Investigadores do Porto
Uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto está a desenvolver uma ferramenta de tradução...

O projecto – ‘Virtual Sign’ – passa pelo desenvolvimento de “um tradutor bidireccional de língua gestual [que] permite a tradução de Língua Gestual Portuguesa de gesto para texto e de texto para gesto”, começou por explicar à Lusa Paula Escudeiro, professora no ISEP e mentora da investigação.

Três anos depois da sua aprovação, e comparticipação de 100 mil euros pela Fundação Ciência e Tecnologia (FCT), o ‘Virtual Sign’ conta com dois dispositivos externos – uma luva com sensores e uma câmara Kinect (câmara com sensor utilizada em consolas de jogos) – que permitem identificar os gestos, movimentos corporais e faciais e “traduzi-los para texto” que é então “transmitido para um computador”.

“Na outra direcção, escrevendo um texto, por exemplo num computador, permite que um ‘avatar’ [representação gráfica de uma pessoa] identifique o texto que está a ser escrito e o transforme em gesto. É esta a tradução bidireccional”, acrescentou a investigadora.

A ideia surgiu depois de a equipa de investigadores, também professores, se terem deparado com situações em que alunos com deficiências auditivas manifestavam maiores dificuldades em acompanhar as aulas.

“Começamos a pensar um pouco nisso e surgiu-nos a ideia de criar algo que permitisse ajudar esses alunos a estarem incluídos no nosso processo de ensino”, assinalou.

Paralelamente, a equipa está também a criar “um jogo educativo que permita ensinar e aprender a língua gestual portuguesa”.

O projecto está em fase de testes, já foi experimentado em contexto de sala de aula, com resultados “muito bons”, mas a sua fase de desenvolvimento “ainda não terminou”.

Paula Escudeiro espera que a sua utilização em salas de aula arranque “mal termine o período alocado para produção” do projecto, prevendo que o mesmo suceda “mais ou menos no final deste ano”.

Para além das aulas no ISEP, os investigadores querem fazer chegar o ‘Virtual Sign” a outros contextos de formação, e até a “outros domínios do próprio dia-a-dia”, e estão também a preparar-se para concorrer a projectos de financiamento de nível internacional que permitam o alargamento a mais línguas.

A equipa, coordenada pelo ISEP, inclui também investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, da Universidade Aberta e uma profissional em Língua Gestual Portuguesa.

 

Timor-Leste
Portugal e Timor-Leste assinam protocolos de colaboração na regulamentação de medicamentos e a criação de um sistema de...

Os governos português e timorense assinaram hoje protocolos de cooperação em matérias como a regulamentação de medicamentos e a criação de um sistema de emergência médica pré-hospitalar em Timor-Leste, considerados “históricos” pelo director-geral da Saúde, Francisco George.

“Os dois países irão intensificar a cooperação já existente na área da saúde. Nesta conformidade, o ministro Paulo Macedo, aqui presente, efectuou também uma visita bilateral a Timor-Leste, e acabámos de assinar diversos instrumentos jurídicos com esse fim”, declarou o chefe do executivo português, Pedro Passos Coelho, à comunicação social, em Díli, no final de um encontro com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.

Francisco George considerou que os protocolos hoje assinados são “históricos nas relações de cooperação no domínio da saúde” entre os dois países, e adiantou que este reforço de cooperação “foi solicitado por Timor”.

 

Investigadores da Universidade do Minho
Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho demonstrou, numa experiência com ratinhos, a razão para alterações...

Investigadores da Universidade do Minho demonstraram, numa experiência com ratinhos, que a morte dos astrócitos, células do cérebro que comunicam com os neurónios, pode justificar alterações comportamentais típicas de doenças mentais como a depressão ou a esquizofrenia.

“Se afectarmos os astrócitos, os neurónios serão afectados também por consequência”, disse João Oliveira, coordenador da equipa, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde, da Universidade do Minho.

Segundo o investigador, o estudo introduziu “um novo jogador”, os astrócitos, para explicar alterações de comportamento que habitualmente ocorrem em doentes mentais, uma vez que era do conhecimento que nestes “há danos” nos neurónios - outras células do sistema nervoso.

O que é?
A endocardite infecciosa é uma infecção do endocárdio e das válvulas do coração.
Endocardite infecciosa

As bactérias (ou, menos frequentemente, os fungos) que penetram na corrente sanguínea ou que, raramente, contaminam o coração durante uma operação de coração aberto podem alojar-se nas válvulas do coração e infectar o endocárdio. As válvulas anómalas ou lesionadas são mais propensas à infecção, mas as normais podem ser infectadas por algumas bactérias agressivas, sobretudo quando chegam em grandes quantidades. As acumulações de bactérias e de coágulos nas válvulas (o que se denomina de vegetações) podem desprender-se e chegar aos órgãos vitais, onde podem bloquear o fluxo de sangue arterial. Estas obstruções são muito graves, pois podem causar um icto, um enfarte do miocárdio, uma infecção e lesões na zona onde se situem.

A endocardite infecciosa pode aparecer repentinamente e chegar a ser mortal em poucos dias (endocardite infecciosa aguda) ou pode desenvolver-se gradualmente e de forma quase despercebida ao longo de semanas ou de vários meses (endocardite infecciosa subaguda).

Causas
Embora não haja normalmente bactérias no sangue, uma ferida na pele, no interior da boca ou nas gengivas (inclusive uma ferida provocada por uma actividade normal como mastigar ou escovar os dentes) permite a uma pequena quantidade de bactérias penetrar na corrente sanguínea.

A gengivite (infecção e inflamação das gengivas), pequenas infecções da pele e infecções em qualquer parte do organismo permitem às bactérias entrar na corrente sanguínea, aumentando o risco de endocardite.

Certos procedimentos cirúrgicos, dentários e médicos também podem introduzir bactérias na circulação sanguínea; por exemplo, o uso de cateteres intravenosos para administrar líquidos, nutrientes ou medicamentos, uma citoscopia (colocação de um tubo para ver o interior da bexiga) ou uma colonoscopia (introdução de um tubo para ver o interior do intestino grosso).

