Cancro da tiróide
O cancro da tiróide é um tumor maligno de crescimento localizado dentro da glândula tiróide. Este tipo de tumores classifica-se de acordo com o grau de diferenciação das células e, com a sua origem tecidular, em carcinoma papilar, folicular, medular e anaplásico ou indiferenciado.
Os carcinomas papilar e folicular são os mais frequentes e englobam a classe de tumores bem diferenciados, pelo que se associam a melhor prognóstico. Os carcinomas medular e anaplásico têm um comportamento mais agressivo.
A tiróide é uma glândula localizada na base do pescoço, imediatamente abaixo da maçã-de-adão. Tem a forma de uma borboleta, estendendo cada asa, ou lobo, sobre cada um dos lados da traqueia. As funções da tiróide são produzir, armazenar e libertar para a corrente sanguínea as hormonas tiroideias.
De acordo com dados recentes, na União Europeia o carcinoma da tiróide afecta aproximadamente 28 mil indivíduos todos os anos, com uma mortalidade anual de cerca de 2800.
A incidência anual do carcinoma da tiróide nas mulheres é superior à registada nos homens, sendo que, segundo os dados disponíveis, este tipo de cancro está a aumentar em Portugal.
O diagnóstico de cancro da tiróide é assustador para a maior parte das pessoas, pela sua associação com dor e morte. No entanto, o prognóstico desta doença é geralmente bom porque, na maioria dos casos, a cirurgia é curativa, praticamente não causa dor ou incapacidade e os tratamentos disponíveis são, geralmente, eficazes.
Por isso, apesar de não ser um tipo de cancro comum, a maioria dos cancros de tiróide pode ser tratado com sucesso e a taxa geral de sobrevida a cinco anos é de 96 por cento. Mas, mesmo quando o tratamento é bem sucedido, é importante que os doentes façam exames de rotina para avaliar a possibilidade de recorrência. Isto porque até 35 por cento dos cancros da tiróide podem voltar a surgir, e um terço destes só surge 10 anos após o tratamento inicial.
O cancro da tiróide, normalmente apresenta-se sob a forma de um nódulo na zona da tiróide. Os seus sintomas mais comuns são a presença de um gânglio linfático cervical aumentado, rouquidão por compressão do nervo da voz (nervo laríngeo recorrente), ou dificuldade na deglutição ou respiração devido à obstrução do esófago ou laringe.