Polémica
O Centro Hospitalar de Lisboa Central vai deixar de atender doentes em primeira consulta que não sejam da área de Lisboa.

A Ordem dos Médicos e os sindicatos já descreveram a medida como inconstitucional, mas para os hospitais e para o Ministério é uma questão de bom senso e critério, escreve hoje o Diário de Notícias. Isto porque o Centro Hospitalar de Lisboa Central, que engloba os hospitais D. Estefânia, Curry Cabral, São José, Santo António dos Capuchos, Santa Marta e a Maternidade Alfredo da Costa, vão deixar de atender doentes em primeira consulta que não sejam da área de Lisboa.

Negar o atendimento a doentes de primeira consulta fora da sua área geográfica é uma medida já aplicada nos hospitais de São João, no Porto, Santa Maria e Pulido Valente, em Lisboa.

Desde o passado dia 5 de Fevereiro esta alteração nos procedimentos engloba também o Centro Hospitalar de Lisboa Central (hospitais D. Estefânia, Curry Cabral, São José, Santo António dos Capuchos, Santa Marta e a Maternidade Alfredo da Costa).

De acordo com o Diário de Notícias, citado pelo portal Notícias ao Minuto, as restrições orçamentais e as listas de espera são os motivos que estão na origem desta medida.

No documento que impôs esta alteração de funcionamento e a que o Diário de Notícias teve acesso pode ler-se que “só podem ser marcadas consultas de primeira vez desde que o utente pertença ao centro de saúde da área”.

Fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central explicou à referida publicação que “no essencial, estamos a referir-nos só a novos doentes fora da área” e que, por isso, os doentes que já são acompanhados não ficarão sem atendimento.

A medida não agradou à equipa de cirurgia liderada por Eduardo Barroso que chegou mesmo a colocar o lugar à disposição da administração e Pilar Vicente, da Federação Nacional dos Médicos, assegura que a medida é “inconstitucional”.

“É inconstitucional, mas os hospitais estão a fazê-lo para empurrar a despesa. Travando-se as consultas, trava-se o acesso a cirurgias e exames”, frisou.

IPO de Lisboa
Especialista do Instituto Português de Oncologia de Lisboa esclarece dúvidas sobre cancro ginecológico, dia 26 de Fevereiro, no...

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa promove, dia 26 de Fevereiro de 2014, mais uma acção “Viver com cancro: perguntas e respostas”.

Esta sessão, a decorrer no Anfiteatro do Instituto, entre as 18 horas e as 19h30, é dedicada ao tema “Cancro Ginecológico - Diagnóstico e Tratamento” e vai ser apresentada pela especialista do IPO de Lisboa, Mara Rocha, ginecologista.

A entrada é livre e é uma iniciativa do Núcleo de Oncologia Psicossocial do IPO Lisboa, destinada especialmente a doentes, familiares e amigos, e consiste em sessões de esclarecimento sobre aspectos médicos e psicossociais da doença oncológica.

As sessões têm frequência mensal (última quarta-feira do mês) em horário pós-laboral. Cada sessão conta com a presença de especialistas no tema focado, seguindo-se um período aberto de debate e esclarecimento de dúvidas.

Equipa dos EUA desenvolve
Uma equipa de investigadores dos EUA desenvolveu uma nova técnica para detectar tumores em crianças e jovens que não utiliza...

O novo método é tão eficaz como, por exemplo, os exames PET e poderá reduzir o risco de desenvolvimento de cancros secundários associados à radiação.

Embora os exames PET-CT (Positron emission tomography–computed tomography, em inglês) sejam altamente eficazes na sinalização de determinados tumores, estes exames têm uma grande desvantagem: um único scan feito com estas máquinas expõe os doentes a tanta radicação como 700 raios-X. A equipa que desenvolveu a nova técnica afirma, em comunicado, que esta forte radiação pode ser perigosa, sobretudo para crianças e adolescentes cujo organismo está mais vulnerável, uma vez que ainda se está a formar.

O novo método, desenvolvido pela Universidade Médica de Stanford e pelo hospital de crianças Lucile Packard, consiste numa modificação da técnica da tradicional ressonância magnética que utiliza um novo tipo de contraste para detectar os tumores. A investigação foi divulgada num artigo científico publicado a 18 de Fevereiro no jornal The Lancet Oncology.

Para encontrar tumores com a nova técnica, os investigadores utilizaram a técnica de ressonância magnética mas com um novo agente de contraste que consiste em nanopartículas de ferro. As injecções de ferro são aprovadas pela maior parte dos países ocidentais para tratar anemia, pelo que os investigadores conseguiram autorização para usar este material na sua investigação.

A equipa comparou dados de exames PET-CT com os dados da nova técnica em 22 doentes com idades entre os 8 e os 33 anos, que sofrem de linfoma ou sarcoma. Estes cancros têm origem, respectivamente, no sistema imunitário e nos ossos e ambos se podem espalhar através da medula óssea, do sistema linfático, do fígado e do baço.

As nano partículas de ferro são retidas pelo organismo humano durante vários dias e fazem com que, nas ressonâncias magnéticas, o sistema sanguíneo fique mais brilhante, fornecendo importantes dados anatómicos. Estas nano partículas também fazem com que os ossos saudáveis, o sistema linfático, o fígado e o baço surjam mais escuros, o que dá destaque a eventuais nódulos que surgem num tom mais claro.

