Para pôr população a salvar vidas
O Instituto Nacional de Emergência Médica costuma dar apenas formação a profissionais, mas vai agora dar também a cidadãos comuns.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está a ensinar manobras de reanimação para pôr a população a salvar vidas, disse o porta-voz da instituição, considerando este um passo para “consciencializar e formar” sobre suporte básico de vida.

“É, seguramente, reduzido o número de pessoas que sabe fazer as manobras de reanimação e este é um passo para começar a consciencializar e formar as pessoas”, disse Pedro Coelho dos Santos. O responsável apontou a importância da iniciativa – que se realiza em centros comerciais do país -, justificando com a existência de estudos demonstrativos de que “a probabilidade de sobrevivência de uma vítima em paragem cardio-respiratória a quem são feitas manobras de reanimação precocemente aumenta de forma muito significativa”.

“Por outro lado, está estudado que, numa vítima em paragem cardio-respiratória, por cada minuto que passa sem ter manobras de reanimação, a sua possibilidade de sobrevivência decresce cerca de 10% ao minuto”, destacou.

Explicando que a vítima em paragem cardio-respiratória “não respira e não tem pulso”, Pedro Coelho dos Santos salientou que, ao não fazer-se nada à pessoa, “a situação não vai alterar-se por si, pelo que as manobras de reanimação são fundamentais”.

“Para aprender a salvar uma vida há três passos fundamentais, o primeiro é identificar a situação de paragem cardio-respiratória, o segundo é ligar o número 112 - se não se pedir ajuda, ela não vai chegar – e, por fim, ensinar as pessoas a fazer as manobras”, esclareceu.

As manobras de reanimação ou o suporte básico de vida limitam-se a “compressões cardíacas e respiração boca-a-boca”, informou o porta-voz do INEM, observando: “São manobras simples, qualquer leigo que não profissional de saúde pode aprender e fazer toda a diferença em salvar a vida”.

É este treino que está a ser ensinado por profissionais do INEM em centros comerciais do país, de forma gratuita, no âmbito de uma parceria entre o instituto e a Sonae Sierra que decorre este mês e na qual já participaram cerca de 300 pessoas.

No sábado, a acção decorre no LeiriaShopping e a 22 no AlgarveShopping.

“No INEM só damos formação a profissionais de saúde e a elementos da cadeia de socorro. Esta é uma oportunidade que as pessoas têm de aprender com os profissionais da emergência médica”, referiu Pedro Coelho dos Santos, admitindo a realização de outras iniciativas idênticas.

Produzido no Hospital de Portalegre
Um vídeo produzido no Hospital de Portalegre sobre uma cirurgia laparoscópica com uma técnica considerada de “topo” e...

O vídeo mostra todas as técnicas utilizadas numa cirúrgica laparoscópica em que se retirou um tumor do recto a um doente tendo utilizado apenas orifícios naturais, sem serem necessárias incisões na pele.

“O vídeo foi enviado para o maior e melhor site de cirurgia laparoscópica do mundo. Trata-se de um site francês, e está publicado naquele espaço com outros vídeos de outras partes do mundo, mas portugueses, como este, não há nenhum”, explicou hoje um dos cirurgiões envolvidos, Hugo Capote.

De acordo com o médico, o vídeo está publicado no site websurg.com, sublinhando o clínico que “não é nada fácil” a publicação de documentos naquele espaço por causa dos critérios “rigorosos” dos administradores da página.

Hugo Capote relatou que esta cirurgia, considerada “rara” em Portugal, foi acompanhada por um vídeo de “qualidade” porque o Hospital de Portalegre “tem apostado” nos últimos tempos nesta área.

“Eu acho que há outros colegas a fazer isto em Portugal, eu não conheço muitos, mas para se fazer este tipo de trabalhos é preciso ter condições materiais que correspondem a um investimento por parte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA)”, disse.

Para o médico, o “treino, a dedicação e a paciência” foram factores que “compensaram” e ajudaram este projecto a vencer recentemente o primeiro prémio na categoria de melhor vídeo, no Congresso Internacional de Cirurgia, que decorreu no Porto.

