Dia Internacional da Criança com Cancro
Assinala-se no próximo dia 15 de Fevereiro o Dia Internacional da Criança com Cancro. A Acreditar pretende sensibilizar os...

“Aceite o desafio da Acreditar e use, durante a semana de 10 a 15 de Fevereiro, a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, a título individual, no seu local de trabalho, na escola ou na família uma pulseira ou fita da Acreditar, um sinal público de que Acredita também!”. Este é o desafio que a Acreditar propõe aos portugueses para assinalar o Dia Internacional da Criança com Cancro que se assinala no próximo dia 15 de Fevereiro.

A(s) pulseira(s) ou a(s) fita(s) tem o valor simbólico de 0,50€. Para adquirir “… basta dirigir-se a um dos núcleos da Acreditar, em Lisboa, Porto, Coimbra ou Funchal e pedir o adereço com a mensagem “15 de Fevereiro – Dia Internacional da Criança com Cancro”. Depois, é só usá-la durante a semana de 10 a 15 de Fevereiro, e de forma simples está a contribuir para a importante missão de dar a conhecer esta realidade que tem tanto de desafiante como de conquistável!

Campanha da Pancreatic Cancer Action
A campanha da Pancreatic Cancer Action está a criar polémica por colocar doentes com cancro no pâncreas a “invejar” outras...

O objectivo é simples mas tem causado incómodo entre os doentes de cancro. A Organização Não-Governamental britânica Pancreatic Cancer Action criou uma campanha através da qual os doentes com cancro no pâncreas dizem desejar ter outra variante da doença que não aquela, uma vez que, defende a organização, qualquer uma delas apresenta uma taxa de sobrevivência mais elevada.

Todos os anos cerca de 8 mil pessoas são diagnosticadas com cancro no pâncreas, mas para muitos o diagnóstico chega tarde demais e a única forma de tratamento, a cirurgia, já não pode ser realizada.

Deste modo, a organização alerta para o facto de apenas 3% dos doentes conseguirem viver por mais de cinco anos – um objectivo muito inferior à estimativa dos tumores de mama (85%), testículo (97%) e cervical (67%).

Várias organizações responsáveis por outras variantes de cancro têm criticado esta campanha por colocar “um cancro contra o outro”, desvalorizando os perigos e efeitos da doença.

Oeiras e Fundação Portuguesa de Cardiologia assinalam
Sensibilizar para as doenças cardiovasculares é o objectivo da campanha de rastreios que a Fundação Portuguesa de Cardiologia e...

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) e a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) assinalam o Dia Nacional do Doente Coronário (14 de Fevereiro) com uma campanha de rastreios durante toda esta semana. Os rastreios cardiovasculares, o baile do coração e a caminhada pela saúde são algumas das iniciativas agendadas, em vários locais do concelho, para sensibilizar a população para o perigo das doenças cardiovasculares.

Em Portugal, 70% da população tem colesterol elevado, 20% é fumadora ou obesa e 40% sofre de hipertensão, sendo factores e risco do aumento das doenças cardiovasculares. Em 2012, estas doenças foram responsáveis por 23 mil mortes, muitas das quais evitáveis mediante a alteração do estilo de vida, melhoria da dieta e controlo regular de indicadores como tensão arterial, colesterol, peso, entre outros.

Carlos Catarino, da FPC e responsável pelas comemorações do Dia Nacional do Doente Coronário, “estas iniciativas inserem-se na nossa missão global de sensibilização para as doenças cardiovasculares. São doenças com um risco de mortalidade e morbilidade tremendo e que tendem a aumentar, à medida que nos afastamos do padrão alimentar da dieta mediterrânica, que vivemos com níveis crescentes de stress e continuamos a não praticar exercício físico. São factores com um grande peso na saúde cardiovascular, mas sendo controlados têm efeitos directos e mensuráveis na melhoria da qualidade de vida”.

“Avaliação de desempenho dos hospitais públicos (internamento)”
O Centro Hospitalar Universitário de Coimbra ascendeu, pela primeira vez, em 2012, ao 1.º lugar no ranking dos 10 melhores...

Um pior desempenho em termos de mortalidade global (embora continue no topo da tabela) e piores resultados em 10 dos 17 agrupamentos de doenças analisados - passando a liderar apenas nas doenças cardíacas e vasculares, pediátricas e doenças do sangue e órgãos linfáticos, em vez dos sete agrupamentos que liderava em 2011 - terão levado o distinguido Centro Hospitalar de S. João, no Porto, a ser destronado pelo Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) no ranking dos 10 melhores hospitais de 2012, passando a ocupar o segundo lugar da tabela.

Há quatro anos que o CHUC ocupava sempre um dos três primeiros lugares no pódio e, em 2012, ascendeu ao 1º lugar. Carlos Costa, um dos coordenadores do estudo - “Avaliação de desempenho dos hospitais públicos (internamento)”, que a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) publica desde 2005 e que sempre suscita polémica -, avança uma explicação: em 2012 o CHUC foi o segundo melhor hospital em termos de evolução da mortalidade e o melhor nas complicações de cuidados. Conquistou também a 1ª posição em cinco dos 17 agrupamentos de doenças e está entre as cinco primeiras posições noutros cinco agrupamentos.

O CHUC conquistou ao S. João a liderança nas doenças digestivas e endócrinas e nas metabólicas, manteve a liderança nas ginecológicas e obstétricas, nas neoplásicas e respiratórias e perdeu as doenças de ouvidos, nariz e garganta para o IPO Coimbra. Carlos Costa explica que cerca de 60% dos óbitos nestas doenças são de cancro, “onde o IPO Coimbra é melhor que os restantes hospitais”.

O ranking parece confirmar que os grandes hospitais são os que dão mais garantias de qualidade aos doentes: nas cinco primeiras posições estão hospitais de Coimbra, Lisboa, Porto. A seguir ao CHUC e ao São João, no terceiro lugar está o Centro Hospitalar Lisboa Norte (Santa Maria), o Centro Hospitalar Lisboa Central e o Centro Hospitalar do Porto. Só em 7º lugar aparece um hospital do interior, o Centro Hospitalar Tondela Viseu, que já chegou a ocupar o 2º lugar do ranking em 2010.

Outras novidades são a entrada do CH do Porto, ausente do ranking há pelo menos três anos, para o 5º lugar da tabela, tendo sido, juntamente com o CHUC, o hospital com melhor evolução no top 10. O factor “mais decisivo” para o regresso do Centro Hospitalar do Porto ao top 5 foi a melhoria da mortalidade e das readmissões, bem como um conjunto de “melhorias relevantes” em nove agrupamentos de doenças, com destaque para as doenças infecciosas, renais, neurológicas, respiratórias e oftalmológicas.

Outra novidade foi a subida do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental do 10º para o 6º lugar; e o “tropeção” dos hospitais de Tondela-Viseu e Leiria-Pombal que passam, respectivamente, das posições 4 e 5 em 2011 para 7º e 10º em 2012.

Alexandra Guedes, assessora da direcção clínica do hospital Tondela-Viseu, desvaloriza a queda de três posições. “Os nossos serviços não pioraram de certeza. Espero que a descida seja apenas porque os outros hospitais melhoraram bastante”, disse reconhecendo, contudo, a dificuldade na contratação de pessoal. “Os nossos recursos são finitos, mas fazemos com que não se reflictam nos cuidados aos doentes, motivando e envolvendo os profissionais que estão a fazer mais com menos”, assegura.

