Projecto de Bem-Estar Cem Pessoas
Cem pessoas vão disponibilizar os seus corpos em vida para a investigação científica como parte de um estudo inédito sobre a...

O Projecto de Bem-Estar Cem Pessoas vai contar com 100 pessoas que disponibilizam o seu corpo em vida para investigação científica. A iniciativa, que vai começar em Março, centra-se na monitorização permanente dos seus participantes, em presumível bom estado de saúde no início do programa. Os cientistas vão começar por sequenciar a totalidade do genoma de cada participante. Depois, nos 25 anos seguintes, vão aferir com regularidade variáveis como os padrões de sono, ritmos cardíacos, bactérias intestinais, proteínas que sinalizam o estado dos órgãos, amostras de sangue ou actividade celular.

“O que é único sobre os humanos é a sua individualidade”, disse Leroy Hood, durante a reunião anual da Associação Americana (dos EUA). A intenção é “seguir a transição do coração, cérebro e fígado de um estado saudável para um doentio”, adiantou Hood, que é o presidente do Instituto para a Biologia de Sistemas, em Seattle, no Estado de Washington.

O foco deste programa-piloto de nove meses, que se pretende estender a 100 mil pessoas nos próximos quatro anos e fazer a monitorização contínua durante três décadas, é o de melhorar a saúde dos indivíduos, com base nas especificidades de cada um. Hood pormenorizou que os cientistas vão estar alerta para detectar “oportunidades susceptíveis de serem aproveitadas por cada indivíduo”, tais como a forma de se alimentarem melhor ou evitarem algumas drogas que podem ser perigosas dada a sua genética.

O Instituto de Hood orçamentou cerca de 10 mil dólares por participante e está a pagar através de donativos privados, segundo uma notícia da revista Nature, que caracterizou esta semana o projecto como sendo “invulgarmente minucioso”.

Saiba como
Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono e em geral
Mulher a dormir em reunião de trabalho

O que é a narcolepsia?

A narcolepsia é uma perturbação intrínseca do sono, crónica, de origem neurológica e em que existem alterações na ciclicidade e estabilidade do ciclo sono-vigília. É uma espécie de "mistura" entre os fenómenos normais da vigília e do sono, mais especificamente do sono paradoxal.

Algumas das características do sono paradoxal aparecem isoladas e de forma bizarra, enquanto estamos acordados.

Os sintomas mais característicos da doença são a sonolência excessiva e a cataplexia, que poderão surgir com intervalo de anos entre si.

De acordo com estudos recentes, a narcolepsia está relacionada com a deficiente produção de hipocretina a nível cerebral.

Quais os sintomas principais?

Quando falamos dos sintomas principais, referimos os mais comuns. No entanto, nem todos têm que estar presentes para se fazer um diagnóstico de narcolepsia.

A sonolência excessiva é geralmente o primeiro sintoma a aparecer, surgindo sob a forma de crises de sonolência súbita e imperiosa, podendo ocorrer no meio das actividades diárias e ser, por isso, muito incapacitante. Pode-se adormecer a conversar, à mesa, a conduzir ou em qualquer outra circunstância inoportuna.

Por outro lado, a cataplexia, outro dos sintomas da narcolepsia, é a perda da força muscular, geralmente desencadeada por emoções como o riso, a irritação, ou simplesmente decorrente de um susto ou de um factor surpresa. Pode envolver todos os músculos e provocar queda súbita ou atingir apenas pequenos grupos musculares, resultando em queda das pálpebras, da cabeça para a frente (músculos do pescoço), queda do queixo, voz arrastada, flexão dos joelhos ou a queda de pequenos objectos das mãos. Durante o episódio não há perda dos sentidos, embora usualmente o indivíduo não consiga falar.

Podem ocorrer também alucinações hipnagógicas/hipnopômpicas que consistem em visões ou outras sensações assustadoras que ocorrem quando o indivíduo está respectivamente a adormecer ou a acordar.

As queixas de paralisia de sono são também frequentes e designam-se pela incapacidade de se mover na altura do adormecer ou do acordar, ficando o indivíduo paralisado por segundos ou mesmo minutos. Estas paralisias são frequentemente acompanhadas das alucinações acima descritas, o que se poderá tornar ainda mais aterrador. Este sintoma pode existir isoladamente em indivíduos sem qualquer suspeita de narcolepsia.

As queixas de insónia ou de sono pouco reparador com despertares frequentes, o aumento de peso e a depressão são também sintomas frequentes.

Quem pode ter a doença e qual a sua frequência?

A narcolepsia não tem preferência de raças e afecta igualmente os dois sexos, variando a sua frequência nos diversos países. Em Portugal a prevalência é de 0,04 por cento ou seja, afecta aproximadamente 40 indivíduos por cada 100.000.

Embora os primeiros sintomas surjam, na maioria das vezes, na adolescência ou no adulto jovem, entre os 15 e os25 anos, podem surgir também, embora com menor frequência, entre os 35 a 45 anos. Em qualquer dos casos, o seu diagnóstico é geralmente feito vários anos após o início da doença.

Como se diagnostica?

Se existem sintomas que o façam suspeitar ser portador da doença, deverá consultar o seu médico de família no sentido de este o orientar para uma consulta de perturbações do sono ou de neurologia, onde o seu problema possa ser adequadamente diagnosticado e tratado.

Nessa consulta, o diagnóstico dever-lhe-á ser confirmado com a realização do Teste de Latências Múltiplas do Sono. Este exame é efectuado durante o dia em laboratório, dando-lhe hipótese de dormir durante vinte minutos de duas em duas horas, num total de cinco períodos. Se o tempo médio que demora a adormecer for curto e, se pelo menos em duas destas hipóteses entrar em sono paradoxal, o teste considera-se positivo.

A entrada em sono paradoxal numa pessoa saudável ocorre normalmente cerca de 90 minutos depois do adormecer. Sempre que possível, este teste deverá ser precedido na noite anterior, por um registo poligráfico de sono nocturno, para diagnóstico de outras possíveis causas de sonolência.

Como se trata?

Actualmente ainda não existe tratamento da causa mas apenas dos sintomas. O tratamento implica medidas comportamentais que poderão ajudar a controlar parte dos seus sintomas de sonolência.

Algumas destas medidas podem passar por sestas de 15 a 20 minutos durante o dia, evitar refeições pesadas e bebidas alcoólicas. Por outro lado, poder-lhe-á ser recomendado o uso de fármacos estimulantes do sistema nervoso central, que o ajudarão a controlar a sonolência durante o dia.

