Por Santa Maria e Portugal
A Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama organiza uma visita guiada ao Mosteiro da Batalha.

No próximo 23 de Fevereiro junte-se à iniciativa da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama e faça uma visita guiada ao Mosteiro da Batalha. Inscreva-se e traga consigo a família e amigos!

8:00 | Partida do Lg. Dr. Bernardino António Gomes (Pai), Campo Santa Clara, Lisboa (o autocarro estará no recinto da Feira da Ladra em frente as escadarias do Hospital da Marinha)

10:30 | Visita guiada ao Mosteiro da Batalha pelo Arq. Eduardo Pinto-Coelho

14:00 | Almoço completo no Restaurante “Dom Duarte”

16:00 | Regresso a Lisboa

Os 25 € por pessoa incluem transporte ida e volta em autocarro da Rodoviária de Lisboa, visita guiada ao Mosteiro e almoço completo. As inscrições devem ser feitas até dia 19 Fevereiro. Para formalizar a sua inscrição efectue o pagamento para o NIB 0010-0000-2260202-0001-65 e envie o comprovativo para [email protected] indicando o nome completo, NIF, morada e contactos para efeito de emissão de recibo.

Para mais informações telefone para o 21 756 89 11, número da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama, no Largo Dr. Bernardino António Gomes (Pai), nº 177-E 1100-209 Lisboa, com o NIF 504337823. Trata-se de uma IPSS com fins de Saúde| Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.

Fique a saber
As doenças mentais e comportamentais têm grande impacto sobre os indivíduos, as famílias e a socieda

Estima-se que uma em cada quatro famílias terá pelo menos um membro com distúrbio mental ou comportamental, com maior ou menor severidade. A carga da doença nas famílias resulta não só do custo económico directo, inerente ao seu tratamento, e indirecto, associado à perda de produtividade, mas também, das reacções emocionais à doença, do stress resultante do facto de lidar com distúrbios de comportamento, da alteração do quotidiano e da discriminação social de que os doentes e as suas famílias são alvo. Estes custos intangíveis, difíceis de quantificar constituem uma componente importante na carga da doença mental e podem ter repercussões na saúde de outros membros da família.

As doenças mentais e comportamentais originam também um forte impacto negativo nas sociedades, devido aos recursos humanos, técnicos e financeiros necessários ao tratamento, recuperação e reinserção social dos doentes mentais e também como resultado da perda de produtividade dos doentes e ainda de alguns problemas legais associados a alguns transtornos mentais, nomeadamente a violência.

O impacto económico das doenças mentais e comportamentais foi estimado em 2,5 por cento do produto nacional bruto nos Estados Unidos da América. Nalguns países da Europa Ocidental, como a Holanda e o Reino Unido, os custos das doenças mentais representam mais de 22 por cento do total das despesas dos respectivos Serviços de Saúde. A OMS estima que a prevalência instantânea global de doenças mentais na população adulta seja de 10 por cento e que mais de 25 por cento da população mundial é afectada por uma patologia desta natureza nalgum momento da sua vida (prevalência ao longo da vida).

Assim, calcula-se que cerca de 450 milhões de pessoas sofrem de doenças neuropsiquiátricas, tais como distúrbios depressivos unipolares, perturbação afectiva bipolar, esquizofrenia, doença de Alzheimer e outras demências, perturbações associadas ao uso de álcool ou de outras drogas, stress pós-traumático, distúrbios obsessivo e compulsivo, doença do pânico, etc.

A depressão, com episódios unipolares ou bipolares é uma das doenças mentais mais frequentes, afectando mais de 10 por cento da população observada neste estudo. A OMS estima, que a nível da população mundial, cerca de 5,8 por cento dos homens e 9,5 por cento das mulheres experimentarão um episódio depressivo num período de 12 meses. A OMS estima também que a prevalência de perturbações associadas ao uso de álcool (uso nocivo e dependência) será de 2,8 por cento para os homens e de 0,5 por cento para as mulheres.

Para estimar o impacto das doenças crónicas e incapacitantes na saúde pública, como é o caso das doenças mentais e comportamentais, para além da prevalência e mortalidade recorre-se a outro tipo de indicadores, como o DALY ( Diseability Adjusted Life Years) e o YLD ( Years of Life lived with Diseability), que integram também a incapacidade associada às doenças em estudo e através do seu conjunto é construído um indicador global, designado por Carga Global de Doença (Global Burden of Disease - GBD).

Os DALYs, anos de vida ajustados à incapacidade, correspondem ao somatório dos anos de vida saudável perdidos devido a uma doença, ou conjunto de doenças. Este indicador amplia o conceito de anos potenciais de vida perdidos por morte prematura (APVP) integrando o conceito de ano equivalente de vida saudável perdido devido a estados de saúde deficitários, ou seja de incapacidade, associada à doença em análise.

De acordo com a OMS, em 1990 as doenças mentais e comportamentais terão originado cerca de 10,5 por cento do total de DALYs perdidos devido a todas as doenças e lesões, estimando que em 2000 aquele valor teria sido de 12,3 por cento e que em 2020 atingirá 15 por cento do total de DALYs. A OMS estimou ainda que, em 2000, o número de anos vivido com incapacidade (YLD) associada às doenças mentais e comportamentais terá sido de 31 por centro do total de YLD provocados por todas as causas.

Considerando o conjunto de indicadores estudados conclui-se que em 2001 as doenças mentais e comportamentais terão sido responsáveis, por 21 por cento do total da Carga Global de Doença a nível mundial. Apenas as doenças infecciosas e parasitárias (41 por cento) e as doenças cardiovasculares (26 por cento) terão originado uma maior carga de doença.

A depressão unipolar é a perturbação neuropsiquiátrica que origina uma maior proporção de DALYs, particularmente no sexo feminino. A OMS indica que as perturbações depressivas unipolares representam um encargo enorme para a sociedade, sendo classificadas como a quarta entidade nosológica que maior carga de doença origina, sendo responsável por 4,3 por cento do total de DALYS e a principal causa de YLDs, representando 11,9 por cento do total YLDs na população em geral. No grupo etário dos 15 aos 44 anos a depressão foi a segunda maior causa de carga de doença, originando 8,6 por cento de DALYS perdidos. Estima-se ainda que, caso se mantenham até 2030 as tendências de evolução demográfica e epidemiológica a carga de doença associada à depressão aumentará para 6,2 por cento do total de DALYs tornando-se a primeira maior causa de carga de doença.

O abuso do álcool encontra-se no 18º lugar do ranking entre as causas de maior proporção de DALYs perdidos na população total e no 5º lugar do ranking da população masculina do grupo etário de 15 aos 44 anos. Estima-se que o álcool seja responsável por 1,5 por cento de todas as mortes e 3,5 por cento do total de DALYs. Essa carga de doença inclui não só perturbações físicas, como a cirrose, mas também lesões e acidentes rodoviários e de trabalho imputáveis ao álcool.

A esquizofrenia figura no 8º lugar do ranking entre as causas de maior proporção de DALYs perdidos no grupo etário dos 15 aos 44 anos devido ao elevado grau de incapacidade que provoca, a qual muitas vezes é permanente. Estima-se que a esquizofrenia reduza em média 10 anos no tempo de vida do doente.

