Universidade da Califórnia
Cientistas norte-americanos conseguiram transformar células de pele normais em células pancreáticas produtoras de insulina, o...

Investigadores da Universidade da Califórnia reprogramaram células de pele, denominadas fibroblastos, retiradas de ratos e fizeram com que estas produzissem insulina, tal como as células do pâncreas, noticia o Diário de Notícias na sua edição electrónica.

Depois, as células foram injectadas em ratos cuja genética foi alterada para que imitassem os sintomas da diabetes. O resultado não poderia ser melhor. Uma semana depois, os níveis de açúcar no sangue dos animais voltaram ao normal. E dois meses depois de as células serem introduzidas nos ratos, estes conseguiram fabricar novas células produtoras de insulina. Assim que as células lhes foram retiradas, um pico de açúcar no sangue comprovou a relação directa.

A investigação pode revolucionar o tratamento da diabetes de Tipo 1, onde o sistema imunológico do doente destrói as células produtoras de insulina, o que obrigada a injecções administradas diariamente.

Sheng Ding, professor do Instituto Gladstone e da Universidade da Califórnia, disse que “o poder da medicina regenerativa é que pode potencialmente fornecer uma fonte ilimitada de células produtoras de insulina funcionais que podem então ser transplantadas para o doente”.

AbbVie conclui maior programa de Fase III
A AbbVie concluiu o maior programa de Fase III AbbVie de uma terapêutica totalmente oral e livre de interferão para tratamento...

A AbbVie (NYSE: ABBV) anunciou a conclusão do seu programa de ensaios clínicos de Fase III e divulgou resultados de quatro estudos adicionais concebidos para avaliar a terapêutica experimental totalmente oral e livre de interferão da AbbVie com e sem ribavirina (RBV) em doentes com infecção crónica pelo genótipo 1 (GT1) do vírus da hepatite C (VHC). Estes resultados, descritos abaixo, confirmam dados previamente divulgados pela AbbVie e demonstram ainda taxas elevadas de resposta virológica sustentada às 12 semanas (RVS12) e de tolerabilidade nestes doentes com GT1, 12 semanas após o tratamento.

 

Resultados do Programa de Ensaios Clínicos de Fase III da AbbVie

 

Estudo

Doentes

Regime terapêutico

RVS12

PEARL-II

(12 semanas)

GT1b, experimentados

(N=179)

Regime AbbVie + RBV (n=88)

97%

(85/88)

Apenas regime AbbVie (n=91)

100%

(91/91)

PEARL-III

(12 semanas)

GT1b, naïve

(N=419)

Regime AbbVie + RBV (n=210)

99%

(209/210)

Apenas regime AbbVie (n=209)

99%

(207/209)

PEARL-IV

(12 semanas)

GT1a, naïve

(N=305)

Regime AbbVie + RBV (n=100)

97%

(97/100)

Apenas regime AbbVie (n=205)

90%

(185/205)

TURQUOISE-II

(12 e 24 semanas)

GT1, naïve e

experimentados com

cirrose compensada

(N=380)

Regime AbbVie + RBV, 12 semanas (n=208)

92%

(191/208)

Regime AbbVie + RBV, 24 semanas (n=172)

96%

(165/172)

SAPPHIRE-I

(12 semanas)

GT1, naïve

(N=631)

Regime AbbVie + RBV (n=473)

96%

(455/473)

SAPPHIRE-II

(12 semanas)

GT1, experimentados

(N=394)

Regime AbbVie + RBV (n=297)

96%

(286/297)

 

“Os resultados dos estudos abrangentes de Fase III da AbbVie envolvendo 2300 doentes em 25 países demonstram o desempenho do nosso regime experimental num amplo espectro de doentes infectados com o genótipo 1 do VHC, incluindo doentes com cirrose hepática compensada”, declarou Scott Brun, M.D., vice-presidente para a área de desenvolvimento farmacêutico da AbbVie. “As elevadas taxas de resposta e tolerabilidade do nosso regime, aliadas às taxas baixas de descontinuação, são promissoras.”

O regime experimental da AbbVie consiste na associação de dose fixa de ABT-450/ritonavir (150/100 mg) co-formulado com ABT-267 (25 mg), numa toma diária única, e ABT-333 (250 mg) com ou sem ribavirina (dependente do peso), em duas tomas diárias. A associação de três mecanismos de acção distintos interrompe o processo de replicação do VHC, com o objectivo de optimizar as taxas de RVS nas diferentes populações de doentes. Em Maio de 2013, o regime da AbbVie, com e sem ribavirina, para o GT1 do VHC foi considerado uma Terapêutica Inovadora pela Food and Drug Administration (FDA - agência reguladora americana). A AbbVie estima apresentar pedidos de autorização de introdução no mercado no início do segundo trimestre de 2014. A AbbVie irá revelar resultados detalhados do estudo em futuros congressos científicos e publicações.

 

Acerca do Estudo M13-389 (PEARL-II)

O PEARL-II é um estudo global, multicêntrico, aleatorizado, aberto e controlado para avaliar a eficácia e a segurança de tratamento com o regime AbbVie com e sem ribavirina em doentes adultos não cirróticos, infectados com o GT1b do VHC e experimentados, com a duração de 12 semanas.

A população do estudo era composta por 179 doentes experimentados, infectados com o GT1b, e sem evidências de cirrose hepática: 91 doentes receberam aleatoriamente o regime sem ribavirina durante 12 semanas, e 88 doentes receberam aleatoriamente o regime com ribavirina durante 12 semanas. No grupo que não recebeu ribavirina, 100% (n=91/91) dos doentes alcançaram uma RVS12, em comparação com os 97% (n=85/88) de RVS12 no grupo que recebeu ribavirina.

Os acontecimentos adversos mais frequentes foram fadiga e cefaleias. Não se registaram descontinuações devido a acontecimentos adversos no grupo sem ribavirina e duas descontinuações (2%) no grupo contendo ribavirina. Não se registaram falências virológicas ou progressão em qualquer doente de ambos grupos de estudo.

 

Acerca do Estudo M13-961 (PEARL-III)

O PEARL-III é um estudo global, multicêntrico, aleatorizado, em dupla ocultação e controlado com placebo para avaliar a eficácia e a segurança de tratamento com o regime AbbVie com e sem ribavirina em doentes adultos não cirróticos, infectados com o GT1b do VHC e naïve de tratamento, durante 12 semanas.

A população do estudo era composta por 419 doentes naïve infectados com o GT1b e sem evidências de cirrose hepática: 209 doentes receberam aleatoriamente o regime sem ribavirina durante 12 semanas, e 210 doentes receberam aleatoriamente o regime com ribavirina durante 12 semanas. Após 12 semanas de tratamento, 99% dos doentes tratados com o regime sem ribavirina (n=207/209) e 99% dos doentes tratados com o regime com ribavirina (n=209/210) alcançaram uma RVS12.

Os acontecimentos adversos mais frequentes foram cefaleias e fadiga. Nenhum doente descontinuou o fármaco do estudo devido a acontecimentos adversos. 0% dos doentes tratados com o regime sem ribavirina e 0,5% dos doentes tratados com o regime com ribavirina apresentaram falência virológica ou progressão.

 

Acerca do Estudo M14-002 (PEARL-IV)

O PEARL-IV é um estudo global, multicêntrico, aleatorizado, em dupla ocultação e controlado com placebo para avaliar a eficácia e a segurança de tratamento com o regime AbbVie com e sem ribavirina em doentes adultos não cirróticos, infectados com o GT1a do VHC e naïve de tratamento, durante 12 semanas

A população do estudo era composta por 305 doentes naïve infectados com o GT1a e sem evidências de cirrose hepática: 205 doentes receberam aleatoriamente o regime sem ribavirina durante 12 semanas, e 100 doentes receberam aleatoriamente o regime com ribavirina durante 12 semanas. Após 12 semanas de tratamento, 90% dos doentes tratados com o regime sem ribavirina (n=185/205) e 97% dos doentes tratados com o regime com ribavirina (n=97/100) alcançaram uma RVS12.

Os acontecimentos adversos mais frequentes foram fadiga, cefaleias e náuseas. Dois doentes (1%) tratados com o regime sem ribavirina descontinuaram a terapêutica devido a acontecimentos adversos. Não houve descontinuações entre os doentes do grupo com ribavirina. 8% dos doentes tratados com o regime sem ribavirina e 2% dos doentes tratados com o regime com ribavirina apresentaram falência virológica ou progressão.

 

Acerca do Estudo M13-099 (TURQUOISE-II)

O TURQUOISE-II é o primeiro estudo de Fase III concluído exclusivamente em doentes cirróticos infectados com o GT1 para investigação de um regime totalmente oral livre de interferão. Trata-se de um estudo global, multicêntrico, aleatorizado e aberto para avaliar a eficácia e a segurança de tratamento com o regime AbbVie com ribavirina em doentes adultos cirróticos, naïve ou experimentados e infectados com o GT1a ou o GT1b do VHC, durante 12 ou 24 semanas.

A população do estudo era composta por 380 doentes naïve e experimentados, infectados com o GT1a ou o GT1b e com cirrose compensada: 208 doentes receberam aleatoriamente o regime com ribavirina durante 12 semanas, e 172 doentes receberam aleatoriamente o regime com ribavirina durante 24 semanas. Após 12 semanas de tratamento, 92% dos doentes (n=191/208) alcançaram uma RVS12. Após 24 semanas de tratamento, 96% dos doentes (n=165/172) alcançaram uma RVS12.

Os acontecimentos adversos mais frequentes foram fadiga, cefaleias e náuseas. Foram registados casos de descontinuação devidos a acontecimentos adversos em quatro (2%) dos doentes tratados com o regime com ribavirina durante 12 semanas e em quatro (2%) dos doentes no grupo das 24 semanas. 6% dos doentes do grupo das 12 semanas e 2% dos doentes do grupo das 24 semanas apresentaram falência virológica e progressão.

Poderá encontrar mais informações acerca dos estudos de Fase III da AbbVie em www.clinicaltrials.gov.

A nível global, há cerca de 160 milhões de pessoas com infecção crónica por hepatite C1. O programa multinacional da AbbVie é o maior programa clínico totalmente oral e livre de interferão em doentes com o GT1 do VHC realizado até à data2. O GT1 (com os subtipos 1a e 1b) é o genótipo mais prevalente a nível mundial.