Os dados fornecidos pelas imagens geradas por estas ressonâncias foram consistentes com as informações avançadas pelos exames PET que os participantes já tinham realizado ao longo do seu tratamento.

Os exames PET detectaram 163 tumores num total de 174 tumores de 22 doentes e a ressonância com recurso a nano partículas de ferro identificou 158 tumores nos mesmos pacientes. Os investigadores confirmam assim que os dois métodos têm níveis quase idênticos de sensibilidade e rigor.

Segundo o artigo agora divulgado, nenhum dos participantes registou qualquer tipo de reacção adversa às nano partículas de ferro. Uma vez que não há obstáculos tecnológicos para começar a usar esta técnica, os investigadores esperam que esteja, em breve, disponível nos hospitais pediátricos.

A equipa quer agora ampliar a sua pesquisa e confirmar a eficácia deste tipo de imagiologia em pacientes adultos e noutro tipo de cancros. Outra prioridade será usar esta técnica para monitorizar pacientes que, após tratamento, ficaram livres de cancro.

“Estou entusiasmada por ter desenvolvido um teste imagiológico para detectar cancro que implica uma exposição zero a radiações”, conclui Heike Daldrup-Link, investigadora principal da equipa.

30 mil embalagens vendidas de genéricos no primeiro mês
A Pfizer informou que vai produzir um genérico que concorre com o Viagra e não será azul.

Apesar de as vendas de medicamentos para a disfunção eréctil terem disparado entre Dezembro e Janeiro, o comprimido azul que em 2006 revolucionou o mercado português parece ter sido ultrapassado pelos genéricos, que chegaram pela primeira vez às farmácias no fim de 2013, com o fim da patente do medicamento da norte-americana Pfizer.

Só em Dezembro, venderam-se mais de 30 mil embalagens do genérico, o que faz perder à Pfizer cerca de 36,3% de quota de mercado em termos de volume de vendas.

Ao todo, em Dezembro foram vendidas 51.209 embalagens de medicamentos para a disfunção eréctil, dos quais 8587 eram o fármaco da Pfizer, que ocupava o terceiro lugar na lista dos mais vendidos.

Em Janeiro as vendas voltaram a disparar para as 85.261 embalagens e o próprio Viagra subiu para 9165, sendo que os genéricos venderam 30.350, revelam dados da consultora IMS Health.

Uma embalagem com quatro comprimidos na dose mais baixa fica agora a 15 euros, metade do preço antes de haver genérico.

O sildefanil, princípio activo do Viagra, já tinha sido destronado nas vendas há muito tempo, com a entrada no mercado nacional de dois produtos concorrentes: o Cialis (tadalafil) e o Levitra (vardenafil). Entretanto, a Pfizer informou que vai produzir um genérico que concorre com o Viagra e não será azul.

Entre 2006 e 2013, o medicamento vendeu mais de um milhão de embalagens e o laboratório facturou mais de 36 milhões, só em Portugal.

Denominada Vital (Vigilância, Monitorização e Alerta)
O Centro Hospitalar de São João do Porto venceu um prémio mundial de Inovação em Saúde com uma solução tecnológica desenvolvida...

O Hospital de S. João desenvolveu um sistema inovador que detecta o risco de morte em 50% dos óbitos registados nos doentes internados, através da monitorização constante de todos os parâmetros clínicos. A ferramenta informática - denominada Vital (Vigilância, Monitorização e Alerta) - foi distinguida pela Microsoft com o Prémio Mundial de Inovação em Saúde. Trata-se de mais um importante instrumento para monitorizar doentes internados, capaz de funcionar como alerta para casos de risco de vida. A solução centrada no doente complementa os processos já existentes, analisando e correlacionando uma quantidade maciça de dados relativos ao estado clínico de cada paciente, que estão dispersos por dezenas de sistemas de informação do Centro Hospitalar, procurando identificar, categorizar e alertar precocemente as equipas clínicas para pacientes que estejam em risco, sendo capaz de ajudar a antecipar as entradas em Unidades de Cuidados Intensivos nos sete dias antes do evento ocorrer.

Ou seja, o carácter inovador e pioneiro reside no facto de agregar todo o tipo de informação (clínica e laboratorial) e calcular índices de risco. Na prática, isto quer dizer que o Vital indica, por vezes com dias de antecedência, quais os doentes cujo estado vai provavelmente agravar-se, com base não só no estado actual, mas também na evolução dos múltiplos registos.

Para o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, António Ferreira, o prémio “é um reconhecimento mundial do trabalho desenvolvido pelos profissionais do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) na área dos sistemas de informação, em particular no que concerne à segurança dos doentes”. “Todo o desenvolvimento nesta área, envolvendo os profissionais de saúde do hospital e os seus técnicos, resulta de uma parceria com uma empresa tecnológica portuguesa, a DevScope, e corresponde ao objectivo estratégico de desenvolver sistemas customizados e replicáveis e, portanto, com potencial de comercialização”, salientou.

Neste processo, o CHSJ contou com as contribuições de uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, especialistas em tecnologia de Business Intelligence, bem como investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, diz o Público Online.

“Trata-se de uma solução informática inovadora que se constitui como mais um instrumento para monitorizar os seus doentes internados e consequentemente aumentar a sua segurança durante a estadia no hospital”, frisou.

