Matou 60 milhões de europeus
A peste negra, ou peste bubónica, a pandemia mais mortífera da história da Europa, provocou não só a morte de 60 milhões de...

O trabalho, realizado pelos investigadores do Instituto de Biologia Evolutiva da Universidade Pompeu Fabra (UPF-CSIC) e do Radboud University Nijmegen Medical Centre, da Holanda, apurou que as epidemias mortais afectam a configuração do sistema imunológico humano, revela o Diário de Notícias online.

Um dos cientistas envolvidos, Hafid Laayouni, explicou que o objectivo da investigação era “procurar padrões de variação genética que resultem da pressão selectiva de uma doença contagiosa”. Esta foi a situação que ocorreu na Europa no século XIV, durante o surto de peste, que afectou apenas os habitantes do continente.

O processo de contágio actuou sobre o genoma de dois grupos étnicos que tinham o mesmo ambiente, mas diferiam na sua bagagem genética: os romenos e os ciganos.

Os ciganos, provenientes do norte da Índia, instalaram-se na Europa há apenas mil anos.

Na primeira parte do estudo, os investigadores analisaram o ADN de 100 pessoas de origem romena e outros tantos ciganos e compararam-nos com os de 500 habitantes do noroeste da Índia.

Ao comparar as três populações, os cientistas constataram que os três genes de tipo Toll, “próprio do sistema imunitário”, tinham evoluído de forma similar nos romenos e ciganos, mas não nos habitantes da região da Índia, onde não chegou a peste.

“É um bom exemplo de evolução convergente, em que as populações de origens distintas têm a mesma adaptação, quando submetidas às mesmas pressões ambientais, neste caso, ao efeito da epidemia de peste”, acrescentou.

A segunda parte da investigação, realizada por cientistas holandeses, consistiu num estudo imunológico “para ver se estes genes estavam relacionados com uma das pressões selectivas mais importantes que existiram na história da Europa: a praga da peste negra”.

Para tal, os cientistas extraíram sangue de 101 pessoas de ascendência europeia e expuseram essas amostras à bactéria que causou a peste negra, a 'Yersenia pestis', para ver se havia resposta imunitária. “Vimos então um aumento das citoquinas no sangue, o que quer dizer uma resposta imunitária, que nos diz que estes genes estão a responder”, e que, portanto, os padrões de selecção encontrados poderiam ter sido o resultado deste agente infeccioso.

O estudo demonstra, garantem os cientistas, que a peste negra teve um papel importante na mudança genética dos europeus, o que veio a constituir um factor muito importante na história da humanidade e na resposta a infecções emergentes.

Avaliação europeia
Peritos do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência vão analisar novas drogas que também já estão disponíveis em...

A crescente preocupação com o uso de quatro novas drogas psicoactivas levou o Conselho da União Europeia a pedir uma investigação científica sobre os riscos associados ao seu consumo. As substâncias 25I-NBOMe, AH-7921, MDPV e Metoxetamina estão agora na mira das autoridades, depois de notificações dos seus efeitos nocivos por vários Estados-Membros da União Europeia (UE), o que leva a que as substâncias sejam analisadas, em Lisboa, em Abril.

Foram 22 os países, entre eles Portugal, a reportar que o AH-7921 não está sujeito a medidas de controlo a nível nacional. Trata-se de um opiáceo sintético, disponível na UE desde Julho de 2012, detectado em forma de pó e já associado a seis intoxicações não fatais e 15 mortes no espaço comunitário.

No caso da Metoxetamina, droga semelhante ao anestésico cetamina, oferecida muitas vezes como substituto desta droga legal, Portugal surge na lista dos países que detectaram a sua presença em diferentes formas (pó e comprimidos), o mesmo tendo sido verificado com a MDPV e com a 25I-NBOM.

Organização Mundial de Saúde alerta:
Um estudo hoje publicado alerta que os casos de cancro devem aumentar 50% até 2030, quando serão diagnosticados em todo o mundo...

Os casos de cancro devem aumentar 50% até 2030, quando serão diagnosticados em todo o mundo quase 22 milhões de casos em comparação com os 14 milhões de 2012, escreve o portal Sapo saúde. Ao mesmo tempo, as mortes pela doença passarão de 8,2 milhões para 13 milhões por ano. Essas tendências são acompanhadas pelo aumento e envelhecimento da população e pela adopção de hábitos de risco, como fumar, indica um relatório da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O maior impacto será registado nos países com menores recursos, muitos dos quais mal equipados para enfrentar este aumento de casos”, diz a directora da OMS, Margaret Chan.

 

Países em desenvolvimento em risco

Os países em desenvolvimento não só padecem de casos de cancro associados à pobreza, mas também dos resultados de hábitos adquiridos após conquistar melhores condições de vida, como um maior consumo de álcool e tabaco, o consumo de alimentos processados e a falta de exercício físico.

O cancro substituiu assim as doenças cardíacas como a principal causa de morte a partir de 2011 e o número anual de diagnósticos aumentou de 12,7 milhões em 2008 para 14,1 milhões em 2012.

O relatório destaca a diferença entre os sexos: cerca de 53% dos casos diagnosticados e 57% das mortes ocorrem em homens.

Entre os homens, o cancro mais comum é o dos pulmões (16,7% do total de casos no sexo masculino); seguido pelo cancro de próstata (15%), colo rectal (10%), estômago (8,5%) e fígado (7,5%).

Entre as mulheres, o mais frequente é o de mama (25,2%), seguido pelo colo rectal (9,2%), pulmões (8,7%), útero (7,9%) e estômago (4,8%).

Há também diferenças regionais: mais de 60% dos casos de cancro e 70% das mortes ocorrem na África, Ásia, América Central e América do Sul, segundo o relatório global.

Na América Latina, o cancro de mama e o de próstata são os que têm maior incidência em mulheres e homens, respectivamente.

Quase metade dos 14 milhões de novos casos de 2012 foram diagnosticados na Ásia, principalmente na China. A Europa totalizou um quarto dos casos, enquanto a América Latina teve 7,8% do número de diagnósticos.

No geral, o cancro é diagnosticado em idades mais avançadas em países menos desenvolvidos. E a nível global, o cancro do pulmão é o mais letal, com 19,4% do total de casos, seguido pelo cancro de fígado (9,1%) e estômago (8,8%).

Olhando para o futuro, o relatório nota que a população mundial vai aumentar de 7 mil milhões de pessoas em 2012 para cerca de 8,3 mil milhões em 2025.