 

 

Programa de Desenvolvimento para o VHC da AbbVie

O programa de desenvolvimento clínico para o VHC da AbbVie destina-se a alcançar avanços no conhecimento científico e nos cuidados clínicos através da investigação de um regime livre de interferão e totalmente oral, com e sem ribavirina, a fim de alcançar elevadas taxas de RVS no máximo de doentes possível, incluindo em doentes que tipicamente não respondem bem à terapêutica - é o caso dos não respondedores à terapêutica com base em interferão ou dos doentes com fibrose hepática ou cirrose em estado avançado.

O ABT-450 foi descoberto na sequência da colaboração existente entre a AbbVie e a Enanta Pharmaceuticals (NASDAQ: ENTA) para investigação de inibidores da protease contra o VHC e regimes que incluem inibidores da protease. O ABT-450 está a ser desenvolvido pela AbbVie para utilização em associação com outros medicamentos experimentais da AbbVie para o tratamento do VHC.

 

Informações de segurança para a Ribavirina e o Ritonavir

A ribavirina e o ritonavir não estão aprovados para uso investigacional acima discutido. Como tal, não se devem nem podem ser extraídas conclusões no que concerne a segurança ou eficácia destes farmacos nesta utilização.

Há considerações especiais relativas à segurança que devem ser tidas em conta aquando da prescrição destes fármacos em populações aprovadas. O ritonavir não pode ser usado com determinados medicamentos, devido à existência de interacções medicamentosas significativas, nem em doentes com hipersensibilidade conhecida ao ritonavir ou a qualquer um dos seus excipientes.

A monoterapêutica com ribavirina não é eficaz no tratamento da infecção crónica pelo vírus da hepatite C, não podendo ser usada sozinha para este fim. A ribavirina provoca efeitos teratogénicos significativos, e está contra-indicada em mulheres grávidas ou a amamentar, bem como em homens cujas parceiras estejam grávidas. A ribavirina não pode ser usada em doentes com antecedentes de doença cardíaca prévia grave, disfunção hepática grave ou cirrose hepática descompensada, hepatite auto-imune, hemoglobinopatias ou em associação com peginterferão alfa-2a em doentes co-infectados com VIH/VHC cirróticos e score na escala de Child-Pugh ≥6.

 

Acerca da AbbVie

A AbbVie é uma empresa biofarmacêutica global, orientada para a investigação, formada em 2013 na sequência da separação dos Laboratórios Abbott. A missão da empresa é fazer uso da sua experiência, da dedicação dos seus colaboradores e da sua abordagem única à inovação para desenvolver e comercializar terapêuticas avançadas que respondam a algumas das doenças mais complexas e graves a nível mundial. A AbbVie emprega cerca de 25 mil pessoas em todo o mundo, comercializando medicamentos em mais de 170 países. Para mais informações acerca da empresa e dos seus colaboradores, portefólio e compromissos, consulte www.abbvie.com. Siga a empresa em @abbvie no Twitter, ou consulte as oportunidades de carreira na nossa página do Facebook ou LinkedIn.

 

1 Lavanchy D. Evolving epidemiology of hepatitis C virus. Clin Microbiol Infect. 2011; 17(2):107-15.

2 Comparação com base na análise de dados em www.clinicaltrials.gov para programas de Fase 3a de Gilead, BMS e BI, em 15 de Novembro 2013.

Grant for Multiple Sclerosis Innovation
Edição de 2013 atribuiu a bolsa no valor de 1 milhão de euros a quatro trabalhos escolhidos entre mais de 100 candidaturas de...

Está aberta a fase de candidaturas para a segunda edição da Grant for Multiple Sclerosis Innovation (GMSI), bolsa da Merck Serono para a investigação científica na área da Esclerose Múltipla. A bolsa, lançada pela divisão biofarmacêutica da Merck, atribui anualmente 1 milhão de euros a projectos que ajudem a melhorar a compreensão da doença e trazer mais benefício para os doentes. A edição de 2014 foi apresentada ao público durante o 29.º European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis (ECTRIMS), numa sessão em que foram também anunciados os projectos de investigação galardoados este ano.

As candidaturas para 2014 podem ser entregues através do site do programa www.grantformultiplesclerosisinnovation.org. Entre os temas de investigação que podem concorrer estão a patogénese da doença, marcadores preditivos de resposta do tratamento e potenciais novos tratamentos.

A GMSI foi lançada em Outubro de 2012, durante o 28.º ECTRIMS, com o objectivo de melhorar a compreensão da EM e beneficiar as pessoas que vivem com a patologia. Investigadores de todo o mundo foram convidados a apresentar candidaturas e mais de uma centena de projectos de investigação translacional concorreram.

Quatro projectos, vão dividir a bolsa de 1 milhão de euros atribuída nesta primeira edição:

• Dr. Daniel Harrison, professor assistente de Neurologia na Johns Hopkins University School of Medicine, recebeu uma bolsa para a investigação que procura transformar as novas técnicas de ressonância magnética e de análise em ferramentas que têm aplicação clínica na EM. O seu trabalho está focado na validação de ferramentas que vão permitir fazer avaliações mais específicas patologicamente em futuros ensaios clínicos.

• Dr. Thomas Thum, Professor e director do Institute of Molecular and Translational Therapeutic Strategies na Hannover Medical School (Alemanha), avaliou a forma como os microRNAs são regulados de forma diferente no líquido cerebrospinal de doentes com EM. A bolsa que lhe foi atribuída vai permitir ao Dr. Thum e a uma rede de centros na Alemanha validar os resultados iniciais da investigação que revelaram padrões diferenciados de microRNA no líquido cerebrospinal de cerca de 1000 doentes com EM.

• Dr. Kevin O’Connor, Professor Assistente de Neurologia na Yale School of Medicine, estuda imunologia e neurologia. O seu laboratório está especificamente interessado na definição os mecanismos pelos quais as células do sistema imunitário de tipo B e os anticorpos que produzem influenciam os danos nos tecidos na auto imunidade. A bolsa será utilizada para apoiar o trabalho desenvolvido para determinar a especificidade dos anticorpos e compreender como alguns tipos particulares de células de tipo B iniciam e sustentam a auto imunidade.

• Dr. Joshua Bacon, responsável pelo Departamento de Psicologia da Stern College for Women na Yeshiva University em Nova Iorque, investigador do Departamento de Neurologia da NYU School of Medicine e membro da equipa clínica e de investigação do Multiple Sclerosis Comprehensive Care Center da Langone da NYU, vai utilizar a bolsa na investigação para o desenvolvimento de testes que vão detectar alterações na velocidade de processamento cognitivo em casos de EM sub-clínica e em primeiras fases, e no desenvolvimento de um programa de reabilitação cognitiva abrangente para doentes com EM que desenvolvem alterações cognitivas.

Conferência “Innovation: Delivering the Promise”
Líder na investigação farmacêutica, a Novartis tem em desenvolvimento, entre 2013 e 2018, 33 novas moléculas a que se adicionam...

A concretização da ciência e da inovação em benefício do doente estão hoje em debate na conferência Innovation: Delivering the Promise, uma iniciativa da Novartis, que assinala a inauguração das novas instalações do Grupo em Portugal.

Com um dos pipelines mais promissores da indústria farmacêutica, com 33 novas moléculas, 29 novas indicações e uma nova formulação em desenvolvimento até 2018, a Novartis é líder no desenvolvimento de medicamentos inovadores para um vasto leque de áreas terapêuticas, desde a hipertensão, à oncologia, passando pelas neurociências e doenças respiratórias.

Para a Novartis, inovação significa não apenas o desenvolvimento criterioso de medicamentos eficazes e dirigidos a necessidades específicas, mas também a garantia de que essas terapêuticas chegam aos doentes que delas necessitam e cumprem a promessa de melhoria da sua qualidade de vida, afirma Cristina Campos, Presidente do Grupo Novartis e Directora Geral da Divisão Farma. E por isso, a Novartis está também comprometida em demonstrar o valor da inovação para os doentes e para o Sistema Nacional de Saúde, acrescenta.

Portugal tem incentivado actividades de investigação e desenvolvimento e, na última década, temos assistido à expansão e transformação da base científica e tecnológica do sistema português de I&D, com cada vez mais empresas com actividades de inovação e um número crescente de investigadores, em relação à média europeia. A Novartis faz parte do diálogo da inovação e pretende afirmar-se como um parceiro na criação de uma agenda de inovação e empreendedorismo, tornando Portugal um país mais competitivo, nomeadamente no que concerne à área de saúde no desenvolvimento de ensaios clínicos. Actualmente, o Grupo Novartis tem a decorrer no nosso país 24 ensaios clínicos, envolvendo mais de 300 doentes e mais de 100 locais/centros diferentes, em 20 hospitais. Para 2014 estão planeados mais dez ensaios clínicos, estimando abranger mais de 500 doentes na totalidade.

Ao colocar lado a lado, cientistas e investigadores da Novartis com os líderes da investigação em saúde em Portugal, a Novartis quer também afirmar Portugal como líder na ciência em saúde. Esta conferência visa promover a partilha de experiências e o desenvolvimento de sinergias entre o que a Novartis está a fazer a nível mundial na investigação farmacêutica e a investigação realizada em Portugal.

David Morris, Global Head Development Franchise Primary Care, Novartis Pharmaceuticals, abre a conferência e apresenta o compromisso da investigação da Novartis em áreas em que ainda há necessidades por satisfazer.

Actualmente, os avanços nas áreas da biologia e da informática estão a possibilitar uma análise sem precedentes dos genes e proteínas humanas. Estes avanços ajudam a identificar os doentes que podem responder de forma positiva a determinadas terapêuticas, utilizando novas ferramentas de diagnóstico. É disso mesmo que vai falar

Paul Manley, Novartis Leading Scientist Oncology Research, do Novartis Institutes of Biomedical Research. O Novartis Institutes for BioMedical Research (NIBR) foca-se em áreas com grandes necessidades ainda não satisfeitas, nomeadamente doenças auto-imunes, cardiovascular e metabolismo, gastrointestinal, doenças infecciosas, oncologia, doenças respiratórias, oftalmologia e neurociências. O processo de desenvolvimento segue o paradigma iniciado pela Novartis no desenvolvimento de imatinib, para o tratamento da leucemia mielóide crónica (LMC).