O ranking da Escola Nacional de Saúde Pública avalia a qualidade dos hospitais com base apenas nos resultados e tem em conta os episódios de internamento. O cálculo é feito com base na média ponderada da mortalidade (que vale 75%) e na média ponderada das complicações e readmissões (que valem 12,5% cada). É avaliado o desempenho global dos hospitais e o seu desempenho em 17 agrupamentos de doenças.

Para o ranking de 2012, foram analisados 870.631 episódios de internamento, num total de 542 doenças e 44 hospitais.

Carlos Costa explicou que esta metodologia “identifica e mede os indicadores de resultados de saúde e a qualidade dos cuidados prestados, não pretendendo identificar as causas que os originaram”, o que é considerado pouco por alguns dos críticos do ranking, que apontam como fragilidades o facto de o estudo não ter em conta as transferências de doentes entre hospitais e as diferenças entre hospitais de fim de linha e hospitais com pouca diferenciação.

No entender do professor da ENSP, compete aos hospitais, órgãos regionais e ao Ministério da Saúde investigar se o desempenho identificado se deve a problemas de qualidade de informação (que admite existir), a problemas de estrutura (designadamente à quantidade e experiência dos recursos humanos e à tecnologia) ou a questões associadas ao processo de tratamento dos doentes. No limite, defende que se os maus resultados destes serviços persistirem, e não houver planos de melhoria que resultem, a tutela e os hospitais devem equacionar fundir ou fechar esses serviços.

3ª Reunião da APIC
“Analisar o trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos anos em Portugal no que respeita ao tratamento da estenose aórtica...

O Grupo de Válvulas Aórticas Percutâneas da APIC - Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de Cardiologia – vai realizar a sua terceira reunião, no dia 21 de Fevereiro, no Hotel Fontana, em Lisboa, entre as 9h e as 19. A iniciativa vai contar com a presença de mais de uma centena de especialistas em medicina interna, cardiologia e cirurgia.

De acordo com Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção e presidente da comissão organizadora, “o objectivo desta reunião é promover um fórum de discussão que permita analisar o trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos anos em Portugal no que respeita ao tratamento da estenose aórtica e os desafios futuros para melhorar o tratamento da doença valvular”.

O especialista acrescenta ainda, “nos últimos anos, o aumento de esperança de vida fez aumentar o número de casos de estenose aórtica em Portugal, sendo que a alternativa terapêutica que permite a reparação minimamente invasiva da válvula aórtica doentes com um risco muito elevado para a cirurgia de coração aberto – conhecida como implante da válvula aórtica por cateterismo – continua a ser muito pouco utilizada em Portugal comparativamente com todos os países da Europa”.

A estenose aórtica é uma doença valvular muito frequente nos países desenvolvidos, sendo sobretudo uma doença degenerativa associada ao envelhecimento. A estenose aórtica caracteriza-se pelo aperto da válvula aórtica, causado sobretudo pela fibrose e acumulação de cálcio que impedem a passagem do sangue, provocando cansaço, dor no peito e desmaios.

A doença afecta 32 mil Portugueses, atingindo um em cada 15 portugueses com mais de 80 anos. Trata-se de um aperto na válvula aórtica, cuja função é evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Quando existe este estrangulamento, o sangue passa com dificuldade, provocando queixas e diminuindo drasticamente a sobrevivência, pelo que tratamento passa por implantar uma válvula nova.

Finanças mantêm ADM e SAD
O Ministério das Finanças vai ceder a tutela da ADSE à Saúde, mas mantém a gestão dos subsistemas ADM e SAD.

A Direcção Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública, mais conhecida como ADSE, deverá passar a ser tutelada pelo Ministério da Saúde antes do final do ano, noticia o Diário Económico. A transferência do sistema de saúde gerido pelo Ministério das Finanças não significa, de acordo com o jornal, uma fusão com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O objectivo da mudança de tutela é permitir a simplificação das negociações com a rede de prestadores convencionada, de forma a baixar as despesas nivelando os pagamentos aos prestadores privados pelos exames e consultas, independentemente da pessoa ser encaminhada pela ADSE ou pelo SNS.

Esta alteração estava prevista desde o memorando de entendimento assinado com a troika, em Maio de 2011, mas só se tornou possível com as alterações no modelo de financiamento do subsistema de saúde dos funcionários públicos. Além de ceder a tutela, o Ministério das Finanças terá de apresentar um estudo com as previsões sobre a evolução das responsabilidades da ADSE no futuro.

O actual gestor da ADSE, o Ministério das Finanças, vai continuar a manter os subsistemas de saúde dos militares (ADM) e das forças de segurança (SAD).

Maternidade de Portalegre
A maternidade do Hospital de Portalegre registou um aumento do número de partos durante o ano de 2013, com 580 nascimentos.

De acordo com os dados revelados pelo gabinete de comunicação da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), em 2013 nasceram naquela maternidade 580 crianças, mais duas dezenas do que no ano anterior.

A maioria dos nascimentos registados (185) pertence a crianças cujos pais residem no concelho de Portalegre, seguindo-se 118 bebés de parturientes oriundas de Elvas e 74 referentes a parturientes de Campo Maior.

Na mesma nota, a ULSNA refere que durante o ano de 2013 foram ainda registados naquela maternidade seis nascimentos de crianças cujas mães são oriundas do distrito de Évora e um de uma mulher residente no distrito de Santarém.

A ULSNA acrescenta ainda que, dos 580 partos realizados, 292 bebés pertencem ao sexo feminino e 288 ao sexo masculino.

A enfermeira chefe da maternidade de Portalegre, Manuela Tavares, atribuiu o “sucesso” destes números ao projecto “Maternidade Mais Próxima da Comunidade”, iniciativa desenvolvida desde finais de 2011 pela ULSNA, notícia o RCM Pharma.

De acordo com a responsável, este projecto proporciona cursos de preparação para o parto nos 16 centros de saúde distribuídos pelo distrito de Portalegre, sendo os mesmos orientados por enfermeiras especialistas em saúde materna e obstetrícia.

“Era do nosso conhecimento que nalgumas franjas geográficas do nosso distrito as parturientes optavam por ter os bebés noutras maternidades e com este projecto no terreno desenvolveu-se um laço de confiança”, disse.

Para Manuela Tavares, a “proximidade” entre os profissionais de saúde e as grávidas foi “muito importante”, uma vez que a maternidade “saiu de contexto fechado e projectou-se" junto da comunidade.

Congresso Português de Hepatologia
Realizou-se este fim-de-semana o Congresso Português de Hepatologia, que congregou a 4ª Reunião Luso-Brasileira de Hepatologia...

Durante os dois dias do Congresso Português de Hepatologia os 300 especialistas presentes discutiram a realidade e o futuro dos doentes portugueses, bem como partilharam informações sobre os mais recentes avanços da investigação das doenças hepáticas.

A Hepatite C foi a doença com mais destaque no Congresso através da realização de vários simpósios. Também se falou da crescente necessidade da elaboração e implementação de um plano nacional de Hepatite C e, como exemplo, foi apresentado o caso de sucesso da implementação do plano nacional escocês.

“Não ignorando a importância da Hepatite C, vivemos num país em que a doença hepática alcoólica é ainda a principal causa de cirrose. Assim, foi muito importante abordar também a doença hepática esteatósica, alcoólica e não alcoólica, assim como as complicações da cirrose hepática, com que temos de lidar todos os dias na nossa prática clínica”, sublinhou Helena Cortez Pinto, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado. E foi por isso que neste encontro científico, que pretendia ser o mais abrangente possível e reconhecer os trabalhos científicos que se realizam em Portugal, não ficaram esquecidos o presente e o futuro de outros temas como as Doença Hepática Esteatósica Alcoólica e não-alcoólica, as Doenças Hepáticas Auto-imunes, a Hepatite B, os Tumores Hepáticos e Transplantação, as Complicações da Doença Hepática Avançada e os Micro-RNAs na Doença Hepática.