Para o tratamento dos outros sintomas relacionados com o sono paradoxal como a cataplexia, alucinações hipnagógicas/hipnopômpicas e a paralisia de sono, geralmente são usados fármacos anti-depressivos, independentemente de haver ou não depressão, mas pelo seu efeito no sono paradoxal.

Porque esta doença é ainda pouco conhecida, uma parte importante do tratamento é o apoio que o médico lhe poderá dar, ajudando-o a lidar melhor com a narcolepsia e a fazer com que os outros a aceitem e ajudem a minorar as suas possíveis consequências, tanto a nível pessoal como socioprofissional.

Cabe assim ao clínico, se julgar benéfico e se for do interesse do doente, informar professores ou empregadores, sensibilizando-os para as horas de descanso adequadas e para a necessidade de pequenas sestas durante o dia, ou mesmo, ajudá-lo a adequar a sua profissão à sua doença, evitando profissões que a agravem ou o ponham em especial risco (trabalho por turnos, condução profissional, etc.).

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Doença inflamatória crónica
A Espondilite Anquilosante é uma doença crónica, de natureza inflamatória dolorosa e progressiva.

A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crónica que afecta principalmente as articulações da coluna, causando limitação da mobilidade. Isto resulta na perda de flexibilidade da coluna vertebral, que se mantém rígida.

A doença tem uma evolução progressiva, por vezes com surtos de inflamação da coluna vertebral ou de outras articulações, como ombros, ancas, joelhos e tornozelos. Pode acontecer que entre os surtos de agudização, o doente fique sem sintomas e mantenha uma actividade quotidiana normal. Normalmente com a idade, os surtos tendem a distanciar-se e tornam-se mais ligeiros.

É uma doença com elevada prevalência (entre 10-20 casos/100.000 habitantes), preferindo a raça branca e os homens entre os 20 e os 30 anos de idade. É menos frequente nas mulheres e quando surge tem uma evolução mais favorável. Calcula-se que afecte cerca de 50 mil portugueses. A doença apresenta-se, na maioria dos casos, como uma doença isolada, embora em alguns casos possa estar associada à psoríase ou a doenças inflamatórias intestinais.

Causas e diagnóstico
Não é conhecida a causa para a EA porém, nos últimos anos, têm sido feitos progressos na compreensão dos mecanismos que desencadeiam o processo da doença e os potenciais agentes responsáveis. É conhecida há algum tempo a associação da EA com um antigénio específico (HLA-B27), que pode desencadear a doença.

O diagnóstico da EA é baseado em sintomas físicos e na observação. Para confirmar o diagnóstico realizado efectuam-se radiografias da bacia e coluna vertebral, para ver as mudanças que ocorreram nas sacroilíacas e nas vértebras. Contudo, essas alterações radiológicas são geralmente muito tardias em relação ao início dos sintomas, o que torna o diagnóstico precoce difícil e muito dependente da experiência do médico.

As análises na EA não têm geralmente grande utilidade para o diagnóstico, uma vez que só existem alterações em 30 a 40 por cento dos doentes, sobretudo quando existe envolvimento periférico ou doença extra-articular significativa.

Sintomas
Os primeiros sintomas da EA são, muitas vezes, dor nas regiões glúteas ou lombalgia, que são causados por inflamação das articulações sacroilíacas e coluna vertebral. A dor é do tipo inflamatório e manifesta-se de forma insidiosa, lenta e gradual, sendo difícil precisar o momento exacto em que os sintomas começaram. A lombalgia ocorre quando o doente está em repouso, melhorando com a actividade física. A dor é geralmente pior nas últimas horas da noite e de manhã cedo. Quando a pessoa se levanta e inicia a actividade normal, existe alívio ou até mesmo desaparecimento da dor.

Com o tempo, a dor e a rigidez podem evoluir para a coluna dorsal e cervical. As vértebras fundem-se, fazendo com que a coluna perca flexibilidade e se torne rígida, limitando os movimentos.

A tumefacção e a dor também podem ocorrer nas articulações das ancas, ombros, joelhos e tornozelos. Pode haver inflamação dos ligamentos ou tendões, como por exemplo dor no tendão de Aquiles. Uma vez que a EA é uma doença sistémica outros órgãos podem ser afectados, como os pulmões ou o coração. Pode ocorrer febre, perda de apetite e/ou fadiga.

É também relativamente comum a inflamação do olho (uveíte), que se manifesta com dor e vermelhidão dos olhos. A uveíte afecta cerca de ¼ dos doentes com EA.

Tratamento
Actualmente, não existe cura para a doença. No entanto, existem vários medicamentos eficazes e técnicas de reabilitação que permitem aliviar a dor e melhorar a mobilidade, possibilitando uma boa qualidade de vida.

Os anti-inflamatórios não-esteróides (AINE) constituem sempre, salvo estejam contra-indicados, a abordagem inicial do tratamento, conseguindo na maioria dos casos reduzir e por vezes mesmo suprimir a inflamação. O controlo da inflamação permite o alívio da dor e da rigidez, permitindo um melhor repouso durante a noite. Podem ser utilizados por períodos prolongados de tempo, com as devidas precauções. Por outro lado, os doentes com envolvimento de articulações periféricas ou tendões podem beneficiar de infiltrações locais com corticosteróides. Os corticóides sistémicos só são benéficos em casos pontuais.

Outro dos aspectos mais importantes do tratamento são os exercícios de reabilitação ao nível da coluna vertebral e exercícios respiratórios, de modo a fortalecer os músculos da coluna e evitar a rigidez e perda de mobilidade da própria coluna vertebral.

No campo farmacológico, surgiram nos últimos anos os chamados medicamentos biológicos, dirigidos especificamente para os componentes da resposta imunológica que intervêm nesta doença.

A cirurgia pode ser uma opção quando existe uma articulação muito danificada. Acontece com mais frequência ao nível das ancas, com necessidade de colocação de uma prótese articular.

Os doentes que tenham a EA controlada podem ter uma vida equilibrada, podendo mesmo fazer o seu trabalho de forma eficaz e produtiva. Deve evitar estar imobilizado durante um longo período e trabalhos pesados que sobrecarreguem as várias estruturas mecânicas da coluna vertebral.

É recomendada a prática de exercício que envolva extensão da região dorsal, bem como exercícios de mobilização dos ombros e ancas. A natação apresenta-se, segundo os especialistas, como uma boa opção. No entanto devem ser evitados desportos de contacto ou colisão física por risco de lesão óssea ou articular.