A medição dos resultados clínicos, tanto em desenvolvimento como nas fases pós introdução de um novo medicamento no mercado, tornando o seu benefício mensurável para os sistemas nacionais de saúde assume particular relevância nos dias de hoje. Para aprofundar este tema e demonstrar quais as principais inovações nesta área, a Novartis traz a Portugal Melvin Olson, Global Head HE&OR, Neuroscience and Ophthalmology que encerrará a conferência.

Cuidados de Enfermagem a crianças e jovens
Administrar medicamentos a crianças e jovens é um cuidado de enfermagem que implica grande responsab

Para a administração de medicação intravenosa a crianças são necessários conhecimentos científicos que salvaguardam a segurança do doente. Há que estar atento a vários princípios dos quais destacamos: o modo de abordagem da criança/jovem e família, a prescrição certa, a idade, o peso, a via de acesso e as condições do paciente. Neste artigo descrevem-se princípios que o enfermeiro deve sempre considerar.

Adoecer constitui para as crianças e jovens um acontecimento não esperado que as expõem a vulnerabilidades de ordem física, social e psicológica condicionadas pela gravidade da doença, pelas restrições ambientais que provoca e pelo medo que sentem dos tratamentos e procedimentos. A par da Hospitalização um dos procedimentos que lhes suscita maior receio é a administração de medicação por via intravenosa ou intramuscular.

A administração de medicação é a forma mais comum de intervenção nos cuidados de saúde. Existem diversas vias de administração de medicação como a via oral, a via intramuscular, a via intravenosa, a via sub-lingual, a via rectal, a via sub-cutânea, a via intradérmica e a inalatória. Em Pediatria as mais usadas são a via oral e a via intravenosa, sendo que para algumas substâncias importantes a via intravenosa é a única via de administração possível.

A menor opção de administração de medicamentos por via intramuscular explica-se pelo facto de a massa muscular das crianças ser aproximadamente 38% menor que a do adulto, e por esse facto são poucos os locais recomendados para a administração intramuscular em Pediatria, daí a opção pela via intravenosa em crianças.

Outra explicação para a alta frequência de utilização de administração de medicamentos por via intravenosa nesta faixa etária deve-se ao facto de serem cada vez mais complexos os cuidados prestados às crianças e jovens.

A via intravenosa é o principal acesso para a administração de medicamentos em recém-nascidos internados em Unidades de Cuidados Intensivos neo-natais, sendo vital para sua sobrevivência.

A via intravenosa utiliza-se sempre que é preciso administrar medicamentos em crianças que apresentem absorção deficiente como resultado de diarreia, desidratação ou colapso vascular periférico; crianças que necessitam de uma alta concentração sérica de uma substância; crianças com infecções resistentes que precisam de medicação parenteral por um período de tempo prolongado, crianças que necessitam de alívio contínuo da dor e crianças em situações de emergência.

A administração de medicamentos por via intravenosa não se resume a simples execução de técnicas e à implementação de uma terapêutica pois existem riscos que é preciso considerar.

Existem mais riscos na administração de medicamentos a crianças do que a doentes adultos. As crianças variam muito na idade, no peso, na área de superfície corporal, e na capacidade de absorver, metabolizar e excretar os medicamentos.

Um outro problema reside no facto de existirem muito poucas dosagens pediátricas padronizadas, sendo necessária uma atenção redobrada na preparação e administração destes medicamentos pois as crianças reagem com gravidade inesperada a algumas substâncias, sendo as crianças doentes ainda mais sensíveis.

Outro problema a considerar é o facto de a administração parenteral de medicamentos contribuir de modo significativo para o aumento do risco de doenças iatrogénicas sobretudo bacteriemias. Para minimizar este risco é necessário que se adoptem boas práticas nos procedimentos para a preparação e administração de terapia endovenosa, devendo existir procedimentos escritos como guias de boas práticas ou manuais com orientações sobre a reconstituição, diluição, conservação e estabilidade físico-química de medicamentos, efeitos colaterais e incompatibilidade medicamentosa de fármacos e soluções.

De modo a diminuir a possibilidade de ocorrência de erros são também muito importantes o desenvolvimento e implementação de sistemas de notificação de erro e incidentes adversos que ajudam a tomar medidas correctoras que consigam reduzir as complicações relacionadas.

Cuidados de Enfermagem na administração de medicação intravenosa

A prescrição certa, a escolha do tipo de cateter e acessórios para a perfusão, a obtenção do acesso, a preparação e administração de fármacos e soluções, os cuidados a ter na manutenção do acesso, a necessidade ou não de imobilização, o controle das perfusões, o alívio da dor no procedimento, a prevenção de complicações e monitorização constantes estão entre as principais acções para a promoção da eficácia e da segurança da criança em terapia intravenosa.

O local escolhido para a administração intravenosa a crianças depende da acessibilidade e da conveniência, contudo devem ser consideradas a idade, as necessidades de desenvolvimento, cognitivas e de movimento quando se escolhe o local a puncionar. As crianças mais velhas devem ser consultadas pois podem ter preferência pelo local de modo a poderem mobilizar-se melhor. Os locais mais utilizados são o dorso da mão, antebraço e braço. Se houver dificuldade em encontrar um acesso nos membros superiores podem ainda utilizar-se o dorso do pé, o tornozelo, e no pescoço a veia jugular. As veias superficiais do couro cabeludo podem ser utilizadas em bebés muito pequenos até cerca dos 9 meses, mas só em situações extremas em que não é possível encontrar outros locais. Se o local escolhido for as extremidades deve começar-se pelos locais mais distais e evitar a mão dominante de modo a reduzir a incapacidade associada ao procedimento. O local seleccionado deve restringir o mínimo possível os movimentos da criança. Devem também ser evitados locais sobre articulações, e extremidades como o espaço antecubital. As veias do pé devem ser evitadas em crianças que já andam ou que estão a aprender a andar.

A escolha do cateter e do seu calibre deve ser adequada ao tamanho da criança bem como à duração do tratamento, sendo os mais utilizados os cateteres 24G e os 22G.

Antes de ser administrada a terapêutica endovenosa os Enfermeiros devem ter presentes nove regras, ou nove certos, indispensáveis à segurança e qualidade da terapia, a saber:

O doente certo - verificar sempre a identidade correta da criança através da pulseira de identificação, da própria se tiver idade, e dos pais ou pessoa significativa presente.

Medicamento certo - Antes de preparar a medicação certificar-se mediante a prescrição de qual é o medicamento, e conferir lendo mais de uma vez, o rótulo do mesmo. Pedir a uma colega que confirme, procedimento necessário em alguns medicamentos.

Dose certa - Antes de administrar a medicação certificar-se da dose na prescrição, lendo uma e outra vez.

Via certa - Antes de administrar a medicação, certificar-se da via mediante prescrição, lendo mais de uma vez e só depois aplicar.

Hora certa - Administrar no horário previsto na prescrição, e no espaço de tempo de terminado, 6/6h, 8/8h, 12/12h.

Tempo certo - Respeitar o tempo previsto na prescrição, programar corretamente as bombas ou seringas perfusoras ou controlar adequadamente o gotejo monitorizando dessa forma o tempo previsto para a perfusão.

Validade certa - Antes de preparar a medicação deve ser verificada a data de validade.

Abordagem certa - Antes de administrar o medicamento deve ser explicado o procedimento à criança e aos pais e implementadas medidas para aliviar a dor, se necessário.

Registo certo - Registar a medicação administrada, bem como a existência de incidências ou complicações.

Podem ocorrer complicações na administração de medicação intravenosa.

As complicações mais frequentes são:

  • Hematomas: decorrem da tentativa de punção venosa ou punção inadvertida de artéria;
  • Flebite: inflamação na veia, a criança refere dor e o local fica sensível ao toque. Devem-se vigiar sinais inflamatórios no local de inserção do cateter, (dor, calor rubor e edema);
  • Infiltração: extravasamento da solução ou medicação fora da veia, a pele fica tensa, fria e com edema.
  • Obstrução: quando a perfusão é interrompida formando-se um coágulo dentro do dispositivo e não existe retorno do fluxo de sangue.

Complicações menos frequentes:

  • Infecção: causada por assepsia inadequada nos procedimentos;
  • Choque anafilático: reação alérgica potencialmente grave a determinados medicamentos;
  • Embolia gasosa: ocorre por entrada maciça de ar na veia. Pode trazer desconforto respiratório, pulso e TA diminuídos e perda de consciência.

A dor associada ao procedimento

A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável que resulta da lesão real ou potencial dos tecidos associada aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos.

Dentre os procedimentos invasivos realizados a crianças nos serviços de saúde a punção venosa destaca-se como o procedimento a que as crianças mais vezes são submetidas, seja por motivos de diagnóstico seja para administração de terapêutica.

Estes procedimentos percepcionados pela criança como dolorosos representam um factor elevado de desconforto e stress cuja minimização deve ser valorizada, através da gestão da dor com implementação de medidas farmacológicas e estratégias não farmacológicas associadas.   

O medo e a ansiedade das crianças contribuem para agravar a dor sendo a presença dos pais fundamental durante a realização dos procedimentos pois torna a criança menos ansiosa e mais segura. A colaboração dos pais deve ser negociada e adequada ao papel parenteral desejado para o momento.

É importante a “preparação psicológica da criança” em que os Enfermeiros realizam um conjunto de estratégias destinadas a tranquilizar a criança e a família e obter a sua colaboração para o procedimento. 

Os Enfermeiros, compreendendo a dor nas crianças, e perante um procedimento que sabem ser doloroso, devem fazer tudo para evitar a dor, utilizando de preferência mais do que um processo recorrendo à combinação de diferentes métodos farmacológicos e não farmacológicos.

Um dos métodos farmacológicos utilizados para minimizar a dor na punção venosa em crianças é a aplicação de anestesia tópica da pele e em casos de repetição do procedimento pode utilizar-se a sedação.

