Aumento da carga horária permitiu
A decisão do Governo de permitir o aumento da carga horária, de 35 para 40 horas, para mais de mil médicos, permitiu garantir...

Mais de metade dos clínicos que aceitaram aumentar a sua carga horária são médicos de família e acrescentam, com esta medida, 350 utentes às suas listas. Ou seja, esta medida permitiu que mais 175 mil utentes tivessem direito a um médico de família.

“Transitaram já para o novo regime de trabalho de 40 horas semanais 1168 médicos”, revela a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

De referir ainda que, mesmo a nível orçamental, não se prevê que esta medida venha a provocar grandes diferença, já que o que houver pagar a mais em ordenados fixos, será descontado em horas extraordinárias.

6 conselhos úteis
Reduzir a celulite é um tema comum à grande maioria das mulheres e, embora este seja um processo dem

1º passo - Pratique exercício físico
Abandone hábitos sedentários que tenha e torne-se mais activa.

Para tonificar as pernas e activar a circulação sanguínea é fundamental que pratique exercício físico com regularidade.

Pode começar por fazer caminhadas ao ar livre ou recorrer às passadeiras dos ginásios. Estas caminhadas deverão aos poucos ser substituídas por corridas mais intensas de modo a reduzir a gordura.

Deve exercitar o corpo todo, porém exercícios localizados para as zonas do corpo mais afectadas pela celulite serão sempre uma grande ajuda.

2º passo - Faça uma dieta equilibrada
A ingestão de sal, gorduras e açucares é uma agravante para o aparecimento e desenvolvimento da celulite, devendo por isso optar por comer frutas e vegetais em grande variedade.

Este tipo de alimentos vão ajudar a melhorar a qualidade da sua pele, eliminar toxinas do seu corpo e estimular o fluxo sanguíneo.

A Vitamina C aumenta os níveis de colagénio na pele, pelo que deve ser consumida com abundância.

3º passo - Mantenha o seu corpo hidratado
Ingira bastante água, chá e sumos naturais. Para além de manter o seu corpo hidratado, está a contribuir para benefícios no metabolismo.

4º passo - Não utilize roupa apertada
Embora possa parecer um factor menos relevante, este é na verdade um cuidado que não deve ser ignorado. As roupas apertadas, incluindo a roupa interior, vão condicionar a boa circulação sanguínea fazendo com que a gordura fique acumulada em determinadas zonas do seu corpo.

Tente optar por roupas mais soltas e que beneficiem a boa circulação sanguínea.

5º passo - Cuide bem da sua pele
Combine a esfoliação com a hidratação. Se por uma lado a remoção da pele morta dá uma aparência mais saudável à sua pele, por outro a hidratação com cremes hidratantes vão devolver vida às células enfraquecidas.

6º passo - Massagens anti-celulite
Massagens diárias revelam-se bastante eficazes. Para tal não é necessária nenhuma técnica especifica, basta utilizar um creme anti-celulite e massajar lentamente, todos os dias durante 10 minutos, as zonas mais afectadas.

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Conheça algumas das mais frequentes
As infecções da pele podem ser relativamente superficiais, como o impetigo e o furúnculo, ou atingir
Infecções bacterianas da pele

As infecções bacterianas da pele são causadas pela presença e crescimento de microrganismos que danificam o tecido hospedeiro. Apesar de a pele representar uma barreira notavelmente eficaz contra as infecções bacterianas, até porque muitas bactérias residem na pele, elas podem ocorrer e variar muito de tamanho.

A extensão da infecção geralmente é determinado pela forma como muitos organismos estão presentes e as toxinas que libertam, mas também pelo tipo de bactéria. Existem duas principais bactérias que são conhecidas por causar a infecção de pele – a Staphylococcus e a Streptococcus. Estas bactérias fazem parte da flora normal da pele, mas causam infecção quando "entram” no organismo através de punções, arranhões ou queimaduras.

As infecções bacterianas da pele podem afectar uma só zona e ter o aspecto de uma borbulha ou então propagar-se em algumas horas e afectar uma área muito mais extensa. Ou seja, as infecções cutâneas podem apresentar um grau de gravidade variável, desde uma acne sem importância até uma doença potencialmente mortal, como a síndroma da pele escaldada provocada por estafilococos.

Algumas pessoas manifestam um risco específico de contrair infecções da pele, em especial os diabéticos, que possuem uma irrigação cutânea reduzida ou os doentes de SIDA, que apresentam um sistema imunológico deprimido. No entanto, qualquer lesão na pele - raios solares, arranhadelas, ou outras irritações - torna uma pessoa susceptível de sofrer uma infecção.

Assim, manter a pele intacta e limpa evita as infecções. Quando a pele sofre um corte ou um arranhão, deve lavar a zona com água e sabão uma vez que ajuda a evitar uma infecção. Embora a maioria dos cremes e dos unguentos com antibióticos sejam pouco eficazes para prevenir ou tratar as infecções cutâneas, alguns cremes mais recentes, são eficazes em certos casos. Por outro lado, os banhos quentes podem aumentar o afluxo de sangue à zona infectada e ajudar a curar uma infecção confinada a uma área reduzida. Se a infecção se propagar, devem ser tomados antibióticos, sob prescrição médica.

Nos hospitais ou nos lares podem surgir infecções causadas por bactérias menos comuns, tal como quando se fazem trabalhos de jardinagem ou se nada numa piscina, num lago ou no mar.

Algumas infecções bacterianas da pele

Celulite

Uma infecção bacteriana da pele profunda, que ocorre na face, braços e pernas é a celulite. Esta infecção é causada por diferentes espécies de Streptococcus, que consegue entrar através da pele irritada ou ferida. Muitas vezes as mordidas de animais, mordidas humanas e lesões de água também pode causar infecção. Os sintomas desta infecção bacteriana da pele são o inchaço, febre, dor de cabeça e calafrios.

