Os diferentes

Perigos ambientais na gravidez

Atualizado: 
18/09/2014 - 11:19
Os potenciais perigos no meio envolvente têm especial importância no inicio da gravidez quando os principais órgãos e sistemas corporais do bebé se desenvolvem rapidamente.
Perigos na gravidez

Destacam-se os principais factores a considerar quer em casa, quer no trabalho.

Em casa:
- Evitar inalar vapores provenientes de gasolina cola, líquidos de limpeza, tintas voláteis, aerossóis domésticos e produtos para limpar o forno. A grávida deve ler o rótulo de todos os produtos químicos que pretenda usar e, caso não tenha a certeza de que são seguros, deverá rejeitá-los. Se estiver a retirar tinta velha e a redecorar a casa, deve mantê-la bem arejada. Se a tinta velha for tão antiga que possa conter chumbo, deve delegar a decoração a outra pessoa.

No local do trabalho:
- Vários solventes usados nas indústrias de manufactura podem causar muitos problemas a grávidas que estejam excessivamente expostas a eles durante o trabalho. Solventes orgânicos lipossolúveis, presentes em tintas, pesticidas, colas, vernizes e agentes de limpeza, atravessam a placenta. Inalar esses compostos pode levar a complicações.

Álcool, tabaco e cafeína

Álcool
O álcool aumenta o risco de aborto espontâneo. Um grande consumo de álcool durante a gravidez pode resultar em síndrome alcoólico fetal, que pode causar deformidades faciais, problemas cardíacos, baixo peso ao nasce, incapacidade de se desenvolver depois de nascer e atraso mental. Mesmo o consumo moderado de álcool pode afectar o desenvolvimento do cérebro do bebé.

Tabaco
A mulher grávida não deve fumar. Nos três primeiros meses de gravidez, o tabaco pode reduzir a capacidade de a placenta invadir a parede do útero e crescer. Se continuar a fumar numa fase mais avançada da gravidez, está a reduzir o fornecimento de oxigénio e de nutrientes ao bebé e a aumentar o risco de parto prematuro, descolamento da placenta e atraso do crescimento do feto.

Cafeína
A cafeína é o xenobiótico mais consumido durante gravidez. No entanto esta substância pode afectar o desenvolvimento da unidade fetoplacental. A ingestão de cafeína pela grávida está associada a uma redução do peso ao nascer, mas o valor limite acima do qual a cafeína não deverá ser consumida ainda não é consensual. Vários autores referem frequentemente que um consumo de cafeína> a 300 mg / dia pode prejudicar o crescimento do feto.

É actualmente aceite que 200 miligramas (mg) de cafeína por dia - cerca de um copo de 354 ml de café - durante a gravidez podem retardar o crescimento do feto.

A quantidade de cafeína em alimentos e bebidas pode variar, assim sabemos que:
• 2 Chávenas de café instantâneo (100mg cada);
• 1 Chávena de café (140mg cada);
• 2 Chávenas de chá (75 mg cada);
• 5 Latas de Coca-Cola (até 40 mg cada);
• 4 (50g) de barras de chocolate (até 50 mg cada).

Convém lembrar que alguns medicamentos contêm cafeína.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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