As estratégias não farmacológicas devem ter em conta a idade da criança e o seu desenvolvimento cognitivo, a sua história de dor, e o envolvimento dos pais. Para os bebés o embalo, o colo, a massagem, a sucção não nutritiva e o leite materno são estratégias a utilizar. Para as crianças maiores e adolescentes são utilizadas a informação antecipatória, a distracção com a música e a leitura, a imaginação guiada, o reforço positivo, o relaxamento e a simulação e modelação.

Bibliografia
Aline Santa Cruz Belela, Mavilde da luz Gonçalves Pedreira, Maria angélica Sorgini Peterlini. Erros de medicação em Pediatria. Revista Brasileira de Enfermagem, vol. 64, núm. 3, mayo-junio, 2011, pp. 563-569. Acedido em: http://www.redalyc.org/pdf/2670/267019943022.pdf
Almeida FA, Sabatés AL. Enfermagem pediátrica: a criança, o adolescente e a sua família no hospital. São Paulo (SP): Manole; 2008.
Batalha Luís, Costa Luísa et al - Fixação de cateteres venosos periféricos em crianças: estudo comparativo Acedido http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452010000300012
Direcção Geral da Saúde - orientações técnicas sobre o controlo da Dor em procedimentos invasivos nas crianças (1 mês a 18 anos). Lisboa: DGS, 2012, (orientação n.°22/2012).
Edson Stefanini – Estabelecimento e manutenção das vias de infusão de medicamentos. Acedido em http://www.socesp.org.br/publish-revista/pag/1.3.11.1.html
Estratégias não farmacológicas no controlo da dor na criança – Guia Orientador de Boas Práticas. Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Ordem dos Enfermeiros, 2013.
Hockenberry MJ, Wilson D, Winkelstein ML. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica Wong. Tradução de Alexandre Vianna Aldighieri Soares. 7ª ed. São Paulo(SP): Elsevier; 2006.
Oliveira Joseph, Lemos Izabel, et al - BRINQUEDO TERAPÊUTICO INSTRUCIONAL NO PREPARO DA CRIANÇA PARA PUNÇÃO VENOSA: CONTRIBUIÇÕES À ENFERMAGEM PEDIÁTRICA. Acedido em: http://www.abeneventos.com.br/anais_senpe/17senpe/pdf/0760co.pdf
Rodrigues, Elisa - Os significados da prática da terapia intravenosa em uma unidade de terapia intensiva neonatal do Rio de Janeiro vol. 44, n. 4, out./dez., 2008 http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a14.pdf
Souza, Maria; Goulart Marta, et al - Estudo de utilização de medicamentos parenterais em uma unidade de internação pediátrica de um hospital. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, vol. 44, n. 4, out./Dez., 2008. Acedido em: http://teses.icict.fiocruz.br/pdf/2183ElisadaConceicaoRodrigues.pdf

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Presidente da República preside à cerimónia
Edifício reflecte um compromisso de permanência da Novartis em Portugal, e a importância do país como um centro de decisão no...

A Novartis inaugurou as novas instalações do Grupo em Portugal, numa cerimónia presidida por Sua Excelência, o Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva e que com a presença do Ministro da Saúde, Paulo Macedo, do Ministro da Economia, António Pires de Lima e de David Epstein, membro do Comité Executivo da Novartis e CEO da Divisão Novartis Pharmaceuticals.

O novo edifício, inserido na Praça Central do Taguspark, Parque de Ciência e Tecnologia localizado em Oeiras, o primeiro a ser construído, em apenas dois anos, no âmbito do projecto de desenvolvimento e revitalização, designado Praça Central do Taguspark, integra no mesmo espaço, os cerca 320 colaboradores de todas as divisões da empresa. A nova sede do Grupo Novartis representou um investimento de 14 milhões de euros reflectidos num compromisso de permanência a longo prazo no edifício promovido pela Taguspark,SA, à medida das necessidades e requisitos da Novartis. Assinado pelo Arquitecto Frederico Valsassina, o novo edifício tem quatro pisos, uma área de construção de 7.250m2 acima do solo, e estacionamento privativo com capacidade para 350 lugares.

No mesmo espaço ficam agora integradas as cinco empresas que constituem o Grupo Novartis e com presença em Portugal: Farma (medicamentos inovadores em áreas como oncologia, doenças cardiovasculares e metabólicas, respiratórias, neurociências, transplantes e doenças infecciosas); Vacinas (Prevenção); Sandoz (medicamentos genéricos); Consumer Health (medicamentos não sujeitos a receita médica); Alcon (cuidados oftalmológicos, cirúrgicos e farmacêuticos).

O Grupo Novartis tem respostas para todas as áreas dos cuidados de saúde. Este novo espaço permite fomentar as sinergias entre todas as empresas do Grupo para melhor respondermos às necessidades de saúde em Portugal refere Cristina Campos, Presidente do Grupo Novartis, Portugal e Directora Geral da Divisão Farma. O novo espaço vem reforçar o compromisso da Novartis para com o futuro do nosso país, permitindo-nos reforçar a imagem e notoriedade da Novartis em Portugal, assumindo o país como um centro de decisão importante no seio da empresa.

Para além dos medicamentos e soluções inovadoras de saúde que a Novartis traz para o nosso país, a empresa tem desenvolvido uma forte área de investigação e desenvolvimento, trazendo um número crescente de ensaios clínicos para Portugal. O valor de investimento em actividades de I&D da Novartis em Portugal, em 2013, foi de 4.8 milhões de euros. Entre 2009 e 2013 assistimos a um aumento em mais de 70% no investimento da empresa em actividades de I&D em Portugal. E se tivermos em conta que a empresa tem em desenvolvimento até 2018, 32 novas moléculas, 30 novas indicações e uma nova formulação a expectativa é que este compromisso se mantenha no futuro.

A integração de todos os colaboradores no mesmo espaço, permitirá à Novartis prestar um melhor serviço fomentando sinergias internas entre as diferentes divisões do Grupo e permitindo alcançar ganhos de produtividade a longo prazo, por exemplo através da utilização das várias salas de reuniões para realização de eventos internos e externos. Proporcionar uma melhor experiência de trabalho aos colaboradores, não só pelo espaço disponível mas também pelas condições do mesmo, usufruindo de luz natural e de maior privacidade, foi igualmente um objectivo da Novartis.

Considerada, em 2013, a 4 ª melhor empresa para trabalhar em Portugal no segmento de empresas com mais de 250 colaboradores, de acordo com o Great Place to Work Institute Portugal, a Novartis trabalha diariamente para disponibilizar aos seus colaboradores um espaço de trabalho de excelência que promova o seu bem-estar e um ambiente estimulante e motivante. No novo edifício todos os colaboradores trabalham em open space, usufruindo de luz natural em todo os postos de trabalho.

 

Sobre a Novartis

A Novartis fornece soluções de saúde inovadoras destinadas a dar resposta às necessidades em constante evolução dos doentes e da sociedade. Sediada em Basileia, na Suíça, a Novartis dispõe de um portefólio diversificado para responder da forma mais adequada a essas necessidades: medicamentos inovadores, cuidados oculares, genéricos económicos, vacinas preventivas e ferramentas de diagnóstico, medicamentos de venda livre e produtos de saúde animal. A Novartis é a única empresa global com posições de liderança em todas estas áreas. As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 133 mil colaboradores a tempo inteiro, desempenhando as suas actividades em mais de 140 países. Para obter mais informações, visite http://www.novartis.com.

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
A síndrome vulgarmente chamada de “olho seco”, é uma doença inflamatória que atinge cerca de 20% da população adulta e, segundo...

Desconforto ocular, sensação de corpo estranho, ardor, queimor, picadelas, prurido, irritação ocular, olho vermelho e sensação de pálpebras pesadas são alguns dos sintomas de alerta para esta e outras formas de inflamação da superfície ocular externa, explica a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

Paulo Torres, presidente da SPO, explica que “o olho seco é, em muitos casos, consequência da diminuição da produção de lágrima, da deficiência de alguns dos seus componentes e da maior evaporação da lágrima, esta última relacionada com a diminuição do pestanejo reflexo. O estado de atenção que se aplica nas tarefas que se realizam ao perto, como o trabalho com monitores de computadores ou ecrãs de jogos, fazem com que haja uma diminuição do reflexo do pestanejo, com uma maior evaporação da lágrima e um menor recobrimento da superfície ocular pelo filme lacrimal. Assim, a superfície ocular fica mais exposta e torna-se mais vulnerável à inflamação, levando ao aparecimento das queixas típicas acima descritas. O olho seco está também relacionado com outros factores, nomeadamente o envelhecimento natural, alterações hormonais como na menopausa da mulher, tabagismo, alcoolismo, cirurgias oculares, uso prolongado de lentes de contacto e a exposição prolongada a meios ambientes pessoais e ou profissionais agressivos (ventos, poeiras, ambientes secos e refrigerados).

O especialista refere ainda que “esta síndrome pode ser uma manifestação de doenças sistémicas, particularmente as do foro imunológico (artrite reumatóide, lúpus eritematoso disseminado, síndrome de Sjögren, sarcoidose, entre outras), outras doenças como a diabetes mellitus, bem como consequência de medicação sistémica antidepressiva e anti-hipertensora prolongada.

Apesar dos sintomas incomodativos, o olho seco geralmente não interfere com a visão, podendo ser tratado de uma forma eficaz com lágrimas artificiais de conforto.

As lágrimas artificiais são o tratamento de base para o olho seco, estando disponíveis nas farmácias sem receita médica. As formulações sem conservantes devem ser escolhidas quando a necessidade de aplicação de lágrima artificial é grande. É preciso ter em atenção se estas podem ser utilizadas com lentes de contacto. O mais importante é relembrar que o olho seco provoca desconforto ocular mas, na maioria dos casos, é uma situação controlável e não associada a perda irreversível da acuidade visual.

“A avaliação inicial por um oftalmologista para despiste de doença ocular associada deve ser sempre efectuada”, conclui Paulo Torres, presidente da SPO.

Tribunal anula
O Tribunal Central Administrativo do Sul considera que a redução no ano passado em 15% do preço das tiras-teste, agulhas,...

Num acórdão recente a que o jornal Público teve acesso, os juízes dizem que o Governo “violou o princípio da boa fé” quando baixou os preços justificando que a comissão criada para o efeito não chegou a consenso.

