Cientistas utilizam:
Um grupo de cientistas utilizou células estaminais para criar tecido cardíaco humano. O avanço constitui um marco na tentativa...

Uma equipa da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, utilizou células estaminais pluripotenciais induzidas (iPS) geradas a partir de células da pele humana para criar células cardíacas precursoras do coração, chamadas MCPs, noticia o JN Online.

As células iPS são células humanas maduras "reprogramadas" para um estado primitivo e versátil, a partir do qual poderão ser levadas a desenvolverem-se em qualquer tipo de células do corpo.

As células precursoras do coração geradas foram ligadas à "armação" (rede composta por proteínas e hidratos de carbono) de um coração de um rato, ao qual os investigadores tinham retirado todas as células cardíacas, refere o artigo científico publicado na revista Nature Communications.

Colocadas na caixa cardíaca, as células precursoras cresceram, transformaram-se em músculo cardíaco e, ao fim de 20 dias a ser-lhe fornecido sangue, o órgão reconstruído do rato "começou a contrair-se, outra vez, à velocidade de 40 a 50 batidas por minuto", indicou a Universidade de Pittsburgh em comunicado.

"Está ainda longe a criação de um coração humano completo", declarou o investigador Lei Yang, acrescentando que falta encontrar formas de o coração se contrair com força suficiente para bombear eficazmente o sangue e de reconstruir o sistema de condução eléctrica do coração. "Fornecemos um novo recurso de células para futura engenharia do tecido cardíaco", disse Lei Yang. "Esperamos que o nosso estudo seja usado no futuro para substituir um bocado de tecido danificado por um ataque cardíaco, ou talvez um órgão inteiro, em doentes com doença cardíaca".

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 17 milhões de pessoas por ano morrem de problemas cardiovasculares, a maioria delas de cardiopatia. A falta de dadores de órgãos é outro dos factores apontados pela organização.

Mais de metade dos doentes com doenças cardíacas não melhora se for tratada com medicamentos. Sendo assim, "a engenharia do tecido cardíaco representa uma grande promessa... assente na reconstrução do músculo cardíaco específico do doente", escreveram os investigadores.

No mês passado, cientistas no Japão anunciaram ter criado um fígado humano funcional a partir de células estaminais num processo semelhante. A capacidade de reparar órgãos danificados por acidente ou doença constitui uma das principais metas da investigação de células estaminais.

Até há alguns anos, quando as células iPS foram criadas, a única forma de obter células estaminais era através da sua colheita de embriões humanos.

Experiência com animais:
Um estudo analisou o desenvolvimento da doença de Alzheimer antes do aparecimento dos primeiros sintomas. A experiência foi...

Um estudo realizado por investigadores do Institute for Clinical Brain Research in Tübingen, na Alemanha, e do Hospital de Santo António, no Porto abriu caminho ao desenvolvimento de tratamentos capazes de parar a doença de Alzheimer antes do seu aparecimento, ou seja, antes da ocorrência de qualquer dano importante no cérebro do doente, revela a edição online do JN.

O cientista Luís Maia participou no estudo e explicou que "as alterações ocorridas no fluido cefalorraquidiano (líquido em torno da coluna vertebral e do cérebro) de dois modelos animais (ratinhos) da doença de Alzheimer eram paralelas à progressão da doença, podendo ser utilizadas para monitorizar a doença sem recurso aos sintomas".

A doença de Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa, actualmente incurável, com uma evolução lenta cujo aparecimento dos primeiros sintomas "leva mais de 10 anos (...) sendo este período pré-clínico [antes do aparecimento dos primeiros sintomas], o momento ideal para intervir", refere o artigo científico. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.

A observação de algumas alterações biológicas que sinalizam a doença permitiu a obtenção de informações sobre o avanço da doença. A conclusão retirada da experiência"foi particularmente interessante" já que "abre a possibilidade de finalmente ser possível intervir durante o período pré-clínico da doença".

Os cientistas dizem ser necessário continuar a investigar, mas consideram possível que os ratos transgénicos possam ser "usados para testar novos medicamentos para a doença de Alzheimer".

De acordo com dados relativos a 2010, o número de doentes com Alzheimer ascendia a 36 milhões, a nível mundial. Especialistas esperam que, até 2020, este número duplique, estimando-se que o número duplicasse em 2020.

A doença aparece normalmente com o aumento da idade e destrói o cérebro, causando perda de memória, da linguagem e da percepção do tempo e do espaço.

Em 2010, a Organização Mundial de Saúde calculava que ao todo tenham sido gastos 640 mil milhões de dólares (cerca de 490 mil milhões de euros) de com doentes de Alzheimer.

Saiba quais são
As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças.
Vacinas

A vacinação é o meio mais seguro e, por vezes, o único que permite fortalecer o organismo e resistir contra determinadas infecções. Por outro lado, permite que haja um bloqueio na disseminação da doença ou a sua erradicação, quando grandes massas populacionais estão vacinadas, evitando-se contaminação entre as pessoas.

Os seus princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só recentemente tenham sido utilizados de forma moderna e massiva. Constitui uma das maiores vitórias da medicina, e muitos de nós não estaríamos vivos se não fosse a vacinação.

A criação das vacinas e dos Programas Nacionais de Vacinação permitiu que houvesse uma grande redução do número de pessoas com infecções graves e da mortalidade que elas causavam. Portanto, o objectivo é proteger o indivíduo e a comunidade, no entanto, as vacinas só podem ser eficazes se a sua cobertura permanecer de forma contínua a um nível suficientemente elevado.

Todos os anos, a vacinação salva cerca de três milhões de vidas e previne a invalidez de mais de 750 mil crianças em consequência de doenças infecciosas.

Vacinas pediátricas
É durante a infância que recebemos a maior parte das vacinas. O sistema imunitário dos recém-nascidos é ainda imaturo e inexperiente. Apesar de nos três primeiros meses de vida, os anticorpos da mãe, passados para o filho através da placenta, fornecerem alguma protecção, não o defendem de todas as doenças.

Por isso é fundamental vacinar as crianças precocemente, para evitar doenças graves como a tosse convulsa ou certas meningites, mais frequentes nos primeiros meses de vida, que podem causar lesões permanentes ou até fatais.

O Programa Nacional de Vacinação (PNV) permite que, aos seis meses de idade, a criança já tenha a protecção básica para oito doenças (formas graves de tuberculose, difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e meningites e septicémias por meningococos C e por hemófilos).

Há ainda, fora do PNV, vacinas contra rotavírus (agente de diarreia) e contra pneumococos (agente de meningites, septicemias e pneumonias), que também são administradas antes dos seis meses. Espera-se que a vacina contra o pneumococo venha brevemente a fazer parte do PNV. Aos 15 meses a criança fará a vacina contra sarampo, papeira e rubéola.

Algumas destas doenças estão eliminadas em Portugal, devido às vacinas, mas é bom não esquecer que hoje em dia estamos à distância de poucas horas de avião de países onde essas doenças existem e se não mantivermos uma taxa de vacinação elevada corremos o risco de as ver reaparecer.

Mais recentemente entrou no PNV a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), agente responsável por cancro do colo do útero, que é administrada aos 13 anos, ainda dentro da idade pediátrica, embora vá proteger contra uma doença que só se manifesta já na idade adulta.