Escarlatina

Escarlatina é uma erupção cutânea infecciosa comum em crianças. Esta infecção está associada com Streptococcus. A erupção aparece como uma lixa e constituída por muitos pequenos pontos vermelhos. A bactéria produz toxinas que são liberadas na corrente sanguínea, levando a uma erupção na pele. Esta erupção aparece no pescoço, testa, bochechas, peito e braços.

Impetigo

Esta infecção é caracterizada por um grupo de lesões com uma base vermelha. Essas lesões formam crostas que ficam com uma cor de mel. Esta é uma infecção bacteriana da pele muito contagiosa que se transmite facilmente. O impetigo ocorre na face, pescoço, braços e pernas. Surge como se fosse uma pequena vesícula cheia de fluido para depois se formarem crostas que se alastram facilmente.

A prevenção passa por adequadas medidas de higiene, hidratação da pele e, quando surge a infecção, na desinfecção local e no uso de antibióticos locais e sistémicos sob prescrição médica.

Foliculite

A infecção do folículo piloso é chamada como foliculite. A infecção do folículo piloso parece uma pústula, amarelo. Isso pode ocorrer devido à fricção crónica na pele, produtos químicos, trauma, transpiração excessiva ou exposição à água.

Furúnculo

Furúnculo é uma infecção extensa da glândula sebácea. Esta infecção bacteriana da pele ocorre na face, pescoço, axilas e nas nádegas. Surge como um nódulo pequeno, vermelho, e que pode tornar-se muito doloroso. Habitualmente, o furúnculo rebenta e cicatriza.

Erisipela

A erisipela é uma infecção frequente da pele causada por um estreptococo que penetra na pele através de uma ferida traumática, úlcera de perna, micose interdigital ou pé de atleta. Surge de forma rápida (1-2dias) e cursa com febre muito alta (39-40ºC), arrepios, mal-estar geral e uma placa vermelha inchada e muito dolorosa da pele, motivando a ida frequente a serviços de urgência. A placa vermelha estende-se em poucas horas e acompanha-se de gânglios dolorosos (ínguas).

Surge sobretudo em indivíduos diabéticos, obesos, habitualmente nas pernas, relacionada com insuficiência venosa (varizes) e linfática. O tratamento com antibióticos orais ou injectáveis – sob prescrição médica - deve iniciar-se o mais rapidamente possível, para evitar formação de abcessos ou uma infecção mais grave.

Fasceíte necrosante

A fasceíte necrosante é uma infecção ainda mais aguda que a erisipela, que atinge a pele mais profundamente, destrói o músculo e causa um estado de choque que pode ser fatal se não houver intervenção cirúrgica imediata para libertar o músculo. As bactérias que provocam esta importante destruição muscular chamam-se vulgarmente bactérias "carnívoras”.

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Pontos de dor
A fibromialgia afecta 2 a 5% da população adulta e não é uma doença, mas sim uma síndrome de dor mús

A fibromialgia é uma síndroma crónica caracterizada por queixas dolorosas neuromusculares difusas e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas. Há várias descrições desta síndroma desde meados do século XIX, no entanto apenas no final da década de 70 foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como doença.

Acredita-se que a fibromialgia seja devida a uma perturbação dos mecanismos da dor, nos fusos neuromusculares, não havendo propriamente lesão de qualquer órgão, nomeadamente músculos ou articulações, podendo nalguns casos ser altamente invalidante.

Segundo as estatísticas disponíveis calcula-se que sofrem deste probema cerca de 2 a 8% da população adulta, embora estes valores possam variar de país para país. Em Portugal, embora não haja estatísticas rigorosas, calcula-se que 5 a 6% da população sofre do sindroma, havendo uma distribuição pelas diversas faixas etárias, desde a idade escolar, com predominância nas mulheres acima dos 40 anos.

A fibromialgia é uma entidade clínica tão controversa que tem dividido os médicos. Uns contestam a real existência da doença enquanto quadro fisiopatológico autónomo, e tendem a negligenciar as queixas dos doentes, e os que entendem que os dados da investigação mais recente não permitem continuar a considerá-la uma entidade de causa desconhecida, vindicando assim essas queixas, que tendem agora a ser hipervalorizadas.

É verdade que a inespecificidade das manifestações clínicas leva a que sejam agrupados sob a designação fibromialgia, doentes com dor generalizada de diferentes etiologias, diferentes entre si, cuja heterogeneidade impossibilita a definição de um protocolo terapêutico satisfatório para a maior parte das situações.

Sintomas

O sintoma mais importante da fibromialgia é a dor, que pode afectar uma grande parte do corpo. Em certas ocasiões a dor começa de forma generalizada, enquanto noutras a dor inicia-se numa área como o pescoço, ombros, região lombar etc. Para além disso, com frequência, os sintomas variam em relação à hora e ao dia, podendo ter maior incidência matinal, agravando-se com a actividade física, com as mudanças climáticas, com a falta de sono e o stress, etc.

Além da dor a fibromialgia pode causar sensação de formigueiro e inchaço nas mãos e pés, principalmente ao levantar da cama assim como ocasionar rigidez muscular. Outra alteração da fibromialgia associada à dor é a fadiga, que se mantém durante quase todo o dia com pouca tolerância ao esforço físico. Quando o sintoma dominante é a fadiga a doença tem sido designada por Síndroma da Fadiga Crónica.

Frequentemente os doentes com fibromialgia referem queixas de ansiedade, às vezes depressão, perturbações da atenção, sono, concentração e da memória, havendo ainda doentes que se queixam de perturbações gastrointestinais.