 

Tabaco, a epidemia nos países mais pobres

O relatório expressa especial preocupação com o cancro do pulmão, em grande parte resultante do hábito de fumar e "intrinsecamente ligado a estratégias globais das companhias de tabaco para aumentar as vendas".

Uma "epidemia" de tabaco afecta especialmente os países mais pobres, de acordo com o estudo.

O custo total anual do cancro foi de 1,16 mil milhões de dólares em 2010, segundo o relatório. "Quase metade dos casos de cancro poderiam ter sido evitados", ressalta.

O estudo pede novos esforços na prevenção, incluindo a vacinação contra a hepatite B e o vírus do papiloma humano, que podem ajudar a reduzir a incidência do cancro de fígado e útero, e a promoção do exercício físico para combater a obesidade, além de campanhas anti-tabagismo.

Evento decorre a 15 de Fevereiro no Estádio do Dragão, no Porto
Júlio Machado Vaz, Marta Crawford, Pedro Abrunhosa, Manuel Serrão e Maria do Céu Santo nas Jornadas Saúde Atlântica.

A Saúde Atlântica, no Estádio do Dragão, vai receber a 15 de Fevereiro as Jornadas Saúde Atlântica que este ano são dedicadas ao tema “O que está a mudar na abordagem e tratamento das disfunções sexuais?”. Durante o simpósio irá decorrer a mesa redonda “Carrossel das 50 Sombras de Grey” que promete debate sobre sexo sem tabus.

Presididas pelo Prof. Pedro Vendeira, as Jornadas Saúde Atlântica vão contar com a comparência de vários convidados estrangeiros, bem como todos os expoentes nacionais da Andrologia, Urologia e Sexologia Clínica.

Contando com o apoio da Sociedade de Andrologia e da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, o simpósio terá como presidente o médico urologista Pedro Vendeira, que explica o porquê da escolha do tema “no momento actual cada vez mais nos debatemos com mitos e tabus relacionados com a sexualidade e com a falta de formação e informação (transversal a todas as faixas etárias) capaz de permitir uma compreensão clara e objectiva das disfunções sexuais, da sua avaliação e das opções de tratamento. Não esquecendo a elevada prevalência destas disfunções por esse mundo fora, é nossa obrigação enquanto clínicos, estabelecer a difusão do conhecimento e das principais linhas de orientação e tratamento neste campo”.

Assim, serão apresentados nesta 2.ª edição das Jornadas Saúde Atlântica diversos temas de interesse: Disfunções Ejaculatórias, Controvérsias Sexuais, Incontinência Urinária e Sexualidade na Mulher, Sexo e Próstata – Os Suspeitos do Costume, Disfunção Eréctil e Próstata, Disfunção sexual feminina, Masturbação Feminina, entre outros temas.

Um dos destaques destas Jornadas será a mesa redonda subordinada ao tema “Carrossel das 50 Sombras de Grey – Sexo sem tabus… Donde viemos? – Onde estamos? – Para onde vamos?”. Com início marcado para as 14 horas, será apresentada pelo jornalista Júlio Magalhães e moderado pelo Prof. Pedro Vendeira e Avelino Fraga. Do painel de oradores fazem parte Júlio Machado Vaz, Marta Crawford, Manuel Serrão, Maria do Céu Santo e Pedro Abrunhosa.

Sob o mote “A Doença Renal Crónica e o Envelhecimento”
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinala, no dia 13 de Março, o Dia Mundial do Rim, este ano subordinado ao tema “A Doença...

A Doença Renal Crónica pode desenvolver-se em qualquer idade, mas o avançar da idade faz com que se torne mais comum. A Sociedade Portuguesa de Nefrologia pretende alertar para a elevada prevalência da doença, nomeadamente numa população envelhecida como é a população portuguesa.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN): “Se o diagnóstico for feito na fase inicial da doença, esta pode ser controlada e tratada”. E acrescenta: “Numa fase avançada, a doença renal crónica pode também afectar a função óssea, levando a que o doente sofra de constantes fracturas, dores crónicas, problemas vasculares e até morte prematura”.

A Doença Renal Crónica é uma lesão renal que resulta da perda progressiva e irreversível da função dos rins. Doenças hereditárias, hipertensão arterial, diabetes e glomerulonefrites crónicas são algumas das doenças que podem provocar Doença Renal Crónica.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Tratamento de preservação do ovário
Resultados de um estudo revelaram que as mulheres que preservam a fertilidade por terem cancro apresentam um menor grau de...

O pensamento inicial e imediato ao receber um diagnóstico de cancro é, irei curar-me?, poderei continuar a trabalhar?, Terei uma vida normal?... e também, e cada vez mais, poderei ter um bebé depois do tratamento de quimio e radioterapia? Para responder a todas estas dúvidas e medos é importante que o doente receba a melhor, mais completa, clara e acessível informação sobre a doença, a terapia e as suas consequências.

“É necessário fazer um esforço informativo grande para que se conheçam todas as opções que existem para não renunciar ao sonho de ter um bebé depois de superar o cancro. Lamentavelmente, encontramos pessoas jovens que não preservaram os seus gâmetas (células reprodutivas - óvulos nas mulheres e espermatozóides nos homens) por falta de informação”, afirma o director do IVI Lisboa, Sérgio Soares.

“Dar o passo de preservar os gâmetas numa clínica de fertilidade para uma pessoa jovem que nunca tinha estado doente e de repente, lhe comunicam algo tão duro como a detecção de um tumor, ajuda a ver a doença como algo transitório e com um final feliz”, comenta a psicóloga do IVI Lisboa, Filipa Santos.

O estudo psicológico - Infertility and cancer in young woman. Psychological features - realizado pelo IVI a 40 mulheres a quem foi diagnosticado um cancro, em idade reprodutiva e no momento prévio ao tratamento de quimio e radioterapia, revelou que o grau de preocupação das pacientes com a doença decresceu no momento em que são submetidas ao procedimento de preservação de fertilidade. “O que só por si já constitui um bom motivo para o fazer”, comenta a psicóloga.

No estudo podemos ainda observar que 75% das mulheres que se submeteram à preservação do ovário fizeram-no com a finalidade de serem mães no futuro. Ainda que, também se tenha detectado a necessidade de muitas delas recuperarem a sua função hormonal.

“Nem sempre é fácil pensar no futuro quando é diagnosticado o cancro, mas no IVI Lisboa relembramos que 7 em cada 10 doentes superam a doença, e que é importante solicitar informação ao médico oncologista sobre a possibilidade de preservar a fertilidade, e se estiver indicado o procedimento, consultar os tratamentos disponíveis junto dos especialistas do IVI Lisboa”, reforça o director da clínica IVI, em Lisboa.