Vacinas de adultos
Considerar que as vacinas são assunto exclusivo das crianças e jovens é uma perspectiva desajustada da realidade.

O envelhecimento inexorável do ser humano, com a consequente diminuição de defesas do organismo, o acometimento por doenças elas mesmo imunosupressoras ou então tratamentos com medicamentos imunodepressores ou a própria radioterapia, causam diminuição das defesas do organismo e condicionam mais risco de doenças infecciosas. A vacinação pode ser uma ajuda importante.

A vacina contra o pneumococo, agente frequente de pneumonias, é claramente recomendada aos adultos com mais de 65 anos ou outros grupos de risco - diabéticos ou doentes crónicos – por estarem mais predispostos a contrair a infecção por esta bactéria.

Por outro lado, a vacinação dos adultos não está reduzida à vacina antitetânica (com reforços cada 10 anos) e à vacina anual da gripe. Existem adultos com doenças crónicas que deverão ser vacinados contra a Neisseria meningitidis e o H. influenzae, causadoras de infecções generalizadas e meningites.

É também já possível vacinar contra a zona, uma doença causada pela reactivação do vírus da varicela e que causa frequentemente no adulto, em particular nos mais idosos, uma doença caracterizada pelo aparecimento de vesículas cutâneas e depois crostas e que se pode prolongar por muito tempo com dor local intensa e incapacitante.

Vacinas do viajante
O prazer de viajar não deve ser ensombrado por percalços de saúde. Daí que valha a pena prevenir riscos e nada como consultar o seu médico, para se informar das medidas preventivas necessárias antes de partir para países tropicais ou subtropicais.

Sempre que necessário, será orientado para consultas específicas do viajante que funcionam um pouco por todo o país: informações úteis, algumas medicações e vacinas permitir-lhe-ão viajar com muito mais tranquilidade.

No que se refere a vacinas para o viajante há algumas, de que é exemplo a vacina da febre-amarela, que são mesmo obrigatórias na deslocação para alguns países onde existe risco da doença. Nessa situação a vacina terá que ser administrada a não ser que haja contra-indicação médica, devendo nesse caso ser emitida uma escusa médica.

Outras, consideradas vacinas específicas para o viajante, são recomendadas em determinadas circunstâncias, que dependerão das condições de saúde de quem viaja, do local de destino e tempo de permanência entre outros aspectos: vacina da hepatite A, da febre tifóide, da encefalite japonesa, da encefalite da carraça, entre outras. Mas também as vacinas, ditas de rotina, tem nesta consultas a oportunidade de serem actualizadas.

Assim, vale a pena pedir ajuda médica antes de viajar para locais em desenvolvimento e/ou com risco de doenças tropicais. A prevenção de muitas doenças, em particular infecciosas, é possível. As vacinas são uma das formas de o fazer com eficácia e segurança.

Reforços de vacinas
A quantidade de anticorpos produzidos pela vacina ou pela doença natural vai diminuindo ao longo do tempo. Apesar disso, podemos geralmente contar com a memória imunológica para que este nível de anticorpos suba rapidamente ao entrar em contacto com o microrganismo.

Nalgumas doenças é necessário ter um nível alto de anticorpos para haver protecção. Este problema tem particular importância no caso de doenças em que o tempo entre o contacto com o agente infeccioso e o aparecimento da doença é curto, havendo toda a vantagem em ter de antemão um nível elevado de anticorpos, para evitar que surjam manifestações da doença antes de o sistema de memória imunológica ter tempo de promover a produção de anticorpos em quantidade suficiente.

Nestes casos, pode haver necessidade de dar periodicamente doses de reforço, de modo a manter este nível alto. Há doenças em que, apesar de ser necessário um nível alto de anticorpos, o tempo de incubação é longo, permitindo que se faça uma dose de reforço mesmo depois do contacto com o agente infeccioso, se já passou demasiado tempo após a última dose de vacina, como é o caso do tétano.

Certas doenças têm um tempo de incubação muito longo, permitindo esperar que a memória imunológica entre em acção e, nesses casos, não é necessária dose de reforço.

Esta memória imunológica vai também sendo activada por contactos fugazes com o dito agente infeccioso, quando a doença persiste na comunidade. Estes contactos funcionam como “lembretes” que vão reactivar esta memória. No entanto, quando a doença deixa de circular, por influência da vacina, a memória deixa de ter estes estímulos permanentes que a mantêm alerta, por assim dizer. A máquina de produzir anticorpos pode ficar um pouco “enferrujada” pela falta de uso, levando mais tempo a reagir.

Por isso as autoridades de saúde mantêm uma grande vigilância sobre as doenças preveníveis por vacinas, para perceber se, a determinado momento, será necessário voltar a fazer doses de reforço.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Infecção localizada
Trata-se de uma lesão, que ocupa um espaço, originada pela aglomeração de material infectado (pús) n
Homem com as mãos na cabeça em sinal de dor

Causas

Quando ocorre uma infecção localizada no cérebro, este reage, ocorrendo inflamação e morte (necrose) de algum tecido cerebral. Há, então, acumulação de fluido, restos celulares, leucócitos e microorganismos. Esta acumulação forma uma massa, que geralmente se torna encapsulada, por uma membrana que se forma nos limites da mesma.

Em resposta à inflamação vai haver edema cerebral, o que juntamente com a lesão vai levar a um aumento da pressão intracraniana, o que, por sua vez, vai agravar os danos e a disfunção cerebral. A somar a tudo isto, existe ainda o material infectado que pode levar ao bloqueio de vasos cerebrais, agravando ainda mais a situação.

O abcesso cerebral pode surgir como complicação de um abcesso epidural, ou de uma afecção do foro otorrinolaringológico, nomeadamente otites crónicas, sinusites crónicas e mastoidites. Nestes casos a infecção resulta de propagação directa através dos ossos do crânio e meninges.

Noutros casos a infecção propaga-se através da corrente sanguínea a partir de localizações à distância: infecções pulmonares, infecções dentárias, infecções cutâneas, infecções ósseas, ou infecções cardíacas.

Os microorganismos podem ainda atingir o tecido cerebral por inoculação directa, no decorrer de uma cirurgia cerebral ou então em consequência de um traumatismo craniano.

Factores de risco

São factores de risco as doenças cardíacas congénitas e anormalidades congénitas dos vasos pulmonares. Situações que acarretam um alto risco de infecção cardíaca ou pulmonar, que pode propagar-se para o cérebro.

Outros factores de risco são a utilização de drogas intravenosas, afecções dos ouvidos ou seios nasais, infecções que cursam com bacteriemia e qualquer condição que cause imunossupressão.

Sintomas e Sinais

Os sintomas podem surgir gradualmente ao longo de duas semanas, ou subitamente, e assim que surgem vão-se agravando progressivamente.

Os sintomas iniciais são, geralmente, cefaleias, perdas neurológicas, ou convulsões.

Assim, podemos ter:

  • Cefaleias;
  • Rigidez da nuca, ombros ou costas;
  • Vómitos;
  • Alterações do estado mental:
  • Confusão;
  • Falta de atenção;
  • Irritabilidade;
  • Lentidão do pensamento;
  • Diminuição da resposta aos estímulos;
  • Eventualmente, coma;
  • Convulsões;
  • Febre;
  • Défices neurológicos focais – perdas localizadas da função nervosa:
  • Alterações visuais;
  • Diminuição da sensibilidade (braço e perna do mesmo lado do corpo);
  • Diminuição da mobilidade (braço e perna do mesmo lado do corpo);
  • Fraqueza muscular (braço e perna do mesmo lado do corpo);
  • Diminuição da fala;
  • Perda da coordenação;
  • Sinais de hipertensão intra-craniana.