Importa ainda considerar que é muito comum a coexistência de duas ou mais perturbações mentais no mesmo doente, principalmente em idosos e mulheres. Por exemplo, estima-se que a ansiedade e a depressão co-existam em cerca de metade dos doentes com aquelas perturbações. Também é muito comum a coexistência de distúrbios mentais associados ao uso de substâncias psicoactivas, nomeadamente o álcool e esquizofrenia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Fique a saber
Os mais novos acham que é um desperdício de tempo. Os mais velhos não têm tempo para o fazer.
Homem deitado de pijama com insónias

Destinado a recuperar as nossas capacidades físicas, intelectuais e mentais, o sono assume extrema importância. Sabe-se hoje que a alternância entre a vigília e o sono resulta da acção de diversas substâncias intimamente ligadas ao ritmo circadiano de 24 horas.

Todos precisamos de dormir, embora essa necessidade possa variar de pessoa para pessoa. Para alguns, 6 horas podem bastar... Para outros são precisas 9 para que se sintam em forma no dia seguinte. Apesar destas variações, uma coisa é certa: todos precisamos de um mínimo de horas de sono diárias.

Considera-se que o sono é suficiente quando produz um estado de alerta total e uma sensação de bem-estar no dia seguinte. A grande maioria parece necessitar de uma média de cerca de 8 horas de sono em cada noite. As razões biológicas para estas variações não são inteiramente conhecidas. As pessoas que trabalham durante a noite, por seu lado, enfrentam problemas particulares. O trabalho nocturno gera uma situação de conflito com o nosso relógio interno.

Horários irregulares, trabalho por turnos, abuso de estimulantes, alimentação incorrecta são erros cometidos um pouco por todas as casas portuguesas. E são geralmente os motivos para que praticamente 1 em cada 3 portugueses sofra de insónia. Especialistas referem que cerca de 70 por cento das pessoas que dormem mal é por terem más rotinas. Dormir mal ou durante poucas horas tem reflexos a nível físico, mental e laboral: Esta faixa da população tem grandes perdas de concentração e memória, é mais irritável e tem mais riscos de depressão e ansiedade.

Uma vez que a falta de horas de sono também debilita o sistema imunitário, estas pessoas são mais propensas a enfermidades, além de que a sua pele regenera muito menos, o que explica as olheiras, por exemplo. No trabalho, o risco de acidente é 10 a 20 por cento superior devido à fadiga e cansaço. Também no aspecto económico há gastos a considerar, uma vez que "estas pessoas gastam 20 por cento mais dinheiro público em visitas ao médico e em fármacos".

O que são as insónias?

A insónia é um sintoma e não uma doença e é a mais comum desordem do sono na Europa e Estados Unidos e igualmente a mais incompreendida. Insónia caracteriza-se pela dificuldade em iniciar ou manter o sono. Acompanha-se da sensação de sono não reparador notada na manhã seguinte. Como consequência, no dia seguinte apresenta fadiga, irritabilidade e agressividade.

A duração da insónia varia, podendo ser desde a insónia de poucos dias de duração; até a insónia de longa duração por meses ou anos (insónia crónica).

Tipos de Insónia

Insónias transitórias

As insónias transitórias são as que duram poucas noites, são muito comuns, ubíquas. A maior parte das pessoas apresenta esta insónia em algum período de tensão, stress, expectativa ou excitação.

Insónias de curta duração

As insónias de curta duração são as que duram de poucos dias até três semanas. Geralmente são causados por stress grave ou persistente como preocupações com a saúde própria ou de familiares; luto ou perda substancial; problemas familiares, profissionais ou de relacionamento. A relação entre o stress e a insónia é nítida.

Insónias de longa duração

As insónias de longa duração ou crónicas são as que duram mais de três semanas. Podem ser relacionadas a stress continuado, depressão, abuso de álcool ou drogas e hábitos inadequados para dormir, como o excesso de café (cafeína).

O mecanismo do sono

Numerosos estudos científicos demonstraram a existência no cérebro de estruturas que controlam os mecanismos do despertar e outros que intervêm na aparição do sono. O sono prepara-se durante o dia pela acção exercida por certos neuromediadores sobre o hipotálamo, o que leva à produção de substâncias que permitem a chegada do sono à noite. Quando adormecemos, a nossa temperatura baixa, favorecendo o acto de dormir. Por volta das 3 horas da madrugada, a glândula pineal (situada no centro do cérebro) liberta a melatonina, hormona responsável por "abrir as portas ao sono"e melhorar a qualidade do sono paradoxal.

Ao alvorecer, a luz inibe a actividade da glândula pineal que abranda a produção de melatonina. Numerosos trabalhos demonstraram que em função da intensidade da luz recebida pela retina e da hora da exposição, a melatonina é produzida à noite a uma hora certa. Desta maneira, quando nos expomos ao sol desde a manhã, a melatonina é segregada um pouco mais cedo à noite, enquanto uma exposição apenas durante a tarde provocará uma secreção mais tardia.

O nosso corpo obedece a relógios internos escondidos no hipotálamo. Quando os ritmos naturais são alterados, o organismo sente-se confuso. O trabalho nocturno, a maneira de viver, a longa madrugada do fim-de-semana ou as viagens que implicam grandes mudanças horárias, podem provocar distúrbios de sono.

Os ciclos do sono

Todos os seres humanos possuem um relógio interno destinado a regular uma série de funções como o sono, a temperatura e a produção de hormonas. As perturbações deste ritmo de sono acontecem em pessoas que mantêm uma escala de sono dessincronizada com o seu ritmo interno. Uma noite de sono é uma sucessão de vários ciclos, cada um dos quais compreende duas fases: o sono lento, que se divide em 4 estádios progressivamente mais profundos, e o sono paradoxal, um sono leve, com sonhos, que marca o fim de cada ciclo. As crianças passam a maior parte da noite em estágios profundos de sono, enquanto os mais velhos vivem os seus sonhos em estágios mais leves.

As pessoas que viajaram de avião através de vários fusos horários conhecem bem a perturbação dos ciclos do sono conhecida por jet-lag. Aos viajantes que sofrem de jet-lag os especialistas aconselham que procurem dormir à mesma hora que o fariam em casa. Problemas semelhantes acontecem a quem trabalha em horários nocturnos. Em casos mais raros, o relógio interno de uma pessoa pode trabalhar irregularmente por razões ainda desconhecidas. Indivíduos que mudaram o seu trabalho para escalas nocturnas devem escolher uma hora apropriada para se deitarem e dormir apenas 5 horas por dia. Após alguns dias, o sono deve ser prolongado mais 15 minutos até a adaptação completa ao novo horário.

Assim, quando adormecemos, entramos no sono não-REM (75 por cento da noite), que é composto por 4 fases:

Fase 1

Sono leve, entre estar acordado e adormecer; há um relaxamento dos músculos, os batimentos cardíacos abrandam e o corpo prepara-se para entrar num sono profundo;

Fase 2

Sono intermédio, quando o despertar é mais difícil; nesta altura, estamos desligados do ambiente exterior, a respiração e o ritmo cardíaco estão regulares e a temperatura do corpo desce;

Fases 3 e 4

Sono mais profundo e reparador; a tensão arterial baixa e respiramos mais devagar.

