Ministro garante
O ministro da Solidariedade disse que a identificação da população com demência, estimada em 180 mil pessoas, deverá estar...

“O que temos de fazer, inicialmente, é esta capacidade de formar os nossos técnicos e, portanto, estimamos que até ao final de 2015 possamos ter feito esse levantamento”, afirmou Pedro Mota Soares, em Fátima, após a assinatura de um protocolo com a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) para dinamizar um projecto-piloto para doentes com demência.

Para o ministro é “muito importante” conseguir fazer “um levantamento mais exacto, mais efectivo do problema”, reconhecendo existir “uma nova realidade que é crescente em Portugal, de muitos idosos que estão institucionalizados em lares” ou em suas casas onde beneficiam de apoio domiciliário, que “são confrontados com fenómenos de demências”.

“Temos a noção de que será um problema de futuro, e é fundamental conseguirmos gerir as melhores práticas, disseminar as melhores práticas de forma a darmos muito mais qualidade de vida a estes idosos”, disse o governante.

Segundo Pedro Mota Soares, pretende-se “dar uma formação específica a muitos técnicos das instituições sociais” para, por um lado, fazer “uma prevenção e um diagnóstico muito mais atempado” e, por outro, dar aos utentes “muito mais qualidade de vida, conseguindo garantir que, efectivamente, têm um tratamento muito mais adequado”.

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social salientou que esta formação “é algo que não existia no passado”, mas que vai ser possível devido a uma verba de 3,6 milhões de euros de fundos comunitários.

O projecto, denominado “ VIDAS – Valorização e Inovação em Demências” e que tem a parceria da Associação Alzheimer de Portugal e a Direcção-Geral da Saúde, vai avançar na primeira unidade de cuidados continuados do país dirigida a pessoas com demência, inaugurada em Fátima a 07 Dezembro. A Unidade de Cuidados Continuados Integrados Bento XVI, propriedade da UMP, teve um custo de quatro milhões de euros e tem 60 camas.

“Mas estimamos ao longo do ano de 2014 e do ano de 2015 conseguir fazer a formação de cerca de 320 formadores que, eles próprios depois, ao longo do país terão esta capacidade de replicar junto de um conjunto de técnicos as melhores práticas que formos identificando”, esclareceu o ministro.

Já o presidente da UMP, Manuel Lemos, considerou que o acordo é “um passo importante” para ajudar as pessoas que têm este problema de saúde, mas também para ajudar as suas famílias e melhorar o país, realçando o trabalho em parceria.

“Se há algum mérito que esta crise pode ter é obrigar-nos a trabalhar em rede e estes passos que damos aqui são fundamentais”, observou.

Hospital de Aveiro
Os hospitais de Aveiro e de Coimbra não estão a conseguir dar seguimento a todos os doentes inscritos para as consultas de...

Há doentes que correm risco de vida à espera de uma consulta de Hematologia que não existe no Hospital de Aveiro. Deviam começar a ser tratados no prazo de uma semana, mas o tempo médio de espera é de 658 dias, revela o Jornal de Notícias.

Há doentes com cancro no sangue, por exemplo, que esperam meses por uma consulta de Hematologia que não existe na unidade de Aveiro do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), aumentando os riscos de morte. As consultas foram encerradas em Janeiro de 2013 porque entraram em “colapso”, mas o hospital continua a aceitar inscrições, reencaminhando os doentes para Coimbra.

Ao Jornal de Notícias, uma fonte hospitalar afirmou que “só havia um médico, com uma lista de espera superior a dois anos, que entendeu que, sem assistência e condições para dar resposta necessária a um número crescente de utentes, não poderia continuar”.

Segundo dados do CHBV, até ao passado mês de Outubro existiam 953 pedidos em espera, que tinha sido reencaminhados para o Hospital Universitário de Coimbra e, mesmo assim, tinham em média 658 dias até à consulta.

José Afonso, presidente do CHBV, admitiu que “tudo indica que não haverá esta especialidade” em Aveiro”. Já uma fonte do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, afirmou que o encaminhamento de doentes de Aveiro e Leiria está a “entupir os serviços e a causar constrangimentos”.

Ao contrário da tendência nacional
A maioria das mulheres que recorre à interrupção voluntária da gravidez nos Açores tem entre 25 e 35 anos, contudo, em 2012...

As interrupções voluntárias da gravidez (IVG) nos Açores têm aumentado nos últimos anos, não acompanhando a tendência para a “estabilização” e “redução” verificada a nível nacional.

Segundo dados do serviço regional de saúde dos Açores, houve 177 casos de IVG em 2008, 164 em 2009, 178 em 2010, 204 em 2011 e 223 em 2012. Em 2013, os valores disponíveis são apenas até Junho e apontam para 106 IVG na região em seis meses.

A nível nacional, de acordo com o mais recente relatório, referente a 2012, da Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil da Direcção-Geral da Saúde, “em 2010 e 2011 assistiu-se a uma estabilização do número de interrupções voluntárias (IG) realizadas e em 2012 a uma redução de 7,6% relativamente ao ano de 2011”.

Em termos de valores totais, foram realizadas 18.924 interrupções de gravidez no país em 2012, 97,3% das quais IVG.

Dos 223 abortos voluntários feitos por mulheres residentes nos Açores em 2012, apenas 142 foram realizados na região, no hospital de Ponta Delgada, em São Miguel, o único que presta actualmente esta resposta no arquipélago e onde existem dois especialistas e dois internos que não praticam objecção de consciência.