Tratamento

O abcesso cerebral é uma urgência médica: o aumento da pressão intra-craniana pode levar rapidamente à morte.

É necessária hospitalização, até a situação estar estabilizada, sendo que, em alguns casos, é mesmo necessário o recurso a suporte de vida.

O tratamento com antibióticos é o mais indicado, podendo associar-se medicamentos anti-inflamatórios e diuréticos com a finalidade de combater o edema cerebral e, deste modo, a hipertensão intra-craniana.

O tratamento cirúrgico está reservado para situações especiais, como por exemplo, quando a massa não diminui com a terapia antibiótica ou quando há um aumento persistente e progressivo da pressão intra-craniana.

Evolução e prognóstico

Sem tratamento a evolução é inexoravelmente fatal e, mesmo nos casos com tratamento poderá ser mortal.

É uma situação que pode deixar sequelas permanentes, nomeadamente a nível neurológico.

Complicações:

  • Meningite, muito grave e potencialmente fatal;
  • Epilepsia;
  • Perdas neurológicas permanentes (visuais, motoras, da fala).

Prevenção

O tratamento adequado das doenças causadoras pode diminuir o risco de abcesso cerebral, incluindo-se naquele a reparação cirúrgica das anormalidades congénitas.

Deve-se ainda administrar profilacticamente antibióticos a pessoas com patologia valvular cardíaca, antes de procedimentos dentários ou urológicos.

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Doença hereditária
O albinismo é um problema hereditário provocado pela falta de melanina, o pigmento responsável pela
Albinismo

O albinismo é uma doença hereditária cuja causa é uma mutação genética que resulta em pouca ou nenhuma produção de melanina. Ou seja, existe um defeito nos melanócitos, as células encarregues da produção da melanina, o que, consequentemente, provoca uma insuficiência desse pigmento.

A melanina é o pigmento encontrado na pele e nos olhos. O tipo e a quantidade de melanina produzida pelos melanócitos determina a cor da pele, dos cabelos e dos olhos. Na maioria dos tipos de albinismo, para desenvolver a doença, a pessoa deve herdar dois genes com mutação, um do pai e outro da mãe (herança recessiva).

Embora estes problemas costumem estar presentes desde o nascimento, devido ao facto de serem provocados por uma alteração genética, o tipo de transmissão hereditária varia consoante a forma de albinismo.

No albinismo total, caracterizado pela ausência total de melanina, ele apenas se manifesta se a pessoa receber o gene defeituoso de ambos os progenitores. Por outro lado, quando uma pessoa herda o gene defeituoso de apenas um progenitor, passa a ser portadora e, embora não seja afectada pela doença, pode transmiti-la aos filhos.

Tendo em conta que os outros tipos de albinismo, como o albinoidismo e o albinismo circunscrito, são formas atenuadas ou incompletas do problema, costumam ser transmitidos de forma autossómica dominante, em que apenas basta receber o gene alterado de um único progenitor para que o problema se evidencie.

Sintomas
No albinismo total, a falta de melanina é total e provoca uma ausência de pigmentação tanto na pele, de cor muito branca ou rosa, como nos cabelos, brancos e na íris do olho, de cor rosa.

Existem também casos de falta de melanina parcial (albinoidismo) em que a pele adquire uma tonalidade mais clara do que a correspondente à sua raça, enquanto o cabelo é branco ou cinzento e a íris pode ser rosa ou de cor normal. Por outro lado, há outro tipo de albinismo que se caracteriza pela falta de melanina apenas em várias zonas do corpo (albinismo circunscrito), que provoca o aparecimento de uma zona despigmentada na fronte, acompanhada por um tufo de cabelos brancos, enquanto a íris conserva a sua cor normal.

O albinismo tem influência no desenvolvimento e funcionamento dos olhos e provoca sintomas oculares como o nistagmo, estrabismo, miopia ou hipermetropia intensas, fotofobia e astigmatismo. Existe maior sensibilidade à luz e dores nos olhos, quando se permanece em ambientes muito quentes ou iluminados.

Como a melanina protege a pele contra os efeitos do sol, se não houver protecção adequado, a maioria das pessoas com albinismo apresenta maior risco de queimaduras solares, formação de rugas cutâneas, envelhecimento cutâneo prematuro, desenvolvimento de determinados tumores malignos na pele.

Tratamento
Dado que ainda não existe qualquer tipo de tratamento que cure a doença, a terapêutica consiste em diminuir ao máximo a exposição aos raios solares, através da utilização da roupa adequada, da aplicação de filtros solares e, caso seja necessário, da utilização de óculos especiais para filtrar os raios ultravioleta.

Assim, pessoas com albinismo devem usar protecção solar sempre que estiverem em ambientes expostos ao sol e ser acompanhadas por um dermatologista para avaliação da pele e detecção de lesões que possam predispor ao surgimento de tumores. Também é importante o acompanhamento por um oftalmologista para o tratamento dos sintomas oculares.

O albinismo pode, em alguns casos, levar ao isolamento social, baixa auto-estima e stress emocional. Nestes casos, o acompanhamento psicológico é fundamental para uma melhor qualidade de vida dos doentes.

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Estudo publicado na revista Nature Neuroscience
Um grupo de investigadores de várias instituições britânicas acaba de concluir que uma série de mutações genéticas associadas à...

Uma descoberta que poderá contribuir para o desenvolvimento de fármacos mais eficazes contra a doença de Parkinson foi o que um grupo de investigadores descobriu ao identificar uma série de mutações genéticas associadas à doença e que podem ser as responsáveis pela morte de células cerebrais nos doentes com aquele problema.

De acordo com o estudo, coordenado por Helene Plun-Favreau e publicado recentemente na revista científica Nature Neuroscience, defeitos no gene Fbxo7 registados na doença de Alzheimer causam obstáculos ao nível da mitofagia. Trata-se de um processo essencial através do qual o nosso organismo é capaz de eliminar mitocôndrias (organelas celulares responsáveis pela produção de energia vitais para as células nervosas) danificadas e, consequentemente, muito perigosas para a saúde.

Os cientistas têm acreditado que dois genes associados com a doença de Parkinson, o PINK1 e o Parkin, desempenham um papel neste processo de mitofagia, mas este novo estudo mostra exactamente a importância crucial do processo e a forma como as mutações num outro gene, o Fbxo7, interferem na doença e na acção dos primeiros dois genes, dizia o comunicado divulgado pelo UCL - University College London, que também participou no estudo.

Nos doentes com Parkinson, as mutações genéticas causam defeitos na mitofagia, levando a uma acumulação de mitocôndrias disfuncionais, o que justifica, pelo menos parcialmente, a morte das células cerebrais nos doentes que sofrem desta doença e apresentam sinais destas mutações.

Segundo Helene Plun-Favreu, líder do estudo, o que torna este estudo particularmente importante é "a confirmação de processos deficientes de mitofagia em diferentes modelos da doença de Parkinson, incluindo nas células de pacientes com uma mutação do gene Fbxo7.