Governo
A rectificação dos erros detectados no diploma do Ministério da Saúde publicado sexta-feira relacionado com as comparticipações...

O Ministério da Saúde rectifica o diploma de sexta-feira passada, que, com vários “lapsos”, alterava a portaria, de 17 de Setembro, que define os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos que integram os diferentes escalões de comparticipação do Estado no preço dos medicamentos.

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde reconheceu que havia “lapsos” no diploma publicado nesse dia e esclareceu que não pretende descomparticipar a associação de medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores, nem as vacinas integradas no Plano Nacional de Vacinação.

Segundo a rectificação hoje publicada em Diário da República (DR), no “Escalão B” onde na portaria está “antiasmáticos e broncodilatadores” deve ler-se “antiasmáticos e broncodilatadores e respectivas associações” e no “Escalão C”, relativo ao sistema nervoso central, introduz-se agora uma nova alínea de comparticipação relativa aos “medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas”.

Quanto ao aparelho digestivo, é feita uma alteração que introduz na lista os medicamentos obstipantes, ao lado dos antidiarreicos e absorventes que já constavam do anterior diploma.

Em relação às vacinas e imunoglobulinas, onde se lia “vacinas (simples e conjugadas), não incluídas no Plano Nacional de Vacinação”, deve ler-se vacinas (simples e conjugadas). A portaria publicada sexta-feira trazia alterações à comparticipação das vacinas (simples e conjugadas), fazendo com que, a partir de Março, o Estado deixasse de comparticipar as que estão incluídas no Plano Nacional de Vacinação. Esta alteração deixaria de fora da comparticipação a vacina do HPV e a da hepatite B, mas que continuariam a ser administradas gratuitamente nos centros de saúde dentro das idades recomendadas.

Sexta-feira [21 de Fevereiro], o Ministério da Saúde informou que “nunca existiu intenção” de “descomparticipar as associações de medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores, nem as vacinas integradas no Plano Nacional de Vacinação, designadamente contra o cancro do colo do útero e contra a hepatite B”, referiu uma nota do Ministério.

Na altura, garantiu ainda que “não ocorrerão alterações de comparticipação” em relação à associação de medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores, assim como das vacinas integradas no Plano Nacional de Vacinação.

Infarmed
O Infarmed determinou a suspensão imediata da venda dos medicamentos Niquitin Menta, informando que o laboratório que...

Numa circular informativa, o Infarmed determinou a recolha voluntária, por parte da empresa GlaxoSmithKline Consumer Healthcare, de todos os lotes dos medicamentos Niquitin Menta, 1,5 mg, comprimidos para chupar, e Niquitin Menta, 4 mg, comprimidos para chupar, embalagens de 20 e 60 unidades.

Na semana passada, o Infarmed já tinha alertado para a necessidade de suspender a comercialização de alguns lotes deste medicamento, na sequência da identificação de “possibilidade de ocorrência de resultados fora das especificações em processo de compressão, nomeadamente nos parâmetros dureza de compressão, espessura ou peso”.

No entanto, face à possibilidade de o risco identificado poder afectar todos os lotes destes medicamentos, o Infarmed determinou a suspensão total da sua comercialização.

Posto isto, alerta todas as entidades que possuam estes lotes de medicamentos em stock para não os vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

Aos doentes que estejam a utilizar fármacos pertencentes a estes lotes, o Infarmed recomenda que não interrompam o tratamento, devendo, logo que possível, adquirir um medicamento alternativo.

Parecer do Conselho de Ética
Relatoras do parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida sobre bioética e saúde mental denunciam ...

O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida defende num parecer divulgado no site do organismo, e publicado no iOnline, que a protecção da saúde mental seja assumida como prioridade política e social, com uma agenda sustentada para o sector e mais iniciativas de promoção de saúde, por exemplo, nos locais de trabalho e investigação. Num memorando que acompanha o parecer, as relatoras do mesmo vão mais longe no retrato do país em matéria de protecção de saúde mental. Lucília Nunes e Maria de Sousa consideram que a crise financeira está “seguramente a ter impactos muito significativos na saúde mental dos portugueses”, que acabam por poder não estar a ter o melhor acompanhamento por causa de “desigualdades gritantes no acesso a cuidados de saúde”, mas também porque os doentes, perante restrições dos orçamentos familiares, poderão desvalorizar “aspectos mais imateriais da vida quotidiana e ter dificuldades adicionais em proteger os mais vulneráveis”.

As relatoras consideram ainda que nos últimos anos tem havido preocupação de “melhorar a qualidade da assistência e do esclarecimento da situação em saúde mental no país”, mas assinalam respostas insuficientes em várias áreas e uma cultura “perversa” que não promove a prevenção. Para Lucília Nunes e Maria de Sousa, existem respostas limitadas à necessidades de grupos vulneráveis como crianças, grávidas, sem-abrigo, idosos, reclusos e inimputáveis, como menores em centros educativos. As autoras assinalam que algumas estratégias previstas no Plano Nacional de Saúde Mental “ou ainda não se realizaram ou ficaram aquém das expectativas e necessidades”, defendendo a necessidade de um orçamento nacional para o sector para que sejam implementadas reformas.

No universo prisional, consideram ser necessário questionar as razões dos constrangimentos à execução dos planos terapêuticos e de reabilitação, previstos na lei. Também nos centros educativos, as autoras citam um estudo junto de 217 jovens institucionalizados que verificou que 91,2% verificam critérios para pelo menos uma perturbação psiquiátrica, para defender mais apoios.

