Saiba quais são os factores de risco
Uma doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de trabalho.
Doenças profissionais

 

 

 

 

 

 

Doenças por agentes químicos

Tóxicos inorgânicos:

  • Chumbo e seus compostos e ligas;
  • Mercúrio e seus compostos e amálgamas;
  • Arsénio e seus compostos tóxicos;
  • Manganés e seus compostos;
  • Cádmio e seus compostos e ligas;
  • Flúor e seus compostos;
  • Fósforo e seus compostos;
  • Hidrogénio arseniado;
  • Sulfureto de carbono;
  • Óxido de carbono;
  • Ácido sulfídrico;
  • Ácido cianídrico e seus derivados tóxicos.

Tóxicos orgânicos:

  • Benzeno, tolueno, xileno e outros homólogos do benzeno;
  • Derivados nitratos e cloronitratos dos hidrocarbonetos benzénicos;
  • Derivados nitratos do tuluol e do fenol;
  • Pentaclorofenol e pentaclorofenolato de sódio;
  • Aminas aromáticas (anilinas e seus homólogos, benzidina e homólogos, fenilenadiaminas e homólogos, ami-nofenóis e seus ésteres, naftilaminas e homólogos, assim como os derivados hidroxilados, halogenados, clorados, nitrosos, nítricos e sulfonados daqueles produtos);
  • Fenilidrazina;
  • Derivados halogenados tóxicos de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos (cloreto de metileno, tricloroetano ou metilclorofórmio, dicloroetileno, tricloroetileno, tetracloroetileno, dicloro-1-2-propano, cloronaftalenos, clorobenzenos, clorobifenis e seus derivados dibenzo p-dioxinas cloradas);
  • Brometo de metilo;
  • Cloreto de metilo;
  • Hexano;
  • Tetracloreto de carbono;
  • Tetracloreto de etano;
  • Isocianatos orgânicos;
  • Cloreto de vinilo;
  • Fosfatos, pirofosfatos e tiofosfatos alquílicos, arílicos, alquiralílicos e fosfoamidas;
  • Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico;
  • Álcoois;
  • Glicóis;
  • Acetonas.

Doenças do aparelho respiratório

  • Sílica;
  • Amianto;
  • Carvão, grafite, sulfato de bário, óxido de estanho, óxido de ferro, talco, outros silicatos e sais de metais duros;
  • Cortiça, madeira, berílio e seus compostos tóxicos, sulfato de cobre, algodão, cimento, pesticidas, cereais, farinha;
  • Poeiras e aerossóis com acção imunoalérgica e ou irritante.

Doenças cutâneas

Por produtos industriais:

  • Cimentos;
  • Cloronaftalenos;
  • Crómio e seus compostos tóxicos;
  • Alcatrão de hulha, breu de hulha e óleos antracénicos;
  • Sesquissulfureto de fósforo;
  • Lubrificantes e fluidos de arrefecimento;
  • Óxidos e sais de níquel;
  • Aldeído fórmico e seus polímeros;
  • Aminas alifáticas e alicíclicas;
  • Fluoreto duplo de berílio e sódio;
  • Enzimas proteolíticas;
  • Resinas epoxi e seus constituintes;
  • Madeiras exóticas.

Por medicamentos:

  • Cloropromazina;
  • Estreptomicina e seus sais;
  • Penicilina e seus sais;

Por produtos químicos e biológicos não referidos nos números anteriores:

  • Agentes físicos, químicos e biológicos, alérgenos ou irritantes cutâneos não incluídos nos outros quadros.

Por fungos:

  • Dermatóficos;
  • Candida albicans e outras espécies do mesmo género potencialmente patogénicas;
  • Sporotricum schenckii;
  • Madurella micetomi, Monosporium apiospermum e Nocardia asteroides e outras espécies.

Doenças provocadas por agentes físicos

Por radiações:

  • Radiações ionizates;
  • Radiações infravermelhas;
  • Radiações ultravioletas;
  • Iluminação insuficiente e outros factores.

Por ruído:

  • Pressão superior à atmosférica;
  • Vibrações (transmitidas por máquinas-ferramentas ou por ferramentas, peças e objectos com elas associados);

Por agentes mecânicos:

  • Pressão sobre bolsas sinoviais devida à posição ou atitude de trabalho;
  • Sobrecarga sobre bainhas tendinosas, tecidos peritendinosos, inserções tendinosas ou musculares, devido ao ritmo dos movimentos e à posição ou atitude de trabalho;
  • Pressão sobre nervos ou plexos nervosos devida à posição ou atitude de trabalho;
  • Pressão sobre a cartilagem intra--articular do joelho devida à posição de trabalho (período mínimo de exposição: três anos).

Doenças infecciosas e parasitárias

Por bactérias e afins:

  • Bacilo tetânico;
  • Brucelas;
  • Bacilos da tuberculose e outras microbactérias;
  • Estreptococo suis;
  • Bacilo do carbúnculo;
  • Rickettsias;
  • Meningococo;
  • Estreptococos;
  • Estafilococos;
  • Shigelas;
  • Psudomonas aeruginosa;
  • Treponema pallidum;
  • Enterobacteriáceas;
  • Salmonelas;
  • Listeria monocytogenes;
  • Erysipelothrix rhusiopathiae;
  • Francisella tularensis;
  • Chlamydia trachomatis;
  • Chlamydia psittaci;
  • Borrelias;
  • Pasteurelas;
  • Leptospiras;

Por vírus:

  • Vírus da raiva;
  • Vírus da hepatite (todos os agentes): Vírus da hepatite A, Vírus da hepatite B, Vírus da hepatite C, Outros vírus;
  • Vírus da poliomielite;
  • Vírus varicela-zoster;
  • Vírus da rubéola;
  • Vírus do sarampo;
  • Vírus da parotidite;
  • Entamoeba histolítica;
  • Ancilostoma duodenal;
  • Echinococcus granulosus;
  • Trichinella spiralis.

Por parasitas:

  • Entamoeba histolítica;
  • Ancilostoma duodenal;
  • Echinococcus granulosus;
  • Trichinella spiralis.

Por fungos:

  • Cryptococcus neoformans;

Agentes biológicos causadores de doenças tropicais:

  • Plasmodium (todas as espécies);
  • Shistosomas (todas as espécies);
  • Oncocercos;
  • Tripanosomas;
  • Vibrio cholerae;
  • Vírus de Lassa, vírus de Ébola e de Marburg. Vírus do Congo-Crimeia e Hantavírus.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Após as férias
Embora nem todas as pessoas sejam afectadas do mesmo modo pela mudança de horários, o cérebro precisa de um a cinco dias para...

O cérebro precisa de um a cinco dias para se readaptar aos horários depois das férias, porque pausas prolongadas acentuam os distúrbios do sono e do humor, afectando sobretudo as crianças até aos cinco anos e os idosos. A análise é da doutorada em psicologia clínica e professora da Universidade Internacional de La Rioja (UNIR) Blanca Tejero.

O regresso às aulas e ao trabalho permite a recuperação da rotina, com horários que põem ordem nas vidas das crianças e dos adultos, mas há pessoas que sofrem de forma extrema quando voltam ao trabalho, às aulas ou às actividades quotidianos após um período de descanso, assinala Blanca Tejero.

"A mudança de horários e o final das férias acentuam alterações no sono e no humor”, sublinha, sustentando que o cérebro precisa de entre um a cinco dias para se reajustar e que durante esse período se pode registar cansaço, distúrbios no sono e no estado de ânimo.

Segundo a especialista, "o desajuste ocorre devido a mudanças nos níveis de hormonas no hipotálamo, um relógio biológico interno”, que dá indicações sobre, por exemplo, a fome, a sede, o tempo de relaxação e a sensação de plenitude. Também regula a secreção das hormonas melatonina, que regula o processo de sono e de vigília, e serotonina, relacionada com o estado de ânimo.