"Estas descobertas sugerem que é possível desenvolver estratégias de tratamento que tenham como alvo o processo de mitofagia para beneficiar os doentes com Parkinson no futuro", conclui a especialista.

Pesquisa aponta:
Segundo uma investigação recente parece haver ligação genética entre o autismo e o cancro.

Investigadores que se debruçaram sobre duas condições aparentemente não relacionadas - autismo e cancro - descobriram que algumas pessoas com o transtorno de comportamento têm mutações em genes ligados ao cancro. Essas alterações podem causar o autismo.

Cerca de 10% das crianças com mutações num gene chamado PTEN - que causa cancro da mama, cólon e tiróide e noutros órgãos - têm autismo. Metade das crianças com alterações genéticas que causam alguns tipos de cancro do cérebro e rins também têm o transtorno.

O achado, porém, poderá ser aplicado a uma pequena parcela de pessoas com autismo; na maioria dos casos, a causa permanece desconhecida. Além disso, nem todos com a mutação desenvolverão autismo ou cancro.

Dicionário de A a Z
Um aborto consiste na interrupção de uma gravidez com menos de 20 semanas de gestação.
Aborto

Aborto espontâneo
Consiste na interrupção de uma gravidez com menos de vinte semanas de gestação, devido a uma ocorrência acidental ou natural. A maioria dos abortos espontâneos tem origem numa incorrecta replicação dos cromossomas e/ou em factores ambientais. O aborto espontâneo pode ser precoce (até às 12 semanas de gestação) ou tardio (após 12 semanas de gestação).

Aborto induzido
Aborto provocado por uma acção humana deliberada. Também denominado Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

Sinais de alarme pós-aborto (espontâneo ou induzido)

A mulher deve recorrer a um serviço de urgência caso se verifique:

  • Hemorragia súbita e intensa;
  • Febre alta e persistente;
  • Cólicas abdominais acompanhadas de dores violentas;
  • Episódios de diarreia persistentes após as primeiras 24 horas;
  • Desconforto emocional muito intenso e prolongado, a ponto de interferir com o quotidiano da mulher.
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Dicionário de A a Z
A faringe é um órgão tubular com a forma de um funil que se localiza na parte posterior da coluna ve
Faringe

O ar entra nas vias aéreas pelos orifícios do nariz ou pela boca e em qualquer um dos casos tem que passar pela faringe. Se ele entrar pelo nariz vai passar na faringe superior, em seguida pela faringe média e por fim pela faringe inferior até à laringe.

Se o ar entrar pela boca, entra de imediato na faringe média e só depois é que passa para a inferior e posteriormente para a laringe. Em ambos os casos o ar segue pela traqueia e pelos brônquios até chegar aos pulmões.

No que diz respeito aos alimentos, estes também passam pela faringe média depois de se encontrarem na boca.

Estas duas funções da faringe só são possíveis graças ao papel desempenhado pela epiglote que se encontra na parte superior da laringe. A epiglote fecha-se durante a deglutição para que não haja o perigo de os alimentos irem de forma errada para os pulmões e abre-se quando o ar passa para os mesmos. Durante a deglutição as paredes da faringe provocam contrações de cima para baixo e empurram o bolo alimentar na direção do estômago.

Quando este processo decorre não é possível inspirar uma vez que a laringe se encontra fechada.

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Dicionário de A a Z
Uma prótese é uma peça artificial que é fabricada e utilizada para substituir um órgão, ou parte do

A sua utilização, apesar do seu principal objectivo ser o de restaurar a função do órgão que substitui, pode também estar relacionada com questões estéticas. São exemplo disso as próteses mamárias que podem ser aplicadas após uma mastectomia (remoção da mama), ou simplesmente por motivos estéticos quando se pretende aumentar o tamanho do peito.

As mais comuns, com efeitos funcionais, são as próteses dentárias ou dos membros superiores ou inferiores.

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OMS desvaloriza
Cientistas encontraram sinais do novo coronavírus, que registou até ao momento 46 mortos, hospedado em camelos.

Uma equipa internacional de cientistas, liderada por Chantal Reusken, do Instituto Nacional de Saúde Pública e Ambiente de Bilthoven, Holanda, analisou e identificou, em camelos dromedários de Oman, alguns anticorpos que estão ligados ao coronavírus que provoca a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) ou a um outro vírus muito semelhante. O estudo já foi publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que não existem provas suficientes para determinar se são os animais os responsáveis pela transmissão da doença aos humanos.

Para os investigadores esta descoberta pode indicar que aqueles animais sejam reservatórios do vírus, que infectou pelo menos 94 pessoas, sobretudo no Médio Oriente, revela o JN Online.

A equipa de cientistas recolheu 349 amostras de soro de diversos animais de pecuária, incluindo camelos dromedários, vacas, ovelhas e cabras, de países como Oman, Holanda, Espanha e Chile.

"Numa altura em que continuam a aparecer novos casos humanos de MERS, sem quaisquer pistas sobre as origens da infecção, excepto nas pessoas que o apanharam de outros doentes, estes novos resultados sugerem que os camelos dromedários podem ser um reservatório do vírus que está a provocar o MERS nos humanos", escrevem os autores do estudo, lembrando que aqueles animais são populares no Médio Oriente, onde são usados para a produção de carne e de leite, pelo que há grande contacto entre eles e os humanos.

Perante estes resultados, a OMS veio alertar, em conferência de imprensa, que não há provas suficientes para afirmar que os camelos são os responsáveis da transmissão.

"Damos as boas-vindas a qualquer estudo que pretenda lançar luz sobre a síndroma do coronavirus, mas o que este estudo sugere é que o coronavírus ou um vírus semelhante infectou uma população de camelos e eles estão a produzir anticorpos", explicou o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic.

O representante disse que primeiro é necessário assegurar que este coronavírus é o mesmo dos humanos para o que será necessário encontrar o próprio vírus e não só os anticorpos. Considerou ainda que o estudo fornece uma pista sobre a direcção a seguir nas investigações, mas não demonstra qual a origem do vírus nem o tipo de exposição que favorece o contágio.

O MERS fez a sua primeira vítima na Arábia Saudita em Junho de 2012 e desde então foram registadas 46 mortes, de entre 94 casos confirmados, a maioria na Arábia Saudita.

Dicionário de A a Z
O abcesso resulta de uma infecção local, por uma bactéria, que conduz à produção de pus.
Abcesso

O abcesso pode localizar-se em diversos órgãos ou tecidos: pele, boca, cérebro, pulmão, coração, fígado, intra-abdominal, pilonidal, entre outros. Resulta de uma infecção local, por uma bactéria, que conduz à produção de pus. O pus organiza-se num espaço fechado, o que dificulta a actuação dos mecanismos de defesa do próprio organismo.

Os abcessos são frequentemente provocados por infecções bacterianas, originando abcessos piogénicos. As bactérias implicadas variam com o local do abcesso.

Os abcessos intra-abdominais costumam ter origem em infecções de outro órgão abdominal, perfuração de víscera ou feridas.

As infecções da cavidade bocal podem originar abcessos faríngeos ou nos gânglios do pescoço.

Os abcessos cerebrais podem ter origem em infecções da órbita, mastóide, dentes, ouvido médio, seios perinasais e meninges.