Houve ainda tempo para a apresentação de um projecto inovador, a Liver.pt, uma plataforma de registo de dados, projectada pela APEF com o objectivo de melhorar o conhecimento da realidade nacional no que respeita às doenças do fígado que afectam a nossa população e que neste momento aguarda apenas a aprovação da Comissão Nacional de Dados para poder avançar.

O Congresso Português de Hepatologia terminou com a entrega das bolsas de estágio e de investigação e dos prémios conferidos aos melhores trabalhos apresentados na reunião.

 

Um terço das pessoas infectadas desconhece a causa do vírus

Silencioso mas potencialmente destrutivo, o vírus da hepatite C não discrimina sexos, estratos sociais ou escalões etários. A doença, muitas vezes associada a comportamentos de risco, não é exclusiva daqueles que caíram nas teias da toxicodependência ou dos que tropeçaram na prostituição. Os comportamentos de risco são apenas uma parte de um problema de saúde, cujas causas nem sempre são possíveis de apurar.

“Não se trata de uma doença dos toxicodependentes. De maneira nenhuma. É muito frequente em quem consumiu ou consome drogas mas não é exclusiva. Tenho doentes freiras, médicos, enfermeiros, gestores de empresas, jogadores de futebol. Portanto, é transversal a qualquer estrato social”, garante Rui Tato Marinho, hepatologista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. “Em cerca de um terço das pessoas afectadas pelo vírus não é possível identificar como é que ocorreu o contágio”, acrescenta o especialista em doenças do fígado.

As estimativas apontam para 100 a 150 mil portugueses infectados com hepatite C, a maioria dos quais sem conhecimento do seu estado de saúde. Os sintomas muito tardios ou inexistentes fazem com que a descoberta desta patologia surja em estados muito avançados, com quadros de cirrose ou cancro do fígado.

De acordo com o presidente da sub-especialidade de hepatologia da Ordem dos Médicos, “o número de casos de cirrose e de cancro no fígado por hepatite C está a aumentar porque as pessoas estão infectadas há já trinta ou quarenta anos sem saber, com um vírus de evolução lenta”. No entanto, e mesmo nestes casos, os avanços da medicina nesta área vieram revolucionar o tratamento e alcançar a cura.

“Há vários medicamentos, alguns em investigação, mas outros que já foram lançados há cerca de um mês nos EUA e aprovados em Portugal, com taxas de cura próximas dos 95%. Neste momento, podemos dizer que a hepatite C é uma doença curável. Têm é de ser aplicados os medicamentos certos na pessoa certa”, explica Rui Tato Marinho.

No ano passado
A Linha Verde do AVC foi criada em 2006 e já tendeu mais de 17 mil pessoas.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) anunciou que encaminhou 3036 doentes, no ano passado, para a Via Verde do AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Desde que foi criada, em 2006, aquela linha atendeu mais de 17 mil pessoas, segundo os números divulgados.

Relativamente a 2013, os distritos com maior incidência destes casos foram Lisboa (742) e Porto (518), seguindo-se Braga (286) e Setúbal (263).

“Na maioria dos casos foi preciso decorrer entre 30 minutos a uma hora e 15 minutos desde o início dos sintomas para que fosse dado o alerta para o 112”, afirma o INEM em comunicado. O instituto lembra que quanto mais cedo forem identificados os sinais de AVC mais eficaz será o tratamento.

“Falta de força num braço, boca ao lado ou dificuldades em falar são alguns dos sinais súbitos de alarme que podem indicar a ocorrência de um AVC”, refere o documento, em que se alerta para a necessidade de a população saber identificar os sintomas e utilizar o 112. Os dados de 2013 indicam ainda que em 65,3% dos casos, os meios de socorro chegaram ao local em menos de 19 minutos.

Os hospitais de São José, em Lisboa (324), Braga (265), São João, no Porto (262) e Penafiel (214) foram os que receberam o maior número de doentes encaminhados pela Via Verde do AVC.

O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por uma deficiente circulação arterial ou hemorragia no cérebro, que só pode ser confirmado através de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC). Continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal. “Manter hábitos de vida saudáveis, a prática de desporto de forma regular, evitar o tabaco e a vida sedentária são formas de prevenção eficazes e acessíveis a todo o cidadão”, sublinha o INEM.

Estudo divulgado pelo Infarmed
Os preços dos medicamentos têm baixado desde 2010, permitindo uma poupança ao Estado e aos utentes que chega a ultrapassar os...

De acordo com um estudo divulgado pelo Infarmed, os preços dos medicamentos têm baixado desde 2010, permitindo uma poupança ao Estado e aos utentes que chega a ultrapassar os 50%, e colocando Portugal abaixo da média de oito países europeus no custo dos tratamentos. Na base desta descida estão as revisões anuais de preços de medicamentos de marca, ocorridas entre 2010 e 2014, bem como as regras de comparticipação de medicamentos genéricos - que provocam uma rápida redução de preços máximos - e a entrada no mercado de genéricos comparticipados com preços mais baixos.

Para levar a cabo este estudo, o Infarmed pegou em quatro casos clínicos diferentes - uma criança com asma e rinite alérgica, uma grávida com infecção urinária, um homem de meia-idade com diabetes 2 e hipertensão arterial e uma idosa com doença pulmonar obstrutiva crónica, hipertensão arterial, fibrilhação auricular, insuficiência cardíaca, apneia do sono, obesidade e depressão - e analisou a evolução dos custos dos tratamentos de cada um deles. Depois comparou esses custos com os custos de tratamento dos mesmos casos em Espanha, França, Eslováquia, Noruega, Itália, Reino Unido, Dinamarca e Eslovénia.

A conclusão é que “o custo médio de tratamento diário em Portugal baixou bastante desde 2010 nos quatro casos clínicos apresentados” e que os seus custos de tratamento estão abaixo da média daqueles oito países.

Segundo o Infarmed, entre 2010 e 2014 houve, nos casos clínicos estudados, uma diminuição de encargos, que variou entre os 18,48% e os 51,22% para o Estado e os 27,02% e os 56,32% para o utente. Comparativamente aos três países de referência, Espanha, França e Eslovénia, os custos de tratamento analisados em Portugal estão alinhados com os custos de tratamento nestes países. O país que apresenta custos mais baixos é a Eslováquia, enquanto a Noruega e a Itália se encontram entre os mais caros.

O Infarmed salvaguarda que a falta de acesso a informação fidedigna relativamente às taxas de comparticipação noutros países não permitiu apurar qual o encargo real dos doentes na compra dos medicamentos nas farmácias.

Além disso, alguns medicamentos estavam indisponíveis nas bases de dados dos países analisados, pelo que não se incluíram os respectivos custos.

Para o estudo também não foi considerada a existência de comparticipação especial para os pensionistas, nem a comparticipação com base nos preços de referência de grupos homogéneos.

Saiba quais são
Poderão ser identificados uma grande variedade de factores que condicionam a incidência, evolução e

Idade
A idade é uma determinante muito importante para a ocorrência e prognóstico das doenças mentais e comportamentais. Na verdade, algumas têm início precoce, como as perturbações emocionais originadas na infância e adolescência, outras ocorrem no final da adolescência e primeiras anos da vida adulta, como a esquizofrenia, outras são típicas do envelhecimento, como a doença de Alzheimer, e outras ainda, como a depressão, podem ocorrer em qualquer fase da vida.

