Devido a lesões na medula

500 mil pessoas ficam incapacitadas anualmente

Cerca de 500 mil pessoas ficam incapacitadas anualmente devido a lesões na medula espinal, revela um estudo da Organização Mundial da Saúde.

Por ocasião do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se assinala hoje – 3 de Dezembro – a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga um estudo que revela que cerca de 500 mil pessoas ficam incapacitadas anualmente devido a lesões na medula espinal. O estudo é o primeiro elaborado a nível mundial sobre esta área da saúde.

"A lesão espinal é uma condição muito complexa do ponto de vista médico e com forte impacto na vida diária dos doentes", afirmou em conferência de imprensa o director do departamento de Violência e Prevenção de Lesões e Incapacidades da OMS, Etienne Krug.

Segundo o estudo, cerca de 90% das lesões devem-se a “causas traumáticas” como acidentes de viação, quedas de grandes alturas ou violência, embora se registem variações segundo as regiões.

Em África, por exemplo, 70% das lesões da medula espinal devem-se a acidentes de viação, valor que na região do Pacífico Sul e na Oceânia cai para 55%, enquanto no sudoeste Asiático e na zona do Mediterrâneo Oriental as quedas de grandes alturas representam cerca de 40% dos casos.

Além das consequências físicas, como a incapacidade ou a dor crónica, as lesões medulares têm também repercussões emocionais, já que 20 a 30% destas pessoas mostram “sinais de depressão clinicamente significativos”, indicou a coordenadora de incapacidades e reabilitação da OMS, Alana Officer.

O relatório sublinha que para as crianças com estas lesões é menor a probabilidade de iniciarem um percurso escolar e, uma vez inscritos, têm menos possibilidade de progredir, enquanto os adultos com lesões medulares registam taxas de desemprego globais de mais de 60%.

Alana Officer alertou ainda para o facto de muitas das consequências que resultam das lesões não derivarem directamente da lesão, mas “da falta de atenção médica adequada no momento do acidente e no tratamento de reabilitação posterior, bem como das barreiras físicas e sociais que excluem estas pessoas da sua participação nas comunidades”. “Um diagnóstico rápido, a estabilização das funções vitais, a imobilização da medula para preservar as suas funções neurológicas e o controlo sanguíneo e a temperatura corporal são cuidados que os lesionados devem receber no prazo de duas horas após o acidente”, recordou a OMS.

Fonte: 
RCM Pharma
Nota: 
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