Entre 2007 e 2010, as IVG foram realizadas somente no Hospital da Horta, no Faial, tendo sido repartidas, em 2011, com a unidade hospitalar de São Miguel que, desde 2012, assume sozinho este serviço, sendo as utentes das restantes duas unidades (54 da ilha Terceira e 25 da Horta) encaminhadas para o serviço público e privado no continente.

O obstetra do hospital de Ponta Delgada e membro da direcção nacional da Associação para o Planeamento da Família (APF), Pedro Cosme, disse que o desemprego e a maior acessibilidade à IVG estão a associados aos números registados nos Açores nos últimos anos.

O médico explicou serem “frequentes” casos de “mulheres desempregas cujos parceiros também estão no desemprego”.

“É preciso não esquecer que, dentro da conjuntura nacional, os Açores têm as mais altas taxas de desemprego e de famílias com recurso ao rendimento social de inserção”, destacou.

Pedro Cosme sublinha, por outro lado, o facto de, desde 2011, haver “maior acessibilidade” na “ilha mais populosa” à IVG, através da sua disponibilização no serviço de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Ponta Delgada, em São Miguel.

O especialista apontou ainda a “relação pouco estável com parceiro” como outro dos factores que levam ao aborto voluntário nas ilhas.

A maioria das mulheres que recorre à IVG nos Açores tem entre 25 e 35 anos, contudo, em 2012 aumentou ligeiramente o número de casos na faixa etária dos 20 a 25 anos.

Pedro Cosme refere tratarem-se de “mulheres esclarecidas”, não só sobre o procedimento, como em relação à “diminuição dos apoios sociais” referentes ao abono de família para crianças e jovens.

“Nas consultas prévias, mais de 90 por cento das mulheres não pede nem consulta de apoio psicológico, nem de serviço social”, detalhou.

A IVG até às 10 semanas de gravidez, por solicitação da mulher é legal em Portugal há sete anos, depois do referendo realizado em Fevereiro de 2007.

Brasil
Uma nova vacina contra a sida, que tem estado a ser testada em primatas desde 2013, passou de forma satisfatória os primeiros...

“Colocámos à prova a resposta imunitária dos animais e os resultados foram excelentes”, declarou Cunha, líder da investigação.

Segundo outra cientista, Susan Ribeiro, que também participa no projecto, “as respostas” nos primatas “foram muito mais intensas do que foi encontrado nos ratos”.

A vacina está a ser desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com o instituto estatal Butantan.

Já em Novembro, Neto dissera que as investigações têm como objectivo encontrar um método seguro e eficaz de imunização contra a sida para ser usado em seres humanos

Dicionário de A a Z
Os corticóides ou corticosteróides são compostos sintéticos ou naturais relacionados com as hormonas

A produção de corticosteróides é regulada pelo hipotálamo, em função de diversos estímulos.

Possuem diversas acções importantes no corpo humano, possuindo um papel de relevo no balanço eletrolítico e na regulação do metabolismo.

São usados com fins terapêuticos para suprimir a inflamação, asma e dor. Devido aos seus efeitos secundários, só devem ser administrados com vigilância médica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Transmitidos por via respiratória
A pneumonia por fungos caracteriza-se por um processo inflamatório que atinge os pulmões.
Homem a tossir

A pneumonia pode ser causada pela infecção de bactérias, vírus, fungos, e outros parasitas que geralmente são transmitidos por via respiratória. Estes microorganismos ultrapassam as defesas naturais do corpo e invadem o pulmão, causando infecção e inflamação desse órgão.
A pneumonia por fungos deve-se, frequentemente, a três tipos principais: Histoplasma capsulatum, que causa a histoplasmose, Coccidioides immits, que causa a coccidioidomicose, e Blastomyces dermatitidis, que causa a blastomicose.

Histoplasmose

A histoplasmose ocorre em todo o mundo, mas prevalece nos vales fluviais e nas zonas de clima temperado e tropical. Os fungos não causam sintomas em todas as pessoas que os aspiraram. Na realidade, muitas ficam a saber que estiveram expostas a fungos só depois de um teste cutâneo.
Outras podem ter tosse, febre, dores musculares e dores torácicas. A infecção pode causar pneumonia aguda ou crónica e neste caso os sintomas persistem durante meses.
É pouco frequente que a infecção se propague a outras zonas do corpo, especialmente à medula óssea, ao fígado, ao baço e ao tracto gastrointestinal. A forma disseminada da doença tende a manifestar-se em indivíduos com SIDA e outras perturbações do sistema imune.

Coccidioidomicose

A coccidioidomicose apresenta-se, sobretudo, nas zonas de clima semi-árido, especialmente no Sudoeste dos Estados Unidos e em certas zonas da América do Sul e da América Central. Uma vez aspirado, o fungo pode causar sintomas ou então provocar uma pneumonia aguda ou crónica.
Em alguns casos, a infecção estende-se para além do aparelho respiratório, habitualmente à pele, aos ossos, às articulações e às membranas que envolvem o cérebro (meninges). Esta complicação é mais frequente nos homens, especialmente em indivíduos que sofrem de SIDA e outras perturbações do sistema imunitário.

Blastomicose

Na blastomicose, depois de ter sido aspirado, o fungo causa infecção sobretudo no pulmão, mas, em geral, não produz sintomas. Alguns indivíduos desenvolvem uma doença semelhante à gripe e, às vezes, os sintomas de uma infecção crónica pulmonar persistem durante vários meses.
A doença pode propagar-se a outras partes do organismo, especialmente à pele, aos ossos, às articulações e à próstata.