Enquanto dormimos, passamos por diferentes estádios. Esta "arquitectura do sono" segue um padrão de sono REM (rapid eyes movement ou movimento rápido dos olhos, durante o qual ocorre a maior parte dos sonhos) e de sono não-REM (mais profundo). Geralmente, o sono de um adulto começa com um ciclo de 80 minutos de sono não-REM, seguidos por 10 minutos de sono REM. Este ciclo de 90 minutos (que pode ir de 70 a 110 minutos, conforme as pessoas) repete-se 3 a 6 vezes em cada noite. Depois dos primeiros dois ciclos de sono, o tempo passado no sono profundo diminui e a proporção de sono REM aumenta. Os dois tipos de sono são importantes para garantir um sono reparador e de qualidade.

O sono REM (25 por cento da noite) é conhecido como a fase dos sonhos. Ocorre cerca de uma hora e meia após adormecermos, repete-se de 90 em 90 minutos e aumenta de duração no final da noite. Envolve uma grande actividade cerebral e os batimentos cardíacos e a respiração tornam-se irregulares. Os sonhos ocorrem enquanto os olhos se movem para a frente e para trás. Já o resto do corpo está imóvel e os músculos relaxados. Durante esta fase, as regiões do cérebro utilizadas na aprendizagem e na organização da informação são estimuladas, pelo que é decisiva para o desempenho no dia-a-dia e contribui para fortalecer a memória.

As pessoas que acordam durante o sono não-REM não se lembram se tiveram sonhos. Pelo contrário, para os que acordam na fase do sono REM é mais fácil recordar, ao pormenor, o que sonharam. Podemos ter vários sonhos na mesma noite. No entanto, a maioria das pessoas só se lembra daquilo que sonha já perto da manhã, antes de acordar.

Sintomas da insónia

Identificar os sinais e sintomas da insónia pode ajudá-lo a perceber e identificar a gravidade do seu problema:
. Dificuldade em adormecer
. Acordar várias vezes durante a noite
. Acordar cedo demais
. Levantar da cama de manha sem se sentir revigorado
. Sentir fadiga ou sono durante o dia
. Irritabilidade, depressão ou ansiedade
. Dificuldade de prestar atenção ou concentrar-se nas tarefas.

Causas da insónia

Problemas físicos ou psicológicos podem ser a causa. Doenças que provocam dores ou mal-estar (asma, palpitações cardíacas, indigestão ou cancro) podem dificultar o sono. Da mesma maneira, problemas nutricionais, hormonais e neurológicos podem actuar directamente sobre o cérebro e dificultar o sono. Igualmente medicamentos que interferem sobre o sono, como descongestionantes e barbitúricos, e o álcool. Também as doenças psiquiátricas, como a esquizofrenia, depressão e ansiedade, provocam frequentemente insónias, por regra resolvidas quando a doença é convenientemente tratada.

A insónia ocasional, originada por stress psicológico ou físico pode tornar-se crónica, transformando o leito numa zona de terror o que ajuda ao avantajar da insónia e impossibilita o retorno a um nível normal de sono.

Os desajustes dos ritmos circadiários (ou circadianos) são igualmente uma das causas de insónia. Do latim Circa Diem, que significa um dia, o ritmo circadiano designa, precisamente, o período de 24 horas sobre o qual ocorre todo o ciclo biológico do corpo humano e de qualquer outro ser vivo, influenciado pela luz solar. O ritmo circadiano regula muitos dos ritmos psicológicos do corpo humano, com influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigilia, passando pelo crescimento e pela renovação das células, assim como a subida ou descida da temperatura. O "relógio interno", denominado núcleo supraquiasmático do hipotálamo, processa e monitoriza todos estes processos e funciona ciclicamente como se houvesse dia e noite. No caso dos invisuais em que não há uma sintonização com o sol, existe uma tendência a desajustes e a perturbações dos ritmos circadiários.

O diagnóstico

Procure questionários que se relacionem com o sono. Se encontrar sinais suspeitos de um mau dormir consulte o seu médico. Muitas das perturbações do sono não se manifestam de uma forma evidente e as consequências também não aparecem de imediato.

Prevalência

O sono de má qualidade afecta mais a saúde das mulheres do que a dos homens. Metade dos portugueses dorme mal, mas cerca de 19 por cento têm consciência disso, mas apenas uma pequena percentagem procura ajuda médica especializada para solucionar o problema. O estudo é da DECO e foi publicado na revista Teste Saúde (Setembro de 2004). A DECO avança que 47 por cento dos portugueses dormem mal e cerca de 56 por cento sofrem de sonolência no dia-a-dia. Em consequência, 21 por cento dos condutores admitem poder adormecer ao volante.

Acerca da qualidade do sono, 59 por cento dos inquiridos dizem que dormem menos horas do que necessitam e 16 por cento dizem que de manhã já acordam cansados. Entre os que dormem mal, mais de metade (55 por cento) responsabilizam o stress e a ansiedade, sendo os problemas de trabalho e familiares outras das causas. Entre as pessoas que têm problemas com o sono, as que recorrem ao médico na maioria dos casos (60 por cento) consulta o médico de família e só 20 por cento procura um psiquiatra. Cerca de 16 por cento dos inquiridos toma medicamentos para dormir, sendo que um em cada dez os toma por iniciativa própria ou a conselho de amigos ou familiares.

No artigo da revista da DECO é sublinhada a falta de acessibilidade a especialistas da área do Sistema Nacional de Saúde (SNS). A DECO sugere que os Ministérios da Educação e Saúde promovam campanhas de informação sobre a importância do sono e os efeitos da sua privação.

Tratamento

O tratamento pode até passar pela simples aprendizagem de técnicas de relaxamento, embora haja casos que implicam uma terapêutica com medicamentos. Poucas pessoas sabem que a insónia é tratável ou controlável em 95 por cento dos casos.

Assim, medicamentos e terapias comportamentais são úteis no tratamento da insónia. O lado comportamental evidencia os bons hábitos de dormir. Por exemplo, por mais ensonada que esteja, uma pessoa que sofre insónias nunca deve fazer uma sesta à tarde.

Os insomníacos também nunca devem deitar-se a não ser que se sintam realmente cansados. Devem levantar-se após uns 20 minutos de mal sucedidas tentativas para adormecer para fazerem qualquer coisa calma, como ler um livro. Devem, igualmente, usar o despertador para acordarem sempre à mesma hora 7 vezes por semana. O exercício durante o dia ajuda a adormecer na altura de ir para a cama. Técnicas de relaxamento, que incluem exercícios respiratórios e musculares podem igualmente ser úteis para reduzir a ansiedade anterior ao período de ir dormir.

As pessoas que habitualmente se deitam tarde e cujas obrigações exigem que se levantem cedo, têm muitas vezes sérios problemas. Este tipo de sono descontrolado é especialmente frequente entre os adolescentes e os adultos jovens. O tratamento por cronoterapia pode ajudar a acertar o relógio interno. Esta técnica, que tem apenas 20 anos, consiste em, sob assistência médica, atrasar gradualmente a hora de deitar, até que essa hora seja compatível com a vida activa do doente.