Porém, a comissão nunca reuniu, nem o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Economia (ME) nomearam representantes para a integrar. Isto mesmo foi o que alegou a Associação Nacional da Indústria Farmacêutica (Apifarma) que discordou e interpôs uma providência cautelar.

A decisão dá razão à Apifarma que recorreu depois do Tribunal Administrativo do Circulo (TAC) de Lisboa indeferir a providência. A redução dos preços fica assim suspensa, uma vez que o despacho do Governo foi invalidado pelos juízes.

O Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) considerou ainda que o tribunal inferior cometeu erros de julgamento e violou até a Constituição da República Portuguesa quando determinou que a Apifarma não tinha legitimidade para representar os interesses individuais dos seus associados – operadores da indústria farmacêutica – em tribunal.

A suspensão “permitirá aos associados voltar a praticar os preços que anteriormente praticavam”, aponta o TCAS. Os preços deverão voltar a subir, compensando a redução anteriormente verificada. O Público tentou, porém sem sucesso, obter uma reacção e confirmar esta eventual subida junto de Antónia Nascimento, da direcção da Apifarma.

Em resposta ao Público, o MS lembrou que o acórdão “não transitou em julgado” e que irá recorrer para o Supremo Tribunal Administrativo. O MS admite, contudo, que irá finalmente designar representantes para a comissão.

O Governo estima que o prejuízo para o Estado seja de 47 milhões de euros devido ao “impedimento de significativas poupanças”. A tutela apresentou inicialmente uma resolução fundamentada do interesse público que agora perde eficácia face a este acórdão.

Os preços não sofriam qualquer alteração desde 2010 e na altura a decisão provocou polémica por dar apenas quatro dias à indústria farmacêutica para recolher as embalagens com preços antigos.

Os operadores do mercado temiam falhas de abastecimento que, porém, “não se verificaram”, disse o presidente da Associação Protectora dos Diabéticos em Portugal, Luís Gardete Correia. “Esses preços são relativos à negociação, no âmbito de protocolos, entre o Estado e a indústria farmacêutica. Não chegamos a pagar menos”, disse o responsável. Segundo Gardete Correia, uma caixa de tiras-teste custa “menos de dois euros”.

A comissão, criada em portaria do Governo, serviria para estabelecer uma nova metodologia do cálculo dos preços e incluía ainda vários parceiros que participam no Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes como a Apifarma e a Associação Nacional das Farmácias (ANF).

Teste inovador permite
Uma nova tecnologia de diagnóstico baseada em nanopartículas de ouro permite determinar se se trata de uma tuberculose...

Em 2012, receberam o Prémio de Mérito Científico Santander Totta/ Universidade NOVA pelo desenvolvimento de um teste rápido e mais barato de diagnóstico da tuberculose, baseado em nanopartículas de ouro. Em Janeiro, Pedro Viana Baptista, da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT), e Miguel Viveiros, do IHMT, publicaram um artigo em que mostram que, recorrendo ao mesmo método, e dentro do mesmo tubo, é ainda possível determinar se se trata de uma tuberculose multirresistente e especificar que mutações causam resistência, avança comunicado de imprensa.

O estudo, publicado na revista científica internacional Tuberculosis, partiu de genótipos do bacilo da tuberculose portugueses, mas a metodologia de diagnóstico pode ser adaptada a qualquer grupo genético de resistências. Em 2011, Portugal registava 22,6 novos casos de tuberculose por 100 mil habitantes, com aproximadamente 3% de casos multirresistentes, um decréscimo significativo quando comparado com o ano 2000 (25-30%). Foi nessa altura que o IHMT trouxe para Portugal o diagnóstico precoce por biologia molecular e, com o apoio da Fundação Gulbenkian, aplicou-o na área da Grande Lisboa. “Em 24 horas, passou a saber-se se os indivíduos estavam doentes e se eram ou não multirresistentes”, diz Miguel Viveiros.

Com a nova tecnologia de diagnóstico baseada em nanopartículas de ouro, é possível obter o mesmo diagnóstico de forma menos dispendiosa e com uma fácil concretização técnica. “A grande vantagem desta abordagem é permitir sensibilidades superiores às técnicas moleculares padrão (PCR) mas de forma simples e a baixo custo”, refere Pedro Baptista. “Na prática, pegamos nas nanopartículas, que estão funcionalizadas com sequências que identificam o bacilo da tuberculose e com as resistências do bacilo. Se, na amostra doente, existir o bacilo ou o seu ADN, esses alvos interagem com as partículas. Se não existir interacção, a solução muda de muda de cor para azul devido à agregação das nanopartículas”, explica Miguel Viveiros.

A detecção precoce dos casos de tuberculose multirresistente em Portugal é uma necessidade urgente, já que as estirpes portuguesas apresentam características únicas, que as tornam irresponsivas aos tratamentos padrão preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Sabemos que 75-80% das estirpes multirresistentes em Portugal são do mesmo grupo genético da estirpe Lisboa, que tem características não partilhadas com o resto do mundo”, explica o investigador Miguel Viveiros. Foi no IHMT que a estirpe Lisboa foi identificada pela primeira vez, tendo sido caracterizada, em 1999, no âmbito de uma parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. As razões que a levam a ter uma maior predisposição para a resistência e a centrar-se em Portugal ainda não estão esclarecidas. Mas estão em estudo. “Temos feito todos os esforços para caracterizá-la do ponto de vista científico. Sabemos que apresenta dilecções em alguns genes que a tornam mais virulenta”, daí a não responsividade ao tratamento padrão da OMS, salienta o bacteriologista do IHMT.

Apesar dos progressos:
A luta contra o cancro infantil tem mostrado progressos, mas ainda existem muitos desafios, diz um estudo publicado pela...

Em 2014, são esperados 15.780 novos casos de cancro e 1.960 mortes decorrentes da doença em doentes de até 19 anos nos EUA, segundo a American Cancer Society. Estima-se que um em cada 285 americanos sejam diagnosticados com cancro antes dos 20 anos, e um em cada 530 adultos de 20 a 39 anos sejam sobreviventes da enfermidade.

Enquanto melhoras em técnicas de cirurgia, radioterapia e quimioterapia aumentaram a sobrevida dos doentes, muitos sobreviventes têm alto risco de apresentar problemas de saúde a longo prazo, de acordo com o documento. Os tratamentos melhoraram, mas os estudos para entender as causas e maneiras de prevenir tumores em crianças e adolescentes avançam lentamente.

Os cientistas sabem pouco sobre a prevenção de tumores que acometem crianças, ao contrário dos que afectam adultos. Além disso, o diagnóstico infantil é muito mais difícil, porque os sintomas se confundem com os de doenças comuns.

“O progresso contra o cancro infantil foi enorme em alguns aspectos, mas isso não pode nos impedir de enxergar que o avanço foi decepcionante em outros e que o cancro continua sendo a segunda causa de morte em crianças”, afirma Otis Brawley, médico chefe da American Cancer Society. “Há muito trabalho a ser feito para melhorar os resultados, reduzir os efeitos colaterais associados ao tratamento e compreender as causas moleculares que provocam os tumores infantis para poder preveni-los e diagnosticá-los mais precocemente”.

O relatório foi criado para informar a população e os médicos sobre os avanços e os desafios na prevenção e tratamento de tumores em crianças e adolescentes.

Estudo diz:
Indivíduos friorentos têm um consolo para enfrentar as baixas temperaturas: tremer de frio pode queimar tantas calorias quanto...

Ambas as actividades convertem o tecido adiposo branco (a indesejada gordura que armazena energia no corpo humano) em tecido adiposo castanho (que, ao contrário, queima energia para gerar calor), afirma um estudo conduzido por investigadores da Austrália e Estados Unidos.

Na pesquisa, indivíduos que tremeram durante dez a 15 minutos numa sala refrigerada e que fizeram uma hora de bicicleta a um ritmo moderado produziram a mesma quantidade da hormona que estimula essa conversão.

O estudo foi coordenado pelo cientista australiano Paul Lee, do Instituto de Pesquisas Médicas Garvan, em Sydney, nos Institutos Nacionais de Saúde americanos (NIH, na sigla em inglês), em Washington.

“Quando sentimos frio, primeiro activamos a nossa gordura castanha, porque queima energia e emite calor para nos proteger. Quando essa energia é insuficiente, o músculo contrai-se mecanicamente, ou treme, gerando calor dessa forma”, explicou Lee.

O estudo insere-se numa nova linha de descobertas relativas à gordura castanha desde que este tecido voltou a atrair as atenções da ciência.

A gordura castanha é um mecanismo evolutivo que os humanos desenvolveram para enfrentar as baixas temperaturas da Terra nos primórdios da história. Existe em animais que hibernam, como os ursos, e em redor do pescoço de bebés recém-nascidos, incapazes de se proteger do frio por conta própria.

Os cientistas achavam que a gordura desaparecia gradualmente até ser eliminada em indivíduos adultos. Entretanto, nos últimos anos, diversos estudos comprovaram que os depósitos deste tecido diminuem, mas não desaparecem no corpo - dando início a pesquisas para incentivar a formação de gordura castanha como forma de combater a obesidade e a diabetes.

Um estudo da Universidade de Harvard em 2012, custeada pelos NIH, identificou uma hormona produzida pelos músculos durante o exercício que transforma o tecido adiposo branco em castanho em animais, a irisina.

Na pesquisa coordenada por Paul Lee, voluntários foram expostos a temperaturas entre 12 e 18 graus centígrados, começando a tremer entre 14ºC e 16ºC.

“Identificamos duas hormonas que são estimuladas pelo frio - a irisina e o FGF21 - que são libertadas, respectivamente, pelo músculo a tremer e pela gordura castanha”, explicou o endocrinologista.

“Estas hormonas aumentaram o ritmo de queima de células adiposas brancas em laboratório, e estas células tratadas começaram a emitir calor, o que é uma marca da função da gordura castanha”.

Depois, estes participantes foram convidados a participar de exercícios físicos para comparar os dois processos. “Descobrimos que andar de bicicleta durante uma hora a um ritmo moderado produziu a mesma quantidade de irisina que tremer por 10 a 15 minutos”, disse Lee.