Blanca Tejero diz que nem todas as pessoas são afectadas do mesmo modo pela mudança de horários, considerando que a readaptação é mais difícil no caso dos mais velhos e dos menores de cinco anos.

Criado teste genético
O nível de actividade de três genes vinculados ao envelhecimento permitiria prever se um cancro da próstata se desenvolverá...

Três biomarcadores genéticos usados de forma conjunta, em combinação com os testes existentes, podem ajudar os médicos a determinar melhor a evolução de um cancro da próstata de forma precoce para recomendar uma "vigilância activa" e evitar uma biópsia ou a ablação da glândula, revelam os resultados de um estudo norte-americano.

"A maior parte dos 200 mil cancros da próstata diagnosticados todos os anos nos EUA tem uma evolução lenta e permanecerá assim", afirma o doutor Cory Abate Shen, professor de urologia e oncologista da Faculdade de Medicina de Columbia, em Nova Iorque, e principal autor dos trabalhos publicados na revista americana Science Transnational Medicine."Estes marcadores genéticos poderiam permitir eliminar a incerteza actual quanto à natureza do cancro da próstata no diagnóstico e assegurar aos pacientes um tratamento adequado", acrescentou.

"O problema trazido pelos testes de detecção actuais são a sua incapacidade para identificar o fraco percentual de tumores de próstata que se tornarão agressivos e se espalharão a outros órgãos", revelou o doutor Mitchell Benson, presidente da cátedra de Urologia da Faculdade de Medicina de Columbia e co-autor do estudo.

Os três genes identificados – FGFR1, PMP22 e CDKN1A – são particularmente afectados por senescência (envelhecimento) celular, um processo conhecido por ter um papel importante na supressão do tumor e vinculado a tumores benignos de próstata em humanos e roedores. Quando estes três genes estão presentes, o risco de tumor de próstata é menor, afirmaram os investigadores.

Os cancros da próstata que dão negativo com os três genes novamente identificados são, portanto, de natureza agressiva.

Os cientistas provaram a exactidão do teste com amostras procedentes de biópsias realizadas anteriormente em tumores de próstata de 43 doentes que foram acompanhados durante pelo menos 10 anos. Todos tinham sido inicialmente diagnosticados com cancro da próstata de baixo risco. Destes 43 doentes, 14 acabaram por desenvolver um tumor avançado e todos foram identificados por este teste genético.

"Este teste preliminar conseguiu prever sem erro quais os doentes diagnosticados com um tumor canceroso da próstata de baixo risco que acabariam por desenvolver um cancro avançado", afirmou o doutor Abate-Shen.

Publicado:
Cientistas europeus publicaram um estudo sobre a variação genética em populações humanas graças à sequência do ácido...

O ácido ribonucleico é vulgarmente definido como sendo o material genético ou a molécula que dirige as fases da síntese de proteínas.

O estudo, inserido no projecto Genetic European Variation in Health and Disease, é coordenado por Xavier Estivil, do Centro de Regulação Genómica de Barcelona, e resultou de uma investigação das causas genéticas da diferenciação entre as pessoas na resistência a certo tipo de doenças, revela o JN Online.

A pesquisa, que foi publicada na revista Nature e Nature Biotechnology, oferece um maior conjunto de dados sobre o genoma humano (ADN) e a actividade funcional destes genes ao nível do ácido ribonucleico.

O estudo foi desenvolvido por 50 cientistas de nove centros de investigação europeia, entre eles espanhóis do Centro Nacional de Análises Genómicas (CNAG) de Barcelona e da Universidade de Santiago de Compostela.

Compreender como o genoma de cada um o torna, mais ou menos, susceptível de sofrer certas doenças é um dos grandes desafios científicos, pelo que os investigadores estudam os diferentes perfis genéticos e a influência que determinados genes têm no controlo de certas doenças.

Este estudo sequencial do ácido ribonucleico incidiu sobre as células de 462 pessoas, de forma a formar um inédito catálogo com 1000 genomas humanos. "A riqueza da variação genética que influi na regulação dos nossos genes surpreendeu-nos", afirmou Tuuli Lappainen, actual investigadora da Universidade de Stanford.

O conhecimento das variações genéticas responsáveis pela actividade dos genes humanos pode converter-se numa poderosa chave para o diagnóstico, prognóstico e intervenção em várias doenças, assinalou Emmanouil Dermitzakis, professor na Universidade de Genebra. Permite ainda, na opinião do investigador, compreender os mecanismos causadores das doenças e preparar tratamentos para o futuro.

Resultados de estudo:
Estudo revela que teste ao hálito pode ser uma forma rápida e não invasiva de detectar o cancro do pulmão.

O hálito pode dizer muito sobre uma pessoa. Pode ser indicador de problemas bucais ou outros, pode denunciar o consumo de um ou outro alimento e, de acordo com um grupo de investigadores da Universidade da Letónia, pode ainda ser usado como teste de diagnóstico para um dos tumores que mais mata em todo o mundo: o do pulmão.

Dizem os especialistas, que a recolha de amostras do hálito de pessoas em risco de sofrer da doença pode ser uma forma rápida e não invasiva de diagnosticar o problema. Investigações anteriores já tinham confirmado que há animais capazes de detectar a presença de doenças através do hálito.

O que os cientistas têm tentado fazer é replicar esta capacidade, traduzindo-a numa espécie de ‘nariz electrónico, com a capacidade de detectar a presença de compostos voláteis orgânicos presentes no bafo. Embora ainda não tenha sido possível identificar quais destes compostos estão ligados especificamente a uma doença, o que este estudo comprova é que é possível diferenciar entre o cancro do pulmão e outras doenças respiratórias.

Quando a resposta sexual não é satisfatória
A maioria das pessoas sente, em alguma fase da sua vida, dificuldades nas relações sexuais.
Mulher sentada na cama com o homem a dormir ao lado

As disfunções sexuais designam os vários problemas no desenvolvimento da resposta sexual humana, que se evidenciam de maneira persistente ou repetida, impedindo o desfrutar de uma vida sexual satisfatória. Quando estas dificuldades associadas ao funcionamento sexual são ocasionais, habitualmente são normais e não são de grande preocupação. No entanto, quando são persistentes e se mantêm durante muito tempo costumam causar bastante frustração e mal-estar à pessoa que tem essas dificuldades e/ou ao casal que é afectado por elas. Estas dificuldades ou problemas podem incluir, por exemplo, uma falta de interesse pelas actividades sexuais em geral, uma dificuldade de ficar excitado ou de atingir um orgasmo.

Tipo de dificuldades

Embora as alterações que possam ser consideradas como disfunções sexuais sejam várias e de difícil definição, convém classificá-las. Assim, de acordo com as classificações que normalmente regem a sexologia moderna, as disfunções são classificadas consoante o ciclo normal da resposta sexual humana e, dadas as diferenças que esta adopta em ambos os sexos, conforme se trate de problemas específicos da mulher ou do homem.

Ciclo de resposta sexual

A resposta sexual pode ser dividida em várias fases. As dificuldades e os problemas associados às relações sexuais podem ocorrer ao nível de qualquer uma destas fases ou, então, podem estar associados a sensações dolorosas durante a relação sexual.

Fases do ciclo de resposta sexual Descrição
Desejo Consiste em fantasias acerca da actividade sexual e no desejo de actividade sexual.
Excitação Consiste numa sensação subjectiva de prazer sexual acompanhada por modificações fisiológicas correspondentes.
Orgasmo Consiste num pico de prazer sexual, acompanhado da libertação da tensão sexual e da contracção rítmica de músculos e dos órgãos reprodutores.
Resolução Consiste numa sensação generalizada de relaxamento muscular e bem-estar. Durante esta fase os homens não podem ter uma nova erecção e orgasmo durante um período de tempo variável. Ao contrário, a mulher pode ser capaz de responder a uma estimulação adicional, quase imediata.