Assim, se tem o hábito de se deitar às 3 horas da madrugada, ser-lhe-á pedido, na primeira noite, que se deite às 6 e durma até às 14. Na noite seguinte, deitar-se-á apenas às 9 horas e dormirá até às 17 e assim de seguida, atrasando 3 horas em cada dia, mas mantendo sempre as 8 horas de sono. Ao cabo de 8 dias entrará num horário normal de se deitar às 23 horas e acordar às sete da manhã. Depois será imperativo um mês de consolidação em que manterá rigidamente o último horário. Neste tipo de terapia, a motivação é da maior importância.

Na prática, cerca de dois terços dos insomníacos respondem bem a estas diferentes técnicas. Após o tratamento deixam de recorrer a medicamentos para adormecer ou usam-nos muito menos.

A luz como tratamento

A fototerapia é um excelente meio para sincronizar o relógio biológico, com bons resultados nos indivíduos que têm problemas com o ritmo vigília/sono. São geralmente pessoas que adormecem e se levantam tarde, com sono muito fraccionado, que se sentem fatigadas durante o dia.

O tratamento inclui a exposição diária durante um período de cerca de uma hora a uma luz de forte intensidade (mais de 1 500 lux), branca, sem infravermelhos nem ultravioletas. Já que se trata de um verdadeiro tratamento, apenas o médico pode determinar o horário da exposição e o número de sessões, a fim de evitar complicações na retina ou uma utilização inapropriada da lâmpada que poderiam agravar ainda mais as perturbações. Regra geral, o tratamento será feito de manhã no caso de o adormecer e acordar tardios e à noite, para a situação contrária. Normalmente, são necessários dez dias para que a situação normalize.

Alguns conselhos

Dormir bem, implica ter um ritmo de vida regular. Para funcionar devidamente, o corpo necessita de disciplina e de regularidade, pelo que é importante começar por determinar o seu ritmo pessoal em função das suas obrigações e respeitá-lo:
- Não durma de dia nem faça "sestas";
- Evite estimulantes como tabaco, álcool ou bebidas ricas em cafeína;
- Evite o barulho ou ver televisão;
- Relaxe com um banho quente;
- Não tome medicamentos sem consultar o médico;
- Não se deite sem sono - leia, veja televisão, é preferível a andar às voltas na cama sem conseguir dormir;
- Use tampões nos ouvidos (estão à venda na farmácia);
- Crie um ambiente agradável no seu quarto com uma temperatura amena;
- Mantenha um horário fixo para se deitar e levantar, mesmo aos fins-de-semana;
- Levanta-se sempre a mesmo hora, mesmo que não consiga dormir uma noite;
- Não procure recuperar a falta de sono com uma manhã na cama.

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Conheça:
Existe muita confusão e informação contraditória e falsa sobre a disfunção eréctil.
Mitos disfunção eréctil

 

"A Disfunção Eréctil é um sinal de falta de virilidade" - Falso

A virilidade de um homem não pode ser avaliada com base na rigidez do seu pénis. No entanto, os problemas relacionados com a erecção podem ter um grande peso na relação de um casal.

"Durante o acto sexual, o tempo entre uma erecção e outra será sempre o mesmo" – Falso

Não. À medida que a idade vai avançando, mais tempo é preciso para ter uma nova erecção a seguir à primeira.

"Os homens devem ter sempre uma erecção de manhã quando acordam" - Falso

É verdade que a presença de erecções de qualidade ao acordar é um sinal de que o sistema eréctil está a funcionar bem, mas isso não significa que tenha de ter uma erecção sempre que acorda. As erecções nocturnas estão associadas a uma fase específica do sono, designada por sono REM (Rapid Eye Movement).

Esta fase não é contínua durante todo o período de sono. É activada em ciclos. Por isso, se acordar durante a fase de sono REM, será possível ver a erecção mas, se acordar durante outra fase do sono, poderá não ter qualquer erecção.

"É o tamanho do pénis que determina o prazer da mulher" - Falso

O tamanho normal do pénis varia de pessoa para pessoa, tal como a estatura, mas não existe qualquer ligação entre o tamanho do pénis e o nível de satisfação sexual da mulher.

"Se tomar um comprimido, a minha erecção vai durar horas" - Falso

Os medicamentos orais para a Disfunção Eréctil não prolongam necessariamente o tempo que dura a erecção. A sua acção permite um maior afluxo de sangue ao pénis durante a estimulação sexual. Cada medicamento oral tem um período de tempo diferente durante o qual é possível ter uma erecção. Fale com o seu médico sobre os vários medicamentos.

Se tiver uma erecção durante várias horas, deverá considerá-la uma urgência médica pois, para além de ser perigoso, pode provocar lesões no tecido do pénis.

"A masturbação causa problemas de erecção" - Falso

A masturbação é uma actividade normal e fisiológica em qualquer idade. No entanto, pode constituir um problema se, no relacionamento do casal, se tornar uma alternativa às relações sexuais. Nesse caso, pode ser um sinal de um problema individual ou da relação, em que poderá ser útil a ajuda de um médico ou um sexólogo.

"A ejaculação precoce é um sintoma de problemas de erecção" – Falso

A ejaculação precoce (ou prematura) é uma disfunção que não está associada à perda de erecção, mas pode estar associada a Disfunção Eréctil.

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Comissão Europeia aprova
A Comissão Europeia aprova a variante Tipo II Esmya®, permitindo um ciclo subsequente de tratamento de 3 meses para miomas...

A Gedeon Richter Plc. (“Richter”) anuncia que os comprimidos Esmya® 5 mg (acetato de ulipristal) estão agora licenciados para administração até 2 ciclos intermitentes de tratamento de 3 meses para tratamento pré-operatório de miomas uterinos na União Europeia.

A Comissão Europeia (CE) aprovou a expansão da indicação da variante Tipo II do Esmya® 5 mg (acetato de ulipristal) que permite um ciclo repetido de 3 meses de tratamento pré-operatório em todos os países da União Europeia. Esta decisão segue o parecer positivo que o Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) emitiu em Novembro de 2013.

A aprovação da CE foi baseada nos resultados do estudo PEARL III e na sua extensão. Os estudos avaliaram a eficácia e segurança de ciclos repetidos intermitentes de 3 meses de tratamento de acetato de ulipristal em indivíduos com miomas uterinos e sangramento uterino intenso. Os resultados do estudo mostraram que um ciclo repetido de acetato de ulipristal proporciona eficácia continuada para as mulheres (as taxas de amenorreia foram 79,5% e 88,5% para as mulheres após o primeiro e segundo ciclos de tratamento, respectivamente. A variação percentual média da avaliação na redução do volume dos três maiores miomas foi -49,9% e -63,2%, após o primeiro e segundo ciclos de tratamento, respectivamente). Os dados dos estudos PEARL III foram apresentados no 10º Congresso da Sociedade Europeia de Ginecologia em 18 de Setembro de 2013.

“Estamos satisfeitos com este passo significativo para o Esmya®, pois significa mais possibilidades de escolha para os médicos que têm de tratar sintomas moderados a graves causados por miomas,” afirmou Erik Bogsch, Director Executivo da Gedeon Richter Plc. “Agora vamos trabalhar com as agências reguladoras locais para comunicar as implicações desta extensão do rótulo aos médicos na Europa.”