“A nossa especulação é que o exercício físico imite o acto de tremer, pois há contracção muscular durante ambos os processos”, afirmou. “E que a irisina estimulada pelo exercício tenha evoluído a partir do acto de tremer de frio”.

As conclusões de Lee apontam na mesma direcção de outras pesquisas que também relacionam a queima de calorias com a exposição moderada a baixas temperaturas.

Um estudo no Japão observou a redução da gordura corpórea em pessoas que passaram duas horas por dia a uma temperatura de 17 graus centígrados durante seis semanas.

Outra pesquisa da Universidade de Maastricht, na Holanda, indicou que indivíduos que passaram seis horas a 15 graus por dez dias tiveram os seus depósitos de gordura castanha aumentados - o que em troca as permitiu adaptar-se à temperatura mais facilmente.

Cientistas estimam que, enquanto 50g de gordura branca armazenam 300 calorias no corpo, 50g de gordura castanha queimam 300 calorias por dia.

Indivíduos com mais proporção de gordura castanha tendem a ser mais magros que indivíduos que têm menos esse tipo de gordura.

Sistema digestivo
A digestão é uma função que se desenrola de forma sequencial, isto é, trata-se de um conjunto de fen
Digestão

A digestão é o conjunto das transformações químicas e físicas que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis. Por isso, a digestão inclui processos mecânicos, químicos e absortivos.

O início do processo digestivo se dá na boca, com a mastigação. Trata-se da acção mecânica da digestão que se inicia com a trituração dos alimentos na boca, e continua através de todo o tracto intestinal, por meio dos diversos movimentos peristálticos.

Nesta altura, através da acção de mastigação e da humidificação (com a ajuda da ptialina, enzima contida na saliva), os alimentos transformam-se em bolo alimentar. Dá-se de seguida a deglutição (acto de engolir) através da faringe e daí para o estômago, através do esófago. O bolo alimentar é empurrado pelo esófago por meio dos movimentos peristálticos, que nada mais são que contracções musculares.

Quando o bolo alimentar chega ao estômago sofre a acção química do suco gástrico (que contem pepsina), transformando-se em quimo. O quimo segue então para a região pilórica, atravessa o duodeno onde recebe os sucos intestinais e o suco pancreático que, com a ajuda de enzimas, decomporão ainda mais a massa alimentar, transformando-a em quilo, e entra no intestino delgado. Aqui, pelo efeito dos movimentos peristálticos do intestino, o quilo vai sendo empurrado em direcção ao intestino grosso, enquanto vai ocorrendo a absorção dos nutrientes, com a ajuda das vilosidades intestinais. A parte que não é aproveitada do quilo é, finalmente, evacuada pelo ânus sob a forma de fezes e chegamos ao final do processo digestivo.

A transformação dos alimentos

Ao longo do tubo e processo digestivo os alimentos são transformados por acção de fenómenos mecânicos e químicos que, no seu conjunto, constituem a digestão. Para executar estas transformações, o aparelho digestivo realiza três tipos distintos de actividades, que tornam máximo o aproveitamento dos nutrientes: secreção, movimento e absorção.

A digestão recebe o contributo de agentes que são produzidos por alguns dos órgãos que constituem o aparelho digestivo, ou então segregados por glândulas secretoras que lhes estão associadas e que, pela sua natureza, auxiliam a transformação dos alimentos em entidades químicas mais simples (secreção). A esta acção de ataque químicos também se associam, ao longo do trajecto do tubo digestivo, vários outros efeitos mecânicos que resultam da contracção das paredes de alguns órgãos que o constituem. Por exemplo, o estômago, ao contrair-se de forma própria, mistura o seu conteúdo com grande eficiência, e o esófago e o intestino delgado contribuem, com as suas contracções, para o avanço dos materiais ao longo do percurso (movimento).

As substâncias simples da nossa dieta, como a água, os sais minerais e as vitaminas (excepto a vitamina B12), podem ser absorvidas ao longo do tubo digestivo sem sofrerem transformações. Contudo, as macromoléculas, como proteínas, gorduras e hidratos de carbono, têm de ser transformadas em moléculas pequenas e menos complexas para serem absorvidas.

Por isso, as proteínas são desdobradas em polipéptidos, péptidos e aminoácidos. Os hidratos de carbono são transformados em açúcares simples (monossacarídeos) como a glicose, a frutose e a galactose, entre outros. As gorduras são parcialmente separadas em ácidos gordos e glicerinas.

Todo o tubo digestivo se encontra revestido internamente por muco em todo o seu comprimento. Este muco actua como lubrificante (facilitando o movimento dos alimentos) e ao mesmo tempo protege o epitélio do tubo digestivo contra lesões mecânicas produzidas pelos alimentos.

Por outro lado, o estômago secreta um ácido (clorídrico e pepsinogénio) cuja principal função é fornecer protecção contra colonizações de bacterianas indesejáveis e activar o pepsinogénio .

Sabia que:
- O comprimento dos intestinos é de pelo menos 7,5 metros nos adultos;
- Mastigar comida demora entre 5 e 30 segundos;
- Engolir demora cerca de 10 segundos;
- A comida pode andar às voltas no estômago durante 3 a 4 horas;
- A comida demora 3 horas a atravessar o intestino;
- Durante uma vida, o sistema digestivo aguenta com 50 toneladas de comida.

Conselhos para uma melhor digestão

1. Escolha alimentos "leves"

Certos alimentos são mais fáceis de digerir que outros. Quanto mais rica em gorduras for uma refeição, mais demorada será a sua digestão. As refeições ditas "pesadas" requerem uma maior produção de suco gástrico para a digestão, o que pode provocar ardor em pessoas mais sensíveis. Além disso, é frequente sentirmo-nos cheios, sonolentos e pouco activos, após este tipo de refeições.

2. Mastigar bem os alimentos

Quanto melhor mastigarmos os alimentos, mais facilitada estará a digestão no estômago. Se pelo contrário, o estômago receber pedaços de alimentos demasiado grandes, este necessitará de produzir maior quantidade de ácido gástrico e de mais tempo para digerir os alimentos, antes de seguirem para o intestino. Por isso, uma boa mastigação limita a produção de ácido gástrico e estimula os receptores sensoriais, que dão o sinal de arranque para a produção das secreções digestivas - preparando o tubo digestivo para a recepção dos alimentos.

3. Beber água suficiente

Recomenda-se entre 1,5 L a 2 L ou 8 a 10 copos de água por dia. Uma hidratação adequada, além de manter o equilíbrio de todas as reacções físicas e químicas do nosso organismo, facilita a eliminação de toxinas pelos rins e ajuda a prevenir a prisão de ventre.

As águas minerais com gás podem ajudar a digestão, em caso de estômago "pesado". O chá e as infusões também podem estimular a digestão. Tenha atenção ao café muito forte ou em excesso, pois este pode provocar irritação das mucosas gástricas em pessoas mais sensíveis.

4. Preserve a sua flora intestinal

O nosso intestino é habitado por milhões de bactérias de várias espécies - a que se dá o nome de flora intestinal. Esta é indispensável ao funcionamento do intestino e à manutenção de um trânsito intestinal normal. Desta forma, prefira os alimentos que têm um melhor impacto na flora intestinal São exemplo, as fibras que se encontram naturalmente em frutas, vegetais e cereais, tais como, bananas, cebolas, alho, espargos, alho-francês, tomate, trigo e cevada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Português ajuda a criar
Uma equipa de investigadores, incluindo o português Bruno Correia, criou uma vacina sintética contra o Vírus Sincicial...

Bruno Correia, do Instituto Gulbenkian de Ciência, e colegas do Departamento de Bioquímica da Universidade de Washington e do Scripps Research Institute, ambos nos Estados Unidos, geraram em computador sequências de uma proteína, de modo a que produzissem uma vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por infecções respiratórias em crianças, muitas fatais.

O investigador explicou que, após a sua caracterização bioquímica, a proteína foi produzida em laboratório e, depois, testada com êxito em macacos, que “têm um sistema imunitário muito parecido com o dos humanos”.

“Os anticorpos são produzidos quando injectamos a proteína no animal”, adiantou, precisando que a proteína, parecida com o VSR, “gerou anticorpos capazes de neutralizar o vírus”.

O próximo passo da equipa, antes de um possível ensaio clínico, é obter mais anticorpos contra o VSR, usando outras moléculas, com “mais possibilidades de neutralizar o vírus”. Segundo Bruno Correia, do programa doutoral de Biologia Computacional do Instituto Gulbenkian de Ciência, o método utilizado com o VSR para criar uma vacina experimental poderá ser testado com os vírus da sida, da gripe ou da hepatite C. Os resultados são publicados na revista Nature.

Medela apela a clientes
A empresa Medela Portugal pediu aos clientes, em comunicado publicado na imprensa, que interrompam a utilização dos...

Num anúncio a Medela Portugal revela que devido à “potencial acumulação de humidade na zona de ligação entre o cabo de alimentação e a unidade do esterilizador, em casos particulares, os esterilizadores B-Well Steriliser podem apresentar um risco potencial de queimadura, fogo ou exposição a corrente eléctrica significativa”.

A empresa salienta que até ao momento não houve quaisquer queixas de saúde significativas associadas, mas não exclui, de momento, “riscos de saúde muito graves”.

Por isso, a Medela Portugal pede aos seus clientes que interrompam permanentemente a utilização dos esterilizadores a vapor B-Well Steriliser e desliguem o cabo de alimentação do sistema eléctrico.

A empresa pede também aos clientes que devolvam o seu esterilizador no ponto de venda onde o adquiriram ou que o enviem à Medela Portugal, que se dispõe a pagar o produto devolvido.

De acordo com o comunicado, trata-se de esterilizadores à venda no mercado português com os números de artigo 008.0100 a 008.0104, 008.0121, 008.0287.

“O número que o cliente encontrará no produto será 200.3377 ou 200.3378”, informa a empresa. A Medela - sucursal em Portugal, foi criada em 2009, dedica-se às áreas de negócio relacionadas com aleitamento materno, fototerapia e aplicações de vácuo de sucção.

Estudo do INSP
Uma investigadora do Instituto Nacional de Saúde Pública considera “preocupantes” dados sobre o aumento do consumo de tabaco...