Outros fungos

Outras infecções por fungos ocorrem fundamentalmente em indivíduos cujo sistema imunitário se encontra gravemente afectado.
Estas infecções são, entre outras, a criptococose, causada por Cryptococcus neoformans; a aspergilose, causada por Aspergillus; a candidíase, causada por Candida, e a mucormicose.
Estas quatro infecções verificam-se em todo o mundo. A criptococose, a mais frequente, pode manifestar-se em indivíduos sãos e, em geral, só é grave para os que sofrem de perturbações subjacentes do sistema imunitário, como a SIDA. A criptococose pode propagar-se especialmente às meninges, onde a doença resultante é a meningite criptocócica.

O Aspergillus causa infecções pulmonares em pessoas que sofrem de SIDA ou que foram submetidas a um transplante de órgão. A candidíase pulmonar, uma infecção rara, produz-se com maior frequência em doentes que têm valores de glóbulos brancos inferiores ao valor normal. É o caso de pessoas com leucemia ou submetidas a quimioterapia.

A mucormicose, uma infecção relativamente rara provocada por fungos, produz-se com maior frequência nos indivíduos que sofrem de diabetes aguda ou de leucemia.

Diagnóstico da pneumonia por fungos

De um modo geral, o diagnóstico assenta na identificação do fungo presente numa amostra de expectoração ou na análise de sangue que identifica determinados anticorpos. No entanto, a análise ao sangue demonstra simplesmente a exposição ao fungo, mas não confirma que ele seja o causador da doença.

Sintomas da pneumonia por fungos

Geralmente, os indivíduos que contraem a infecção só têm sintomas menores e não se dão conta que estão infectados. Porém, alguns adoecem gravemente. Ou seja, a gravidade da pneumonia, bem como a ocorrência de complicações, dependem da saúde global do indivíduo, idade, bem como do tipo e da extensão da pneumonia nos pulmões.

Por isso, os sintomas podem surgir de forma aguda e rápida, mas também se desenvolvem lentamente. No início os sintomas são semelhantes aos da gripe ou constipação e pode gerar confusão.

Contudo, os sintomas mais comuns da pneumonia são:

  • Febre, suor intenso ou calafrios;
  • Tosse com catarro amarelado ou esverdeado (em alguns tipos de pneumonia, a tosse pode ser seca ou sem catarro);
  • Dor no peito ou dor no tórax que pode piorar com a respiração;
  • Respiração rápida e curta.

Podem ocorrer sintomas gerais como:

Nos casos mais graves pode haver ainda:

  • Falta de ar e maior dificuldade respiratória;
  • Cianose (coloração azulada ou arroxeada) de extremidades (dedos, nariz, lábios) devido à baixa da oxigenação sanguínea;
  • Confusão mental ou desorientação (observado principalmente em idosos);
  • Queda da pressão arterial ou pressão baixa;
  • Aceleração do pulso ou da frequência cardíaca.

Tratamento da pneumonia por fungos

Habitualmente, para as pneumonias causadas por fungos são necessários medicamentos antifúngicos.
Indivíduos jovens e saudáveis geralmente são tratados com sucesso na maioria das vezes. Já pessoas mais idosas, fumadores, portadores de doenças cardíacas (insuficiência cardíaca) ou pulmonares (enfisema pulmonar) podem ser mais difíceis de tratar. Também os doentes com sistema imunitário deficiente, como os doentes de SIDA, têm maior dificuldade em recuperar de alguns tipos de infecção.

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Pneumonia viral

Pneumonia bacteriana

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Linha Saúde 24
Os trabalhadores da Saúde 24 afirmaram hoje que a empresa que gere a linha entrou “em colapso” e que o seu presidente “está de...

Em comunicado, a comissão informal de trabalhadores da Linha Saúde 24 garante que após os “gravíssimos eventos” dos últimos meses, envolvendo despedimentos e contratações “ilegais”, a LCS, empresa gestora, entrou em “colapso” e o presidente do Conselho de Administração, José António Nunes Coelho, “está de saída”, noticia o Diário Digital.

Para os enfermeiros, a saída do presidente “é apenas mais um sinal evidente da incapacidade que a empresa tem de gerir este serviço”, uma vez que depois de repressões laborais, despedimentos e contratações ilegais de trabalhadores, “a empresa apresenta sinais de evidente colapso perante o falhanço da sua táctica de ataque sobre os trabalhadores”.

“Esta táctica produziu efeitos extremamente negativos sobre o serviço prestado pela linha, que se degradou pela acção directa dos administradores. Não há quaisquer condições para que esta administração fora da lei e em colapso possa manter-se à frente da Linha Saúde 24, continuando a destruí-la”, acusam.

No entanto, fonte oficial da empresa desmente as acusações e explica que José António Nunes Coelho solicitou a passagem à situação de reforma em 2013, tendo-a iniciado a 1 de Janeiro deste ano.

Relativamente à Saúde 24, o actual presidente do conselho de administração “assumiu o compromisso com o accionista de se manter nas actuais funções até ao visto de Tribunal de Contas e à consequente transferência da exploração da Linha para o consórcio que ganhou o concurso”, acrescenta.

Fundação Ernesto Roma
A 25 de Fevereiro inicia-se o primeiro de quatro cursos gratuitos destinados a formar mulheres imigrantes, em situação de...

