Discromatopsia
Esta é uma doença de transmissão hereditária causada por uma anomalia genética recessiva localizada
Número 74 em vermelho e verde

Esta perturbação é normalmente genética, mas existem lesões do aparelho visual e do sistema neurológico que podem originar alterações da visão cromática.

O olho humano é um sistema óptico, que capta o estímulo luminoso e o transforma em impulso eléctrico, capaz de ser transmitido ao córtex visual, onde é descodificado e transformado numa impressão sensorial.

O estímulo luminoso – luz – é captado sob a forma de onda electromagnética. O sistema óptico do olho humano constituído pela superfície ocular externa (córnea e filme lacrimal) e pelo cristalino (lente) é responsável pela focagem da “onda de luz” de forma a que ela incida sobre uma película neurosensorial muito fina chamada retina. Esta película funciona como uma espécie de filme ou rolo fotográfico, uma vez que é capaz de se deixar impressionar pela luz e a transformar num impulso nervoso devidamente codificado no que diz respeito à forma e às cores dos objectos.

A capacidade da retina para codificar a cor dos objectos deve-se à presença de células nervosas muito especializadas, capazes de captar a luz nos mais variados comprimentos de onda. Estas células chamadas cones (funcionam na presença de luz) e bastonetes (funcionam no escuro) têm pigmentos que são impressionados pelos vários comprimentos de onda da radiação electromagnética - luz – e desta forma reconhecem e transmitem ao cérebro a cor dos objectos visualizados.

Na área central da retina existe uma predominância de cones sensíveis ao vermelho e verde, enquanto que numa zona mais periférica aumenta a sensibilidade ao azul e amarelo.

Genética

O Daltonismo é uma doença recessiva ligada ao cromossoma X.

Durante a fecundação cada indivíduo recebe um cromossoma do pai e outro da mãe para formar os seus pares de cromossomas.

O termo recessivo significa que para um filho ter uma característica (doença) transmitida dos pais é necessário que herde dois cromossomas doentes dos pais.

Uma vez que os indivíduos do sexo feminino herdam um cromossoma X do pai e outro cromossoma X da mãe seria necessário que os dois cromossomas tivessem defeito para terem a doença, o que é muito raro. Contudo estes indivíduos do sexo feminino podem herdar um cromossoma X doente e outro sem doença; neste caso não tendo a doença são portadores e podem transmiti-la aos filhos. No caso dos indivíduos do sexo masculino, desde que herdem o cromossoma X doente da mãe serão sempre doentes uma vez que só têm um cromossoma X.

Os homens nunca são portadores mas apenas doentes. Se for doente transmite o seu cromossoma X doente às filhas que serão doentes ou portadoras conforme herdem da mãe um cromossoma doente ou normal. Aos filhos do sexo masculino nunca transmitem a doença uma vez que só passam o cromossoma Y.

Este padrão de transmissão genética do daltonismo explica porque razão a doença é extraordinariamente rara nas mulheres e relativamente frequente nos homens.

São três as cores principais: azul, verde e vermelho. Por um lado a junção destas três cores dá o branco e, por outro lado, todas as outras cores ou tonalidades são o somatório destas três cores.

Daqui se compreende que um erro ou defeito num tipo celular referente a uma destas três cores, resulta num defeito específico dessa cor, mas também terá consequências na composição de todas as outras cores compostas.

A gravidade do daltonismo é muito variável. Pode ser um defeito extremamente grave com ausência total da visão cromática - visão a preto e branco – nos casos em que praticamente não existem células foto-receptoras.

Felizmente estas formas graves são muito raras e, o que prevalece, são as formas leves de daltonismo em que há sobretudo dificuldade de reconhecer cores compostas.

Em termos genéricos pode-se dizer que, de acordo com o defeito cromático, há 3 tipos de daltonismo: protanopia (defeito dos cones vermelhos), deuteranopia (defeito dos cones verdes) e tritanopia (defeito dos cones azuis).

Estas designações são para os defeitos totais; quando o defeito é parcial falamos de Protanomalia, Deuteranomalia e Tritanomalia.

Em todo o caso como vimos estes defeitos acabam por ter consequência nas outras cores que resultam do somatório das cores primárias.

Por outro lado na maioria dos casos estes défices não são absolutos, e embora o defeito exista para determinada cor, o sujeito consegue muitas vezes distinguir estas cores para as quais tem defeito embora as veja menos saturadas. A própria luminosidade pode alterar a percepção cromática do daltónico.

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Dicionário de A a Z
Consiste na remoção total ou parcial do prepúcio.

Trata-se de uma prática utilizada há mais de 5 mil anos. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30 por cento dos homens no mundo são circuncidados, a maioria por motivos religiosos.

Há estudos que apontam para o facto de bebés não circuncidados correrem maior risco de vir a ter infecções urinárias, enquanto outros apontam a existência de uma relação entre os adultos que não foram submetidos à circuncisão e algumas doenças sexualmente transmissíveis e cancro no pénis. No entanto, os potenciais benefícios da circuncisão ainda suscitam discussão no seio da comunidade científica.

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As diferentes causas
A dor num ou em ambos os ouvidos pode ocorrer por muitas razões, algumas não relacionadas com o próp
Mulher com dor no ouvido

A dor de ouvido (otalgia) é muito frequente, seja nas crianças, seja nos adultos. As causas são várias e podem ser originadas por doenças no próprio ouvido e nesses casos diz-se que a causa é otológica, ou por doenças e/ou distúrbio noutras estruturas orgânicas próximas ou mais distantes do ouvido sendo que a causa dessas dores será não otológica.

As dores de ouvido de causa otológica podem ser otites (infecções) ou mesmo tumores de ouvido. Já as otalgias de causa não otológica ocorrem por causa da extensa ramificação de nervos importantes na região da cabeça, pescoço, tórax e aparelho digestivo. Por exemplo, uma dor de dentes pode afectar o ouvido sendo nesse caso uma dor não otológica. O impulso doloroso chega ao ouvido através dessas ramificações nervosas que fazem conexões entre o local da doença e o órgão da audição (dor reflectida).

Os sintomas podem ser vários, e os métodos para se tratar este mal-estar e dor dependem da causa. A zona do ouvido é muito vasta e podem por isso aí ocorrer infecções, quer no ouvido médio, quer no canal auditivo, e que produzem o aparecimento de febre, comichão, irritação, uma ligeira perda de audição, ou até mesmo o derramamento de líquido se o tímpano se perfurar.

Por outro lado, a cera pode ser um problema. Muitas das vezes a cera acumula-se nos ouvidos, provocando uma sensação estranha, uma surdez aparente e uma irritação na pele, no seu canal auditivo.

Algumas pessoas, particularmente as crianças mais jovens, são propensas a apresentarem dores de ouvidos recorrentes. As crianças alimentadas ao peito apresentam uma menor probabilidade de desenvolverem infecções nos ouvidos, uma vez que o leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger o bebé das infecções.

Contudo, apresentam uma maior probabilidade de sofrer de dores de ouvidos as crianças que tiverem tido infecções nos ouvidos antes do primeiro ano de vida, estiverem frequentemente expostas ao fumo de cigarro, tiverem uma história familiar de infecções nos ouvidos, frequentarem um infantário, tiverem nascido prematuras ou com um baixo peso à nascença e se forem do sexo masculino (os rapazes apresentam mais infecções do ouvido médio do que as raparigas).