Causas desconhecidas
Não há conhecimento de qualquer causa bioquímica, anatómica ou imunológica que justifique as dores de que se queixam os doentes.
Sabe-se que há um distúrbio no processamento da dor que faz com que esta se mantenha, mesmo depois do estímulo que a causou ter desaparecido. Há especialistas que defendem que pode ter origem numa agressão física ou emocional.

As causas e os mecanismos que desencadeiam a fibromialgia não estão, portanto, esclarecidos, bem como se haverá ou não uma predisposição familiar para o desenvolvimento da síndroma.

Diagnóstico

Não há exame, de imagem ou laboratorial, que confirme ou exclua a presença de fibromialgia, daí que as queixas subjectivas dos doentes sejam preciosas para o diagnóstico.

O diagnóstico é feito com base na história clínica, na observação médica pondo em evidência pelo menos 12 de 18 pontos dolorosos, associados à fadiga, às perturbações do sono e às alterações emocionais. Na Síndroma da Fadiga Crónica sem dor não há pontos dolorosos o que torna a situação muito mais aleatória.

Assim, os critérios de diagnóstico devem incluir:

Numa duração superior a três meses a:
1. Dor difusa pelo corpo;
2. Dor à apalpação de 12 de 18 pontos dolorosos.

E pelo menos mais dois dos três sintomas seguintes:
- Fadiga;
- Alterações do sono;
- Perturbações emocionais.

Devem, no entanto, ser investigados a presença de lesões nos músculos, alterações do sistema imunológico, problemas hormonais e principalmente doenças reumáticas, etc. Nos casos de fibromialgia todos os exames e análises devem ser normais.

Pontos dolorosos
Dor à pressão, em, pelo menos, 11 de 18 pontos predefinidos, a saber:

1. Ponto occipital
Bilateral, nas inserções do músculo sub-occipital.

2. Ponto cervical inferior
Bilateral, na face anterior dos espaços intertransversários de C5 e C7

3. Ponto trapézio
Bilateral, no ponto médio do bordo superior do músculo.

4. Ponto supra espinhoso
Bilateral, na origem do músculo acima da espinha da omoplata, junto do bordo interno.

5. Ponto 2ª costela
Bilateral, na junção costo-condral da 2ª costela, imediatamente para fora da junção e na face superior.

6. Ponto epicôndilo
Bilateral, 2cm externamente ao epicôndilo.

7. Ponto glúteo
Bilateral, no quadrante superior externo da nádega, no folheto anterior do músculo.

8. Ponto grande trocanter
Bilateral, posterior à proeminência trocantérica.

9. Ponto Joelho
Bilateral, na almofada adiposa interna, acima da interlinha articular.

Factores de risco

Os factores de risco são bastante amplos e por isso, vão desde os associados com o estado de dor crónica generalizada (idade, sexo, etc.), às características da personalidade pró-dolorosa (perfeccionismo compulsivo, incapacidade de relaxamento e desfrute da vida, incapacidade para lidar com situações hostis, etc.).

Os sinais de alerta para o desenvolvimento da doença são:
· História familiar da doença;
· Síndroma dolorosa prévia;
· Preocupação com o prognóstico de outras doenças coexistentes;
· Traumatismo vertebral, especialmente cervical;
· Incapacidade para lidar com adversidades;
· História de depressão/ansiedade;
· Sintomas persistentes de "virose”;
· Alterações do sono;
· Disfunção emocional significativa;
· Dor relacionada com a prática da profissão.

O conhecimento destes sinais de alerta torna possível a intervenção precoce e a prevenção, evitando o agravamento da doença e o desenvolvimento de complicações.

Tratamento

A fibromialgia deve ser tratada na rede de cuidados primários de saúde (centros de saúde) e o prognóstico da doença é habitualmente bom.

Os medicamentos usados com mais eficácia são os analgésicos, os antidepressivos tricíclicos e os inibidores selectivos de recaptação da serotonina, os relaxantes musculares e os indutores do sono.

Trata-se de uma síndroma que requer acompanhamento médico e avaliações periódicas relativamente à evolução das queixas e aos eventuais efeitos adversos da terapêutica. O acompanhamento depende da gravidade da fibromialgia e de outras doenças associadas, por isso é frequente serem necessárias outras formas terapêuticas, bem como a intervenção da reumatologia, psiquiatria e outras especialidades médicas ou diferentes profissionais de saúde.

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Bastonário dos Médicos defende
O bastonário da Ordem dos Médicos considerou ontem como "extremamente positivo" o combate à fraude e à corrupção na...

"Há dezenas de pessoas ligadas à saúde, de várias profissões, que estão presas e, pergunto-me, por exemplo, porque é que nas fraudes do BPN não está ninguém preso", sublinhou José Manuel Silva

"Dou os parabéns ao senhor ministro ao verificar que há um efectivo combate à fraude e à corrupção na saúde, o que é extremamente positivo", disse José Manuel Silva, no final da visita que efectuou ao hospital de Portimão, no segundo dia do périplo por hospitais e centros de saúde do Algarve.

Questionado sobre o elevado número de clínicos sob investigação, por alegadas ilegalidades relacionadas com o exercício da profissão, o bastonário manifestou-se "surpreendido com a dimensão do número de médicos envolvidos".

"Esperemos que efectivamente não sejam todos culpados, mas se o forem instituiremos penas severíssimas", assegurou José Manuel Silva.

O bastonário da Ordem dos Médicos disse que "gostaria de ver noutros sectores da economia", a mesma intensidade contra a fraude e a corrupção que está a ser aplicada na área da saúde, onde dezenas de pessoas estão a ser investigadas.

Para o bastonário dos Médicos, existe "uma justiça a duas velocidades, o que, obviamente, é tão inaceitável como não aceitar ou rejeitar que possamos ter um sistema de saúde a duas velocidades".