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A “doença do beijo”
A mononucleose infecciosa é uma doença provocada por uma infecção viral.

Em alguns casos, outros vírus podem dar sinais e sintomas muito semelhantes à mononucleose que se denominam síndromes mononucleósidos.

A mononucleose tem a alcunha da “doença do beijo.” Isto deve-se ao facto do vírus Epstein-Barr poder ser transmitido pela saliva, apesar dos espirros e a tosse também poderem transmitir o vírus.

A mononucleose ocorre, tipicamente, quando uma pessoa é infectada, pela primeira vez, com vírus Epstein-Barr apesar de, por vezes, a infecção inicial não ser sintomática. Causa, muitas vezes, uma doença ligeira ou mesmo nenhuma doença.

Manifestações clínicas

Os primeiros sintomas de mononucleose, tipicamente, incluem:

Estes sintomas são seguidos muito em breve por:

  • Dores de garganta;
  • Aumento dos gânglios linfáticos;
  • Arrepios;
  • Dores nas articulações;
  • Perda de apetite e ligeira perda de peso;
  • Náuseas e vómitos (por vezes);
  • Uma erupção cutânea vermelha, habitualmente, no tórax. Isto é mais provável se a pessoa tiver recebido, recentemente, os antibióticos ampicilina ou amoxicilina;
  • Dor abdominal;
  • Aumento do baço.

Os sintomas raros incluem:

  • Icterícia (pele e olhos amarelos);
  • Dificuldade em respirar;
  • Anemia;
  • Ritmos cardíacos irregulares.

Nos casos raros, o baço pode aumentar de volume e pode originar uma ruptura. O baço é um pequeno órgão próximo do estômago. Se não for tratada, uma ruptura do baço pode provocar hemorragia interna potencialmente letal.

Diagnóstico
O diagnóstico médico é feito com algumas questões sobre a história médica e sintomas actuais. Os detalhes, relativamente a exposição recente a alguém com mononucleose ou sintomas semelhantes aos da mononucleose, são igualmente importantes.

Durante um exame físico, os sinais de mononucleose a procurar são:

  • Febre;
  • Vermelhidão da garganta com amígdalas inchadas;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço e noutro local;
  • Aumento do baço;
  • Erupção cutânea vermelha, em regra no tórax.

As análises ao sangue são importantes para ajudar ao diagnóstico. Os resultados destas análises podem ser normais nos primeiros dias de doença e só surgirem alterados ao fim de uma semana. Dois tipos de análises ao sangue ajudam a efectuar o diagnóstico:

  • Leucograma (contagem de leucócitos) diferencial: este teste mede os níveis de diferentes tipos de leucócitos (glóbulos brancos). Nas primeiras semanas da mononucleose, o número de linfócitos (um tipo de leucócitos) é bastante elevado. Também se verifica um grande número de linfócitos com configuração diferente da habitual, denominados “linfócitos atípicos”.
  • Anticorpos heterófilos: a mononucleose faz com que os leucócitos (glóbulos brancos) produzam um tipo de anticorpos raro denominado anticorpos anti-heterófilos, que podem ser identificados no sangue.

Evolução Clínica
Em regra, os sintomas são mais intensos durante as primeiras duas a quatro semanas da doença. Mas alguns sintomas, particularmente, fadiga, podem durar vários meses ou mais.

Prevenção
Esta doença é mais contagiosa durante o seu estadio agudo. Isto acontece quando a pessoa afectada ainda tem febre.

Alguém com mononucleose não precisa de estar isolado dos outros. No entanto, muitos médicos recomendam que o doente evite beijar outras pessoas enquanto se sente doente. Isto ajuda a evitar a propagação da infecção.

Algumas autoridades também aconselham evitar a partilha de alimentos, bebidas ou talheres durante as primeiras semanas da doença.

Tratamento
Não há cura médica para a mononucleose. Em regra, ela desaparece por si só.

Grande parte do tratamento centra-se em bastante descanso e ingestão de líquidos.

As bebidas frias, sobremesas geladas e gargarejar com água do mar pode ajudar a melhorar a dor de garganta leve.

Pode tomar-se ibuprofeno ou paracetamol para melhorar a febre e as dores no corpo.

É importante proteger o baço de rupturas. Evite actividades vigorosas, particularmente, desportos de contacto, durante, pelo menos, quatro semanas.

Prognóstico
A maioria dos doentes com mononucleose recupera completamente. Algumas pessoas com a doença desenvolvem amigdalite bacteriana secundária que necessita ser tratada com antibióticos.

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14 de Fevereiro – Dia Nacional do Doente Coronário
“A probabilidade de uma mulher morrer em consequência de um enfarte agudo do miocárdio é, em média, 50% maior do que a do sexo...

“Ao contrário dos homens, as mulheres frequentemente não têm os sintomas típicos de doença cardíaca e mesmo quando os têm, são frequentemente considerados atípicos e subvalorizados”, alerta Maria Helena Custódio, cardiologista da clínica CUF Alvalade.

A cardiologista acrescenta ainda: “A falta de sintomas "clássicos" de doença coronária torna difícil identificá-los e pensar no diagnóstico com subsequente investigação. Muitos sintomas, como a angina de peito, o cansaço, são consequência da fixação de placas de aterosclerose no interior das artérias, limitando o fluxo de sangue para o coração. Em alguns casos, essa placa nas artérias das mulheres, acumula-se com um padrão homogéneo e regular, diferente da típica placa grumosa que se forma nas artérias dos homens, não sendo detectada ou sendo mais dificilmente detectada pelos testes padrão”.

“As mulheres com factores de risco significativos, tais como dislipidemia, diabetes, hábitos tabágicos e hipertensão arterial, devem ser aconselhadas a realizar testes complementares, mesmo que não apresentem sintomas”, recomenda a médica.

A clínica CUF Alvalade dispõe de uma equipa de médicos cardiologistas especializados no diagnóstico e tratamento de todas as patologias relacionadas com o coração e sistema cardiovascular. Para mais informações consulte: www.clinicacufalvalade.pt/

Coimbra:
A transplantação hepática pediátrica em Coimbra realizou em 20 anos 199 transplantes em 176 crianças, apresentando uma taxa de...

A transplantação hepática pediátrica, em Coimbra, assinala sábado [15 de Fevereiro] 20 anos de existência com a realização de uma gala.

Segundo o coordenador da Unidade de Transplantes Hepáticos Pediátricos e de Adultos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Emanuel Furtado, filho de Linhares Furtado, médico que realizou o primeiro transplante hepático em Coimbra, esta tem sido uma “experiência bem-sucedida”.