No entanto, o envelhecimento, devido à menor capacidade funcional e ao maior isolamento social, favorece o desenvolvimento de doenças mentais, as quais apesar de comuns entre os idosos estarão subestimadas, pois muitas vezes não são diagnosticadas devido aos seus sintomas serem erradamente considerados como parte do processo de envelhecimento.

Sexo
A prevalência das doenças e perturbações mentais na globalidade não difere significativamente em função do sexo do doente. No entanto, relativamente a perturbações mentais e comportamentais específicas poderemos encontrar risco acrescido em função do género. Assim, a depressão e a ansiedade são mais comuns entre as mulheres, enquanto as perturbações associadas ao uso de substâncias psicoactivas e transtornos de personalidade anti-social são mais frequentes no sexo masculino.

Condição socioeconómica
A pobreza, o desemprego e o baixo nível educacional estão associados a um maior risco de doença mental. Alguns estudos mostram que estas doenças são duas vezes mais frequentes entre os grupos populacionais mais desfavorecidos.

Há também evidência de que o prognóstico da doença é condicionado pelo nível socioeconómico do doente, o que resultará do diferente acesso a cuidados de saúde mental.

Conflitos e catástrofes
A experiência de viver em situações de guerra ou grave convulsão social, ou ainda em situações de catástrofe, aumenta o risco de ocorrência de doenças mentais. Na verdade, verifica-se uma maior prevalência de perturbações mentais entre os cerca de 50 milhões de refugiados de guerra ou entre os milhões de pessoas afectadas por desastres naturais, incluindo terramotos, furacões, cheias e outras calamidades de grande escala.

As situações de conflito social originam com alguma frequência o stress pós-traumático, cuja prevalência na população mundial se estima em cerca de 0,4 por cento.

Co-morbilidade de doença física grave
O risco de ocorrência de doença mental aumenta em indivíduos portadores de doenças físicas crónicas ou graves, nomeadamente o cancro ou a SIDA, em consequência do sofrimento, da incapacidade e de sentimentos de medo ou impotência. Estima-se que cerca de 20 a 25 por cento dos doentes com doenças crónicas, como a diabetes, enfarte de miocárdio ou cancro, venham a desenvolver episódios depressivos.

Por outro lado, existe evidência científica de uma clara associação entre a saúde mental e saúde física dos doentes, pelo que estados afectivos angustiados e deprimidos desencadeiam uma cascata de mudanças adversas no funcionamento endócrino e imunitário criando uma maior susceptibilidade para a ocorrência de doenças físicas. A depressão e o stress originam prognósticos negativos em diversas doenças físicas co-existentes.

Factores sociais e familiares
O ambiente familiar e social está intimamente associado ao risco e ao prognóstico das doenças mentais e comportamentais. Os eventos significativos sociais e familiares que as pessoas experimentam ao longo da vida, sobretudo os desfavoráveis, como o luto, o divórcio, o desemprego ou fracasso em negócios, influencia a ocorrência e a evolução de perturbações mentais e comportamentais. Alguns estudos têm evidenciado que a ocorrência daqueles eventos tem precedido, por vezes de forma quase imediata, o início dos distúrbios mentais.

A existência de antecedentes familiares aumenta o risco de ocorrência de algumas doenças mentais, nomeadamente a depressão. O estado civil é também uma determinante de algumas perturbações mentais. Na verdade, o risco de depressão aumenta nos divorciados e viúvos, particularmente no sexo masculino.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Progressiva e irreversivel
A doença de Alzheimer é de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde (ICD 10) uma d
Idoso com a mão na cabeça

Fortemente relacionada com a idade, a doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer e trata-se da causa mais comum de demência.

É uma doença progressiva, irreversível e com causas exactas e tratamento ainda desconhecido. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.

Com o envelhecimento da população, a prevalência da doença de Alzheimer e de outras formas de declínio cognitivo tem vindo a aumentar. Estima-se que haja 5 milhões de pessoas com esta demência na Europa. Segundo o European Alzheimer's Disease Consortium, surgem 800 mil novos casos por ano, na Europa. No nosso país, a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer (APFADA) estima que existam cerca de 60 mil portugueses com esta doença, que duplica em cada cinco anos de vida após os 65 anos.

Diagnóstico e sintomas

Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença de Alzheimer. Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do doente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância, entre outros exames. Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer. Assim, a doença de Alzheimer é diagnosticada por sinais clínicos e por comparação com critérios predefinidos.

Do ponto de vista dos sintomas, de início observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Assim, na fase inicial quando os sintomas são discretos, o reconhecimento da doença é difícil não só para os familiares como também para os profissionais de saúde que habitualmente acompanham clinicamente os idosos. Gradualmente, os doentes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho.

À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc. Trata-se assim de uma doença terminal que causa uma deterioração do estado geral da saúde do doente. A causa de morte mais frequente neste tipo de doentes é a pneumonia, pois a progressão da doença causa uma deterioração do sistema imunológico, aumentando o risco de infecções a nível do tracto respiratório.

Para definir a natureza progressiva da deterioração cognitiva foram identificados de uma forma genérica, sete estágios da doença:

Fase 1

Nenhum declínio cognitivo e função intelectual aparentemente intacta, mas supõe a existência de processos patológicos a nível do sistema nervoso central;

Fase 2

Declínio cognitivo muito ligeiro: o paciente começa a esquecer-se da posição de objectos comuns, mas consegue encontrá-los;

Fase 3

Declínio cognitivo ligeiro, com dificuldade de recordar nomes e incapacidade para planear e organizar actividades;

Fase 4

Declínio cognitivo moderado, com perda de memória a curto prazo. A capacidade de socialização perde-se. Incapacidade de dar informação pessoal ou clínica, mas ainda alguma capacidade de promover cuidados pessoais;

Fase 5

Declínio cognitivo moderado e grave: incapacidade para responder correctamente e reconhecer objectos familiares e manuseá-los. Necessidade de ajuda nas actividades diárias, tais como a alimentação e a higiene;

Fase 6

Declínio cognitivo grave, com deterioração da comunicação, e incontinência urinária e fecal;

Fase 7

Declínio cognitivo muito severo, com dependência total para os cuidados do dia-a-dia, discurso ausente ou incompreensível e deglutição comprometida.

Causas da doença

A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada. No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos. É também hoje aceite que a doença de Alzheimer pode ter várias outras causas para além dos factores genéticos, como seja por exemplo traumatismos cranianos.

São assim factores de risco já identificados para a doença de Alzheimer a idade (superior a 65 anos), o sexo (alguns estudos têm sugerido que a doença afecta mais as mulheres que os homens), os factores genéticos/hereditariedade e a ocorrência de traumatismos cranianos severos.

A doença de Alzheimer é caracterizada por uma degenerescência e morte neuronal, em relação com a deposição no cérebro de várias substâncias, e atinge inicialmente áreas cerebrais, como o hipocampo e estruturas relacionadas na parte interna do lobo temporal, importantes para os processos de memória.

Tratamento

Não existindo nenhum tratamento eficaz para curar ou estabilizar a doença de Alzheimer, os objectivos do tratamento são dirigidos para promover a qualidade de vida do doente e respectiva família. É assim necessário uma colaboração multidisciplinar e uma continuidade de prestação de cuidados, existindo basicamente três vertentes de actuação que permitem melhorar a qualidade de vida do doente, retardando a sua dependência, desacelerando a deterioração cognitiva e facilitando a vida do cuidador. São elas a vertente psicossocial, a terapia comportamental e a farmacológica.