“Se tivermos em conta que, em 2008, os estudos da Direcção-Geral da Saúde [DGS] apontavam que havia 9,5% de mulheres fumadoras, agora estamos a falar de uma percentagem de 17%. O consumo de tabaco tem dados assustadores”, disse a coordenadora do estudo “E-Cor”, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Mafalda Bourbon.

Para além disso, o estudo revela ainda que cerca de 55% da população das regiões Norte, Centro e Lisboa tem “dois ou mais” factores de risco vasculares. “A diferença deste estudo para outros está em ver qual é o número de factores de risco existentes em cada pessoa. E o número [cerca de 55% em três regiões de Portugal Continental] é alarmante. Pode ser uma pessoa hipertensa que fuma ou uma pessoa obesa com diabetes”, descreveu Mafalda Bourbon.

Estes dados fazem parte de um estudo que será apresentado sexta-feira no 8.º Congresso do Acidente Vascular Cerebral (AVC) organizado pela Sociedade Portuguesa do AVC.

Profissionais de saúde
Um estudo português recente revela que muitos profissionais de saúde não estão preparados para lidar com a mutilação genital...

A investigação resultou do preenchimento de inquéritos distribuídos entre Abril e Junho de 2008 a profissionais de saúde da Maternidade Alfredo da Costa (MAC). Dos 112 inquéritos considerados válidos - respondidos por médicos, enfermeiros e auxiliares de acção médica e administrativos – 44 referiam-se a profissionais que já tinham observado pelo menos uma mulher com Mutilação Genital Feminina (MGF).

“O facto de nove dos inquiridos já terem sido abordados por uma sequela da prática de MGF e um já ter sido solicitado para a realização da prática traduz que a prática da MGF existe em Portugal”, lê-se no artigo, publicado na Ata Obstétrica e Ginecológica Portuguesa, o órgão oficial da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia e citado pelo Sapo saúde.

 

59% dos profissionais consegue reconhecer situação

Ao contrário do que os autores do estudo esperavam – uma vez que os profissionais que trabalham numa área dedicada à saúde materna e reprodutiva, como a MAC, são a quem as mulheres mutiladas poderão mais frequentemente recorrer por complicações, sequelas e durante a gravidez – “apenas 59% dos inquiridos admitiram saber reconhecer na sua prática clínica uma situação de MGF".

“É significativo que nove médicos e 17 enfermeiros tenham assumido que não saberiam reconhecer uma situação de MGF na sua prática clínica e que, 80% dos inquiridos (entre os quais 26 médicos) tenham admitido não se sentirem preparados para reconhecer e abordar uma situação clínica de MGF”, escrevem as médicas.

 

180 mil meninas em risco

A Amnistia Internacional recorda que 180 mil meninas vivem em risco de serem submetidas à mutilação genital feminina, só na Europa, onde se estima que vivam 500 mil mulheres afectadas pela prática.

A Amnistia está ainda preocupada com a possibilidade de as vítimas – adultas ou menores – não estarem a receber tratamento adequado na Europa, por falta de “linhas de orientação ou formação” sobre a protecção que lhes deve ser concedida.

Em Portugal, desconhece-se a dimensão do fenómeno. A base de dados sobre a matéria já foi elaborada pelos serviços de saúde, mas o tratamento da informação está ainda dependente de autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados.

Estima-se que 140 milhões de mulheres tenham sido submetidas à mutilação genital feminina em todo o mundo e que três milhões de meninas estejam em risco anualmente.

 

Lesões irreversíveis

A prática, que causa lesões físicas e psíquicas permanentes, é mantida em cerca de 30 países africanos, entre os quais a lusófona Guiné-Bissau, onde se estima que 50% das mulheres sejam afectadas.

A mutilação genital feminina é feita de diversas formas: em algumas corta-se o clítoris, noutras os grandes e os pequenos lábios. Uma vez concretizada, é irreversível e se a vítima sobreviver irá sofrer consequências físicas e psicológicas permanentes.

Além do sofrimento que as mutiladas sentem no momento do corte, o processo de cicatrização é acompanhado com frequência por infecções, devido ao uso de utensílios contaminados, e dores ao urinar e defecar. A incontinência urinária e infertilidade são outras das sequelas. O facto de serem usadas as mesmas lâminas para mutilar várias crianças aumenta o risco de se contrair o vírus da SIDA.

Além da mãe, também os recém-nascidos podem sofrer com a mutilação. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a taxa de mortalidade infantil é mais elevada em 55% em mulheres que sofreram uma mutilação de tipo III (a infibulação, que consiste em fechar a abertura vaginal).

Conheça
A diabetes é uma doença crónica que requer cuidados médicos contínuos e educação do doente, juntamen

Os cuidados com a diabetes são complexos não se limitando ao simples controlo glicémico. As recomendações para os cuidados com a diabetes incluem o rastreio, o diagnóstico e a terapêutica, situações destinadas a melhorar os resultados clínicos da doença.

A prevalência de diabetes aumenta com a idade e o risco de diabetes ao longo da vida na população Europeia é de 30-40%, sendo que cerca de metade dos diabéticos desconhece a sua doença. Nesta população de meia-idade, a prevalência da diminuição da tolerância à glicose é cerca de 15%, aumentando para 35 a 40% nos idosos.

A diabetes apresenta oscilações de incidência e prevalência nas várias regiões do Mundo, com crescimento progressivo, sendo que a sua maior prevalência se situa no grupo etário acima dos 45 anos. A incidência da diabetes tem vindo a aumentar nos seus principais subtipos 1 e 2, para os quais factores genéticos e ambientais, como a obesidade e o sedentarismo têm concorrido nas últimas décadas, apesar da maior atenção ao diagnóstico precoce e aos avanços terapêuticos alcançados.

De acordo com os dados de vários estudos na década de 90, a incidência da diabetes tipo 1 situar-se-ia em Portugal entre 5 e 9,9 casos por 100.000 habitantes/ano. Considerando os dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS) a prevalência auto-referida da diabetes em 1999 era de 4,7% e em 2006 era de 6,7%, confirmando a tendência crescente estimada pela International Diabetes Federation (IDF) para 2007 de 8,2% e para 2025 de 9,8%.

Relativamente à incidência da diabetes estima-se que sejam diagnosticados anualmente entre 500 e 700 novos casos por 100.000 habitantes. No que toca às complicações da diabetes, foi considerado que 25% dos internamentos hospitalares por acidente vascular cerebral e 29% dos enfartes do miocárdio eram de pessoas com diabetes. Estima-se a existência de retinopatia em 11,4% das pessoas com diabetes e 2,3% das pessoas com diabetes estão cegas ou amblíopes. Em hemodiálise estão 0,2% dos indivíduos com diabetes sendo este número completado por 2,5% de pessoas que saíram de internamento hospitalar com diálise renal. É de 25% a percentagem de indivíduos com insuficiência renal em hemodiálise que possuem diabetes.

Prevalência noutros países
A diabetes tipo 2 é considerada hoje em dia como uma pandemia, encontrando-se dispersa em todo o globo como consequência da urbanização, mudanças nutricionais e alterações dos estilos de vida com aumento do sedentarismo, acompanhando o aumento da obesidade.

A Ásia, com extensa população e desenvolvimento económico, tende a ser o epicentro da diabetes tipo 2 surgindo em idades mais jovens do que na Europa, mesmo com Índice de Massa Corporal inferior. Admite-se como factores responsáveis para esta aceleração, o fenótipo de peso normal metabolicamente obeso, ingestão elevada de álcool, elevada ingestão de hidratos de carbono altamente refinados (arroz branco) e sedentarismo elevado, aos quais parece associar-se a deficiência nutricional in utero e nos primeiros tempos de vida associada a excesso alimentar mais tardiamente.

Estudos genéticos têm contribuído para melhor compreender a diabetes mas ainda são insuficientes para explicar as diferenças étnicas sobre o risco de diabetes. A interacção entre a genética e os estilos de vida ocidentais podem contribuir para a epidemia sendo assim recomendado para prevenção da diabetes tipo 2, a instituição de medidas conducentes a cuidados alimentares e actividade física como uma prioridade global das políticas de saúde pública.

Os dados da IDF da diabetes apontaram para 2010 uma prevalência da diabetes na Europa mais elevada nos seguintes países:
Alemanha - 12%;
Áustria - 11,2%;
Chipre - 10,4%;
Portugal - 12,4%;
Suíça - 11,3%.

Sendo menor em:
Islândia - 2,1%;
Tajiquistão - 3,6%;
Uzbequistão - 4,0%;
Turquemenistão - 4,1%;
Noruega - 4,7%;
Reino Unido - 4,9%.

Os EUA têm uma prevalência de 12,3% e o Canadá de 11,2%. Em África, as Ilhas Seicheles apresentam prevalência muito elevada, de 14,4%, sendo que na grande maioria dos países ela é da ordem de 2-4,5%. As Ilhas Maurícias atingem uma prevalência de 17%.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Perguntas e respostas
A palavra "hemofilia" tem origem em duas palavras gregas.

Em portugal, existem mais de 1100 doentes com hemofília A e B dos quais cerca de 50% são graves e necessitam de tratamento continuado e adaptado a cada um. Acredita-se que todos os anos, surjam entre cinco a dez novos casos.

O que é a hemofilia? Como se transmite? Quais os efeitos? Estas páginas irão ajudá-lo a responder às questões que levanta.

O que é a hemofilia?
A hemofilia é uma doença hereditária rara. O que significa que, na maioria dos casos, nasce-se com hemofilia.
A hemofilia é uma deficiência no processo de coagulação. Aquando de uma hemorragia, o sangue da pessoa com hemofilia não coagula normalmente. As hemorragias não são mais abundantes mas podem ser mais frequentes e durar mais tempo do que o normal. Por isso é que um bom acompanhamento e um tratamento adequado são muito importantes.
As hemorragias podem ser externas e visíveis ou internas e mais dificilmente detectáveis. A maioria das hemorragias externas pode ser tratada com procedimentos de primeiros socorros. Por isso, são essencialmente as hemorragias internas que podem causar problemas maiores.

