Artrite Reumatóide

Alimentos que aliviam os sintomas de artrite

Atualizado: 
17/06/2019 - 13:08
De acordo com o Instituto Português de Reumatologia estima-se que mais de 50 mil portugueses sofram de artrite reumatóide. Uma doença que afeta mais mulheres que homens, surgindo, habitualmente, entre os 30 e os 60 anos. Embora não tenha cura, saiba que uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios pode aliviar os seus sintomas.

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica, auto-imune, que pode provocar dores, inchaço, rigidez e perda da função em várias articulações do corpo, e pode atingir pessoas de qualquer idade. Por isso se acha que apenas os mais velhos sofrem com a doença, desengane-se.

A artrite reumatóide pode ainda provocar alterações na cartilagem, osso, tendões e ligamentos.

De acordo com o Instituto Português de Reumatologia “a artrite reumatóide afeta frequentemente os punhos e os dedos (com maior frequência nas articulações perto dos punhos)”, podendo, no entanto, atingir também os pés, ombros, joelhos, cotovelos, anca ou coluna.

Em casos menos frequentes, a inflamação pode atingir o revestimento dos pulmões (pleura) ou do coração provocando pericardite.

Embora a sua causa seja desconhecida, sabe-se que afeta três vezes mais mulheres que homens e estima-se que, em Portugal, existam entre 50 a 60 mil doentes.

Febre, fadiga intensa ou anemia são sintomas que podem estar associados à doença, dando o sinal de alerta.

O diagnóstico precoce, a prática de exercício físico e alguns cuidados alimentares permitem que o doente possa levar uma vida o mais normal possível.

De acordo com os especialistas, deve-se apostar no consumo de alimentos ricos em ómega-3 e ómega-6, um ácido gordo com propriedades anti-inflamatórias.

Por outro lado, é igualmente importante a ingestão de alimentos ricos em vitamina A, C, E e selénio que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.

Peixe como o atum, sardinha, cavala e salmão são excelentes fontes de ómega-3. Para além de ajudar a prevenir inflamações, este alimento também funciona como um grande aliado no controlo do colesterol, na regeneração dos tecidos e na prevenção de doenças cardiovasculares.

Recomenda-se o consumo de 200 gramas de peixe, duas vezes pode semana.

Também rico em gorduras polinsaturadas, o óleo de soja é ainda uma ótima fonte de vitamina E. Para além de possuir uma ação anti-inflamatória e ajudar a regular os níveis de colesterol no organismo, atua na prevenção de doenças cardiovasculares e no combate dos radicais livres.

Outras fontes de ómega-3 recomendadas são as sementes de linhaça e canola.

O azeite e o óleo de onagra também exercem uma ação anti-inflamatória nas articulações, pelo que se aconselha o consumo de duas a três colheres por dia.

Quanto às vitaminas, a maioria das frutas e legumes é rica em vitamina C e A (betacaroteno), aconselhando-se o seu consumo diário.

Laranja, frutos silvestres, papaia, manga e banana são bons exemplos de fruta que deve incluir na sua dieta.

Também os legumes ou vegetais de folha verde escura devem ter um papel de destaque à mesa, uma vez que, para além de ricos em vitamina A e C, são boas fontes de potássio e ferro – importantes para regular o equilíbrio hídrico do organismo e para a formação de células sanguíneas.

O espinafre, por exemplo, é um alimento altamente nutritivo, rico em vitamina A, C e E, e em nutrientes como ómega-3, cálcio, ferro, potássio, flavonóides e carotenos, recomendando-se a ingestão de duas a três colheres de sopa por dia.

Importa ainda referir que se deve manter um peso adequado, na medida em que o excesso de peso agrava os sintomas da doença. Por um lado há uma sobrecarga nas articulações, por outro aumento da inflamação.

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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