A abordagem psicossocial tem como finalidade promover recursos para a auto-manutenção física, de higiene e de rotina diária (alimentação, higiene, cuidados diários). Uma alteração no estado nutricional é um traço frequentemente observado na demência do tipo Alzheimer - a maior parte dos doentes são magros, podendo surgir com alguma facilidade estados de desnutrição, que devem ser acompanhados e corrigidos pelos profissionais de saúde que acompanham este tipo de doentes. Também a actividade física permite manter a densidade óssea e muscular.

A segunda medida é a terapia comportamental, pois o doente com doença de Alzheimer pode desenvolver uma ampla variedade de transtornos comportamentais, que incluem depressão, agitação, delírios, ansiedade, insónia, violência. Estes transtornos são também fonte de grande sofrimento para os familiares e cuidadores dos doentes. A terapia comportamental deve complementar a terapia farmacológica, consistindo na promoção da adesão do doente a actividades simples, que ocupem o seu tempo, ajudem a manter as suas funções cognitivas activas e lhe tragam satisfação e bem-estar.

Basicamente, as estratégias terapêuticas visam três objectivos essenciais

1) atrasar a progressão da doença;
2) tratar os sintomas primários, isto é, cognitivos;
3) tratar os sintomas secundários, essencialmente comportamentais e psiquiátricos.

Em termos de terapêutica farmacológica, alguns medicamentos demonstram um efeito significativo na função cognitiva de doentes com doença de Alzheimer inicial ou moderada. Além do efeito sobre as funções cognitivas, verificou-se também um efeito sobre as funções não cognitivas.

A doença de Alzheimer, para além da deterioração da função cognitiva, também se caracteriza por alterações comportamentais, do humor e das funções motoras. Estas alterações não são específicas da doença e para o seu controlo sintomático utilizam-se também medicamentos não específicos como os antipsicóticos, antidepressivos, ansioliticos, etc.

Assim tendo-se hoje tornado claro o benefício do início precoce de terapêuticas farmacológicas e de sessões de estimulação cognitiva, só o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer poderá permitir a utilização destas estratégias na fase da doença onde poderão ser mais eficazes.

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Esclareça as dúvidas
Aqui as principais perguntas sobre disfunção eréctil e as respostas condensadas.
Homem de meia idade pensativo com a mão no queixo

O que é a disfunção eréctil (ou impotência masculina)?

A disfunção eréctil acontece quando um homem tem uma dificuldade consistente em conseguir ou aguentar uma erecção suficiente para ter relações sexuais. Muitos homens passam por problemas ocasionais ou temporários, mas isso não quer dizer que têm disfunção eréctil. Para um diagnóstico da disfunção eréctil, o problema da falta de erecção tem de ser frequente e regular.

A disfunção eréctil é comum?

Existem estudos que indicam que mais de 152 milhões de homens em todo o mundo, onde mais de 50 milhões estão nos Estados Unidos, sofrem de algum tipo de disfunção eréctil. Em Portugal estima-se que a prevalência global seja de 13 por cento. Também se sabe que menos de 10 por cento destes homens procuram um tratamento para os seus problemas de erecção.

Como posso saber se tenho disfunção eréctil?

Uma consulta com o seu médico é a única maneira de realmente saber se tem disfunção eréctil. O seu médico vai analisar todo o seu historial médico e fazer um exame físico para saber ao certo se não sofre de outra doença ou condição que podem afectar a sua capacidade de atingir uma erecção.

Os problemas de erecção não são uma parte normal do processo de envelhecimento?

Existem mudanças normais que ocorrem nos homens à medida que envelhecem, incluindo demorar mais tempo para ter uma erecção, erecções essas que não são tão fortes com antes e também é possível não conseguir chegar ao clímax. Estes problemas não devem ser confundidos com a disfunção eréctil, pois ela não faz parte do processo de envelhecimento. Se não tem a certeza, deve falar com o seu médico sobre a sua situação.

A disfunção eréctil tem cura?

Apesar de ser difícil dizer que a disfunção eréctil pode ser totalmente curada, é um problema que pode ser tratado com eficiência. Existem um número de processos alternativos, como medicamentos e outros tratamentos que podem em muito ajudar um homem a responder com sucesso ao estímulo sexual.

Quais são as causas da disfunção eréctil?

Qualquer doença ou ferimento que interfere com a sequência de eventos necessários para a criação de uma erecção podem causar a disfunção eréctil. Os problemas mais frequentes são aqueles que afectam a circulação sanguínea do pénis durante o estímulo sexual. Existem também várias condições médicas que estão associadas com a disfunção eréctil. Estas incluem doenças cardiovasculares, pressão sanguínea alta e diabetes.

Os medicamentos podem causar disfunção eréctil?

Os medicamentos tomados para uma variedade de problemas de saúde podem ter efeitos secundários que causam a disfunção eréctil. Estudos recentes mostraram que mais de 200 tipos diferentes de fármacos causam um efeito negativo nas capacidades de erecção. Os medicamentos utilizados para tratar a pressão sanguínea alta, problemas de coração, alergias, depressão, ansiedade, doenças de foro alimentar e úlceras demonstraram estes efeitos.

Quando toma medicamentos de qualquer tipo é importante seguir os conselhos do seu médico ou farmacêutico e esclarecer quaisquer dúvidas com o próprio. Na maioria dos casos existem medicamentos alternativos, que o seu médico pode aconselhar.

O que se pode fazer para prevenir a disfunção eréctil?

Muitas vezes a disfunção eréctil está associada a certos factores de risco, como fumar, ser obeso ou ao excesso de bebidas alcoólicas. A redução ou eliminação de qualquer um destes factores de risco vai reduzir a probabilidade de disfunção eréctil, enquanto também lhe proporciona um estilo de vida mais saudável. É importante falar com o seu médico sobre os medicamentos e fármacos que está a tomar para diminuir o risco de disfunção eréctil.

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Mulheres são mais atingidas
O diagnóstico de cancro da tiróide é assustador para a maior parte das pessoas, pela sua associação

O cancro da tiróide é um tumor maligno de crescimento localizado dentro da glândula tiróide. Este tipo de tumores classifica-se de acordo com o grau de diferenciação das células e, com a sua origem tecidular, em carcinoma papilar, folicular, medular e anaplásico ou indiferenciado.

Os carcinomas papilar e folicular são os mais frequentes e englobam a classe de tumores bem diferenciados, pelo que se associam a melhor prognóstico. Os carcinomas medular e anaplásico têm um comportamento mais agressivo.

A tiróide é uma glândula localizada na base do pescoço, imediatamente abaixo da maçã-de-adão. Tem a forma de uma borboleta, estendendo cada asa, ou lobo, sobre cada um dos lados da traqueia. As funções da tiróide são produzir, armazenar e libertar para a corrente sanguínea as hormonas tiroideias.

De acordo com dados recentes, na União Europeia o carcinoma da tiróide afecta aproximadamente 28 mil indivíduos todos os anos, com uma mortalidade anual de cerca de 2800.

A incidência anual do carcinoma da tiróide nas mulheres é superior à registada nos homens, sendo que, segundo os dados disponíveis, este tipo de cancro está a aumentar em Portugal.

O diagnóstico de cancro da tiróide é assustador para a maior parte das pessoas, pela sua associação com dor e morte. No entanto, o prognóstico desta doença é geralmente bom porque, na maioria dos casos, a cirurgia é curativa, praticamente não causa dor ou incapacidade e os tratamentos disponíveis são, geralmente, eficazes.