“Vinte anos depois, esta tem sido uma experiência bem-sucedida e neste momento não temos praticamente crianças em lista. Podemos orgulhar-nos dos resultados alcançados”, disse Emanuel Furtado.

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e a Associação Nacional das Crianças e Jovens Transplantados ou com Doenças Hepáticas (Hepaturix) realizam no sábado esta gala de comemoração dos 20 anos de transplantação hepática em Portugal e homenageiam Linhares Furtado, Emanuel Furtado, Isabel Gonçalves e Ana Maria Calvão da Silva. O livro “Maria e Boneca Mimi”, da autoria de Margarida Castelão Dias, será apresentado na mesma gala.

Emanuel Furtado disse também que a melhoria das condições gerais, na Saúde, tem reduzido o número de crianças obrigadas a transplantes e explicou que a forma de ajudar a compensar esta redução será através da colaboração com os países de língua oficial portuguesa.

“Já recebemos crianças de outros países e queremos continuar a fazê-lo”, explicou.

O cirurgião disse ainda ser “inatingível” conseguir uma taxa de sobrevida de 100%, embora esse seja, naturalmente, o desejo do clínico e recordou que, embora seja muito “mais violento” tratar uma criança do que um adulto, a satisfação que gera o sucesso, posteriormente, “é proporcionalmente maior”.

Isabel Gonçalves, que esteve na origem deste centro nacional de transplante hepático pediátrico - as crianças com necessidades de transplantação são todas reencaminhadas para Coimbra -, embora não tenha colaborado fisicamente na primeira intervenção, em 1994, diz que a organização “melhorou bastante” nos últimos anos e também reconheceu que os países africanos de língua oficial portuguesa são uma forma de contornar a redução assumida por Furtado.

O “desafio da próxima década” salientou Isabel Gonçalves, “são as crianças de África”.

“Ainda somos uma área relativamente nova em Portugal e sentimos, por isso, alguma dificuldade para que se percebam as nossas necessidades, que têm um 'timing' e uma validade específicas”, considerou.

Coordenador do projecto Alternative revela:
Apenas 3 a 4 % da população prisional com problemas de toxicodependência é encaminhada para tratamento. Conclusão do projecto...

Facilitar o diálogo institucional, designadamente entre a área da saúde, da justiça e da reinserção, para que toxicodependentes possam ser enviados para tratamentos coercivos, é um dos objectivos do projecto Alternative - um dos principais, no contexto do trabalho desenvolvidos -, que já está a ser posto em prática em Portugal, França, Itália e República Checa.

Em Portugal, o projecto Alternative está a trabalhar em dois estabelecimentos prisionais - Sintra e Lisboa -, de modo a que seis reclusos usufruam da liberdade condicional, numa unidade de recuperação para toxicodependentes.

No estabelecimento prisional de Sintra, cinco reclusos estão abrangidos pelo projecto e, no de Lisboa, um, adiantou Miguel Lago, coordenador do projecto. Para já concluiu-se que apenas 3 a 4 % da população prisional com problemas de toxicodependência é encaminhada para tratamento.

O coordenador do projecto Alternative acrescentou ainda que já foram feitos perto de 200 contactos e que se encontram a aguardar decisão de juízes de execução de penas para que possam trabalhar com mais casos, em Portugal.

O projecto Alternative, que também integra a Cruz Vermelha francesa, o grupo Abele, de Itália, e a organização não-governamental checa Sananin, visa promover a aplicação de medidas alternativas à prisão para toxicodependentes reclusos ou toxicodependentes com problemas com a justiça, disse Miguel Lago.

Realizado no Refeitório dos Frades da Assembleia da República, o debate foi promovido pela Cruz Vermelha Portuguesa e pela Associação dos Ex-deputados da Assembleia da República (AEDAR).

“Não perca tempo. Salve uma vida”
Dados de um estudo realizado a uma amostra da população portuguesa sobre o grau de conhecimento do enfarte revela que é pouco...

Realizado no âmbito da campanha “Não perca tempo. Salve uma vida”, do Stent for Life, mostrou que há ainda muito a ser feito na divulgação do enfarte junto da população.

Suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são os sintomas que acompanham uma dor no peito e que podem significar a ocorrência de um enfarte do miocárdio. Esta é a sintomatologia que a referida campanha pretende difundir através de meios como o facebook ou as salas de cinema, contando com vários embaixadores, entre eles a actriz Rita Blanco. O objectivo principal será a redução da mortalidade, incentivando a actuação rápida por parte da população, de forma a receber o tratamento adequado, a angioplastia.

No inquérito coordenado por Sofia Portela, directora do mestrado em Gestão de Serviços de Saúde do ISCTE, apenas 24% dos inquiridos responderam correctamente sobre a sintomatologia do enfarte. Neste estudo, apesar de uma grande percentagem (77%) saber que o enfarte é diferente do acidente vascular cerebral (AVC), 16% indicaram não haver diferenças entre ambos.

Apesar de ser uma doença maioritariamente masculina, também afecta as mulheres. Mas, um terço ainda associa o enfarte apenas aos homens. Quanto questionados sobre o que fariam se vissem alguém a ter um enfarte, 91% dos inquiridos responderam que chamariam uma ambulância e 95% mencionaram o número correcto: 112.

“Entre o início da dor até ao enfarte passa muito tempo, sendo o tempo suficiente para agir”, alertou Hélder Pereira, durante a apresentação deste estudo, sublinhando que a pessoa deve pedir ajuda num espaço de 2 horas.

“Nem todos os hospitais são especializados no tratamento do enfarte. A angioplastia requer equipa específica e logística particular”, frisou o cardiologista. A título de exemplo, na Grande Lisboa são seis as unidades hospitalares capazes de dar resposta a estes casos, entre as 22 existentes em todo o País. Se a pessoa não se dirigir a um desses hospitais de referência, é transferida entre hospitais.

“As pessoas ainda demoram um certo tempo a pedir ajuda. Por exemplo, alguns idosos, esperam que os filhos acordem para referirem que não estão a sentir-se bem”, referiu o cardiologista, na esperança que as acções da campanha tornem o tema mais familiar e consequentemente contribua para reduzir a mortalidade por enfarte.

Hospital de Santa Maria no Porto
O Hospital de Santa Maria – Porto, assinala o Dia dos Namorados com a iniciativa “Bate, Bate, Coração”, em colaboração com o...