Ao mesmo tempo que promove a inclusão de mulheres imigrantes desempregadas, a “Oficina da Diabetes” contribui para a qualificação de um maior número de cuidadores que podem melhorar o dia-a-dia da pessoa com diabetes. O projecto tem início a 25 de Fevereiro (o primeiro de quatro) e destina-se a formar mulheres imigrantes, em situação de desemprego, na prestação de cuidados a crianças e idosos com diabetes.

Vencedor do Programa Cidadania Activa, da Fundação Calouste Gulbenkian, o projecto “Oficina da Diabetes” oferece uma formação abrangente, intensiva e prática no âmbito dos cuidados directos, especializada em diabetes. Exemplo disso, são os módulos relacionados com a prática culinária e a actividade física adequadas ao controlo da diabetes. As características e o tipo de população a quem se destina tornam esta oferta formativa inovadora e de grande valor humanitário.

“A situação em que vivem e o contexto de aculturação a que estão sujeitos os imigrantes leva a um aumento da prevalência da diabetes nesta população. Além disso, o facto da pessoa com diabetes precisar de cuidados 24 horas por dia, principalmente no caso dos idosos e das crianças, leva a que a formação nesta área seja uma ferramenta importantíssima não só para a inserção das mulheres na sociedade como para melhorar a vida das pessoas que ficarem ao seu cuidado, que não podem ser obrigatoriamente os profissionais de saúde”, defende o director do Programa Nacional para a Diabetes e presidente da Fundação Ernesto Roma, José Manuel Boavida.

Inserindo-se no domínio da Promoção dos valores democráticos, o projecto “Oficina da Diabetes”, que conta com o patrocínio científico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS), envolve a defesa dos Direitos Humanos, dos direitos das minorias e a luta contra as discriminações.

“Com o projecto ‘Oficina da Diabetes’, a Fundação Ernesto Roma envolve uma questão específica e delicada como a da imigração, abarcando em simultâneo uma doença transversal a todos os países, já que afecta 352 milhões de pessoas no mundo. Vai, ainda, ao encontro de dois dos grandes objectivos da Fundação: contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes e desenvolver programas na área da investigação, formação, assistência e educação terapêutica”, aponta Joana Oliveira, coordenadora do projecto.

Os cursos têm lugar na Escola da Diabetes, que conta com salas de formação, uma cozinha dietética e um espaço preparado para a prática de actividade física onde decorrerão os módulos 3 e 4, respectivamente. Cada programa de formação tem a duração de doze horas e destina-se a grupos de dez pessoas. A equipa de formadores é constituída por um médico, uma dietista/nutricionista, uma enfermeira, um chefe de cozinha e um professor de educação física.

As inscrições para os cursos estão abertas e devem ser feitas para a Fundação Ernesto Roma (através do telefone 213 816 178 ou do email ernestoroma@fundacao.pt). Depois do primeiro curso, que decorre de 25 a 27 de Fevereiro, seguem-se o de 18 a 20 de Março, o de 25 a 27 de Março e o de 29 a 30 de Abril.

Congresso de Hipertensão debate
O 8º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global vai debater a relação entre a hipertensão e várias...

No próximo dia 20 de Fevereiro inicia-se o 8º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global. O evento que ocorre no Tivoli Marinotel, em Vilamoura, vai dedicar algumas sessões ao debate de temas como a relação entre a hipertensão várias patologias tais como a disfunção eréctil, a dislipidemia, a diabetes mellitus e a apneia do sono e ainda a hipertensão em grupo especiais como nas crianças e adolescentes, nas mulheres e nos idosos.

A hipertensão arterial (HTA), que afecta 42% dos portugueses, coexiste frequentemente com outros factores de risco que potenciam o aparecimento de outras doenças em todo o sistema arterial, levando por vezes à morte, pelo que o seu diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para prevenir e/ou minorar estas consequências. A disfunção eréctil é muitas vezes um primeiro sinal de que já existe doença generalizada do sistema arterial pelo que o seu diagnóstico deve levar a uma investigação cuidadosa de lesões noutros locais do organismo e reforçar a importância de correcto tratamento da HTA e dos restantes factores de risco.

O Tratamento da HTA de Acordo com as Guidelines: Evidência ou Sapiência é o tema escolhido para conferência inaugural do congresso como explica Fernando Pinto,

presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

“Numa altura em que somos confrontados com o aumento crescente de preocupações financeiras, não podemos deixar de ter em conta as evidências científicas, consubstanciadas nas Guidelines das Sociedades Científicas, pelo que as recentes actualizações destas merecerem amplo debate com vista à sua integração na nossa prática clínica diária”, explica o presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão.

Durante os quatro dias deste congresso internacional decorrem várias sessões focadas na relação entre hipertensão e outras condições clínicas como problemas do sono, disfunção eréctil, diabetes, dislipidemia, periodontite e ainda conferências sobre a “Hipertensão Arterial na Mulher “e a “Microalbuminúria e Função Renal na Hipertensão Arterial”, etc.

Decorre ainda o III Curso de Pós Graduação em HTA, reconhecido e creditado pela EBAC, dirigido principalmente a jovens médicos em fase de formação (Internato de Especialidade) e o Curso Prático de Ecografia Cervical e Ecocardiografia no paciente Hipertenso, à imagem do que foi feito no último Congresso, onde todos os inscritos podem aprender a manusear e descobrir as potencialidades da técnica na avaliação do risco vascular.