José Manuel Silva reiterou a determinação da Ordem em expulsar os médicos "que se confirme em tribunal que efectivamente são culpados de violar o código deontológico de forma tão grosseira, confundindo o exercício hiprocrático da medicina com comércio ilegal".

O bastonário da Ordem dos Médicos iniciou na quarta-feira uma visita aos hospitais de Faro e de Portimão e a alguns centros de saúde do Algarve, depois de 370 médicos terem alertado para problemas e falta de medicamentos nos serviços clínicos das unidades de saúde, por alegando má gestão do Centro Hospitalar do Algarve. 

A partir de Maio
A revisão da Lei do Tabaco vai avançar em Maio e prevê a proibição de fumar em todos os locais públicos fechados.

“Sabemos que a principal fonte que polui o ar interior que respiramos é o fumo do tabaco, quer por aqueles que fumam, quer por aqueles que acabam por inalar o fumo dos outros”, disse o director-geral da Saúde.

Falando aos jornalistas no final da conferência "A integração da qualidade do ar interior e da eficiência energética em edifícios", organizada pela Ordem dos Engenheiros, o responsável referiu estimativas a apontar para que 80% do tempo diário dos portugueses é passado a respirar ar interior.

Francisco George defendeu regras mais exigentes na qualidade do ar interior dos edifícios, pois os poluentes, principalmente o tabaco, são causa de morte prematura antes dos 70 anos e da prevalência de asma nas crianças.

"É absolutamente essencial caminharmos no sentido de revermos a nossa lei para sermos mais exigentes com a qualidade do ar interior que todos respiramos, incluindo as crianças", disse hoje Francisco George.

Dormem, estão em casa, trabalham, estão na escola, na fábrica, no centro comercial ou no cinema, por isso, "a qualidade do ar interior é essencial", afirmou. 

Corte nas comparticipações
Responsável da DGS defende que a comparticipação das benzodiazepinas, que podem criar dependência, deveria baixar em Portugal,...

Para Álvaro de Carvalho, coordenador do Plano Nacional para a Saúde Mental, o uso excessivo das benzodiazepinas "traduz uma prática clínica discutível, levanta suspeitas de que são dispensadas na farmácia sem receita médica" e retratam utilizações incorretas em que o doente não está isento de responsabilidade.

O especialista da Direção-Geral da Saúde defende, entre outras medidas, uma redução da comparticipação das benzodiazepinas para baixar os consumos.

Este tipo de alterações, como mostra um estudo do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), já teve resultados nos antidepressores.

 

Instituto Português do Sangue
No mês de Janeiro houve uma quebra de afluência às sessões de colheita de 13%, comparativamente com o mesmo mês do ano anterior...

O Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) fez ontem um apelo "urgente" à população para que dê sangue, porque tem as reservas baixas, sobretudo dos grupos zero e A negativo, devido à quebra de afluência às colheitas em Janeiro e Fevereiro.

Esta tendência tem-se mantido no mês de Fevereiro, agravada pela sazonalidade associada ao surto de gripe.

Por esse motivo, as reservas de sangue, em particular do grupo zero (positivo e negativo) e do grupo A negativo, estão em níveis que o IPST considera serem suficientes para dar origem a um pedido à população de dadores e de novos dadores para que façam dádivas nos próximos dias.

"A reserva total nacional está ainda a níveis seguros, mas a do IPST está baixa nos grupos referidos e por isso este pedido urgente à população", reforça o IPST, em comunicado.

O instituto pede ainda aos dadores regulares com dádivas programadas para as próximas semanas que aguardem por esse período, a fim de poder ser gerida a manutenção das futuras reservas.

Com óvulos doados
O número de casais com mulheres de idade igual ou superior a 38 anos a fazer tratamento de fecundação in vitro continua a subir...

Em 2011, 2,1% das crianças nascidas em Portugal são resultado da aplicação de técnicas de procriação medicamente assistida (PMA).

Devido à tendência das mulheres adiarem a maternidade, por motivos pessoais, profissionais e económicos (maior impacto nas mais jovens), assiste-se nos últimos três anos, ao aumento do número de casais com mulheres de idade igual ou superior a 38 anos a fazer tratamentos de fertilidade - fecundação in vitro (FIV) e representam 41% do total. Este aumento pode ser definitivo para uma mulher conseguir engravidar com os próprios óvulos ou não.

Em 2013, procuraram ajuda para engravidar mais de 800 casais, e realizaram-se 138 tratamentos com óvulos doados, o que representa um aumento de 30% respeito a 2011. O director do IVI Lisboa, Sérgio Soares explica o porquê do aumento da necessidade da utilização de óvulos doados para engravidar e se é possível evitar esta tendência:

“Existem vários factores para se recorrer à recepção de óvulos doados, como por exemplo, evitar que doenças hereditárias sejam transmitidas ao bebé, falência ovárica devido a menopausa precoce, e perda de qualidade de óvulos próprios devido à idade em que se pretende engravidar – casos estes que podiam ser evitados se as pacientes tivessem recorrido antes à preservação de ovócitos. A reserva ovárica diminui e envelhece com o passar do tempo. A idade ideal para engravidar é entre os 20-30 anos e a partir dos 35 ocorre a queda de fertilidade”.

Em 2011, o IVI Lisboa introduziu a vitrificação de óvulos (ou crio preservação de óvulos) que constitui um recurso para aquelas mulheres que na faixa etária dos 30 anos não vislumbram a curto/médio prazo a concretização do projecto reprodutivo pelas vias convencionais. “No entanto, nenhum recurso dá tantas garantias como constituir família na faixa etária ideal”, enfatiza Sérgio Soares.

O método também possibilita a maternidade, no futuro, a mulheres que tenham que fazer tratamentos de quimio e radioterapia devido a cancro.