Trata-se de uma acção de rastreio dos factores de risco cardiovascular, que tem como objectivo sensibilizar a população para a importância da medicina preventiva e para a manutenção de hábitos de vida saudáveis.

Os rastreios são gratuitos, abertos à população adulta de todas as idades e realizam-se entre as 10h00 e as 13h00 e as 14h00 e as 17h00, no átrio do Hospital de Santa Maria, no Porto. Não é necessária inscrição prévia.

Lurdes Serra Campos, directora-geral desta unidade hospitalar, disse que todos os anos neste dia é desenvolvida esta iniciativa com o objectivo de sensibilizar a população para a necessidade de manter o coração saudável. “O coração não é só o símbolo do Amor, ele é o motor do nosso corpo e por isso é tão importante adquirir hábitos de vida saudáveis para prevenir os factores de risco de doenças cardiovasculares”.

Os rastreios consistem na medição da tensão arterial e análise da frequência cardíaca em repouso, bem como na medição do perímetro abdominal, da percentagem de massa gorda e do índice de massa corporal, sendo estes testes realizados por técnicos do Holmes Place – Constituição e por uma enfermeira do Hospital de Santa Maria – Porto.

Se forem detectados valores fora do normal, as pessoas serão encaminhadas para uma consulta gratuita de Medicina Geral e Familiar, para um diagnóstico mais aprofundado.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Vírus detectados são semelhantes às estirpes que integram a vacina antigripal deste Inverno.

Oito novos casos de gripe foram admitidos em unidades de cuidados intensivos, entre 03 e 09 de Fevereiro, menos oito do que na semana anterior, segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe.

De acordo com o boletim do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, “a taxa de incidência do síndroma gripal foi de 64,2 casos por cada 100 000 habitantes, encontrando-se acima da zona de actividade basal pela sexta semana consecutiva, com tendência decrescente”.

O documento diz que os vírus detectados são semelhantes às estirpes que integram a vacina antigripal deste inverno e diz também que não foram detectados vírus influenza resistentes aos antivirais.

“Os 15 laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe notificaram até à data 620 casos positivos para o vírus influenza”, adianta o boletim, sublinhado que, entre 03 e 09 de Fevereiro, foram reportados oito novos casos de admissão, por gripe, nas unidades de cuidados intensivos de 18 hospitais portugueses.

Segundo o mesmo documento, nenhum dos doentes tinha sido vacinado contra a gripe.

“Desde o início da época (Outubro de 2013), foram reportados 87 casos de gripe nos doentes admitidos nas unidades de cuidados intensivos de vários hospitais. Verificou-se que apenas 1,7% desses doentes tinham sido vacinados contra a gripe e 75% apresentavam doença crónica subjacente”, acrescenta ainda o relatório.

Dia Europeu da Disfunção Eréctil
A disfunção eréctil é um dos problemas sexuais mais comuns nos homens, estimando-se que cerca de metade dos portugueses...

A prevalência da disfunção eréctil é notoriamente dependente da idade verificando-se que “afecta 29% dos homens entre os 40-49 anos, 50% entre os 50-59 anos e 74% entre os 60-69 anos”, disse Frederico Branco, urologista, a propósito do Dia Europeu da Disfunção Eréctil, que se assinala hoje [14 de Fevereiro].

Contudo, este pode ser “um problema passageiro, basta muitas vezes, vencer o preconceito, consultar um médico urologista e fazer exercício físico. A vergonha e o desconhecimento impedem uma grande percentagem de homens de ter uma vida sexual activa e satisfatória”, alertou o especialista.

“Apesar de ser uma doença benigna, altera de forma muito significativa a qualidade de vida tanto do doente como da sua companheira. Com o aumento da idade, a maioria dos homens tem piores erecções podendo tal facto causar baixa auto-estima, ansiedade, depressão e stresse”, sublinhou.

Segundo o especialista, os factores de risco para a existência da disfunção eréctil são múltiplos: idade superior a 50 anos, diabetes, hipertensão, colesterol elevado, fumador e doença cardiovascular, entre outros.

Frederico Branco defendeu ainda que “a presença de disfunção eréctil ao constituir um sinal de alarme de doença arterial, deverá não só obrigar a um estudo vascular minucioso, como também motivar a implementação de medidas que visem a alteração dos factores de risco cardiovascular”.

Assim, acrescentou o urologista, “antes de iniciar um tratamento específico deverá ser iniciado um processo de alteração do estilo de vida, como a cessação tabágica, a adopção de uma alimentação saudável e de um programa de exercício físico regular. Tal alteração melhora não só globalmente a saúde, como também se constata que com apenas estas alterações 30% dos doentes melhoram da sua disfunção eréctil”.

Mais cinco
A região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo vai ter cinco novos locais de vacinação internacional e consulta do viajante.

“A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, a partir do dia 17 de Fevereiro de 2014, dispõe de cinco novos locais de vacinação internacional e consulta do viajante, que acrescem aos sete centros já existentes, passando assim a disponibilizar um total de 12”, refere aquele organismo, em comunicado citado pelo Jornal de Notícias Online.

Os novos locais situam-se no Entroncamento, no Bombarral, na Póvoa de Santo Adrião (Odivelas), na Damaia (Amadora) e em Paço de Arcos (Oeiras).

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo considera que, “numa altura em que as deslocações para fora do país são cada vez mais frequentes e o próprio contexto de alterações climáticas, com a modificação do padrão de distribuição de vectores de doenças transmissíveis, torna-se necessário disponibilizar à população um maior número de centros de vacinação Internacional em vários pontos da região de forma a garantir uma maior acessibilidade aos cidadãos”.

Além dos novos locais, e dos já existentes, em Sete Rios (Lisboa) e em Almada, estão disponíveis para vacinação internacional as seguintes unidades hospitalares: Hospital D. Estefânia (idade pediátrica), Hospital Curry Cabral e Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Hospital Garcia de Orta (Almada) e Hospital S. Bernardo (Setúbal).

Hospital de São João
Doze médicas, enfermeiras e outras funcionárias do Hospital de São João foram acusadas de falsificar documentos de supostos...

O esquema era simples: faziam depilação a laser numa clínica, onde uma médica responsável, que também é arguida, passava um documento garantindo que o tratamento era um acto médico de dermatologia. A factura era passada pela clínica já com o número de ADSE da cliente, que a apresentava aos serviços do Hospital S. João no Porto para obter o respectivo reembolso.