Sintomas

A dor de ouvidos é mais frequentemente descrita como uma sensação de pressão no ouvido. Esta sensação pode começar de forma gradual ou súbita e pode ser muito intensa. Outros sintomas, tais como uma perda da acuidade auditiva, febre ou uma sensação de mal-estar, indicam geralmente a presença de uma infecção no ouvido.

Quando o canal auditivo se encontra inflamado ou quando ocorre uma ruptura do tímpano, pode verificar-se a drenagem de líquido do ouvido. Se o tímpano romper devido a uma infecção do ouvido médio, constata-se frequentemente um alívio da dor devido à redução da pressão. Nas crianças mais jovens, os únicos sinais de uma infecção no ouvido podem ser a febre, a irritabilidade e o facto de a criança mexer na orelha.

Tratamento

Uma dor de ouvidos irá persistir até o problema que está a causar este sintoma desaparecer ou ser tratado. Por isso, nunca introduza objectos no seu ouvido, nem mesmo cotonetes, porque esta zona é muito frágil.

As medidas que o médico irá tomar variam consoante a exactidão do local e a origem da dor. Podem ser utilizados medicamentos como o paracetamol, o ibuprofeno ou o naproxeno para diminuir a dor até a situação subjacente ter sido tratada ou tiver desaparecido.

Se tiver uma infecção no ouvido médio, é provável que o médico lhe indique antibióticos ou gotas nasais. Ou seja, o tratamento a instituir dependerá da intensidade, local e causa da dor.

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Obstrução súbita da artéria
A embolia pulmonar corresponde a uma repentina obstrução de uma artéria pulmonar provocada por um êm
Pulmões

A embolia pulmonar é a obstrução repentina de uma artéria do pulmão causada por um êmbolo, que pode ser um coágulo de sangue, gordura, uma bolha de ar ou outro fragmento capaz de obstruir um vaso sanguíneo.

Um êmbolo é, geralmente, um coágulo sanguíneo (trombo), mas podem também existir êmbolos gordos, de líquido amniótico, da medula óssea, um fragmento de tumor ou uma bolha de ar que se desloca através da corrente sanguínea até obstruir um vaso sanguíneo.

De modo geral, as artérias não obstruídas podem enviar sangue suficiente até à zona afectada do pulmão para impedir a morte do tecido. No entanto, em caso de obstrução dos grandes vasos sanguíneos ou quando se sofre de uma doença pulmonar pré-existente, pode ser insuficiente o volume de sangue fornecido para evitar a morte do tecido, o que pode acontecer em 10 por cento das pessoas com embolia pulmonar, situação conhecida como enfarte pulmonar.

Causas

O tipo mais frequente de êmbolo é um coágulo que se forma habitualmente numa veia da perna ou da pélvis. Os coágulos tendem a formar-se quando o sangue circula lentamente ou não circula de todo. Isto pode ocorrer nas veias das pernas de alguém que permanece na mesma posição durante muito tempo, podendo desprender-se o coágulo quando a pessoa começa a mover-se novamente. É menos frequente que os coágulos comecem nas veias dos braços ou no lado direito do coração. No entanto, uma vez que o coágulo formado numa veia se liberta e passa para a corrente sanguínea, é habitual que se desloque para os pulmões.

Sintomas

É possível que os pequenos êmbolos não causem sintomas, mas a maioria provoca dispneia (dificuldade em respirar). Este pode ser o único sintoma, especialmente quando não se produz o enfarte. A respiração é, frequentemente, muito rápida; a ansiedade e a agitação podem ser acentuadas e o indivíduo pode manifestar sintomas de um ataque de ansiedade. Pode aparecer uma dor torácica aguda, especialmente quando a pessoa respira profundamente.

Podem também surgir, em algumas pessoas, náuseas, desfalecimentos ou convulsões. Estes sintomas são, geralmente, o resultado, por um lado, de uma diminuição brusca da capacidade do coração para fornecer sangue oxigenado suficiente ao cérebro e a outros órgãos e, por outro lado, de um ritmo cardíaco irregular.

O enfarte pulmonar produz tosse, expectoração raiada de sangue, dor torácica aguda ao respirar e febre. Geralmente, os sintomas de embolia pulmonar desenvolvem-se de forma brusca, enquanto os sintomas de enfarte pulmonar se produzem em horas. Com frequência, os sintomas do enfarte duram vários dias, mas habitualmente diminuem de forma progressiva.

Nas pessoas com episódios recorrentes de pequenos êmbolos pulmonares, os sintomas como falta de ar crónica, inchaço dos tornozelos ou das pernas e debilidade, tendem a desenvolver-se de forma progressiva ao longo de semanas, meses ou anos.

Diagnóstico

O médico pode suspeitar da existência de embolia pulmonar baseando-se nos sintomas e nos factores de predisposição de uma pessoa. No entanto, há com frequência necessidade de certos procedimentos para poder confirmar o diagnóstico.

Uma radiografia do tórax, um electrocardiograma ou mesmo um exame de perfusão (cintigrafia ou gamagrafia). No entanto, a arteriografia pulmonar é o método mais preciso para diagnosticar uma embolia pulmonar, mas envolve algum risco e é mais incómoda que outros exames. Consiste em injectar na artéria uma substância de contraste (visível na radiografia) que flui até às artérias do pulmão. A embolia pulmonar aparece na radiografia como uma obstrução arterial.

Podem ainda efectuar-se exames complementares para averiguar a origem do êmbolo.

Prognóstico

As probabilidades de falecer por causa da embolia pulmonar dependem do tamanho do êmbolo, do tamanho e do número das artérias pulmonares obstruídas e do estado de saúde do doente.

O risco de embolia é maior em pessoas com perturbações cardíacas ou pulmonares graves. Aproximadamente 50 por cento das pessoas com embolia pulmonar não tratada podem ter outra no futuro. Cerca metade destas recidivas podem ser mortais. O tratamento com fármacos que inibem a coagulação (anticoagulantes) pode reduzir a frequência das recidivas em um de cada 20 casos.

Prevenção

Utilizam-se vários meios para impedir a formação de coágulos nas veias das pessoas com risco de embolia pulmonar. Recomenda-se o uso de meias elásticas, fazer exercícios para as pernas e uso de meias de compressão para as pernas, concebidas para activar a circulação do sangue, que reduzem a formação de coágulos na barriga da perna e, por conseguinte, diminuem a frequência de embolia pulmonar.

Por outro lado, existem medicamentos anticoagulantes amplamente utilizados para diminuir as probabilidades de formação de coágulos nas veias da barriga das pernas, mas que em caso algum devem ser utilizados sem indicação médica.

Tratamento

Inicia-se o tratamento da embolia pulmonar com a administração de oxigénio e, se for necessário, de analgésicos. Os anticoagulantes administram-se para evitar o aumento de volume dos coágulos sanguíneos existentes e para prevenir a formação de novos coágulos. A duração do tratamento anticoagulante depende da situação do doente.

No entanto, nos casos em que os êmbolos se repetem apesar de todos os tratamentos de prevenção ou se os anticoagulantes causam hemorragias significativas, o especialista pode considerar vantajoso optar pela cirurgia.

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Cientistas espanhóis
Investigadores espanhóis descobriram um tratamento precoce do mieloma de alto risco assintomático, que origina um cancro...

