“Uma nova era” contra a doença
A gigante farmacêutica francesa Sanofi anunciou hoje a entrega do primeiro medicamento contra a malária, que usa uma versão...

A Sanofi disse que o desenvolvimento semi-sintético do artemisinin - a principal arma contra a malária - sinalizava “uma nova era” contra a doença que é propagada através das picadas de mosquitos.

O artemisinin é normalmente derivado de uma planta, mas as condições meteorológicas podem afectar as colheitas, o que causa fortes variações no preço e frequentes falhas na distribuição.

De acordo com a Sanofi, foram feitos 1,7 milhões de tratamentos com a alternativa semi-sintética, que será enviada para o Burkina Faso, Burundi, República Democrática do Congo, Libéria, Niger e Nigéria nos próximos meses, no seguimento da 0luz verde' dada pela Organização Mundial de Saúde em Maio.

“Ao complementar a oferta de produtos de origem botânica, esta nova opção pode alargar o acesso ao tratamento de milhares de doentes com malária todos os anos”, disse a empresa em comunicado.

Segundo o último relatório da OMS sobre a malária, esta doença matou 627 mil pessoas em 2012, a maior parte crianças em África, havendo mais de 200 milhões de casos em todo o mundo.

 

Dia Internacional da Juventude
As Nações Unidas querem ajudar a levantar o véu sobre os problemas psicológicos que atingem a população jovem mundial, disse o...

“Para as celebrações do Dia Internacional da Juventude deste ano, as Nações Unidas querem ajudar a levantar o véu que mantém os jovens presos num círculo de isolamento e silêncio”, declarou Ban Ki-moon na sua mensagem. O tema do Dia Internacional da Juventude deste ano é "Juventude e Saúde Mental".

“Uma nova publicação das Nações Unidas demonstra que a cada ano 20% da população jovem mundial sofre uma doença de foro psicológico”, sublinhou o responsável.

Segundo Ban Ki-moon, os riscos são especialmente grandes, uma vez que estes problemas transitam da infância para a idade adulta. “Estigma e vergonha muitas vezes retêm o problema, prevenindo os jovens de procurar a ajuda de que necessitam”, acrescentou.

De acordo com o secretário-geral da ONU, as barreiras podem ser esmagadoras, particularmente em países onde os assuntos da saúde mental são ignorados e há falta de investimento nos serviços de saúde mental.

As pessoas com doenças mentais são discriminadas e isto deixa-as mais vulneráveis à pobreza, violência e exclusão social, tal como tem um impacto negativo na sociedade como um todo, sublinhou.

“Vamos relembrar que com compreensão e assistência, estes jovens podem prosperar e fazer contribuições valiosas para o nosso futuro colectivo”, afirmou o secretário-geral da ONU.

“Temos apenas cerca de 500 dias para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Temos de apoiar todos os jovens, especialmente os vulneráveis, se queremos ter sucesso nesta campanha histórica”, acrescentou.

Ban Ki-moon indicou que são necessários maiores esforços, a todos os níveis, para a consciencialização da importância do investimento e apoio aos jovens com doenças mentais.

“Mais educação é essencial para reduzir o estigma e mudar a forma como falamos e percepcionamos a saúde mental”, afirmou.

“Enquanto marcamos o Dia Internacional da Juventude 2014, vamos permitir que os jovens com doenças mentais realizem o seu potencial de forma plena e mostremos que a saúde mental é um assunto de interesse para todos”, referiu ainda.

O secretário-geral recebe hoje na sede da ONU, em Nova Iorque, jovens de vários países como parte das comemorações do Dia Internacional da Juventude.

Entre os jovens, está a moçambicana Raquelina Langa, que foi convidada a participar nas comemorações de hoje, em Nova Iorque, depois de Ban Ki-moon ter visitado a sua escola, em Maputo, em Maio.

Em 17 de Dezembro de 1999, com a resolução 54/120, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude (que decorreu em Lisboa, entre 08 e 12 Agosto de 1998), declarando 12 de Agosto o Dia Internacional da Juventude.

 

Desde 2010
Os desfibrilhadores automáticos externos, colocados em locais públicos, foram utilizados 39 vezes desde 2010, seis das quais...

A partir do próximo mês passa a ser obrigatória a disponibilização deste equipamento em diversos locais públicos, como estádios, estabelecimentos comerciais de grande dimensão, aeroportos ou estações.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) existem actualmente 531 espaços públicos com programa de DAE, 660 com equipamentos desfibrilhadores automáticos externos (DAE) e 7.394 operacionais de DAE com formação para os utilizar.

“A experiência internacional demonstra que, em ambiente extra-hospitalar, a utilização de DAE por pessoal não-médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas em paragem cardio-respiratória de origem cardíaca”, sublinha uma nota do instituto de emergência médica.

Assim, o INEM tem vindo a promover, desde 2010, a adesão de empresas e instituições ao Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, no âmbito da legislação em vigor.

A legislação que estabelece as regras para a utilização dos desfibrilhadores foi alterada em Agosto de 2012 e veio tornar obrigatória, até Setembro de 2014, a instalação de equipamentos de DAE em estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, sendo ainda obrigatória a existência destes equipamentos em aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem, recintos desportivos e de lazer, com lotação superior a cinco mil pessoas.

O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de eléctrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardio-respiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não um choque eléctrico.

 

Sindicato regista
A greve dos enfermeiros do Centro Hospitalar de Gaia regista hoje, na “maior parte dos serviços de internamento, uma adesão de...

A greve de hoje no Hospital de Gaia visa reivindicar a contratação de mais enfermeiros e exigir que as administrações tenham autonomia para admitir os profissionais necessários.

Em conferência de imprensa realizada à porta da unidade hospitalar, a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Fátima Monteiro, referiu que saíram deste hospital “cerca de 60 enfermeiros” e que “só estão a ser autorizadas admissões de 15”.

“Esta carência reflecte-se nos ritmos elevados de trabalho que recaem sobre os enfermeiros que cá estão”, sublinhou a dirigente sindical.

Estes profissionais “fazem horas e horas consecutivas, muito deste trabalho não é remunerado, deixam de ter folgas durante 15 dias, o seu horário é gerido quase diariamente. Isto é insuportável. Tem de haver por parte do Governo uma medida rápida para por fim à situação de grave ruptura que se está a viver nos hospitais”, disse.