Em pessoas com as válvulas do coração normais, não se verifica qualquer contratempo e os glóbulos brancos destroem estas bactérias. As válvulas lesionadas, no entanto, podem fixar as bactérias, que se alojam no endocárdio e começam a multiplicar-se. Em algumas ocasiões, durante a mudança de uma válvula do coração por uma artificial (protésica) podem introduzir-se bactérias, que costumam ser resistentes aos antibióticos. Os doentes com um defeito congénito ou com alguma anomalia que permite ao sangue passar de um lado para o outro do coração (por exemplo, de um ventrículo para o outro) têm também um maior risco de desenvolver uma endocardite.

A presença de algumas bactérias no sangue (bacteriemia) pode não causar sintomas de imediato, mas pode converter-se numa septicemia, isto é, uma infecção grave no sangue que, geralmente, produz febre, arrepios, tremores e diminuição da pressão arterial. Uma pessoa com uma septicemia tem um elevado risco de desenvolver uma endocardite.

As bactérias que provocam a endocardite bacteriana aguda são, por vezes, suficientemente agressivas para infectar as válvulas normais do coração; as que provocam a endocardite bacteriana subaguda infectam quase sempre as válvulas anormais ou lesionadas. Pôde-se constatar que os casos de endocardite se apresentam normalmente em pessoas com defeitos congénitos das cavidades do coração e das válvulas, em pessoas com válvulas artificiais e em pessoas mais velhas com válvulas lesionadas por uma febre reumática na infância ou com anormalidades da válvula devido à idade. Os que se injectam com drogas correm um risco elevado de endocardite porque muitas vezes injectam bactérias directamente na circulação sanguínea através das agulhas, das seringas ou das soluções de drogas contaminadas.

Nos toxicodependentes e nas pessoas que desenvolvem endocardite pelo uso prolongado de um cateter, a válvula de entrada para o ventrículo direito (a válvula tricúspide) é a que se infecta mais frequentemente. Nos outros casos de endocardite, as que resultam infectadas são a válvula de entrada para o ventrículo esquerdo (a válvula mitral) ou a válvula de saída do dito ventrículo (a válvula aórtica).

Numa pessoa com uma válvula artificial, o risco de sofrer uma endocardite infecciosa é maior durante o primeiro ano posterior à substituição; depois deste período, o risco diminui, mas permanece maior que o normal. Por razões desconhecidas, o risco é sempre maior com uma válvula artificial aórtica do que com uma mitral e com uma válvula mecânica mais do que com uma válvula de origem porcina.

Sintomas
A endocardite bacteriana aguda costuma começar repentinamente com febre elevada (39ºC a 40ºC), frequência cardíaca acelerada, cansaço e lesões rápidas e extensas das válvulas. Os fragmentos das vegetações que se desprendem (êmbolos) podem alcançar outras áreas e espalhar a infecção. Pode desenvolver-se pus (abcesso) na base da válvula infectada ou nos pontos onde os êmbolos colidem.

As válvulas podem furar-se e em poucos dias podem verificar-se grandes perdas de sangue pelas mesmas. Em alguns casos, verifica-se choque e os rins e outros órgãos deixam de funcionar (uma afecção denominada síndroma do choque séptico). Finalmente, as infecções arteriais debilitam as paredes dos vasos sanguíneos e provocam a sua ruptura. Isso pode ser mortal, sobretudo, se se produzir no cérebro ou próximo do coração.

A endocardite bacteriana subaguda pode produzir sintomas durante meses antes de as lesões da válvula ou de uma embolia permitirem efectuar um diagnóstico claro.

Os sintomas são cansaço, febre ligeira (37,5ºC a 38,5ºC), perda de peso, suores e diminuição do número dos glóbulos vermelhos (anemia). Suspeita-se de endocardite, numa pessoa com febre sem evidência clara de infecção, se ela apresenta um sopro no coração ou se um sopro existente mudou de características. Pode palpar-se o baço aumentado. Podem aparecer manchas na pele muito pequenas que parecem sardas diminutas; é possível também observá-las no branco dos olhos ou por baixo das unhas dos dedos das mãos. Estas manchas são áreas de minúsculos derrames de sangue provocados por pequenos êmbolos que se desprenderam das válvulas do coração.

Os êmbolos maiores podem causar dores no estômago, obstrução repentina de uma artéria de um braço ou de uma perna, enfarte do miocárdio ou um icto.

Outros sintomas de endocardite bacteriana aguda e subaguda são arrepios, dores articulares, palidez, batimentos cardíacos rápidos, nódulos subcutâneos dolorosos, confusão e presença de sangue na urina.

A endocardite de uma válvula artificial pode ser aguda ou subaguda. Comparada com uma infecção de uma válvula natural, é mais provável que a infecção de uma válvula artificial se propague para o músculo cardíaco da base da válvula e que esta se desprenda. Neste caso, é necessário proceder a uma intervenção cirúrgica urgente para substituir a válvula porque a insuficiência cardíaca devida à perda de sangue através da válvula pode ser mortal. Por outro lado, é também possível que se interrompa o sistema de condução eléctrica do coração, o que provocará uma diminuição da frequência dos batimentos, que poderá causar uma perda de consciência súbita ou inclusive a morte.

Diagnóstico
Quando se suspeita de uma endocardite bacteriana aguda, deve hospitalizar-se o doente para diagnóstico e tratamento. Dado que os sintomas da endocardite bacteriana subaguda são no princípio muito vagos, a infecção pode lesionar as válvulas do coração ou disseminar-se para outros lugares antes de ser diagnosticada. Uma endocardite subaguda não tratada é tão perigosa como a aguda.

Pode suspeitar-se do diagnóstico a partir dos sintomas, sobretudo quando estes aparecem em alguém com predisposição para esta doença. O ecocardiograma, que se baseia na reflexão dos ultra-sons para criar imagens do coração, pode identificar as vegetações das válvulas e as lesões produzidas. Para identificar a bactéria que provoca a doença, colhem-se amostras de sangue para efectuar uma cultura. Dado que a libertação de bactérias para o sangue em quantidade suficiente para que sejam identificadas só ocorre de forma intermitente, colhem-se três ou mais amostras de sangue em momentos diferentes para aumentar a possibilidade de que pelo menos uma delas contenha bactérias suficientes para que cresçam nas culturas em laboratório. No mesmo processo laboratorial, experimentam-se vários antibióticos para escolher o mais eficaz contra a bactéria específica.

Por vezes, não é possível isolar qualquer germe a partir de uma amostra de sangue.