 

O que se deve fazer para preservar a fertilidade?

No caso dos homens, a opção mais adequada para terem a possibilidade de serem pais depois do cancro é congelar amostras de sémen antes de iniciar o tratamento oncológico.

 

Em que consiste a vitrificação de óvulos ou embriões?

Às mulheres que desejem preservar a fertilidade recomenda-se a crio preservação de óvulos, embriões ou tecido ovárico. Nos dois primeiros casos, inicialmente procede-se à estimulação ovárica, extraem-se os óvulos maduros que serão guardados por vitrificação ou inseminados para que se guardem os embriões. Quando superado o cancro, se não há fertilidade espontânea, pode-se tentar engravidar através de um tratamento de procriação medicamente assistida.

Reforçamos a necessidade de sensibilização e informação dos médicos oncologistas para a possibilidade de preservar a fertilidade dos seus doentes, apesar de não ser uma garantia de uma gravidez no futuro, é certamente um recurso a utilizar se os pacientes ficarem inférteis depois dos tratamentos oncológicos, comenta Sérgio Soares em jeito de conclusão.

 

Clínica IVI Lisboa

O IVI Lisboa, especializado em procriação medicamente assistida, integrada no Grupo IVI, está em Portugal desde 2006. O IVI Lisboa conta com uma equipa de 41 colaboradores entre os quais diversos profissionais de saúde (ginecologia, embriologia, andrologia, endocrinologia).

O IVI nasceu em 1990, em Espanha, como a primeira clínica médica especializada integralmente na Reprodução Humana. Actualmente, conta com 23 clínicas em 7 países, sendo considerada a instituição líder em medicina reprodutiva.

Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga
A escassez de profissionais de enfermagem no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, e o excesso de horas de trabalho a que...

O recurso sistemático a horas extraordinárias tem sido utilizado para colmatar as necessidades dos serviços em cuidados de enfermagem, sendo que, neste momento, a exaustão das equipas de enfermagem é notória.

O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), que na sexta-feira passada realizou uma Visita de Acompanhamento do Exercício Profissional à unidade de Santa Maria da Feira daquele Centro Hospitalar, soube que aí são gastos mensalmente 8 mil horas de trabalho extraordinário com enfermeiros.

Quer em termos físicos, quer em termos psicológicos, os enfermeiros do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga estão no limite das suas capacidades. Este estado de exaustão terá a curto prazo reflexos na qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem prestados.

Nessa visita foi constatado que existe a preocupação dos responsáveis pelas dificuldades em assegurar as dotações seguras nos diversos serviços.

Tais dificuldades têm-se traduzido num elevando número de horas extraordinárias realizadas e num elevado número de horas em débito aos profissionais, neste caso em concreto aos enfermeiros.

O Conselho de Administração, fruto das restrições impostas pela tutela na contratação de mais enfermeiros, não possui outra forma de responder às necessidades dos seus doentes internados.

Informou a OE de que já solicitou a contratação de enfermeiros para responder às necessidades identificadas, estando o processo neste momento dependente de autorização da tutela. Aguarda que o Ministério das Finanças desbloqueie a contratação de 48 enfermeiros.

Para aqueles responsáveis hospitalares, as necessidades permanentes não devem ser supridas com recurso a horas extraordinárias, mas sim através da contratação dos profissionais necessários.

Para além da reunião com o Conselho de Administração deste Centro Hospitalar, a Ordem dos Enfermeiros realizou igualmente visitas aos serviços de Cirurgia Geral, Especialidades Médicas de Adultos, Urgência, Urgência Pediátrica, Pediatria e Neonatologia.

A Visita de Acompanhamento do Exercício Profissional, realizada pela Secção Regional do Centro da OE, além do seu Bastonário, envolveu ainda a Presidente da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, Enf.ª Amélia Monteiro, e o Secretário da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enf.º Jorge Melo.

O relatório desta visita será remetido às autoridades competentes, nomeadamente à Administração Regional de Saúde do Norte e Administração Central do Sistema de Saúde, a solicitar a intervenção urgente.

Para o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, a situação verificada na unidade de Santa Maria da Feira é o exemplo do se constata na maior parte das estruturas hospitalares portuguesas, que “estão em ruptura” no que diz respeito aos recursos humanos.

“O SNS está em colapso no que aos recursos humanos diz respeito”, sublinha o Enf.º Germano Couto, afirmando que há enfermeiros que passam 10 ou 15 dias sem folgas, “o que é contraproducente numa profissão cujo erro pode ter consequências gravíssimas para o cidadão”.

Vencedor do concurso “Call For Papers”
A Direção de Farmácia do grupo José de Mello Saúde vai apoiar o desenvolvimento de um aplicativo de software destinado a...

O projecto “Menos Antibióticos, Mais Saúde!”, da autoria de uma equipa de estudantes da Universidade de Aveiro, tem como objectivos melhorar os resultados em saúde, aumentar a segurança dos doentes e da população, reduzir as resistências microbianas e reduzir os custos em saúde.

O aplicativo contempla um curso online e um sistema de apoio à decisão clínica em Infecções do Trato Respiratório para médicos e de gestão da sintomatologia das afecções respiratórias para farmacêuticos.

Este projecto é um dos três seleccionados no concurso “Call For Papers” lançado no âmbito das Conferências Saúde CUF.

Para mais informações consulte: http://conferenciassaudecuf.com

Dia Mundial da Luta Contra o Cancro
Para assinalar o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro a União Humanitária dos Doentes com Cancro promove uma campanha de...

A campanha de prevenção do cancro do pulmão, promovida pela União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC), tem o intuito de alertar para a importância do diagnóstico precoce e sensibilizar as pessoas para os efeitos nocivos do tabaco para a saúde. Com os lemas ‘Não Fume! Por si. Pela sua família. Pela sua Saúde e pela dos que o rodeiam’ e ‘O consumo do tabaco é a causa de morte que mais se pode prevenir’, a campanha da UHDC pretende incentivar as pessoas a adoptarem um estilo de vida saudável e sem tabaco.

A porta-voz da UHDC, Cláudia Costa estende o alerta aos fumadores passivos referindo que “ainda que a probabilidade de cancro do pulmão em fumadores seja 15 vezes superior à dos não fumadores, é importante estar ciente de que o tabagismo passivo assume-se, cada vez mais, como um eminente factor de risco para a saúde".

O tabagismo é o principal factor de risco para o cancro do pulmão, a primeira causa de morte por doença oncológica nos países ocidentais e a segunda causa de morte por doença oncológica em Portugal. Estima-se que, em Portugal, existe uma incidência de 38 casos de cancro no pulmão por cada 100 mil habitantes.