“O Esmya® proporciona eficácia prolongada e contínua para a mais ampla gama de sintomas causados por miomas uterinos,” disse o Professor Jacques Donnez, que conduziu os estudos PEARL I, II e III. “A extensão da sua licença aumenta o leque de opções de tratamento pré-operatório para as mulheres com miomas uterinos e pode significar que são poupadas dos sintomas até um ano.”

 

A informação completa do produto, contendo o RCM revisto, está disponível ao público no Ficheiro Comunitário da CE e disponível online em www.ema.europa.eu/ema

Dia Mundial de Luta Contra o Cancro
Assinala-se hoje o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. A Liga Portuguesa responde a dúvidas sobre a doença.

O Departamento de Educação para a Saúde do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a desenvolver uma campanha sob o mote “Precisamos Falar Sobre o Cancro”.

Neste sentido, iniciou-se a recolha de dúvidas em relação ao cancro, junto de escolas, empresas, voluntários e instituições da região Norte. As respostas a essas perguntas serão divulgadas hoje [4 de Fevereiro,] data em que se comemora o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro.

O Dia Mundial de Luta Contra o Cancro é uma iniciativa da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC), numa tentativa de criar oportunidade de se fazer ouvir, focando diversas temáticas ligadas à doença oncológica.

A União Internacional de Controlo do Cancro é uma rede de cooperação internacional, composta por diferentes membros e organizações, que contribui com discussões e encontros científicos direccionados para políticas de saúde na área da oncologia.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro, fundada em 1941, é uma das mais antigas instituições no espaço europeu na luta contra o cancro. A liga é membro da UICC desde 1983, colaborando activamente no desenvolvimento e implementação de projectos internacionais.

Portuenses assinam
A Associação Bate, Bate Coração vai promover a assinatura da Carta dos Direitos dos Doentes com Fibrilhação Auricular.

São 6 milhões de pessoas na Europa e mais de 200 mil portugueses acima dos 40 anos, que sofrem de fibrilhação auricular. Para dar voz a estes doentes e familiares a Associação Bate, Bate Coração vai promover a assinatura da Carta dos Direitos dos Doentes com Fibrilhação Auricular, no próximo dia 7 de Fevereiro, entre as 15h e as 17h, no Porto Palácio Hotel, no âmbito do Congresso Nacional do Acidente Vascular Cerebral. A iniciativa é aberta a todos os portuenses que queiram assinar a Carta.

“Este documento pretende dar uma voz única, a nível mundial, a todas as pessoas e famílias que já sofreram com a fibrilhação auricular. O nosso objectivo, em termos globais, é conseguir 1,7 milhões de assinaturas em apoio à Carta e entregá-la depois aos decisores de saúde em todos os países do mundo”, esclarece Carlos Morais, presidente da Associação Bate, Bate Coração.

A Carta faz recomendações sobre as acções críticas que os decisores políticos, os prestadores de cuidados de saúde, e os governos nacionais podem desenvolver para salvar vidas e reduzir os enormes custos, a incapacidade e mortalidade devidas à fibrilhação auricular não diagnosticada e não tratada.

A fibrilhação auricular é a perturbação do ritmo cardíaco crónica mais frequente, afectando aproximadamente 6 milhões de pessoas na Europa, 8 milhões na China e 2,6 milhões nos EUA. Esta doença é responsável por aproximadamente 15% dos 15 milhões de AVC que se estima ocorrerem anualmente a nível mundial.

Para mais informações sobre a Carta dos Direitos dos Doentes com Fibrilhação Auricular consulte: http://www.signagainststroke.com/pt

Comparticipado
O novo tratamento para a infertilidade – corifolitropina alfa – está já disponível em Portugal, sendo este um tratamento...

Este tratamento consiste numa injecção única com dose equivalente a sete dias de medicação, evitando assim as injecções diárias padrão neste período, avança O RCM Pharma.

Os casais que fazem tratamentos Fertilização In Vitro (FIV) e que têm de levar injecções diariamente têm um enorme peso psicológico sobre si, sendo que estas injecções diárias são também fisicamente difíceis. Este novo tratamento vem simplificar bastante, uma vez que, através da redução do número de injecções necessárias se diminui também a margem de erro. Este é, sem dúvida, um importante passo no tratamento da infertilidade.

Para Teresa Almeida Santos, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, “a comparticipação deste novo fármaco permitirá melhor acessibilidade dos casais a uma alternativa terapêutica de administração mais cómoda, constituindo-se assim uma alternativa real no arsenal terapêutico ao dispor dos casais e dos especialistas em Medicina da Reprodução”. Acrescenta ainda que “a grande vantagem deste tratamento reside numa comodidade superior e na sua facilidade de administração”.

“O facto de este tratamento ser comparticipado é muito importante, uma vez que, actualmente se tem cortado nos tratamentos inovadores. Outra grande vantagem consiste na sua administração semanal única, facilitando a vida a quem tem dificuldades em injectar-se todos os dias”, diz Filomena Gonçalves, da Associação Portuguesa de Fertilidade.

Estudos foram realizados para testar a eficácia do novo medicamento. Os resultados demonstraram que o tratamento com corifolitropina alfa foi tão eficaz quanto o tratamento com os medicamentos tradicionalmente utilizados, tanto no número de ovócitos obtidos, como na taxa de gravidez evolutiva.

A conveniência para o doente é uma parte chave do sucesso do tratamento. Quanto mais simples o tratamento, melhor será a aceitação por parte do doente. No entanto, além de ser simples e conveniente é, também, seguro.

Por via sexual
Cientistas suíços descobriram que o risco de contrair hepatite C por via sexual é maior do que se pensava até agora, além de...

O estudo, realizado a partir de uma base de dados de portadores do vírus da sida (HIV), foi realizado pelos cientistas Roger Kouyos e Huldrych Günthard do Hospital Universitário de Zurique com o apoio do Fundo Nacional Suíço (FNS), segundo informou a organização através de um comunicado, revela o Diário Digital.

Os doentes com HIV que têm um parceiro portador tanto do vírus do HIV e da hepatite C têm entre duas e três vezes mais possibilidades de se contagiar com esse tipo de hepatite do que outras pessoas seropositivas, segundo o estudo.

Há alguns anos, achava-se que a hepatite C era transmitida sobretudo por contacto sanguíneo, mas os cientistas descobriram que cada vez mais doentes homossexuais portadores de HIV contraem a doença.

Por isso, este estudo revela que o risco de contágio de hepatite C é alto não só entre toxicodependentes que partilham seringas, mas também entre pessoas portadoras da doença que mantêm relações sexuais.

Este dado indica que “existem contágios de hepatite C sexualmente transmissíveis”, comentou Kouyos.

Os cientistas compararam a estrutura molecular do vírus HIV em mais de 10 mil doentes e 1.500 casais e acharam casos nos quais as sequências genéticas do vírus entre dois doentes concordavam, o que levou à conclusão de que um tinha sido contagiado pelo outro. Os homossexuais parecem particularmente propensos a contrair esta doença por via sexual, embora os investigadores não saibam ainda qual é a razão.

“Uma explicação possível é que as relações sexuais por via anal aumentam a possibilidade de contacto sanguíneo entre os casais”, indicou Günthard. “As pessoas portadoras de HIV e hepatite C não deveriam ter relações sexuais sem protecção”, acrescentou.

