, irritação ou agitação, vómitos e recusa alimentar, convulsões e "moleira" inchada.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da história do doente e de exames físicos que ajudarão a identificar o agente causal. É, por isso, importante informar o médico sobre os sintomas (há quantas horas/dias/semanas) e também se tomou algum remédio.

Prevenção

A prevenção da maioria das meningites é feita através da vacina, porém, não existe ainda uma vacina para a meningite provocada pela bactéria meningococos do tipo B, que é uma das bactérias mais perigosas.

Em Portugal, o Programa Nacional de Vacinação inclui, desde Janeiro de 2006, a vacina conjugada contra o meningococo C, combatendo a doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis ou meningococo.

Tratamento

O factor mais importante para o sucesso do tratamento é a prontidão do diagnóstico e o isolamento dos doentes. Assim, as meningites não tratadas podem ser mortais, na maioria dos casos, ou deixar sequelas neurológicas. Se forem tratadas a tempo e de forma adequada a taxa de mortalidade é de 10 por cento.

As meningites bacterianas são essencialmente tratadas no hospital, através de antibióticos administrados por injecções intravenosas com antibiótico adequado ao tipo de microrganismo.

A meningite vírica não pode ser tratada com antibióticos. A recuperação é normalmente completa podendo persistir sintomas como as cefaleias, a prostração e a depressão.

Consequências

A meningite C é particularmente perigosa, pois as vítimas podem adoecer gravemente e até morrer, num período de apenas algumas horas após o aparecimento dos primeiros sintomas (podem assemelhar-se a simples sintomas de gripe), mesmo com tratamento imediato.

Aproximadamente uma em cada cinco crianças que sobrevivem à infecção acaba por sofrer de problemas graves, entre outras:
- Surdez
- Lesões nas meninges
- Amputações
- Danos cerebrais - Paralisia cerebral ou deficiência mental
- Epilepsia
- Cegueira

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Especial atenção com o peso
A menopausa traz mudanças físicas que podem ser minimizadas com cuidados especiais na sua alimentaçã
Mulher na cozinha a comer torrada com geleia

Alimentar-se correctamente, de forma a incluir na sua alimentação todos os nutrientes de que precisa, é essencial em qualquer idade. No entanto, cada etapa da vida tem necessidades nutricionais específicas e quando chega a menopausa, há que prestar mais atenção a determinadas escolhas.

Ou seja, é necessário que equilibre as calorias dos alimentos, com as calorias que utiliza nas suas actividades, para que possa controlar o seu peso. Para perder peso necessita ingerir menos calorias dos alimentos do que aquelas que utiliza durante o dia.

Sabemos que uma forma saudável de perder peso é reduzir a quantidade de açúcar, gordura e álcool que come ou bebe, mas também reduzindo a porção daquilo que come. Por outro lado, é aconselhável comer os alimentos e a quantidade correctas para manter um peso saudável ou para perder peso.

Assim, para prevenir o aumento de peso à medida que envelhece, faça pequenas diminuições nas calorias dos alimentos e bebidas que ingere e aumente a actividade física. Contudo, se tem excesso de peso e tem uma doença crónica ou se toma alguma medicação, fale com o seu médico antes de começar um programa de perda de peso.

Dieta e prisão de ventre

As pessoas mais velhas têm mais prisão de ventre do que as mais novas. Ter uma dieta pobre ou beber poucos líquidos podem contribuir para este problema. Alguns medicamentos e uso abusivo de laxantes também podem conduzir a este problema.

Os sinais de prisão de ventre são:

  • Inchaço ou flatulência no abdómen
  • Fazer esforço durante evacuação intestinal
  • Sensação de estar cheio mesmo após evacuação intestinal
  • Ter fezes duras.

