Infarmed emite circular informativa
No âmbito da supervisão do mercado, o Infarmed tem verificado o aumento do comércio de sabonetes ilegais (sobretudo de fabrico...

A legislação europeia e nacional proíbe o fabrico, importação, exportação ou comercialização de produtos que possam pôr em risco a saúde e segurança dos consumidores devido à confusão com géneros alimentícios, em especial pela aparência, forma, cor, odor, embalagem, rotulagem, o volume ou dimensões.

Esta proibição pretende, sobretudo, prevenir os acidentes em crianças, tais como asfixias ou intoxicações.

Face ao exposto, o Infarmed adverte:

- As entidades que fabriquem ou distribuam este tipo de produtos têm de tomar as medidas necessárias para suprimir a perigosidade de tais produtos e colocarem no mercado apenas produtos que cumpram com a legislação aplicável;

- As entidades que possuam este tipo de produtos não os podem vender;

- Os consumidores não devem comprar produtos cosméticos semelhantes a alimentos. Se já os tiverem adquirido, não os devem utilizar e devem mantê-los fora do alcance das crianças.

A violação das disposições legalmente previstas será punida em conformidade.

 

Medicamentos
Reuniões nas regiões de saúde são intimidatórias, com ameaças de coimas e pressões, dizem os médicos. Ministério da Saúde nega...

Os médicos que receitam mais medicamentos e que trazem mais gastos para o SNS estão a ser chamados a dar explicações em reuniões das Administrações Regionais de Saúde (ARS), revela o Diário de Notícias Online. Os encontros, segundo os médicos, têm tido um carácter intimidatório, com pressões para se prescrever mais genéricos e reduzir os gastos com medicamentos. As ARS negam a existência de pressões e o Ministério da Saúde diz que se pretende racionalizar, combater a fraude, detectar desvios e reduzir excessos ilegítimos.

Os casos começaram a chegar às secções regionais. Foram chamados “muitos médicos a reuniões na ARS do Centro. Querem que eles passem mais genéricos, medicamentos mais baratos e que não façam uso das excepções que existem na lei”. Hoje é obrigatória a prescrição sem marca (denominação comum internacional/DCI). Apenas as excepções (ao lado) justificam uma receita com medicamentos mais caros, como os de marca.

 

Protocolo oficializa
O Ministério da Saúde e a Universidade Nova de Lisboa assinaram um protocolo que visa apoiar os países de língua oficial...

O estudo e a prevenção de doenças como a malária, o dengue, a doença do sono e a leishmaniose nos países de língua portuguesa são hoje oficializados através de um protocolo que será assinado no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT).

O protocolo, que será assinado entre o Ministério da Saúde e a Universidade Nova de Lisboa, visa “a melhoria das sinergias e da articulação entre a actividade da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), através da instituição de um programa designado ‘Francisco Cambournac’”.

O objectivo deste programa é “apoiar os países de língua oficial portuguesa no reforço das suas instituições de saúde e na investigação aplicada ao sector da saúde, em particular no que diz respeito ao estudo e prevenção das doenças tropicais, com especial enfoque na malária e doenças negligenciadas”.

 

Investigação revela:
A marijuana desencadeou ansiedade, preocupação, neura e pensamentos negativos num estudo britânico.

Um estudo realizado no Reino Unido sobre os efeitos da principal substância activa da marijuana revelou que, em pessoas mais vulneráveis, desencadeia crises momentâneas de paranóia. A investigação realizada pela Universidade de Oxford, pelo Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres e pela Universidade de Manchester, e publicada no Schizophrenia Bulletin, contou com 121 voluntários.

Todos já tinham consumido marijuana e alguns tinham relatado episódios de paranóia. A nenhum tinha sido diagnosticada qualquer doença mental.

Os voluntários foram divididos em dois grupos de forma aleatória. Metade recebeu uma injecção de 1,5 mg de THC - a principal substância activa da marijuana - e os restantes uma solução salina, um placebo apenas. Para analisar os efeitos foram realizados testes psiquiátricos para diagnóstico de paranóia, incluindo cenários de realidade virtual, uma simulação de uma situação real, questionários e entrevistas.

Os resultados mostram que a THC desencadeou pensamentos paranóicos - um em cada cinco voluntários teve um aumento desses sentimentos.

A marijuana desencadeou ansiedade, preocupação, neura e pensamentos negativos. Estas emoções negativas levam as pessoas a sentirem-se mais vulneráveis e, ao tentarem encontrar respostas para o que está a acontecer, tudo pode parecer estranho e assustador.

 

70 milhões de crianças serão obesas em 2025
A Organização Mundial da Saúde calcula que 70 milhões de crianças estarão obesas ou acima do peso em 2025, devido a alimentação...

A Comissão para o Fim da Obesidade Infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS) tem a tarefa de criar uma estratégia global de combate ao problema, que afecta 44 milhões de crianças entre os 0 e os 5 anos de idade. Em 1990, eram 31 milhões, e a tendência é para continuar o aumento. A agência prevê que em 2025, o mundo poderá ter 70 milhões de menores obesos ou acima do peso. Esta foi a principal conclusão da primeira reunião da Comissão. “As crianças estão a consumir mais calorias e a gastar menos”, explicou à Rádio ONU o médico João Breda, responsável da comissão.

“Então temos um problema de excesso de calorias, de energia, proveniente dos alimentos, principalmente de açúcar e gorduras. Ao mesmo tempo, um baixo nível de actividade física, sobretudo devido a algumas actividades sedentárias, como ver muita televisão, vídeo jogos e outras actividades que por natureza são relativamente sedentárias. Energia a mais e gasto a menos. Este é o grande problema”, afirmou.