Por enquanto, os cientistas não sabem se os casos de hepatite C transmitida por via sexual aumentaram em pessoas não portadoras de HIV. Isto acontece porque os pacientes com HIV submetem-se a testes médicos regularmente devido à sua doença, por isso é mais fácil detectar a hepatite C nestas pessoas, o que não ocorre com as pessoas que não são seropositivas. Nestes casos, a maioria desenvolve os sintomas da doença semanas ou inclusive meses após contrair a infecção.

One Billion Rising for Justice
O Largo do Carmo, em Lisboa, acolhe no próximo dia 14 de Fevereiro uma acção da Lisbon V-day, um movimento global pelo fim da...

No próximo dia 14 de Fevereiro, pelas 18h30, arranca a iniciativa da campanha global One Billion Rising for Justice, que pretende sensibilizar para a existência de violações, espancamentos, incestos, mutilações genitais e escravidão sexual.

A ideia do V-day surgiu depois da dramaturga norte-americana Eve Ensler, autora do livro “Os Monólogos da Vagina”, ter visitado uma comunidade na República Democrática do Congo, onde mulheres, vulneráveis à violência, curavam as suas feridas através da dança.

“Vi o poder da dança e comecei a pensar o que seria se mil milhões de mulheres, e todos os homens que as amam, dançassem no mesmo dia, em todo o planeta”, explicou Eve Ensler, numa conferência de imprensa.

O V-day surgiu, assim, em 2013, propondo que um número igual ou superior a mil milhões de mulheres e homens se juntassem, em todo o mundo, dançando pelo fim da violência contra mulheres. A iniciativa foi um sucesso e contou com a participação de cerca de 205 países. Para este ano, o objectivo é repetir e maximizar o protesto.

No que diz respeito à mutilação genital feminina, uma forma de violência contra as mulheres, existe inclusive uma efeméride. O Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina é assinalado a 6 Fevereiro pela Organização das Nações Unidas, com o objectivo de denunciar a prática, existente em cerca de 28 países africanos e do Médio Oriente, bem como na Ásia e em comunidades migrantes na Europa, América do Norte e Austrália.

A propósito do World Cancer Day
Minimizar os sintomas dos efeitos secundários dos tratamentos a doentes com cancro da mama é um dos objectivos do lançamento do...

A Associação Laço e a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) lançam um e-book com conselhos alimentares, dirigido a doentes com cancro da mama. A apresentação está agendada para hoje, a propósito do World Cancer Day e o objectivo deste livro será ajudar as mulheres na fase em que recebem tratamentos de quimioterapia ou radioterapia, de forma a aliviar os possíveis efeitos secundários.

Assim, são explorados os princípios de uma alimentação saudável durante o tratamento. Também são fornecidos conselhos para minimizar os sintomas dos efeitos secundários dos tratamentos e dá informações sobre boa alimentação. Inclui, ainda, várias receitas simples especialmente pensadas de acordo com cada situação, sintomas e efeitos secundários e inclui dicas muito práticas como sugestões para fazer uma correcta lista de compras. Por fim, contém testemunhos e páginas dedicadas aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia e explicações sobre os mesmos.

O World Cancer Day é uma oportunidade para chamar a atenção do público em geral relativamente ao cancro, aumentando o conhecimento sobre o tema e desmistificando erros e equívocos sobre a doença. Esta é também uma oportunidade de dedicar atenção e apoio aos doentes de cancro, nomeadamente às doentes com cancro da mama, proporcionado informações úteis para ajudar durante as fases de tratamento.

Estudo da Universidade de Coimbra:
O actual modelo de acompanhamento das pessoas com doença mental “nem favorece a integração comunitária” nem “a recuperação dos...

A execução prática do Plano Nacional de Saúde Mental tem sido “francamente insuficiente, sobretudo no que diz respeito à reabilitação psicossocial de pessoas com doença grave”. A conclusão está contida num estudo desenvolvido na Universidade de Coimbra e não surpreendeu o director do programa, Álvaro de Carvalho, que, em declarações ao jornal Público Online, reconheceu que a reabilitação de doentes graves continua à espera dos cuidados continuados de saúde mental. “Fizemos toda a regulamentação, mas ainda não houve orientações da tutela no sentido de os cuidados continuados avançarem”, declarou.

“Os cuidados continuados farão toda a diferença em termos de reabilitação psicossocial, inclusivamente porque criam o apoio domiciliário e respostas diferenciadas para crianças e adolescentes”, acrescentou Álvaro de Carvalho, dizendo-se confiante na determinação do Governo em fazer avançar estas respostas.

Ao fim de quatro anos, a autora do estudo, Carina Teixeira, não detectou “diferenças significativas” entre pessoas com doença mental incluídas em programas de reabilitação e pessoas com doença mental sem qualquer acompanhamento psicossocial”. Acresce que os serviços de reabilitação portugueses caracterizam-se “salvo poucas excepções, por contextos educacionais, ocupacionais e habitacionais segregados”, conforme se lê no comunicado divulgado esta segunda-feira. Trata-se de um modelo “obsoleto”, segundo a investigadora, porque “nem favorece a integração comunitária” nem “a recuperação dos doentes”.

A estigmatização dos doentes com esquizofrenia consubstancia outra das críticas contidas neste estudo. Que aponta o dedo acusador aos profissionais de saúde, os primeiros a subestimar “as capacidades das pessoas com doença mental, acabando por lhes transmitir mensagens de desesperança que afectam a sua luta pela recuperação e pelo alcance dos objectivos pessoais”.

Em Chaves
Um jovem que sofreu um acidente de viação sábado, em Chaves, teve de fazer 400 quilómetros de ambulância para ser visto por uma...

José Sarmento, pai da vítima, explicou que, na sequência do acidente, o filho, Hugo Sarmento, de 20 anos, deu entrada no hospital de Chaves cerca das 2 horas de sábado inconsciente e em estado “grave”.

Tendo de ser transferido para uma unidade de neurocirurgia, dado Chaves não ter a especialidade, os hospitais mais próximos - Porto, Gaia, Matosinhos e Braga - disseram não ter vagas, segundo o pai, pelo que acabou por ser encaminhado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, de ambulância, em mais de quatro horas de viagem, porque o helicóptero não tinha condições de segurança para levantar voo.

Hugo Sarmento saiu de Chaves cerca das 6 horas, depois de três horas de espera, fez cerca de 400 quilómetros até Torres Novas de ambulância onde, depois de pedido médico dado o agravamento do seu estado de saúde seguiu até Lisboa no helicóptero de Coimbra.

Na opinião do pai da vítima, perdeu-se “muito tempo” à espera do helicóptero, quando estavam já a 30 minutos de Lisboa. Neste momento, afirmou o pai, Hugo Sarmento está em coma induzido, mas estável. “Se tivesse uma hemorragia grave tinha morrido”, disse.

A Tomografia Axial Computadorizada (TAC) detectou-lhe "dois ou três" coágulos de sangue no cérebro, daí a necessidade de ser transferido, disse o pai.