A razão prende-se com o facto de serem necessárias técnicas especiais para cultivar determinadas bactérias ou de o doente ter recebido anteriormente antibióticos que não curaram a infecção mas que reduziram suficientemente a quantidade de bactérias ao ponto de esconderem a sua presença. Há ainda outra possibilidade: a de não se tratar de uma endocardite, mas de outras doenças com sintomas semelhantes, como é o caso de um tumor.

Prevenção e tratamento
Aos doentes com anomalias das válvulas do coração, com válvulas artificiais ou com defeitos congénitos, são-lhes administrados antibióticos a título preventivo antes de procedimentos dentários ou cirúrgicos. Por isso, os dentistas e os cirurgiões devem saber se a pessoa a tratar teve algum problema valvular.

Embora o risco de aparecer uma endocardite não seja muito elevado no decurso de um procedimento cirúrgico e os antibióticos administrados de forma preventiva nem sempre sejam eficazes, as consequências são tão graves que, geralmente, o médico recomenda a administração de antibióticos, como medida de precaução, antes da aplicação daqueles procedimentos.

O tratamento requer quase sempre a admissão num hospital porque a administração de altas doses de antibióticos endovenosos deve fazer-se, pelo menos, durante duas semanas. Os antibióticos por si só nem sempre curam uma infecção numa válvula artificial. Por isso, é preciso recorrer, por vezes, à cirurgia cardíaca, com o objectivo de reparar ou de recolocar as válvulas lesionadas e eliminar as vegetações.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Hospital de Santa Maria
O Centro Hospitalar Lisboa Norte rejeita que o serviço do Hospital de Santa Maria esteja comprometido pela falta de enfermeiros...

O presidente do conselho de administração que gere dois hospitais de Lisboa, entre eles, o de Santa Maria, afirma que não despediu quaisquer profissionais nos últimos dois anos, avançou à TSF.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses denunciou que a falta destes profissionais está a criar o caos generalizado no maior hospital do país.

A coordenadora regional de Lisboa garantiu que, nos últimos dois anos, saíram de Santa Maria 200 enfermeiros e 200 auxiliares de acção médica. Uma situação que está a deixar o hospital à beira da ruptura.

A administração do Centro Hospitalar, de que faz parte o Hospital de Santa Maria, nega a saída dos profissionais e acrescenta que todos os contratos a prazo foram recentemente integrados.

 

Estudo da Deco sobre excesso de peso
Mais de metade dos inquiridos num estudo da Deco, relacionado com excesso de peso, estavam a fazer dieta, 92% já tinham tentado...

O estudo, que será publicado na edição de Agosto/Setembro da revista Teste Saúde, decorreu entre Setembro e Dezembro de 2013, em Portugal, na Bélgica, em Espanha, em Itália e no Brasil, e envolveu 11.616 pessoas (1.799 em Portugal), com idades entre os 18 e os 64 anos, 54% das quais se encontravam a fazer dieta, no período em que decorreu o inquérito.

O coordenador do estudo, Osvaldo Santos, explicou que se trata de “uma repetição” de um inquérito realizado em 2001 pela associação de defesa do consumidor e pretendeu aferir a qualidade de vida associada ao excesso de peso, as percepções individuais sobre o problema e as medidas escolhidas para o combater.

“A obesidade é um problema sério de saúde, é uma doença muito prevalente e nós quisemos perceber um pouco melhor o impacto do excesso de peso na perspectiva das pessoas que são afectadas por esse problema”, disse Osvaldo Santos.

O estudo verificou que, apesar de haver uma “maior percepção” do problema, houve um aumento da prevalência de excesso de peso, incluindo a obesidade, comparativamente a 2001.

Osvaldo Santos apontou que 52% dos inquiridos têm um índice de massa corporal que corresponde a excesso de peso e 12% a obesidade, mas observou que esses valores estão abaixo dos obtidos num estudo recente do Observatório Nacional de Actividade Física e do Desporto, segundo o qual 67% dos homens e 58% das mulheres têm excesso de peso.

A percepção da necessidade de perder peso aumentou nos últimos 13 anos, sobretudo nos homens. Se, em 2001, 55% dos homens sentiam a necessidade de perder os quilos a mais, actualmente são 62%, uma subida que foi mais ligeira nas mulheres.

Sobre as razões que os motivaram a perder peso, 88% disseram que foi para se sentirem melhores consigo próprios, 40% por conselho médico, 17% para melhorar a vida social, 16% para ficar em forma numa época do ano, 12% por conselho do parceiro, 10% por sugestão de familiares ou amigos e 9% para melhorar a carreira.

Apesar de 63% dos inquiridos reconhecerem ter peso a mais, apenas 28% assumem estar insatisfeitos com o corpo, sendo nas mulheres o maior desagrado com as formas, enquanto os homens se queixam sobretudo do peso.

A falta de exercício é apontada por 55% dos participantes como a principal culpada, seguida do comportamento alimentar (48%). Cerca de um quarto dos inquiridos apontam causas genéticas para o problema.

Cerca de 92% dos participantes estão a tentar ou já tentaram controlar ou perder peso, mas apenas um em cada cinco recorreu a um nutricionista.

Independentemente do método escolhido, só 14% não recuperaram os quilos perdidos.

Cerca de 30% recuperaram, 42% retomaram parte do peso perdido e 16% ganharam mais quilos do que tinham antes.

A prevalência das doenças crónicas mostrou-se maior entre os pré-obesos (43%) ou obesos (55%) do que entre os que apresentavam um peso normal (34%).

Os inquiridos com excesso de peso e obesidade também revelaram maior prevalência de problemas como ansiedade ou depressão.

O estudo sublinha que “o aumento de informação, que gerou uma maior consciencialização, não foi acompanhado da adopção de soluções práticas para resolver o problema”, defendendo que “é preciso investir junto da população na divulgação e no acesso a soluções práticas e duradouras que permitam alterar a situação a longo prazo”.

 

De origem portuguesa
Uma empresa portuguesa de biotecnologia está a investigar um novo fármaco para o pé diabético e que acaba de receber...

A solução para os casos de pé diabético resistente aos antibióticos está nas mãos da Technophage, uma empresa portuguesa de biotecnologia que está a investigar um novo fármaco para esta doença e que acaba de receber autorização dos EUA para avançar para os primeiros ensaios clínicos em humanos naquele país. O TP_102, nome de código do fármaco que recupera um tratamento que já era utilizado na Europa de Leste na década de 1950, torna-se assim no primeiro medicamento biológico português a receber luz-verde por parte do regulador norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA), avança o jornal Público.