Desde que o IVI Lisboa iniciou actividade em Portugal, em 2006, nasceram através das nossas técnicas cerca de 1500 crianças. Em 2013 com o aumento de 28% no número de primeiras consultas, respeito ao ano anterior, e as novas tecnologias que constantemente vão sendo implementadas, como a introdução do embryoscope no nosso laboratório de fecundação in vitro - uma incubadora que nos permite seleccionar embriões com mais critério, prevê-se um maior número de gravidezes ao longo do ano”, comenta o director do centro.

O último relatório de actividade desenvolvida pelos centros de procriação medicamente assistida (PMA), publicado em Julho de 2013, pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) referente a 2011, mostra que 2,1% das crianças nascidas em Portugal são resultado da aplicação de técnicas de PMA, o que representa 2007 crianças no universo total de nascimentos (96.856). Destas cerca de 10% nasceram devido a tratamentos realizados pelo IVI Lisboa.

Apesar do aumento dos tratamentos de óvulos doados, a fertilização in vitro é o tratamento mais solicitado e representa cerca de 62% dos procedimentos do IVI Lisboa, enquanto a inseminação artificial, representa 17% do total.

Março: mês da Queda do Cabelo de Viviscal
No âmbito do Mês da Queda do Cabelo, a Viviscal promove campanha de sensibilização nacional disponibilizando rastreios...

A zona de Lisboa e a Caparica serão os primeiros locais impactados para a campanha de sensibilização da Viviscal que pretende desmistificar a queda do cabelo e alertar para os sintomas e formas eficazes para combater o problema.

Com o arranque da 6.ª edição do Mês da Queda do Cabelo em Março, a Viviscal prepara uma vez mais um itinerário de rastreios à saúde capilar. Os locais contemplados com uma sessão de cuidado personalizado e gratuito, disponível a toda a população, tendo agendado rastreios em várias cidades portuguesas.

Esta iniciativa que pretende esclarecer dúvidas e disponibilizar aconselhamento especializado a todos os interessados, assenta numa avaliação científica ao estado do cabelo recorrendo a um aparelho inovador que avaliará o tipo de cabelo e medirá as hipóteses de vir a desenvolver queda de cabelo.

Criada pela Viviscal com a missão de educar e motivar a população para uma melhor saúde capilar, esta edição do Mês da Queda do Cabelo é dedicada à beleza enquanto elemento de sucesso no mercado de trabalho, onde o cabelo ocupa um importante lugar enquanto moldura do rosto e reflexo da personalidade.

Podendo conduzir à perda de auto-estima, ansiedade, disfunção social e necessidade de apoio por parte da família e amigos, a alopécia androgenética, ou calvície, como é vulgarmente conhecida, é a principal razão da queda de cabelo nos homens, mas também nas mulheres – atingindo uma em cada duas pessoas do sexo feminino em Portugal.

O itinerário de rastreios do Mês da Queda do Cabelo é o seguinte:

  • Dia 24 de fevereiro: Farmácia F. Marisol, na Charneca da Caparica (Praceta Manuel Fevereiro, 1F, 2820-382 Charneca da Caparica), entre as 09h e as 17h.
  • Dia 26 de fevereiro: Farmácia Alameda, em Lisboa (Alameda das Linhas de Torres 201-B, 1750-143 Lisboa), entre as 09h e as 17h.
  • Dia 28 de fevereiro: Farmácia Paços, em Évora (Travessa de Chartres 10, 7000-930 Évora), entre as 09h e as 17h.

 

Sobre a Viviscal

Comercializado em cerca de 25 países, Viviscal é uma das marcas de suplementos líderes de mercado a nível mundial. A sua eficácia tem sido comprovada por diferentes estudos científicos publicados em jornais médicos reconhecidos na Europa e na América Latina. Recentemente, um novo estudo, editado no The Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology, demonstra existir inclusivamente um crescimento de 125% de cabelo após seis meses de toma de Viviscal.

27 de Fevereiro no Centro Cultural de Belém
A 3.ª Edição da Conferência TSF tem lugar no próximo dia 27 de Fevereiro. Trata-se de uma iniciativa que conta com o apoio da...

A discussão em torno do tema da sustentabilidade na saúde será o grande destaque da Conferência que tem lugar no dia 27 de Fevereiro, pelas 09h30, e pretende, simultaneamente, fazer uma ligação directa entre a saúde e a economia. Esta ligação estará subjacente nos dois painéis previstos no programa. O painel “Sustentabilidade na Saúde: Despesa versus Investimento”, no qual será apresentado um estudo pioneiro, realizado pelo ISEGI, que analisa a despesa e o investimento, e o painel “Sustentabilidade na Saúde: Visão da Sociedade”, um momento de reflexão e discussão sobre a sustentabilidade na saúde na perspectiva dos profissionais de saúde.

Para além das presenças confirmadas do Ministro da Saúde, Paulo Macedo, que irá fazer uma intervenção sobre sustentabilidade na saúde no início dos trabalhos, muitos serão os nomes de destaque da política e da saúde que estarão presentes. Adalberto Campos Fernandes, Professor da Escola Nacional de Saúde Pública, Maria do Céu Machado, Directora Clínica do Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria, Augusto Faustino, Reumatologista, Pedro Simões Coelho, Professor e Investigador do ISEGI, Maria Antónia de Almeida Santos, Deputada Parlamentar do PS, e Ricardo Baptista Leite, Deputado Parlamentar do PSD, serão os oradores dos dois painéis moderados, respectivamente, por Sofia Morais e Hugo Neutel, ambos jornalistas da TSF.