Disfunções sexuais nas várias fases

Fase do ciclo de resposta afectada Disfunções femininas Disfunções masculinas
Desejo

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Aversão sexual

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Aversão sexual

Excitação Perturbação da excitação sexual na mulher Disfunção eréctil no homem (impotência)
Orgasmo Perturbação do orgasmo na mulher

Perturbação do orgasmo no homem

Ejaculação precoce

Dor

Dispareunia

Vaginismo

Dispareunia

Perturbações do desejo sexual

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Falta ou ausência de fantasias sexuais e desejo de actividade sexual. Normalmente, nota-se que a pessoa tem pensamentos, desejos e impulsos sexuais de forma menos frequente e que não (ou raramente) aproveita as oportunidades de ter actividade sexual. Normalmente, causa acentuado mal-estar ou dificuldade interpessoal.

Aversão Sexual

Caracteriza-se por uma resposta muito negativa à actividade sexual. Na maioria das vezes envolve reacções de ansiedade, medo ou nojo/repulsa em relação à actividade sexual. Como consequência, a pessoa com este tipo de reacção evita a actividade sexual. A aversão pode ocorrer em relação a qualquer tipo de actividade sexual (pode ser generalizada a todos os estímulos sexuais, incluindo beijar e tocar). É mais frequente nas mulheres.

Perturbações da excitação sexual

Disfunção eréctil no homem (impotência)

Incapacidade persistente ou recorrente de ter ou manter uma erecção adequada até completar a actividade sexual. Existem vários padrões: sujeitos que relatam uma incapacidade de obter qualquer erecção desde a primeira experiência sexual; sujeitos que têm uma erecção adequada e perdem-na quando tentam a penetração; sujeitos que têm uma erecção suficientemente firme para a penetração, mas que a perdem antes ou depois de iniciar os movimentos sexuais; alguns homens relatam que são capazes de ter uma erecção com a masturbação ou ao acordar.

Perturbação da excitação sexual na mulher

Incapacidade persistente ou recorrente para atingir ou manter o estado de excitação (a nível fisiológico) até completar a actividade sexual. Mulheres com esta perturbação experienciam pouca ou nenhuma activação subjectiva.

Perturbações do orgasmo

Perturbação do orgasmo na mulher

Atraso persistente ou recorrente, ou ausência de orgasmo a seguir a uma fase de excitação sexual normal.

Perturbação do orgasmo no homem

Atraso persistente ou recorrente, ou ausência de orgasmo a seguir a uma fase de excitação sexual normal.

Ejaculação precoce

Início persistente e recorrente do orgasmo e ejaculação com estimulação sexual mínima, antes, durante ou imediatamente após a penetração e antes que a pessoa o deseje.

Perturbações de dor sexual

Dispareunia

Dor genital que se associa à actividade sexual. É mais habitual que ocorra durante a penetração, no entanto também pode ocorrer antes ou depois da actividade sexual.

Vaginismo

Contracção involuntária, recorrente ou persistente do terço externo da vagina quando se tenta a penetração vaginal com o pénis, dedo, tampão ou espéculo.

Artigos relacionados

Disfunções sexuais, o que se pode fazer?

Tudo sobre a ejaculação prematura

Perguntas e respostas sobre a disfunção eréctil

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Os vários tipos
A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública, constituindo o meio mais eficaz
Vacinas

As vacinas contêm antigénios, ou seja, substâncias derivadas ou quimicamente semelhantes a vírus ou bactérias que provocam doença, que quando administrada num indivíduo induz uma resposta imunitária protectora específica de um ou mais agentes infecciosos.

Ou seja, quando presentes no nosso organismo, não desencadeiam doença mas induzem o sistema imunitário a produzir proteínas de protecção (anticorpos) específicas para essas doenças. Assim, desenvolve-se protecção sem manifestação de doença. Isto é, deve desencadear uma reacção imunitária e não provocar a doença.

O antigénio da vacina é normalmente composto por microrganismos (vírus ou bactérias) completos, mortos ou atenuados, ou de um fragmento desses microrganismos, por exemplo, uma parte da parede celular de uma bactéria, uma toxina inactiva, etc. e que é apresentado em pequenas quantidades na dose da vacina, numa forma purificada, diluído num líquido estéril e, por vezes, combinado com adjuvantes, que amplificam a reacção imunitária.

Portanto, a vacina é uma medida de protecção que induz no indivíduo uma resposta imunitária como se tivesse sido realmente infectado pelo microrganismo. As vacinas são consideradas medicamentos, mas apresentam várias diferenças assinaláveis relativamente aos medicamentos clássicos. A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública, constituindo o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Além da protecção individual, a vacinação acarreta benefícios para toda a comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença.

Tipos de vacinas
Globalmente, consideram-se dois grandes tipos de vacinas:

Vacinas vivas atenuadas
O microrganismo (micróbio, normalmente bactéria ou vírus), obtido a partir de um indivíduo ou animal infectado, é atenuado por passagens sucessivas em meios de cultura ou culturas celulares. Esta atenuação diminui o seu poder infeccioso.

O microrganismo mantém a capacidade de se multiplicar no organismo do indivíduo vacinado (não causando doença) e induz uma resposta imunitária adequada. Normalmente, basta a administração de uma única dose para produzir imunidade para toda a vida (com excepção para as vacinas administradas por via oral).

As vacinas vivas atenuadas têm como desvantagem o risco de poder induzir sintomas (ainda que normalmente mais ligeiros) da doença que se pretende evitar e o risco de infecção do feto, no caso de vacinação de grávidas.

Exemplo de vacinas vivas atenuadas: BCG (vacina contra a tuberculose), vacina contra o rotavírus, vacina contra a varicela, VASPR (vacina contra o sarampo, papeira e rubéola) e vacina contra a febre-amarela.

Vacinas mortas ou inactivadas
Nas vacinas inactivadas os microrganismos são mortos por agentes químicos. A grande vantagem das vacinas inactivadas é a total ausência de poder infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no organismo do vacinado), mantendo as suas características imunológicas. Ou seja, estas vacinas não provocam a doença, mas têm a capacidade de induzir protecção contra essa mesma doença.

Estas vacinas têm como desvantagem induzir uma resposta imunitária subóptima, o que por vezes requer a necessidade de associar adjuvantes ou proteínas transportadoras e a necessidade de administrar várias doses de reforço.

Tipos de vacinas inactivadas

1. Inteiras (de vírus ou bactéria intactos)

De que são exemplo a vacina contra a hepatite A, vacina contra a encefalite japonesa, vacina contra a cólera, vacina contra a raiva.

2. Fraccionadas (contêm pequenas fracções ou porções de vírus ou bactérias)

2.1. Sub-unitárias - Exemplos: vacina antigripal, vacina contra a cólera

2.2. Toxóide - Exemplos: vacina contra o tétano, vacina contra a difteria

2.3. Polissacarídicas - Exemplos: vacina antipneumocócica de 23 serotipos

2.4. Conjugadas - Exemplos: vacina meningocócica do serogrupo C, vacina antipneumocócica, vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b

3. Novas vacinas - Existe ainda um grupo de novas vacinas que têm sido recentemente desenvolvidas por recombinação genética. Nestas vacinas, produzidas através de modernas técnicas de biologia molecular e engenharia genética, o antigénio é expresso (produzido) por outros microrganismos (por exemplo, leveduras). Exemplos destas vacinas incluem a vacina contra a hepatite B e a vacina contra o papilomavírus humano (HPV).