O director executivo da Technophage, Miguel Garcia, explicou ao Público que o medicamento inovador, que começou a ser desenvolvido em 2005 aquando do nascimento da empresa, em parceria com a farmacêutica portuguesa Tecnifar, tem como base um “cocktail de bacteriófagos”, isto é, um conjunto de vírus capazes de infectar as bactérias presentes no chamado pé diabético e que provocam úlceras que podem levar à necessidade de amputar os membros inferiores. Na categoria dos medicamentos biológicos, o TP_102 é o primeiro de origem portuguesa a chegar a esta fase de ensaios clínicos nos EUA, que até agora só tinham deixado avançar medicamentos químicos, isto é, que não têm como base matéria viva.

A prevalência da diabetes em Portugal é de cerca de 13% e estas infecções que resultam de complicações atingem quase 25% dos doentes, que ficam com um risco de amputação 15 a 30 vezes superior ao de uma pessoa sem a patologia. Todos os anos são feitas quase 1500 amputações relacionadas com o pé diabético. Apesar de nos últimos anos se ter conseguido reduzir o número de casos com a aposta nos cuidados de saúde primários, os dados mais recentes apontam para um revés: o relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde destacou, no final de Junho, que houve uma inversão nas estatísticas desta doença, com os especialistas a reportarem em 2012 um aumento das amputações de membros inferiores, que cresceram 8,9% depois de estarem sempre a descer desde 2008.

Sobre o funcionamento do medicamento em investigação, Miguel Garcia adiantou que os “bacteriófagos são entidades que eliminam especificamente as bactérias”. “O nosso objectivo é combater as resistências bacterianas que existem aos antibióticos e percebemos que este produto as elimina e dá resposta a um problema médico não resolvido e que é um problema real, já que muitas infecções de pé diabético evoluem para amputação, levando mesmo por vezes à morte”, disse. O também investigador adiantou, ainda, que estes vírus “infectam directa e especificamente as bactérias hospedeiras, replicando-se dentro da própria bactéria e rebentando-a quando sai para o ambiente”. O ciclo repete-se até já não existirem bactérias.

Até agora a Technophage esteve a trabalhar nos modelos in vitro e em animais, que comprovaram a segurança e eficácia do medicamento. De tal forma que os ensaios de fase I em humanos, autorizados pela FDA, poderão ser feitos já em pessoas doentes, nas quais a solução líquida será aplicada directamente nas feridas, em vez de se ter de testar primeiro em voluntários saudáveis.

Miguel Garcia ainda não tem prazos definidos, estando a ultimar os protocolos e a ver se há necessidade de juntarem mais parceiros ao projecto que vai decorrer nos EUA por questões de protocolo. Até agora os ensaios foram em Portugal. O responsável acredita que o novo ensaio deverá contar com uma amostra de doentes “na casa das dezenas ou das centenas”. Quanto à chegada do TP_102 ao mercado, é prudente e admite que, mesmo se correr tudo dentro do previsto, não deve demorar menos de seis anos. “Por ser uma patologia não resolvida e com forte necessidade de medicação esperamos que o processo possa ser mais rápido”, explicou, adiantando que não excluem a hipótese de em fases mais avançadas venderem o produto a uma grande farmacêutica.

Por o TP_102 ser um medicamento biológico, ou seja, produzido a partir de matéria viva, Miguel Garcia já estava confiante de que seria seguro e pouco tóxico. Além disso, contou que “já foram utilizadas soluções semelhantes na Europa de Leste há algumas décadas, como a de 1950, 1960 e até 1980, mas sem o controlo do ponto de vista regulamentar pelo que os dados não podem ser usados, mas conferem uma enorme expectativa de segurança e de eficácia desta terapia como alternativa para as bactérias resistentes aos antibióticos”.

A empresa, que funciona nas instalações do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tem várias parcerias com a academia, mas também com outros países como a Holanda e a China. No total, a Technophage está a trabalhar em mais 11 projectos, sendo que os que estão em fases mais avançadas são na área da artrite reumatóide, osteoporose e doença de Parkinson.

 

Recomendações
No Verão, altura em que a prática de exercício no exterior é mais frequente, o aumento das temperatu
Desporto e calor

Compreender a forma como o corpo responde e se adapta à actividade física durante esses períodos é imprescindível para garantir a prática de exercício em segurança e de um modo eficaz.

A medida mais importante para prevenir lesões relacionadas com o calor consiste em manter os níveis de hidratação adequados antes, durante e depois da prática de exercício. Uma adequada ingestão de líquidos é essencial para o conforto, segurança e desempenho da actividade dos atletas.

Uma vez que existe uma grande variabilidade nas perdas de suor e nos níveis de hidratação dos indivíduos, é quase impossível determinar recomendações específicas sobre o tipo ou quantidades de líquidos que os atletas devem consumir, mas podem ser tomadas algumas medidas para que o Verão e o exercício físico possam ser apreciados de uma forma agradável e saudável.

Os indivíduos que praticam actividade física ao ar livre respiram mais rapidamente e de forma mais profunda e estão sujeitos a uma maior exposição aos poluentes atmosféricos, particularmente ao ozono e a partículas.

Desta forma, a quantidade de poluentes que atinge os pulmões aumenta consideravelmente. Assim sendo, podem surgir efeitos nefastos na saúde, principalmente ao nível do sistema respiratório, podendo agravar doenças crónicas do pulmão (como a asma) ou provocar danos permanentes neste órgão.

Medidas gerais de prevenção

1 – Aclimatizar o corpo de forma adequada
A exposição do corpo ao calor deve ser feita de forma regular para que este se adapte às mudanças de temperatura. A adaptação ao calor resultante do treino regular, em condições de temperaturas elevadas, aumenta consideravelmente a tolerância ao calor.

A adaptação ao calor leva em geral duas a três semanas a estar concluída. Durante este período é particularmente importante ter cuidado com a reidratação.

2 – Ajustar a intensidade do treino e da competição às condições ambientais
A intensidade do exercício deve ser apropriada à preparação física do indivíduo e às condições ambientais actuais. São necessários cuidados redobrados durante períodos de temperaturas extremas fora da época e em viagens para outras regiões com temperatura e humidade mais elevadas.