Segundo o médico, o ideal é que as crianças façam alguma actividade física durante pelo menos uma hora todos os dias, incluindo brincadeiras que exijam movimentação.

Entre as consequências da obesidade em crianças, estão doenças cardiovasculares, resistência à insulina, problemas nas articulações, ossos e músculos, deficiência e até cancro.

O médico da OMS afirma ser possível inverter o quadro com atitudes simples, o que não implica necessariamente proibir o consumo de alimentos industrializados.

“Eu não diria que proibir é o mais importante. Se as crianças têm um acesso muito facilitado a refrigerantes, a produtos com gorduras e açúcar e que são, obviamente, produtos que as crianças gostam, limitar de alguma maneira o acesso a esses produtos é importante. Nós queremos promover o crescimento das crianças e o seu desenvolvimento, mantendo mais ou menos o seu peso estável. Para isso, joga um papel fundamental a promoção da actividade física”, salienta.

O especialista em nutrição da OMS explica ainda que crianças amamentadas durante mais tempo têm menos risco de serem obesas. E a partir da primeira infância, é importante a alimentação com frutas, hortaliças e legumes.

Na reunião, que decorre até sexta-feira, a Comissão para o Fim da Obesidade Infantil vai discutir ainda o papel da indústria de alimentos para crianças e quais as melhores políticas públicas para inverter a crise.

 

Mais de 20% das crianças obesas do mundo estão em África

O mundo tem 44 milhões de crianças obesas ou com excesso de peso, 10 milhões das quais estão em África, revelou a mesma comissão. Em 1990, o continente tinha apenas 4 milhões de crianças obesas e a tendência de aumento preocupa a agência.

O gestor de Nutrição e Obesidade da agência na Europa explica que mesmo crianças acima do peso podem não estar a receber vitaminas e nutrientes essenciais.

“É um problema muito sério. Cada vez mais, temos crianças na Ásia e em África onde o excesso de peso se transformou numa coisa muito, muito séria. Além disso, os hábitos alimentares também mudaram aí, onde os produtos altamente processados, ricos em açúcar e gorduras são cada vez mais frequentes. Refrigerantes são muito ricos em açúcar e há muitos grupos de alimentos que naturalmente estão mais relacionados com a obesidade infantil”, disse João Breda.

 

65% das crianças comem doces todos os dias

A grande maioria das crianças de quatro anos come doces diariamente e snacks salgados várias vezes por semana. Um estudo concluiu também que apenas 40% ingerem quantidades adequadas de frutas e hortícolas.

As conclusões sobre a alimentação das crianças com quatro anos fazem parte de uma investigação mais abrangente, designada Geração XXI, que está a estudar, desde o nascimento, em 2005, cerca de 8700 crianças, e as respectivas famílias, da região do Grande Porto.

O elevado consumo de alimentos fortemente açucarados - 65% comem bolos ou doces todos os dias - é uma das evidências mais preocupantes, segundo Carla Lopes, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e uma das autoras do estudo. "O adequado seria que os doces fossem consumidos uma ou duas vezes por semana", sublinha a nutricionista.

Outro indicador da ingestão excessiva de açúcares é a frequência com que as crianças bebem refrigerantes e néctares: 52% fazem-no todos os dias. O ice tea é o mais popular porque há a ideia, falsa, sublinha Carla Lopes, de que é chá, quando na realidade é um refrigerante cheio de açúcar e de calorias vazias de valor nutricional.

 

Estudo feito em animais
Injectar um determinado gene no músculo cardíaco de porcos com problemas de coração permite a este órgão vital bater mais forte...

Se for demonstrado que o gene é eficaz em humanos e que não tem efeitos secundários, os cientistas esperam que possa um dia possa vir a substituir os pacemakers.

“Este avanço significa uma nova era para a terapia génica, em que os genes já não serão usados para corrigir uma deficiência, mas para operar uma mutação numa célula, a fim de curar uma doença”, declarou Eduardo Marban, director do Instituto Cardíaco Cedars-Sinai, dos EUA, e principal autor do estudo.

É a primeira vez que uma célula cardíaca foi pré-programada num organismo animal para tratar uma doença, afirmou Marban.

A terapia génica tem sido encarada como um domínio prometedor, mas perigoso, sobretudo depois dos primeiros testes conduzidos em humanos, nos anos 90, muitos dos quais mortais.

Segundo o investigador, o recurso a um vírus modificado como vector do gene deverá reduzir os riscos habitualmente associados à terapia génica, como uma reacção imunitária letal ou a formação de um tumor, mas reconheceu que são necessárias mais pesquisas.

 

Estudo internacional
Um estudo internacional revela que a niacina (vitamina do complexo B usada no tratamento do colesterol) não reduz o risco de...

De acordo com um editorial no New England Journal of Medicine, publicado com os resultados do ensaio clínico realizados, a maioria das pessoas não devia tomar este suplemento amplamente utilizado, também conhecido como vitamina B3.

A niacina ganhou popularidade nos últimos 50 anos e actua essencialmente em levantar os níveis do “bom colesterol” HDL. No entanto, o estudo de quatro anos, em pessoas com idades entre os 50 e os 80 anos e com colesterol elevado, não encontrou nenhum benefício nas taxas de ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais mas aumentou o risco de outras complicações graves, segundo a conclusão do estudo visível na página online do New England Journal of Medicine.

O estudo incluiu 25673 pessoas que já tomavam medicação para reduzir o colesterol.

A alguns foi-lhes prescrito também niacina como fármaco de libertação prolongada, enquanto a outros doentes foram, aleatoriamente, administrados placebos.