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em doentes com cancro:
Estima-se que 30 a 90% dos doentes com cancro têm algum problema para dormir, inclusivamente após finalizar o tratamento. Este...

Intervenções como a realização de exercícios físicos são recomendados aos doentes com cancro e que têm algum problema para dormir, em conjunto com mudanças no estilo de vida, alimentação e medicamentos. A prática de yoga é apontada como potencial estratégia para melhorar a qualidade de vida neste grupo de doentes.

Um recente estudo publicado no Journal of Clinical Oncology avaliou 410 doentes (96% mulheres, 75% com cancro da mama) com desordens do sono após tratamento oncológico. Os participantes foram sorteados para um grupo de controlo, com medidas convencionais para resolução do problema para dormir ou para intervenção. Ou seja, além das medidas convencionais, realizavam 75 minutos semanais de yoga, envolvendo exercícios de respiração, postura e meditação. A qualidade do sono foi avaliada antes e após a intervenção, em ambos os grupos.

Todos os critérios avaliados com questionários padronizados, como qualidade no sono, tempo para adormecer e tempo total de sono, foram favoráveis para grupo que realizou a intervenção. A necessidade de uso de medicamentos para dormir reduziu 21% por semana no grupo que fez yoga contra aumento de 5% no grupo controle.

Os investigadores, da Universidade de Rochester nos EUA, concluíram que a prática de yoga é uma forma útil para controlo de distúrbios de sono na população avaliada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 27 milhões de novos casos de cancro são esperados no mundo para o ano 2030 e 17 milhões de mortes ocorrerão como consequência desta doença e 75 milhões de pessoas vivas estarão já a conviver com o cancro.

Investigador acredita:
Um médico argentino revelou que acredita na cura da surdez daqui a 10 anos, com recurso a células estaminais.

O médico argentino Marcelo Rivolta, chefe de um grupo de investigação de problemas auditivos da Universidade de Sheffield, Reino Unido, calcula que a surdez ter cura dentro de uma década com recurso a células estaminais, noticia o ionline.

Rivolta, que participa num congresso mundial de doenças do ouvido em Alcalá de Henares, arredores de Madrid, disse que são precisos 10 anos de investigação com testes em animais de laboratório antes de avançar para humanos. O investigador revelou que um rato surdo começou a ouvir após o transplante de neurónios auditivos criados em laboratório.

Os progressos em relação ao projecto estão a ser desenvolvidos na Universidade de Sheffileld e serão comunicados hoje num congresso mundial que reúne mais de 180 especialista em questões de audição, em Alcalá de Henares.

"A minha exposição vai centrar-se nas explicações sobre a produção de células auditivas – cuja regeneração não é possível quando afectadas – a partir de células embrionárias para posterior transplante no ouvido, um processo que passa pela desconstrução para posterior construção em tubo de ensaio”, explicou.

Marcelo Rivolta vai também referir-se ao caminho que falta percorrer para que a terapia se aplique em casos de surdez provocada por envelhecimento, que afecta, na Europa, 40% da população com mais de 65 anos.

"Sobre a possível terapia, há coisas muito importantes que ainda não conhecemos: o que é que se pode passar, a longo prazo, com as células auditivas que criamos e transplantamos para o ouvido? Essas células mantêm-se? São totalmente seguras ou podem provocar tumores ou outros problemas” - questiona o investigador argentino.

As dúvidas sobre o tratamento devem dissipar-se com a realização de mais experiências durante os próximos 10 anos, com a partilha de informação e a ajuda de outros investigadores. "As descobertas científicas têm as suas dinâmicas próprias e isso é muito difícil de mudar”, afirmou referindo-se a outras áreas de interesse no campo da investigação médica. "A investigação sobre a audição compete com outras, em teoria, mais importantes, como a investigação sobre o cancro ou outras doenças terminais”, afirmou. Mesmo assim, a dimensão da população afectada pelos problemas auditivos é muito elevada e as complicações consideráveis no quotidiano, como a dificuldade das crianças na aprendizagem da língua ou casos de integração social no caso dos adultos, acrescentou o cientista.

Saiba tudo
A menopausa é o início de uma nova fase da vida da mulher onde continua a haver lugar para a sexuali
Casal de meia idade feliz

A menopausa é apenas o início de mais uma fase da vida da mulher em que se dá por terminada a sua capacidade reprodutiva. Isso não significa que a sexualidade da mulher tenha terminado com a chegada da menopausa.

Ter relações sexuais é um evento saudável e natural ao longo da vida da mulher. Apesar do número de vezes ou da capacidade na performance diminuir ligeiramente à medida que uma mulher envelhece, não significa que a intimidade e o sexo tenham que deixar de existir.

Certo é que a menopausa é um período crítico da sexualidade, uma vez que envolve múltiplos factores que actuam, simultaneamente, de forma positiva ou negativa, e favorecem mudanças profundas na saúde emocional e fisiológica da mulher. Para muitas a chegada da menopausa exige um processo de adaptação complexo.

A grande maioria das mulheres mais velhas sente uma diminuição na função sexual e no prazer. Por exemplo, a sua sexualidade pode ser afectada pela sua saúde, pela saúde do seu parceiro, pelas medicações que ambos tomam. Algumas mulheres podem mesmo não se interessar por sexo sequer.

Por outro lado, a saúde sexual nesta fase depende de factores orgânicos, tais como a saúde ginecológica, desde o controlo do pH da vagina, da existência de processos inflamatórios ou infecciosos, do perfil hormonal e a fase do ciclo funcional, bem como do contexto social e cultural, e da história sexual e conjugal da mulher e do casal. Em alguns casos os problemas conjugais estão na causa das dificuldades sexuais.

Contudo, a dificuldade sexual mais comum é a perturbação da excitação, o que corresponde à dificuldade em lubrificar, originando baixa no desejo sexual, aumento das relações sexuais dolorosas e dificuldade em atingir o orgasmo. No entanto, a maioria dos problemas que diminuem a sexualidade podem ser tratados. Por exemplo, os lubrificantes e a terapia hormonal em forma de creme ou loção podem ajudar as mulheres com o problema da secura vaginal. A medicação também pode ajudar os homens com impotência sexual. No entanto, aconselha-se que seja um especialista a indicar qual o medicamento indicado para o seu caso.

À mulher é aconselhado que faça uma consulta periódica com o ginecologista, pois é importante determinar os valores hormonais nesta fase e efectuar as respectivas correcções, seja com estrogénios e /ou testosterona, ou através da reposição hormonal (caso o mesmo indique), tratar os aspectos psicológicos em terapia, em caso de incontinência urinária, fazer fisioterapia para reabilitação do pavimento pélvico e tentar manter uma vida sexual activa.

Nesta nova fase da sua vida, para uma sexualidade saudável poderá sempre tirar partido de serem mais experientes e saber como agradar um ao outro. Podem ter mais privacidade e tempo do que quando tinham de trabalhar e criar os filhos. Por outro lado, podem mesmo desfrutar do sexo nesta altura da sua vida porque não há o risco de engravidar. Porém, tenha em mente que a necessidade de sexo seguro existe em qualquer fase da vida e continua a necessitar de se proteger de doenças sexualmente transmissíveis utilizando preservativo.

Artigos relacionados

Consequências da menopausa na saúde oral da mulher

A saúde mental na menopausa

Alimentação na menopausa

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba quais são
São vários os estados de pensamento ou comportamento que podem originar emergências psiquiátricas.
Mulher com ar angústiado

Consideram-se emergências psiquiátricas quaisquer alterações nos pensamentos, sentimentos ou comportamentos e que representam risco significativo para o doente ou outras pessoas em redor. Nesse sentido, o doente encontrar-se-á em crise devido alguma doença física - por exemplo, hemorragia cerebral -, secundária a substâncias com o álcool ou substâncias ilícitas, ou decorrente de doença mental, como mania ou esquizofrenia.