“Há serviços em que a qualidade dos serviços está colocada em causa, há fecho de camas porque os colegas não conseguem, por muito esforço que façam, responder às necessidades dos utentes tanto em tempo útil como em qualidade de cuidados”, sublinhou Fátima Monteiro.

A nível nacional, segundo a dirigente do SEP, “faltam cerca de 25 mil enfermeiros, mas diariamente saem algumas centenas. É incrível que o Governo que se diz preocupado com os seus cidadãos obrigue jovens enfermeiros e outros profissionais altamente qualificados a deixar o seu país quando tão necessários são para as instituições”.

No Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia trabalham “930 enfermeiros”, acrescentou.

 

Com o tema: “Juventude e Saúde Mental”
Hoje comemora-se o Dia Internacional da Juventude sob o slogan “A Saúde Mental Importa”.

Criado por resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, todos os anos, a 12 de Agosto, celebra-se o Dia Internacional da Juventude. Este ano, “Juventude e Saúde Mental” dão o mote para as comemorações da data, que decorrem sob o slogan “A Saúde Mental Importa”, escreve o Portal da Saúde.

De acordo com a ONU, jovens com problemas de saúde mental muitas vezes podem experienciar estigma e discriminação, que por sua vez podem levar à exclusão e a desencorajar à procura de ajuda por medo de serem negativamente 'rotulados'.

Assim, o tema escolhido para as comemorações da data visa envidar esforços para superar o estigma e garantir que os jovens com problemas de saúde mental possam levar uma vida plena e saudável, livre de isolamento e vergonha desnecessária, e que permita os serviços e apoio de que necessitam.

Em Portugal, para assinalar o Dia Internacional da Juventude, 12 de Agosto, o Instituto Português do Desporto e Juventude convidou diversas entidades públicas e privadas a associarem-se à data e a disponibilizarem descontos e entradas gratuitas nas suas actividades/serviços a jovens, entre os 12 e os 25 ou 30 anos.

Os interessados podem encontrar as ofertas, por região, no Portal da Juventude.

 

Despacho publicado em Diário da República
Os hospitais públicos e as unidades locais de saúde com valências médicas e cirúrgicas de oncologia vão ter de assegurar uma...

Estes estabelecimentos de saúde têm o prazo de um ano para “assegurar a formação em cuidados paliativos” aos seus profissionais de saúde e comunicar à Administração Central do Sistema de Saúde a constituição das equipas, refere o despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.

O despacho refere que “os estabelecimentos hospitalares, independentemente da sua designação, e as unidades locais de saúde, integrados no Serviço Nacional de Saúde (...) com valências médicas e cirúrgicas de oncologia médica, devem assegurar a existência de uma equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos (EIHSCP)”.

Estas equipas devem integrar, no mínimo, profissionais das áreas da medicina, enfermagem e psicologia, todos com formação em cuidados paliativos, e por outros profissionais, nomeadamente para apoio administrativo, “sempre que o volume e a complexidade dos cuidados prestados o justifique”.

Cabe a às equipas garantir a prestação de cuidados paliativos aos doentes indicados pelos serviços hospitalares e devem propor, quando indicado, as transferências necessárias para outras tipologias de resposta paliativa.

Devem também prestar aconselhamento e apoio diferenciado em cuidados paliativos especializados a outros profissionais e aos serviços do hospital, aos doentes e suas famílias.

Prestar “assistência na execução do plano individual de cuidados aos doentes internados em situação de sofrimento decorrente de doença grave ou incurável, em fase avançada e progressiva ou com prognóstico de vida limitado, para os quais seja solicitada a sua actuação” é outras das competências destas equipas.

No caso de existirem unidades de terapêutica da dor nestes estabelecimentos de saúde devem ser integradas nas equipas de cuidados paliativos.

Os profissionais que integram a equipa de cuidados paliativos e o responsável pela sua coordenação são designados pelo conselho de administração do hospital e exercem as suas funções preferencialmente em regime de tempo inteiro, determina o despacho, que entra hoje em vigor.

 

Comissão de ética da Organização Mundial de Saúde aprova
A comissão de ética da Organização Mundial de Saúde aprovou hoje o uso de tratamentos experimentais no combate à febre...

"Perante as circunstâncias da epidemia e sob reserva de que determinadas condições sejam cumpridas, a comissão chegou ao consenso de que é ético oferecer tratamentos não homologados, cuja eficácia não é conhecida, nem os seus efeitos secundários, como tratamento potencial ou a título preventivo", explicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A comissão definiu como condições essenciais à utilização destes tratamentos "uma transparência absoluta relativamente aos cuidados, consentimento informado, liberdade de escolha, confidencialidade, respeito das pessoas, preservação da dignidade e implicação das comunidades".

Os peritos referiram a "obrigação moral de reunir e partilhar os dados sobre a segurança e a eficácia destas intervenções", que devem ser alvo de uma avaliação constante, com o objectivo de uma utilização futura.

Antes mesmo do anúncio da aprovação da OMS, os Estados Unidos prometeram enviar para a Libéria, um dos países mais atingidos pela epidemia, um soro experimental, disponível em quantidades reduzidas, para tratar os médicos liberianos actualmente infectados.

Este soro foi usado, com resultados iniciais positivos em dois médicos de nacionalidade norte-americana, já repatriados para os Estados Unidos.

Na segunda-feira, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou que o medicamento experimental ia ser enviado durante esta semana.

A OMS desmentiu hoje ter autorizado o envio deste tratamento para a Libéria, e esclareceu que a utilização de um medicamento novo em determinado país depende de acordos estabelecidos entre as autoridades sanitárias e os laboratórios, não requerendo qualquer autorização da organização mundial.

"A OMS não tem qualquer responsabilidade no envio de tratamento algum para os países (afectados) porque não temos qualquer tratamento de reserva", declarou a porta-voz, Fadela Chaib.

A epidemia de Ébola, que afecta a região da África Ocidental, já fez mais de mil mortos, em 1.848 casos suspeitos, de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde, actualizado na noite de segunda-feira.

Foram registados 11 novos casos e seis mortos na Guiné-Conacri, 45 novos casos e 29 mortos na Libéria, e 13 novos casos e 17 óbitos na Serra Leoa, não tendo sido registados novos casos ou vítimas mortais na Nigéria.