A niacina “foi associada a um aumento tendencial da morte”, disseram os cientistas, acrescentando que está também associada a “significativos aumentos de efeitos secundários graves: problemas de fígado, excesso de infecções, excesso de sangramento, gota, perda do controlo do açúcar no sangue de diabéticos e o desenvolvimento de diabetes em pessoas que tinham a doença quando o estudo começou”.

Donald Lloyd-Jones, responsável pela Medicina Preventiva na Northwestern University Feinberg School of Medicine e no hospital Northwestern Memorial, disse que 9% do aumento do risco de morte entre os utilizadores de niacina - que os cientistas consideram elevado - significa que os benefícios são ofuscados.

“Pode haver uma morte por cada 200 pessoas a quem prescrevemos a niacina”, vincou Lloyd-Jones, que escreveu o editorial no jornal. “Com este tipo de resultado, esta é uma terapia inaceitável para a maioria dos doentes”, concluiu.

ERC e Programa Nacional para a Saúde Mental celebram protocolo de cooperação
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social e o Programa Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral de Saúde assinaram,...

O Plano Nacional de Saúde Mental-2007/2016, que constitui o instrumento orientador do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM), identifica a comunicação social como um dos sectores importantes na prevenção e promoção da saúde mental dos portugueses.

O protocolo prevê, precisamente, o desenvolvimento de relações de cooperação com vista a orientar a acção de ambas as entidades em matérias como a protecção de públicos sensíveis/vulneráveis, o combate ao estigma e à discriminação em função da doença mental, a prevenção do suicídio ou a prevenção do consumo de substâncias psicoactivas.

Pretende-se que este acordo contribua também para o desenvolvimento das linhas orientadoras do regulador dos media na definição dos critérios a adoptar na actividade televisiva com vista a proteger a livre formação da personalidade de crianças e adolescentes, conforme prevê a Lei da Televisão (cf. n.º 9 do artigo 27.º, Lei n.º 27/2007, de 30 de Julho).

O protocolo visa, ainda, o desenvolvimento de processos que permitam salvaguardar os princípios do rigor e da ética de antena no tratamento da temática da saúde mental e na representação mediática da pessoa com doença mental, tanto em conteúdos informativos como ao nível do entretenimento.

As linhas de orientação definidas pela Organização Mundial de Saúde para a prevenção do suicídio nos media constituem também uma das bases de referência do trabalho que as duas entidades pretendem desenvolver no âmbito deste protocolo.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e o Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) encontram-se já a organizar uma conferência internacional subordinada ao tema “Media em Mente”, que terá lugar no dia 14 de Outubro de 2014, por ocasião das celebrações do Dia Mundial da Saúde Mental (10 de Outubro). Pretende-se com esta iniciativa promover a reflexão e o debate sobre o papel da comunicação social na prevenção e promoção da saúde mental, envolvendo órgãos de comunicação, regulador dos media, responsáveis das políticas de saúde e agentes sociais em geral.

Para mais informações contacte: [email protected]

 

Especialista alerta para a importância
Iniciada oficialmente a época balnear, nunca é demais alertar a população que a prevenção é a melhor
Prevenção cancro de pele

“Não existem bronzeados saudáveis”, diz Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo. O dermatologista lembra que o bronzeado corresponde a uma resposta da pele a uma agressão. Ou seja, o bronzeamento ocorre quando os raios ultravioletas penetram nas camadas mais inferiores da epiderme, e até da derme, o que ocasiona maior produção de melanina como uma resposta à agressão. Por isso, uma exposição prolongada ou crónica origina um foto-envelhecimento precoce, seja pela exposição intensa ao sol, seja através do uso de solários, favorecendo o aparecimento das várias formas de cancro da pele, incluindo o mais agressivo, o melanoma. Assim, a prevenção seja primária, secundária, ou mesmo terciária, é fundamental.

Prevenção primária
A prevenção primária “consiste no desenvolvimento de estratégias para evitar comportamentos de risco, ou modificar as condições de exposição ambiental ou artificial”. Este tipo de prevenção, segundo Osvaldo Correia, “só é bem sucedido se os programas para grupos-alvo forem realizados de forma continuada, envolvendo esforços multidisciplinares (educadores, professores, enfermeiros, médico de família, farmacêutico, dermatologista, oncologista, médicos de medicina desportiva e do trabalho)”.

O especialista refere, por exemplo, “os programas educativos desde tenra idade que alertam para o risco de cancro de pele e a necessidade de ter uma relação saudável com a exposição UV, procurando horas de exposição adequada ao sol (evitar a exposição UV entre 11 e as 17 horas), procurar sombras, usar vestuário apropriado (chapéu e roupa com design adequado e tecidos que permitam uma protecção UV (UPF) elevada), não esquecer os óculos escuros (com protecção UVB/UVA de 100), aplicar protector solar nas áreas foto expostas (com factor de protecção solar ≥ 30, em quantidade e renovação adequada) e a forte recomendação em evitar o uso solários, que são comprovadamente carcinogénicos para a pele.

Já a prevenção secundária “inclui medidas de despiste e rastreio da população em geral, em particular de grupos de risco reconhecidos, a formação pós graduada dos médicos em geral, em particular dos médicos de medicina geral e familiar e a promoção do auto-exame, apoiada em textos e imagens fornecidos em folhetos, livros, apoiados pelas tecnologias audiovisuais e informáticas que hoje dispomos e amplificados pela comunicação social”.

Por último a prevenção terciária do cancro de pele “inclui o follow up adequado dos doentes com cancros de pele, tendo em consideração o tipo de pele, os factores genéticos e comportamentais bem como eventuais factores de risco adicionais como a imuno-supressão”, explica o dermatologista.