As emergências psiquiátricas incidem igualmente em homens e mulheres, pessoas solteiras ou casadas e cerca de 20 por cento dos doentes que procuram o hospital por condição psiquiátrica de emergência são suicidas e 10 por cento são violentos.

Os diagnósticos mais comuns envolvem depressão e mania, esquizofrenia, dependência de álcool e de substâncias ilícitas. Cerca de 40 por cento dos indivíduos atendidos em emergências psiquiátricas necessitam de internamento.

Ansiedade aguda e ataque de pânico

Os doentes apresentam sintomas intensos de angústia acompanhados de sintomas físicos como sudação excessiva, batimento cardíaco acelerado, sentir falta de ar, formigueiro nas mãos ou boca, tonturas, mal-estar geral com a sensação que vai morrer.

Habitualmente estes doentes procuram os serviços de emergências clínicas com receio de estarem a sofrer um enfarte. Nessa altura e após o diagnóstico correcto o doente é encaminhado para o atendimento psiquiátrico.

Delirium ou estado de confusão mental

Nestes casos a pessoa pode apresentar-se mais sonolenta ou mais agitada, tem dificuldade em prestar atenção ao que se passa ao seu redor e frequentemente tem alucinações (ver coisas que não existem).

Os sintomas desenvolvem-se rapidamente, porém a pessoa alterna períodos de melhoria e piora. Decorre de problemas clínicos diversos onde se inclui: desidratação, situação pós-cirúrgica, uso de determinada medicação, grandes traumas, traumatismo craniano, etc.. O mais importante nestes casos é tratar a causa clínica básica, ou seja, o que está a desencadear os sintomas. À medida que o quadro clínico melhora, os sintomas psiquiátricos também melhoram.

Psicoses agudas

Esta emergência psiquiátrica ocorre quando existe uma disfunção da capacidade de pensamento e processamento de informações. A pessoa fica fora da realidade, desorientada, muitas vezes não sabe quem é ou onde está, vê e ouve coisas que ninguém mais vê ou ouve (alucinações), acredita que alguém a persegue ou quer prejudicá-la ou acredita em coisas que não correspondem à realidade.

Há uma incapacidade de ser coerente em perceber, reter, processar, relembrar ou agir sobre informações de uma maneira consensualmente validada. Há uma diminuição da habilidade de mobilizar, deslocar, manter ou dirigir a atenção de acordo com a própria vontade. Uma das características principais do estado psicótico é a falha em quantificar e classificar a prioridade dos estímulos. A capacidade de agir sobre a realidade é imprevisível e diminuída, porque o paciente é incapaz de distinguir os estímulos externos os internos.

Perante tais quadros clínicos possíveis o doente tende a ficar agitado e agressivo, e que leva à necessidade de procurar um serviço de emergência.

Causas de emergência psiquiátrica

Muitas são as causas que podem levar a pessoa a apresentar um dos quadros acima descritos, entre elas:

  • Abuso de álcool e/ou drogas;
  • Abstinência de álcool e/ou drogas;
  • Doenças psiquiátricas como mania e esquizofrenia;
  • Transtornos neurológicos (problemas em certas áreas do cérebro);
  • Efeitos colaterais de alguma medicação;
  • Problemas clínicos - infecções, falta de oxigenação do sangue, tumores, derrame, problemas nos rins e no fígado, deficiência de vitaminas, traumatismos (lesões decorrentes de acidentes em geral), convulsões ou efeitos cerebrais pós-cirurgias.

Outras emergências psiquiátricas

  • Tentativas suicídios;
  • Alcoolismo;
  • Transtorno bipolar do humor;
  • Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos;
  • Fobia específica;
  • Transtornos de personalidade
  • Transtornos psiquiátricos relacionado com o uso de substâncias psicoactivas.

Artigos relacionados

Transtorno de Ansiedade Generalizada: os sinais que não deve ignorar

A pessoa com esquizofrenia e a família

Ataques de pânico

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Esteatose hepática
Conhecida popularmente como fígado gordo, a esteatose hepática caracteriza-se pelo excessivo acumula
figado gordo

O nosso fígado possui, normalmente, pequenas quantidades de gordura, que correspondem a cerca de 10% do seu peso. Quando a acumulação de gordura excede este valor, estamos perante um fígado que está a acumular gordura no interior do seu tecido. A esta condição dá-se o nome de esteatose hepática. Chama-se esteatose hepática porque o termo hepático é de origem grega e significa fígado. Esteato é o termo que indica relação com gordura. Portanto, esteatose hepática significa literalmente fígado gordo ou gordura no fígado.

Até 1980, acreditava-se que a esteatose hepática, também conhecida como fígado gordo ou gordura no fígado, era originada pelo consumo abusivo de álcool. Esta condição, tal como o próprio nome refere, ocorre por acumulação de gordura no fígado e, embora possa ser causada pelo consumo excessivo de álcool, também pode surgir em várias outras situações, como em pessoas com colesterol alto, com excesso de peso, em diabéticos, etc.

Alguns anos atrás acreditava-se que a acumulação de gordura no fígado era apenas causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas e que a presença da esteatose era necessariamente danosa à saúde. Actualmente sabe-se que a esteatose hepática é uma situação muito comum e que pode ser causada por vários e diversos outros factores, que não apenas a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.

Uma esteatose hepática ligeira - esteatose hepática grau 1 ou 2 - normalmente não causa sintomas ou complicações. A acumulação de gordura no fígado é ligeira e não origina a sua inflamação.

No entanto, quando a acumulação de gordura no fígado é maior e mais prolongada, os riscos de lesão hepática são maiores, uma vez que as células do fígado podem ficar inflamadas originando danos. A este quadro dá-se o nome de esteato-hepatite (ou hepatite gorda) e trata-se de uma condição bem mais preocupante, uma vez que cerca de 20% dos doentes evoluem para uma condição de cirrose hepática.

Assim, a esteatose hepática trata-se de um estadio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite e que, tal como o seu próprio indica, é uma hepatite provocada por excesso de gordura no fígado.

De referir que nem todos os doentes com esteatose hepática evoluem para uma situação de esteato-hepatite. Em boa verdade, a maioria não o faz.

A principal causa de esteato-hepatite é o consumo de bebidas alcoólicas. Por isso, os especialistas distinguem os casos entre esteato-hepatite alcoólica e esteato-hepatite não alcoólica.

Causas do fígado gordo

Não são conhecidas com exactidão, as razões que levam alguns indivíduos a desenvolver esteatose hepática. Todavia existem algumas doenças que estão claramente ligadas a este facto. De referir:

  • A obesidade - Mais de 70% dos doentes com esteatose hepática são obesos. Quanto maior o excesso de peso, maior o risco.
  • A diabetes mellitus - Da mesma forma que a obesidade, a diabetes tipo 2 e a resistência à insulina estão também relacionados intimamente com a acumulação de gordura no fígado.
  • O colesterol elevado e níveis elevados de triglicéridos.
  • Os medicamentos - São vários os remédios que podem favorecer a esteatose, como os corticóides ou os anti-retrovirais, entre outros. Também o contacto com alguns tipos de pesticidas está relacionado com o desenvolvimento de esteatose hepática.
  • Uma desnutrição ou rápida perda de grande quantidade de peso.
  • As cirurgias abdominais, em especial o "bypass gástrico”, a remoção da vesícula ou a remoção de partes do intestino.
  • A gravidez.

De salientar que não é necessário padecer de alguma das condições acima citadas para sofrer de esteatose hepática. Mesmo pessoas magras, saudáveis e com baixa ingestão de álcool também podem tê-la, apesar de nestas situações ser menos comum.