Muito frequente mas sem gravidade
Cerca de 80 por cento da população já teve ou há-de ter, ao longo da sua vida, pelo menos, um episód

A urticária é uma reacção inflamatória cutânea passageira, normalmente provocada por um mecanismo alérgico, caracterizada pelo aparecimento de babas vermelhas muito pruriginosas de tamanhos diferentes. Pode ocorrer em qualquer idade. 

Trata-se de uma situação muito frequente uma vez que se calcula que mais de metade da população tem um episódio de urticária em alguma fase da sua vida. Surge, habitualmente, de forma súbita e em qualquer parte do corpo, mas sem gravidade. Na grande maioria das vezes tem uma duração inferior a 24 horas (urticária aguda), embora em alguns casos se possa manter dias ou semanas e, em casos raros, persistir além das seis semanas - são as urticárias crónicas. Em todas estas formas a lesão é a típica "baba”. 

A urticária é originada pela activação de células da pele – os mastócitos - que libertam histamina por contacto com as substâncias a que o indivíduo é alérgico, mas muitas outras causas podem activar estas células e provocar a mesma reacção. 

Entre os factores desencadeantes mais envolvidos estão os medicamentos, alimentos, substâncias inaladas (perfumes, poeira, insecticidas, desodorizantes...), infecções e agentes físicos (frio, calor ou pressão). Além disso, em alguns casos, a urticária é provocada pelo contacto com determinadas plantas, por um atrito cutâneo, por um brusco contacto com a água ou, até mesmo, por esforço físico ou uma situação de stress

As urticárias crónicas, pela persistência das lesões ou irregularidade e imprevisibilidade do seu aparecimento, têm um grande impacto na qualidade de vida. Na sua grande maioria não são graves, em mais de 80 por cento não se identifica uma causa. Nestas é necessário efectuar análises para eliminar uma doença associada e tranquilizar o doente. 

Existe ainda um tipo de urticária que se manifesta de forma muito intensa, o edema de Quincke, cuja principal característica é o inchaço. Manifesta-se frequentemente na face, com grande edema (inchaço) de lábios e pálpebras. Esta forma pode ser perigosa se o edema atingir a laringe, dificultando a respiração e levando à asfixia. 

Diagnóstico
O diagnóstico de urticária é fácil e pode ser feito por qualquer médico, contudo a sua avaliação e tratamento nas formas mais crónicas ou recidivantes necessita do conhecimento do dermatologista que pode ter necessidade de recorrer a medicamentos diferentes dos anti-alérgicos habituais, os anti-histamínicos. 

Sintomas
A urticária pode ser aguda, quando as lesões desaparecem após alguns dias, ou crónica, quando persistem por várias semanas. 

Na urticária aguda, geralmente o quadro é mais intenso. As lesões variam desde pequenos pontos avermelhados a placas maiores, avermelhadas e inchadas, que podem atingir grandes áreas. As lesões tendem a ter duração curta. Já a localização, o número e a evolução destas lesões é muito variável, já que na urticária de origem alérgica costumam evidenciar-se um grande número de babas que podem distribuir-se por toda a superfície corporal. Contudo, a evolução do problema costuma ser aguda, já que desaparece por completo ao fim de algumas horas ou poucos dias. 

Na urticária crónica, o quadro é menos intenso, mas de longa duração. As lesões tendem a ser menores e podem existir continuamente ou desaparecer por um período para reaparecer posteriormente. 

Em qualquer um dos casos, os sinais e sintomas começam a evidenciar-se alguns minutos ou poucas horas após o organismo entrar em contacto com a substância responsável. 

Tratamento
O tratamento da urticária visa inicialmente combater os sintomas provocados pela acção da histamina. 

Assim, os anti-histamínicos são os medicamentos indicados, uma vez que bloqueiam a acção da histamina, aliviam o prurido e evitam a formação de novas lesões. Produtos de uso local, como loções calmantes com mentol e cânfora, também ajudam a aliviar a comichão. 

No caso do edema de Quincke, são administrados outros medicamentos – habitualmente corticosteróides - para além dos anti-histamínicos para evitar o edema da laringe. 

Prevenção
A melhor forma de prevenir a urticária consiste na realização de um diagnóstico que permita identificar as substâncias que provocaram a reacção e evitar o contacto com as mesmas. Para além disso, um tratamento de hipossensibilização, através da aplicação de vacinas elaboradas com as substâncias responsáveis, a médio prazo, pode ser eficaz para prevenir o problema. 

Principais desencadeadores da crise de urticária

Compreendem uma ampla variedade de circunstâncias:

• Alimentos: peixe, marisco, leite, ovos, chocolate, nozes, feijão, ervilhas, morangos, ananás, aditivos alimentares (corantes);

• Medicamentos: penicilina, ácido acetilsalicílico, insulina, imuno-globulinas, contrastes radiológicos, opiáceos;

• Picadas de insectos: abelhas, vespas;

• Plantas: folhas de urtiga, algas e líquen, pólen de plátanos e outras árvores;

• Animais: pêlos, escamas e secreções de animais; picada de medusas;

• Substâncias químicas: perfumes, produtos de limpeza, maquilhagem;

• Esforço físico intenso;

• Frio e calor;

• Situações de stress;

Exposição ao sol;

• Doenças: infecções virais, bacterianas, fúngicas ou parasitárias; hipertiroidismo, febre reumática, artrite reumatóide, lúpus eritematoso.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Programa Partnering for CureTM
Iniciativa científica pioneira na Europa destinada a aumentar a investigação clínica virológica e a transformar os resultados...

Três investigadores europeus de virologia foram premiados com bolsas de investigação com base nos projectos para investigação sobre novas formas de cura de doenças virais. Os premiados foram seleccionados por um grupo de especialistas independentes que integram o programa Partnering for CureTM, uma iniciativa pioneira na Europa.

O programa, patrocinado pela Bristol-Myers Squibb, pretende aumentar a investigação científica inovadora que poderá levar à cura de doenças virais, VIH, hepatite B (VHB) e hepatite C (VHC). Partnering for Cure foi lançado por um grupo independente de especialistas em virologia independentes com o objectivo de apoiar a investigação inovadora e proporcionar uma maior colaboração e partilha de conhecimentos entre a comunidade cientifica e a comunidade clínica no campo da doenças víricas.

“Apesar dos avanços significativos registados nos últimos anos há ainda muito trabalho a fazer para que um dia seja possível curar doenças infecciosas crónicas, como VIH, VHB e VHC”, comentou Emília Valadas, médica no Hospital de Santa Maria e especialista nacional envolvida no programa Partnering For Cure. “A iniciativa Partnering for Cure está a encarar este problema de frente, unindo-se à comunidade clínica para dar apoio à investigação que nos aproximará ainda mais da nossa última esperança, uma possível cura.”