Como habitual, são organizados Simpósios em conjunto com membros da Sociedade Europeia de Hipertensão e com as Sociedades de Hipertensão: Europeia, Húngara, Francesa e Brasileira.

O congresso tem início no dia 20 de Fevereiro com a sessão solene de abertura, às 13 horas, para a qual foram convidados o Ministro da Saúde e o Bastonário da Ordem dos Médicos entre outras individualidades, e estende-se até o dia 23 de Fevereiro, estando previstos mais de 1.000 inscrições dos quais mais de três centenas de estrangeiros.

Para consultar o programa completo, por favor, aceda ao link: http://www.sphta.org.pt/8congresso/

18 Fevereiro
No âmbito da comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Asperger, no próximo dia 18, a Associação Portuguesa de Síndrome...

Comemora-se no próximo dia 18 de Fevereiro o Dia Internacional da Síndrome de Asperger. Para assinalar o dia a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger publica vários livros sobre a doença que poderá adquirir por 18 euros, com oferta dos portes de envio.

A Síndrome de Asperger é uma perturbação neurocomportamental de base genética, pode ser definida como uma perturbação do desenvolvimento que se manifesta por alterações sobretudo na interacção social na comunicação e no comportamento. Embora seja uma disfunção com origem num funcionamento cerebral particular, não existe marcador biológico, pelo que o diagnóstico se baseia num conjunto de critérios comportamentais.

 

Livros disponíveis

Tudo sobre a Síndrome de Asperger - http://www.apsa.org.pt/livros.php?id=13

A Síndrome de Asperger - http://www.apsa.org.pt/livros.php?id=9

Asperger… O que significa para mim? - http://www.apsa.org.pt/livros.php?id=5

Asperger no Feminino - http://www.apsa.org.pt/livros.php?id=14

A Associação informe também que já está publicado o Livro de Atas, onde constam todas as intervenções do III Congresso Internacional de Síndrome de Asperger. Este livro tem o custo de 10,00€ e todos os pedidos devem indicar um endereço de de correio.

O pagamento será por transferência bancária através do NIB: 0010 0000 4637 6380 0011 3. Esta campanha será válida para todos os livros encomendados de 17 a 28 de Fevereiro.

No 10º Encontro de Associações de Pais de Bebés Prematuros
Foi no âmbito do 10º Encontro de Associações de Pais de Bebés Prematuros que a XXS - Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé...

A XXS - Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro – foi a primeira associação membro da European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI) a ser distinguida com o prémio Our Common Future, na categoria de European Idea, no âmbito do 10º Encontro de Associações de Pais de Bebés Prematuros da EFCNI, que se realizou entre os dias 13 e 16 de Fevereiro em Munique.

A distinção, que teve como objectivo o reconhecimento internacional pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Associação XXS desde a data da sua fundação, em 2008, aconteceu agora devido ao enorme sucesso e impacto internacional que a campanha do Dia Mundial da Prematuridade teve e que contou com o apoio de Cristiano Ronaldo e da fadista Mariza.

Paula Guerra, da direção da Associação XXS reconhece que “é uma enorme satisfação ver a XXS ser reconhecida internacionalmente não só por esta campanha em particular mas por todo o trabalho que temos vindo a desenvolver de sensibilização junto da população, do poder político e de apoio aos bebés e famílias”.

O grande objectivo da EFCNI é garantir que todos os recém-nascidos têm um início de vida saudável. Nesse sentido foi desenvolvida uma campanha Europeia designada Socks for Life que pretende, através do voto de todos os cidadãos, defender a melhoria dos cuidados prestados aos bebés prematuros em toda a Europa.

Anualmente nascem cerca de 500 mil bebés prematuros na Europa e 14,9 milhões em todo o Mundo. Mundialmente um em cada 10 bebés nasce prematuro.

 

Sobre a Associação XXS

A Associação XXS é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2008, que adquiriu o seu estatuto de IPSS (Instituição Portuguesa de Solidariedade Social) em Março de 2010. Tem como missão ajudar os bebés prematuros e as suas famílias a ultrapassarem aqueles que poderão ser os momentos mais difíceis das suas vidas. A Associação XXS integrou a European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI) em 2008 e em Novembro de 2012 um dos membros fundadores da XXS passou a integrar o Parents’ Advisory Board da EFCNI.

Comissão Europeia propõe
As grandes empresas de perfumes europeias deverão reformular a composição das suas fragrâncias para ajudar na luta contra as...

Com base numa revisão de dados científicos, o executivo europeu visa proibir três ingredientes altamente alergénicos, o sintético HICC e duas essências naturais extraídas de musgos, usadas em perfumes como Chanel Nº.5. Estes compostos estão relacionados com milhares de casos de reacções alérgicas, especialmente eczemas.

As perfumarias também deverão limitar a concentração de 12 outros ingredientes, tais como rosa e limão, e serão obrigadas a indicar no rótulo a presença de 106 compostos capazes de provocar uma reacção alérgica.

“Não apontamos nenhum perfume em particular, não é uma questão de proibir o Chanel Nº.5”, indicou o comissário de Política do Consumidor, Neven Mimica.

Se a UE aprovar a proposta da Comissão, a composição de alguns perfumes, incluindo clássicos da indústria, terão de “reformular” as suas composições até 2015, afirmou Mimica.

As medidas propostas pelo executivo europeu também afectam a indústria de biocosméticos que, “de acordo com estimativas do sector, precisará de modificar mais de 90% dos seus produtos”, segundo uma fonte europeia.