Importância do auto-exame
Osvaldo Correia, alerta ainda para a importância do auto-exame. “Sendo a pele o maior órgão do corpo humano, correspondendo a cerca de 18% do peso corporal (cerca de 4Kg e 2m2 de superfície total no adulto), e sobretudo pela sua possibilidade única de observação a olho nu, cada indivíduo deverá responsabilizar-se pela sua observação frequente – o auto exame da pele”. Esse acto mais ou menos simples, consoante a zona a observar, pode ser acompanhado de fotografia digital para uma melhor comparação, e assim poder alertar o próprio ou os familiares para lesões novas ou em transformação.

Em conclusão, o especialista deixa a mensagem:”é fundamental a prevenção primária não só nas crianças, mas nos adolescentes e adultos jovens a fim de reduzir os riscos da exposição intensa aos raios ultravioleta (UV). A prevenção primária permitirá diminuir a incidência de cancros da pele, deverá ser sempre combinada com a prevenção secundária, com o objetivo de detecção e tratamento precoce dos vários tipos de cancros da pele (nomeadamente das várias formas do carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma) a fim de diminuir a morbilidade e mortalidade associadas e a terciária, com follow up adequado dos doentes com cancros de pele, em particular daqueles com melanoma, pois têm risco acrescido de novos cancros da pele”.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cancro de pele
Os cancros de pele no seu conjunto constituem os cancros do homem mais frequentes.
Cancro de pele

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera - www.ipma.pt - tem emitido regularmente avisos à população sobre o risco de exposição a níveis de radiação ultravioleta elevados, que poderão condicionar queimaduras solares, um dos principais factores de risco de cancro da pele, nomeadamente do melanoma. Também a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo - www.apcancrocutaneo.pt - tem desenvolvido campanhas de informação à população alertando para a importância da prevenção deste tipo de tumor.

“A prevenção do cancro de pele é particularmente importante devido ao aumento da sua incidência, em todo o mundo, nos últimos anos, seja em países desenvolvidos, seja em países menos desenvolvidos”, alerta Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.

Também em Portugal a incidência do cancro da pele tem vindo a aumentar e estima-se que este ano surjam 11 mil novos casos, dos quais um milhar serão melanomas, o tipo de cancro de pele mais grave e responsável por 80% das mortes por cancro cutâneo. Segundo o mesmo responsável morrem todos os meses 22 pessoas devido a melanoma avançado.

É por isso que a prevenção primária é muito importante e, conforme explica Osvaldo Correia, “inclui a redução de comportamentos de risco reconhecidamente associados aos cancros da pele, que inclui a informação e educação sobre o perigo de exposição aos raios ultravioleta (UV) e da maneira adequada de lidar com a radiação UV natural e artificial”. No entanto, apesar do conhecimento actual de que evitar a exposição à radiação UV é a única causa evitável de cancro de pele, “o comportamento da população em relação à exposição solar ainda é muito imprudente”, lamenta o responsável.

Factores de risco
Actualmente, a exposição à radiação UV excessiva é reconhecida como a principal causa evitável de cancro da pele. Contudo, os factores de risco de melanoma são variados, incluindo o genotipo, fenotipo, comportamentos e exposição ambiental. Indivíduos com fototipos mais baixos, sobretudo 1 e 2, com múltiplas sardas e cabelo ruivo, olhos claros, com múltiplos nevos (mancha acastanhada), com nevos atípicos ou nevos congénitos gigantes, com exposição solar a níveis de UV intensos, por vezes fugazes, mas múltiplos, ao longo do ano (como férias tropicais), imuno-suprimidos e os com antecedentes pessoais ou familiares de cancro cutâneos, melanoma ou não melanoma.

Prevenção
Em Portugal continental o horário de exposição solar que se deve evitar é o período entre as 11 e as 17 horas. No entanto, Osvaldo Correia, alerta que “quando a exposição solar é fora do país, se deve usar a ‘regra da sombra’. Ou seja, a hora de exposição solar adequada é aquela em que a nossa sombra é maior do que nós próprios”.

O mesmo responsável lembra ainda que “quando está nevoeiro a radiação UV pode ainda assim ser elevada, pois as nuvens filtram essencialmente a radiação infra-vermelha, diminuindo a sensação de calor. Nesses dias é fundamental manter todos os cuidados de foto protecção”.

Os protectores solares de largo espectro parecem ter maior eficácia na redução da imuno-supressão induzida não só pelos UVB mas também dos UVA.

No entanto a protecção física, em particular com o vestuário (com características de design e tecido adequado, ou seja, pouco porosos) parece ser mais eficaz que protectores solares mesmo de índice elevado.

O diagnóstico precoce do cancro de pele associado a tratamento atempado, leva à cura na maioria dos casos. “Uma vez que a pele é visível aos nossos olhos, a responsabilidade de prestar atenção às mudanças parece ser maior e o auto-exame pode ser facilmente realizado e deve mesmo tornar-se uma rotina na vida individual e familiar de todos nós. Como guia auxiliar útil para a população portuguesa em geral, sugere-se a visita a www.euromelamoma.org/portugal e www.apcancrocutaneo.pt”, finaliza o especialista.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em todo o mundo
O número de seropositivas em todo o mundo aumentou para 35 milhões em 2013, mais cerca de 5 milhões do que em 2001, segundo um...

O documento, de 400 páginas e publicado no âmbito da 20.ª Conferência Internacional sobre a Sida, que decorrerá entre os dias 20 e 25 deste mês em Melbourne, Austrália, destaca, todavia, que 19 milhões daquelas pessoas ignoram que estão infectados com sida.