“Temos o prazer de anunciar os investigadores seleccionados da primeira iniciativa de investigação Partnering for Cure”, afirmou George Hanna, médico e vice-presidente para a área de desenvolvimento de investigação em VIH da Bristol-Myers Squibb. “A Bristol-Myers Squibb é líder na área da virologia e queremos manter o nosso compromisso de apoiar a investigação e a educação inovadoras em virologia, com o objectivo de proporcionar um fórum de discussão de ciência inovadora sobre a natureza das infecções virais crónicas.”

Os vencedores das bolsas de investigação do Partnering for Cure são: Matthieu Perreau, Centre Hospitalier Universitaire Vaudois (CHUV) Service Immunologie et Allergie, Suíça com o projecto: identificação da(s) população(ões) de células T CD4 de memória que albergam VIH-1 com capacidade de replicação dentro dos tecidos linfoides; Ruxandra Calin, Departamento de doenças infecciosas e tropicais, Hôpital Pitié-Salpêtrière, França com o projecto: análise abrangente dos reservatórios de VIH em doentes cronicamente infectados pelo VIH-1 tratados com sangue com baixa carga de VIH-ADN associado a células.

Valentina Svicher, AVIRALIA Foundation, Itália com o projecto: identificação e caracterização funcional de elementos genéticos no genoma do VHB correlacionados com a reactivação do VHB através da imunossupressão).

 

Partnering for Cure

A iniciativa Partnering for Cure foi desenvolvida e orientada por um grupo independente europeu de especialistas em doenças víricas na Europa, incluindo Alemanha, França, Suíça, Suécia, Bélgica, Itália, Espanha e Reino Unido, com o apoio da equipa de investigação e desenvolvimento da Bristol-Myers Squibb.

A iniciativa Partnering for Cure tem como objectivos proporcionar educação clínica a médicos interessados em virologia, apoiar os investigadores activos em virologia e proporcionar aos médicos e investigadores um fórum de discussão sobre os avanços nas doenças víricas com vista à cura

Partnering for Cure reforça o compromisso da Bristol-Myers Squibb em relação à virologia que está enraizado no legado da empresa e na investigação contínua sobre VIH e hepatites virais. As infecções virais crónicas contribuem substancialmente para o aumento de doenças crónicas e para a mortalidade prematura em todo o mundo.

Em Dezembro de 2012, o Global Burden of Disease Study (Estudo sobre o aumento global da doença) registou 1 465 000 mortes causadas por VIH/SIDA e 1 445 000 mortes causadas por hepatite viral em 2010. As infecções pelos vírus das hepatites B e C contribuem anualmente em cerca de 57% de casos de cirrose hepática e 78% de casos de carcinoma hepatocelular – cancro do fígado. Apesar dos avanços significativos registados na última década, ainda continuam a existir necessidades significativas não correspondidas e a oportunidade de cura, particularmente do VIH.

Assinala-se hoje
Assinala-se hoje o Dia Internacional do Preservativo e o GAT e em parceria com a AIDS Healthcare Foundation distribui...

O GAT, em parceria com a AIDS Healthcare Foundation e com associações nacionais está a organizar um conjunto de iniciativas para assinalar o Dia Internacional do Preservativo.

Da parte da manhã, a partir das 9:00, serão distribuídos preservativos desde o Marquês de Pombal até à Avenida da Liberdade, passando pela Praça do Martim Moniz.

Durante a tarde, estão planeadas actividades na zona do Chiado a partir das 14:30. A acção terminará pelas 17 horas, em frente ao Teatro São Carlos, com a colaboração da cantora Rita Redshoes que mais uma vez se associa a este dia.

Noutros pontos do país, várias organizações realizarão actividades para assinalar esta iniciativa, nomeadamente:

- Associação Existências – Coimbra

- Associação Médicos do Mundo – Lisboa e Porto

- Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce de Faro

- Cooperativa de Solidariedade Social Acompanha – Peniche

- Fundação Portuguesa a Comunidade Contra a SIDA – Coimbra, Funchal, Lisboa, Porto e Setúbal

- Movimento de apoio à Problemática da SIDA (MAPS) – Faro

 

Em 2014, Portugal permanece sem um plano de acção e estratégia, no acesso, na promoção, cobertura dos meios de prevenção da transmissão sexual com base no conhecimento da epidemia e avaliação de necessidades O mecanismo de distribuição de material preventivo tem falhas, é fragmentado e não é pro-activo.

O acesso aos meios de prevenção, quer nos estabelecimentos de ensino, quer nos estabelecimentos prisionais, permanece uma situação por resolver. É preocupante observar que o número de preservativos distribuídos pelo Plano Nacional tem diminuído desde 2009, de cerca de 7 milhões para cerca de 2,5 milhões em 2012.

O trabalho conjunto, liderança e compromissos políticos são cruciais para o controlo da transmissão da infecção pelo VIH e outras infecções sexualmente transmissíveis.

 

Liga Portuguesa Contra a Sida realiza rastreios gratuitos no Chiado

Para assinalar o mesmo dia, a Unidade Móvel de Rastreios “Saúde+Perto” da Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS) distribui preservativos e realiza rastreios ao VIH e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.  

A partir das 14h30, a LPCS integra a campanha "VIH/SIDA em Portugal - 30 anos: reflectir e agir”, da Direcção-Geral da Saúde, e entrega preservativos na Assembleia da República, uma acção simbólica que conta com a adesão dos deputados de diversos partidos políticos que aderiram à causa da prevenção e diagnóstico do VIH/SIDA.

NICE emite projecto de orientação
O Instituto Nacional de Saúde e Assistência Excelência do Reino Unido emitiu um projecto de orientação que recomenda que mais...

O Instituto Nacional de Saúde e Assistência Excelência do Reino Unido (NICE) disse que quer rever as regras de 2008, em parte para “reflectir as mudanças no preço e disponibilidade de estatinas genéricas”, avança o site RCM Pharma.

Especificamente, o NICE sugeriu que o limite para o início do tratamento preventivo para estas condições deve ser reduzido para metade, de um risco de 20% de desenvolver doença cardiovascular (DCV) ao longo de 10 anos para um risco de 10%. A agência indicou que o medicamento preferido para doentes que iniciam o tratamento com estatinas é o Lipitor® (atorvastatina) da Pfizer, que também está disponível em genérico. O NICE acrescentou que o uso do tratamento de alta intensidade com estatinas deve ser acompanhado com o combate a outros factores de risco, incluindo parar de fumar e reduzir o consumo de álcool.