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Processo inflamatório
A Bursite é a inflamação de uma bolsa sinovial.
Bursite

As bolsas estão localizadas nos pontos de fricção, especialmente onde há tendões ou músculos que passam por cima do osso. Embora uma bolsa, geralmente, contenha muito pouco líquido, no caso de lesão pode ficar inflamada e encher-se de líquido.

A bursite pode resultar do uso excessivo de uma articulação de maneira crónica, de feridas, gota, pseudogota, artrite reumatoide ou infecções mas, com frequência, desconhece-se a causa. Embora os ombros sejam os mais propensos à bursite, também se inflamam frequentemente as bolsas dos cotovelos, das ancas, da pélvis, dos joelhos, dos dedos do pé e dos calcanhares.

Sintomas
A bursite causa dor e tende a limitar o movimento, mas, os sintomas específicos dependem da localização da bolsa inflamada. Por exemplo, quando acontece a inflamação de uma bolsa do ombro, aparece dor e dificuldade ao erguer o braço e afastá-lo do lado do corpo.

A bursite aparece de forma repentina e a zona inflamada dói quando há movimento ou quando se toca. A pele por cima das bolsas, localizadas muito perto da superfície, pode tornar-se avermelhada e inflamar-se. A bursite aguda, causada por uma infecção ou pela gota, é particularmente dolorosa e a zona afectada torna-se avermelhada e ao tacto sente-se calor.

A bursite crónica pode ser resultado de ataques anteriores de bursite aguda ou de lesões repetidas. Finalmente, as paredes da bolsa espessam-se e pode depositar-se nelas uma substância anormal, com aglomerados de cálcio sólido com aspecto de gesso. As bolsas com lesões são mais propensas a inflamações, quando são submetidas a exercícios ou esforços pouco usuais. A dor e o inchaço prolongados limitam o movimento, causando debilidade motora e atrofia muscular. Os acessos de bursite crónica podem durar de alguns dias, a várias semanas e com frequência são recidivos.

Diagnóstico e tratamento
O médico pode considerar que se trata de uma bursite se a zona à volta da bolsa dói à palpação e se alguns movimentos específicos da articulação são dolorosos. Se a bolsa estiver muito inchada, o médico pode extrair com uma agulha e uma seringa uma amostra do líquido da bolsa para fazer análises que determinem as causas da inflamação. As radiografias não costumam ser úteis, a menos que detectem os típicos depósitos de cálcio.

As bolsas infectadas devem ser drenadas, administrando-se os antibióticos apropriados. A bursite aguda não infecciosa é, habitualmente, tratada com repouso, imobilização temporária da articulação afectada e um anti-inflamatório não esteróide, como a indometacina, o ibuprofeno ou o naproxeno. Por vezes, podem ser precisos analgésicos mais fortes. Como alternativa, pode injectar-se directamente na bolsa, uma mistura de um anestésico local e um corticosteróide.

As pessoas que sofrem de bursite aguda podem tomar um corticosteróide por via oral, como a prednisona, durante alguns dias. Quando diminui a dor, a prática de exercícios específicos é útil para aumentar o grau do movimento articular.

O tratamento da bursite crónica é semelhante, embora seja menos provável que tanto o repouso como a imobilização sejam eficazes. Por vezes, as grandes acumulações de cálcio nos ombros podem ser irrigadas com uma agulha de calibre grosso ou extraídas cirurgicamente. As bursites, que limitam a função dos ombros, podem ser aliviadas por meio de várias injecções de corticosteróides juntamente com uma fisioterapia intensiva, para restabelecer o funcionamento da articulação. Os exercícios ajudam a reforçar os músculos enfraquecidos e restabelecem o grau completo do movimento articular.

A bursite é, com frequência, recidiva se não for corrigida a causa subjacente, como a gota, a artrite reumatóide ou o uso excessivo crónico da articulação.

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Inflamação vaginal
A vaginite é uma inflamação da mucosa da vagina, a vulvite é uma inflamação da vulva e a vulvovagini
Mulher em consulta de ginecologia com médico e assistente

Nessas situações, os tecidos inflamam-se e produz-se uma secreção vaginal. As causas compreendem infecções, substâncias ou objectos irritantes, tumores ou outro tecido anormal, radioterapia, fármacos e alterações hormonais. A higiene pessoal insuficiente pode favorecer o crescimento de bactérias e de fungos, bem como causar irritação. Além disso, as fezes podem passar do intestino para a vagina por um trajecto anormal (fístula) e provocar uma vaginite. Durante o tempo em que a mulher é fértil, as alterações hormonais provocam uma secreção anormal aquosa, mucosa ou branca-leitosa, que varia em quantidade e características conforme as diferentes fases do ciclo menstrual. Depois da menopausa, o revestimento interno da vagina e dos tecidos da vulva perdem espessura e o fluxo normal diminui devido à falta de estrogénios. Em consequência, a vagina e a vulva ficam infectadas e as lesões acontecem com maior facilidade.

Sintomas

O sintoma mais frequente da vaginite é a secreção vaginal anormal. Uma secreção anormal é a que se produz em grandes quantidades, exala um odor forte ou é acompanhada de comichões ou dor vaginal. Muitas vezes a secreção anormal é mais espessa que a normal e a cor é variável, podendo estar manchada de sangue.

Uma infecção bacteriana da vagina tem tendência para produzir uma secreção turva branca, cinzenta ou amarelada com mau odor ou semelhante ao do peixe. O cheiro torna-se mais intenso depois do acto sexual ou da lavagem com sabão, pois ambos diminuem a acidez vaginal e, como consequência, favorece-se o desenvolvimento bacteriano.

Uma infecção provocada por Candida (um fungo) provoca uma comichão entre moderada a intensa e ardor na vulva e na vagina. A pele torna-se avermelhada e é áspera ao tacto. Da vagina sai uma secreção espessa, semelhante ao queijo, que tem tendência para aderir às suas paredes. Os sintomas pioram durante a semana anterior ao ciclo menstrual. Esta infecção tem tendência a reaparecer nas mulheres que sofrem de diabetes mal controlada e nas que estão a tomar antibióticos.

Uma infecção por Trichomonas vaginalis, um protozoário, provoca uma secreção branca, verde-acinzentada ou amarela que pode ser espumosa. A secreção aparece pouco depois da menstruação e pode ter um odor desagradável. É acompanhada de uma comichão muito intensa.

Uma secreção aquosa, sobretudo se contiver sangue, pode ser causada por um cancro da vagina, do colo uterino ou do revestimento interno do útero (endométrio). Os pólipos cervicais (colo uterino) podem provocar hemorragia vaginal depois do coito. Se a comichão ou os incómodos vulvares persistirem durante algum tempo, as possibilidades podem ser uma infecção por papiloma vírus humano ou um carcinoma in situ (um cancro muito localizado que não invadiu outras áreas e que, em geral, o cirurgião pode extrair facilmente).

Uma ferida dolorosa na vulva pode ser causada por uma infecção herpética ou por um abcesso, enquanto uma úlcera que não provoca dor pode dever-se a um cancro ou à sífilis. Os piolhos da púbis provocam comichão na zona da vulva (pediculose da púbis).