O vírus Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados. Não há vacina conhecida para a doença.

 

Ébola:
A febre hemorrágica Ébola que assola a África Ocidental superou a barreira dos mil mortos, com 1.013 vítimas mortais e 1.848...

Entre 07 e 09 de Agosto foram registados 52 mortos e 69 novos casos, indica o relatório. Foram registados 11 novos casos e seis mortos na Guiné, 45 novos casos e 29 mortos na Libéria, e 13 novos casos e 17 óbitos na Serra Leoa, não tendo sido registados novos casos ou vítimas mortais na Nigéria.

A epidemia ultrapassou os mil mortos durante o fim-de-semana.

A Libéria, um dos países mais afectados pela doença, vai receber dos Estados Unidos amostras de um soro experimental, enquanto a OMS se pronuncia hoje sobre a utilização de medicamentos não aprovados.

“A Casa Branca e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aprovaram o pedido da Libéria para disponibilizar “doses da amostra do soro experimental para tratar os médicos liberianos actualmente infectados”, afirmou a Presidente da Libéria na noite de segunda-feira.

Segundo o comunicado, o acordo surge na sequência de um pedido feito pela Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a 08 de Agosto, ao seu homólogo norte-americano Barack Obama.

 

Relatório da Unicef
Duas em cada cinco crianças viverão em África nos próximos 35 anos, estima um relatório da Unicef, que, por isso, apela ao...

“As elevadas taxas de fecundidade e o número crescente de mulheres em idade reprodutiva significam que, ao longo dos próximos 35 anos, perto de dois milhões de bebés vão nascer em África”, realça o “Geração 2030/Relatório sobre África”, apresentado hoje em Joanesburgo, na África do Sul.

As projecções da agência das Nações Unidas para a infância apontam para que, em 2050, cerca de 40% de todos os nascimentos venham a registar-se em África, onde o número de crianças chegará perto dos mil milhões.

“O futuro da humanidade é cada vez mais africano”, constata a Unicef, classificando o previsível “aumento sem precedentes da população infantil” como “uma oportunidade única" para os responsáveis políticos definirem "uma estratégia de investimento centrada na criança”, que se traduza em “benefícios” para África e o mundo.

Em 2015, mais de metade da população de 15 países africanos terá menos de 18 anos, incluindo Angola (54%) e Moçambique (52%).

O relatório chama a atenção para a Nigéria, onde já se verifica o maior número de nascimentos do continente e que, segundo as estimativas, em 2050, “contabilizará quase 10% dos nascimentos a nível mundial”.

A população nigeriana será 2,5 vezes maior, devendo atingir os 440 milhões de habitantes em 2050, e os menores de 18 anos aumentarão de 93 para 181 milhões.

Dos 54 países africanos, a Nigéria é o exemplo mais relevante, porque representa 16 por cento da população regional, mas todo o continente está em transição demográfica.

Moçambique está também no “top ten” dos países que, até 2050, mais contribuirão para o aumento populacional em África, devendo crescer em 33 milhões de habitantes. Os actuais 14 milhões de crianças do país lusófono aumentarão em 11 milhões.

A urbanização crescente do continente fará com que a maioria dos africanos viva em cidades, antecipa o documento. Se dentro de um ano 40% da população africana habitará em contextos urbanos, essa percentagem deverá aumentar para 60% até 2050.

Em 2015, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estarão no “top ten” (em 6.º e 8.º lugares, respectivamente) dos países africanos com maior percentagem de população urbana. Cabo Verde será também um dos países africanos mais densamente povoados.

Em comunicado, Leila Gharagozloo-Pakkala, directora regional da Unicef para a África Oriental e Austral, espera que estas projecções sirvam de “catalisador para um debate internacional, regional e nacional sobre as crianças africanas”.

Isto porque, sublinha, “investindo nas crianças de hoje – na sua saúde, educação e protecção” traria “vantagens económicas” a um continente onde, “apesar da melhoria”, ocorrem “metade de todas as mortes infantis do mundo”.

Em África, uma em cada 11 crianças morre antes dos cinco anos, taxa 14 vezes superior à média dos países de rendimento elevado, recorda a Unicef, estimando que, a manter-se este panorama, a mortalidade infantil “pode subir para próximo dos 70%” em 2050.

“As alterações demográficas profundas pelas quais a população de crianças africanas vai passar estão entre os problemas mais importantes que o continente enfrenta”, conclui o relatório. “Se o investimento nas crianças africanas não for considerado prioritário, o continente não conseguirá aproveitar plenamente esta transição demográfica”, alerta Manuel Fontaine, director regional da Unicef para a África Ocidental e Central.

 

Em Agosto e Setembro
Acção de sensibilização, entre Agosto e Setembro, estará em 100 praias e alertará os veraneantes para a possibilidade de...

Durante dois meses as praias do país vão receber ortopedistas e vários voluntários numa campanha que visa sensibilizar os veraneantes para os perigos de mergulhar em águas baixas ou junto a rochas. A campanha “Mergulho Seguro”, em marcha entre Agosto e Setembro, “pretende prevenir os traumatismos vertebro-medulares provocados por acidentes relacionados com o mergulho”, adiantou ao Público online Jorge Mineiro, o presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), entidade responsável pela acção em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A campanha estará presente em 100 praias do país com cartazes e folhetos de sensibilização. “Estima-se que 43% dos acidentes de mergulho aconteceram a jovens entre os 10 e os 19 anos e que 73% dos acidentados tinham menos de 29 anos. É nos meses de Julho e Setembro que se verifica mais de 90% destas ocorrências”, apontou também Jorge Mineiro com base num estudo relativo à época balnear de 2012.

“É o único estudo prospectivo que existe. Nele foram referenciados 17 acidentes, dos quais seis resultaram em lesões medulares e três em lesão total”, explicou o médico interno autor do estudo, Ricardo Prata. No âmbito da campanha deverá ainda ocorrer a realização de acções de sensibilização em escolas de surf e a colocação de outdoors nas praias, indicou Ricardo Prata.

Com base nesses números, o presidente da SPOT defende que “os jovens devem conhecer a profundidade do local antes de mergulharem e não devem mergulhar a partir de rochas, margens de lagos ou rios ou em águas rasas”. Correr esse risco, poderá resultar na morte ou deixar os jovens “gravemente incapacitados”, alerta o especialista.