3 – Hora da actividade física
Os horários de treino e da competição que envolvam exercícios de intensidade moderada ou elevada devem evitar as horas mais quentes do dia e as de níveis de ozono são mais elevados (entre as 11 e as 17 horas).

Quando o atleta é forçado a competir nos períodos de maior calor deve ter um particular cuidado com a sua hidratação. Um atleta desidratado é normal que tenha aumento da temperatura corporal em repouso, de modo que a hipertermia durante o exercício ocorrerá mais cedo.

4 – Conhecer o percurso, as condições climatéricas e a qualidade do ar
O exercício físico deve ser realizado preferencialmente em percursos com sombras, evitando assim, a constante exposição directa à luz solar. É importante, também, verificar as condições climatéricas (valores de temperatura e de humidade relativa do ar) e da qualidade do ar para o dia em que se pretende praticar desporto no exterior.

Medidas individuais de prevenção

1 – Vestuário
O vestuário a utilizar durante a realização de exercício em caso de temperaturas elevadas deve ser leve e facilitar a perda de calor através dos seus principais meios: a convecção e a evaporação.

Algumas pessoas acreditam que praticar exercício com vestuário pesado é uma forma adequada de perder peso. Contudo, uma maior tolerância ao exercício conseguida pelo uso de vestuário leve é a melhor maneira de aumentar o dispêndio energético e melhorar a condição física.

Estas recomendações estendem-se ao calçado, que deve, sempre que possível, permitir a perda do calor e ter bom isolamento ao nível da sola.

2 - Bebidas
Para minimizar a desidratação, deve beber-se cerca de dois copos de água nas duas horas antes do exercício e durante todos os 15 a 20 minutos. Evitar beber mais de 2 a 3 litros de água, pois pode induzir mal-estar e, mais grave, diminuição da concentração de sódio no organismo.

Em exercícios com intensidade elevada ou com uma duração de 60 minutos ou mais, beber dois a três copos de água ou de bebidas desportivas por hora é suficiente.

Os hidratos de carbono e os electrólitos existentes nas bebidas desportivas ajudam a manter o equilíbrio hídrico e electrolítico do organismo e contribuem para melhorar o desempenho em provas desportivas de maior exigência.

Quando terminar a prática de exercício, é indispensável compensar o défice de água criado em cerca de 1,5 vezes. O controlo do peso antes e depois do exercício permite estimar o volume de água perdido.

Nestes casos, em que é necessário beber água para manter adequados níveis de hidratação, não utilizar a sede como indicador, uma vez que, quando isso acontece, provavelmente o atleta já estará desidratado.

3 - Alimentação
Comer regularmente. Embora o calor possa fazer decrescer o apetite, é importante proceder-se normalmente a refeições ligeiras cinco a seis vezes por dia. Devem incluir-se na alimentação grandes quantidades de frutas e vegetais.

4 - Medicação e outros aspectos relacionados com a saúde geral
Os atletas ou outros praticantes que estejam sobre medicação deverão procurar informação junto do seu médico sobre eventuais efeitos na termorregulação e tolerância ao calor e deverão ser ensinados a identificar precocemente os sintomas da exaustão pelo calor e insolação.

Os atletas e outros praticantes que estejam a recuperar de doença infecciosa e de síndrome febril poderão ter risco acrescido de exaustão pelo calor e insolação durante a prática de exercício físico, mesmo que já se encontrem sem febre ou outros sintomas.

5 – Protecção solar
Utilizar sempre protector solar com factor de protecção igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas, mesmo que os períodos de prática de exercício sejam de manhã cedo ou ao entardecer. As queimaduras solares, para além de provocarem dor e danos da pele, afectam a capacidade do corpo de arrefecer e provocam a perda de fluidos corporais.

6 – Outros
Utilizar o senso comum e não tentar realizar actividades extenuantes às quais o corpo não está habituado. Praticar exercícios com os quais se esteja familiarizado e se sinta confortável ao realizá-los.

Fazer várias pausas durante o período em que se está a fazer exercício, preferencialmente em zonas com sombra ou em locais com ar condicionado.

Sinais de alerta e acções a desenvolver

1 - Exaustão pelo calor e insolação

Os primeiros sinais provocados pelo calor incluem:

  • Grande fraqueza e/ou fadiga;
  • Tonturas, vertigens ou perturbações de consciência;
  • Cãibras musculares;
  • Pressão sanguínea baixa no final do exercício (exaustão pelo calor);
  • Temperatura corporal elevada (insolação).

Se um atleta exibir sinais de exaustão pelo calor ou insolação, devem tomar-se as seguintes medidas:

  • Remover a pessoa do local onde está a praticar exercício;
  • Deitá-la num local fresco;
  • Levantar as pernas para aumentar a pressão sanguínea;
  • Remover o excesso de roupa;
  • Arrefecer o corpo molhando a pele e ventilar de forma vigorosa (arrefecimento por evaporação);
  • Aplicar, indirectamente, elementos refrescantes (como cubos de gelo), nas virilhas, axilas e pescoço;
  • Dar água se a pessoa estiver consciente;
  • Monitorizar a temperatura corporal.

Se o atleta permanecer confuso, com vómitos ou mostrar sinais de consciência alterada, contactar de imediato um médico e proceder ao seu transporte para o hospital.

2 - Poluentes atmosféricos

Os primeiros sinais provocados por níveis de poluentes elevados são:

  • Irritação nos olhos;
  • Tosse;
  • Irritação na garganta;
  • Sensação de desconforto no peito;
  • Respiração mais rápida e profunda do que o normal;
  • Agravamento dos efeitos em indivíduos com doenças crónicas do pulmão (asma).

As acções a desenvolver em caso de sintomatologia por exposição a níveis de ozono elevados incluem:

  • Remover a pessoa do local onde está a praticar exercício;
  • Deitá-la num local fresco;
  • Remover o excesso de roupa;
  • Dar água se a pessoa estiver consciente;
  • Se a pessoa sofrer de doença crónica, como asma, deve seguir as indicações recomendadas pelo médico assistente em caso de agravamento dos efeitos sentidos;
  • Contactar um médico ou o número de emergência 112.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Médicos Sem Fronteiras alerta
A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras avisou hoje que os elevados preços continuam a ser a principal barreira no...

“Precisamos de melhores tratamentos de primeira linha, assim como de medicamentos de segunda linha com preços mais acessíveis para os casos em que a primeira linha não funciona”, apelou Jennifer Cohn, directora médica de uma campanha da Médicos Sem Fronteiras (MSF).