Por isso, apesar de não ser um tipo de cancro comum, a maioria dos cancros de tiróide pode ser tratado com sucesso e a taxa geral de sobrevida a cinco anos é de 96 por cento. Mas, mesmo quando o tratamento é bem sucedido, é importante que os doentes façam exames de rotina para avaliar a possibilidade de recorrência. Isto porque até 35 por cento dos cancros da tiróide podem voltar a surgir, e um terço destes só surge 10 anos após o tratamento inicial.

O cancro da tiróide, normalmente apresenta-se sob a forma de um nódulo na zona da tiróide. Os seus sintomas mais comuns são a presença de um gânglio linfático cervical aumentado, rouquidão por compressão do nervo da voz (nervo laríngeo recorrente), ou dificuldade na deglutição ou respiração devido à obstrução do esófago ou laringe.

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A perturbação da digestão
A dispepsia, popularmente chamada de má digestão ou indigestão, pode acontecer com qualquer indivídu
Homem com as mãos na barriga em sinal de dor

A dispepsia, vulgarmente designada por indigestão, é constituída por um conjunto de sintomas surgidos na porção central do abdómen, acima do umbigo descritos por dor ou mal-estar na parte alta do abdómen, ou no peito, muitas vezes é descrita como ter gases, sensação de estar cheio ou como um ardor (azia).

A dispepsia tem muitas causas no entanto, as mais habituais e mais rapidamente associadas são o engolir ar (aerofagia), a regurgitação (refluxo) de ácido proveniente do estômago, uma irritação do estômago (gastrite), úlcera gástrica ou duodenal, cancro do estômago, inflamação da vesícula biliar (colecistite), intolerância à lactose (impossibilidade de digerir o leite e os produtos lácteos), perturbações da motilidade intestinal (por exemplo, síndroma do intestino irritável) ou mesmo ansiedade/depressão.

Sintomas

A dor e o mal-estar na parte superior do abdómen ou no peito podem ser acompanhados de arrotos e de ruídos abdominais ampliados (borborigmos). Nalgumas pessoas, a ingestão de alimentos agrava a dor, a outras alivia-a. Outros sintomas incluem perda de apetite, sensação de estômago cheio, náuseas, prisão de ventre, diarreia e flatulência, vómitos, sonolência após as refeições e dores abdominais.

Diagnóstico

Muitas vezes os doentes são tratados sem análises prévias. No entanto, como a dispepsia pode ser um aviso precoce duma doença grave, é aconselhável fazerem-se análises, principalmente nos doentes cuja dispepsia se prolonga para além de umas semanas, não responde ao tratamento ou é acompanhada de perda de peso ou de outros sintomas pouco habituais.

As análises de laboratório incluem normalmente uma contagem completa de glóbulos vermelhos e uma análise para detecção de sangue nas fezes. Os estudos radiológicos do esófago, do estômago ou do intestino delgado utilizando bário podem ser feitos se o doente tiver problemas em engolir ou apresentar vómitos, perda de peso ou se sofrer de dores que se agravam ou aliviam ao ingerir alimentos.

Pode ser usado um endoscópio (um tubo de visualização de fibra óptica) para examinar o interior do esófago, do estômago ou do intestino e obter uma amostra do revestimento gástrico através de uma biopsia. Outros estudos, que por vezes são úteis, são os que medem as contracções do esófago ou a resposta deste ao ácido.

Tratamento

Se não se encontrar uma causa subjacente, o médico trata os sintomas. Existem diferentes opções de tratamento mas deverá ser o médico especialista a estabelecer a mais correcta.

Apesar de os estudos apontarem para que 80 por cento da população já tenha tido dispepsia, existe uma elevada percentagem de casos que considera esta condição como normal e vulgar e, por isso, poucas vezes recorre ao médico. Muitos doentes insistem em chamar-lhe azia, no entanto, a azia é, apenas, um dos vários sintomas da dispepsia.

Há por outro lado, muitos doentes que se automedicam, por exemplo, com anti-ácidos, atitude que os especialistas consideram perigosa pois atenuam as dores através do recurso a medicamentos, mas pioram a dispepsia.

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08 de Fevereiro no Hotel Porto Palácio
Amanhã, dia 8 de Fevereiro pelas 15h.30m, realiza-se uma sessão aberta à população para esclarecimentos sobre o Acidente...

As causas, os factores de risco, o tratamento, a recuperação e medicação do Acidente Vascular Cerebral vão estar em destaque na sessão de esclarecimento, aberta à população, amanhã [8 de Fevereiro] no Porto. De entrada livre e decorre no Centro de Congressos do Hotel Porto Palácio, e está integrado no programa do 8.º Congresso do Acidente Vascular Cerebral (AVC) organizado pela Sociedade Portuguesa do AVC.

“Aprenda o fundamental sobre AVC” será o tema da primeira conversa, conduzida pelo neurologista Castro Lopes.

“A importância de uma alimentação saudável” será abordada por Sandra Alves e “A nutrição na reabilitação no doente pós AVC” é o tema trazido pela dupla Célia Lopes o Chef Fábio Bernardino.

Por fim, “A importância da actividade física” com demonstração prática por Rui Barros. O programa culmina com testemunhos de pessoas que, de alguma forma, sofreram de AVC ou testemunharam a doença num familiar.

Pela fundação portuguesa do pulmão
A Fundação Portuguesa do Pulmão organiza, pelo 2º ano consecutivo, o concurso “Respira Livremente, Defende os teus Pulmões”,...

O projecto “Respira Livremente, Defende os teus Pulmões” visa premiar os melhores trabalhos desenvolvidos no âmbito da Defesa da Qualidade do Ar que Respiramos e Combate ao Tabagismo e conta com o apoio institucional da Direcção Geral da Educação, da Direcção Geral da Saúde e da Praxair Portugal Gases, S.A. Através da criatividade, pretende sensibilizar as camadas mais jovens para a importância do tema. Através das artes visuais, tecnologias de Informação e comunicação e expressão musical, os alunos do 1º, 2º e 3º ciclos e Ensino Secundário e profissional devem desenvolver trabalhos que vão ser, posteriormente, avaliados segundo critérios de originalidade, apresentação, estrutura e criatividade.

O 1º classificado de cada ciclo recebe um cheque-prenda de 300€, apoio financeiro concedido pelo Montepio Geral.

Na edição passada a FPP recebeu 62 trabalhos de 39 escolas envolvendo 320 alunos de todo o País. Este ano, Teles de Araújo, Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), espera chegar a um maior número de escolas e alunos e garantis mais visibilidade para o concurso, sensibilizando assim mais jovens para o tema.

Os trabalhos devem estar, preferencialmente, incluídos nas seguintes categorias:

- Artes visuais: pintura, desenho, cartazes, folhetos, fotografia, banda desenhada, conto ilustrado, artes plásticas ou composição digital

- Tecnologias de Informação e comunicação: Vídeos (duração máxima de 5 minutos), spots publicitários para televisão ou rádio, sketches teatrais.

- Expressão musical: desempenhos musicais gravados em vídeo ou áudio, composições musicais originais

Os alunos podem candidatar-se individualmente ou por equipas. No caso das equipas, estas podem integrar um elemento que seja professor, funcionário da escola, pai ou encarregado de educação. As inscrições devem ser feitas no site da FPP: www.fppulmao.org/Respira_Livremente

A entrega dos trabalhos concorrentes deve ser feita até 4 de Maio de 2014 por e-mail para [email protected] ou por CD/DVD enviado para Fundação Portuguesa do Pulmão. O período de avaliação dos projectos irá decorrer entre os dias 5 a 26 de Maio e os resultados serão anunciados entre os dias 27 de Maio e 2 de Junho.