“Não mergulhes no escuro. O local onde mergulhas pode não ser tão fundo como pensas. A água às vezes não é o que parece”, lê-se num dos folhetos que serão distribuídos nas praias.

Segundo a SPOT “os traumatismos vertebro-medulares apresentam elevadas taxas de morbilidade e mortalidade particularmente elevada em Portugal face ao panorama europeu, no contexto dos acidentes em praias". Aquela sociedade não conseguiu, porém, adiantar, para efeitos de comparação, as taxas médias de mortalidade devido a este tipo de acidentes na Europa.

 

Laboratórios alertam
A Associação Nacional dos Laboratórios considerou, em Bragança, que a realização de análises clínicas, em centros de saúde e...

Para o presidente da Associação Nacional dos Laboratórios (ANL), José Chaves, a “internalização” das análises pela Unidade Local Saúde do Nordeste (USLNE), poderá acarretar o fim da rede de laboratórios clínicos na região e os custos sociais associados.

José Chaves disse à Lusa que a ULSNE está a apresentar algumas alternativas aos laboratórios, que passam”"por um acordo bilateral”, com “uma redução de 30% nos custos das análises” e, se aqueles não a aceitarem, “será feito um concurso para que concorram com a melhor proposta, partindo sempre de um teto máximo de 30% para o serviço convencionado”.

Esta proposta, porém, não é do agrado da associação, pois se os valores propostos pelos laboratórios não forem aceites, a ULSNE procederá então à “internalização” dos serviços de análises clínicas, nos centros de saúde ou nos hospitais da região.

“Esta situação, a acontecer, vai retirar à população a liberdade de escolher o local onde quer fazer as suas análises e, por outro lado, retirar qualquer tipo de viabilidade financeira e de sustentabilidade aos laboratórios existentes na região nordestina”, enfatizou José Chaves.

Os representantes da ANL acreditam que, com esta posição, a ULSNE vai criar “uma situação menos cómoda para outros utentes, assim como para os beneficiários do Serviço Nacional de Saúde”.

Na reunião da ANL, em Bragança, foi apresentado o documento “Análises Clínicas no Nordeste Transmontano: cinco pontos que os utentes devem saber”, sobre as consequências da internalização das análises e os direitos que assistem aos utentes.

A ANL tem por objectivo distribuir este documento junto da população.

 

Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos do distrito de Santarém reafirmou a sua luta por cuidados de saúde de proximidade...

Em conferência de imprensa realizada hoje frente ao Hospital de Santarém, o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) fez uma análise crítica do actual momento da prestação de cuidados de saúde no distrito e antecipou o que entende ser a “intenção governamental para a redução de cuidados de saúde”, reafirmando ainda as suas propostas para o sector no distrito de Santarém.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do MUSP disse que “as políticas governamentais continuam a agravar as condições de acesso a cuidados de saúde e aumentam o sofrimento dos utentes”, tendo lembrado as acções desenvolvidas nos últimos meses no distrito de Santarém e “chamando à atenção para os graves problemas no acesso a cuidados de saúde, nos hospitais e centros de saúde”.

Segundo Manuel Soares, “a situação tem vindo a agravar-se de tal forma que, para além dos protestos dos utentes e os trabalhadores com os seus sindicatos, médicos, enfermeiros, função pública e ordens profissionais, também os autarcas levantam a sua voz face às situações dramáticas que se vão conhecendo”.

Como exemplo, apontou as tomadas de posições das Comunidades Intermunicipais da Lezíria e Médio Tejo, que, “face à degradação na prestação de cuidados de saúde, solicitaram reuniões com o ministro da tutela e aprovaram moções e outros documentos rejeitando a Portaria 82/2014, que poderá levar ao encerramento de dezenas de serviços hospitalares”.

Manuel Soares disse ainda que “a redução do financiamento das unidades de saúde tem provocado dramáticas carências de recursos humanos” tendo feito notar que “médicos, enfermeiros, técnicos de saúde, administrativos e outros trabalhadores faltam um pouco por todo o lado”.

“Se à aplicação da Portaria 82/2014 adicionarmos a ideia de juntar todos os hospitais do distrito numa única entidade, teremos a tempestade perfeita para dificultar de forma dramática o acesso a cuidados de saúde”, vincou.

A revogação da Portaria 82/2014, de reclassificação dos hospitais, a manutenção e dinamização das valências da Urgência, Medicina Interna, Pediatria e Cirurgia Geral nos quatro hospitais (Abrantes, Tomar, Torres Novas e Santarém), a articulação dos cuidados de saúde, manutenção das duas maternidades nos hospitais de Abrantes e Santarém, mais médicos e outros profissionais nos centros de saúde e ainda farmácias nos meios rurais e cuidados de saúde de proximidade e qualidade são reivindicações lembradas pelo porta-voz do MUSP.

Recomendações
Em muitas actividades, os trabalhadores estão expostos a condições ambientais adversas.
Calor no trabalho

Em muitas actividades laborais, quer pela sua natureza quer pela inadequabilidade dos espaços onde são desenvolvidas, os trabalhadores encontram-se expostos a condições ambientais adversas, nomeadamente no Verão, no que se refere às condições térmicas e exposição à radiação ultravioleta (UV).

Assim, no sentido de mitigar os efeitos nefastos provocados por temperaturas ambientais elevadas, é importante que se adoptem medidas para assegurar que, no exterior, os postos de trabalho reúnam as condições necessárias para que os trabalhadores estejam adequadamente protegidos contra as condições atmosféricas.

Medidas gerais de prevenção

Organização do trabalho

1. Identificar os factores de risco relacionados com o trabalho:

  • Temperatura ambiente elevada;
  • Pouca circulação de ar ou circulação de ar muito quente;
  • Calor libertado por máquinas, por produtos ou por procedimentos de trabalho;
  • Utilização de produtos químicos, particularmente solventes e tintas;
  • Tarefas que exijam grande esforço físico;
  • Insuficientes pausas de recuperação;
  • Vestuário de trabalho inadequado e que impeça a evaporação do suor.