Data: Dia 4 de Fevereiro de 2014

Horas: Entre as 9h00 e as 18h00

Local: Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico, Rua da Quinta do Loureiro à Av. de Ceuta, Lote 11 - Loja 2, em Lisboa.

 

Sobre a União Humanitária dos Doentes com Cancro

A União Humanitária dos Doentes com Cancro é uma Associação Humanitária, de Solidariedade Social e de Beneficência, sem fins lucrativos. Fundada em 7 de Abril de 1999 (Dia Mundial da Saúde), com o lema ‘Quanto mais olharmos o cancro de frente, mais ele se afasta de nós’, a União tem como primeiro objectivo apoiar os doentes com cancro e seus familiares, mediante a prestação de diversas valências de apoio, inteiramente gratuitas, beneficiando assim milhares de doentes com cancro mais carenciados.

A União foi pioneira no nosso país na criação de 4 diferentes tipos de apoio a doentes com cancro: consultas gratuitas de Apoio Médico e de Psico-oncologia, Linha Contra o Cancro e Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico. Em termos de saúde pública, a União é membro efectivo do Grupo Técnico Consultivo da Direcção-Geral da Saúde. Para mais informações: http://www.doentescomcancro.org/

Da Fundação Ernesto Roma
O projecto “Oficina da Diabetes”, da Fundação Ernesto Roma, é oficialmente lançado a 6 de Fevereiro, às 10h00, no Centro...

Depois de ter sido um dos vencedores do Programa Cidadania Activa, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, a “Oficina da Diabetes” arranca agora para formar mulheres imigrantes, maioritariamente em situação de desemprego, na prestação de cuidados a crianças e idosos com Diabetes. O objectivo principal é promover a integração deste segmento da população na sociedade e no mercado de trabalho através da qualificação nesta área da saúde.

“Queremos alertar e chamar a atenção para a diabetes na população emigrante que tantas vezes se vê em dificuldades para aceder aos seus direitos. Por isso, vamos dar a estas mulheres ferramentas que possam habilitá-las, através de formação credenciada na área da diabetes, a uma melhor integração no mercado de trabalho, apoiando crianças e idosos com diabetes”, defende o director do Programa Nacional para a Diabetes e presidente da Fundação Ernesto Roma, José Manuel Boavida.

Esta é uma formação abrangente, intensiva e prática no âmbito dos cuidados directos, especializada em diabetes, com o patrocínio científico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS). As suas características e o tipo de população a quem se destina tornam esta oferta formativa inovadora e de grande valor humanitário.

Cada programa de formação tem a duração de doze horas e destina-se a grupos de dez pessoas, estando dividido em quatro módulos: Cuidados à pessoa idosa com diabetes; Cuidados às crianças com diabetes; Práticas culinárias adequadas ao controlo da diabetes; Actividade física para pessoas com diabetes.

“Com o projecto “Oficina da Diabetes”, a Fundação Ernesto Roma pode utilizar as suas competências específicas na área da diabetes na promoção da inclusão de mulheres imigrantes, fornecendo-lhes uma ferramenta muito completa para a sua integração profissional. Além disso, vai ao encontro de dois dos grandes objectivos da Fundação: contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes e desenvolver programas na área da investigação, formação, assistência e educação terapêutica”, acrescenta Joana Oliveira, coordenadora do projecto.

O curso tem lugar na Escola da Diabetes, que conta com salas de formação, uma cozinha dietética e um espaço preparado para a prática de actividade física onde decorrerão os módulos 3 e 4, respectivamente. A equipa de formadores é constituída por um médico, uma dietista/nutricionista, uma enfermeira, um chefe de cozinha e um professor de educação física.

Inserindo-se no domínio da Promoção dos valores democráticos, o Projecto “Oficina da Diabetes” envolve a defesa dos Direitos Humanos, dos direitos das minorias e a luta contra as discriminações.

 

Sobre a Fundação Ernesto Roma

A Fundação Ernesto Roma, criada em 2005 pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), é uma Instituição sem fins lucrativos que nasce da forte vontade de implementar uma vertente exclusivamente dedicada à Educação da Pessoa com diabetes e ao apoio da formação contínua de todos os profissionais que lidam com a doença. A Fundação Ernesto Roma é também uma homenagem ao criador da Diabetologia Social e fundador da APDP, a mais antiga de todas as Associações de Diabéticos do mundo (1926).

 

Sobre o Programa Cidadania Activa

O Programa Cidadania Activa visa o fortalecimento da Sociedade Civil portuguesa e o progresso da justiça social, democracia e desenvolvimento sustentável. O Programa corporiza o apoio a Organizações Não Governamentais portuguesas e é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), sendo a Fundação Calouste Gulbenkian a entidade gestora.

 

Sobre a diabetes

É uma doença crónica em larga expansão em todo o mundo. Segundo os números da Federação Internacional da Diabetes – IDF, a Diabetes atinge mais de 382 milhões de pessoas em todo o mundo, correspondendo a 8,3% da população adulta mundial e continua a aumentar em todos os países. Em 46% destas pessoas a diabetes não foi ainda diagnosticada, prosseguindo a sua evolução silenciosa.

A diabetes é uma doença crónica que tem graves implicações a nível cardiovascular e é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira. Esta doença é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta doença pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos.

Em 2013 a diabetes matou 5,1 milhões de pessoas. Estima-se que em 2035 o número de pessoas com diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença. Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da diabetes.

 

Dados sobre a imigração em Portugal (2012)

De acordo com o último Relatório Estatístico Anual do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) referente ao ano de 2012, em Portugal, existem 417 mil imigrantes residentes em território português, sendo o Brasil (105.622), a Ucrânia (44.074), Cabo Verde (42.857), a Roménia (35.216) e Angola (20.366) as comunidades mais representativas.

A estrutura da população estrangeira em Portugal por género apresenta uma configuração próxima da paridade.

Relativamente aos dados por género, em 2012, verifica-se uma redução do efectivo masculino (-3,29%), em continuidade com o observado no ano anterior. A diferença percentual entre ambos os géneros ficou reduzida a 1,04%, com ligeira predominância do sexo feminino. Esta relação tem vindo a ser gradualmente atenuada, em particular por via do reagrupamento familiar.

Por grupo etário, a população estrangeira residente em idade activa ascende a 84,50% (população estrangeira com idades compreendidas entre 15 a 64 anos). De relevar a percentagem de jovens entre os 0-14 anos (10,41%) na estrutura populacional de estrangeiros residentes, bem como o índice de potencialidade de 114,58% (117,19% em 2011), no que refere ao potencial de crescimento demográfico.