A prisão de ventre é raramente um sinal de um problema grave embora possa ser desconfortável e é evitável se tomar alguns cuidados:

  • Ingira mais alimentos frescos, cozinhados ou crus (frutos secos tais como alperce, ameixas e figos, têm teor elevado de fibras e ajudam a manter um trânsito intestinal regular)
  • Ingira mais cereais e pão integrais
  • Ingira menos refeições ricas em gordura, produtos lácteos e ovos
  • Corte nas sobremesas ricas e nos doces com elevadas quantidades de açúcar
  • Beber pelo menos 1,5 litro de líquidos diariamente também ajuda a prevenir a prisão de ventre, pois as fezes normais são compostas por 75 por cento de água. Por outro lado, beber mais fluidos também ajuda a evitar a desidratação
  • Pode também adicionar pequenas quantidades de farelo aos alimentos. Comece com pequenas quantidades pois demasiado farelo pode causar flatulência e gases
  • Limite o consumo de café, chá, gasosa e outras bebidas que contenham cafeína. Estas podem conduzir à desidratação
  • Algumas pessoas devem evitar beber grandes quantidades de leite.

Bebidas alcoólicas

As bebidas alcoólicas fornecem calorias mas muito poucos nutrientes. No entanto, beber de forma moderada (não mais do que uma bebida por dia) pode trazer alguns benefícios a nível de saúde, especialmente no sistema cardiovascular e circulatório. Para as mulheres não é recomendada mais do que apenas uma bebida por dia. Uma bebida consiste num dos seguintes itens: 30cl de cerveja regular, 14cl de vinho ou 4cl de bebidas espirituosas.

Contudo não deve ingerir bebidas alcoólicas se não consegue controlar a quantidade que bebe, se toma medicamentos que interajam com o álcool, se tiver alguma doença que pode piorar com a ingestão de álcool, se for conduzir ou desenvolve uma actividade que exige atenção.

Para além disso, são bem conhecidos os perigos da ingestão excessiva de álcool:

Desfrute das suas refeições

Cozinhar e comer tornam-se, frequentemente, mais difíceis para as pessoas à medida que estas envelhecem, algumas consideram difícil ir às compras e depois ter de cozinhar os alimentos. Outras verificam que quando estão sozinhas, comem rapidamente ou contam com refeições pré-preparadas que podem não ser saudáveis.

Se vive sozinha ou tem problemas em se movimentar, pode procurar outras formas de partilhar as refeições com outras pessoas ou ajuda para fazer as suas refeições. Seguem-se algumas ideias que podem ajudá-la a alimentar-se melhor:

  • Convide amigos, vizinhos ou família para se juntar às suas refeições
  • Vá jantar fora com amigos e família
  • Participe em almoços de convívio no seu centro sénior
  • Experimente novos produtos comprando alimentos já preparados nos mercados ou lojas de alimentação saudável
  • Entre em contacto com os programas locais de “refeições sobre rodas” se não consegue sair para fazer as compras de alimentos.

Comer bem dentro do orçamento

Planear as suas refeições a tempo e escolher alimentos saudáveis ajudará a melhorar a sua dieta. Também pode ajudá-la a poupar dinheiro. Seguem-se algumas dicas para comer bem dentro do orçamento:

  • Faça uma lista antes de ir ao supermercado
  • Experimente produtos de marca branca em vez de produtos de marca. Muitas vezes estas são boas compras. Procure também as promoções
  • Compre apenas o que pode usar ou armazenar
  • Compre alimentos ricos em nutrientes. Produtos frescos, leite desnatado, ovos, feijão seco, massas, aveia, cereais integrais, carnes magras e peixe são boas escolhas
  • Seleccione com cuidado as refeições preparadas, como carnes frias para sandes - ou as refeições congeladas. Tenha cuidado com o conteúdo de sal e açúcares adicionados
  • Experimente restaurantes que ofereçam descontos para seniores. Saia para almoçar
  • Guarde metade da refeição e leve-a para casa. Muitos restaurantes servem porções muito grandes de comida. Ao levar o restante para casa evita o desperdício e poupa dinheiro.

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Em curso novas adaptações de controlo
Até aqui o combate à fraude no SNS centrou-se no ambulatório. Hospitais e meios de diagnóstico são os próximos alvos.