No momento em que decorre a conferência internacional sobre VIH/sida, em Melbourne, Austrália, o relatório da MSF sobre preço de medicamentos conclui que o custo dos tratamentos de primeira linha caiu ao longo do último ano.

Contudo, alguns tratamentos de segunda linha “custam mais do dobro que os de primeira linha”. Nalguns países, paga-se 12 vezes mais por estes tratamentos do que o preço mais baixo recomendado.

“Há milhões de pessoas sem acesso ao tratamento e muitas das que estão em tratamento precisam de ser transferidas para tratamentos mais recentes”, referem a organização MSF, em comunicado hoje divulgado.

Outro relatório dos Médicos Sem Fronteiras chama a atenção para as dificuldades de acesso por parte de alguns países aos testes de carga viral.

Estes testes medem a quantidade de vírus VIH no sangue e detectam precocemente problemas de adesão ao tratamento.

Segundo a MSF, países como África do Sul, Índia, Malawi, Quénia e Zimbabwe não têm sido capazes de implementar em larga escala estes testes de carga viral.

Melhor negociação do preço ou aluguer de equipamentos em vez de compra são algumas das medidas que podem ser tomadas para reduzir os custos destes testes.

De acordo com a organização humanitária, estes testes de carga viral permitem descobrir muitas pessoas nas quais os tratamentos de primeira linha não funcionam e que precisem de ser transferidos para tratamento de segunda linha.

“Assim, os preços dos medicamentos para tratamento de segunda linha tornam-se uma questão crucial”, justifica os Médicos Sem Fronteiras.

 

Em quatro regiões da Guiné-Bissau
A União Europeia é a principal financiadora de um projecto que pretende reduzir em 25% a mortalidade materno-infantil em quatro...

O Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materno-Infantil (Pimi) completa na quinta-feira o primeiro ano de actividade e a data vai ser assinalada com uma cerimónia pública na cidade de Canchungo, norte do país.

O objectivo é que as mulheres grávidas e as crianças com menos de cinco anos beneficiem, através do programa, de melhor acesso a cuidados de saúde básicos nas regiões de Biombo, Cacheu, Oio e Farim - abrangendo 530 mil pessoas, ou seja, cerca de um terço da população do país.

 

Do Centro Hospitalar Lisboa Norte
Algumas dezenas de trabalhadores do Centro Hospitalar Lisboa Norte estão concentrados junto ao Hospital de Santa Maria, em...

De acordo com Isabel Barbosa, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), nos últimos dois anos terão saído mais de 200 enfermeiros do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN).

Muitos saíram em busca de melhores condições de trabalho noutros países e outros por reforma ou aposentação antecipada. Os profissionais que se mantêm trabalham sob grande pressão e com grande esforço na carga horária, segundo Isabel Barbosa.

“Este Governo está doente quer acabar com a gente”, “A saúde é um direito, sem trabalhadores nada feito” foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas durante o protesto convocado pelo SEP e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Funções Públicas e Sociais.

“A saída de profissionais tem provocado situações completamente caóticas na generalidade de serviços deste hospital. Os profissionais estão completamente exaustos e exigem uma solução rapidamente por parte do Ministério e deste conselho de administração”, declarou a sindicalista.

Escalas com turnos vazios e direitos não contemplados, como recusa de horário para amamentação e de horário flexível para tomar conta dos filhos, são algumas das situações denunciadas, que também têm provocado a saída dos profissionais.

Embora o SEP diga que “não ficam doentes por atender”, alerta que a sobrecarga de trabalho dos enfermeiros aumenta o risco de erro e não torna possível a mesma qualidade no atendimento.

Por parte dos assistentes operacionais do CHLN, incluindo os auxiliares de acção médica, Ana Amaral diz que saíram cerca de 200 profissionais que “precisam de ser substituídos”.

“Os profissionais estão de tal maneira cansados que acabam por se ir embora, com grande penalizações na sua aposentação”, conta a representante do Sindicato dos Trabalhadores das Funções Públicas e Sociais.

Durante o protesto, os trabalhadores concentrados junto ao Hospital de Santa Maria exibiam cartazes que alertavam para a situação de “risco do Serviço Nacional de Saúde”, como: “Não à destruição do SNS”, “Pela nossa saúde lute” ou “Menos Trabalhadores = Menos Saúde”.

 

Circular Informativa N.º 160/CD/8.1.7.
Os Laboratórios Azevedos estão a proceder à recolha voluntária do medicamento Flucloxacilina Azevedos.

Os Laboratórios Azevedos – Indústria Farmacêutica, S.A. estão a proceder, por precaução, à recolha voluntária do lote n.º C001 com a validade 08/2015, do medicamento Flucloxacilina Azevedos, cápsulas, 500 mg, 24 unidades, com o número de registo 5585849.

Esta recolha surge enquanto decorre a investigação de uma reclamação relativa à possível existência de um corpo de aspecto branco leitoso não identificável no interior de uma cápsula.

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização deste lote.

Face ao exposto:

- As entidades que possuam este lote de medicamento em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

- Os doentes que estejam a utilizar embalagens pertencentes a este lote não devem interromper o tratamento. Logo que possível, devem consultar o médico assistente para que lhes seja prescrito um medicamento alternativo.

 

Circular Informativa N.º 159/CD/8.1.6.
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Com vista a melhorar a informação constante na base de dados de medicamentos e a facilitar a forma de comunicação pelos titulares de autorização de introdução no mercado (AIM), prosseguindo o divulgado nas circulares informativas relativas ao estado de comercialização de medicamentos, o Infarmed desenvolveu, na aplicação de gestão de acessibilidade ao medicamento (GAM), um módulo para a notificação de indisponibilidade temporária (GAM Rupturas) e outro para a notificação de cessação da comercialização (GAM Cessação) de medicamentos.

A integração destes dois módulos na plataforma GAM permitirá que o estado de comercialização de medicamentos seja automaticamente actualizado na base de dados de medicamentos do Infarmed (Infomed), possibilitando uma divulgação mais rápida da informação aos cidadãos, profissionais de saúde e restantes entidades envolvidas no circuito do medicamento.

Estes módulos entram em vigor no dia 1 de Agosto de 2014 e substituem os modos de comunicação anteriores – a notificação de rupturas, através do Sistema de Gestão de Ruptura de Fornecimento de Medicamentos, e de fim de comercialização, através do e-mail [email protected].