Mais informações em http://www.sef.pt.

Dia Mundial do Cancro 2014
Assinala-se amanhã mais um Dia Mundial do Cancro. Este ano a campanha de sensibilização centra-se em esclarecer os mitos...

Dia 4 de Fevereiro de 2014 assinala-se mais um Dia Mundial do Cancro. A campanha deste ano está centrada em esclarecer diversos conceitos associados ao cancro e que não correspondem exactamente à realidade.

São quatro os mitos "desmascarados":

Mito 1: Não é necessário falar do cancro

Verdade: Embora seja difícil falar sobre o cancro, especialmente em algumas culturas e ambientes, referir-se abertamente à doença pode melhorar os resultados a nível individual, no âmbito da comunidade e das políticas relacionadas com o tema.

Mito 2: Não existem sinais ou sintomas de cancro

Verdade: Para muitos tipos de cancro existem sinais de alerta e sintomas. As vantagens de detecção precoce são indiscutíveis.

Mito 3: Não há nada a fazer contra o cancro

Verdade: Há muito a fazer em termos individuais, no âmbito da comunidade e das políticas e, em conjunto com as estratégias correctas, é possível prevenir um terço dos tipos de cancro mais frequentes.

Mito 4: Não tenho direito a ter acesso aos cuidados de saúde para o cancro

Todas as pessoas têm direito a ter acesso aos tratamentos e serviços de atendimento do cancro, que sejam comprovados e efectivos, e em igualdade de condições, para evitar o sofrimento.

Inestéticos mas evitáveis
Pontos negros são pequenas protuberâncias que aparecem na pele devido a folículos pilosos entupidos.
Pontos negros

No fundo os pontos negros são um tipo leve de acne que podem aparecer não só na cara, mas também noutras zonas do corpo como as costas, o peito ou axilas. Acontecem devido à acumulação de óleo e outras substâncias no folículo pilossebáceo, e são chamados de pontos negros pois adquirem esse tom devido à oxidação da mistura de sebo e queratina quando exposta ao ar.

São alguns os factores que pode aumentar o desenvolvimento do acne e dos pontos negros, sendo o excesso de oleosidade da pele o principal.

Como identificar um ponto negro?

Os pontos negros são fáceis de detectar na pele devido à sua cor escura. Apesar de uma ligeira elevação, não são dolorosos como as borbulhas que causam inflamação e vermelhidão.

Como pode prevenir os pontos negros?

Lave a pele regularmente

Pode optar por lavar a cara duas vezes ao dia, ao acordar e antes de se deitar, para remover toda a oleosidade da pele. Pode também utilizar produtos próprios para a limpeza da pele que não provoquem irritação e que contenham ingredientes antibacterianos. Cabelos oleosos também podem contribuir para a obstrução dos poros. Logo, se o seu tipo de cabelo for oleoso procure lavá-lo todos os dias.

Use produtos Oil-Free

A utilização deste tipo de produtos vai com toda a certeza ser de elevada importância se quer prevenir os pontos negros. Maquilhagem e cremes são bastante utilizados, deve por isso ter atenção quando compra este tipo de produtos qual a sua composição.

Recorra a esfoliantes

As máscaras esfoliantes servem para remover as células mortas da pele e ajudam a prevenir os pontos negros. Procure utilizar produtos que não irritem a pele.

Como remover manualmente os pontos negros?

O primeiro passo será a dilatação dos poros. Para tal pode recorrer ao vapor de água ou simplesmente a um pano húmido em água quente e aplicado na zona onde pretende remover os pontos negros. Após alguns minutos os poros ficarão dilatados.

De seguida poderá utilizar os dedos e suavemente, sem danificar a pele, espremer os pontos negros até que sejam expelidos. Se não quiser utilizar este método pode sempre optar pela esfoliação, visto os poros estarem dilatados

Como podem ser tratados os pontos negros?

Existem no mercado diferentes produtos e medicamentos que podem ajudar. Uns são de venda livre e pode encontrá-los em supermercados e farmácias, mas outros só os pode adquirir mediante prescrição médica. São produtos que podem ter diferentes formatos (creme, gel, discos, etc…) e que são aplicados na pele matando as bactérias, secando o excesso de óleo e forçando a pele a expelir as células mortas.

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Um medicamento para cancro da próstata actualmente indicado apenas para doentes que já passaram por quimioterapia mostrou-se...

Os resultados são de um estudo apresentado no Simpósio de Cancros Geniturinários, em São Francisco (EUA). Na pesquisa, realizada pela Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, 1.717 homens com tumor avançado da próstata foram divididos em dois grupos e acompanhados por 20 meses. Entre os que tomaram o medicamento Enzalutamida, o risco de morte foi 29% inferior ao do grupo que tomou um placebo. O tempo de sobrevida entre os que tomaram o medicamento foi de 32,4 meses contra 30,2 meses dos doentes que receberam o placebo.

Segundo o estudo, o fármaco ainda adiou em 17 meses o tempo médio de início da quimioterapia. Para Rafael Coelho, chefe da equipa de urologia do Instituto do Cancro do Estado de São Paulo (Icesp), no Brasil, e participante do simpósio, o medicamento será importante para prolongar a qualidade de vida dos doentes com tumores avançados. “Ao retardar a necessidade de quimioterapia, o remédio adia também os efeitos colaterais da mesma”, diz.

Nos EUA, o medicamento tem o aval desde 2012, mas apenas para uso depois da quimioterapia. Agora, após a apresentação do novo estudo, o fabricante pedirá à Food Drug and Administration (entidade que regula os medicamentos nos EUA) que o medicamento seja aprovado também para uso antes da quimioterapia. O processo deve demorar alguns meses.

Novos medicamentos a serem desenvolvidos
230 novos produtos estão a ser desenvolvidos e 49 já estão comercializados, no âmbito da investigação de combate ao cancro, na...

Assinala-se hoje o "Nano World Cancer Day", no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, dando enfoque à investigação que procura conhecer melhor as razões que fazem dos tumores entidades eficazes, para desenvolver nano-partículas que permitam actuar especificamente sobre as células tumorais.

Neste momento, no Instituto Ibérico de Nanotecnologia, sediado em Braga, estão em curso projectos que procuram “utilizar nano partículas acopladas a sistemas de transporte que leva fármaco, através do sistema sanguíneo, sendo libertado no local apropriado"” explicou Paulo Freitas, director-geral adjunto.