“Quando pediram a transferência para o Porto, no Santo António, disseram que não o podiam receber porque estava cheio, no São João não o pretendiam porque estava ocupado, parece que andaram a ligar para Gaia, Matosinhos e Braga, mas ninguém o quis receber, não faço ideia do que se passou, só arranjaram vaga no Santa Maria”, disse. E, acrescentou, “os serviços estavam cheios, as vagas estavam cheias, no Norte e Centro ninguém o recebeu, nem o atendeu, teve de ir para o sul. Isto é um escândalo”.

José Sarmento considerou uma “vergonha” não haver “nenhum” hospital que receba um doente que precisa de ajuda. Além disso, realçou o facto de a ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Chaves ter ficado inoperacional durante “várias” horas, dado ter tido de efectuar o transporte do filho até Lisboa.

Cruz Vermelha Portuguesa debate
A aplicação de medidas alternativas à prisão a arguidos/reclusos dependentes de substâncias psicoactivas vai ser o tema central...

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e a Associação dos Ex Deputados da Assembleia da República (AEDAR) promovem no próximo dia 13 de Fevereiro de 2014, na sala Refeitório dos Frades da Assembleia da República, um Seminário Nacional dedicado à questão da aplicação de medidas alternativas à prisão a arguidos/reclusos dependentes de substâncias psicoactivas.

Esta iniciativa surge no âmbito do projecto transnacional Alternative: promoting alternatives to imprisonment for drug offenders, que sendo co-financiado pelo programa específico de Apoio à Justiça Criminal da Comissão Europeia, será replicada nos países parceiros, nomeadamente França, Itália e República Checa. O principal objectivo dos seminários nacionais é a identificação e disseminação de boas práticas de reinserção de toxicodependentes com medidas judiciais. Este projecto comunitário visa também uma perspectiva europeia sobre a problemática, por via da comparação do respectivo status quo entre os estados membros envolvidos no projecto.

Este é um encontro que estará aberto a quem nele pretenda participar e no qual estarão representados ao mais alto nível as áreas da saúde, justiça e reinserção social.

Para mais informações pode consultar o website do projecto: www.projectalternative.net

Dia Mundial de Luta Contra o Cancro
Perto de 2 mil pessoas ligaram em 2013 para a Linha Cancro, principalmente para obterem informações sobre direitos gerais e...

A Linha Cancro, um serviço de apoio ao doente, familiares e amigos, que completa seis anos hoje, Dia Mundial Contra o Cancro, recebeu 1.878 chamadas no ano passado, de acordo com os dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

O serviço disponibilizado pela LPCC, com o apoio do Ministério da Saúde desde 2011, presta informações sobre o cancro, mas também outro tipo de esclarecimentos de carácter mais geral. A procura de informação sobre cancro da mama é a mais realizada, seguida da informação sobre o cancro colo rectal, estômago e outras do aparelho digestivo, próstata e pulmão.

As chamadas mais frequentes relacionam-se com pedidos de informação sobre os direitos gerais do doente oncológico, nomeadamente questões relacionadas com atestados médicos de incapacidade multiusos, juntas médicas, benefícios ao nível do IRS e o pagamento de taxas moderadoras.

Há ainda pedidos de informação sobre a doença, sobre acções de rastreio da LPCC, o apoio social integrado e o apoio psicológico.

Para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, a LPCC foca-se este ano nos mitos sobre o cancro e a importância de desmistificar algumas falsas ideias que existem sobre a doença.

São principalmente quatro mitos que a LPCC considera que importa clarificar: é importante falar sobre a doença, pelo impacto positivo, individual e comunitário, que pode ter; para muitos tipos de cancro há sinais e sintomas de alerta que importa conhecer para uma detecção precoce; há muito a fazer, quer a nível individual, comunitário ou de políticas de saúde, em relação ao cancro; todas as pessoas têm igualdade de direitos no acesso a tratamentos.

Matou 60 milhões de europeus
A peste negra, ou peste bubónica, a pandemia mais mortífera da história da Europa, provocou não só a morte de 60 milhões de...

O trabalho, realizado pelos investigadores do Instituto de Biologia Evolutiva da Universidade Pompeu Fabra (UPF-CSIC) e do Radboud University Nijmegen Medical Centre, da Holanda, apurou que as epidemias mortais afectam a configuração do sistema imunológico humano, revela o Diário de Notícias online.

Um dos cientistas envolvidos, Hafid Laayouni, explicou que o objectivo da investigação era “procurar padrões de variação genética que resultem da pressão selectiva de uma doença contagiosa”. Esta foi a situação que ocorreu na Europa no século XIV, durante o surto de peste, que afectou apenas os habitantes do continente.

O processo de contágio actuou sobre o genoma de dois grupos étnicos que tinham o mesmo ambiente, mas diferiam na sua bagagem genética: os romenos e os ciganos.

Os ciganos, provenientes do norte da Índia, instalaram-se na Europa há apenas mil anos.

Na primeira parte do estudo, os investigadores analisaram o ADN de 100 pessoas de origem romena e outros tantos ciganos e compararam-nos com os de 500 habitantes do noroeste da Índia.

Ao comparar as três populações, os cientistas constataram que os três genes de tipo Toll, “próprio do sistema imunitário”, tinham evoluído de forma similar nos romenos e ciganos, mas não nos habitantes da região da Índia, onde não chegou a peste.

“É um bom exemplo de evolução convergente, em que as populações de origens distintas têm a mesma adaptação, quando submetidas às mesmas pressões ambientais, neste caso, ao efeito da epidemia de peste”, acrescentou.

A segunda parte da investigação, realizada por cientistas holandeses, consistiu num estudo imunológico “para ver se estes genes estavam relacionados com uma das pressões selectivas mais importantes que existiram na história da Europa: a praga da peste negra”.

Para tal, os cientistas extraíram sangue de 101 pessoas de ascendência europeia e expuseram essas amostras à bactéria que causou a peste negra, a 'Yersenia pestis', para ver se havia resposta imunitária. “Vimos então um aumento das citoquinas no sangue, o que quer dizer uma resposta imunitária, que nos diz que estes genes estão a responder”, e que, portanto, os padrões de selecção encontrados poderiam ter sido o resultado deste agente infeccioso.

O estudo demonstra, garantem os cientistas, que a peste negra teve um papel importante na mudança genética dos europeus, o que veio a constituir um factor muito importante na história da humanidade e na resposta a infecções emergentes.

Avaliação europeia
Peritos do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência vão analisar novas drogas que também já estão disponíveis em...

A crescente preocupação com o uso de quatro novas drogas psicoactivas levou o Conselho da União Europeia a pedir uma investigação científica sobre os riscos associados ao seu consumo. As substâncias 25I-NBOMe, AH-7921, MDPV e Metoxetamina estão agora na mira das autoridades, depois de notificações dos seus efeitos nocivos por vários Estados-Membros da União Europeia (UE), o que leva a que as substâncias sejam analisadas, em Lisboa, em Abril.

Foram 22 os países, entre eles Portugal, a reportar que o AH-7921 não está sujeito a medidas de controlo a nível nacional. Trata-se de um opiáceo sintético, disponível na UE desde Julho de 2012, detectado em forma de pó e já associado a seis intoxicações não fatais e 15 mortes no espaço comunitário.