Diagnóstico

As características da secreção podem sugerir a causa, mas é necessária informação adicional da paciente para fazer o diagnóstico (como, por exemplo, em que momento do ciclo menstrual tem lugar a secreção, se é esporádica ou contínua, como respondeu a tratamentos anteriores e se sofre de comichão, ardor, dor na vulva ou se tem uma ferida vaginal). O médico também pergunta acerca das medidas anticoncepcionais, se há dor depois do acto sexual, se manifestou infecções vaginais anteriormente ou doenças de transmissão sexual e se usa detergentes para a roupa que possam provocar irritação. Certas perguntas podem inquirir se o parceiro sexual apresenta sintomas ou algum membro da família sofre de comichões.

Ao examinar a vagina, o médico utiliza uma vareta com ponta de algodão para recolher uma amostra da secreção, que será examinada ao microscópio ou cultivada no laboratório com o fim de identificar os organismos infecciosos. Inspecciona-se o colo uterino (cérvix) e recolhe-se uma amostra de tecido para um teste de Papanicolau, que pode detectar o cancro cervical. O médico faz também uma exploração bimanual: introduz na vagina os dedos indicador e médio de uma mão e, com a outra, pressiona suavemente por fora da zona inferior do abdómen para palpar os órgãos reprodutores. Quando uma mulher tem uma inflamação da vulva durante muito tempo (vulvite crónica), que não responde ao tratamento, habitualmente o médico recolhe uma amostra de tecido para a examinar ao microscópio (biopsia), com o fim de detectar possíveis células cancerosas.

Tratamento

No caso de uma secreção normal, as lavagens frequentes com água podem reduzir a quantidade da mesma. No entanto, uma secreção provocada por uma vaginite requer um tratamento específico, de acordo com a sua causa. Ao tratar-se de uma infecção, o tratamento consiste na administração de um antibiótico, de um antifúngico ou de um antivírico, conforme o tipo de agente patogénico. Até que o tratamento faça efeito, pode proceder-se também à lavagem da zona com uma mistura de vinagre e água durante pouco tempo para controlar os sintomas. No entanto, a lavagem frequente com ou sem medicamentos não é muito conveniente, pois aumenta o risco de contrair inflamação pélvica. Se os lábios (partes carnosas que rodeiam os orifícios da vagina e da uretra) estiverem colados devido a infecções anteriores, a aplicação de estrogénios em forma de creme vaginal, durante 7 a 10 dias, costuma facilitar a sua abertura.

Além de um antibiótico, o tratamento de uma infecção bacteriana pode incluir também geleia de ácido propiónico para que aumente a acidez das secreções vaginais (o que inibe o crescimento das bactérias). Para as infecções de transmissão sexual, ambos os membros do casal são tratados ao mesmo tempo para evitar uma nova infecção.

O adelgaçamento do revestimento interno vaginal depois da menopausa (vaginite atrófica) trata-se com uma terapia substitutiva de estrogénios. Estes podem ser administrados por via oral, mediante um emplastro cutâneo ou mediante a aplicação tópica, directamente na vulva e na vagina.

Os fármacos utilizados para tratar a vulvite dependem da sua causa e são os mesmos que se usam para tratar a vaginite. Outras medidas complementares incluem o uso de roupas largas e absorventes que permitam a circulação do ar, como a roupa interior de algodão, bem como manter a vulva limpa.

Deverá ser utilizado sabão de glicerina, porque muitos dos outros sabões são irritantes. Por vezes, colocar gelo sobre a vulva, um banho de imersão frio ou aplicar compressas frias, reduz a dor e a comichão. Os cremes e os unguentos com corticosteróides, como os que contêm hidrocortisona e os anti-histamínicos por via oral, também reduzem a comichão quando esta não é originada por uma infecção. O aciclovir aplicado como creme ou por via oral atenua os sintomas e diminui a duração de uma infecção herpética. Os fármacos analgésicos tomados por via oral podem aliviar a dor.

Se a vulvite crónica se dever a uma higiene pessoal deficiente, o primeiro passo consiste em dar à mulher as instruções apropriadas. Uma infecção bacteriana trata-se com antibióticos. Em certas doenças cutâneas, pelo contrário, como a psoríase, são utilizados cremes que contenham corticosteróides. Deverão deixar de se utilizar todas aquelas substâncias que provoquem uma irritação persistente, como os cremes, os pós de talco e algumas marcas de preservativos.

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O "lifting" e outras técnicas de cirurgia para rejuvenescimento facial não constituem, afinal, nenhuma saída miraculosa para uma cara mais jovem, podendo até resultar pior do que o esperado.

Além dos três anos de rejuvenescimento, o artigo revela ainda que as pessoas que recorrem à cirurgia estética não são consideradas mais atractivas do que as que resistem a submeterem-se a este tipo de cirurgias.

As conclusões baseiam-se num estudo em que foram mostradas a 50 pessoas fotografias de 49 pacientes que tinham sido submetidos, recentemente, a intervenções ligeiras de cirurgia estética.

O painel de observadores atribuiu, em média, idades três anos abaixo da idade real dos fotografados. As avaliações variaram de um máximo de “menos nove anos”, até outros com uns redundantes “mais quatro anos!”.

Quanto a serem atraentes, as opiniões dos observadores permitiram concluir que as pessoas submetidas ao bisturi eram tão atraentes antes, como depois das cirurgias.

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Mães que amamentam os seus filhos têm um risco menor de desenvolver Alzheimer, segundo um estudo recém-publicado pela...

A pesquisa também indicou a possibilidade de haver uma ligação mais ampla entre os dois factores, já que amamentar pode atrasar o declínio da condição cognitiva da mulher.

Estudos anteriores já mostravam que a amamentação reduzia o risco de a mãe desenvolver outras doenças, mas esse é o mais indicativo no que diz respeito a transtornos cognitivos.

O estudo mostra que alguns efeitos biológicos da amamentação podem ser os responsáveis pela redução do risco de se desenvolver a doença.

Os cientistas estabeleceram três comparações hipotéticas, entre mulheres que amamentaram e outras que não amamentaram ou amamentaram menos, e verificaram reduções potenciais de até 64% no risco de as primeiras desenvolverem a doença de Alzheimer em relação às segundas.

Os investigadores advertem, porém, que não é possível quantificar com exactidão a redução potencial do risco de Alzheimer, por conta do grande número de variáveis envolvidas - como tempo de amamentação, histórico de saúde da mulher, número de gravidezes e casos de Alzheimer na família, entre outras.

Segundo uma das teorias levantadas, pelos cientistas de Cambridge, amamentar priva o corpo da hormona progesterona, para compensar os altos níveis de protesgerona produzida durante a gravidez.

A progesterona é conhecida por dessensibilizar os receptores de estrogénios no cérebro - e o estrogénio tem um papel importante na protecção do cérebro contra a doença de Alzheimer.

Outra teoria baseia-se no facto de que amamentar amplia a tolerância da mulher à glicose, restaurando a sua tolerância à insulina após a gravidez, um período em que há uma redução natural da resistência à insulina.

E a doença de Alzheimer é caracterizada justamente pela resistência à insulina no cérebro (e consequentemente à intolerância à glicose), tanto que a doença de Alzheimer algumas vezes é chamada de diabetes tipo 3.

Publicada no Journal of Alzheimer's Disease, a pesquisa analisou 81 mulheres britânicas entre 70 e 100 anos, incluindo mulheres que sofriam ou não desse tipo de demência.