De acordo com Mimica, uma vez aprovadas estas medidas, as empresas terão um período de dois a cinco anos de adaptação, a fim de “preservar a sua liderança global”.

Estudo sugere
Os seres humanos são capazes de perceber através do olfacto se alguém está doente ou, pelo menos, perceber um odor distinto no...

Investigadores do Karolinska Institutet, na Suécia, afirmam que os seres humanos são capazes de perceber através do olfacto se alguém está doente ou, pelo menos, perceber um odor distinto no suor de pessoas com o sistema imunológico em alta actividade. Para chegar a essa descoberta, 48 pessoas participaram de uma experiência.

Dessas, oito pessoas receberam ou uma injecção de lipopolissacarídeo (substância que, através de uma bactéria, provoca uma forte resposta imunológica) ou uma injecção de água com sal (que não causa nenhuma reacção no corpo humano). Quatro horas após esse procedimento, as roupas usadas por essas oito pessoas foram recolhidas e levadas para análise. É aí que entram os 40 participantes restantes, que sentiram os odores presentes nas roupas e reportaram o seu grau de intensidade, agradabilidade e deram notas para o quesito “saúde” do odor.

Assim, a maioria desses participantes deu notas mais baixas à agradabilidade das roupas usadas pelos primeiros membros da experiência, reportando-as como de odor mais intenso do que o sentido nas de quem havia sido injectado apenas com a solução de água salgada.

Estudos prévios já haviam apontado que certas doenças, como a febre-amarela, desencadeiam a produção de odores fortes no corpo, perceptíveis por outras pessoas, e o estudo comprova essa capacidade de sentir que alguém está doente através do olfacto.

O texto de divulgação do estudo afirma que “seres humanos podem mesmo dissociar odores de doença e saúde noutros indivíduos” após um período de quatro horas de accionamento do sistema imunológico.

Para o cientista Mats Olsson, que liderou o estudo, quando alguém fica doente “podem haver biomarcadores de doenças produzidos pelo corpo e libertados sob a forma de substâncias voláteis”, daí a capacidade de que alguém “fareje” a saúde alheia.

A habilidade de detectar doenças em outras pessoas através do olfacto poderia ajudar na prevenção do contágio de doenças, sublinha o estudo. Contudo, uma vez que a experiência foi conduzida em laboratório, e os participantes receberam apenas uma toxina em particular, não é possível aos investigadores afirmarem que os resultados seriam os mesmos fora desse ambiente e com pessoas portadoras de outras infecções.

Estimativas da Ordem dos Dentistas
Metade dos portugueses acima dos 65 anos não tem um único dente natural na boca, segundo estimativas da Ordem dos Dentistas,...

“É um avanço tremendo da medicina dentária que os implantes possam substituir os dentes naturais quando estes se perdem. A implantologia é um avanço notável, o grande avanço da medicina dentária das últimas décadas", defende o bastonário Orlando Monteiro da Silva, citado pelo Diário Digital

Apesar de reconhecer que é cada vez maior a tendência de recorrer aos implantes, em virtude também do envelhecimento populacional, Monteiro da Silva não o encara como uma moda e considera que, “infelizmente”, são tratamentos que não estão ao alcance de todos. Cada implante dentário colocado pode ir de 1.200 euros até acima dos 5.000, segundo uma ronda feita pela Lusa junto de alguns consultórios e clínicas.

Precisamente por ser uma área recente dentro da medicina dentária, a necessidade de a regular torna-se mais evidente, tendo a Autoridade do Medicamento (Infarmed) criado no mês passado uma comissão para acompanhar os dispositivos médicos (onde se incluem os implantes), os branqueamentos e os medicamentos na área dentária.

A implantologia é aliás uma das áreas que mais queixas motiva junto da Ordem, por envolver tratamentos caros e porque a expectativa dos clientes quanto ao sucesso desta técnica é elevada. “As áreas da medicina dentária onde a expectativa é maior, como implantologia ou correcção de dentes, são sujeitas a que as pessoas possam fazer queixas quando acham que há má prática”, explica o bastonário.

A Ordem dos Médicos Dentistas reconhece que há abusos na forma como se publicitam os tratamentos com implantes, adiantando que “nada é definitivo e muito menos garantido”. “A técnica da implantologia, uma espécie de raiz artificial, tem os seus riscos e as suas contra-indicações e não é garantida e não é também para a vida inteira, apesar de termos a expectativa de que é duradoura”, sublinha Orlando Monteiro da Silva.

A Ordem actua sobre os médicos dentistas individuais, mas nada pode fazer relativamente a clínicas, empresas ou seguradoras que publicitam os tratamentos com implantes como garantidos ou para durar a vida inteira. Por isso, o bastonário defende que outras entidades reguladoras deviam agir para que os doentes não sejam enganados por publicidade abusiva, pensando que nuns locais os tratamentos são garantidos e noutros não.

Sobre a qualidade dos implantes, o bastonário garante não ter nunca recebido queixas dos profissionais de saúde e lembra que estes dispositivos têm de obedecer a um conjunto de normas para poderem ser colocados.

De acordo com a Autoridade do Medicamento (Infarmed), não há qualquer notificação de incidente envolvendo implantes dentários no Sistema Nacional de Vigilância de Dispositivos Médicos. Contudo, no ano passado foi apresentada uma queixa específica sobre um laboratório de implantes dentários e três sobre não notificação da actividade de fabrico destes dispositivos, refere a informação do Infarmed.