Os esquemas fraudulentos no Serviço Nacional de Saúde já detectados pelas autoridades podem ser apenas a ponta do icebergue. Em apenas 15 meses - entre Setembro de 2012 e Dezembro de 2013 - o Serviço Nacional de Saúde foi lesado em 229 milhões de euros. Mas a todos estes casos detectados é preciso somar “todos os outros anteriores a esta legislatura”, como lembrou o ministro da Saúde ao Diário Económico, em Fevereiro.

Mas há mais. Paulo Macedo já anunciou que um dos próximos passos no combate à fraude passará pelo reforço do controlo nos hospitais do sector empresarial do Estado. Algumas medidas já foram tomadas nesta área, principalmente ao nível da fiscalização interna nos hospitais. Mas o Centro de Controlo de Facturas - que deu um enorme incremento na detecção de irregularidades a nível da facturação das farmácias - ainda não está a trabalhar nos dados dos hospitais.

“Estão em curso adaptações para que a prescrição e dispensa de medicamentos em ambulatório hospitalar possa ser sujeita a mecanismos de conferência idênticos aos utilizados no restante ambulatório, ou seja, através do Centro de Conferência de Facturação”, disse o ministro ao Económico.

Os Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) são outro dos alvos. Aqui, como também disse o ministro, já foi detectada fraude, “mas quando passarmos a controlar e a cruzar informação poderão aparecer novos casos de irregularidades”.

 

197 milhões em prejuízos
Existem 245 casos de fraude no SNS sob investigação que lesaram o Estado em 229 milhões de euros. Médicos e farmácias são...

Médicos e farmácias envolvidos em esquemas de fraude são responsáveis por 86% da fraude detectada no Serviço Nacional de Saúde (SNS). São 197 milhões de euros de prejuízo para os cofres do Estado em apenas 15 meses. No total, entre Setembro de 2012 e Dezembro de 2013, a fraude detectada na Saúde lesou o SNS em 229 milhões de euros. O mesmo será dizer que todos os meses o SNS é lesado em 15,2 milhões de euros.

Os casos detectados pelas entidades do Ministério da Saúde (IGAS e Infarmed), Polícia Judiciária (PJ) e Ministério Público envolvem médicos, utentes, farmácias e armazenistas. Até à data foram detidas 52 pessoas, constituídos 253 arguidos e 129 casos acabaram nas mãos da PJ. As receitas falsas com elevada comparticipação do SNS são a burla mais frequente.

Os dados constam do relatório do grupo de trabalho de combate à fraude na área dos medicamentos e meios de diagnóstico e tratamento (MCDT), que faz o balanço dos casos suspeitos desde Setembro de 2012 até ao final de 2013, a que o Diário Económico teve acesso.

No total de 245 casos detectados e sinalizados que perfazem 229 milhões de euros de fraude e corrupção, os médicos são responsáveis por 122 milhões (199 casos). Vários clínicos que foram objecto destes relatórios encontram-se agora detidos na sequência de operações da PJ. Somam-se mais 75 milhões de euros de farmácias (36 casos), outros 32 milhões de euros que se prendem com oito casos que envolvem convencionados de MCDT, havendo ainda registo de dois casos com utentes (2.111 euros).

O balanço foi entregue ao ministro da Saúde depois de revisto a 17 de Junho deste ano e permite concluir que este tipo de fraudes “de grande dimensão” são praticadas por todo o país, envolvendo grupos organizados e várias classes profissionais.

 

Os esquemas da fraude

Esquemas mais ou menos imaginativos têm lesado o SNS. Tudo serve para tentar enganar o Estado. Falsos médicos (o relatório revela aqui o exercício fraudulento de medicina em Clínicas de Loures, Alcoitão, Almancil e Buraca), desvios de fundos (numa unidade hospitalar de Lisboa), aquisições fraudulentas de equipamentos em unidades de saúde, apropriação para fins ilícitos das bases de dados de nomes de utentes e de prescritores fazem parte da lista de expedientes das fraudes detectadas.