 

Sobre a AbbVie

A AbbVie é uma empresa biofarmacêutica global, orientada para a investigação, formada em 2013 na sequência da separação dos Laboratórios Abbott. A missão da empresa é fazer uso da sua experiência, da dedicação dos seus colaboradores e da sua abordagem única à inovação para desenvolver e comercializar terapêuticas avançadas que respondam a algumas das doenças mais complexas e graves a nível mundial. A AbbVie emprega cerca de 25 mil pessoas em todo o mundo, comercializando medicamentos em mais de 170 países. Para mais informações acerca da empresa e dos seus colaboradores, portefólio e compromissos, consulte www.abbvie.pt. Siga a empresa em @abbvie no Twitter, ou consulte as oportunidades de carreira na nossa página do Facebook ou LinkedIn.

Em 2012
De acordo com os últimos dados do Gabinete de Registo do Tratamento da Doença Renal Terminal da Sociedade Portuguesa de...

Em 2012, a idade média dos doentes em tratamento substitutivo da função renal era de 65,9 anos, de acordo com os dados do Gabinete de Registo do Tratamento da Doença Renal Terminal da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, disponibilizados no âmbito do Dia Mundial do Rim, que se assinala a 13 de Março, sob o mote “A Doença Renal Crónica e o Envelhecimento”.

“Numa população envelhecida como a população portuguesa, a incidência destas doenças tende a aumentar, levando, por isso, a um aumento da doença renal crónica na terceira idade. A adopção de um estilo de vida saudável e de uma alimentação equilibrada são fundamentais para prevenir a doença renal crónica a longo prazo”, refere Fernando Nolasco, Presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia.

De acordo com os mesmos dados, em 2012, dos 2.323 doentes que iniciaram o tratamento substitutivo da função renal mais de metade tinha mais de 65 anos (1339) e no total, durante o ano de 2012, dos 17.641 doentes que realizaram algum tratamento substitutivo da função renal - diálise, hemodiálise ou transplante renal – 6535 tinham mais de 65 anos.

Ainda sobre o número de doentes a iniciarem tratamento substitutivo da função renal Fernando Nolasco acrescenta que “nos últimos anos houve uma tendência para a diminuição do número de doentes a iniciarem estes tratamentos mas a incidência de novos doentes em hemodiálise, apesar de ter diminuído pelo segundo ano consecutivo, continua elevada”.

No que respeita ao transplante renal, o número de transplantes renais de cadáver e de dador vivo diminuíram em Portugal, pelo segundo ano consecutivo. Em 19 doentes, o transplante renal foi o primeiro tratamento substitutivo da função renal.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

A sua saúde à distância de um click
A José de Mello Saúde acaba de lançar a aplicação móvel myCUF, a primeira aplicação gratuita e em português na área hospitalar...

De uma forma cómoda, a partir do telemóvel, os utilizadores da rede Saúde CUF poderão ter ainda acesso a todas as interacções com as unidades, nomeadamente a consulta dos exames já realizados.

Esta aplicação está disponível, gratuitamente, na AppStore para dispositivos móveis com sistema iOS – iPhone e iPAd - e na Google Play para sistema Android. Para utilizar a APP myCUF deve primeiro activar a conta myCUF numa unidade da rede Saúde CUF e descarregar a aplicação na AppStore ou no Google Play.

O myCUF é uma área pessoal, disponível através da Internet e das aplicações móveis, na qual é possível gerir também a informação dos filhos menores de 16 anos, estando toda a informação protegida por sofisticados sistemas de segurança.

Entre 2010 e 2013, os sites da rede Saúde CUF registaram um aumento anual de visitas na ordem dos 90%. Só em 2013 foram registadas mais de 100 mil marcações online, através de um serviço inovador de marcações em tempo real.

As unidades Saúde CUF são unidades de referência pelo elevado perfil de inovação, sendo pioneiras na adopção de novas tecnologias ao serviço dos utentes.

Para mais informações consulte: https://www.saudecuf.pt/Content/myCUF/myCUFIntroducao

Estudo da Sociedade Portuguesa de Hipertensão
Um estudo genético realizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão revela que existe uma relação comprovada entre os...

As conclusões surgem da análise de 16 variantes genéticas de 12 genes relacionadas com o aumento do risco de hipertensão e de sensibilidade ao sal, que estudaram 1.852 amostras, retiradas da amostra global do estudo Portuguese HYpertension and SAlt Study (PHYSA) da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) apresentado há um ano que envolveu 3.720 adultos, sendo representativo da população portuguesa continental, e revelou que a prevalência de hipertensão (HTA) é de 42,2% e que 57,4% dos hipertensos não estão controlados.

A primeira análise revela que existem duas variantes genéticas associadas a um risco aumentado de hipertensão (de 22% e 16%), o que significa que quem possuir uma destas duas variantes tem 22% ou 16% de maior probabilidade de vir a desenvolver a doença. Por outro lado, o estudo indica também que existe uma outra variante genética associada a um risco diminuído de hipertensão, que diminui em 25% a propensão para a hipertensão.

Existem ainda duas variantes genéticas associadas ao aumento da sensibilidade ao sódio (sal) e outras duas variantes genéticas associadas a um risco aumentado de eventos cardiovasculares e diabetes (de 23% e 19%).

Segundo Fernando Pinto, Presidente da SPH, “estes resultados, apesar de preliminares porque não envolvem a amostra global do estudo PHYSA: foram estudados 1.852 amostras de um total de 3.720, são muito interessantes, não só pela magnitude da amostra e pelo elevado número de genes que foram estudados em simultâneo, algo que nunca fora feito no nosso país anteriormente, mas também por confirmarem que na população portuguesa existem algumas pessoas com maior risco de desenvolver a HTA, quer directamente quer por aumento da sensibilidade ao sal.”