É de salientar que estas comunicações são agora efectuadas por apresentação (número de registo) e são obrigatórias para todos os medicamentos – sujeitos e não sujeitos a receita médica – independentemente dos locais onde são comercializados.

Mantêm-se em vigor os prazos e as obrigações previstas no artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, na sua actual redacção, e na Deliberação n.º 050/CD/2012, de 12 de Abril.

 

Acesso à aplicação GAM

- Os titulares que ainda não tenham registo na aplicação GAM devem fazê-lo até ao dia 28 de Julho de 2014;

- Os titulares que já utilizem o GAM para a submissão de pedidos de comparticipação e de avaliação prévia de medicamentos, não necessitam efectuar um novo registo. Contudo, devem completar o registo com os contactos da pessoa responsável pela gestão do estado de comercialização dos medicamentos;

- Os dados de acesso ao Sistema de Gestão de Ruptura de Fornecimento de Medicamentos não são migrados para a nova aplicação, pelo que os titulares terão de efectuar o registo no GAM.

 

Notificação de situações de indisponibilidade temporária (GAM-Rupturas)

- A notificação tem de ser efectuada com uma antecedência mínima de 3 meses;

- Na data indicada para início da ruptura, o estado de comercialização do medicamento nas bases de dados do Infarmed é alterado para “Temporariamente indisponível”;

- Na data indicada para reposição do normal abastecimento do mercado, o estado de comercialização é alterado para “Comercializado”;

- As rupturas notificadas no Sistema de Gestão de Ruptura de Fornecimento de Medicamentos que estejam activas a 1 de Agosto migram automaticamente para o GAM Rupturas. Todas as actualizações a efectuar a estas notificações já têm de ser realizadas no GAM.

- O Sistema de Gestão de Ruptura de Fornecimento de Medicamentos ficará, a partir desta data, disponível apenas para consulta.

 

Notificação de cessação da comercialização efectiva (GAM-Cessação)

- A notificação tem de ser efectuada com uma antecedência mínima de 2 meses;

- Na data indicada para fim da comercialização, o estado de comercialização do medicamento nas bases de dados do Infarmed é alterado para “Não comercializado”;

O cumprimento dos prazos fixados é crucial para garantir o acesso ao medicamento e minimizar o impacto causado pela ausência de comercialização, ainda que transitória, de medicamentos.

Relembra-se que o incumprimento das obrigações previstas constitui contra-ordenação punível nos termos do disposto na alínea i) do n.º 2 do artigo 181.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, na sua actual redacção.

 

Circular Informativa N.º 149/CD/8.1.7.
A empresa Medtronic BioPharma B.V. vai proceder à recolha voluntária de lote do medicamento InductOs, 12 mg, implante - Lote...

A empresa Medtronic BioPharma B.V., detectou, durante os estudos de estabilidade, uma falha de esterilidade na esponja de colagénio absorvível (ACS), que é parte integrante do medicamento InductOs, dibotermina alfa, 12 mg, implante.

Por essa razão, a empresa irá proceder à recolha voluntária do lote n.º 4501997784, com a validade 02/2015 do medicamento InductOs, dibotermina alfa, 12 mg, implante, com o n.º de registo 4061388.

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização deste lote.

Atendendo que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que disponham deste lote não o poderão administrar, devendo proceder à sua devolução.

 

Nota Informativa
No último Conselho EPSCO, realizado a 20 de Junho, a Comissão Europeia apresentou os resultados do plano de acção conjunto da...

Nos últimos dois anos, a Comissão e os Estados-Membros envidaram esforços no sentido de adequar e melhorar a aplicação do actual quadro legislativo dos dispositivos médicos, incluindo os de diagnóstico in vitro. As acções desenvolvidas permitiram:

- Harmonizar os critérios aplicáveis à avaliação e monitorização dos Organismos Notificados, por parte das Autoridades de Designação responsáveis, tornando obrigatória uma avaliação conjunta com a intervenção de outros Estados-Membros e da Comissão;

- Reforçar o controlo sobre a actuação dos Organismos Notificados e melhorar, de forma efectiva, os procedimentos de avaliação da conformidade, nomeadamente no âmbito da avaliação dos dados clínicos que suportam a segurança e o desempenho funcional;

- Caracterizar a realidade europeia em matéria de fiscalização do mercado, designadamente a estrutura, organização, poderes e responsabilidades legais, bem como os recursos afectos nos diferentes Estados-Membros;

- Promover actividades de coordenação europeia, nomeadamente nas áreas da vigilância e fiscalização do mercado;

- Adoptar a recomendação da Comissão sobre a utilização de um sistema europeu específico de rastreabilidade dos dispositivos médicos, assim como, implementar medidas que permitam mitigar os problemas de compatibilidade e interoperabilidade entre esse sistema e os sistemas nacionais de identificação de dispositivos;

- Estimular o debate sobre a melhor forma da utilização dos registos, nomeadamente dos relativos aos dispositivos implantados, na identificação de tendências e de possíveis problemas numa fase precoce da sua utilização;

- Incentivar a notificação de incidentes com dispositivos médicos por parte dos profissionais de saúde e dos doentes.

A Comissão publicou, a 20 de Junho, um comunicado de imprensa, disponível em http://europa.eu/rapid/press-release_IP-14-699_pt.htm, no qual faz um balanço dos resultados obtidos e do seu impacto.

A Comissão concluiu que nem todas as actividades tiveram o mesmo sucesso, o que vem sublinhar a necessidade de avançar rapidamente e concluir o processo negocial em curso, permitindo a publicação do futuro enquadramento regulamentar aplicável ao sector.

Até essa publicação, a Comissão e o Conselho ESPCO acordaram em continuar o plano de acção conjunto quer através das medidas já adoptadas quer pela implementação de novas actividades visando sempre reforçar a segurança na utilização dos dispositivos médicos e recuperar a confiança e credibilidade no sistema regulamentar. Entre essas actividades realçam-se:

- A realização de auditorias aos fabricantes sem aviso prévio;

- A promoção de actividades de fiscalização do mercado conjuntas;

- A possibilidade da organização de programas de formação conjuntos interpares;

- O desenvolvimento de mecanismos que permitam, de forma eficaz, a detecção de sinais, tendências e o aumento da frequência de incidentes.