Maria José Oliveira, investigadora do INEB (Universidade do Porto) representante da Plataforma Tecnológica Europeia para a Nanomedicina (ETP-N-European Platform of Nanomedicine), destaca a importância que está subjacente a este projecto e que “junta clínicos, investigadores e empresas, merecendo investimento que permite avançar na investigação”.

Rafael Lopez, director do Serviço de Medicina Oncológica, no Hospital Clínico Universitário de Santiago de Compostela assinalou aquele que era o principal problema da Europa. “As plataformas centralizadas que agora aparecem na Europa, há 30 anos que existem nos Estados Unidos”.

Nuno Sousa, do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto), lembra que o cancro é a segunda causa de morte na Europa, registando-se novas incidências, em média, de três milhões por ano. "Estamos numa fase de transição para drogas mais selectivas, poupando, dessa forma os tecidos saudáveis".

Entre países desenvolvidos
Segundo um estudo divulgado Organização Mundial da Saúde, que estuda a obesidade, hábitos de consumo e a liberalização...

Este é o primeiro estudo que investiga o papel da liberalização dos mercados no consumo de comida rápida (fastfood) e no aumento do índice de massa corporal (IMC), incluindo pela primeira vez o número de transacções da chamada fastfood.

“Portugal encontra-se entre os países com menor níveis de consumo de comida rápida e com menor IMC”, diz o estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que toma por referência dados de 2008, para os diferentes países, altura em que Portugal apresentou o segundo menor número de “transacções per capita, entre os países seleccionados neste estudo”, segundo o professor Roberto De Vogli, da Universidade da Califórnia (UC Davis), principal autor do relatório.

O estudo analisou os dados de 1999 a 2008, de 25 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com o objectivo de observar o vínculo entre a obesidade e a liberalização do mercado de bens alimentares.

"O nosso estudo indica que todos países conheceram um aumento no consumo de comidas rápidas e do IMC [dos seus cidadãos], mas os países que desregularam gradualmente e minimamente as suas economias, conheceram um incremento mais lento do consumo de comida rápida e do IMC", disse à Lusa Roberto De Vogli.

No caso de Portugal, a economia, ao longo deste período, esteve ainda protegida em termos de regulação alimentar, o que minimizou o aumento da obesidade e do consumo de fastfood. “Portugal é a quarta economia mas regulada entre os países da OCDE”, disse o professor, tendo em conta o período em causa.

Portugal aplicou políticas de mercado mais restritivas, sendo possível estabelecer uma relação com um impacto menor, nos níveis de obesidade, ao contrário de outros países do estudo, dominados por oligopólios alimentares, nos quais as políticas de liberalização, incluem entre outros, menos subsídios agrícolas, menos taxas, menos controlo dos preços e fiscalizações débeis, em termos alimentares.

Roberto De Vogli, por exemplo, que “Portugal tem um IMC muito inferior aos países anglo-saxónicos, como os Estados Unidos, Canadá e Austrália, com mercados mais desregulados, e onde o consumo de comida rápida e a prevalência da obesidade são superiores”.

Por outro lado, as explorações agrícolas em Portugal tendem a ser mais pequenas, sendo geralmente mais saudáveis, em relação aos países com economias dominadas por grandes grupos económicos agroalimentares.

“Países com explorações agrícolas de tamanho menor tendem a registar aumentos menores no consumo de comidas rápidas e na obesidade”, esclarece o professor Roberto de Vogli.

O investigador adianta, no entanto, que “é preciso mais investigação”, para se chegar a uma conclusão efectiva, sobre a relação dos factores, embora tudo indique que “um sistema de agricultura baseado em pequenas explorações e com sectores mais protegidos”, em termos de regulação e fiscalização, “possa explicar por que motivo o consumo de comida rápida é baixo em Portugal”.

As conclusões gerais deste estudo indicam que existe uma relação directa entre políticas pró liberalização dos mercados, o aumento de consumo de comida rápida e de obesidade. O estudo apela, por isso, à aplicação de medidas que melhorem a etiquetagem dos alimentos e que limitem a produção e o comércio de alimentos processados, como a chamada fastfood, e a sua publicidade.

Investigador conclui
Morrem mais pessoas nos hospitais, por más práticas médicas, do que nas estradas, por acidentes de viação. A conclusão é do...

Equipas estáveis e aposta em mais serviços de referência são algumas das soluções apresentadas por André Dias Pereira, investigador do Centro de Direito Biomédico que acaba de apresentar uma tese de doutoramento sobre responsabilidade médica. O número, preocupante, deve-se a falhas de organização, diagnóstico incorrecto e falta de comunicação, trocas de medicamentos, infecções hospitalares, má comunicação, ou erros nos diagnósticos.

“Os médicos sabem bem dos problemas que existem, O professor Luís Fragata fala em estimativas por baixo de 1000 a 1200 mortes evitáveis por ano. Recordo que morrem menos de 700 pessoas por ano nas estradas, ou seja, morrem mais pessoas nos hospitais, de morte evitável, do que nas estradas.”

A dificuldade está em provar a maior parte das queixas. O advogado e professor de Direito Administrativo Luís Fábrica diz que as instituições e os profissionais de saúde tendem a esconder dados.

Os doentes estariam melhor protegidos se, tal como acontece para os acidentes de viação, houvesse um seguro que indemnizasse o lesado, independentemente da culpa do médico.

“A ideia de que se vai fazer uma atitude justiceira não leva a lado nenhum. As estatísticas demonstram que é extremamente difícil provar a culpa ou o nexo de causalidade. Melhor seria se passássemos para um sistema de responsabilidade objectiva, isto é, responsabilidade independentemente de culpa. Isto é, houve uma coisa que ocorreu e que não devia ter ocorrido. Muito bem, vamos indemnizar a pessoa”, considera.

IPO-Porto
Dentro de “algumas semanas” estará em pleno funcionamento o Banco de Tumores do IPO-Porto.

O Director do Banco de Tumores do IPO-Porto, Rui Henrique, disse que esta unidade se encontra em fase final de implementação e que deverá entrar em pleno funcionamento dentro de “algumas semanas”.

“Pretendemos ter uma colheita anual de amostras na ordem das três ou quatro mil por ano”, afirmou Rui Henrique, admitindo algum atraso na implementação do banco devido à falta de recursos humanos com que o IPO do Porto se tem debatido.

Inaugurada em Setembro de 2012, esta unidade funcional do IPO-Porto permite a colheita, armazenamento e utilização de tecidos excedentários para investigação biomédica, mediante a prévia autorização escrita do doente.