Outra área assinalada prende-se com o facto de o encerramento de hospitais psiquiátricos não ter sido precedido da criação de alternativas comunitárias, transição ainda em curso. “De certa forma, os resultados eram esperados: alguns doentes foram realojados com as suas famílias, outros em lares sem as necessárias condições ou em asilos psiquiátricos”, criticam.

Cientistas de Barcelona
Cientistas do Centro de Investigação de Saúde Internacional de Barcelona descobriram uma proteína, designada AP2-G, que impede...

A investigação de cientistas de Barcelona revelou que a proteína AP2-G “actua como um interruptor no desenvolvimento do parasita da malária ao activar a reprodução dos genes precoces dos gametócitos, formas sexuais do parasita, essenciais para a transmissão dos humanos para os mosquitos”.

Segundo as informações divulgadas pelo Centro de Investigação de Saúde Internacional de Barcelona (CRESIB), centro de investigação criado em 2006, o estudo descobriu novas formas de interromper a transmissão da malária, também conhecida como paludismo, mediante a prevenção da formação e da maturação das etapas sexuais do parasita.

Alfred Cortés, que liderou parte do estudo publicado na revista científica britânica Nature, explicou que “no sangue, o parasita da malária encontra-se predominantemente na fase assexuada”, revela o Diário de Notícias Online.

“A diferenciação sexual, que se activa em alguns dos parasitas, é fundamental para transmitir a doença de um humano para um mosquito e iniciar novas infecções em outros humanos. Não é só necessário e fundamental curar os doentes afectados pela malária, mas também impedir a transmissão”, disse o investigador.

Para a transmissão dos parasitas da malária de humanos para o mosquito é necessário, segundo explicou Cortés, que aconteça uma diferenciação das etapas assexuadas de replicação dos glóbulos vermelhos para as etapas sexuais (gametócitos masculinos e femininos). “Descobrimos que a proteína AP2-G tem um papel chave no controlo da diferenciação sexual. Na fase assexuada dos parasitas no sangue, o gene que codifica a proteína AP2-G está 'apagado' na maioria dos parasitas, mas é propenso à activação espontânea”, sublinhou ainda Cortés.

O plasmodium falciparum é um dos quatro parasitas da malária que podem afectar as pessoas e um dos mais perigosos, responsável pela chamada 'malária cerebral'. A par do plasmodium falciparum, as pessoas podem ser infectadas pelo plasmodium vivax, pelo plasmodium ovale e pelo plasmodium malariae.

Na semana passada, a revista britânica especializado em medicina The Lancet publicou um relatório que revelou que cerca de 57% da população africana continua a viver em áreas de risco moderado ou elevado de malária. O relatório, elaborado por investigadores do Instituto de Investigação Médica do Quénia, da Universidade de Oxford e do departamento regional da Organização Mundial de Saúde para a África, reuniu o maior número de sempre de estudos baseados na comunidade, cobrindo um total de 3,5 milhões de pessoas em 44 países africanos onde a malária é endémica desde 1980.

Dicionário de A a Z
O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das activi

Faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, actuando na activação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o sono e ainda está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na génese (“criação”) do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Doença reumática inflamatória
A artrite reumatóide é uma doença reumática inflamatória crónica de etiologia desconhecida.

A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença reumática sistémica e a forma mais comum de artrite. É uma doença inflamatória que causa dor, edema (inchaço), rigidez e perda de função nas articulações. A inflamação pode afectar diversas articulações, podendo atingir e causar alterações na cartilagem, osso, tendões e ligamentos de diversas articulações.

É característico na AR existir um envolvimento simétrico, ou seja, afectar ambos os punhos ou ambos os joelhos e não apenas uma das localizações. A doença afecta frequentemente os punhos e os dedos (com maior frequência nas articulações perto dos punhos), mas pode também atingir pés, ombros, joelhos, cotovelos, ancas e coluna cervical, entre outros.

Não existem dados estatísticos oficiais, mas calcula-se que haja cerca de 50 a 60 mil portugueses com AR, preferindo o sexo feminino 3 vezes mais do que homens. Habitualmente a doença surge entre os 30 e os 60 anos, embora possa atingir pessoas de qualquer idade - inclusivamente as crianças - bem como de qualquer etnia.

Causa e diagnóstico
A causa da AR é desconhecida, embora se saiba que o sistema imunitário tem um papel importante na inflamação e na doença, uma vez que existe uma resposta errada do sistema imunitário, que reconhece as próprias células como estranhas e ataca-as causando uma resposta inflamatória nas articulações e outros órgãos.

O diagnóstico da doença é baseado na história clínica do doente, na descrição dos sintomas – dor, febre, cansaço, rigidez matinal, edema, etc. – uma vez que não existem análises ou exames que forneçam o diagnóstico a 100%. As análises de sangue ajudam a confirmar o diagnóstico e as radiografias são usadas para ver o atingimento da doença.

Sintomas
Os sintomas da AR são variáveis de pessoa para pessoa, uma vez que cada indivíduo tem a doença de forma diferente. Em algumas pessoas, a AR pode ser ligeira e durar alguns meses ou anos, desaparecendo sem causar grande impacto ou dano. Noutros casos, pode ser moderada e existirem crises de agravamento ocasional, sendo que existem períodos sem queixas. Outras pessoas sentem a doença como sendo grave com crises frequentes e com a actividade da doença a durar anos ou toda a vida, com atingimento grave das articulações e incapacidade muito importante.