Quanto a novas infecções, o estudo salienta que a tendência é a sua diminuição, com 2,1 milhões em 2013, comparativamente aos 3,4 milhões registados em 2001.

A maior diminuição verifica-se nas crianças, em que se verificou uma queda de 54%: em 2001 foram registadas 580 mil crianças que contraíram a sida, e em 2013 aquele número desceu para 240 mil.

Após o pico alcançado em 2005, do número de mortes relacionados com a sida, aquele valor diminuiu 35%, passando de 2,4 milhões para 1,5 milhões em 2013.

A nível regional, a África subsaariana é a mais atingida pela epidemia, com 24,7 milhões de seropositivos, seguindo-se Ásia e Pacífico (4,8 milhões), América Latina (1,6 milhões), América do Norte, Europa Ocidental e Central (2,3 milhões), Europa de Leste e Ásia Central (1,1 milhões), Caraíbas (250 mil), Médio Oriente e norte de África (230 mil).

Em Portugal, a prevalência de VIH nos trabalhadores do sexo é maior nos homens (cerca de 15%) do que nas mulheres (6%), de acordo com o documento.

O número de novos casos de sida em Portugal diminuiu em 2013, ano em que, segundo as autoridades portuguesas, foram registadas menos 200 notificações relativamente a 2012.

 

Estudo
Os países da União Europeia reconhecem a importância das refeições escolares na saúde e desenvolvimento das crianças e têm...

O trabalho, publicado pelo Centro Comum de Investigação da UE, integra-se no objectivo de ajudar a reduzir a obesidade infantil e fez pela primeira vez um levantamento das políticas alimentares das escolas europeias, tendo concluído que mais de 90% têm normas para garantir menus equilibrados, 76% incluem regras para o tamanho das doses e 65% definem o valor nutricional das refeições.

O estudo, que abrangeu os 28 Estados membros, Noruega e Suíça, “mostra que os países europeus reconhecem o importante contributo das refeições escolares para a saúde, o desenvolvimento e o aproveitamento escolar das crianças”, refere uma informação hoje divulgada pela Comissão Europeia.

“Todos os países abrangidos pelo estudo adoptaram orientações em matéria de alimentação nas escolas, embora essas variem consideravelmente de país para país”, e as medidas para promover regimes alimentares saudáveis vão das orientações facultativas, por exemplo, para os menus e o tamanho das doses, até à proibição total de instalar máquinas de venda automática ou de vender bebidas açucaradas nas escolas.

As recomendações relativas à disponibilização de bebidas são muito comuns (65 a 82%) e a maioria dos países é a favor do acesso gratuito a água e à limitação ou proibição de refrigerantes açucarados, segundo a informação.

A maior parte das políticas restringem os doces e os snacks salgados, produtos que são autorizados apenas ocasionalmente ou mesmo proibidos.

A ingestão de calorias e de gordura são os parâmetros mais presentes nas normas relacionadas com elementos nutritivos ou energéticos das refeições, sendo mencionados em 65% e 56% das políticas, respectivamente.

As máquinas de venda automática são objecto de restrições em cerca de metade dos países e, enquanto em alguns é recomendada a escolha de produtos mais saudáveis, outros proíbem esta alternativa de fornecimento de alimentos.

Em Portugal, as máquinas devem fornecer produtos que estejam de acordo com as regras definidas num guia da alimentação saudável e só ser utilizadas nas horas em que não existe acesso ao serviço de bar ou cantina.

O comissário europeu responsável pela Saúde, Tonio Borg, citado na informação, recorda que, na Europa, quase uma em cada três crianças tem excesso de peso ou é obesa e, como tal, corre o risco de contrair uma série de doenças evitáveis, como a diabetes de tipo 2.

Para o responsável, as escolas são parceiros “fundamentais” nos esforços para incentivar as crianças a adoptarem hábitos alimentares saudáveis que contribuam para “crescer com boa saúde, ter bom aproveitamento escolar e desenvolver plenamente as suas capacidades”.

 

Bombeiros recebem formação na área do transporte de doentes renais
No próximo dia 20 de Julho, todas as corporações de bombeiros do concelho de Vila Nova de Gaia vão poder receber formação na...

Desde 2013 que os doentes em hemodiálise passaram a ser transportados para as sessões de tratamento pelos bombeiros, tornando-se relevante levar a cabo acções de sensibilização sobre as particularidades do transporte deste tipo de doentes.

A formação decorrerá nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Aguda, (no concelho de Gaia) com o apoio de um dos maiores prestadores serviços renais a nível mundial, através de pessoal especializado da Diaverum Hemo-Atlântico - Unidade de Gaia, centro de hemodiálise integrado no sistema nacional de saúde.

Esta iniciativa será seguida de um Rastreio de Doença Renal gratuito aberto a toda a comunidade, que decorrerá entre as 10 e as 13 horas nas mesmas instalações.

O programa da acção de sensibilização terá início às 9h15, com as intervenções do Comandante dos Bombeiros Voluntários de Aguda e da Drª. Ana Ventura, seguidas de duas palestras. A primeira, a cargo da Drª Daniela Lopes, abordará a Doença Renal Crónica e algumas das questões clínicas e psicológicas que envolvem o doente em hemodiálise, enquanto a segunda, a cargo do Enf. Rafael Colares, irá debruçar-se sobre as especificidades do transporte deste tipo de doentes.

Com estas iniciativas, a Diaverum - Hemo-Atlântico - Unidade de Gaia e os Bombeiros Voluntários de Aguda pretendem sensibilizar e formar as corporações de bombeiros da zona para o transporte do Doente Renal Crónico, bem como alertar a população em geral para os factores de risco relacionados com saúde renal e a importância do diagnóstico precoce.