“O vídeo foi discutido no congresso com outros colegas e foi unânime que foi uma técnica bem realizada e eficaz que trouxe vantagens para o doente”, acrescentou.

O médico explicou que a cirurgia em causa foi “curativa”, o que permitiu que o doente “não ficasse com nenhuma cicatriz”, tendo uma recuperação “rápida”, o que permitiu ao fim de três dias obter alta hospitalar.

Estudo sobre o enfarte em Portugal
Um estudo sobre o enfarte em Portugal concluiu que há portugueses que desconhecem o número de emergência médica e que alguns...

Dos mil portugueses inquiridos, no âmbito de um estudo do Stent For Life, 5% (50) desconheciam que o número de telefone a ligar para chamar uma ambulância é o 112.

À pergunta “qual o número para chamar a ambulância em Portugal”, 3% (30) responderam que não sabiam, 1% (10) respondeu que era o 115 e 1% (10) respondeu que era o 118 (número das informações).

A estes 5% que, “de forma espontânea não indicaram correctamente o número de telefone” de emergência médica, foi perguntado posteriormente: “dos seguintes números - 115, 112 ou 911 -, qual o número correcto para chamar a ambulância em Portugal?”.

Aqui, 66% responderam que era o 112, mas 10% afirmaram ser o 115 e 7% disseram que era o 911 (número de emergência nos Estados Unidos), enquanto 17% admitiram que não sabiam.

O estudo foi realizado por dois investigadores do ISCTE e é uma iniciativa do Stent For Life, um projecto europeu lançado pela European Association of percutaneous Cardiovascular Interventions e pelo EuroPCR, presente em dez países, sendo apoiado em Portugal pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

O estudo pretendia aferir o conhecimento dos portugueses face ao enfarte agudo do miocárdio e aos seus sintomas, e perceber de que forma reagiriam perante um episódio de ataque cardíaco.

Em Lisboa
Especialistas reunidos em Lisboa discutem opções de tratamento do cancro do recto.

Há doentes com cancro no recto que são submetidos a uma cirurgia mutilante quando o tumor poderá já ter desaparecido com os tratamentos de radio e quimioterapia, defendem especialistas, que querem discutir novas estratégias de combate à doença.

Há décadas que o tratamento do cancro no recto, um dos mais frequentes em Portugal, se baseia quase sempre na cirurgia, que implica tirar o ânus e construir um artificialmente (colostomia), o que pode “perturbar muito a imagem e qualidade de vida dos doentes”.

Carlos Carvalho, oncologista nesta área, explicou que a abordagem, actualmente, passa por fazer radio e quimioterapia, antes da cirurgia, mas marcando sempre a operação para retirar depois o tumor.

Quando há excesso de hormonas tiroideias
O hipertiroidismo é uma doença devida ao excesso de hormonas tiroideias em circulação, habitualmente
Ecografia à tiróide

O hipertiroidismo ocorre quando a glândula tiróide produz hormonas em excesso. As hormonas tiroideias controlam quase todas as funções do organismo e a velocidade de funcionamento. Quando há um excesso destas hormonas, o organismo fica "acelerado”, o mal-estar passa a estar evidente e requer o tratamento urgente.

Em cerca de 70 a 80 por cento dos casos, a causa mais frequente de hipertiroidismo é uma doença auto-imune conhecida como bócio tóxico difuso ou doença de Graves. Trata-se de uma alteração em que há aumento do volume da tiróide (bócio), hipertiroidismo e, por vezes, edema dos tecidos periorbitários que podem causar alterações da visão. É mais frequente nas mulheres que nos homens e pode ser familiar.

Outras causas, menos frequentes, ocorrem na existência de nódulo tóxico, ou seja, quando a tiróide apresenta um único nódulo que produz mais hormonas que o necessário para o funcionamento normal do organismo; também o bócio multinodular tóxico pode causar hipertiroidismo. Esta situação ocorre quando a tiróide se apresenta mais volumosa (bócio) com vários nódulos que podem produzir excesso de hormonas.

Por outro lado, a tiroidite subaguda ou granulomatosa, de origem virusal (após uma infecção vírica) provoca um bócio doloroso. Neste caso, há também um hipertiroidismo transitório.