Somam-se outros como a exportação ilegal de medicamentos e esquemas de compras e vendas fictícias de remédios com falsificação de receitas médicas, com prescrição e aviamento fraudulento em farmácias de medicamentos comparticipados (a 100% até Outubro de 2010 e posteriormente a 95%). As fraudes de comparticipações, segundo o relatório, abrangem medicamentos do foro psiquiátrico (antipsicóticos e para a esquizofrenia). Esses remédios não se destinaram aos utentes identificados no receituário e tiveram outro fim, como a sua reintrodução no circuito comercial e exportação para mercados onde são mais caros (Norte da Europa).

O relatório destaca ainda que foram identificadas novas áreas de risco: empreitadas de obras públicas na saúde, cuidados continuados, equipamentos não utilizados, bem como deficiente ou inexistência de imputação de custos de dispositivos médicos e medicamentos às companhias de seguros, a que se junta a não cobrança de taxas moderadoras.

 

Por atraso nos pagamentos na saúde
Portugal excluiu o sector da saúde da aplicação de uma directiva europeia que obriga as entidades públicas a pagar dívidas até...

O Governo português decidiu excluir o sector da saúde da aplicação de uma directiva europeia que obriga as entidades públicas a pagar as suas dívidas até um máximo de 30 dias – ou 60 dias em casos muito excepcionais. A Associação Portuguesa de Indústria Farmacêutica apresentou uma queixa e a Comissão Europeia, depois de contactar o Governo e ter recebido uma resposta que “não foi frutuosa”, vai avançar com um processo de infracção em Setembro.

Idaira Robayna Alfonso, jurista da Direcção-Geral de Empresas e Indústria da Comissão, confirmou que “a directiva é muito clara” e que “não há excepções”. “Todos os sectores têm de estar abrangidos, incluindo o da saúde”, acrescentou. Portugal até tem uma lei que transpôs a directiva – a lei dos compromissos, que determina que as dívidas a fornecedores tenham que ser pagas num máximo de 90 dias.

Porém, o sector da saúde foi excepcionado do cumprimento dessa lei, porque, de acordo com uma circular de 2012 da Administração Central do Sistema de Saúde, confronta-se com “uma dimensão muito elevada do stock da dívida, com prazos de pagamento médio que excedem 240 dias”. Seria “irrealista supor que o SNS reduziria os prazos de pagamento médios de 240 para 90 dias apenas num ano”, justifica o documento citado pelo iOnline.

O que está previsto é que o sector da saúde só entre no “radar” da lei dos compromissos em 2016 e isso, para a Comissão Europeia, não pode ser. O Governo, apesar de contactado, “disse que não iria mudar”. Portugal não é caso único: no total são oito os estados-membros que não transpuseram a directiva de forma correcta.

Multa de “muitos milhões de euros”.

Já é “seguro” que vai haver um processo de infracção a Portugal em Setembro. Mas o que acontece depois depende do Governo. “Portugal e os outros estados-membros que vão ser notificados têm dois meses para responder. Se nos comunicarem que vão fazer as emendas necessárias, encerra-se o caso”, explica a jurista.

Se isso não acontecer, “o processo vai para o Tribunal Europeu de Justiça”, correndo Portugal o risco de apanhar uma multa de “muitos milhões de euros por mês”.

 

Estudo
A redução do consumo diário de álcool, mesmo quando é ligeiro, diminui os riscos de doença coronária, de pressão arterial...

Ao contrário dos conselhos que muitos médicos dão aos pacientes, de que um copo ou dois de álcool por dia é bom para o coração, o estudo vai em sentido oposto e diz que essa medida “passa das marcas”. O estudo foi realizado por investigadores que tiveram por base 50 outros estudos publicados sobre hábitos de consumo de bebidas alcoólicas e a sua relação com a saúde em mais de 260 mil europeus.

Os investigadores prestaram especial atenção às pessoas que tinham uma variante de um gene chamado ADH1B, e correm menos riscos de alcoolismo.

O novo estudo apurou que os indivíduos com esta variante genética bebiam 17% menos por semana e tinham 78% menos probabilidades de ir bebendo ao longo do dia.

Paralelamente, mostravam um risco dez por cento mais baixo de doença coronária, e tinham a pressão arterial e índice de massa corporal mais baixos.