 

Programa exclusivo para várias corporações de Bombeiros:

09.15 - 09.30

Abertura - Dra. Ana Ventura / Comandante dos BV Aguda

09.30 - 09.45

“O Doente Renal Crónico - particularidades clínicas e psicológicas” - Dra. Daniela Lopes

09.45 - 10.00

“Particularidades do transporte do Doente Renal para a Hemodiálise” - Enf. Rafael Colares

 

Programa aberto à população

10.00 - 13.00

Rastreio de Doença Renal

 

Universidade da Beira Interior participa
A cidade da Guarda vai ser palco de um estudo que visa o levantamento demográfico, da pré-diabetes, da doença pulmonar...

A Universidade da Beira Interior (UBI) é um dos parceiros de um projecto ligado à área da saúde que está a ser realizado pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento da Beira (CIDB). O estudo está a abranger a freguesia de Casteleiro, Sabugal, e vai ser alargado à Guarda.

O CIDB, coordenado pelo docente da UBI João Luís Baptista, está a aplicar o SVD – Sistema de Vigilância Demográfica junto de mil habitantes de uma rua da cidade mais alta e prevê para Setembro o início da realização de inquéritos à população.

“Vamos porta a porta tirar o GPS [geo-referenciação], fazer o mesmo inquérito, a mesma coisa. E, depois, as pessoas que estiverem em casa fazem o inquérito dentro da casa, daquilo que for definido”, disse o responsável à Agência de notícias nacional. O estudo vai incidir na rua Pedro Álvares Cabral, escolhida por reflectir “mais ou menos a realidade da zona urbana da Guarda” por ser “central e muito longa”, esclareceu.

A aplicação do SVD inclui o levantamento demográfico, da pré-diabetes, da doença pulmonar obstrutiva crónica e de indicadores do ambiente, além do perfil de saúde dos habitantes daquela zona da cidade da Guarda localizada no raio de acção da unidade de saúde familiar A Ribeirinha.

Os dados do estudo criarão uma plataforma informatizada que poderá ser utilizada tanto em estudos descritivos (prevalência, incidência, factores de risco, modos de vida, etc.), analíticos ou de avaliação de intervenções na comunidade, por exemplo, ao nível da promoção da saúde, segundo os promotores.

O projecto conta com a colaboração dos alunos da Escola Superior de Saúde, Unidade Local de Saúde (ULS), Centro Hospitalar da Cova da Beira, Direção Geral de Saúde, Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal e Centro de Investigação em Saúde Comunitária, além da UBI.

O mesmo projecto também prevê a possibilidade de realização de um estudo idêntico em território espanhol, na área da Junta de Castilla e Léon, região fronteiriça à Beira Interior e Trás-os-Montes.

 

A realizar-se a 20 de Julho
Dia 20 de Julho, domingo, realiza-se, na cidade do Porto a comemoração do 6º Dia do Transplante, organizada pela Sociedade...

À semelhança de anos anteriores, a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR) associa-se ao evento.

A cerimónia oficial terá lugar na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Palácio de Cristal, e nela serão homenageados os transplantados com mais de 25 anos de transplante funcionante. De seguida, realiza-se um almoço convívio.

Este dia pretende dar a conhecer a actividade de transplantação em Portugal e celebrar a vida dos doentes submetidos com sucesso a esta intervenção, sendo de particular importância para os doentes transplantados, familiares e amigos.

 

Programa:

11h00 - Recepção dos participantes

11h30 - Sessão solene

14h00 - Almoço convívio

16h00 - Plantação da árvore

17h00 - Regresso dos participantes

 

Nações Unidas organizam
Dia 30 de Julho assinala-se, pela primeira vez, o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas. Promovido pelas Nações Unidas.

Assinala-se, pela primeira vez, no próximo dia 30 de Julho o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas. Promovido pelas Nações Unidas, através do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), este dia pretende ajudar a “devolver o que tem sido roubado a milhões de pessoas em todo o planeta: esperança”.

Com o objectivo de manifestar solidariedade para com os milhões de vítimas de tráfico humano, o UNODC está a realizar uma campanha onde encoraja as pessoas, “em todo o mundo, a simbolicamente devolver este bem precioso”. Intitulada #igivehope, a campanha consiste em três passos: tirar uma foto sua ou de um amigo, formando um coração com as duas mãos, de seguida utilizar a hashtag #igivehope e partilhar a foto nas redes sociais e, finalmente, é feito o apelo para a participação no Dia Mundial “Thunderclap”, de forma a amplificar os resultados da campanha e “criar um grande evento de solidariedade para com as vítimas de tráfico humano”.

Podem ser consultadas mais informações em: http://endHT.org

Relatório
Medicamentos gratuitos, centros com maior capacidade e o alargamento da idade de tratamentos para os 42 anos na mulher são...

De acordo com o relatório “Por um Portugal amigo das crianças, das famílias e da natalidade (2015-2035)”, apresentado no Porto, o grupo defende o "alargamento do apoio médico em situações de infertilidade".

Para tal, escreve o Diário de Notícias Online, os especialistas propõem uma comparticipação de 100% dos medicamentos específicos, a dotação dos centros de tratamento desta doença de “maior capacidade para o atendimento e tratamento”.

O alargamento da idade de tratamentos para infertilidade para os 42 anos na mulher é outra das propostas. O grande objectivo deste conjunto de medidas é “melhorar o acesso aos cuidados médicos de casais com problemas de infertilidade" e "diminuir o número de casais inférteis em lista de espera para o tratamento”.

Além destas medidas, que devem ser executadas pelo Ministério da Saúde, o grupo defende uma campanha de informação sobre as causas da infertilidade, nomeadamente sobre os comportamentos que podem provocar situações de infertilidade: “Tabagismo, obesidade e drogas”.