Habitualmente, e de uma forma geral, os doentes com AR apresentam em grau variável dor nas articulações (na maior parte simétrica e mais de manhã) muitas vezes com edema ou inchaço, calor e rubor (vermelhidão) das articulações, sensação de rigidez matinal (sentir-se enferrujado ou perro de manhã) que dura mais de 30 minutos e sensação de cansaço que muitas das vezes limita a actividade do doente.

Contudo, é importante ter a noção de que hoje em dia existe um número importante de opções para melhorar a doença e que um diagnóstico precoce faz toda a diferença.

Tratamento
Existe um conjunto alargado de tratamentos para a AR e o especialista indicar-lhe-á o mais adequado à sua AR. O objectivo do tratamento é reduzir a dor e a inflamação, atrasar ou parar o envolvimento e a lesão das articulações e, por fim, melhorar a sensação de bem-estar e manter a pessoa activa e válida para a sociedade.

Para isso são utilizados anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) e corticóides, ambos utilizados para reduzir a inflamação e a dor. Os fármacos modificadores da doença - Disease Modifying Antirheumatic Drugs (DMARD’s) – tentam evitar a progressão da doença. Por fim, os medicamentos biotecnológicos, uma nova classe de medicamentos, também estes modificadores da doença, estão indicados apenas para os casos cuja doença não se encontre controlada com os DMARD’s tradicionais, ou quando há intolerância ou efeitos secundários importantes com os DMARD’s tradicionais.

Outros tratamentos
Tratar a AR implica tratá-la globalmente. Ou seja, deve ser utilizada a terapêutica medicamentosa, mas também optar pelo recurso a outras opções: medicina física e de reabilitação, termas, exercício físico e/ou cirurgia ortopédica. Qualquer uma das opções devem ser orientadas pelo especialista e serem personalizadas a cada caso.

A monitorização clínica da AR é extremamente importante e não deve nunca ser descurada. Esta prática serve não só para controlar a actividade inflamatória da doença, para excluir a presença de outras alterações que podem estar associadas quer à AR quer aos medicamentos utilizados, mas igualmente para avaliar a progressão ou não da doença.

Embora não haja cura para a AR, cada vez mais se consegue controlar a doença de forma a tentar a sua remissão. Isto torna-se possível com o seguimento correcto, com o diagnóstico da doença o mais precoce possível e com a introdução de medicamentos cada vez mais eficazes. A área das doenças reumáticas sistémicas, e muito em particular da AR, está em profunda evolução.

Segundo os especialistas, os doentes com AR têm um risco aumentado de doenças cardiovasculares. Por isso, controlar o peso, praticar exercício físico, não fumar e controlar os lípidos do sangue (ex: colesterol, LDL, triglicéridos) é fundamental.

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Dicionário de A a Z
O tálamo actua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral.

É responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento emocional; que decorre, não só da própria actividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções).

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Conheça
A tiróide é uma glândula que se localiza na região anterior do pescoço, à frente da traqueia e abaix
Traqueia e tiróide

A tiróide é uma glândula de secreção endócrina, ou seja, produz hormonas tiroideias na circulação sanguínea. Localiza-se no pescoço por baixo da "maçã-de-adão” tem a forma semelhante a uma borboleta e é constituída por dois lobos, direito e esquerdo, unidos por uma porção central chamado istmo. Cada lobo tem 4 cm de comprimento e 1 a 2 de largura. O seu peso, em circunstâncias normais, é de apenas cerca de 25g.

A função da tiróide é a de produzir e libertar para a circulação sanguínea triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Estas hormonas tiroideias são essenciais à vida e exercem vários efeitos a nível de metabolismo, crescimento e desenvolvimento do organismo. Contribuem para a regulação da temperatura corporal, da frequência cardíaca, pressão arterial, funcionamento intestinal, controlo do peso, estados de humor entre outras funções. O sangue transporta-as a todas as células do corpo influenciando o seu metabolismo.

A tiróide é controlada por duas hormonas produzidas noutros órgãos - a hipófise – glândula localizada na base do cérebro, que produz a TSH – e o hipotálamo – a porção do cérebro imediatamente acima da Hipófise, que produz a TRH.

Quando a produção de T3 e T4 pela tiróide diminui (hipotiroidismo) a produção de TSH pela hipófise aumenta e, pelo contrário, se a tiróide produz hormonas em excesso (hipertiroidismo) a produção de TSH pela hipófise diminui. Deste modo o organismo tenta manter os níveis de hormonas tiroideias no sangue dentro dos valores normais.

A actividade da tiróide é avaliada pelos sintomas, pelo exame físico (apalpação), e os exames laboratoriais confirmam a função tiroideia. Para tal é necessário efectuar uma colheita de sangue para dosear a T3, T4 e TSH.

Além das células foliculares que produzem as hormonas tiroideias, T3 e T4, encontram-se na tiróide outras células que sintetizam a calcitonina e que são chamadas células C ou parafoliculares. Estas células são particularmente importantes porque podem dar origem a alguns tumores com características particulares, os carcinomas medulares da tiróide.