O ensaio clínico, liderado pelos médicos Jesus San Miguel e Maria Victoria Mateos, do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário de Salamanca, desenvolvido pelo Grupo Espanhol do Mieloma, foi publicado na revista médica The New England Journal of Medicine, segundo a agência noticiosa espanhola EFE, citada pelo DN Online.

Anualmente aparecem quatro a cinco novos casos de mieloma sintomático por cada 100.000 pessoas. O cancro deve-se a uma transformação das células plasmáticas, presentes na medula óssea e que são responsáveis pela produção de uma proteína chamada monoclonal.

Anemia, dor óssea, alterações no cálcio ou na função renal são sintomas apresentados pelos doentes com mieloma múltiplo, que actualmente são tratados apenas quando são sintomáticos.

No estado anterior da doença, sem sintomas, esta pode ser identificada pela proliferação de células plasmáticas anormais e do componente monoclonal.

O Grupo Espanhol do Mieloma identificou um grupo de doentes assintomáticos em 2007 e escolheu para o ensaio clínico 40% deles, os que apresentavam um alto risco de progressão da patologia, 50% dos quais iriam passar a sintomáticos nos dois anos a seguir ao diagnóstico.

O ensaio clínico, no qual participaram 21 hospitais espanhóis e três portugueses, envolveu 120 doentes, metade dos quais não recebeu terapia até ao aparecimento dos sintomas, enquanto os restantes foram tratados com os medicamentos lenalidomida e dexametasona.

Segundo os investigadores, os resultados são satisfatórios porque se demonstrou que o tratamento precoce adia o aparecimento dos sintomas da doença. O risco de progressão do mieloma para sintomático foi 5,6 vezes mais baixo nos que receberam terapia.

Mais importante, consideram os cientistas, cinco anos após o diagnóstico, estão vivos 94% dos doentes que tiveram um tratamento precoce, contra 78% dos que só foram tratados quando desenvolveram sintomas do tumor.

O mais grave cancro de pele
O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave.
Melanoma

O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave. Em Portugal surgem, anualmente, cerca de 700 novos casos de melanoma maligno.

Tem início nas células da pele, os melanócitos. Os melanócitos produzem melanina, o pigmento que dá à pele a sua cor natural. Quando a pele é exposta ao sol, os melanócitos produzem mais pigmento, fazendo com que a pele bronzeie, ou seja, escureça. Por vezes, surgem umas proeminências de grupos de melanócitos e de tecido circundante, chamados sinais. Os sinais são muito comuns. A maioria das pessoas tem 10 a 40 sinais. Os sinais podem ser rosados, castanhos-claros ou escuros, ou de uma cor muito parecida com o tom normal da pele. As pessoas de pele escura tendem a ter sinais escuros.

A pele é o maior órgão do corpo: protege-o do calor, da luz do sol, de feridas e de infecções. Ajuda a regular a temperatura corporal, armazena água e gordura, e produz vitamina D. É constituída por duas camadas principais: a epiderme (exterior) e a derme (interior). A derme contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos, folículos pilosos e glândulas. Algumas destas glândulas produzem suor, que ajuda a regular a temperatura do organismo. Outras glândulas produzem sebo, uma substância oleosa que contribui para que a pele não seque. O suor e o sebo atingem a superfície da pele, através de pequenas aberturas: poros.

O melanoma inicia-se como uma lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou profundidade, com alteração das suas cores originais, surgem pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como comichão ou inflamação.

Trata-se de um tumor de muito mau prognóstico devido ao alto potencial de produzir metástases. Pode surgir em áreas de pele não exposta ao sol porém, o maior número de lesões aparece nas áreas de pele que ficam, ou foram, expostas à radiação solar. Nos homens, o melanoma encontra-se, muitas vezes, no tronco (zona entre os ombros e as ancas), ou na cabeça e pescoço. Nas mulheres, desenvolve-se muitas vezes na zona inferior das pernas.

É mais frequente em pessoas de pele clara, por isso, a ocorrência de melanoma na raça negra e noutras raças com pele escura é rara. A probabilidade de desenvolver melanoma aumenta com a idade, embora a doença afecte pessoas de todas as idades.

Uma pessoa que já tenha tido um melanoma, tem um risco aumentado de voltar a ter a doença.

Sintomas
Muitas vezes, o primeiro sinal de melanoma é uma alteração no tamanho, forma, cor ou textura de um sinal existente. A maioria dos melanomas apresenta uma zona preta ou preta-azulada, no entanto, também pode surgir como um novo sinal de cor preta, anómalo ou com "mau aspecto".

Num melanoma mais avançado, a textura do sinal pode modificar-se: pode tornar-se duro ou com protuberâncias. O melanoma pode ter uma aparência diferente de um sinal comum. Os tumores mais avançados podem fazer comichão, exsudar ou sangrar. Regra geral, o melanoma não provoca dor.

Para ajudar a lembrar o que deve ser vigiado foi criada a nomenclatura “ABCD”.

A - Assimetria - formato irregular

B - Bordos - as margens externas são geralmente irregulares

C - Cor - a cor é desigual; pode apresentar diferentes tonalidades de cor

D - Diâmetro - existe uma alteração no tamanho, que geralmente aumenta. Os melanomas são, por norma, maiores do que 6 milímetros.

De salientar que muitos dos casos apresentam todas as características “ABCD”, outros podem apresentar alterações ou anomalias em apenas uma ou duas das características da regra "ABCD".

Uma pessoa em risco de ter melanoma deve observar cuidadosa e regularmente a sua pele e deverá fazer exames clínicos regulares à pele.

Diagnóstico
Se suspeitar de alguma mancha ou sinal na pele deve consultar um dermatologista que examinará cuidadosamente a pele.

Pode ser também necessário fazer uma biopsia. A biopsia é a única forma de fazer um diagnóstico definitivo.

Tratamento
Para cada caso de melanoma, o médico irá desenvolver um plano de tratamentos que vá de encontro às necessidades específicas de cada pessoa. O tratamento do melanoma depende, principalmente, do estadio da doença, da idade e do estado de saúde geral da pessoa, entre outros factores. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para a cura.

Certamente que o médico falará consigo sobre as possíveis escolhas de tratamento e resultados esperados, tendo em consideração os benefícios esperados e possíveis efeitos secundários de cada opção.

Um doente de melanoma pode fazer cirurgia, quimioterapia, terapêutica biológica ou radioterapia. Os tratamentos podem ser feitos em associação. Em qualquer estadio do melanoma, podem ser administrados medicamentos para controlar a dor e outros sintomas do cancro, bem como para aliviar os possíveis efeitos secundários do tratamento. Estes tratamentos são designados como tratamentos de suporte, para controlo dos sintomas ou cuidados paliativos.

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Tão pequenas e tão incómodas:
As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal.
Homem com dor proveniente de uma afta no lábio inferior

As aftas, também denominadas de estomatite aftosa, são pequenas feridas dolorosas que aparecem na mucosa bucal, que mais não é um processo inflamatório. Caracterizam-se por lesões ulcerosas que se podem estender por toda a boca. São mais frequentes na face interna das bochechas, lábios e língua. Têm uma aparência típica: uma mancha arredondada esbranquiçada e rodeada por uma linha vermelha.

A sua causa é muitas vezes desconhecida, pelo que a prevenção não é fácil, mas é possível gerir alguns factores associados ao seu aparecimento. Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento; por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final.