Coordenado pelo professor universitário Joaquim Azevedo, o relatório conta também como autores, entre outros, com a pediatra e directora clínica do Centro Hospitalar Lisboa-Norte, Maria do Céu Machado, e Ana Cid Gonçalves, da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

Contactado pela Lusa, o presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) manifestou concordância com o “aumento significativo da comparticipação na aquisição dos medicamentos específicos e na dotação dos centros de tratamento da infertilidade, em particular no que respeita aos centros públicos, de maior capacidade para o atendimento e tratamento”, que o grupo propõe.

Em relação ao alargamento, para os 42 anos na mulher, da idade de tratamentos para infertilidade, o CNPMA demarca-se da proposta, recordando que “as taxas de sucesso das técnicas de PMA diminuem fortemente com o aumento da idade das mulheres”.

Por esta razão, adiantou Eurico Reis, “o Conselho entende ser preferível aumentar os incentivos e apoios às mulheres mais novas para que os tratamentos se iniciem em idades em que essas taxas de sucesso são maiores e a potencial saúde das crianças nascidas está sujeita a menos perigos”.

“Esse alargamento, e dada a incontornável escassez de meios disponíveis nos centros de PMA, em especial os centros públicos (do SNS), irá necessariamente provocar um aumento das listas de espera, o que acarretará, não menos necessariamente, a diminuição dos tratamentos em mulheres mais jovens cujas possibilidades de engravidar e alcançar uma gravidez de termo são maiores do que as das mulheres com mais de 40 anos”, referiu.

Relativamente à campanha de informação, Eurico Reis afirmou que, além do tabagismo, da obesidade, do consumo de drogas e até de práticas sexuais promíscuas e não seguras - que são iniciadas em idades cada vez mais precoces -, existem outras razões para o aumento da infertilidade, como por exemplo a poluição (atmosférica mas não só) e o stress.

“Para ser verdadeiramente eficaz, uma campanha teria também de chamar a atenção para esses perigos”, disse.

Eurico Reis considera que “tal campanha deveria advogar, mesmo que apenas nos estabelecimentos de ensino públicos, a introdução, de forma global e generalizada para os adolescentes, de uma disciplina de educação sexual nas escolas”.

Projecto em Coimbra
O Projecto "Noite Saudável em Coimbra" começou no passado mês de Maio e trata-se de uma iniciativa do Centro de...

Actualmente a recreação nocturna tem um papel importante na vida dos jovens e no desenvolvimento económico de qualquer comunidade mas tem, em várias situações, uma ligação intrínseca com a ruptura de hábitos saudáveis de vida e a associação a uma multiplicidade de outros factores de risco em áreas, como por exemplo a sexualidade, a violência, o consumo de álcool e outras substâncias e a condução rodoviária.

É fundamental que cada comunidade seja também responsável na (re)definição de estratégias associadas a hábitos saudáveis de lazer. Partindo de orientações e recomendações nacionais e internacionais e da experiência de trabalho em rede desenvolvido na região de Coimbra, o Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicogénico (CPTTP), a Unidade de Violência Familiar (UVF) e o Instituto Europeu para o Estudo dos Factores de Risco (IREFREA – Portugal) procuram, em parceria com outras organizações da nossa comunidade, investir na prevenção das problemáticas associadas à recreação nocturna.

Partindo do modelo ecológico-sistémico e (re)enquadrando o "problema" numa perspectiva de saúde pública e de trabalho em rede, nasce este projecto tem como principais objectivos estratégicos identificar/eliminar os factores de risco associados a situações potencialmente traumáticas (intencionais e não intencionais),  identificar e potenciar os factores protectores, e estimular/reforçar a resiliência comunitária.

“Noite Saudável em Coimbra vai decorrer até Junho de 2015.

 

Evite-os
Os acidentes em Portugal causam, anualmente, um grande número de mortes, deficiências e internamento
Acidentes

 

 

 

Para fazer a promoção da segurança e a prevenção dos acidentes de forma eficaz, é conveniente manter-se informado sobre este assunto.

 

 

 

Crianças
As crianças exigem uma atenção permanente para evitar que sofram acidentes.

  • Na estrada – Muitas crianças morrem ou ficam com deficiências, devido a acidentes de viação, em grande parte por não se utilizarem ou se utilizarem mal os sistemas de retenção (cadeirinhas, cintos de segurança). Os atropelamentos de crianças, em especial dentro das povoações, são também muito frequentes.
  • Afogamento – Mesmo com pouca água, uma criança pode morrer afogada em poucos minutos e de forma silenciosa. É indispensável vigiar a criança, esvaziar os baldes e alguidares, vedar tanques de rega, lagos de jardim ou piscinas e cobrir adequadamente os poços.
  • Quedas – Basta uma distracção de segundos. É muito importante ter sistemas de protecção anti queda nos locais frequentados por crianças.
  • Queimaduras – São muito frequentes, principalmente durante o banho ou quando se cozinha e a criança está junto do fogão.
  • Intoxicações – Os detergentes, insecticidas e medicamentes não devem estar ao alcance das crianças. Nunca utilizar garrafas de água vazias para colocar líquidos cáusticos ou detergentes. Em caso de intoxicação, ligar para o Centro de Informação Antivenenos: 808 250 143.
  • Asfixia – Um simples saco de plástico pode ser causa de asfixia de uma criança. A prevenção passa também por ensinar a criança a ter comportamentos seguros.