Um outro desafio da Saúde
As técnicas da Medicina Tradicional Chinesa associadas ao exercício da Enfermagem enriquecem a quali

A Enfermagem deteve no século XX autonomia e regulamentação próprias. Caracteriza-se como uma profissão que na área da saúde tem como objetivo prestar cuidados de enfermagem ao ser humano, são ou doente, ao longo do ciclo vital, e aos grupos sociais em que está integrado, de forma que mantenham, melhorem e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a sua máxima capacidade funcional tão rapidamente quanto possível [1].

Já por seu lado, e de acordo com a visão ocidental, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é considerada como um sistema de sensações e descobertas destinadas a estabelecer um estado vegetativo funcional do corpo. Este estado pode ser tratado pelas diversas técnicas nomeadamente, Acupunctura, Terapia Manual Chinesa (Tuina), Fitoterapia, Qigong ou Dietética [2].

A compreensão contemporânea da MTC, segundo o Modelo de Heidelberg (MH), considera-a um modelo tradicional de sistemas de biologia. Este modelo centra-se no facto de que os principais termos técnicos como Yin e Yang, fases ou elementos podem ser entendidos como termos de regulação vegetativa sendo o diagnóstico em MTC entendido como uma descrição detalhada do estado vegetativo funcional de um paciente [3].

Um princípio básico é que se tratam pessoas e não doenças, o diagnóstico é o seu princípio fundamental e antes da aplicação de qualquer técnica deve ser feita uma avaliação correta do individuo, pois o que é eficaz num caso pode falhar noutro [4].

Segundo o MH, o diagnóstico funcional é estabelecido atendendo a 4 componentes: a constituição (natureza interna do paciente), fatores patogénicos (quais os fatores que afetam o paciente), orbs afetados (sinais e sintomas manifestos) e respetivos critérios guia, também entendidos como indicadores do atual estado funcional (sinais neurovegetativos, humoro-vegetativos, neuro-imunológicos e presença de uma deficiência estrutural ou regulatória).

Cuidados centrados na visão holística da pessoa

A prestação de cuidados de Enfermagem pode ser complementada, alargada e enriquecida pelos conhecimentos da MTC. Estamos perante duas ciências que centram a sua esfera de cuidados na visão holística da pessoa, como ser único em interação constante com tudo o que o rodeia, requerendo um cuidado personalizado de acordo com o seu quadro clinico.

A recomendação de implementação de técnicas da MTC parte da própria Organização Mundial de Saúde e é crescente o número de estudos científicos que evidenciam a sua eficácia e natureza vegetativa, com base em parâmetros fisicamente mensuráveis e nos quais são incluídos diagnósticos ocidentais e de MTC [5, 6, 7].

As técnicas de MTC podem ser utilizadas pelos enfermeiros no âmbito das suas intervenções interdependentes e autónomas, algumas inclusive são contempladas na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Os conhecimentos e técnicas de MTC podem facilmente ser englobados nas intervenções de Enfermagem beneficiando, por exemplo, a promoção de trocas gasosas, a perfusão dos tecidos e alívio da dor, contribuindo para o bem- estar físico e psicológico.

A área de atuação da MTC é vasta, como por exemplo no controlo de sinais e sintomas no pré e pós-operatório como a ansiedade, dor, incluindo dor fantasma, náuseas e vómitos, indução anestésica em pequenas cirurgias, diminuição dos efeitos secundários e/ ou interações medicamentosas, quer reduzindo a utilização de alguns medicamentos, quer atuando no órgão ou sistema afetado de forma a protege-lo [4].

A prática da MTC foi recentemente regulamentada em Portugal pela Lei 71/2013 (Lei das Terapêuticas Não Convencionais), aprovada a 24 de Julho de 2013, que remete para a Lei 45/2003 (Lei de Enquadramento das Terapêuticas Não Convencionais).

Formação em Enfermagem com terapias não convencionais

A formação em enfermagem cada vez mais deve ser reformulada para responder às novas exigências dos sistemas de saúde, integrando as terapias não convencionais e a base científica das práticas mais adequadas á filosofia de cuidados de saúde para o século XXI. Precisamos de alargar horizontes e diversificar os percursos, assumir com coragem os desafios da mudança, refletindo sobre a validade científica das terapias complementares e sua integração na comunidade escolar, favorecendo assim um novo olhar sobre a formação e prática em enfermagem.

 

Susana M. F. Seca

Cédula Profissional, membro nº 2- E- 53713, Mestrado em Medicina Tradicional Chinesa, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE, Coimbra - Portugal, Heidelberg School of Chinese Medicine, Heidelberg - Alemanha

 

 

Referências Bibliográficas:

1 http://www.ordemenfermeiros.pt/sites/sul/membros/Documentos/Legisla%C3%A7%C3%A3o/REPE.pdf [consultado em 9/03/2013]

2 Greten HJ. Understanding TCM. Scientific Chinese Medicine – The Heidelberg Model. Heidelberg: Heidelberg School Editions, 5ª ed. 2011. ISBN 978-3-939087-07-6

3 Greten HJ. Understanding TCM. Heidelberg: Heidelberg School Editions. 2007

4 Santos TS. Opinião dos alunos do 4º ano acerca da integração da Medicina Tradicional Chinesa no plano curricular do curso de Licenciatura em Enfermagem. Porto: Universidade Fernando Pessoa, faculdade de Ciências da Saúde, 2011: 34- 36

5 Seca, S. Efeitos Agudos da Acupunctura na Dor Lombar Crónica, Estudo Prospectivo, Randomizado, Controlado e Cego. Porto: Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 2011

6 Doenitz C.; Anjos, A.; Efferth T.; Greten T.; Greten H. Can Heat and cold be parameterizes? Clinical data of a preliminar study. Jornal of Chinese Integrative Medicine, Vol. 10, Nº5, May 2012: 532 - 537

7 Matos, L.; Gonçalves M.; Silva A.; Mendes J.; Machado J.; Greten H. Assessment of Qigong- related effects by infrared thermography: a case study. Jornal of Chinese Integrative Medicine, Vol. 10, Nº6, June 2012: 663 - 666

8 Cruz, MS. Medicina Chinesa – Contributos para a prática de Enfermagem. Porto: Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008: 34 – 35

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Circular Informativa N.º 21/CD/8.1.6. Data: 30/01/2014
A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) definiu que a criação de modelos de decisão técnica é essencial para...

Nesse âmbito, a CNFT definiu e incluiu no Formulário Nacional de Medicamentos, o procedimento de utilização de medicamentos para o tratamento da Hepatite C crónica, com critérios de inclusão e exclusão rigorosos, medidas de monitorização do cumprimento dos protocolos e avaliação dos resultados clínicos da utilização dos medicamentos.