2. Identificar os factores de risco relacionados com o trabalhador:

  • Doenças recentes e/ou crónicas, como doenças cardiovasculares, respiratórias, metabólicas e neuropsiquiátricas;
  • Consumo de alguns medicamentos;
  • Desconhecimento do perigo que podem representar o calor e radiação ultravioleta;
  • Dificuldade de adaptação ao calor;
  • Má condição física;
  • Falta de descanso;
  • Utilização de vestuário muito apertado e muito quente;
  • Consumo de água insuficiente;
  • Consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras, de álcool ou de tabaco.

3. Evitar, quando possível, a realização de trabalhos no exterior, quando as temperaturas se encontrem mais elevadas, e a exposição directa ao sol, especialmente no período entre as 11 e as 17 horas;

4. Garantir que a organização do trabalho permite que o trabalhador se adapte ao ritmo de trabalho de acordo com a sua tolerância ao calor;

5. Prever a possibilidade da redução do ritmo de trabalho no caso de se verificarem temperaturas elevadas;

6. Organizar pausas suplementares nas horas de maior calor.

Edifícios

  • Prever zonas de sombra ou abrigos climatizados que possam ser utilizados;
  • Nos edifícios utilizados, providenciar medidas correctivas possíveis para prevenir o calor (instalação de estores, persianas e climatização);
  • Garantir ventilação e climatização nos edifícios;
  • Garantir ventilação eficaz nos locais com maior risco de poluição;
  • Utilizar termómetros para monitorização da temperatura ambiente.

Bebidas

  • Disponibilizar água potável aos trabalhadores - pelo menos 3 litros de água por dia e por trabalhador.

Vigilância

  • Recomendar aos trabalhadores a vigilância interpares do aparecimento de sinais ou sintomas associados ao calor.

Sensibilização

  • Garantir a divulgação, por parte do departamento de saúde ocupacional da empresa, de informação sobre os riscos relacionados com o calor, as formas de os prevenir, os sinais e sintomas associados a temperaturas elevadas e as medidas a serem tomadas no caso de se verificar sintomatologia associada ao excesso de calor.

Medidas individuais de prevenção

Vestuário

  • Usar peças de vestuário leves, de preferência de algodão e de cor clara, uma vez que estas reflectem o calor e a luz solar e ajudam o corpo a manter as temperaturas normais.

Bebidas

  • Beber, pelo menos, 1,5 litros de água por dia ou, no caso de trabalhos no exterior, o equivalente a um copo de água com uma periodicidade de 15-20 minutos, mesmo que não tenha sede e se não houver contra-indicação;
  • Não consumir bebidas alcoólicas e com elevados teores de açúcar.

Diversas

  • Sempre que o trabalho seja efectuado no exterior, deve-se preconizar a utilização de protectores solares (com índice >30) e haver a preocupação de proteger a cabeça (boné, capacete) e os olhos (se possível, óculos de sol com protecção contra radiação UVA e UVB);
  • Redobrar os cuidados se tiver antecedentes de doença ou se estiver a tomar medicamentos.

Sinais de alerta e acções a desenvolver

Os primeiros sinais de um golpe de calor incluem:

As acções a desenvolver incluem:

  • Transportar a pessoa para a sombra ou para dentro de um compartimento fresco e aliviar-lhe o excesso de roupa;
  • Fazer o máximo de arejamento possível;
  • Pulverizar o corpo com água fresca;
  • Dar água se a pessoa estiver consciente;
  • Contactar um médico;
  • Contactar o serviço Saúde 24 – 808 24 24 24 ou o número de emergência 112.
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
10 Mandamentos da Cruz Vermelha
Com o Verão multiplica-se a oferta de programas e actividades para os jovens nos acampamentos, mega-
Público em festival de música a assistir a concerto

1. O teu kit SOS levarás

O kit SOS deve conter a tua medicação habitual (pílula anticoncepcional, asma, diabetes,...) e outros medicamentos indicados pelo teu médico de família para a dor de cabeça, vómitos e diarreia. Também é importante lá colocares: pensos de vários tamanhos, desinfectante para a pele, repelente de insectos, tampões protectores de ruídos e protector solar.

2. Os teus pés protegerás

Os cortes e feridas nos pés são bastante frequentes nestes locais até porque está instituído que o sapato oficial do festivaleiro/campista é o “pé-descalço” ou o chinelo de dedo. No entanto, aconselhamos-te a levar contigo um calçado apropriado para percorreres vários quilómetros no recinto e para te proteger de lesões provocadas por objectos estranhos. Em caso de lesão, deves procurar ajuda para seres tratado a tempo e não correres o risco de infecções.

3. Os insectos tu vencerás

Os insectos são o “bicho papão” destes ambientes. Assim, para evitares as investidas de melgas e mosquitos, bem como os inchaços e desconforto que provocam, usa repelente! Tem cuidado com as vespas e abelhas, até porque alguns são alérgicos e não o sabem. Se fores picado, dirige-te de imediato ao posto de socorros. Os carrapatos ou carraças são outra das pragas e devem ser rapidamente arrancados da pele sem esquecer a sua cabeça, mas por pessoal certificado. Nunca deves utilizar álcool para os desalojar, nem cigarros acesos.

4. Das queimaduras te afastarás

Nestes eventos, é normal usarem-se tachos/panelas para cozinhar ao lume. Utilizam-se fogões portáteis, fogueiras, grelhadores e, mesmo, resistências eléctricas. Isto potencia as queimaduras. Nestes casos, é preciso: procurar ajuda de imediato; se possível, arrefecer a área queimada colocando-a debaixo de água corrente (sem pressão); cobrir a zona queimada com um pano limpo, sem pêlos e húmido; não arrancar nem mexer na roupa ou objectos que estejam coladas à pele.

5. Dos teus ouvidos cuidarás

Nos concertos/festivais de música para jovens, o ruído em decibéis é, regra geral, muito intenso. Para isso, protege os teus ouvidos com os tampões que tens no teu Kit SOS. Se não os tens, procura-os junto da organização.

6. Do sol te protegerás

Evita a exposição prolongada ao sol e as temperaturas escaldantes. Usa sempre o teu protector solar e, no final do dia, coloca creme hidratante.

Para evitar insolação e golpes de calor, deves proteger-te e beber água regularmente.

Sinais de risco a identificar na insolação (ambientes quentes e secos):

  • Face vermelha;
  • Sensação de calor;
  • Pele seca;
  • Náuseas e vómitos;
  • Violentas dores de cabeça.