Recomendações da Associação Norte-Americana do Coração
As mulheres, de todas as idades, correm mais riscos de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do que os homens, devendo por...

As mulheres, de todas as idades, correm mais riscos de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do que os homens e têm também maiores factores de risco que favorecem os acidentes cerebrais, tais como enxaquecas, depressão, diabetes e arritmia cardíaca, revela a mesma associação. Dados difundidos pelo guia de recomendações da Associação Norte-Americana do Coração. Os acidentes vasculares cerebrais são a terceira causa de mortalidade entre as mulheres, depois das doenças cardíacas e do cancro, doença que é a quinta causa de morte nos homens.

As mulheres têm riscos específicos devido à gravidez e à utilização de hormonas, como a pílula contraceptiva, sublinha Cheryl Bushnell, professor adjunto de neurologia no Centro Médico Wake Forest, em Winston-Salem (Carolina do Norte, EUA), que preside ao grupo de peritos que elaborou as recomendações publicadas na revista médica Stroke.

Este novo guia insiste na importância de controlar regularmente a tensão arterial, nomeadamente em mulheres jovens, sobretudo antes de tomarem contraceptivos e de ficarem grávidas.

Os sintomas de um AVC em mulheres são similares aos dos homens: dormência súbita ou fraqueza do braço, dificuldades em falar ou compreender o que dizem os outros.

Contudo, revelam os autores do estudo, os sintomas de um acidente vascular cerebral nas mulheres podem ser mais subtis, uma vez que elas têm mais dificuldades em se expressarem ou estarem cientes do seu ambiente.

Um acidente vascular cerebral ocorre quando uma veia que irriga o cérebro é obstruída por um coágulo, causando a destruição dos tecidos cerebrais.

Doença crónica
A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sa
Caneta de insulina e medidor de glicose

Infelizmente a diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos, nomeadamente pessoas com familiares directos com diabetes; homens e mulheres obesos; homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue; mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez; crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença; doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.

Para a diabetes tipo 2 concorrem vários factores como os genéticos, ambientais, anomalias na insulina, produção aumentada de glucose pelo fígado, aumento da ingestão de lípidos, secreção hormonal insuficiente pelos intestinos, obesidade, entre outros.

Os indivíduos com hiperglicemia intermédia ou pré diabetes apresentam risco aumentado de desenvolver diabetes, devendo esta situação, ser encarada como factor de risco para a diabetes e para doença cardiovascular por se associar à obesidade visceral, dislipidemia e hipertensão.

Principais sintomas da diabetes

Nos adultos a diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através da frequência em urinar, especialmente durante a noite (poliúria); sede constante e intensa (polidipsia); fome constante e difícil de saciar (polifagia); fadiga; comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais; visão turva.

Nas crianças e jovens a diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos, dos quais se destacam a frequência em urinar, podendo voltar a urinar na cama; ter muita sede; emagrecer rapidamente; grande fadiga, associada a dores musculares intensas; comer muito sem nada aproveitar; dores de cabeça, náuseas e vómitos.

De salientar que os sintomas da diabetes nas crianças e nos jovens são muito nítidos, no entanto nos adultos, a diabetes não se manifesta tão claramente, sobretudo no início, motivo pelo qual pode passar despercebida durante alguns anos. Habitualmente os sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada e, nestes casos, podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se detecta a doença.

Tipos de diabetes

A diabetes resulta de alterações dos processos pancreáticos, estando classificada em quatro tipos: tipo 1 - requer insulina para sobreviver; tipo 2 - por resistência tecidular à insulina associada à produção insuficiente da hormona; tipo 3 – gestacional e o tipo 4 - agrega diferentes tipos de diabetes.

Diabetes Tipo 2

É designada por não insulino-dependente e é a mais frequente - 90 por cento dos casos. O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à acção da insulina. O pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos alimentos.

Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos casos, consiste na adopção duma dieta alimentar, de forma a normalizar os níveis de açúcar no sangue. Ou seja, estes doentes podem não necessitar de insulina para sobreviver mas cerca de 30 por cento beneficiam da sua administração.

Diabetes Tipo 1

Designada por insulino-dependente e é mais rara. O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade deficiente ou ambas as situações. Como resultado, as células do organismo não conseguem absorver, do sangue, o açúcar necessário, ainda que o seu nível se mantenha elevado e seja expelido para a urina.

Conforme já referimos a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas crianças e nos jovens. Não está directamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou de alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. Os doentes necessitam de uma terapêutica com insulina para toda a vida, uma vez que o pâncreas deixa de a produzir, devendo ser acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde.

Este tipo de diabetes subdivide-se em dois conforme a causa é imune ou idiopática. O primeiro caso é mais comum e, embora o seu início seja mais frequente antes dos 30 anos, pode ocorrer em qualquer idade existindo alguma susceptibilidade familiar em que 10-15 por cento dos doentes apresentam história familiar.

Diabetes Gestacional

Surge durante a gravidez e, habitualmente, desaparece quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo. Este tipo de diabetes requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detectada a hiperglicemia, seja corrigida com a adopção duma dieta apropriada. Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.

Outros tipos de Diabetes

Existem outros tipos de diabetes além do Tipo 1, Tipo 2 e Gestacional, mas esses ocorrem com muito menor frequência. São eles:

Diabetes Tipo LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults)

Conhecido como Diabetes Tipo 1.5, a LADA costuma ser confundido com a diabetes do tipo 2.A maior incidência concentra-se em pacientes entre 35 e 60 anos. A manutenção do controle de glicemia é o principal objectivo do tratamento do portador da diabetes tipo LADA. Um aspecto que deve ser levado em conta, refere-se a progressão para a necessidade de terapia com insulina.

Diabetes Secundário ao Aumento de Função das Glândulas Endócrinas

(Ex: doença de Cushing, acromegalia ou gigantismo)

Diabetes Secundário a doenças pancreática

(Exemplos: pancreatite crónica, Destruição pancreática por depósito de ferro denominado hemocromatose, Retirada cirúrgica de 75% do pâncreas)

Resistência Congénita ou Adquirida à Insulina

Diabetes Associado a Poliendocrinopatias Auto-Imunes

Diabetes Relacionados à Anormalidade da Insulina (Insulinopatias)

Complicações da Diabetes

Quando o controlo da diabetes não é feito correctamente, para além das descompensações agudas imediatas, podem surgir complicações em diferentes órgãos que evoluem progressiva e silenciosamente (sem sintomas). Estas complicações podem ocorrer nos dois tipos de diabetes (tipo I e tipo II) e surgem fundamentalmente como resultado de um mau controlo metabólico, ainda que alguns factores genéticos também possam estar na sua origem.

- Retinopatia - lesão da retina;
- Nefropatia - lesão renal;
- Neuropatia - lesão nos nervos do organismo;
- Macroangiopatia - doença coronária, cerebral e dos membros inferiores;
- Hipertensão arterial;
- Hipoglicemia - baixa do açúcar no sangue;
- Hiperglicemia - nível elevado de açúcar no sangue;
- Lípidos no sangue - gorduras no sangue;
- Pé diabético - arteriopatia, neuropatia;
- Doenças cardiovasculares - angina de peito, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais;
- Obstrução arterial periférica - perturbação da circulação, por exemplo nas pernas e nos pés:
- Disfunção e impotência sexual - a primeira manifesta-se de diferentes formas em ambos os sexos;
- Infecções diversas e persistentes - boca e gengivas, infecções urinárias, infecções das cicatrizes depois das cirurgias.