Apesar de os cientistas terem estudado o caso de um grupo pequeno de mulheres, eles garantiram que isso não interfere no resultado da pesquisa, dados os fortes indícios da relação entre amamentar e os riscos de desenvolver Alzheimer.

Cuba apresenta:
Um grupo empresarial de investigação em Cuba diz ter resultados pré-clínicos que fornecem evidências suficientes para comprovar...

O grupo empresarial cubano Labiofam anunciou que está a trabalhar em "novos peptídeos anti-tumorais” que podem revolucionar os tratamentos tradicionais contra o cancro, e convocou um simpósio em Setembro para "partilhar” os seus resultados e tentar "acelerar” o desenvolvimento do produto.

O director-geral do Labiofam, José Antonio Fraga, afirmou em conferência de imprensa em Havana que após 14 anos de pesquisas e estudos pré-clínicos o grupo concluiu que o efeito desses peptídeos (um tipo de molécula) obtidos por via biotecnológica "supera amplamente os produtos que existem hoje no mercado internacional”.

A empresa diz ter resultados sobre o impacto de peptídeos para tratar o cancro em crianças como o glioma e os tumores cerebrais e do sistema nervoso central, assim como os cancros de origem epitelial em adultos.

Em particular, o Labiofam destaca o desenvolvimento do peptídeo "RjLB-14”, com "resultados impactantes” nos mecanismos de morte celular, já que só age sobre as células malignas "sem efeitos colaterais”, o que permitiria substituir o uso de citostáticos nos tratamentos.

Fraga explicou que nos estudos pré-clínicos realizados com ratos o uso desse produto foi "surpreendente”, já que em nove dias de tratamento foi constatada uma redução de 90% do tumor, e em alguns casos o seu desaparecimento.

O director disse que não se trata de criar "falsas expectativas e informar algo que não está concluído” porque "os resultados pré-clínicos já fornecem evidências suficientes para comprovar e reafirmar a efectividade do tratamento em células humanas”.

Segundo o mesmo, o trabalho está na fase de pesquisa de toxicologia para se chegar ao produto final e solicitar em 2014 a realização de um teste clínico em humanos.

O que é?
Um aneurisma da aorta abdominal é uma dilatação anormal, potencialmente fatal, de um segmento da mai
Aneurisma da aorta abdominal

A aorta transporta sangue rico em oxigénio, do coração para artérias mais pequenas espalhadas pelo corpo. Um aneurisma abdominal ocorre na aorta abdominal, zona da aorta que se situa entre a parte de baixo do peito e a região pélvica.

Normalmente, a aorta mede cerca 2,5 cm de diâmetro, mas o seu tamanho aumenta muito gradualmente com o avançar da idade. Se a secção da aorta abdominal tiver mais de 3 cm de diâmetro, diz-se que a pessoa tem um aneurisma da aorta abdominal.

Os aneurismas da aorta abdominal são mais comuns em pessoas a partir dos 60 anos de idade. Apesar de cerca de 20% das pessoas com aneurismas da aorta abdominal terem um familiar próximo com o mesmo problema, não foi encontrada nenhuma ligação genética clara. Contudo, as conexões familiares parecem ser particularmente fortes entre irmãos.

A maioria dos aneurismas da aorta está relacionada com a aterosclerose, uma doença em que depósitos de gordura chamados “placas” se formam ao longo do interior das paredes dos vasos sanguíneos, que contribui também para a doença coronária (das artérias do coração) e para o Acidente Vascular Cerebral (AVC, por lesão das artérias que levam o sangue ao cérebro).

Manifestações clínicas

A maioria dos aneurismas da aorta não provoca quaisquer sintomas, sendo frequentemente descobertos durante exames físicos de rotina ou aquando da realização de radiografias para doenças não relacionadas. Quando as manifestações ocorrem, podem incluir:

  • Dor no abdómen, nas costas ou nos flancos, entre o bordo inferior das costelas e os quadris;
  • Sensação de plenitude gástrica após ingerir uma pequena refeição;
  • Náuseas e vómitos;
  • Massa pulsátil no abdómen.

Raramente, podem formar-se coágulos de sangue flutuantes (trombos) perto do aneurisma. Estes coágulos podem soltar-se e bloquear vasos sanguíneos noutras partes do corpo, causando sintomas de fluxo sanguíneo insuficiente nos locais onde ficarem alojados.

Em cerca de 20% dos casos, um aneurisma abdominal não detectado, sofre ruptura sem aviso prévio e o doente sofre um colapso e morre de uma hemorragia maciça dentro do abdómen.

Diagnóstico

O médico irá questionar o doente acerca da sua história familiar de doenças cardíacas, especialmente sobre familiares cuja morte foi súbita e, talvez, inexplicada; irá ainda perguntar-lhe se fuma e determinar se tem colesterol alto, hipertensão arterial ou diabetes.

Por vezes, o médico pode suspeitar de um aneurisma da aorta baseado na audição de um fluxo sanguíneo anormal no abdómen durante um exame físico e ao ver e/ou sentir uma massa pulsátil no abdómen quando o doente se encontra deitado. Esta massa, normalmente, localiza-se no centro do abdómen, logo abaixo do umbigo.

Em 75% das pessoas com um aneurisma da aorta abdominal, este é encontrado quando é efectuada uma radiografia ou outro tipo de teste para uma doença não relacionada. Os aneurismas da aorta podem ser descobertos em radiografias simples, em ecografias, numa Ressonância Magnética Nuclear (RMN), numa Tomografia Computorizada (TC) ou numa angiografia (uma visualização dos vasos sanguíneos obtida através da injecção de uma substância radioactiva no doente).

Para pesquisar a existência de aneurismas da aorta abdominal, a ecografia é um exame muito fidedigno e relativamente pouco dispendioso que não expõe a pessoa a radiação.

Evolução clínica

Quando um aneurisma da aorta se desenvolve, é uma doença para o resto da vida. A maioria dos aneurismas da aorta abdominal cresce com o passar do tempo, expandindo-se em média de 0,33 a 0,5 centímetros por ano.

Prevenção

É possível reduzir o risco de ter um aneurisma da aorta se controlar os seus factores de risco para a aterosclerose, especialmente o colesterol alto, a hipertensão arterial, o tabagismo e a diabetes. Se tiver o colesterol alto (hipercolesterolémia), siga as orientações do seu médico no que respeita a manter uma dieta com pouca gordura e colesterol e, caso necessário, a tomar medicamentos para baixar o colesterol. Se for hipertenso, siga as recomendações do médico em relação a alterar a sua dieta e a tomar a medicação. Se fumar, deixe de o fazer. Se é diabético, controle o açúcar no sangue frequentemente, mantenha uma dieta saudável e tome insulina ou medicação por via oral conforme prescrito pelo seu médico. Também é sensato fazer exercício físico regularmente e manter um peso ideal.

Tratamento

O tratamento depende principalmente do tamanho do aneurisma. Quanto maior for o aneurisma, mais provável é que sofra uma ruptura. Uma cirurgia de emergência a um aneurisma que tenha rebentado tem um maior risco de morte do que uma cirurgia programada para reparar o aneurisma.

É quase sempre recomendada uma intervenção cirúrgica num aneurisma que esteja com uma fuga de sangue, sendo também geralmente recomendada uma cirurgia nas pessoas com aneurismas com mais do que 5,5 centímetros de diâmetro (excepto se houver uma outra doença que torne a cirurgia particularmente arriscada). Mesmo sem sintomas, uma pessoa com um aneurisma com mais do que 6,5 centímetros é quase sempre sujeita a uma cirurgia de emergência para reparar o problema.