As aftas não são contagiosas, normalmente desaparecem de forma espontânea ao fim de uma a duas semanas. Todavia, a dor e o desconforto que causam podem justificar medidas que aliviam a dor, o principal sintoma das aftas. Em casos graves pode aparecer febre, inflamação dos gânglios do pescoço e uma sensação geral de mal-estar. Muitas pessoas afectadas por aftas sofrem-nas de forma recidivante, ou seja, mais do que uma vez ao ano.

Nos bebés as aftas são raras. Podem aparecer os chamados "sapinhos", que não são aftas mas sim uma infecção causada por um fungo (Candida albicans) que deixa no interior da boca e na língua pequenas placas esbranquiçadas de aspecto leitoso, que se confundem com restos de leite e que exigem tratamento específico. Este tipo de infecção também pode acontecer em adultos imunodeprimidos ou a seguir a tomarem antibióticos como uma infecção oportunista.

Causas das aftas

  • Trauma oral, causado pela escovagem excessiva ou pela mastigação de alimentos duros;
  • Ansiedade e stress;
  • Certos alimentos como chocolate, café, morangos, queijo, amêndoas, etc;
  • Mudanças hormonais e ciclo menstrual;
  • Deixar de fumar (no início);
  • Alguns medicamentos.

Tratamento das aftas

As aftas não são contagiosas e normalmente desaparecem ao fim de uma ou duas semanas. Mas como são desconfortáveis poderá recorrer-se a pastilhas, geles ou elixires para alívio dos sintomas.

Por outro lado, a melhor forma de se prevenir é evitar os factores desencadeantes como sejam:

  • Evitar alimentos duros;
  • Evitar alimentos que habitualmente causam aftas;
  • Gargarejar com elixires próprios, para alívio da dor e desinfecção da boca;
  • Usar uma escova de dentes macia;
  • Visitar regularmente o dentista;
  • Manter uma boa higiene oral;
  • Evitar o abuso de anti-sépticos orais;
  • Tomar suplementos vitamínicos.

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Associadas ao trabalho
Conheça os factores de risco de um grande problema da medicina do trabalho. Saiba como prevenir.
Lesões músculo-esqueléticas

 

O que são lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho?
São um conjunto amplo e diversificado de patologias, que se sobrepõem, na sua maioria, às doenças reumáticas periarticulares, mas que diferem destas por incluírem algumas situações de lesões osteoarticulares e das bolsas sinoviais e por apresentarem, na sua origem, factores de risco de natureza ocupacional.

São um grande problema da medicina do trabalho.

Quais são os factores de risco?

De causa ergonómica
  • Movimentos repetitivos que requerem aplicação de força;
  • Choque mecânico;
  • Força de preensão e carga palmar;
  • Carga externa e muscular estática;
  • Stress mecânico;
  • Vibrações e temperaturas extremas;
  • Posições desadequadas que podem decorrer do equipamento mal desenhado, das ferramentas ou do posto de trabalho.
De causa organizacional
  • Horas e ritmo de trabalho excessivos;
  • Trabalho com ritmo externo imposto – por exemplo, linhas de montagem;
  • Pausas e descanso insuficientes;
  • Insegurança ou insatisfação laboral;
  • Monitorização excessiva, por exemplo, com câmaras de vídeo.
De risco individual

Como se previnem as lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho?
A intervenção preventiva deve incidir sobre o indivíduo e o local de trabalho, através da adaptação do posto de trabalho e das ferramentas e da implementação de mecanismos compensatórios da repetibilidade de movimentos, vibrações e posturas inadequadas.

Há um elevado número de recaídas, pelo que, em alguns casos, a reconversão laboral do trabalhador deve ser equacionada.

Quais são os sintomas?
Em geral, coincidem com os das doenças reumáticas periarticulares.

Que tipos de lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho existem?

  • Lesões localizadas ao nível dos tendões e suas bainhas;
  • Lesões dos nervos;
  • Lesões neurovasculares.

Como se tratam?
Não há um tratamento universal e não há evidência científica sobre qual é a abordagem mais eficaz.

Os objectivos da terapêutica são, essencialmente, aliviar a dor e reduzir a incapacidade.

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Doença ou sintoma?
Quando o nervo ciático é sujeito a pressão, normalmente na zona lombar, surgem estas dores que afect
Homem dobrado com dores nas costas

A dor ciática é sim um sintoma, de uma outra condição médica e não uma doença. A dor, fraqueza muscular, dormência e formigueiros sentidos acompanham o nervo ciático, nervo este que é o mais longo do nosso corpo e se prolonga desde a zona lombar da medula espinal até às pernas onde envia ramificações para os pés.

Estas dores raramente ocorrem em pessoas com idade inferior aos 20 anos, sendo mais comuns na meia-idade.

Hérnias discais, tumores, quistos ou traumas de quedas são as causas mais prováveis da compressão deste nervo provocando por sua vez as dores ciáticas. O diagnóstico é feito recorrendo a exames de imagem ou neurológicos.

As dores raramente acontecem em ambos os lados, seguindo de forma descendente desde a zona afectada até ao fim das ramificações do nervo. Com maior ou menor intensidade, as dores variam dependendo do tipo de lesão ou localização do que as provoca.

Estar sentado, tossir ou espirrar pode acentuar a dor, enquanto o andar ou estar na posição deitada pode reduzi-la, à exepção de casos em que já é mais intensa podendo mesmo provocar incapacidade de movimentos.

Na grande maioria dos casos, a toma de analgésicos ou relaxantes musculares é suficiente para, após algumas semanas, a dor desaparecer. Em casos de gravidade mais elevada e em que haja incapacidade física por parte dos doentes será necessário o recurso a cirurgia. Tal como foi dito, sendo este um sintoma e não uma doença a intervenção cirúrgica será efectuada para tratar o problema na sua origem.

Algumas melhorias também se comprovam após fisioterapia ou à prática de exercício físico especifico recomendado por um profissional.

Como prevenir?

A manutenção de uma boa postura e o correcto levantamento de pesos são dois factores que podem contribuir bastante para a prevenção, pois vão reduzir a pressão que é efectuada na coluna. Exercícios que fortaleçam os músculos abdominais e das costas também são importantes pois também protegem a coluna.

Não sendo possível evitar os processos que levam à hérnia discal estes são os melhores métodos para se prevenir, protegendo a sua coluna.

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Para combater o cancro
Cientistas portugueses e dos EUA recolheram bactérias marinhas ao largo de São Miguel e Santa Maria, duas ilhas dos Açores, que...

Ana Lobo, química do Departamento de Química da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, envolvida no projecto de recolha de bactérias a mais de mil metros de profundidad na águas dos Açores que podem vir a ser utilizadas no combate de várias doenças, entre as quais o cancro.

Para além de Ana Lobo, estiveram envolvidos no projecto dois investigadores da Califórnia e dois da Universidade dos Açores, bem como outros da própria Universidade Nova de Lisboa e elementos exteriores àquela academia que procederam a recolhas, revela o RCM Pharma citando a Lusa.

"Trata-se das prodigiosinas que nós isolamos das bactérias recolhidas no mar dos Açores e que são antibióticos, anticancerígenos, antimaláricos, imunossupressores. Portanto, têm uma grande gama de actividade farmacológica e estão a ser já desenvolvidos, alguns deles, em versão farmacêutica”, declara a cientista.