Tendo em conta estes resultados a SPH lembra que, independentemente de ser mais ou menos propenso para a doença, é necessário adoptar estilos de vida saudáveis, ter uma alimentação adequada onde o sal deve ser substituído por especiarias e condimentos e adoptar uma prática regular de exercício físico.

“Estes resultados permitem abrir mais uma porta e ficar com a noção de apesar de o principal factor de risco ser um estilo de vida desapropriado – com má alimentação, falta de exercício físico e excesso de peso - algumas pessoas vão ter sempre maior probabilidade de desenvolver a doença”, esclareceu Fernando Pinto.

Este novo conhecimento aponta para a necessidade de estas pessoas terem um acompanhamento mais apertado e mais cuidados de saúde, como medir a pressão arterial, retirar o sal da alimentação, substituindo-o por condimentos, e adoptar uma prática regular de exercício físico.

“Quando houver historial na família, se calhar essas pessoas vão ter indicação para fazer o diagnóstico genético, para poderem prevenir que o aparecimento da hipertensão ocorra o mais tardiamente possível”, considerou.

Para Fernando Pinto, este estudo é “mais um grande passo na investigação científica e vem mais uma vez mostrar que quando há esforço dos profissionais, sem qualquer apoio financeiro (apenas o esforço da SPH), temos massa cinzenta. A grande qualidade dos investigadores portugueses permite-lhes, com poucos ovos, fazer muitas omeletes”.

No decorrer do ano de 2014 a SPH espera concluir o estudo que poderá contribuir significativamente para o diagnóstico e tratamento desta causa de mortalidade e morbilidade.

A apresentação oficial destes resultados terá lugar no 8º Congresso Português de Hipertensão que decorre entre os dias 20 a 23 de Fevereiro, no Tivoli Marinotel, em Vilamoura.

Leucemia
Uma nova abordagem para destruir células cancerígenas que usa o sistema imunitário do próprio doente levou à remissão completa...

Este ensaio clínico, publicado no jornal científico Science Translational Medicine, envolveu 16 pessoas com um tipo de cancro no sangue denominado de leucemia linfoblástica aguda tipo B. 14 doentes tiveram uma remissão completa depois de células T serem geneticamente modificadas para que se focassem na erradicação do cancro. Os doentes, com uma média de idades de 50 anos, eram todos considerados terminais, depois de terem tido uma recaída ou terem descoberto que a quimioterapia já não estava a funcionar. Como acontece nalguns cancros tratáveis, os doentes com este tipo de leucemia acabam, por vezes, por tornar-se resistentes à quimioterapia.

De acordo com Renier Brentjens, o principal autor do estudo, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, sem esta terapia apenas 30% dos doentes responderiam à quimioterapia.

O processo envolvido neste ensaio clínico passa pela remoção das células T dos doentes, que são alteradas geneticamente para que possam atacar o cancro.

“O que fazemos é reeducar as células T em laboratório para reconhecer e matar as células cancerígenas”, explicou Renier Brentjens.

Depois de 15 anos de trabalho na tecnologia que permite esta modificação de células, “parece que está realmente a funcionar em doentes com este tipo particular de cancro”.

No ano passado, a equipa de Brentjens tinha anunciado os primeiros resultados considerados promissores em cinco adultos que tinham atingido a remissão completa.

Este tipo de tratamento insere-se na imunoterapia, que foi considerada pela revista Science como o avanço mais significativo de 2013.

Com validade expirada
Embora os maiores riscos do uso de medicamentos cuja validade já expirou sejam outros, uma doença rara que afecta os rins,...

O caso inicial reportado, envolvendo uma forma do medicamento que não é mais utilizada, foi publicado na revista científica Annals of Internal Medicine, em 1963.

Desde então ocorreram uma série de incidentes subsequentes, que levaram ao alerta constante sobre o uso de medicamentos com o prazo de validade expirado.

Um estudo publicado em 2004, que revia a literatura sobre a tetraciclina e antimicróbicos similares, sugeriu que pode ser difícil determinar quando uma doença nos rins é causada por um medicamento desse tipo.

Um problema considerável com o consumo de medicamentos com o prazo de validade vencido é o facto de que talvez não sejam capazes de fornecer uma dose suficiente do princípio activo para que sejam eficazes. Alguns medicamentos são tão instáveis que precisam de ser refrigerados ou misturados pelo farmacêutico pouco tempo antes de serem utilizados.

Todavia, um programa do Departamento de Defesa dos EUA em parceria com a Food Drug and Administration revelou que muitos medicamentos permanecem eficazes por muito tempo depois do fim do seu prazo de validade, desde que armazenados em condições ideais.

Psicofármacos:
O Infarmed revela os resultados de um estudo sobre a utilização de Psicofármacos em Portugal Continental.

O estudo sobre a utilização de Psicofármacos em Portugal Continental revela que entre 2000 e 2012 ocorreu um aumento do consumo de psicofármacos, expresso através das Doses DIárias Definidas (DDD) por 1000 habitantes dia (DHD), em todos os subgrupos mas mais evidente nos antidepressores (+240%) e antipsicóticos (+171%). A utilização de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos aumentou de modo menos acentuado (+6%) mas é o subgrupo com maior utilização (96DHD).

No que respeita à despesa com psicofármacos a partir de 2011, com a eliminação do regime especial de comparticipação os encargos do SNS diminuíram e em 2012 observou-se um decréscimo tanto dos encargos do SNS como dos utentes.

Comparando com outros países europeus verifica-se que Portugal apresenta um consumo de antidepressores (88 DHD) superior ao apresentado na Itália (37 DHD) e Noruega (57 DHD), mas similar ao da Dinamarca (93 DHD).

No que se refere aos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos o consumo em Itália (53 DHD), Noruega (62 DHD) e Dinamarca (31 DHD) é bastante inferior ao verificado em Portugal (96 DHD). Os valores elevados de consumo podem significar que os tratamentos são mais prolongados do que o indicado. Este é um importante problema de saúde pública que deve ser alvo de uma intervenção mais direccionada.