As pessoas com aneurismas mais pequenos podem ser monitorizadas através de ecografia (de 12 em 12 meses para quem tenha um aneurisma com menos de 3,5 centímetros e de 6 em 6 meses se mais de 3,5 centímetros) de forma a verificar se o aneurisma está a aumentar de tamanho.

Existem duas opções para reparar os aneurismas da aorta abdominal: o método tradicional e a cirurgia endovascular. O método tradicional consiste numa cirurgia abdominal que envolve uma interrupção temporária da circulação na aorta, reparando o vaso sanguíneo através do corte da secção lesada e da substituição do aneurisma por um enxerto de plástico. Através de um novo método, a cirurgia endovascular, é efectuado um pequeno corte na virilha num ramo da artéria que vai para a perna. Um tubo especial chamado “stent” é introduzido na artéria até ao local do aneurisma, protegendo a parede da aorta abdominal da pressão no seu interior e impedindo que a parede da artéria se expanda e enfraqueça.

A escolha do procedimento depende da localização e da aparência do aneurisma, assim como da saúde do doente. Os doentes de idade mais avançada e mais débeis, que têm maior probabilidade de vir a ter complicações derivadas da cirurgia e da anestesia prolongada, são candidatos à cirurgia endovascular. Os doentes mais novos e, de um modo geral, mais saudáveis são provavelmente mais adequadamente tratados com uma cirurgia abdominal, apesar de esta recomendação se poder vir a alterar com o melhoramento dos dispositivos e técnicas endovasculares.

Quando contactar um médico

Contacte o seu médico se observar uma massa pulsátil no abdómen, mesmo que se sinta bem. Se tiver uma dor abdominal, nas costas ou nos flancos associada a uma massa pulsátil, essa situação deve ser considerada uma emergência médica que requer atenção imediata.

Prognóstico

O prognóstico de um aneurisma da aorta abdominal não tratado depende do seu tamanho. Um aneurisma da aorta abdominal com mais do que 7 centímetros de diâmetro tem 75% de probabilidades de entrar em ruptura nos 5 anos seguintes; com 6 centímetros, o risco de ruptura é de 35% nos 5 anos seguintes e entre os 5,0 e os 5,9 centímetros o risco de ruptura é de cerca de 25% nos 5 anos seguintes. O risco de ruptura é bastante menor em aneurismas com menos de 5 centímetros.

Com uma cirurgia reparadora eficaz, o prognóstico é bom e depende mais da gravidade dos efeitos da aterosclerose noutros órgãos, especialmente no coração, no cérebro e nos rins.

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Tendão inflamado
Um tendão é a estrutura que une os músculos aos ossos e que por sua vez leva ao movimento das articu
Tendão inflamado no calcanhar

As tendinites provocam dores na zona afectada, que geralmente são sentidas com maior intensidade na fase inicial, quando se praticam os movimentos causadores da lesão. Ao manter as actividades, as dores serão cada vez maiores e poderão estar presentes mesmo que se encontre em repouso.

As zonas mais afectadas do corpo são os joelhos, os cotovelos, os ombros, os calcanhares e os pulsos. Embora seja mais frequente em pessoas de meia-idade ou mais velhas, devido à perda de elasticidade do tendão, as tendinites estão também associadas ao desempenho de tarefas que exigem uma constante repetição dos movimentos durante longos períodos, ou à prática intensiva ou incorrecta de qualquer desporto. Para evitar este tipo de lesão tente alternar os movimentos de modo a não se tornarem repetitivos e faça sempre um aquecimento prévio antes de praticar desporto.

Por vezes as dores causadas pela tendinite podem ser confundidas com as dores articulares, pois a tendinite provoca dor no tendão mas também na articulação mais próxima, assim como algum inchaço, devido à inflamação. Todos estes sintomas têm tendência a piorar com os movimentos, logo o repouso é fundamental para a recuperação.

A zona afectada poderá ser imobilizada com gesso ou com uma tala, facilitando, assim, o repouso.

Conforme o quadro clínico, poderá aplicar algo quente ou frio e a toma de anti-inflamatórios irá reduzir a dor e a inflamação.

Em determinados casos, pode recorrer-se a injecções de corticosteroides, porém, em casos extremos a cirurgia para a remoção das zonas inflamadas poderá ser a única solução.

Para uma completa e correcta recuperação a fase final do tratamento é fundamental. Há que fortalecer e alongar a zona do músculo do tendão afectado, prevenindo assim uma possível recorrência da lesão.

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Virologistas propõem:
Cientistas apresentaram uma proposta de experiências para criar mutações no vírus da gripe aviária com potencial pandémico. A...

Travar uma possível pandemia do vírus da gripe aviaria H7N9 é o objectivo de 22 virologistas ao querer criar, em laboratório, mutações no vírus da gripe aviária H7N9, tornando-o facilmente transmissível de humano para humano. Para atestar a intenção, os cientistas publicaram uma carta nas edições desta semana das revistas Science e Nature onde justificam um plano de investigação.

Este vírus da gripe transmite-se normalmente das aves para as pessoas e já infectou na China cerca de 130 pessoas, matando 43. Só se identificou, até agora, um caso em que a transmissão foi feita entre duas pessoas. Apesar de ainda não ter capacidade de passar com eficácia entre humanos, os investigadores defendem que identificar mutações que podem tornar o H7N9 facilmente transmissível entre pessoas é importante para se evitar uma possível pandemia.

"Apesar do surto deste vírus H7N9 estar agora sob controlo, o vírus (ou outro parecido) pode reaparecer com a chegada do Inverno”, explica o artigo assinado por vários autores.

"Para analisar por completo o risco potencial [de pandemia] associado a este novo vírus, há a necessidade de mais investigação, incluindo experiências de ganho de função”, lê-se no artigo.

Muitos investigadores mostraram-se preocupados com a produção humana de vírus perigosos que, por descuido ou como arma biológica, poderiam sair dos laboratórios e causar uma pandemia. Uma das maiores críticas foi a falta de transparência das experiências, por isso os investigadores resolveram publicar esta carta para mostrar, desde já, as suas intenções.

Apesar dos argumentos dos 22 cientistas e de uma descrição pormenorizada dos cuidados laboratoriais a que estas experiências teriam de se submeter, o departamento dos Estados Unidos para os serviços de saúde humanos publicou um artigo na revista da Scienceadiantando que projectos destes teriam de ter uma avaliação reforçada.

"É necessário ter um sentido de perspectiva”, lê-se por sua vez no editorial da edição desta semana da revista Nature. "Os benefícios de longo prazo deste tipo de experiências são claros – desde que sejam feitas com os maiores padrões de biossegurança. [Estes estudos] irão trazer luz aos mecanismos de transmissibilidade e de patogenicidade dos vírus. Mas os benefícios imediatos para a saúde pública e para a nossa capacidade actual de conter a ameaça do H7N9 são menos nítidos. Os cientistas não podem prever as pandemias, por isso, produzir um vírus potencialmente pandémico – e decidir quais são as estirpes que justificam a produção de vacinas experimentais – resume-se a uma avaliação do risco relativo.”

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