Sabe-se que a esteatose hepática é mais comum no sexo feminino, provavelmente por acção do estrogénio.

Sintomas do fígado gordo

Habitualmente, a esteatose hepática não apresenta sintomas. Por isso, muitas vezes o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem, como as ecografias ou as TAC (tomografia axial computadorizada) solicitadas por outros motivos.

Alguns doentes com esteatose hepática queixam-se de fadiga e sensação de peso no quadrante superior direito do abdómen. Todavia, não há evidências, que esses sintomas estejam relacionados com a acumulação de gordura no fígado. Há, inclusive, doentes com elevado grau de esteatose que não apresentam qualquer sintoma.

Esteatose hepática vs esteato hepatite

O que diferencia a acumulação de gordura benigna da esteatose hepática da acumulação de gordura prejudicial da esteato hepatite é a presença de inflamação no fígado. Ambos os quadros não costumam causar sintomas e clinicamente é impossível distingui-los.

Diagnóstico do fígado gordo

Conforme já foi referido, muitas vezes o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem. Por isso, a história clínica, um exame físico e análises laboratoriais são imprescindíveis para a avaliação do doente. Para além disso, uma boa avaliação médica pode identificar a causa da lesão hepática.

As análises laboratoriais servem para avaliar o grau de lesão do fígado através das chamadas enzimas hepáticas (TGO e TGP ou AST e ALT) e de outros marcadores de doença do fígado, como a gama GT. Na esteatose hepática, as enzimas do fígado estão normais, enquanto na esteato-hepatite há aumento das mesmas.

Nem sempre, através dos exames de imagem, é possível diferenciar casos de esteatose da esteato-hepatite, principalmente em fase avançada. Por exemplo, através da ecografia consegue-se ver bem a gordura, mas esta não possui sensibilidade suficiente para se descartar ou confirmar a presença de inflamação no fígado.

Graus de esteatose hepática

Geralmente, é possível quantificar a quantidade de gordura acumulada no fígado através da ecografia.

Assim:

Esteatose hepática grau 1 (leve) - quando há uma pequena acumulação de gordura;

Esteatose hepática grau 2 - quando há acumulação moderada;

Esteatose hepática grau 3 - quando há grande acumulação de gordura no fígado.

Estes estadios não têm muito peso, uma vez que o mais importante é a presença ou não de inflamação no fígado. O doente pode ter esteatose grau 3 e não apresentar inflamação hepática, mesmo após 20 anos de acumulação de gordura, o que o coloca sob baixo risco de evolução para cirrose.

Biópsia hepática

O único modo de se diagnosticar uma esteato-hepatite, com certeza, é através da biopsia hepática. Este procedimento costuma ser indicado apenas nos doentes com sinais clínicos, radiológicos e/ou laboratoriais de lesão do fígado.

Os indivíduos com um esteatose leve não precisam ser biopsiados. Portanto, se num determinado doente, a ecografia sugere esteatose hepática, mas não apresenta sintomas e não tem sinais de lesão hepática, é necessário apenas o acompanhamento anual para avaliar a progressão da doença. Por outro lado, não há necessidade de repetir exames de imagem, uma vez que estes não são bons para avaliar a progressão da esteatose.

Se houver sinais de esteato-hepatite, com sintomas ou alterações nos exames laboratoriais, deve-se pensar na hipótese da biopsia e o doente deve ser reavaliado a cada seis meses.

Tratamento do fígado gordo

Não existe tratamento específico para esteatose, por isso o alvo devem ser os factores de risco acima referidos. Quer isto dizer que devem ser tomadas medidas para alteração dos hábitos de vida e eliminar as causas que lhe estão a provocar a esteatose.

A perda de peso é, talvez, a mais importante medida. Todavia, deve-se limitar a perda de peso ao máximo de 1,5 kg por semana, com o propósito de evitar um agravamento do quadro. A prática regular de actividade física também ajuda muito, na medida em que diminui o colesterol e aumenta o efeito da insulina.

Em doentes com obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção.

O colesterol, a diabetes devem ser controlados e, se possível, substituir medicamentos que possam estar a contribuir para a esteatose.

Artigos relacionados

Quando o peso afeta a qualidade de vida e se torna um problema de saúde

Quando a gordura não é sinónimo de formosura

Hemangioma hepático

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Estudo conclui
Um estudo recente sobre alterações climáticas conclui que o aquecimento dos oceanos está a diminuir a quantidade de...

O estudo indica que vai haver menos fitoplâncton (alga microscópica) nos oceanos, devido à menor quantidade de azoto, uma proteína que alimenta aquelas microalgas responsáveis pela remoção do CO2 da atmosfera, explicou Ester Serrão, investigadora da Universidade do Algarve e do Centro de Ciência do Mar, entidades que colaboraram no estudo científico conhecido agora.

A descoberta, publicada esta semana na revista Nature Climate Change, revela que a temperatura da água tem um impacto directo no fitoplâncton, responsável pela remoção de metade do CO2 no planeta Terra, o principal gás responsável pelo efeito de estufa.

O fitoplâncton, que armazena o CO2 no fundo do mar e o isola da atmosfera durante séculos, vai ter o seu desenvolvimento controlado pela disponibilidade de azoto e esta limitação vai reduzir a sua capacidade de remover o dióxido de carbono da atmosfera.

"O estudo mostrou que usando técnicas de biologia molecular, modelos e experiências, o fitoplâncton a temperaturas mais elevadas desenvolve-se com uma proporção diferente", e vai precisar "de mais azoto", um nutriente fundamental para as proteínas do fitoplâncton, acrescentou a investigadora.

O estudo europeu denominado Arctic Tipping Points(ATP) e que contou com a participação de Gareth Pearson, investigador do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, vem demonstrar que o aquecimento dos oceanos irá afectar a utilização de recursos pelo fitoplâncton e que terá consequências nos ciclos biogeoquímicos do planeta, levando a um ciclo vicioso nas alterações climáticas.

A investigação foi realizada por uma equipa multidisciplinar, que integra cientistas da Escola de Ciências Ambientais e da Escola de Ciências da Computação da University of East Anglia que focaram a sua investigação no fitoplâncton, organismos microscópicos semelhantes a plantas que dependem da fotossíntese para se reproduzir e crescer.

Segundo Thomas Mock, investigador que conduziu esta pesquisa, o fitoplâncton é vital para o controlo do clima, cria oxigénio suficiente para a nossa respiração e forma a base da cadeia alimentar para a pesca e, por isso,é "extremamente importante para a segurança alimentar".

A conclusão a que os cientistas chegaram foi possível, em parte, graças ao desenvolvimento de um modelo computacional que criou um ecossistema global que tem em conta as temperaturas globais do oceano, 1,5 milhões de sequências de DNA de plâncton e outros dados bioquímicos.

A investigação foi financiada pelo projeto europeu ATP, do 7.º Programa quadro da União Europeia.

Estudo
Níveis mais baixos de testosterona estão relacionados com uma maior participação paterna.

O tamanho dos testículos reflecte-se no cuidado que os homens têm com os seus filhos. Quem tem os órgãos sexuais mais pequenos é, provavelmente, um pai mais protector, segundo um estudo da Universidade de Emory, nos EUA.

Já homens com testículos maiores, além de menos protectores, têm maior probabilidade de viver experiências como o divórcio e a poligamia. "Nos homens com testículos pequenos há uma zona do cérebro que fica mais activa só de olharem para fotos do próprio filho”, explicou Jennifer Mascaró, uma das responsáveis pelo estudo.

A relação entre o tamanho dos testículos e a preocupação com os filhos não é, ainda assim, totalmente certa em todos os casos. "As influências ambientais podem alterar a biologia. Sabemos, por exemplo, que os níveis de testosterona caem quando os pais se envolvem mais”, acrescentou o antropólogo James Rilling.