De acordo com o NICE, apesar das evidências mostrando que a mortalidade por doenças cardiovasculares está a descer, a morbilidade parece estar a aumentar, com o custo para o serviço nacional de saúde a aumentar de cerca de 6,9 mil milhões de libras (11,4 mil milhões de dólares) em 2003 para cerca de 7,9 mil milhões de libras (13,1 mil milhões de dólares) em 2010. A agência observou que até 7 milhões de pessoas no Reino Unido estão actualmente a tomar estatinas, a um custo anual estimado de 450 milhões de libras (745 milhões de dólares). Os especialistas sugerem que as recomendações actualizadas podem fazer com que o número de doentes aconselhados a tomar estatinas atinja os 12 milhões, com a grande maioria dos homens na faixa dos 50 anos e a maioria das mulheres acima de 60 anos a serem incluídos no limite de risco.

Mark Baker, director do Centro para a prática clínica do NICE, referiu que “a eficácia das estatinas […] está agora bem comprovada e o seu custo caiu”. Baker disse que “agora queremos ouvir opiniões sobre este projecto de orientação”, acrescentando que “os médicos terão de fazer um julgamento sobre os riscos para as pessoas que têm um risco menor do que 10% de desenvolvimento de doença cardiovascular e aconselhá-los de forma adequada”.

Em Novembro do ano passado, a American Heart Association e o American College of Cardiology publicaram directrizes semelhantes relacionadas a novos factores de risco para as estatinas, que alguns especialistas estimaram podem aumentar o número de doentes nos EUA a tomar os medicamentos em mais de duas vezes.

Em humanos
Uma nova vacina contra a tuberculose poderá ser brevemente testada em humanos, prevêem os resultados de uma pesquisa...

Segundo a Horizon-Magazine, publicação da União Europeia, a potencial vacina contra a tuberculose que anualmente mata 1,3 milhão de pessoas no mundo, está a ser desenvolvida por cientistas do Reino Unido, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul.

O projecto, que deverá terminar no dia 28 de Fevereiro, está centrado nas formas de bloqueio da transmissão da doença, bem como na prevenção da infecção latente para que esta não se transforme numa verdadeira tuberculose.

O projecto descobriu cerca de 40 potenciais vacinas de tuberculose, das quais quatro foram legalmente certificadas para início de testes em seres humanos.

O director do programa nacional de tuberculose em Moçambique, Ivan Matsinhe, considerou que a descoberta de uma vacina seria “uma grande vantagem” para países como Moçambique que integra a lista dos 22 estados que a nível mundial contribuem para 80% da doença.

“A descoberta de uma vacina que possa ter um efeito profilático e eventualmente terapêutico seria para países como Moçambique, que tem um alto peso da doença, uma grande vantagem”, disse Ivan Manhiça.

Anualmente, Moçambique detecta cerca de 50 mil casos de tuberculose e, a nível mundial, 3,5 milhões de pessoas são diagnosticadas com novos casos da doença, segundo o responsável pelo programa de tuberculose no país.

“A descoberta desta vacina seria naturalmente um grande avanço, pois iria contribuir para alcançar não só os cerca de 3,5 milhões de casos que são perdidos anualmente, mas também poderíamos pensar numa possível eliminação de doença”, afirmou.

Moçambique ainda não tem uma vacina profilática para a tuberculose, possuindo somente a BCG (Bacilo Calmette-Guérin), vacina utilizada para a prevenção da tuberculose, que é administrada em crianças, conferindo alguma protecção em relação ao desenvolvimento de formas mais graves da epidemia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, na União Europeia, sete pessoas morrem por hora devido a tuberculose e cerca de 1/3 da população mundial está infectada com o bacilo de Koch.

“As novas vacinas são a única solução sustentável que pode ter um impacto significativo no combate à epidemia global da tuberculose”, considerou o director da Iniciativa Vacina para Tuberculose (TBVI, na sigla em inglês), Jelle Thole

Circular Informativa
Na sequência da operação conjunta realizada pelo Infarmed e a ASAE, foram apreendidas e colhidas amostras dos produtos VisexPro...

Após análise laboratorial, o Infarmed detectou que os produtos VisexPro, Furunbao e Kasutra contêm substâncias com actividade farmacológica e incluídas na composição de medicamentos.

Atendendo a que estes produtos não foram avaliados como medicamentos, a sua utilização constitui um risco para saúde, em particular para os indivíduos com doenças do foro cardiovascular.

Estes produtos são, por isso, considerados como medicamentos ilegais, nos termos das disposições conjugadas da alínea dd) do n.º 1 do artigo 3.º e alínea a) do n.º 2 do artigo 181.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 31 de Agosto.
Face ao exposto, o Infarmed recomenda que:

- as entidades que disponham dos referidos produtos, não procedam à sua venda ou dispensa;

- os utentes que tenham adquirido estes produtos não os utilizem.

Infarmed
O Infarmed emitiu uma circular informativa sobre o patrocínio de Congressos, Simpósios, Acções ou eventos científicos ou de...

Na sequência das alterações ao artigo 159.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, pelo Decreto-Lei n.º 128/2013, de 5 de Setembro, esclarece-se o seguinte:

- Nos termos do n.º 1 do citado artigo, qualquer entidade abrangida pelo Estatuto do Medicamento, que patrocine congressos, simpósios ou quaisquer acções ou eventos de cariz científico ou de divulgação, directa ou indirecta, de medicamentos, deve comunicar previamente ao Infarmed o referido patrocínio.

- Esta comunicação deve ser feita até 10 dias úteis antes da realização do evento, através do Sistema de Gestão de Publicidade de Medicamentos (GPUB) que, entretanto, foi alterado de modo a implementar esta funcionalidade.

- O GPUB estará disponível para a inserção de todas as comunicações prévias a partir de 13 de Fevereiro de 2014.

- As entidades (titulares de autorização de introdução no mercado (AIM), representantes locais, distribuidores e intermediários) que ainda não se encontram registadas no GPUB devem solicitar o seu registo na referida plataforma através do e-mail [email protected].

- As comunicações efectuadas são da exclusiva responsabilidade dos declarantes.

Os esclarecimentos adicionais sobre esta matéria devem ser solicitados à Equipa da Publicidade através do e-mail [email protected].

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