Segundo a Ordem dos Dentistas, em Portugal, onde a grande maioria dos implantes é importada, os dispositivos têm de obedecer à certificação da Comissão Europeia, que “assegura a qualidade e os requisitos adequados”.

Ao médico dentista cabe certificar-se do cumprimento da marca CE e ainda registar na ficha clínica do doente informação sobre o implante usado, que permite fazer o rastreio das suas características e proveniência caso ocorra algum problema.

Associação Portuguesa dos Nutricionistas
A Associação Portuguesa dos Nutricionistas, em conjunto com os organizadores do Douro Film Harvest, organiza o 5º Ciclo de...

Esta edição decorrerá em dois dias consecutivos, no Edifício AXA, no Porto, sendo possível participar em duas conferências relacionadas com a Dieta Mediterrânica, recentemente considerada Património Imaterial da Humanidade, e ainda saborear as imagens de “Mistura” e “Bood into wine”, no seguimento das conferências.

Participe, a entrada é livre.

 

Programa 5º ciclo de cinema e alimentação

21 de Fevereiro

21h30-22h – Conferência “A importância da tradicionalidade dos alimentos – o caso da Dieta Mediterrânica”

Oradora: Susana Pasadas, Nutricionista, Equipa de Nutrição, Jerónimo Martins

Moderadora: Sónia Mendes, Nutricionista, Comissão de Especialidade para a Alimentação Colectiva e Hotelaria, Associação Portuguesa dos Nutricionistas

22h – Visualização de “Mistura – the power of food” (Realização: Patricia Perez, 2011)

Sinopse: No Peru, cozinhar e comer ultrapassam o mundo da cozinha, são uma forma de celebrar o “ser peruano”, partilhar, mostrar respeito e estar orgulhoso do seu país. Mistura, a feira gastronómica que se realiza no mês de Setembro, é o melhor exemplo disso mesmo. “Em Mistura, a gastronomia converte-se numa arma, uma arma para demonstrar coisas muito mais importantes, mais interessantes, mais emocionantes”, afirma o mais reconhecido dos Chefs peruanos, Gastón Acurio. Este documentário mostra todas as experiências que se vivem numa feira onde se aprende não só sobre comida, mas também sobre a vida.

 

22 de Fevereiro

21h30-22h – Conferência “O vinho na Dieta Mediterrânica do Douro”

Orador: Pedro Graça, Nutricionista, Director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável

Moderadores: Célia Craveiro, Presidente da Direcção da Associação Portuguesa dos Nutricionistas; Manuel Vaz, Presidente do Douro Film Harvest, Expanding Group

22h – Visualização do documentário “Blood into wine” (Realização: Ryan Page & Christopher Pomerenke, 2010)

 

GAES organiza
Começa hoje [17 de Fevereiro] a Campanha Nacional de Luta contra a Perda Auditiva.

Organizada pela GAES – Centros Auditivos, a campanha Nacional de Luta contra a Perda Auditiva tem inicio hoje e termina a 17 de Abril, com o objectivo de alertar a população para a importância dos cuidados com a audição.

Assim, no âmbito desta acção, vão ser realizados rastreios auditivos gratuitos, mediante marcação prévia, de norte a sul do País, em todos os 26 Centros Auditivos da GAES.

“De acordo com um estudo que realizámos recentemente, mais de 50% das pessoas tem perda auditiva e muitas destas pessoas nunca realizaram um teste auditivo para comprovar a saúde dos seus ouvidos. Gostamos de realizar várias campanhas de sensibilização durante o ano, para relembrar aos nossos clientes e potenciais clientes da importância da audição e de como existem muitas possibilidades de correcção e tratamento”, refere em comunicado Dulce Martins Paiva, directora-geral da GAES – Centros Auditivos em Portugal.

Instituto do Porto
Projecto propõe realização de ensaios clínicos aleatórios com base na Internet.

O Inesc Tec anunciou a sua participação num projecto multidisciplinar, que reúne 14 parceiros de 11 países europeus, destinado a investigar a viabilidade da utilização da Internet no tratamento de doenças mentais, como a depressão.

A cargo da equipa do Inesc Tec-Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto está o desenho de uma infra-estrutura tecnológica, algoritmos de análise de dados e modelos personalizados.

De acordo com informação disponibilizada no site da instituição, o projecto europeu E-Compared (European Comparative Effectiveness Research on Internet-based Depression Treatment) iniciou-se em Janeiro, tem a duração de 36 meses e conta com financiamento da União Europeia através do 7.º Programa-Quadro.

Segundo o Inesc Tec, cerca de metade dos europeus com necessidades de cuidados de saúde mental não têm acesso a estes serviços, nem sempre recebem tratamentos ajustados ou são confrontados com longas listas de espera ou gastos dispendiosos em cuidados de saúde.

O E-Compared vai, assim, desenvolver um estudo comparativo da eficácia clínica e económica destes dois tipos de tratamento (tratamento comum e tratamento baseado na Internet). O projecto propõe a realização de ensaios clínicos aleatórios para estudar a forma como o tratamento da depressão com base na Internet pode ser implementado em contextos de rotina de cuidados especializados, mas também para prever que tipo de cuidado seria mais adequado a cada paciente.

Os investigadores vão ainda avaliar as políticas de saúde mental/orientações da União Europeia (UE). Através do E-Compared, pretende-se também emitir recomendações sobre a rentabilidade do tratamento da depressão com base na Internet, quando integrado em sistemas de cuidados de saúde mental da UE, e desenvolver um plano de negócios para assegurar a implementação estrutural destes serviços.