Resultados de estudo revelam:
A acumulação de glicose em excesso no fígado está associada a uma série de problemas de saúde, revela um estudo publicado na...

Uma equipa de investigadores norte-americanos estudou ratinhos que tinham uma dieta alimentar rica em açúcar, mas utilizou dois grupos diferentes. Um deles era normal, e um outro grupo que tinha uma mutação genética que impedia a produção de uma proteína normal responsável pela reacção enzimática que acrescenta uma molécula de fosfato à frutose.

No fígado cheio de glicose dos dois grupos de ratinhos, davam-se as reacções normais responsáveis pela passagem da glicose para a frutose. A diferença é que nos ratinhos normais a série de reacções bioquímicas continuava normalmente a partir da frutose, ao passo que no grupo com a mutação genética as reacções terminavam na frutose.

Os investigadores observaram que, no grupo controlo, os ratinhos desenvolviam um fígado com células cheias de gordura, ficavam com síndrome metabólica - que nos humanos é um conjunto de factores que passa pela obesidade abdominal, valores altos de triglicéridos, valores baixos do "bom” colesterol, glicose e pressão arterial altas -, além de desenvolverem diabetes. Estes sinais não surgiam no outro grupo. "Se bloquearmos o metabolismo da frutose, podemos prevenir estas mudanças”, conclui Richard Johnson, líder do estudo e investigador da Universidade do Colorado nos Estados Unidos.

"Descobrimos que parte da glicose [no sangue do ratinho] está a ser convertida em frutose no fígado, e esta frutose é responsável por parte da obesidade dos ratinhos, assim como pelo fígado gordo e pela resistência à insulina”, diz Richard Johnson ao Público Online. A frutose está presente na fruta e no mel, mas também existe no xarope de milho que adoça os refrigerantes e é um constituinte da sacarose - a molécula que compõe o açúcar da cozinha é feita por uma unidade de frutose ligada a outra de glucose.

Entre os alimentos que ingerimos e as substâncias absorvidas na corrente sanguínea dão-se várias reacções químicas que transformam moléculas gigantes em pequenas substâncias que atravessam o intestino. Mas dentro do corpo, no sangue, os açúcares, e outras moléculas que absorvemos, entram de novo em muitos ciclos bioquímicos que resultam na construção de células, na produção de energia ou, por vezes, na acumulação de gordura (que, em excesso, pode constituir um problema de saúde).

No fígado dos ratinhos, esta acumulação negativa de gordura - quando há açúcar em excesso - passa pela produção de frutose, mostra agora um estudo publicado ontem na revista NatureCommunications. Quando esta frutose é bloqueada, evita-se nos ratinhos doenças associadas ao excesso de açúcar no fígado.

Para Johnson, estes resultados "desafiam o dogma de que a frutose é segura e que só os hidratos de carbono que causam glicémias altas é que devem ser restringidos”.

Estudo revela:
Um composto presente nos brócolos poderá ser o ingrediente-chave dos protectores solares do futuro. A conclusão é de um novo...

Seguir uma dieta rica em vegetais crucíferos como os brócolos já se mostrou eficiente na redução da probabilidade de sofrer de cancros como, por exemplo, o da próstata, e, agora, a investigação desenvolvida por Sally Dickinson, da Universidade do Arizona, nos EUA, vem provar mais um benefício da inclusão destes vegetais no regime alimentar, revela o site do Boas Notícias.

Segundo o estudo, o sulfurano, um nutriente que pode ser encontrado neste vegetal, tem um efeito quimiopreventivo, reduzindo o risco de cancro da pele e deixando-a protegida durante a exposição ao sol. No entanto, em vez de aconselhar o consumo dos brócolos, este estudo recente sugere a aplicação de pequenas doses de sulfurano directamente na pele, como se tratasse de uma espécie de "aditivo” do protector solar de base vegetal.

"Embora haja cada vez mais consciência acerca da necessidade de uma exposição limitada ao sol e do uso de protector solar, continuam a registar-se demasiados casos de cancro da pele todos os anos”, sublinha Dickinson.

"Estamos à procura de novos métodos que permitam a prevenção do cancro da pele de uma forma que seja acessível ao público em geral. O sulfurano pode ser um excelente candidato a ser utilizado no âmbito da prevenção desta doença nos casos em que a mesma se desenvolve devido à exposição aos raios ultravioleta”, acrescenta a investigadora.

De acordo com Sally Dickinson, este nutriente é altamente adaptável e é um agente muito eficaz na inibição de elementos como a proteína AP-1, que estimula o surgimento de cancros, e, ao mesmo tempo, na activação de genes quimioprotectores (como o gene Nrf2).

Assim, no âmbito de um projecto-piloto realizado em parceria com a Universidade Johns Hopkins, também nos EUA, a especialista e os colegas vão testar uma solução tópica criada a partir dos brócolos na pele de um grupo de pacientes para apurar se o composto é eficiente num contexto de luz solar simulada.

"Este é o tipo de composto que tem muitas aplicações teóricas incríveis se a dosagem for bem medida”, realça. "Já sabemos que é muito eficaz a proteger contra os escaldões e já observámos casos em que induziu enzimas protectoras da pele”, adianta ainda a coordenadora do estudo.

A equipa responsável por esta descoberta acredita que, futuramente, doentes com sistemas imunitários frágeis poderão beneficiar desta qualidade dos brócolos e aplicar sulfurano directamente na pele para reduzir o risco de cancro cutâneo.

Equivalente ao HIV
Uma equipa de cientistas criou uma vacina que é capaz de controlar as respostas imunitárias ao vírus da imunodeficiência símia,...

A investigação de Louis Picker, da Universidade de Saúde e Ciências de Oregon, Estados Unidos, teve como alvo de análise macacos Rhesus. Após 12 anos de estudos, o cientista tem conseguido importantes avançados na procura de uma vacina que seja capaz de lutar contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH).

"As respostas imunitárias que esta vacina suscitou não só conseguiram controlar as réplicas altamente patogénicas do SIV (vírus da imunodeficiência símia) em símios, como mostraram a possibilidade de erradicar o vírus do seu organismo”, disse o responsável pelo projecto, Louis Picker.

De acordo com os resultados do estudo, 50% dos macacos que foram vacinados contra o vírus mostraram respostas imunitárias estáveis e controladas entre um a três anos.

Após o terceiro ano, grande parte dos macacos que participaram na experiência pareciam ter erradicado a infecção SIV, uma vez que os cientistas não conseguiram encontrar resíduos do vírus.

"Esta é a primeira vez que uma investigação mostra que se pode erradicar o vírus que causa sida”, disse Picker, adiantando que a sua próxima meta é "determinar se a vacina pode erradicar completamente o SIV em macacos com a infecção mais desenvolvida”.

Em larga escala
Uma nova vacina contra a meningite do tipo A, utilizada em campanhas de vacinação em vários países africanos, provou ser muito...

Nenhum novo caso de meningite A foi detectado no seio de uma população de 1,8 milhões de pessoas vacinadas em 2011 em três regiões do Chade, segundo um estudo publicado pela revista britânica Lancet. Ou seja, a nova vacina contra a meningite do tipo A, utilizada em campanhas de vacinação em vários países africanos, provou ser muito eficaz em larga escala, conforme noticia o JN Online.

Relativamente a todos os tipos de meningite, os novos casos registados durante o ano de 2012 caíram para 2,5 por 100 mil habitantes, contra 43,6 casos por 100 mil habitantes nas outras regiões do Chade não abrangidas pelo programa de vacinação, o que traduz uma descida de 94 %.