Ana Lobo aponta que o projecto, apoiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia, teve como objectivo justamente "descobrir compostos marinhos” de bactérias marinhas que "podem ser úteis” como "possíveis medicamentos” ou que "possam originar medicamentos”.

A cientista refere que após a recolha dos compostos de origem marinha foi feita uma triagem no Centro Biotecnológico de San Diego, na Califórnia, EUA.

A docente da Universidade Nova de Lisboa aponta que se centraram os trabalhos em estirpes streptomyces, onde descobriram uns compostos conhecidos por prodigiosinas, que são vermelhos, e cujo nome deriva justamente da palavra prodígio.

Ana Lobo explica que as bactérias terrestres produzem compostos análogos, que são "conhecidos há muitos anos”, apareceram com "maior intensidade” em estátuas italianas de santos, que "supostamente choravam” sangue, gerando manifestações religiosas.

A cientista refere que as prodigiosinas são metabolitos secundários, ou seja, compostos orgânicos que não estão directamente envolvidos em processos de crescimento, desenvolvimento e reprodução dos organismos, que se formam na bactéria depois de esta ter crescido e que podem permitir a geração de produtos sintéticos e biológicos.

Ana Lobo considera que "foi interessante” que a sua equipa viesse a encontrar uma estirpe marinha não estudada com compostos análogos aos que existem em "espécie terrestre”.

A cientista portuguesa revela que neste momento se está a entrar nos ensaios clínicos a nível mundial, uma vez que ainda não há "nenhuma droga” derivada destes compostos a ser fornecida aos doentes, acentuando que a "redução da toxicidade” pode ser feita com "alterações simples” ou "relativamente simples”.

A docente da Universidade Nova de Lisboa explica que os trabalhos de laboratório "ainda decorrem” e o "processo vai levar o seu tempo” até chegar ao mercado uma substância nova, uma vez que estes são "processos morosos”.

A cientista aponta que o interesse nestes compostos é "verificar a química”, "aumentar a sua estabilidade” e "reduzir a sua toxicidade”, para além de outros factores, visando o seu aproveitamento.

Estudo indica:
Resultados de um estudo revelam que um terço das pessoas diagnosticadas com cancro na garganta foi infectado com uma forma do...

Num estudo publicado no Journal of Clinical Oncology, especialistas revelam que um terço das pessoas diagnosticadas com cancro na garganta foi infectado com uma forma do vírus do Papimonavírus humano (HPV), pois existem mais de 100 tipo de HPV. O HPV é a principal causa de cancro cervical, e o vírus é conhecido por se espalhar através do contacto genital ou oral. Os investigadores dizem que a ligação entre o vírus e a doença mostrou "resultados impressionantes".

Este estudo analisou a ligação do HPV com cancro do fundo da garganta - cancro da orofaringe, tendo sido observados os resultados dos testes de sangue recolhidos de pessoas que participaram de um grande estudo prospectivo em estilo de vida e cancro, que eram todos saudáveis no início.

Todos cederam uma amostra de sangue, quando participam do estudo, e, neste caso, os investigadores foram capazes de verificar a presença de anticorpos contra uma das principais proteínas do HPV - o E6. O E6 derruba parte do sistema de protecção das células que deveria prevenir o desenvolvimento de cancro.

Ter os anticorpos significa que o HPV já superou este sistema de defesa e provocou alterações - que podem ser cancerígenas - nas células.

Os investigadores compararam os resultados dos testes de sangue - alguns realizados há mais de 10 anos - de 135 pessoas que desenvolveram cancro da garganta com o de 1.599 pessoas sem cancro.

A equipa da Universidade de Oxford constatou que 35% das pessoas com cancro na garganta tinham os anticorpos, em comparação com menos de 1% das pessoas que estavam livres do cancro.

No entanto, esses doentes eram mais propensos a sobreviver ao cancro da garganta do que as pessoas cuja doença tinha outras causas, como uso de álcool ou tabaco.

O estudo constatou que 84% das pessoas com os anticorpos ainda estavam vivas cinco anos após o diagnóstico, em comparação com 58% daqueles sem os anticorpos.

Ruth Travis, cientista do Cancer Research UK, em Oxford, que trabalhou no estudo, disse: "Esses resultados surpreendentes fornecem alguma evidência de que a infecção por HPV-16 pode ser uma importante causa de cancro de orofaringe".

Apesar de na maior parte das pessoas o sistema imunológico oferecer protecção contra o HPV, existem duas estirpes de HPV que são mais susceptíveis de causar cancro - HPV-16 e HPV-18. O HPV-16 é supostamente responsável por cerca de 60% dos casos de cancro do colo do útero, 80% dos casos de cancro no ânus e 60% dos cancros orais.

Cerca de 1.500 pessoas são diagnosticadas com cancro da garganta a cada ano no Reino Unido, com cerca de 470 mortes em decorrência da doença.

Dicionário de A a Z
Não há tradição de em Portugal serem encontradas alforrecas perigosas para o Homem, todavia, em país
Alforrecas

Dos vários tipos de alforrecas que existem, há umas mais perigosas que outras, sendo que os sintomas da picada podem passar por um pequeno inchaço ou por reacções mais graves.

“A primeira coisa a fazer é não entrar em pânico. As medusas, conhecidas também como alforrecas, mães d'água ou águas-vivas (termo usado no Brasil e na Madeira) são cnidários, animais marinhos com um corpo em forma de disco ou campânula. Com um corpo formado por 95 a 99% de água, deveriam ser animais simpáticos e inócuos. Mas não são. Possuem tentáculos à superfície que, após contacto, têm a capacidade de lhe injectar uma espécie de espinho, o nematocisto, que liberta uma substância tóxica no local da picada.” – in mulher.sapo.pt

Após o contacto há uma reacção em que o nematocisto projecta um filamento que fica agarrado ao corpo da vítima. Este filamento é urticariante e provoca lesões bem visíveis que podem ser por vezes graves.

Sintomas
Podem passar por zonas de pele queimadas, vermelhas, ou ardor com calor intenso.

Nas espécies com tentáculos mais longos há uma sensação de enrolamento seguida de queimadura, enquanto que nas espécies de tentáculos mais curtos a sensação de ardor acontece logo após o contacto.

Dependendo da sensibilidade de cada pessoa à toxina libertada, os sintomas podem variar de intensidade, podendo necessitar de acompanhamento médico de urgência.

Como tratar uma picada

1. Não entre em pânico. Isso pode levar ao afogamento.

2. Se há tentáculos presos à pele é fundamental retirá-los. Use uma espátula ou um pau de gelado. Cuidado para não ser picado também.

3. Lave muito bem a zona afectada com água salgada. Em seguida, aplique gelo e, se necessário, uma pomada anti-inflamatória.

4. Na picada da maioria das medusas a reacção urticariante e o ardor diminuem quando se aplica localmente uma substância com pH baixo, isto é, um ácido. Vinagre ou urina podem ser utilizados. O tomate, pela sua acidez, também se insere nesta medida terapêutica.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Equipa de cientistas da Universidade do Massachusetts
Pela primeira vez, uma equipa de cientistas conseguiu silenciar um dos três cromossomas 21, que é responsável pela síndrome de...