As doenças da tiróide são muito comuns mas mais frequentes nas mulheres que nos homens. As principais incluem:

Hipertiroidismo

Sempre que há excesso de hormonas da tiroideias;

Hipotiroidismo

Quando há deficiência de hormonas tiroideias;

Doenças autoimunes

São causadas por anticorpos dirigidos contra a glândula da tiróide, que podem estimular ou destruir a glândula. Por exemplo, a doença de Graves (causa de hipertiroidismo) e a tiroidite de Hashimoto;

Bócio

Quando a glândula está globalmente aumentada de tamanho;

Nódulos

Podem ser únicos ou múltiplos.

Exames à tiróide

Hormonas tiroideias

As hormonas tiroideias são medidas no sangue, não sendo necessário o jejum. Tal como a maioria dos doseamentos hormonais deverão ser efectuados em laboratórios de referência. A sua execução é morosa, pelo que, a obtenção dos resultados não é imediata. Podem ser doseadas a TSH, as hormonas tiroideias totais (T3 e T4) e as suas fracções livres.

A determinação da TSH com os métodos actuais de elevada sensibilidade, é suficiente na maioria dos casos, para avaliar eventuais alterações hormonais. Os outros doseamentos são pedidos analisando as situações caso a caso. Vários medicamentos e doenças não tiroideias podem interferir no doseamento das hormonas tiroideias. Na mulher, em que a doença tiroideia é muito frequente, a gravidez e o uso de contraceptivos orais, interfere com o doseamento das hormonas tiroideias totais.

Anticorpos antitiroideus

Os anticorpos antitiroideus, são também doseados no sangue. Estão geralmente presentes nas doenças auto-imunes (tiroidite pós-parto, tiroidite de Hashimoto, hipotiroidismo, doença de Graves-Basedow, etc...).

Ecografia tiroideia

Após a realização da história clínica e observação física que inclui a palpação do pescoço, em caso de suspeita, sobretudo da presença de nódulos, o seu médico poderá pedir uma ecografia.
A ecografia é um exame não invasivo, inócuo e de fácil realização, que permite a avaliação morfológica e estrutural da tiróide, isto é:

- Permite saber as dimensões e os contornos da glândula e caracterizar as alterações estruturais, ou seja presença de nódulos, o seu número (um só nódulo ou vários), dimensões, composição, se são sólidos ou líquidos (quistos) e a sua relação com as estruturas vizinhas.
- Através da ecografia é possível avaliar a presença de adenomegalias (gânglios aumentados de volume).
- A ecografia pode ser utilizada para orientar as punções aspirativas. Habitualmente a presença de múltiplos nódulos é sugestiva de uma situação benigna.

Citologia aspirativa

A citologia aspirativa com agulha fina permite diagnosticar tumores (benignos e malignos) através da punção da lesão, com uma agulha fina (mais fina que uma agulha de punção endovenosa), aspiração de líquido e/ou células que, após serem espalhadas numa lâmina e coradas, são analisadas ao microscópio.

Esta técnica é diferente da biópsia, que pressupõe a colheita de tecido, enquanto com a citologia aspirativa a amostragem é feita através de células. Não necessita de anestesia prévia ou internamento, é muito rápida (5min) e não é dolorosa.

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Produção insuficiente de hormonas tiroideias
O hipotiroidismo é uma situação que resulta de uma produção insuficiente ou mesmo nula de hormonas t
Médica examina pescoço de mulher

O hipotiroidismo é uma condição em que as hormonas da tiróide estão em quantidade insuficiente no sangue comprometendo o normal funcionamento do organismo.

As causas mais frequentes de hipotiroidismo são: a remoção cirúrgica, parcial ou total, da tiróide; doenças inflamatórias ou imunológicas - de que são exemplo as tiroidites; o tratamento com iodo radioactivo; certos medicamentos receitados para o tratamento da depressão e de arritmias cardíacas. Também a falta de TSH, que surge em certas doenças cerebrais, é uma das causas raras de hipotiroidismo, e pessoas submetidas a tratamentos com radiações para doenças da tiróide ou outras da cabeça ou pescoço podem desenvolver hipotiroidismo.

Todas estas causas provocam diminuição das hormonas tiroideias. Ou porque a glândula foi retirada devido a tratamento cirúrgico, ou porque foi danificada (lesada), com consequente incapacidade funcional, ou porque há bloqueio da produção das hormonas tiroideias na glândula ou da sua libertação para o sangue, ou finalmente porque a tiróide deixou de ser estimulada por falta de TSH.

As doenças auto-imunes são a causa mais comum de hipotiroidismo nos adultos. Nesta condição as defesas do organismo deixam de reconhecer a tiróide como fazendo parte do corpo e atacam-na como se fosse uma entidade estranha. À medida que vai sendo lesada, a tiróide deixa de ter capacidade para libertar hormonas, em quantidade suficiente estabelecendo-se o hipotiroidismo.

Sintomas

As hormonas tiroideias são fundamentais para o normal funcionamento do nosso corpo e a sua falta a nível dos tecidos e órgãos provoca o aparecimento de queixas e sinais que podem ser mais ou menos evidentes, dependendo do grau do hipotiroidismo e do seu tempo de evolução.