Esclerose Múltipla:
A Associação Todos com a Esclerose Múltipla volta a insistir na necessidade da criação do Estatuto de Doente Crónico e da...

Para Paulo Alexandre Pereira, presidente da direcção da Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM), “a criação do Estatuto de Doente Crónico e da Tabela Nacional de Incapacidades e Funcionalidades da Saúde é crucial para colmatar as graves dificuldades e entraves com as quais os doentes crónicos se debatem quer no acesso aos cuidados de saúde e nos locais de trabalho”. O dirigente acrescenta ainda que “há cerca de quatro anos que a TEM, juntamente com outras associações de doentes crónicos, tem lutado pelos direitos dos doentes. Até hoje nada foi feito pelas entidades competentes”.

A não publicação do Estatuto de Doente Crónico tem implicações graves na vida dos doentes crónicos, uma vez que não permite salvaguardar os seus direitos e gera injustiças na avaliação dos doentes crónicos.

A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, degenerativa do sistema nervoso central, que afecta jovens adultos com idades entre os 20 e os 40 anos, mas sobretudo mulheres jovens. Estima-se que esta doença afecta mais de 5 mil portugueses.

Mais dois “Café Memória”
Associação Alzheimer Portugal e Sonae Sierra abrem em parceria com a Santa Casa mais dois espaços em Lisboa onde se pode falar...

Tem problemas de memória? Tem algum familiar com Alzheimer, com falhas de memória ou diagnóstico de demência? Não tem com quem falar sobre o tema? A Associação Alzheimer Portugal e a Sonae Sierra assinaram, um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) para a abertura de dois novos “Café Memória”, na capital, noticia o Publico Online.

O projecto nasceu em Abril passado e consiste em ter locais de encontro, para partilhar experiências e apoiar pessoas com problemas de memória ou demência, os seus familiares e cuidadores. O objectivo é contribuir para a melhoria da qualidade de vida e redução do isolamento social a que estas pessoas, muitas vezes, estão sujeitas.

Assim, nos primeiros e terceiros sábados de cada mês, nos restaurantes Portugália do Centro Colombo, em Lisboa, e do CascaiShopping, em Cascais, respectivamente, o “Café Memória” abre-se para receber os interessados. De acordo com Catarina Alvarez, coordenadora do projecto, de Abril a Dezembro, o Café Memória contou com 120 participantes. Destes mais de 70 são cuidadores ou familiares de pessoas com problemas de memória ou com diagnóstico de demência. O número de participantes no projecto está a aumentar, garante. Nesta primeira fase, o programa realizou 22 sessões.

Agora, com a assinatura do protocolo com a SCML, o “Café Memória” vai estar disponível em Lisboa em mais dois espaços: nos segundos sábados de cada mês estará aberto na cafetaria do Museu de São Roque, no Chiado; nos quartos sábados do mês o Espaço Santa Casa, no Campo de Santa Clara. Desta forma, aumentam para quatro os “Café Memória”.

Quando o projecto começou, a equipa tinha seis voluntários e dois técnicos de saúde que acompanhavam as sessões. Hoje são já “30 os voluntários formados para o efeito”, informa Catarina Alvarez. Para se ser voluntário desta iniciativa deve ter-se “sensibilidade, compromisso e sentido de responsabilidade”, acrescenta.

 

Actividades lúdicas e apoio emocional

“Oferecemos apoio emocional, informações úteis e promovemos a participação das pessoas em jogos de memória, associação de palavras e de orientação, e actividades de expressão plástica e musical”, explica a coordenadora do projecto.

Nestes locais também se realizam “sessões de esclarecimento com especialistas que falam sobre temas específicos relacionados com a problemática das demências”, continua. “A participação dos entendidos é um aspecto importante e o motivo pelo qual as pessoas nos visitam”, sublinha. Com estas actividades “pretendemos não só estimular o funcionamento cognitivo como também contribuir para o bem-estar dos participantes”, ressalva.

A criação do "Café Memória” faz parte do projecto Cuidar Melhor que visa o apoio aos cuidadores de pessoas com demência, também da responsabilidade da Associação Alzheimer Portugal e da Sonae Sierra, além de vários parceiros institucionais como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Montepio e o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. A SCML junta-se agora a esta rede que conta, ainda, com o apoio dos restaurantes Portugália, da Optimus, da Delta Cafés, do Sumol+Compal, do Celeiro e CPP; e conta ainda com o apoio das câmaras de Cascais, Oeiras e Sintra.

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos garantiu que os médicos que confundam o exercício hipocrático da Medicina com comércio ilegal...

“Queremos definitivamente separar o trigo do joio e, como eu tenho dito e mantenho, e a Ordem assim actuará, médicos que confundam o exercício hipocrático da Medicina com comércio ilegal serão expulsos da Ordem dos Médicos”, declarou José Manuel Silva, à margem de uma visita de dois dias que iniciou ao Algarve.

Questionado pelos jornalistas sobre qual a posição da Ordem dos Médicos sobre o processo “Remédio Santo” que começou esta quarta-feira a ser julgado no Tribunal de Monsanto (Lisboa) e onde há 18 arguidos - seis médicos entre os arguidos - acusados de burlar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em quatro milhões de euros, o bastonário afirmou que se houver médicos condenados, a Ordem dos Médicos vai “aplicar uma punição severa”.

“A Ordem (dos Médicos) aplaude a forma como o Ministério da Saúde tem estado a combater a fraude e a corrupção na Saúde. Estamos à espera que as sentenças transitem em julgado. Se houver, aparentemente vai haver, médicos condenados, nós iremos aplicar uma punição severa”, declarou.

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