A espécie humana tem 46 cromossomas. Um desvio deste número mágico dá, na maior parte das vezes, mau resultado. A trissomia 21 é um desses exemplos. Quem nasce com síndrome de Down tem três cromossomas 21, em vez de dois, o que causa uma série de complicações fisiológicas e uma capacidade cognitiva limitada. Agora, pela primeira vez, uma equipa de cientistas conseguiu no laboratório desligar este cromossoma a mais em células de pessoas com trissomia 21. Os resultados são publicados na edição online da revista Nature e prometem trazer uma nova compreensão sobre esta doença que pode resultar em terapias, revela o Público Online.

"Para as pessoas que vivem com a síndrome de Down, a nossa esperança é que a demonstração deste conceito abra vários caminhos para estudar este problema e torne possível pensar em investigar no futuro uma ‘terapia cromossómica”, explica Jeanne Lawrence, da Escola Médica da Universidade do Massachusetts, nos EUA, que liderou este projecto.

É ainda uma realidade a muito longo prazo, que parece para já um cenário impossível. Só se consegue detectar que um feto tem um cromossoma 21 a mais a partir da 12ª semana de gestação. E qualquer terapia só é possível após o nascimento, quando muitos problemas já estão presentes. Por se conhecer tão pouco da doença, não se sabe hoje que efeitos teria um tratamento nessa altura.

Mas é talvez nisso que, para já, esta descoberta pode ajudar: compreender como é que um simples cromossoma 21 a mais nas células provoca problemas cognitivos, o início precoce da doença de Alzheimer, um aumento de risco de leucemia na infância, defeitos no coração, no sistema imunitário ou endócrino, que fazem diminuir a esperança de vida.

Em muitos casos, a causa da trissomia 21 começa antes da fecundação, quando se produzem as células sexuais que vão dar origem a um indivíduo com esta síndrome.

Os 46 cromossomas humanos são oriundos das células sexuais dos nossos pais que se juntam na fecundação. O ovócito tem 23 cromossomas — classificados desde o cromossoma 1 até ao 22, mais o cromossoma sexual feminino X. O espermatozóide carrega outros 23 cromossomas — que, além dos 22 cromossomas, inclui o cromossoma sexual X ou Y, que define se o embrião vai ser uma mulher (XX) ou um homem (XY).

No caso da trissomia 21, uma das células sexuais traz, em vez de um, dois cromossomas 21. Isto acontece durante a produção dos espermatozóides ou dos ovócitos. Quando ocorrem as divisões celulares para se produzirem estas células, os 46 cromossomas têm de passar equitativamente a metade, mas às vezes a separação não é bem feita e o espermatozóide ou o ovócito acabam por ficar com um cromossoma a mais.

A síndrome de Down é das trissomias mais comuns, um em cada 800 recém-nascidos tem-na, mas também existem trissomias dos cromossomas sexuais e dos cromossomas 13 e 18.

O cromossoma 21 é o mais pequeno dos 22 cromossomas não sexuais. O nosso genoma tem 20.000 genes que comandam o fabrico de proteínas diferentes, além de muitos mais genes que controlam a actividade ao nível do ADN e tornam possível que um ser humano se desenvolva a partir de uma célula. Estes genes estão distribuídos pelos vários cromossomas em longas sequências de ADN. O cromossoma 1 carrega 2073 genes que codificam proteínas, já o cromossoma 21 tem apenas 242 genes.

Por isso, no caso de pessoas com trissomia 21, as suas células estarão a produzir estas 242 proteínas em mais quantidade. De uma forma simplificada, a grande questão é saber quando é que o excesso de uma proteína A no tecido B está a provocar o problema C numa pessoa com síndrome de Down.

Jeanne Lawrence e os colegas ainda estão um passo atrás da resolução desse problema. A equipa conseguiu fazer com que um dos três cromossomas 21 deixasse de activar os seus genes. Para tal, serviu-se de um fenómeno que já acontece nas células de todas as mulheres e imitou-o.

Ainda que as mulheres tenham dois cromossomas sexuais X, só precisam de um activo (nos homens, o cromossoma Y tem os genes que garantem o desenvolvimento dos seus órgãos sexuais). Nas mulheres, logo no início do desenvolvimento embrionário, um dos dois cromossomas X activa o gene XIST, produzindo uma molécula de ARN. É este ARN que prende este cromossoma X em vários locais como um cadeado, impedindo-o de funcionar. Assim, só um dos cromossomas X funciona quando o embrião se desenvolve.

A equipa serviu-se do gene XIST para fazer o mesmo em células de pessoas com síndrome de Down. Através de engenharia genética, reprogramaram essas células adultas, transformando-as em células estaminais. E inseriram aí o gene XIST num dos cromossomas 21. Quando o gene começou a funcionar, este cromossoma ficou silenciado, não activando os genes. Estas células passaram a ter uma actividade genética semelhante às células com 46 cromossomas.

De seguida, forçaram essas células estaminais a tornarem-se neurónios, para comparar o seu desenvolvimento quando tinham três cromossomas 21 ou quando um dos três cromossomas estava silenciado por este novo método. Os resultados mostraram que os neurónios com o cromossoma desligado multiplicavam-se mais e agrupavam-se de forma mais organizada. "Agora temos uma ferramenta poderosa para identificar e estudar as patologias e as vias celulares que estão a ser condicionadas pela sobre expressão do cromossoma 21”, explica Jeanne Lawrence.

Saiba mais
Artrites Idiopáticas Juvenis são as doenças reumáticas crónicas mais frequentes nas crianças e nos a

O que são artrites idiopáticas juvenis (AIJ)?

As AIJ são de origem desconhecida e constituem um grupo heterogéneo de doenças que se iniciam antes dos 16 anos de idade e que se caracterizam pela presença de artrite de uma ou mais articulações, persistente durante, pelo menos, seis semanas.

O conhecimento destas doenças ainda é limitado.

São consideradas doenças autoimunes, cuja origem envolve factores genéticos, imunológicos e ambientais.

Classificações das artrites idiopáticas juvenis

Há diferentes classificações, em função das características clínicas e laboratoriais detectadas nos seis primeiros meses de evolução da doença.

Artrite Sistémica: artrite acompanhada ou precedida de febre diária com picos quotidianos de 39°C, no mínimo durante três dias, acompanhada por um ou mais dos seguintes sinais:

  • Exantema eritematoso, fugaz, não fixo;
  • Adenomegalias generalizadas;
  • Hepato ou esplenomegalia (aumento de volume do baço);
  • Serosite (inflamação da membrana serosa).

Oligoartrite: artrite que afecta uma a quatro articulações nos primeiros seis meses da doença.

A oligoartrite persistente afecta não mais de quatro articulações em todo o curso da doença. A oligoartrite alargada afecta um total cumulativo de cinco ou mais articulações após os primeiros seis meses da doença.

Poliartrite com factores reumatóides negativos: artrite que afecta cinco ou mais articulações durante os primeiros seis meses de doença, com factores reumatóides Imunoglobulina M (IgM) persistentemente negativos.

Poliartrite com factores reumatóides positivos: artrite que afecta cinco ou mais articulações durante os primeiros seis meses de doença, com factores reumatóides IgM persistentemente positivos.