Existem outras causas menos frequentes, como o excesso de hormona tiroideia, por tratamento incorrecto ou de modo voluntário, pode provocar estados de hipertiroidismo, ou ainda, a ingestão excessiva de iodo provocada por algumas medicações que contém iodo, podem estimular a tiróide e causar um hipertiroidismo.

Sintomas

O hipertiroidismo pode provocar uma grande variedade de sintomas e de diferentes graus de gravidade. Os mais comuns são a ansiedade e irritabilidade, o cansaço, particularmente muscular (braços, coxas, dificuldade em levantar objectos ou subir escadas), tremores, palpitações, sudação, emagrecimento, por vezes muito acentuado, contrastando com o aumento de apetite, alterações menstruais, no caso do sexo feminino.

Podem ainda ocorrer insónia, queda de cabelo, pele fina alteração das unhas, diarreia, olhar vivo, fixo e/ou olhos proeminentes e visão dupla (na Doença de Graves).

Diagnóstico

Perante uma suspeita clínica de hipertiroidismo o diagnóstico deverá ser apoiado por análises ao sangue com doseamentos laboratoriais. É necessário dosear os valores em circulação das hormonas tiroideias (T3 livre e T4 livre) que estão habitualmente elevadas e a TSH que se encontra diminuída. Esta pode ser a única alteração laboratorial num hipertiroidismo inicial.

Outros exames poderão ser necessários como doseamentos mais específicos ou técnicas de imagem como a ecografia ou a cintigrafia da tiróide.

Tratamento

Há vários tratamentos possíveis. A melhor opção terapêutica, discutida com um endocrinologista, deverá levar em consideração vários factores como sejam o tipo de hipertiroidismo, a sua gravidade, a idade ou história clínica do doente. O especialista discutirá e informará o doente sobre os riscos e benefícios de cada tipo de tratamento.

Habitualmente, existem três diferentes tratamentos, cujo objectivo é terminar com a produção excessiva de hormonas da tiróide:

Fármacos anti-tiroideios

Em Portugal há fármacos que actuam diminuindo a produção de hormonas da tiróide. Alguns doentes conseguem uma remissão de hipertiroidismo com um tratamento prolongado (12-18 meses) embora noutros apenas se consiga um controlo provisório.

Podem ter alguns efeitos colaterais (reacções cutâneas, alterações hepáticas, redução de glóbulos brancos) e o seu uso deve ser vigiado e controlado por um especialista.

Iodo radioactivo

O iodo radioactivo permite lesar as células da tiróide levando à diminuição da capacidade de produzir hormonas tiroideias conseguindo-se uma normalização da quantidade de hormonas tiroideias em circulação.

Resulta numa resolução definitiva do hipertiroidismo. É administrado por via oral (geralmente em cápsulas) entra em circulação e é captado pela tiróide que se encontra hiperactiva e destrói as células. O seu efeito máximo é notado 3- 6 meses após a administração.

Ocasionalmente o hipertiroidismo mantém-se e é necessária uma segunda dose. Mais frequentemente resulta num hipotiroidismo (glândula menos activa) e é preciso ficar a tomar hormona tiroideia de substituição. Nestes casos, de fácil controlo, é necessário o tratamento com comprimidos de hormona tiroideia durante o resto da vida pois a tiróide fica definitivamente lesada.

Tratamento cirúrgico

Em alguns casos é necessário remover cirurgicamente parte (nódulo tóxico) ou toda a glândula (doença de Graves ou Bócio multinodular tóxico) Se a remoção for completa surge o hipotiroidismo e é necessário tomar hormona tiroideia para o resto da vida.

A decisão para este tipo de terapêutica deve ser ponderada criteriosamente pelo endocrinologista e pelo cirurgião que deverá ter experiência neste tipo de cirurgia.

Nos casos de tiroidites o tratamento é apenas sintomático podendo ser utilizados vários tipos de medicamentos como analgésicos eventualmente até corticosteróides.