Sinais de risco a identificar no golpe de calor (ambiente quente e húmido):

  • Palidez;
  • Sensação de frio;
  • Dores de cabeça e náuseas.

Nestas situações, vai de imediato ao posto de socorros.

7. A hipotermia vencerás

Portugal tem um clima ameno no Verão, mas muitas vezes a temperatura baixa repentinamente e chove. Com a chuva vem a lama, vento frio, pés, tendas e roupa molhados.... Isto não calha nada bem! Até porque a temperatura do teu corpo começa a diminuir e rapidamente podes entrar em hipotermia. Deves tirar as roupas molhadas, vestir umas secas (não te esqueças de guardar a tua muda de roupa num saco impermeável) e ingerir bebidas açucaradas não alcoólicas. Atenção: “beber álcool para aquecer” não resolve estas situações; apenas fazem esquecer a sensação de frio. Em caso de hipotermia, a vítima de ser levada de imediato ao posto de socorros.

8. Das feridas simples tu tratarás

Se tiveres uma ferida pequena/corte, lava cuidadosamente as mãos e depois lava a ferida com água potável, sem esfregar; e, por fim, coloca o teu desinfectante para a pele. Se o ferimento é profundo, extenso ou numa área sensível, vai ao posto de socorros. Nunca retires um corpo estranho da ferida.

9. Os inconscientes tu ajudarás

Por abuso de álcool, drogas ou outra razão, um festivaleiro pode, por vezes, “ficar ausente” de forma inesperada e a tua intervenção pode realmente ajudá-lo.

Perda de consciência? Ele não responde, nem se mexe? Não hesites, chama de imediato ajuda, mesmo se julgas tratar-se apenas de uma valente bebedeira, pois pode ser muito grave. Enquanto esperas, coloca-o deitado de lado (posição lateral de segurança). Se a situação esta associada a queda ou pancada na coluna vertebral, não mexas ou desloques a vítima e aguarda pelo socorro diferenciado. Nunca deixes a vítima sozinha e não te esqueças que o número de emergência é o 112.

10. O teu posto de socorros não negligenciarás

És sempre bem-vindo aos postos de socorros existentes nos recintos destes eventos; as equipas lá presentes estão preparadas para dar resposta a todas as situações de socorro.

Se tens motivação e gostas de ajudar e fazer bem, torna-te também voluntário da Cruz Vermelha Portuguesa! Para isto, contacta a nossa Delegação mais próxima da tua residência. E não te esqueças: há gestos que salvam vidas!

Artigos relacionados

Minimizar os efeitos da ressaca

Infeções sexualmente transmissíveis

Exposição ao sol

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Ébola:
A Direcção-Geral da Saúde vai colocar hoje, no aeroporto de Lisboa, vários cartazes e folhetos dirigidos, principalmente, a...

Os cartazes e folhetos serão também colocados posteriormente nos aeroportos do Porto, Faro, Madeira e Açores, adianta a Direcção-Geral da Saúde (DGS) numa nota enviada à agência Lusa.

Nestes cartazes e folhetos, que têm como título “Informação de saúde”, pode ler-se: “Se esteve nos últimos 21 dias num país afectado pelo vírus Ébola ou esteve nos últimos 21 dias em contacto com um doente com doença por vírus Ébola e se tiver febre superior a 38 graus, de início súbito, ligue para 808 24 24 24”.

Aconselha ainda o viajante a “referir sempre” aos profissionais de saúde os locais onde estiveram, nos últimos 21 dias, nos países afectados pelo vírus, Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Portugal criou um “dispositivo de coordenação” que está em alerta e “mobilizará e activará recursos que sejam adequados a cada situação” de infecção pelo Ébola que venha a ser identificada, anunciou na passada sexta-feira a DGS, na sequência da declaração pela Organização Mundial de Saúde do estado de emergência de saúde pública de âmbito internacional, devido ao surto de Ébola.

A DGS garante que “Portugal tem, em estado de prontidão, mecanismos para detectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus Ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação da doença”.

A autoridade de saúde refere que “estão previstas medidas para facilitar a evacuação e a repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus”.

Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infectados com o vírus do Ébola são os Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, e São João, no Porto.

Segundo a DGS, o actual surto começou na Guiné-Conacri, em Dezembro de 2013 e, até à data, foram identificados cerca de 1.700 casos, tendo havido 930 mortes, em quatro países: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

O vírus do Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.

 

Viajantes contactam Linha Saúde 24 para pedir esclarecimentos

Viajantes que vão para Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau estão a contactar a Linha Saúde 24 para pedir esclarecimentos sobre se o vírus Ébola está presente nestes países e que cuidados devem adoptar, segundo o coordenador do serviço.

Em declarações hoje à agência Lusa, o enfermeiro Sérgio Gomes disse que a Linha Saúde 24 tem recebido "apenas contactos de pessoas que vão viajar” para estes países, sobretudo Angola e Cabo Verde, para pedir conselhos e esclarecimentos sobre a doença.

“O que nós dizemos é que o vírus Ébola não está presente nestes países e aconselhamos as pessoas a ter os cuidados que qualquer viajante deve ter” a nível da alimentação, no caso de tomar medicação levar os medicamentos em quantidade necessária para a viagem, entre outros cuidados, explicou.

Além disso, os enfermeiros da Linha Saúde 24 alertam também para os sintomas do vírus Ébola, nomeadamente febre, que costuma ser o principal sinal, acompanhada de fraqueza e dores musculares, de cabeça e de garganta.

Outros sintomas nos tempos seguintes são náuseas, diarreia, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa.

Segundo o enfermeiro Sérgio Gomes, a Linha não recebeu, até ao momento, telefonemas de pessoas que apresentassem sintomas da doença.

 

Estudo
Haverá riscos para a saúde de fetos se uma mulher grávida usar determinados sabonetes? Um estudo que será apresentado esta...

O estudo promete alguma polémica quando for apresentado esta quinta-feira numa reunião da American Chemical Society (ACS): as componentes antibacterianas que fazem parte de alguns produtos, nomeadamente sabonetes, podem colocar riscos para a saúde de fetos.

O trabalho completo ainda será apresentado mas no site da associação norte-americana já se pode ler uma introdução ao que será apresentado no 248º encontro da ACS.