Artrite psoriática: artrite associada à psoríase (doença cutânea caracterizada por descamação epidérmica provocada pela inflamação crónica da derme) ou artrite associada a pelo menos dois dos seguintes sinais:

  • Dactilite, com tumefacção de um ou mais dedos, geralmente de distribuição assimétrica, que se estende para além da margem articular;
  • Ponteado ungueal ou onicólise (desprendimento das unhas);
  • História familiar de psoríase em familiar de primeiro grau.

Artrite relacionada com entesite: artrite e entesite com dor à palpação na inserção de tendão, ligamento, cápsula articular ou fáscia no osso; ou artrite e entesite com, pelo menos, dois dos seguintes factores:

  • Dor à palpação da(s) sacroilíaca(s) e/ou espondilalgia inflamatória;
  • Presença do antigénio HLA-B27;
  • História familiar de doença associada ao antigénio HLA-B27, como espondilartrite anquilosante, sacroileíte associada com doença inflamatória do intestino ou uveíte anterior aguda, em familiar de primeiro ou segundo grau;
  • Uveíte anterior aguda;
  • Sexo masculino;
  • Idade superior a 8 anos quando do início as sintomatologia do alarme.

Outras artrites: artrites com causa desconhecida, com duração igual ou superior a seis semanas e que não são classificáveis em nenhuma das anteriores ou que podem ser classificáveis em mais de uma das categorias anteriores.

Quais são os fatores de risco?

Não são conhecidos factores de risco determinantes. É muito raro acontecer antes dos seis meses de idade. Sendo as AIJ de etiologia desconhecida, não é possível a prevenção primária.

Como se tratam?

Normalmente é necessária a intervenção de uma equipa multidisciplinar e coordenada, onde a colaboração da família é fundamental.

O tratamento das AIJ engloba múltiplos factores, desde a educação da criança e da família, a terapêutica farmacológica, a medicina física e reabilitação, vigilância oftalmológica e estomatológica e, até por vezes, cirúrgica.

O apoio psicológico e social ao doente e à família também é muito importante.

Entre as medidas terapêuticas gerais incluem-se:

  • Medidas para combater a dor e a rigidez matinal;
  • Promoção de posturas e posicionamentos articulares correctos;
  • Uso de talas para prevenir as deformidades;
  • Realização de programa diário de exercícios;
  • Dieta equilibrada;
  • Adequação das actividades físicas;
  • Práticas desportivas;
  • Cuidados com a boca e dentes.

É também importante a prevenção e tratamento de eventuais complicações extra-articulares, nomeadamente da uveíte, aguda ou crónica, das alterações do crescimento, da osteoporose e da amiloidose secundária.

O acompanhamento da evolução das AIJ deve ser periódico, por pediatra e reumatologista, oftalmologista e estomatologista. São também necessários exames laboratoriais periódicos e, sempre que adequado, radiografias das articulações afectadas.

Periodicamente deve também ser feita a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida do doente.

As AIJ são “doenças benignas”?

As AIJ têm um prognóstico muito variável e imprevisível, sobretudo nas fases iniciais da doença. O prognóstico depende, por isso, da forma de início e da evolução da doença.

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Estudo revela:
A aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides reduzem de forma significativa o risco de cancro, revelam os resultados...

Ainda ninguém tinha conseguido explicar esse facto, mas investigadores do Centro de Evolução e Cancro da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA, descobriram agora que a aspirina e outros anti-inflamatórios desaceleram o acúmulo de mutações somáticas no genoma, (SGAs, na sigla em inglês), um tipo de alteração do ADN que leva ao crescimento descontrolado das células. A notícia é avançada pelo The New York Times e noticiada pelo RCM Pharma.

Os cientistas estudaram 13 pessoas com esófago de Barrett, doença em que ocorrem danos às células do esófago, geralmente causados por refluxo gastroesofágico. As células às vezes se tornam pré-cancerosas, e raramente o problema evolui para um cancro do esófago.

Os investigadores monitorizaram a ocorrência dessas anormalidades realizando biopsias periódicas durante um período de, em média, 12 anos. De um modo geral, o uso de anti-inflamatórios não esteróides estava associado à redução de 90% na taxa de mutações.

"Usamos nos humanos as técnicas usadas para medir a taxa de mutação de vírus como o VIH”, afirmou Carlo C. Maleyo, autor sénior do estudo e director do Centro. "Medimos pedaços inteiros de cromossomas que estão a ser removidos ou copiados”. A aspirina aparentemente desacelera a taxa de mutação.

O estudo foi publicado no mês passado no jornal PLoS Genetics, e segundo afirmou Maleyo ainda precisa de ser realizado novamente em uma população maior, uma vez que se tratou de um estudo muito pequeno.

Cuidados a ter
As tatuagens são cada vez mais um adorno corporal comum a muitas pessoas.
Tatuagens cuidados

No Verão todos nós andamos com menos roupa e passamos algum tempo debaixo do sol, seja em praias ou piscinas. Assim sendo, deverá ter alguns cuidados com a exposição solar.

A primeira pergunta a que deve dar resposta, após decidir fazer uma tatuagem, é se a deve fazer no Verão ou no Inverno.

Fazer uma tatuagem engloba muito mais do que escolher um desenho, ou as cores, dimensões, zonas a tatuar e por aí fora. Se vai fazer uma tatuagem é porque, à partida, quer fazer algo que tenha algum significado para si. Assim sendo, é provável que queira manter a sua escolha bonita o máximo de tempo possível. Como tal, preferencialmente, deve realizar a sua tatuagem no Inverno. Isto porque mais facilmente garante o tempo necessário para a cicatrização sem que tenha de estar preocupado com certos aspectos que a podem influenciar.

Fazê-la em períodos de férias, em que o sol e os banhos de mar são uma constante, é bastante desaconselhável pois, para o nosso organismo, uma tatuagem é o equivalente a uma queimadura de segundo grau logo a exposição solar a que estaria sujeita poderia prejudicar bastante a sua pele. Os banhos em piscina para um recém tatuado também devem ser evitados pois a agressão do cloro pode danificar a sua tatuagem.

Nada melhor que fazer a sua tatuagem com o mínimo de um mês de antecedência das férias de Verão.

Após o primeiro mês o contacto com o sol deixa de ser um problema, deve no entanto continuar a ter os cuidados necessários à preservação do bom estado da sua tatuagem.

São eles:

  • Aplicar uma boa quantidade de um protector solar, de factor de protecção elevado, meia hora antes da exposição ao sol;
  • Fazer sempre novas aplicações de protector de duas em duas horas;
  • Aplicar igualmente com o mesmo cuidado sempre que sai da água.

 

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Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia e a Associação Portuguesa das Empresas de Dispos

Esta campanha tem também como objetivos desmistificar o tratamento cirúrgico das doenças ortopédicas e a colocação de próteses, e clarificar os mitos ainda existentes sobre a qualidade de vida das pessoas portadores destes dispositivos médicos.

Melhore a sua função

O objetivo da colocação de uma prótese do joelho é tratar a dor provocada pelo desgaste da articulação, mas por vezes, os doentes submetidos a esta cirurgia sentem alguma fraqueza ou rigidez do joelho, dificultando atividades do dia-a-dia. Depois de ganhar uma nova articulação, o seu corpo precisa de se habituar à sua forma de funcionamento. O exercício durante a reabilitação e depois de terminar a fisioterapia, é importante para que sinta o novo joelho como seu, tornando-o mais confortável a cada dia.