Complicações Agudas

Importa vigiar os doentes para que sejam detectadas e tratadas de imediato. Para além das infecções e outras complicações, são consideradas como agudas a hipoglicemia e a hiperglicemia. A hiperglicemia grave pode ocasionar coma hiperosmolar, situação que coloca a vida em risco, assim como a hipoglicemia não tratada ou tratada tardiamente.

Hipoglicemia

Surge quando a glicemia é <50 mg/dL, embora os sintomas possam começar a manifestar-se com valores superiores.

A fome, palidez, cefaleias, suores frios, taquicardia, náuseas, cansaço, tremor, nervosismo, irritabilidade, visão turva são alguns dos principais sintomas para a hipoglicemia e podem progredir para confusão, sonolência, dificuldade em andar, convulsões e perda de consciência. As principais causas para se chegar ao ponto de hipoglicemia é o atraso na ingestão de alimentos ou ingestão de pequena quantidade, aumento da actividade física, toma de dose mais elevada de antidiabéticos, ou interacções medicamentosas.

Assim, o tratamento deve ser imediato ao aparecimento dos primeiros sinais. Ingerir de imediato 1-2 pacotes de açúcar (sacarose) em água ou sumo de laranja seguido da ingestão de outro alimento doce para manter a glicemia. O alimento deve ser isento de gordura ou possuir o menor teor possível para não demorar a absorção da glucose. Hipoglicemia grave com confusão, dificuldade em deglutir ou inconsciência: obriga a conduzir o doente urgentemente ao hospital por estar impedido da ingestão.

Hiperglicemia

A hiperglicemia caracteriza-se pelo elevado nível de glicose no sangue. Considera-se como complicação valores mais elevados que> 126mg/dl.

Esta condição pode ser assintomática quando não muito grave. As principais causas para a hiperglicemia são a falta de diagnóstico da diabetes, alimentação excessiva, erros no tratamento, stress metabólico, infecções, doenças agudas e gravidez. Em consequência, e na diabetes tipo 2, pode desenvolver-se coma hiperosmolar e na diabetes tipo 1 pode desencadear cetoacidose metabólica.

Complicações Crónicas

Para evitar as complicações crónicas da diabetes, que se consideram irreversíveis, é fundamental a prevenção da manutenção dos valores da diabetes. As principais complicações podem resumir-se nos seguintes tipos: neuropáticas e vasculares (macroangiopatia e microangiopatia).

Entre as complicações cónicas também se observa hipertensão e anomalias lipoproteicas (lípidos e proteínas). Os doentes com diabetes correm risco acrescido de desenvolverem doença cardiovascular, vascular cerebral e arterial periférica. Outra das complicações frequentes e graves da diabetes é o pé diabético como consequência de alterações ao nível da neuropatia, vasculopatia e infecções.

Tratamento da diabetes

Diabetes tipo 1 – Os doentes podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações, bastando que façam o tratamento prescrito pelo médico correctamente.

O objectivo do tratamento é manter o açúcar (glicose) no sangue o mais próximo possível dos valores considerados normais (bom controlo da diabetes) para que se sintam bem e sem nenhum sintoma da doença. Serve ainda para prevenir o desenvolvimento das manifestações tardias da doença e ainda para diminuir o risco das descompensações agudas, nomeadamente da hiperglicemia e da cetoacidose (acidez do sangue).

O tratamento, que deve ser acompanhado obrigatoriamente pelo médico, engloba três vertentes fundamentais: adopção de uma dieta alimentar adequada, prática regular de exercício físico e o uso da insulina.

Diabetes tipo 2 - O tratamento é semelhante ao do tipo 1 mas, devido à menor perigosidade da doença, a maioria das vezes basta que a alimentação seja adequada e que o exercício físico passe a fazer parte da rotina diária para que, com a ajuda de outros medicamentos específicos (que não a insulina), a diabetes consiga ser perfeitamente controlada pelo doente e pelo médico.

Os medicamentos usados no tratamento deste tipo de diabetes são geralmente fármacos (comprimidos) que actuam no pâncreas, estimulando a produção de insulina.

Seguindo uma alimentação correcta e adequada, praticando exercício físico diário e respeitando a toma dos comprimidos indicada pelo médico, um doente com diabetes tipo 2 garante a diminuição do risco de tromboses e ataques cardíacos; a prevenção de doenças nos olhos e nos rins e da má circulação nas pernas e nos pés, factor que diminui significativamente o risco de amputações futuras.

Recomendações nutricionais

As recomendações nutricionais destinam-se a prevenir ou atrasar o desenvolvimento de diabetes, a reduzir o peso e o índice de massa corporal (IMC) e a melhorar o controlo glicémico e lipídico para redução da glucose da lipotoxicidade. Para a obtenção dos melhores resultados, os doentes devem ser seguidos por um nutricionista.

Desde a publicação do estudo Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) conduzido pelo United States National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK) em 1993, a alimentação passou a ser considerada como a parte central da terapêutica da diabetes para o controlo glicémico, tendo havido múltiplos avanços quanto a alterações comportamentais dos indivíduos com diabetes.

1. Redução de peso: nos indivíduos com excesso de peso, obesos ou com insulinorresistência, a redução ponderal, ainda que não marcada, melhora a resistência à insulina;
2. Ingestão calórica para redução ponderal: redução da ingestão em hidratos de carbono e em gorduras por um período até 1 ano sendo mantido se necessário;
3. Monitorização dos doentes com baixo teor calórico: perfil lipídico, função renal e ingestão proteica (para os doentes com nefropatia) e ajustar as necessidades de terapêutica hipoglicemiante;
4. Actividade física e modificação comportamental: para auxílio na perda de peso e melhoria da insulinorresistência;
5. Medicamentos para perda de peso: pode ser adequada auxiliando a perda de 5-10% do seu peso;
6. Cirurgia bárica: pode ser considerada na diabetes tipo 2 com IMC> 35 kg/m2, o que pode melhorar o controlo glicémico.

Apesar da necessidade de individualização da alimentação há regras recomendadas que se podem sumarizar quanto ao teor diário a ingerir:
- Calorias em hidratos de carbono de 50 a 60 por cento do total;
- Calorias proteicas de 12 a 20 por cento do total;
- Calorias lipídicas em 30 por cento ou menos do total, com <10 por cento de saturadas;
- Menos de 200 mg colesterol;
- Ingestão moderada de sódio (<300 mg/d);
- Ingestão moderada de álcool com alimentos;
- Ingestão de 20-35 g de fibras;
- Variar muito o tipo de alimentos e micronutrientes.

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Sob o mote “A Doença Renal Crónica e o Envelhecimento”
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinala, no dia 13 de Março, o Dia Mundial do Rim, este ano subordinado ao tema “A Doença...

A Doença Renal Crónica pode desenvolver-se em qualquer idade, mas o avançar da idade faz com que se torne mais comum. A Sociedade Portuguesa de Nefrologia pretende alertar para a elevada prevalência da doença, nomeadamente numa população envelhecida como é a população portuguesa.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN): “Se o diagnóstico for feito na fase inicial da doença, esta pode ser controlada e tratada”. E acrescenta: “Numa fase avançada, a doença renal crónica pode também afectar a função óssea, levando a que o doente sofra de constantes fracturas, dores crónicas, problemas vasculares e até morte prematura”.

A Doença Renal Crónica é uma lesão renal que resulta da perda progressiva e irreversível da função dos rins. Doenças hereditárias, hipertensão arterial, diabetes e glomerulonefrites crónicas são algumas das doenças que podem provocar Doença Renal Crónica.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

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