Dados da Direcção-Geral da Saúde
As doenças relacionadas com o amianto – utilizado em larga escala na construção civil e noutras aplicações até aos anos 1990 –...

Em média, houve 36 mortes por ano por mesotelioma, um cancro raro que está associado à inalação de fibras de amianto. Mais raras nas estatísticas oficiais são as mortes por asbestose, uma inflamação crónica dos pulmões também causada pelo amianto: cerca de três casos por ano, em média, no mesmo período, avança o jornal Público.
Portugal está longe dos países com maior taxa de mortalidade por amianto. No topo da lista está o Reino Unido, onde morreram em média 2286 pessoas vítimas de mesotelioma entre 2007 e 2011, segundo dados das autoridades britânicas de saúde. A taxa de mortalidade entre os homens em 2010 foi, no Reino Unido, de 6,2 mortes por 100.000 pessoas, segundo a Agência Internacional para Investigação sobre o Cancro, da Organização Mundial de Saúde. Na Alemanha foi de 2,7, no Japão de 1,6 e nos Estados Unidos de 1,3. Em Portugal, a taxa foi de 0,7 mortes em cada 100 mil homens. O mesotelioma representa cerca de 1% dos cancros do sistema respiratório no país.
As mortes de agora reflectem sobretudo casos de pessoas que foram expostas ao amianto na sua actividade profissional: operários de fábricas que processavam ou utilizavam amianto, construtores civis, electricistas, encanadores e outros. A doença normalmente surge 20 a 40 anos depois da exposição, daí que seja mais frequente em idosos.
Em Portugal, a idade média das pessoas que morreram de mesotelioma desde 2007 é de 68 anos. Mas há mortes em idades bem inferiores. O caso mais precoce refere-se a uma pessoa com 23 anos, segundo as estatísticas da Direcção-Geral da Saúde.
Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) identificou 427 novos internamentos por mesotelioma nos hospitais portugueses entre 2000 e 2011. O número de novos casos por ano varia entre 26 e 52, mostrando uma ligeira tendência de aumento. Há quatro casos em pessoas com 20 anos ou menos, duas das quais com até quatro anos.
A autora do estudo – a investigadora Mariana Neto, do Departamento de Epidemiologia do INSA – diz que os resultados confirmam a tendência de surgirem agora casos relacionados com pessoas que estiveram expostas ao amianto há 30 ou 40 anos. Mas chama a atenção para a possibilidade de haver outras fontes de exposição que não as mais óbvias, como a construção ou a indústria naval.
“O facto de 50% dos casos malignos terem ocorrido em pessoas com idades inferiores ou iguais a 65 anos e 3% em pessoas com idades inferiores ou iguais a 30 anos justifica a realização de um estudo mais profundo e detalhado, por poderem estar em casa fontes de exposição menos óbvias e mais actuais”, escreve a autora, no estudo publicado na revista Obervações-Boletim Epidemiológico, do INSA.
A pneumologista Paula Figueiredo diz que muitos doentes que surgem com mesotelioma não se lembram de ter estado expostos ao amianto. E chama a atenção para o facto de os números estarem possivelmente sub-valorizados, porque a doença ou a causa de morte podem ser erroneamente associadas a outro tipo de cancro do pulmão. “É importante como se faz o diagnóstico”, avisa.
 

Minimamente invasiva
Para os que têm joanetes podem através de uma cirurgia minimamente invasiva livrar-se desse incómodo.

Para muitas mulheres, um sapato de salto alto é obrigatório no dia-a-dia. Mas o calçado apertado e usado por várias horas pode trazer amarguras. Os joanetes causam incómodo e dores terríveis. A realização de uma cirurgia percutânea minimamente invasiva é um dos tratamentos, avança o Correio da Manhã.

“É um grande avanço em relação à cirurgia tradicional. Há menos dor no pós-operatório, pode-se fazer carga imediata e marcha sem canadianas. Ao fim de duas semanas já se pode conduzir”, explica Paulo Carvalho, ortopedista do Hospital Sant'Ana, na Parede (Cascais).

Os joanetes afectam 40% da população portuguesa. É mais comum nas mulheres e caracteriza-se por uma deformidade do dedo grande do pé. Os joanetes provocam dores, edemas e, por vezes, úlceras no pé. O intuito desta cirurgia é travar o problema antes que se agrave. “Num caso leve, são feitas três incisões no dedo grande. Se não for necessário parafuso, a operação demora menos de dez minutos. Normalmente, não há necessidade de fisioterapia”, refere o médico. Por mês, são atendidos 20 doentes. As mulheres são as mais afectadas. Os dedos em garra surgem muitas vezes a par dos joanetes.

Falta de ensaios clínicos
As crianças com doenças oncológicas têm acesso a menos tratamentos do que os adultos porque faltam ensaios clínicos na...

As restrições legislativas sobre os ensaios clínicos em crianças estão a impedir o acesso a novos tratamentos, critica o director de Pediatria do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. “Na Europa, há um fundamentalismo legal que, a pretexto da defesa dos direitos das crianças, está a prejudicá-las”, explica Armando Pinto. Na prática, isto significa que 80% dos medicamentos que estão a ser utilizados nos adultos não podem ser aplicados no tratamento de crianças porque não foram realizados os necessários ensaios clínicos.

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