“Estes resultados sugerem que a redução do consumo de álcool, mesmo sendo o consumo diário baixo a moderado, é benéfico para a saúde cardíaca”, conclui o estudo.

No entanto, o assunto não é consensual, visto que outros especialistas têm alertado para o facto de que os consumidores com a variante genética em causa podem ter outros factores de saúde que influenciem a diminuição dos riscos causados pela bebida.

 

Região de Lisboa
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo vai reforçar com mais 108 camas três unidades de cuidados...

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) vai reforçar com mais 108 camas três unidades de cuidados continuados da região, de acordo com os contratos-programa a assinar na sexta-feira.

De acordo com a ARS-LVT, os novos contratos-programa vão ser celebrados com a Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) Casa de Santa Maria (Associação dos Profissionais do Hospital de Santa Maria), em Camarate, Liga dos Amigos do Hospital Garcia de Orta (UCCI LAHGO), em Almada, e UCCI Provedor Júlio Freire, no Barreiro.

Em comunicado, a ARS-LVT destaca que 72 das camas são de média duração e de reabilitação e outras 36 de longa duração e manutenção.

 

Doutoramento de psicóloga conclui:
Ao todo, em 2010, foram analisadas 204 grávidas com uma média de idades de 29 anos, tendo 58% sido alvo de pelo menos um ato de...

Bebés de vítimas de violência doméstica durante a gravidez apresentam atrasos no desenvolvimento logo no primeiro ano de vida, concluiu o doutoramento na Universidade de Coimbra da psicóloga Clementina de Almeida.

Os bebés apresentam ”mais ansiedade, mais comportamentos agressivos, mais comportamentos de desregulação e muita irritabilidade”, referiu a psicóloga, observando que estes não conseguem “alcançar algumas metas no desenvolvimento da linguagem, locomoção ou coordenação”.

A avaliação cognitiva e emocional dos bebés foi feita aos três meses e meio e aos 12 meses, tendo sido possível observar atrasos no desenvolvimento mental do bebé e perturbações “sócio-emocionais” nos dois momentos de análise, sublinhou Clementina de Almeida.

Ao todo, em 2010, foram analisadas204 grávidas com uma média de idades de 29 anos, tendo 58% sido alvo de pelo menos um ato de violência doméstica durante a gravidez.

Das mulheres vítimas de violência, 59% sofreram de violência psicológica, 25% de coerção sexual e 18% de agressão física.

A gravidez surge como factor que pode “aumentar a agressividade da violência que já existe ou pode até iniciá-la”, disse Clementina de Almeida, sublinhando que “a violência física e a psicológica são factores de risco” para o bebé.

A própria violência doméstica afecta também a “auto-estima” das mulheres, que apresentam “mais quadros depressivos moderados e graves” do que as mães não vítimas, sendo que a debilidade da saúde mental materna acaba por determinar “um atraso ainda maior” no bebé, salientou.

Segundo as conclusões do doutoramento, a violência doméstica também “parece ter um efeito negativo ao nível das atitudes maternas durante a gravidez”, não afectando, porém, “o nível de envolvimento” entre mãe e bebé.

“Nos resultados, todos os bebés apresentaram melhorias no seu desenvolvimento, da primeira avaliação para a segunda. No entanto, os bebés filhos de mulheres que sofreram violência durante a gravidez obtêm consistentemente níveis ligeiramente inferiores”, constata ainda Clementina de Almeida, considerando que a violência pré-natal, apesar de não afectar “directamente” o desenvolvimento do bebé, acaba por ser um factor que pode dificultar “o desenvolvimento do pleno potencial” do mesmo.

Clementina de Almeida defendeu ainda que os bebés “deveriam ter um acompanhamento específico”, sendo “fundamental uma intervenção precoce”.

“Um bebé vítima de violência está mais predisposto a encontrar-se com situações abusivas”, notou, criticando a inexistência por parte do Estado de um mecanismo que possa ser accionado para um acompanhamento dos filhos de vítimas de violência doméstica.

 

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