Este procedimento, a ser adoptado por todos os hospitais do SNS, determina que os tratamentos triplos da hepatite C crónica genótipo 1 apenas poderão ser iniciados após validação pela CNFT. Ou seja, os médicos assistentes devem propor o tratamento às Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT) locais, e estas devem submetê-lo à aprovação da CNFT.

As substâncias activas abrangidas por este protocolo terapêutico são as seguintes:
- Boceprevir;

- Peginterferão alfa-2a;

- Peginterferão alfa-2b;

- Ribavirina;

- Telaprevir.

 

Para facilitar o processo de submissão e validação, o Infarmed está a desenvolver uma aplicação informática - o Portal da Hepatite C – que irá permitir a submissão on-line das propostas de início de tratamento triplo de hepatite C crónica, monitorização e avaliação pós-tratamento. Contudo, esta aplicação apenas ficará disponível em Março de 2014.

Face ao exposto, e para que este procedimento se inicie rapidamente a notificação das CFT será, numa primeira fase, feita através de e-mail.

A utilização da terapêutica tripla em doentes com hepatite C crónica genótipo 1 em hospitais do Serviço Nacional de Saúde pressupõe o seguinte:

A prescrição apenas pode ser efectuada em hospitais que disponham de serviço ou consulta especializada no tratamento de doentes com esta patologia;

O médico assistente do doente tem de apresentar, à CFT do hospital, uma proposta de tratamento;

- A CFT, após avaliação e aprovação, submete a proposta de tratamento à CNFT, a quem compete validar a proposta, de acordo com os critérios técnico-científicos, e emitir um parecer;

- A submissão à CNFT deve ser efectuada através do preenchimento do modelo de notificação e validação, em anexo, conforme instruções inclusas, e enviado para o e-mail [email protected].

- O parecer da CNFT será enviado à CFT do hospital através deste e-mail.

- O tratamento apenas poderá ser iniciado após parecer favorável da CNFT;

- A dispensa do medicamento tem de ser realizada pelos serviços farmacêuticos do hospital onde é efectuada a prescrição.

Este processo de notificação electrónica entra em vigor a 1 de Fevereiro de 2014.
Este procedimento manter-se-á até que o Portal da Hepatite C esteja disponível. O e-mail [email protected] poderá ser sempre utilizado para comunicação entre as CFT e a CNFT.

Os esclarecimentos adicionais sobre esta matéria devem ser solicitados à CNFT através do e-mail [email protected] .

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
Eram 1910 o número de pessoas que aguardavam por um transplante de rim. Dados que parecem apontar para “o fim do descalabro a...

No final do ano passado, havia, em Portugal, 1910 pessoas à espera de um transplante de rim, um número que diminuiu em 67 face a 2012. Para a coordenadora nacional na área da transplantação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Ana França, o facto de em 2013 os transplantes terem aumentado em 15% face ao ano anterior parece apontar para “o fim do descalabro a que se vinha a assistir”. Mas ainda se está longe do número de dadores atingido por Portugal nesta área em 2009, noticia o Público na sua edição Online.

Em 2009, Portugal teve 329 dadores de órgãos (uma taxa de 31 dadores por milhão de habitantes). Desde então, este número não parou de descer, com a queda mais acentuada a acontecer em 2012, em que apenas houve 252 dadores (o que dá uma taxa de 23,9 dadores por milhão de habitantes), o que se traduziu na colheita de 749 órgãos para transplantes (entre rins, fígado, coração, pâncreas e córneas).

Para Ana França, os números de 2013 — em que houve mais 17% de dadores — são a prova de que se está a conseguir interromper a quebra. A descida foi atribuída, em parte, ao corte dos chamados incentivos, verbas que são atribuídas pelo Ministério da Saúde aos hospitais como pagamento dos transplantes efectuados. Mas, para a responsável, o grande problema está ainda do lado da colheita. Para que os cirurgiões possam transplantar órgãos há um complexo processo que começa numa urgência de um hospital ou numa unidade de cuidados intensivos, onde vão parar os doentes em estado crítico que poderão ser potenciais dadores de órgãos. Quem tem que detectar e sinalizar estes casos são as equipas destes serviços, com destaque para médicos de medicina intensiva. O hospital que detecta estes casos terá que, depois do diagnóstico de morte cerebral, de manter o doente ventilado durante pelo menos 24 horas para que a colheita se possa fazer.

O problema é que as verbas actualmente pagas aos hospitais que colhem não são suficientes para cobrir os custos, assinala Ana França. Estima que cubram quando muito 60% dos custos efectivos, que envolvem o pessoal de saúde, exames e análises, ventilação. “Cada vez que têm um dador, os conselhos de administração dos hospitais perdem dinheiro”, admite Ana França, por isso muitos desinteressaram-se de actividade e deixaram de a fazer, assinala.

O Ministério da Saúde tem nas suas mãos uma proposta que pretende tornar mais realista a atribuição de verbas na colheita, diz. “A missão primeira é apoiar a doação”. A ideia é também que estas verbas sejam atribuídas de forma igual quer a colheita ocorra numa unidade privada ou pública. Os privados, por imposição de uma directiva europeia, entram agora na equação. Todas as unidades com ventilação são obrigadas a identificar dadores de órgãos. Até agora, só o Hospital da Luz, em Lisboa, fez uma colheita, informa.

A queda abrupta do número de dadores para transplante verificada em 2012, o pior número dos últimos cinco anos, deveu-se, segundo a responsável também a mudanças institucionais na área: foi extinta a Autoridade para os Serviços do Sangue e da Transplantação, a competência desta área passou então temporariamente para a Direcção-Geral de Saúde e só depois para o agora Instituto Português do Sangue e da Transplantação. “É uma actividade que precisa de ser acompanhada e incentivada, foi isso que faltou em 2012. É um dos factores que levam à desmotivação profissional numa actividade que implica uma procura incessante”.

Ana França lembra que, mesmo quando são sinalizados potenciais dadores, muitas vezes a posteriori, descobre-se que os órgãos não são aproveitáveis para transplantes porque os doentes sofrem de doenças infecciosas, como hepatite ou HIV, ou têm cancro. Por resolver continua a uniformização das regras de atribuição de verbas para transplantes nos hospitais públicos, em que continua a haver “desigualdades entre hospitais e mesmo dentro dos hospitais”, dizia um relatório do actual secretário de Estado da Saúde em Junho do ano passado. Esta questão continua em estudo, diz a responsável.

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