“Observámos a exposição de mulheres grávidas e respectivos fetos a dois dos ‘assassinos de germes’ mais comummente usados em sabonetes e outros produtos de uso diário, o triclosano e o triclocarbono”, diz o investigador Benny Pycke no texto publicado no site da associação, e "descobrimos triclosano em todas as amostras de urina de mulheres grávidas que analisamos. E também detectamos [triclosano] em cerca de metade das amostras de sangue do cordão umbilical, o que significa que transfere para os fetos”, explica o investigador, que diz que também descobriram triclocarbono em muitas das amostras".

O problema explica o cientista da Universidade do Arizona é que alguns estudos apontam para o risco de “desenvolvimento em animais e potencialmente em humanos”. O cientista realça apesar de tudo que o nosso organismo tem capacidade para ir expelindo destas componentes. O risco estará no facto de a exposição poder “potencialmente ser constante”, o que comportaria riscos.

 

Desde 2009
A lei que cria o regime especial de protecção de crianças e jovens com doença oncológica, de Agosto de 2009, não foi...

A lei inclui, entre outras, disposições sobre comparticipações em deslocações, apoio especial educativo e psicológico. Por ser uma lei transversal, o Público pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde (MS) e ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Respondeu o MS, defendendo que a legislação existente basta para a regulamentação desta lei e que, “de acordo com parecer dos diversos ministérios envolvidos, não há nada a regulamentar”, diz na sua edição digital.

De facto, a lei tem força, independentemente da regulamentação, tendo entrado em vigor a 1 de Janeiro de 2010. Mas, quando foi criada, entendeu-se que devia ser regulamentada, o que ficou plasmado no artigo 15.º: “O Governo regulamenta a presente lei no prazo de 60 dias a contar da data da sua publicação.”

A regulamentação é uma reivindicação antiga da directora-geral da Acreditar, Margarida Cruz, que defende que essa ausência aumenta a confusão acerca dos direitos dos utentes.

Tanto Cláudia Madaleno, do Instituto de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito de Lisboa, como Inês Albuquerque e Castro, especialista em Direito Laboral, da firma de advogados Miranda, defendem que devia ter sido regulamentada. “O não cumprimento de uma promessa de regulamentação de uma lei pode levar ao simples esquecimento da existência da lei a regulamentar, sobretudo quando o legislador faz depender da regulamentação a definição do âmbito de aplicação da lei”, explica Inês Albuquerque e Castro.

E acrescenta: “É o que acontece neste caso, em que o legislador determina que para efeitos da lei n.º 71/2009 de 6 de Agosto ‘doença oncológica’ será a que conste da lista definida em regulamentação própria. Neste caso, é nosso entendimento que a falta de regulamentação da lei impossibilita o entendimento e a aplicação do diploma.” O MS justifica, porém, que o cancro se inclui na legislação respeitante a incapacidades e deficiência, não sendo necessário regulamentação.

 

Saiba quais são
O surf é cada vez mais popular entre toda população.
Surf

Ao início pode ser um desporto que pode requerer alguma persistência até começar a tirar-se algum proveito. O surf não é tão fácil quanto possa pareça. Vale a pena iniciar-se com algumas aulas para aprender o básico e evoluir mais rapidamente.

Quem pratica, diz que ao entrar numa fase em que já se consegue divertir, dificilmente consegue deixar de praticar.

Os benefícios do surf são numerosos. Promove a saúde e bem-estar, melhora o funcionamento cardiovascular e fortalece os músculos.

Benefícios para a saúde

  1. Tal como a natação, a remada no surf melhora o sistema cardiovascular e aumenta a resistência.
  2. Também através da remada os músculos dos braços, ombros e costas são trabalhados proporcionando mais força.
  3. Ao colocar-se em pé quando apanha uma onda, o equilíbrio que necessita, e todos os movimentos que faz enquanto surfa a onda, vai fazer com que trabalhe os músculos das pernas e do abdómen.

Outros benefícios

  1. Sendo um desporto que se pratica ao ar livre, pode usufruir de toda a tranquilidade que a natureza tem para oferecer.
  2. É uma excelente maneira de aliviar o stress do dia-a-dia e não pensar em mais nada.

Para se iniciar a praticar surf deve ter em conta alguns aspectos básicos de segurança, assim como nadar e conhecer bem o mar e as correntes. Procure sempre informar-se bem com pessoas que sejam locais antes de entrar no mar.

Evite lesões e comportamentos de risco

  1. Um bom aquecimento antes de entrar na água é essencial
  2. Procure não surfar sozinho
  3. Se está a iniciar-se tenha preferência por praias com fundo de areia
  4. Mesmo em dias sem sol utilize sempre protector solar

Não se esqueça, que apesar de ser um desporto que permite alguma liberdade também existem regras, e estas devem ser cumpridas para que não corra riscos de se lesionar ou lesionar outras pessoas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
O que é?
O olho seco resulta de deficiente lubrificação da superfície ocular externa.
Olho seco

 

Pode ser devido a uma produção de lágrima em quantidade insuficiente ou quando a qualidade dos componentes do filme lacrimal é inadequada. A função do rebordo palpebral é, também, fundamental para a uniformização da película lacrimal, através do pestanejar (função de “limpa para-brisas”).

 

 

Função das Lágrimas

  • Nutrição, humidificação, lubrificação e limpeza;
  • Protecção: bacteriostática e imunológica;
  • Refractiva.

A produção basal do filme lacrimal depende essencialmente de células da conjuntiva e da glândula lacrimal.

O filme lacrimal é composto por três camadas: lipídica, aquosa e mucóide. A camada mais externa, lipídica, previne a evaporação. A camada intermédia, aquosa, é fundamentalmente a responsável pela nutrição da córnea. A camada interna, mucóide, dá estabilidade ao filme lacrimal.

Além da nutrição e lubrificação, as lágrimas protegem a superfície ocular contra infecções e outras agressões do olho como poeiras, fumos e partículas aéreas, promovendo em continuidade a lavagem da superfície ocular.

Contribuem também para a estabilidade de uma superfície corneana, regular, proporcionando uma melhor refracção.

A sua eficaz função de limpeza, de humidificação e lubrificação são importantes para o conforto ocular.

Os sintomas frequentes de "olho seco" são:

  • Desconforto Ocular;
  • Ardor;
  • Prurido;
  • Sensação de corpo estranho (areia) nos olhos.