No caso da Metoxetamina, droga semelhante ao anestésico cetamina, oferecida muitas vezes como substituto desta droga legal, Portugal surge na lista dos países que detectaram a sua presença em diferentes formas (pó e comprimidos), o mesmo tendo sido verificado com a MDPV e com a 25I-NBOM.

Organização Mundial de Saúde alerta:
Um estudo hoje publicado alerta que os casos de cancro devem aumentar 50% até 2030, quando serão diagnosticados em todo o mundo...

Os casos de cancro devem aumentar 50% até 2030, quando serão diagnosticados em todo o mundo quase 22 milhões de casos em comparação com os 14 milhões de 2012, escreve o portal Sapo saúde. Ao mesmo tempo, as mortes pela doença passarão de 8,2 milhões para 13 milhões por ano. Essas tendências são acompanhadas pelo aumento e envelhecimento da população e pela adopção de hábitos de risco, como fumar, indica um relatório da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O maior impacto será registado nos países com menores recursos, muitos dos quais mal equipados para enfrentar este aumento de casos”, diz a directora da OMS, Margaret Chan.

 

Países em desenvolvimento em risco

Os países em desenvolvimento não só padecem de casos de cancro associados à pobreza, mas também dos resultados de hábitos adquiridos após conquistar melhores condições de vida, como um maior consumo de álcool e tabaco, o consumo de alimentos processados e a falta de exercício físico.

O cancro substituiu assim as doenças cardíacas como a principal causa de morte a partir de 2011 e o número anual de diagnósticos aumentou de 12,7 milhões em 2008 para 14,1 milhões em 2012.

O relatório destaca a diferença entre os sexos: cerca de 53% dos casos diagnosticados e 57% das mortes ocorrem em homens.

Entre os homens, o cancro mais comum é o dos pulmões (16,7% do total de casos no sexo masculino); seguido pelo cancro de próstata (15%), colo rectal (10%), estômago (8,5%) e fígado (7,5%).

Entre as mulheres, o mais frequente é o de mama (25,2%), seguido pelo colo rectal (9,2%), pulmões (8,7%), útero (7,9%) e estômago (4,8%).

Há também diferenças regionais: mais de 60% dos casos de cancro e 70% das mortes ocorrem na África, Ásia, América Central e América do Sul, segundo o relatório global.

Na América Latina, o cancro de mama e o de próstata são os que têm maior incidência em mulheres e homens, respectivamente.

Quase metade dos 14 milhões de novos casos de 2012 foram diagnosticados na Ásia, principalmente na China. A Europa totalizou um quarto dos casos, enquanto a América Latina teve 7,8% do número de diagnósticos.

No geral, o cancro é diagnosticado em idades mais avançadas em países menos desenvolvidos. E a nível global, o cancro do pulmão é o mais letal, com 19,4% do total de casos, seguido pelo cancro de fígado (9,1%) e estômago (8,8%).

Olhando para o futuro, o relatório nota que a população mundial vai aumentar de 7 mil milhões de pessoas em 2012 para cerca de 8,3 mil milhões em 2025.

 

Tabaco, a epidemia nos países mais pobres

O relatório expressa especial preocupação com o cancro do pulmão, em grande parte resultante do hábito de fumar e "intrinsecamente ligado a estratégias globais das companhias de tabaco para aumentar as vendas".

Uma "epidemia" de tabaco afecta especialmente os países mais pobres, de acordo com o estudo.

O custo total anual do cancro foi de 1,16 mil milhões de dólares em 2010, segundo o relatório. "Quase metade dos casos de cancro poderiam ter sido evitados", ressalta.

O estudo pede novos esforços na prevenção, incluindo a vacinação contra a hepatite B e o vírus do papiloma humano, que podem ajudar a reduzir a incidência do cancro de fígado e útero, e a promoção do exercício físico para combater a obesidade, além de campanhas anti-tabagismo.

Evento decorre a 15 de Fevereiro no Estádio do Dragão, no Porto
Júlio Machado Vaz, Marta Crawford, Pedro Abrunhosa, Manuel Serrão e Maria do Céu Santo nas Jornadas Saúde Atlântica.

A Saúde Atlântica, no Estádio do Dragão, vai receber a 15 de Fevereiro as Jornadas Saúde Atlântica que este ano são dedicadas ao tema “O que está a mudar na abordagem e tratamento das disfunções sexuais?”. Durante o simpósio irá decorrer a mesa redonda “Carrossel das 50 Sombras de Grey” que promete debate sobre sexo sem tabus.

Presididas pelo Prof. Pedro Vendeira, as Jornadas Saúde Atlântica vão contar com a comparência de vários convidados estrangeiros, bem como todos os expoentes nacionais da Andrologia, Urologia e Sexologia Clínica.

Contando com o apoio da Sociedade de Andrologia e da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, o simpósio terá como presidente o médico urologista Pedro Vendeira, que explica o porquê da escolha do tema “no momento actual cada vez mais nos debatemos com mitos e tabus relacionados com a sexualidade e com a falta de formação e informação (transversal a todas as faixas etárias) capaz de permitir uma compreensão clara e objectiva das disfunções sexuais, da sua avaliação e das opções de tratamento. Não esquecendo a elevada prevalência destas disfunções por esse mundo fora, é nossa obrigação enquanto clínicos, estabelecer a difusão do conhecimento e das principais linhas de orientação e tratamento neste campo”.

Assim, serão apresentados nesta 2.ª edição das Jornadas Saúde Atlântica diversos temas de interesse: Disfunções Ejaculatórias, Controvérsias Sexuais, Incontinência Urinária e Sexualidade na Mulher, Sexo e Próstata – Os Suspeitos do Costume, Disfunção Eréctil e Próstata, Disfunção sexual feminina, Masturbação Feminina, entre outros temas.

Um dos destaques destas Jornadas será a mesa redonda subordinada ao tema “Carrossel das 50 Sombras de Grey – Sexo sem tabus… Donde viemos? – Onde estamos? – Para onde vamos?”. Com início marcado para as 14 horas, será apresentada pelo jornalista Júlio Magalhães e moderado pelo Prof. Pedro Vendeira e Avelino Fraga. Do painel de oradores fazem parte Júlio Machado Vaz, Marta Crawford, Manuel Serrão, Maria do Céu Santo e Pedro Abrunhosa.

Sob o mote “A Doença Renal Crónica e o Envelhecimento”
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinala, no dia 13 de Março, o Dia Mundial do Rim, este ano subordinado ao tema “A Doença...

A Doença Renal Crónica pode desenvolver-se em qualquer idade, mas o avançar da idade faz com que se torne mais comum. A Sociedade Portuguesa de Nefrologia pretende alertar para a elevada prevalência da doença, nomeadamente numa população envelhecida como é a população portuguesa.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN): “Se o diagnóstico for feito na fase inicial da doença, esta pode ser controlada e tratada”. E acrescenta: “Numa fase avançada, a doença renal crónica pode também afectar a função óssea, levando a que o doente sofra de constantes fracturas, dores crónicas, problemas vasculares e até morte prematura”.

A Doença Renal Crónica é uma lesão renal que resulta da perda progressiva e irreversível da função dos rins. Doenças hereditárias, hipertensão arterial, diabetes e glomerulonefrites crónicas são algumas das doenças que podem provocar Doença Renal Crónica.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

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