Fortaleça os seus músculos

De acordo com estudos recentes, a maior dificuldade na utilização da prótese depois da cirurgia, prende-se com a falta de força dos músculos da coxa. Ao respeitar um programa de exercício regular, estará a fortalecer os músculos que permitem a sua nova articulação funcionar de uma forma mais equilibrada.

Acelere a sua recuperação

Atualmente, sabemos que o exercício físico é fundamental para o processo de recuperação de uma cirurgia com prótese do joelho. Durante algum tempo, manteve-se a ideia de que a atividade física era prejudicial a quem tinha colocado uma prótese. A verdade é que os doentes que acrescentam o exercício físico ao seu programa de reabilitação, recuperam mais depressa e com melhores resultados.

Melhore a sua qualidade de vida

Lembre-se que o objetivo da colocação de uma prótese do joelho é diminuir as suas dores e melhorar o movimento do seu joelho. Sem a prática de exercício físico regular, pode sentir algumas dores, com dificuldade em movimentar a sua nova articulação. Melhorar a sua qualidade de vida é o mais importante! Por isso, deve vencer o desconforto inicial do exercício e acreditar que a atividade física só lhe traz vantagens.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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Saiba como evitá-las
Intoxicações alimentares são doenças provocadas por água ou alimentos contaminados.
Pessoas a servirem-se em buffet

 

No Verão, são mais frequentes devido à temperatura ambiente elevada, pelo que são necessários cuidados redobrados na confecção e conservação dos alimentos durante os dias de maior calor.

 

 

 

Como evitar as intoxicações alimentares?

  • Escolha alimentos frescos e cuja origem lhe inspire confiança;
  • Não consuma ovos e carne de frango (ou de aves) que não estejam completamente cozinhados;
  • Lave frequentemente as mãos – sobretudo depois de ir à casa de banho;
  • Evite espirrar ou tossir para cima dos alimentos;
  • Não coma ou fume enquanto manipula os alimentos;
  • Lave cuidadosamente os alimentos que vão ser consumidos crus (caso das alfaces ou da fruta), bem como os utensílios de cozinha e superfícies que contactam com os alimentos (ex.: bancas de cozinha);
  • Não utilize os mesmos utensílios para alimentos crus e cozinhados;
  • Depois de confeccionados, os alimentos devem ser consumidos num curto espaço de tempo. As sobras devem ser conservadas no frigorífico, pois só assim se pode evitar a multiplicação de micróbios presentes nos alimentos.

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Como prevenir?
A maior parte das vítimas dos incêndios não morre das queimaduras, mas sim da asfixia causada pelos
Incêndios em casa

 

Causas mais comuns dos incêndios na habitação:

  • Descuido ao cozinhar;
  • Cigarros mal apagados;
  • Deixar o aquecimento ligado;
  • Velas, candeeiros a gás e a petróleo;
  • Problemas na instalação eléctrica e nos aparelhos eléctricos;
  • Lareiras.

 

O que fazer em caso de incêndio?

  • Se vir chamas ou lhe cheirar a fumo, avise todas as pessoas da casa e chame os bombeiros através do 112;
  • Faça sair toda a gente de casa e ajude os que precisarem, particularmente as crianças e os idosos;
  • Não ponha a sua vida em risco (ou a de outras pessoas) só para salvar objectos de valor. O maior valor é a sua vida e a dos seus.

Se está num compartimento com a porta fechada:

  • Nunca abra a porta se ela estiver quente;
  • Se o fumo entrar por baixo da porta, mantenha-a fechada e procure calafetá-la com toalhas molhadas;
  • Abra a janela para sair, para pedir socorro ou para respirar;
  • Se não vir fumo por baixo da porta e a parte superior não estiver quente, abra a porta lentamente. Cuidado, pode ter de a fechar de novo rapidamente se houver demasiado fumo ou fogo na divisão seguinte;
  • Se houver fumo, proteja a boca com um pano húmido e respire através dele;
  • Mantenha-se e desloque-se o mais perto possível do chão, pois aí o ar é mais respirável;
  • Feche as portas atrás de si quando sair. Isso retardará o avanço do fogo.

Se estiver num edifício muito alto:

  • Se o fumo começar a entrar no seu apartamento e se o átrio não tiver fumo, saia imediatamente;
  • Se o átrio estiver cheio de fumo, feche todas as portas entre si e o fogo e procure calafetá-las com toalhas molhadas;
  • Chame os bombeiros imediatamente através do 112. Nunca utilize os elevadores, utilize sempre as escadas.

Como extinguir pequenos incêndios no interior da habitação?

  • Se o fogo tiver origem na instalação eléctrica ou em aparelhos eléctricos, a primeira coisa a fazer é desligar a electricidade; se não o puder fazer, não use água para extinguir o fogo, mas sim um extintor de incêndios, ou então abafe as chamas com um cobertor, terra ou areia;
  • Feche imediatamente o gás;
  • Feche as portas e janelas, para evitar que as chamas aumentem e se propaguem a outras dependências;
  • Tente manter-se entre o fogo e a porta de saída, para ter possibilidade de fugir caso não consiga controlar o incêndio;
  • Se possível, afaste todos os produtos ou recipientes inflamáveis;
  • Se um objecto estiver a arder, coloque-o na pia, lava-loiça ou na sanita;
  • Se um líquido estiver a arder, não tente removê-lo. Tape o recipiente em que ele se encontrar e afaste os móveis;
  • Se o conteúdo de uma frigideira estiver a arder, cubra-a com uma tampa ou deite óleo frio. Não atire com água para dentro da frigideira se tiver óleo, azeite ou outras gorduras a arder;
  • Quando tentar extinguir pequenos fogos, lance a água sobre a base e à sua volta, de forma a evitar que o fogo se propague mais;
  • Se a roupa que tem vestida estiver a arder, evite respirar e não corra. Cubra-se com um cobertor e rebole-se no chão. É a forma mais eficaz de apagar o fogo.
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Atitudes a tomar
Saiba as atitudes a tomar em caso de uma onda de calor.
Grupos vulneráveis calor

 

Os idosos e as crianças menores de 3 anos são dois grupos particularmente vulneráveis aos efeitos do calor, que se traduzem fundamentalmente pela desidratação (perda de água pelo organismo através da transpiração, urina e fezes - sobretudo diarreia). No caso dos idosos, a sensibilidade à sede encontra-se diminuída, pelo que não sentem necessidade de beber líquidos, mesmo que estejam desidratados.

 

Recomendações do Centro Regional de Saúde Pública do Centro, em caso de uma onda de calor:

  • Beba água (ou sumos de fruta natural), sobretudo nos dias de maior calor;
  • Dê água ou sumos de fruta com regularidade aos idosos, mesmo que não tenham sede;
  • Evite bebidas como o chá forte, café ou bebidas alcoólicas (já que favorecem a formação de urina);
  • Aloje os idosos e as crianças em locais ventilados e arejados;
  • Evite a exposição ao sol e ao calor (sobretudo entre as 12 e as 16 horas): procure locais frescos e à sombra;
  • As crianças e os idosos devem usar chapéu sempre que saiam à rua;
  • Deve ser utilizada roupa de cor clara e de preferência de algodão;
  • Evite a prática de esforços físicos intensos em alturas de maior calor;
  • Faça refeições leves e repartidas;
  • Visite com regularidade os idosos que vivem sozinhos, sobretudo nos dias de maior calor.
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