A deficiente função lacrimal pode conduzir, pelo sofrimento córneo-conjuntival a:

  • Olhos vermelhos e dolorosos;
  • Fotofobia (dificuldade em suportar a luz);
  • Pequenas úlceras de córnea (queratites).

O olho seco pode, paradoxalmente, conduzir ao lacrimejo e epífora por excesso de produção do componente aquoso da glândula lacrimal.

Um olho seco pode confundir-se com outras situações, tais como conjuntivites, queratites e alergias oculares.

Pode manifestar-se como uma “conjuntivite crónica”.

Causas do “olho seco”
Existem diferentes factores que podem ser causa de olho seco, seja por diminuição da produção de lágrimas, da sua qualidade ou por excessiva evaporação, como:

Idade: Com a idade, a produção de lágrimas diminui. Aos 65 anos, a produção lacrimal é cerca de 60% inferior da que existe aos 18 anos.

Doenças Imunológicas: Um olho seco está frequentemente associado a doenças como: Artrite, Alergia, Lupus, Síndrome de Sjogren e outras doenças da pele, das mucosas e imunológicas.

Meio Ambiente: Condições ambientais, de ar seco, fumos e vento podem desencadear ou agravar a situação de olho seco.

Iatrogénico: Alguns medicamentos, como: os anti-histamínicos, antidepressivos, anti-hipertensivos, podem contribuir para a diminuição da produção lacrimal e seus componentes.

Diagnóstico de “olho seco”
Faz-se por diversos testes, não invasivos nem dolorosos, que medem a quantidade de produção de lágrimas e que avaliam a sua qualidade.

Um destes testes é o teste de Schirmer que, utilizando uma tira de papel de filtro especial, mede a quantidade de lágrimas. O BUT (break up time – tempo de rotura), que exige equipamento específico de oftalmologia e utilizando-se um corante natural (fluoresceína), permite medir o tempo de rotura do filme lacrimal e é portanto um teste que avalia a qualidade da lágrima (estabilidade).

O “olho seco” é acompanhado frequentemente por "boca seca", por disfunção das glândulas salivares, semelhantes funcionalmente às glândulas lacrimais.

Tratamento do Olho Seco
Faz-se essencialmente utilizando substitutos da lágrima, lágrimas artificiais, de que existem diversos no mercado.

Não esquecer as patologias sistémicas e os intervenientes ambientais e iatrogénicos que podem estar na origem das queixas.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Conheça as causas mais frequentes
A obstipação é uma condição muito frequente nas crianças.
Menino com dor de barriga

A obstipação, mais vulgarmente chamada de prisão de ventre, é uma condição muito frequente nas crianças, sendo responsável por cerca de 3 a 5% das consultas ao pediatra e 35% das consultas de gastrenterologia. Contudo, na maioria das crianças, não há qualquer doença de base responsável por esta condição. Trata-se de um distúrbio que ocorre tanto em rapazes como em raparigas, mas após a puberdade é mais frequente no sexo feminino. Caracteriza-se por ser uma condição na qual as crianças evacuam menos frequentemente do que o usual, ou quando suas fezes tendem a ser duras, secas e doloridas e difíceis de evacuar.

Desenvolve-se lentamente quando a criança começa a associar a dor ao acto de defecar. Assim sendo, a criança, ao ter cólicas, evita ir ao quarto de banho para não ter mais dores. Ao reter as fezes, o recto começa a distender e a perder alguma sensibilidade. Com o tempo, o recto vai adquirindo uma capacidade maior de acomodar fezes sem dar sensação nem urgência de evacuar. Quando finalmente a criança vai ao quarto de banho, as fezes são duras e volumosas e a dor ao defecar é cada vez maior, criando assim um ciclo vicioso com um agravamento progressivo. Apesar de não ter consequência graves a prazo, é um problema frequente e responsável por perda de qualidade de vida.

Sintomas da obstipação

Deve estar atento aos sintomas de prisão de ventre nas crianças que podem incluir uma evacuação menos frequente que o habitual, posturas que indicam que a criança está a evitar ir ao quarto de banho, dores, cólicas abdominais, fezes duras, secas ou grandes ou evacuações doridas.

Deve procurar ajuda médica quando os sintomas de prisão de ventre durarem mais do que duas semanas, mas se o distúrbio for acompanhado de um ou mais sintomas abaixo indicados, deve procurar um médico quanto antes.

  • Febre
  • Vómitos
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso
  • Fissura anal
  • Prolapso rectal

Causas da obstipação

As crianças geralmente desenvolvem prisão de ventre como resultado de reter as fezes. Elas podem reter as fezes porque estão stressadas em relação ao início do uso do quarto de banho, sentirem vergonha de usar wc’s públicos, não quererem interromper brincadeiras ou terem medo que doa ao evacuar.

Outras causas de prisão de ventre em crianças podem incluir uma dieta pobre em fibras, a toma de alguns medicamentos, doenças como a diabetes ou a síndrome de Down, ou deficiências anatómicas devido a defeitos de nascença.

Tratamento da obstipação

O tratamento depende da idade da criança e da gravidade do problema. No entanto, compreendendo o ciclo vicioso que é a obstipação, a melhor maneira de o quebrar é actuando no ponto inicial. Ou seja, na dor. Desde que a criança compreenda que ir ao quarto de banho não é doloroso, aliás se entender que quanto mais frequentemente for ao quarto de banho menos dores terá, aí deixará de haver obstipação.

Contudo, podem ter de ser tomadas medidas mais incisivas como limpar o cólon e retirar as fezes duras que estão acumuladas, administração de medicamentos ou mudança dos hábitos alimentares, com uma alimentação rica em fibras (vegetais), açúcares não absorvíveis (frutas) e muitos líquidos.

Os pais devem ter consciência que o tratamento é longo, podendo mesmo prolongar-se durante meses. Devem encorajar as crianças a passarem mais tempo no quarto de banho depois das refeições para criar o hábito regular. Preferencialmente, a ida ao quarto de banho deve ser após o pequeno-almoço e após o jantar, altura em que há um maior movimento do intestino após a refeição.

Aconselha-se que a criança seja novamente vista pelo médico se o tratamento falhar ou se começar a mostrar sintomas que indiquem que o problema possa estar de volta.

Artigos relacionados

Como interpretar os vómitos na criança

Diversificação alimentar no 1º ano de vida da criança

Abuso sexual de crianças

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

Páginas