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Cancro da Tiroide: “ O melhor cancro que se pode ter”

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em Portugal
Portugal é dos países europeus com mais elevadas taxas de prevalência de doença mental, sendo as per

Em Portugal a prevalência ao longo da vida de perturbações psiquiátricas é estimada em cerca de 30 por cento e calcula-se que a prevalência de doenças graves seja de 12 por cento. Nos últimos anos, um em cada cinco portugueses terá sofrido de uma doença psiquiátrica (23 por cento) e quase metade (43 por cento) já teve uma destas perturbações durante a vida.

As doenças mentais e comportamentais mais comuns são as perturbações da ansiedade, com prevalência ao longo da vida de 16,5 por cento e estima-se que 3,2 por cento dos casos sejam graves. De entre perturbações de ansiedade as fobias a situações específicas são as mais comuns, com prevalência de 8,6 por cento, seguidas da perturbação obsessivo-compulsiva (4,4 por cento). As depressões atingem 8 por cento do total das doenças mentais.

Em 2003, os resultados do Eurobarometer mostravam que, Portugal era o terceiro dos quinze países da União Europeia, com mais casos de morbilidade psiquiátrica na população geral. No entanto, aquele observatório referiu que Portugal se encontrava no primeiro lugar do ranking da morbilidade psiquiátrica na população feminina com idade igual ou superior a 45 anos.

A avaliação dos resultados do Plano Nacional de Saúde 2004-2010 que evidenciou uma evolução muito positiva para muitos indicadores de saúde em Portugal, também revelou que era no âmbito da Saúde Mental que algumas das metas propostas não foram alcançadas, concluindo que as doenças e perturbações mentais e comportamentais deveriam merecer uma particular atenção do Estado, dos profissionais de saúde e da comunidade. No âmbito da saúde mental e das metas que não foram alcançadas destacam-se o consumo de álcool, o suicídio e o consumo de anti-depressivos.

Em Portugal o consumo de álcool persiste como um importante problema de Saúde Pública. Embora o seu consumo tenha diminuído per capita, estima-se que a meta de 10 litros por pessoa por ano proposta no Plano Nacional de Saúde não terá sido atingida em 2010.

Em Portugal a mortalidade por suicídio mantém-se em valores elevados, embora dos mais baixos observados nos países da Europa dos 15. A taxa de mortalidade padronizada em indivíduos não idosos residentes em Portugal Continental manteve até 2006 uma tendência decrescente, mas a partir de então verificou-se um ligeiro acréscimo atingindo os 5,7/100 000, em 2008, um valor muito acima da meta proposta para 2010. A mortalidade por suicídio tem maior expressão no sexo masculino e nas regiões do Sul do País.

Quanto ao consumo de antidepressivos em ambulatório, no mercado do SNS, verificou-se um aumento de 18,6 por cento, entre 2005 e 2007, sendo que foi nas regiões do Centro e do Sul do País que se registou um maior consumo de benzodiazepinas. A evolução do consumo de antidepressivos no contexto dos países da OCDE de 2000 a 2005, na sua generalidade, registou um aumento de consumo. Portugal assume uma posição intermédia no respectivo ranking.

Figura 1. Taxa de mortalidade padronizada por suicídio antes dos 65 anos / 100 000 habitantes.

Figura 2 - Evolução do Consumo de Antidepressivos no contexto dos países da OCDE (2000 - 2005)

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Infecção bacteriana da pele
Manifesta-se através de vermelhidão, dor e edema.

A erisipela é uma infecção bacteriana da pele mas que pode numa porção mais profunda atingir o tecido subcutâneo (derme profunda e tecido gorduroso). A bactéria responsável por esta infecção é o estreptococo que entra na pele a partir de uma lesão através das gotas de saliva microscópicas, contaminadas e expelidas ao falar, tossir ou através dos espirros. Em condições normais, as bactérias não conseguem penetrar na pele.

A ferida pode ser microscópica mas os estreptococos conseguem atravessar a superfície da pele e provocar  infecção, mais frequente nas pessoas com o sistema imunitário enfraquecido, ou em diabéticos, obesos e pessoas com problemas na circulação sanguínea venosa, como insuficiência venosa crónica. Pode todavia surgir em qualquer pessoa de qualquer idade.