O que acontece às pessoas com hemofilia?
Nas pessoas com hemofilia, as proteínas (designadas factores) que intervêm na coagulação estão completamente ou parcialmente ausentes devido a um gene deficiente. Os factores de coagulação são proteínas produzidas pelo fígado que permitem a coagulação sanguínea, ao participar num processo complexo denominado cascada da coagulação.
Quando ocorre uma lesão, os factores de coagulação (identificados com numeração romana) entram em funcionamento sucessivamente. Cada factor activa então o seguinte como uma verdadeira cadeia de dominós. Cadeia que acaba por formar um coágulo que pára a hemorragia e cobre a ferida enquanto o organismo "reconstrói" a zona danificada.
Quando um elo dessa corrente está em falta, observamos então uma diminuição das capacidades de coagulação. As consequências são hemorragias prolongadas.

Hemofilia A, hemofilia B
Quando o factor VIII (também designado por factor anti-hemofílico A) é deficiente ou está em falta, fala-se então de hemofilia A.
A hemofilia A afecta essencialmente os homens e corresponde a cerca de 80% dos casos de hemofilia.
Quando o factor IX (também designado por factor anti-hemofílico B) é deficiente ou está em falta, fala-se então de hemofilia B.
A hemofilia B afecta essencialmente os rapazes e corresponde a cerca de 20% dos casos de hemofilia.
Esses factores intervêm no meio da cadeia, o processo de coagulação começa normalmente mas não pode ser concluído. Assim que uma hemorragia aparece, mesmo que seja mínima, vai durar muito mais tempo porque o coágulo sanguíneo que costuma parar a hemorragia não é suficientemente eficaz.
As pessoas que sofrem de hemofilia não sangram de forma mais abundante do que as outras mais sim durante muito mais tempo.

Hemofilia e hereditariedade

Porque tenho hemofilia?
Na maioria dos casos, não nos tornamos hemofílicos, nascemos com ela. De facto, a hemofilia é uma doença genética, hereditária e raraque os pais (tanto as mulheres como os homens) podem transmitir aos filhos.
O nosso corpo é composto de células minúsculas. As células contêm cada uma 46 cromossomas organizados em 23 pares que determinam muitas características como a cor dos olhos, a cor dos cabelos...
Um desses pares determina o sexo, feminino ou masculino. Trata-se do cromossoma X e do cromossoma Y.

                                                                       

O homem tem:1 cromossoma X e 1Y. A mulher tem: 2 cromossomas X.
Se um dos cromossomas for portador do gene da hemofilia, o outro poderá compensar o défice. Essa mulher será então "portadora".
A hemofilia é uma deficiência "relacionada com o sexo". O gene da hemofilia encontra-se então num dos cromossomas sexuais, o cromossoma X.

                                                                        

Se esse cromossoma for portador do gene da hemofilia, então o homem terá hemofilia.
Vejamos agora como se transmite a hemofilia.

Transmissão pelo pai


Transmissão pela mãe


 
Tanto o pai como a mãe podem transmitir hemofilia. Um pai com hemofilia terá filhas portadoras, a transmissão não será então "visível" directamente (as filhas não terão as manifestações clínicas). Uma mãe portadora terá uma hipótese em cada duas de ter uma filha portadora e uma hipótese em cada duas de ter um filho com hemofilia.
O tipo e a gravidade da hemofilia são dois critérios hereditários. Se uma mãe for portadora do gene da hemofilia A, o seu filho irá sofrer da hemofilia A e não da B. Do mesmo modo, se houver antecedentes familiares de hemofilia moderada, será esse tipo de hemofilia que será transmitido às futuras gerações.

As manifestações

O que acontece numa pessoa com hemofilia?
Ao contrário do que se pensa, uma pessoa com hemofilia não sangra mais do que outras pessoas mas sim durante mais tempo e mais frequentemente, pois o coágulo sanguíneo que costuma parar a hemorragia é mais frágil. Um pequeno traumatismo, que passaria despercebido numa pessoa que não sofra de hemofilia, poderá estar na origem de uma hemorragia numa pessoa que sofre de hemofilia.
Três níveis de hemofilia
O risco de hemorragia não é o mesmo de uma pessoa com hemofilia para a outra. Varia em função da importância do défice em factor de coagulação. Existem três níveis de hemofilia.
· A hemofilia ligeira: quando o nível de factor representa 5% a 40% do valor normal
· A hemofilia moderada: quando o nível de factor representa 1% a 5% do valor normal
· A hemofilia grave: quando o nível de factor representa menos de 1% do valor normal
Fonte: White et al. Thromb Haemost. 2001; 85:560

Classificação Grave Moderada Ligeira
Percentagem de factor ativo <1% 1%-<5% >5%-<40%
Número de hemorragias 24-48 / ano 4-6 / ano Raras
Origem das hemorragias Hemorragias espontâneas Traumatismos menores Traumatismos maiores

As pessoas que sofrem de hemofilia ligeira ou moderada possuem, regra geral, factores de coagulação suficientes para curar as feridas benignas do dia-a-dia. Os problemas ocorrem quase sempre apenas após um ferimento ou uma intervenção médica. Assim, essas pessoas só necessitam receber tratamento quando sofrem um acidente grave ou são submetidos a uma operação.
Ao contrário das pessoas com hemofilia ligeira ou moderada, as que sofrem de hemofilia grave vivenciam hemorragias espontâneas nos músculos ou nas articulações, e isso, sem que tenha havido qualquer ferimento ou traumatismo. Assim, devem ser tratadas para essas hemorragias ou para preveni-las.

Os Tratamentos
A hemofilia não tem cura mas, hoje em dia, existem tratamentos eficazes para ajudá-lo a viver normalmente. O tratamento consiste em administrar por via intra-venosa concentrados do factor de coagulação em falta.
Para saber mais sobre hemofilia veja por favor o website: www.vivercomhemofilia.com
Informação cedida por:Baxter Médico Farmacêutica Lda,
Sintra Business Park
Zona Industrial da Abrunheira, Edifício 10, 2710 - 089 Sintra
Tel. 21 9252500 Fax: 21 915 8209
www.baxter.pt
Ref. Baxter PT: 104/12
Data Ref.Baxter PT 10/2012

Publi

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Nos EUA
Dez grandes laboratórios farmacêuticos a nível mundial decidiram associar-se com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA para...

Estimada em cerca de 230 milhões de dólares (cerca de 170 milhões de euros) durante cinco anos, esta parceria também inclui doenças imunitárias, como a artrite reumatóide e a lúpus. Os restantes laboratórios que entraram na parceria são os norte-americanos Bristol-Myers Squibb, Biogen Idec, Johnson & Johnson, Lilly e AbbVie, o britânico GlaxoSmithKline e o japonês Takeda. Estão ainda envolvidas uma série de organizações não lucrativas.

Os dez laboratórios farmacêuticos e os NIH, encarregados da investigação biomédica nos EUA, vão partilhar cientistas e as suas respectivas bases de dados. Objectivo: identificar biomarcadores importantes para desenvolver novas terapias.

“Precisamos de unir as nossas forças para compreender melhor o puzzle complexo destas doenças e acelerar a nossa capacidade de dar novos medicamentos aos doentes”, disse o médico Elias Zerhouni, coordenador da investigação e desenvolvimento na Sanofi.

Segundo o acordo, os laboratórios envolvidos comprometem-se a não desenvolverem os seus próprios medicamentos a partir das descobertas obtidas no quadro deste projecto antes de serem tornados públicos.

Açores:
Tem lugar nos Açores nos próximos 21 e 22 de Fevereiro um encontro sobre cancro pediátrico.

O núcleo da Liga Portuguesa Contra o Cancro nos Açores promove este mês um encontro sobre cancro pediátrico, que é “muito pouco frequente” mas tem “inúmeras especificidades”, sendo detectados 15 a 20 casos novos por ano no arquipélago, avança o portal POP.

Segundo Gonçalo Forjaz, presidente do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) trata-se de uma forma de “assinalar” o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, efeméride celebrada a 4 de Fevereiro, e de “proporcionar maior reflexão, troca de conhecimentos e sensibilização” sobre uma doença “muito pouco frequente”, que reporta “entre 15 a 20 novos casos” por ano nos Açores.

Segundo dados do Portal de Oncologia Pediátrica, todos os anos surgem em Portugal 350 novos casos de cancro infantil, sendo mais comuns as leucemias e os linfomas. Gonçalo Forjaz, que é também responsável pelo Registo Oncológico Regional (ROR) dos Açores, refere que a 19 de Fevereiro, nas XXI Jornadas do ROR-Sul, serão conhecidos “novos dados” do primeiro ano de implementação do ROPP - Registo Oncológico Pediátrico Português.

Apesar da baixa incidência na região, o responsável alerta que o cancro pediátrico tem “inúmeras especificidades” sobretudo no que “respeita à origem e às causas por comparação com o cancro nos adultos”, tornando-o numa patologia de “difícil prevenção” devido a “causas de foro genético e hereditário” e à inexistência de comportamentos de risco como no caso, exemplificou, do consumo de tabaco e álcool no cancro adulto.

De acordo com o responsável, o encontro visa “ajudar os pais a rapidamente intervirem e a acompanharem os seus filhos na luta contra o cancro”, acrescentando que os casos de cancro infantil nos Açores são “todos acompanhados e tratados no continente, no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa e do Porto e no Hospital Pediátrico de Coimbra”.

O encontro “Cancro em Crianças e Adolescentes”, repartido a 21 de Fevereiro pelo auditório do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, e a 22 pelo Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, assinala igualmente o Dia Mundial da Criança com Cancro, a 15 de Fevereiro.

Organizado em colaboração com o Centro de Estudos de Bioética - Pólo Açores, o evento contará com a presença de vários especialistas convidados, entre eles, o médico pediatra Nuno Lobo Antunes, Maria João Gil da Costa, da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital de São João, e Filipe Almeida, do Serviço de Humanização do Hospital de São João (no Porto).

Ainda para assinalar o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, Gonçalo Forjaz anunciou a criação de um novo serviço de drenagem linfática que o Núcleo Regional dos Açores da LPCC passa a prestar gratuitamente a mulheres mastectomizadas por cancro de mama que desenvolvam edema do braço como consequência de tratamento oncológico.

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