O portador do meningococo A, passível de transmitir o germe, diminuiu 98 % nas regiões abrangidas pela vacinação, indicam dados dos investigadores europeus que participaram no estudo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as 450 milhões de pessoas que vivem na chamada "cintura da meningite” em África, região que se estende do Senegal à Somália, são as que enfrentam maiores riscos de serem infectadas pelo meningococo do tipo A. Segundo a OMS, a última epidemia ocorreu em 2009, quando 88 mil casos suspeitos foram registados, causando 5.300 mortos.

Causada por uma bactéria, a meningite é uma inflamação das meninges (membrana que envolve o encéfalo e a medula espinhal), que provoca graves lesões cerebrais e se revela mortal se não for tratada. Esta é provocada por vários tipos de bactérias, em particular o meningococo do grupo A, responsável por 80 a 85 % dos casos em África, onde as epidemias surgem em cada sete a 14 anos de intervalo. As crianças e os jovens adultos são os mais expostos a esta enfermidade.

Os sintomas mais comuns de meningite são dor de cabeça e rigidez de nuca associados à febre, confusão mental, alteração do nível de consciência, vómitos e a intolerância à luz (fotofobia) ou a sons altos (fonofobia).

Uma punção lombar (inserção de uma agulha no canal medular para extracção de uma amostra de líquor, o líquido que envolve o encéfalo e a medula espinal) pode ser usada para diagnosticar ou excluir um quadro de meningite.

Perturbação mental grave
A esquizofrenia é uma perturbação mental grave caracterizada por uma perda de contacto com a realida
Homem com esquizofrenia

O que é a esquizofrenia?

A esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo que apresenta sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares. Dito de forma mais simples, esta é uma doença do cérebro com manifestações psíquicas através da perda de contacto com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), pensamento anormal e alteração do funcionamento social e laboral.

A pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Esta doença manifesta-se em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, ficando alguns dos sintomas presentes mas em menor intensidade.

Habitualmente, a esquizofrenia desenvolve-se no final da adolescência ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crónico com marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.

Não se conhecem as causas da esquizofrenia, embora haja evidências de que decorre de uma combinação de factores biológicos, genéticos e ambientais que contribuem em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Para além disso, sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrénicos têm maior probabilidade (cerca de 10 por cento) de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1 por cento.

A esquizofrenia é um problema de saúde pública de primeira grandeza em todo o mundo. A prevalência da esquizofrenia no mundo parece ser algo inferior a 1 por cento, embora se tenham identificado zonas de maior ou de menor prevalência. Em alguns países, as pessoas com esquizofrenia ocupam cerca de 25 por cento das camas dos hospitais.

Sintomas da esquizofrenia

Os quadros de esquizofrenia podem variar de doente para doente com uma combinação em diferentes graus dos seguintes sintomas:

Delírios

O indivíduo acredita em ideias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos;

Alucinações

O doente tem ideia de estímulos que na realidade não existem, como ouvir vozes, ver pessoas ou vultos;

Discurso e pensamento desorganizado

O doente esquizofrénico fala de forma ilógica e desconexa, demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento numa sequência lógica;

Expressão das emoções

O indivíduo esquizofrénico tem um "afecto inadequado", ou seja, tem dificuldade em demonstrar as emoções/sentimentos. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tem dificuldade de moldar o afecto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do quotidiano;

Alterações de comportamento

Os doentes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além da exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.

Diagnóstico da esquizofrenia

Para o diagnóstico da esquizofrenia não existem marcadores biológicos, nem exames complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral demonstráveis em exames de neuro-imagem e do metabolismo cerebral, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.

Por isso, o diagnóstico baseia-se na observação clínica dos sintomas e na história médica do doente. Para além de identificar a doença, o especialista quererá também perceber qual o subtipo clínico que o doente apresenta. Essa diferenciação baseia-se nos sintomas que predominam em cada pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico.

Os principais subtipos são:

  • Paranóide - predomínio de delírios e alucinações
  • Desorganizada - predomínio de alterações da afectividade e desorganização do pensamento
  • Catatónico - alterações da motricidade
  • Simples - diminuição da vontade e afectividade, empobrecimento do pensamento, isolamento social
  • Residual - estágio crónico da doença com muita deterioração e pouca sintomatologia produtiva.

Tratamento da esquizofrenia

O tratamento da esquizofrenia requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. A terapêutica medicamentosa é feita com remédios chamados antipsicóticos ou neurolépticos. Actuam diminuindo os sintomas (alucinações e delírios), procurando restabelecer o contacto do doente com a realidade. Para além disso controlam as crises e ajudam a evitar uma evolução mais desfavorável da doença. Habitualmente esta terapêutica é ininterrupta para não ter novas crises.

As abordagens psicossociais são necessárias para promover a reintegração do doente à família e à sociedade. São utilizadas várias técnicas, como a psicoterapia ou a terapia ocupacional, com o objectivo de ajudar o doente a melhor lidar com as dificuldades do dia-a-dia.

Artigos relacionados

Um olhar sobre a Esquizofrenia

A pessoa com esquizofrenia e a família

Emergências psiquiátricas

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba quais são
A transpiração é essencial para a manutenção da temperatura do corpo.
Sudorese

A atividade das glândulas sudoríparas e a transpiração (hidrose) é importante para o organismo, pois controla a temperatura do corpo dentro de determinados limites, e elimina as toxinas através dos poros. A quantidade de transpiração produzida varia de pessoa para pessoa, de acordo com a idade, sexo ou raça, influenciada também por fatores endógenos ou exógenos.

Situações como o stress, desequilíbrios hormonais, problemas metabólicos e medicamentos podem estar associados aos transtornos da sudação. É que existem diferentes tipos de transpiração. Ou seja, considera-se hiperhidrose quando há excesso de transpiração; bromidrose quando a transpiração é acompanhada de mau cheiro, anidrose ocorre quando há défice de transpiração e, por fim, a disidrose caracteriza-se pelo aparecimento de erupções cutâneas.

Para evitar as diferentes perturbações da transpiração deve:

  • lavar os locais afetados, ensaboando bem e dando preferência a sabonetes antisséticos;
  • secar bem a pele após o banho, especialmente entre os dedos dos pés;
  • trocar as roupas e meias diariamente; evitar o uso de tecidos sintéticos, dando preferência ao algodão;
  • preferir calçados abertos;
  • manter sempre o calçado limpo e evitar deixar a pele húmida muito tempo.

Com mais de 250 mil glândulas sudoríparas, os pés estão entre as partes do corpo que mais transpiram, devido em grande parte ao uso de meias e sapatos. E, à partida, poderíamos supor que a transpiração é a responsável pelo mau odor mas não é. Até porque a transpiração é basicamente formada de sal e água. O que provoca o mau odor são as bactérias existentes na flora da pele que absorvem a humidade e excretam o excesso, produzindo um forte odor.

Por exemplo, o ambiente húmido que se cria dentro do sapato é favorável ao aparecimento de bactérias que, por sua vez, originam o mau odor. É, portanto, importante que a higiene não deve incluir apenas a lavagem diária dos pés, sendo preciso secá-los muito bem, principalmente nos espaços interdigitais (entre os dedos), mudar de meias (preferencialmente de algodão) diariamente, alternar o uso de sapatos e sempre que possível, optar pelo uso de sapatos abertos.

Atualmente, existem diversos produtos que podem tratar ou controlar os diferentes tipos de hidroses. Entre eles os cremes hidratantes e/ou anti-transpirantes, e pó talco ou anti-fúngico de aplicação no calçado quando este não está em uso, para absorver parte da humidade gerada durante a sua utilização.

Nos casos mais complicados e de difícil resolução deve consultar um especialista para melhor perceber o que está a causar esse transtorno.

Artigos relacionados

Higiene íntima feminina

Hidratar o nosso corpo

Quando os suores noturnos são sinónimo de doença

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

Páginas