Pessoas idosas
As quedas são responsáveis por cerca de 70% dos acidentes em pessoas idosas e acontecem, na sua grande maioria, no domicílio, seja particular ou em instituição, constituindo uma importante causa de internamento hospitalar e de mortalidade neste grupo etário.

As causas são várias: problemas de visão ou do equilíbrio, outras doenças, tais como: Parkinson, Acidentes vasculares Cerebrais (“Trombose”), Doenças Reumáticas, como a Osteoartrose ou fraqueza dos membros inferiores.

Para evitar os acidentes, é necessário corrigir os factores de risco existentes em casa ou na instituição, nomeadamente, tapetes escorregadios, mobília instável, luz fraca, inexistência de corrimão ou de barras de segurança na casa de banho (banheira), entre outros.

É fundamental também fazer a prevenção das queimaduras (por exemplo, com líquidos quentes), das intoxicações com gás, das feridas incisas com objectos cortantes e dos atropelamentos.

Acidentes de viação
As principais causas dos acidentes de viação são bem conhecidas: o excesso de velocidade, o não cumprimento do código da estrada e o consumo de bebidas alcoólicas.

Mas, para além destas, existem outras também muito importantes, como é o caso de:

  • Deficiências visuais não corrigidas devidamente.
  • Situações de fadiga, nomeadamente, quando se dormiu pouco, se trabalha por turnos ou se conduz durante mais de duas horas sem descansar.

Consumo de medicamentos susceptíveis de afectar as capacidades de condução. Há determinados medicamentos que podem ser responsáveis por acidentes de viação, por provocarem uma diminuição da atenção, da concentração, dos reflexos, das capacidades visuais, do raciocínio ou da coordenação motora. E, com frequência, as pessoas não se apercebem que têm essas capacidades alteradas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dor e inflamação nas articulações
A artrite é uma designação genérica de várias doenças que podem causar dor e inflamação nas articula
Radiografia de dedos com artrite

A artrite é a inflamação das articulações. Em sentido amplo é conjunto de sintomas e sinais resultantes de lesões articulares produzidas por diversos motivos e causas. Contudo, raramente tem uma origem conhecida mas todas envolvem factores genéticos, orgânicos, ocupacionais e ambientais.

Existem mais de 100 subdivisões de artrites, divididas principalmente de acordo com causa, local afectado, idade (infantil ou geral) e gravidade.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem em todo o mundo cerca de 10% de homens e 15% de mulheres que tem algum tipo de artrite. É uma doença cuja incidência aumenta com a idade. Por isso, na população acima dos 65 anos a percentagem de afectados sobe para 30% para os homens e 50% para as mulheres. A OMS estima que a prevalência aumente em 40% até 2020.

Factores de risco

A sua causa ainda não é conhecida mas sabe-se que poderá haver uma predisposição genética para se vir a sofrer desta doença. Para além disso, aponta-se para que o clima, trabalhos repetitivos, a obesidade, o envelhecimento, a prática de alguns desportos (radicais e/ou violentos) ou algumas doenças (por exemplo, imunológicas) possam contribuir para o aparecimento da artrite.

Na maior parte dos casos, a doença começa lenta e progressivamente. Regra geral acaba por originar dor, principalmente nas articulações das mãos, pés e cotovelos, podendo afectar outros órgãos como os olhos, o coração, as glândulas salivares e lacrimais.

Como já foi referido existem vários tipos de artrite. Os dois tipos mais comuns são a artrite reumatóide (AR) e a osteoartrose (OA).

A OA manifesta-se geralmente a partir dos 50 anos, sobretudo nas mulheres, e caracteriza-se por uma degeneração da cartilagem articular, que dificulta o movimento das articulações, com dor e inflamação nas mesmas.

A AR é também mais frequente entre as mulheres e a proporção é de um homem para três mulheres com AR. É uma doença auto-imune causada por uma alteração dos sistemas de defesa, que reagem contra o próprio organismo. Caracteriza-se pela inflamação de uma ou várias articulações. A AR na sua forma mais severa diminui a esperança média de vida entre 5 a 10 anos, mas também provoca dor, inflamação, podendo ocasionar deformações físicas graves e lesões orgânicas. A incapacidade e os sintomas podem aparecer em qualquer idade, mas é mais frequente entre os 40 e os 50 anos.

Existem outras doenças que também podem causar artrite, entre elas a gota, o lúpus ou a hepatite viral.

Sintomas

A dor é a forma que o seu corpo usa para avisar que algo está errado. Muitos tipos de artrite causam dor nas articulações. A dificuldade em caminhar é geralmente um dos primeiros sintomas a aparecer. Alguns tipos de artrite podem afectar diferentes partes do corpo.

A febre, a perda de peso, problemas respiratórios ou a comichão são outros sintomas que podem surgir em doentes com artrite. Estes sintomas também podem ser sinais de outras doenças, por isso é importante consultar um médico para um diagnóstico e tratamento adequado.

Tratamento

Depois de diagnosticar que tipo de artrite tem, o especialista vai determinar o melhor tratamento, que pode incluir fármacos para a dor, para a inflamação e para a rigidez das articulações e cremes ou pomadas para aliviar as dores locais.

No entanto, às vezes, mesmo com a medicação, a dor persiste. Nessas horas, é possível usar algumas técnicas para se sentir melhor, como sejam: tomar um banho morno, fazer alguns exercícios leves, aplicar gelo na área afectada ou repousar a articulação afectada.

Se a dor persistir, mesmo com a medicação, poderá ser necessário outro tipo de terapêutica, mais adequados ao seu caso.

Dependendo da gravidade, pode ser importante procurar um fisioterapeuta para fazer a reabilitação cujo objectivo é aliviar a dor, minimizar as deformidades, mobilizar as articulações e recuperar a forma física.

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