Muitos dos sintomas não são exclusivos desta doença, por isso podem ser muito diversos e incluir: aumento da sensibilidade ao frio, fadiga, cansaço fácil, obstipação (prisão de ventre), pele seca, cabelo fino e quebradiço, irregularidades menstruais, ligeiro aumento de peso (retenção de líquidos), pele pálida e rugosa, dores ou cãibras musculares, dificuldade de concentração ou memorização, depressão, sonolência, diminuição da fertilidade e em situações mais graves pode aparecer falência do coração (insuficiência cardíaca) e mesmo coma.

Diagnóstico

O diagnóstico definitivo baseia-se no doseamento no sangue das hormonas da tiróide. Ou seja, faz-se por análise da TSH (hormona que regula o funcionamento da tiróide) e da tiroxina (T4) no sangue, sendo que habitualmente a TSH está aumentada e a T4 baixa.

No chamado hipotiroidismo subclínico as queixas acima referidas estão ausentes, a TSH está aumentada mas a tiroxina tem um valor normal. Há contudo situações em que é necessário recorrer a outros exames além dos referidos para se esclarecer a causa da doença.

Tratamento

O tratamento do hipotiroidismo consiste na administração da hormona da tiróide na forma de L-tiroxina (T4), de forma a fornecer ao organismo a quantidade de hormonas que o organismo se tornou incapaz de produzir.

Por vezes o hipotiroidismo pode ser transitório e só nesses casos o tratamento não é para toda a vida. Contudo, a maioria dos casos de hipotiroidismo são definitivos, não tendo cura. No entanto, desde que o tratamento seja bem realizado, as pessoas não terão quaisquer sinais ou sintomas.

A quantidade (dose) de medicamento necessário varia de doente para doente e tem que ser periodicamente acertada pelo especialista de acordo com o exame clínico e os resultados das análises hormonais, pois as necessidades podem variar ao longo da vida. Durante a gravidez, por exemplo, as doses têm frequentemente que ser aumentadas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em cada nove doentes, oito são do sexo feminino
A fibromialgia é uma síndrome que se manifesta entre os 30 e os 50 anos e pode ser determinada por pontos dolorosos no corpo.

Dor generalizada, fadiga, alterações do sono, da memória e dificuldades de concentração são alguns dos sintomas mais frequentes dos cerca de 200 mil portugueses que sofrem de fibromialgia, uma síndrome crónica, de causas ainda desconhecidas, que afecta oito mulheres por cada homem.

“A fibromialgia é uma condição que ocorre sobretudo em mulheres, que pode começar em qualquer altura da vida, mas que habitualmente se verifica mais entre os 30 e os 50 anos de idade e que se caracteriza por dor musculo esquelética difusa, crónica, com mais de três meses de duração, e por pontos dolorosos no corpo, que podem ser determinados clinicamente”, explica Jaime Branco, director do Serviço de Reumatologia do Hospital Egas Moniz, em Lisboa.

Sem cura ou um tratamento padronizado, os doentes são frequentemente confrontados com a impossibilidade de cumprir os seus compromissos profissionais de forma exímia, o que se traduz em elevadas taxas de absentismo. Contudo, é necessário contrariar a dor e o receio pelo movimento.

“Estes doentes podem fazer pequenos períodos de baixa, sempre no sentido da recuperação para voltar ao trabalho. A reforma não melhora”, assegura o director da Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Nova de Lisboa, sublinhando que as funcionalidades devem ser enaltecidas em detrimento das incapacidades.

Projecções do Registo Oncológico Regional
Em 2020, 35.200 portugueses deverão receber o diagnóstico de um tumor maligno, do tipo dos dez mais comuns.

Os cálculos deixam outros alertas. Embora se calcule que sejam as neoplasias da mama, cólon e pulmão a somar mais novos doentes (número de casos), deverão ser outros os cancros cuja evolução (incidência por 100 mil habitantes), para pior, será mais acentuada. A forma mais grave de neoplasia da pele (melanoma), o tumor maligno do sangue (linfoma), e o próprio cancro da mama deverão ter a maior variação percentual. O risco de melanoma crescerá 22%, de linfoma 17% e da mama 15%. Vão ser mais 3026 doentes do que no próximo ano e mais 5663 dos que em 2008, mostram as projecções do Registo Oncológico Regional (ROR) do Norte, do Centro e do Sul (inclui a Madeira), divulgadas esta semana por ocasião dos 25 anos da unidade no Sul.

A antevisão não surpreende o director do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. “O aumento de novos casos de cancro é inevitável pelo envelhecimento da população, mas os comportamentos de risco podem ser modificados, sendo esta a principal arma no combate”, salienta Nuno Miranda.

“Vamos ter muito mais tumores para diagnosticar e para tratar”, resume a coordenadora do ROR do Sul. Ana Miranda salienta, ainda assim, que mais importante é saber o número de doentes e de sobreviventes. “É essencial para planear os cuidados para as necessidades crescentes, porque, mesmo com a diminuição da população, o cancro continuará a aumentar com o envelhecimento”.

Estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Todos os dias são internados, em média, 81 doentes adultos com pneumonia adquirida na comunidade; destes, 16 acabam por morrer...

Os dados são de um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), que decorreu entre 2000 e 2009, e analisou os internamentos nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Durante uma sessão sobre doença pneumocócita, que se realizou no âmbito das II Jornadas do Núcleo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) /GRESP, o pneumologista Filipe Froes, um dos investigadores do estudo e membro da Comissão de Infecciologia Respiratória da SPP, lembrou que a idade é um factor de risco e a maioria dos doentes internados são idosos, uma situação justificada pelo envelhecimento da população portuguesa, ligado também a um crescimento de doenças crónicas como diabetes, hipertensão e obesidade.