O Infarmed continuará a participar e divulgar as actividades propostas no âmbito do plano conjunto.

 

Circular Informativa N.º 154/CD/8.1.7.
Após inspecção a autoridade competente francesa identificou a existência de não conformidades com o dispositivo médico para...

A autoridade competente francesa identificou, após inspecção ao fabricante Melet Schloesing Laboratoires, a existência de não conformidades críticas e maiores relacionadas com o dispositivo médico para diagnóstico in vitro MSCAN-II.

Por essa razão, decidiu suspender o fabrico, a colocação no mercado, a exportação, a distribuição e a utilização deste dispositivo, até que se verifique a conformidade com a legislação aplicável.

Em Portugal, não foram identificados registos da comercialização do dispositivo MSCAN-II mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que o mesmo não seja adquirido nem utilizado.

A existência deste dispositivo em Portugal deve ser reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Circular Informativa N.º 155/CD/8.1.7.
Foi detectada, no mercado europeu, a existência de um certificado CE de conformidade falso relativo à solução para lentes de...

O certificado falso, apresentado em anexo, tem o número 40101/101/1/2013/CE, data de emissão 18/11/2013, data de validade 17/11/2018 e referência ao Organismo Notificado EVPÚ a.s., com o código 1293.

Em Portugal, não foi identificado registo da comercialização de dispositivos médicos deste fabricante mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que:

- Caso seja detectada a existência de solução para lentes de contacto Dream Eye do fabricante K&JC Co., Ltd esta não seja adquirida e utilizada, uma vez que não foi alvo de avaliação de conformidade e ostenta marcação CE 1293 falsa, o que põe em causa a sua segurança, qualidade e desempenho;

- A existência deste dispositivo em Portugal seja reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Circular Informativa N.º 157/CD/8.1.7
Certificado CE de conformidade relativo a dispositivos para terapia laser do fabricante Meridian Co., Ltd foi retirado devido à...

O certificado CE de conformidade G1 13 05 59713 014, emitido pelo organismo notificado TÜV SÜD Product Service GmbH Zertifizierung Medizinprodukte, com o código 0123, relativo a dispositivos para terapia laser do fabricante Meridian Co., Ltd. (República da Coreia), com o mandatário MGB Endoskopische Geraete GmbH Berlin, foi retirado a 18/06/2014 devido à impossibilidade de realização da auditoria.

Em Portugal, não foi identificado registo da comercialização de dispositivos médicos deste fabricante mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que:

- Caso seja detectada a existência de dispositivos para terapia laser do fabricante Meridian Co., Ltd., com marcação CE associada ao código 0123 e ao certificado CE de conformidade supramencionado, os mesmos não sejam adquiridos ou utilizados, uma vez que, com a retirada do respectivo certificado CE de conformidade, não está assegurada a sua avaliação de conformidade, o que põe em causa a segurança, qualidade e desempenho destes dispositivos médicos;

- A existência destes dispositivos em Portugal seja reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Provedor lança primeira pedra
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investir 11 milhões na ampliação e polivalência do Hospital de Sant’Ana. Pedro...

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, a propósito do 110º aniversário do Hospital Ortopédico de Sant’Ana lançará a primeira pedra de uma nova unidade hospitalar, que vem complementar a resposta já existente.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investir 11 milhões de euros na construção desta unidade, que vai dispor de serviços de internamento com 60 camas, um bloco operatório com 4 salas, uma unidade de cuidados intensivos com 6 camas e uma unidade de recobro com 32 postos.

 

Faculdade de Ciências da Saúde
Em Setembro, a Faculdade de Ciências da Saúde é palco das Jornadas de Saúde do Idoso e o XI Congresso Hispano-Luso de...

O ano lectivo terminou, mas a Universidade da Beira Interior (UBI) está já a preparar iniciativas científicas para 2014/15. Em Novembro, a Faculdade de Ciências da Saúde recebe as Jornadas de Saúde do Idoso e o XI Congresso Hispano-Luso de Gerontologia.

As VII Jornadas de Saúde do Idoso são tidas pela organização como “um importante evento com uma apreciável adesão e um importante impacto nos profissionais e instituições que se dedicam à intervenção com pessoas idosas”. Quanto ao XI Congresso Hispano-Luso de Gerontologia, é resultado da “estreita e continuada rede de colaboração e investigação na área do envelhecimento entre docentes e investigadores da UBI, da Universidade Pontifícia de Salamanca e da Universidade da Extremadura (Espanha)”, ainda segundo os promotores da iniciativa que pretende “promover a divulgação e disseminação de conhecimentos, tendências e boas práticas na promoção da dignidade e qualidade de vida na velhice entre os destinatários profissionais, comunidade científica e estudantes”.

Os interessados em participar nos eventos podem enviar propostas de comunicações orais e posters até 15 de Setembro. As inscrições estão abertas até 31 de Outubro, com preços diferenciados até 30 de Setembro e pós 30 de Setembro.

A organização de ambas as iniciativas pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira (ACES Cova da Beira), UBI – através do Departamento de Psicologia e Educação –, Faculdade de Ciências da Saúde, Asociación de Psicología Evolutiva y Educativa de la Infancia, Adolescencia, Mayores y Discapacidad (INFAD) e G-21: Asociación Europea Unión por la Innovación.

 

Congresso médico na Guarda

A UBI colabora também com outra iniciativa ligada à saúde, mas desta vez a realizar-se na Guarda. Trata-se do I Congresso Médico da Beira Interior, que terá lugar entre 24 e 27 de Setembro. A chamada para comunicações está aberta até 12 de Setembro.

Promovido pela Unidade Local de Saúde (ULS) Guarda, Centro Hospitalar Cova da Beira e ULS de Castelo Branco, o evento de irá reunir na Guarda um grande número de congressistas e terá como tema geral a Urgência e abordará as várias especialidades como a Pediatria, a Gastroenterologia, a Psiquiatria, a Neurologia, a Cardiologia, a Pneumologia, a Ortopedia, a Cirurgia, a Medicina Interna e a Medicina Geral e Familiar.

“Devido ao facto do Congresso ter o apoio Científico da Faculdade de Ciências da Saúde, as inscrições são grátis para alunos, tendo todos os participantes dispensa das actividades lectivas durante os dias do evento. Trata-se uma óptima oportunidade para apresentarem trabalhos ou publicarem Teses de Mestrado, num evento de dimensão nacional”, considera a organização.

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