“A partir dos 50 anos, há um risco acrescido da mortalidade por pneumonia adquirida da comunidade que se prende com um aumento da prevalência de doenças crónicas e, provavelmente, com fenómenos próprios do envelhecimento relacionados com a imunosenescência”, frisou o especialista.

Na época da gripe, aumenta o número de casos de pneumonia, uma das mais graves e mortais complicações da doença. O período de actividade gripal estende-se, habitualmente, entre dois a três meses. “Há o início de actividade, um pico e depois um decréscimo”, disse o pneumologista, acrescentando que neste momento a actividade gripal está na fase descendente.

Em Portugal, verificaram-se, entre 2000 e 2009, cerca de 300 mil internamentos de adultos por pneumonia, correspondentes a 3,7% do total de internados.

Estenose aórtica afecta mais de 30 mil portugueses
Existe desde a semana passada uma nova plataforma online de apoio a doentes com estenose aórtica.

O novo website www.estenoseaortica.com promovida pelo Grupo de Válvulas Aórticas Percutâneas da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (APIC) disponibiliza informação validada por médicos sobre a doença, os seus sintomas, formas de tratamento, os principais Centros de referência com experiência em diagnóstico e tratamento de pessoas com estenose aórtica (EA), e recomendações sobre como viver com esta doença.

De acordo com Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção, “com este website pretendemos ajudar as pessoas que tenham EA a compreender a sua doença e a procurar tratamento adequado à sua condição. Queremos ainda ajudar no diagnóstico desta doença ao disponibilizar informação sobre os especialistas referenciados e com experiência nesta área.”

Uma das novidades do website é uma área específica de “Registo Voluntário do Portador de Estenose Aórtica” para as pessoas que sofram deste problema poderem receber informação regularmente.

A estenose aórtica afecta 32 mil portugueses, atingindo um em cada 15 Portugueses com mais de 80 anos. Trata-se de um aperto na válvula aórtica, cuja função é evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Quando existe este estrangulamento, o sangue passa com dificuldade, provocando queixas e diminuindo drasticamente a sobrevivência, pelo que tratamento passa por implantar uma válvula nova.

Orlando Monteiro da Silva
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, foi reeleito presidente do Conselho Nacional das Ordens...

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas foi reeleito por unanimidade para um segundo mandato de três anos como presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais – CNOP.

Orlando Monteiro da Silva realça que “neste segundo mandato continuará a ter prioridade máxima o acompanhamento do processo de revisão dos estatutos das diversas Ordens. É necessário assegurar que aspectos essenciais contidos na lei-quadro das Ordens sejam clarificados nas propostas de revisão em curso e, nesta matéria, é essencial, do nosso ponto de vista, assegurar a autonomia das Ordens no que respeita aos aspectos relativos à representação dos profissionais e regulação das respectivas profissões.”

O presidente reeleito do CNOP considera que “é muito importante que os vários ministérios façam avançar de forma coordenada, respeitando a especificidade de cada Ordem, o novo regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações públicas profissionais porque as alterações vão provocar mudanças assinaláveis no funcionamento das 16 Ordens Profissionais que representam mais de 300 mil profissionais qualificados”.

A planificação da formação de profissionais qualificados, o desemprego e o sub-emprego, a emigração dos jovens profissionais e a alocação dos recursos financeiros dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento Portugal 2020 são igualmente matérias de acompanhamento do CNOP, inseridas num contexto de análise global da situação do país, particularmente na proximidade do final do programa de ajustamento económico e financeiro.

Jaba Recordati
A Jaba Recordati, subsidiária portuguesa da farmacêutica Recordati Internacional, foi eleita Empresa de Excelência para...

O Prémio “Excelência no Trabalho” organizado pela Heidrick & Struggles, o Diário Económico e o ISCTE/ INDEG é o maior estudo de satisfação de colaboradores realizado em Portugal. O Prémio “Excelência no Trabalho” pretende apurar e premiar as empresas que apresentam as melhores práticas de recursos humanos e um melhor clima organizacional e que se destacam como entidades de excelência no desenvolvimento do seu capital humano.

“Este prémio traduz o reconhecimento do trabalho desenvolvido na Jaba Recordati e acima de tudo reflecte a forma como os nossos colaboradores percepcionam a empresa, o grupo ao qual pertence e o projecto de excelência que desenvolve”, explica Nélson Pires, Director-geral da Jaba Recordati.

Em 2013, a Jaba Recordati já tinha sido eleita Campeã Nacional na categoria Melhor Empregador do Ano pelo European Business Awards. No mesmo ano, o seu director-geral, Nélson Pires, alcançou ainda o título de Melhor Gestor de Equipa, integrando assim pelo segundo ano consecutivo o ranking Melhores Gestores de Pessoas.

“Na Jaba Recordati valorizamos os nossos activos humanos, pois consideramos que são o nosso maior valor acrescentado”, revela Nélson Pires. “Este prémio é importante porque é uma oportunidade única para se avaliar o clima interno, identificando as áreas de maior satisfação e aquelas em que deveremos priorizar os esforços de melhoria”, acrescenta.

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