O tempo de incubação pode ir até oito dias, mas a progressão é rápida, podendo atingir áreas extensas em pouco tempo. Aparece geralmente nas pernas, mas pode surgir na cara, tronco e braços.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da observação da pele e dos sinais e sintomas descritos pelo doente. Podem ser realizadas análises ao sangue para avaliar a evolução da doença.

Sintomas

Esta infecção caracteriza-se por sintomas gerais e cutâneos. Ou seja, ao nível da pele o doente apresenta vermelhidão, dor e edema (inchaço) da região afectada, sendo que nos casos mais graves podem desenvolver-se feridas. Também em alguns casos pode haver a formação de bolhas e neste caso chama-se de erisipela bolhosa.

Ao nível dos sintomas gerais, o doente refere febre, arrepios, perda de apetite e mal-estar geral e, habitualmente, ocorre o aumento dos gânglios linfáticos regionais (comummente chamadas de ínguas).

Tratamento

Quando se procede ao tratamento oportuno, as manifestações cedem rapidamente. Se a infecção não for imediatamente tratada pode provocar algumas complicações. Por exemplo a formação de abcessos cutâneos, cuja cura provoca o aparecimento de cicatrizes, e a disseminação da infecção a outros órgãos e tecidos.

Habitualmente o tratamento é baseado em antibioterapia específica para a bactéria causadora, mas deve tratar-se também a origem da infecção (porta de entrada da bactéria), para evitar o retorno da doença.

Pode ser necessária a administração de medicamentos para as dores e baixar a febre. Para reduzir o edema são necessários grandes períodos de repouso, com as pernas levantadas e, se necessário, colocar ligaduras elásticas. A aplicação de compressas frias sobre as lesões pode aliviar a dor local.

Precauções

  • Tanto o próprio paciente como as outras pessoas devem evitar o contacto directo com as lesões cutâneas;
  • Convém desinfectar com água a ferver a roupa, toalhas e restantes utensílios pessoais que tenham estado em contacto com as lesões cutâneas;
  • Quando as lesões afectarem um membro, convém mantê-lo elevado, de modo a travar o avanço da inflamação;
  • Convém não coçar ou pressionar as lesões para evitar a formação de abcessos cutâneos;
  • Caso as lesões se localizem na face, deve-se suspender o barbear até uma semana após o desaparecimento dos sinais e sintomas. 

Prevenção

  • Os cuidados de higiene são fundamentais para evitar novos episódios;
  • Após a higiene, os pés devem ser bem secos principalmente no espaço entre os dedos;
  • Usar fungicidas e meias de algodão;
  • Escolher bem o calçado para evitar lesões;
  • Tratar cuidadosamente as frieiras ou ferimentos;
  • Usar meias elásticas e elevar as pernas para evitar o edema;
  • Recorrer ao médico se surgir algum sintoma.
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Veja as recomendações
A degradação da cartilagem articular provoca uma deficiência da função da articulação, fundamental p
Articulações dos joelhos e pés

Os indivíduos com doenças reumáticas têm graus variados de comprometimento nas suas actividades quotidianas, resultando em limitações no seu desempenho e na baixa da auto-estima.

Na osteoartrose, por exemplo, a degradação articular é frequente. É aliás caracterizada como uma doença crónica degenerativa e não inflamatória das articulações. Logo o factor determinante da osteoartrose é o desequilíbrio entre a degradação e a regeneração articular.

A dor é o principal sintoma dos doentes com osteoartrose, com duração e intensidade variáveis. É de carácter impreciso e indefinido e ocorre no início do movimento, embora a em repouso e a dor nocturna possam surgir em estadios mais avançados da doença. À medida que a doença evolui a perda de mobilidade articular é muito frequente.

Assim, o tratamento deve ser multidisciplinar com o intuito de buscar melhora funcional e clínica. Deve incluir tratamento farmacológico como não farmacológico. Este último deve incluir exercícios terapêuticos mas também a adopção de estilo de vida saudável.

Melhore a sua função articular tendo em conta as seguintes recomendações:

1. Mantenha o peso ideal;

2. Alimente-se correctamente, com uma dieta do tipo mediterrânico, rica em vegetais e fruta, mas reduzindo as gorduras e açúcares;
 
3. Pratique exercício físico moderado com regularidade (2 a 3 vezes por semana). O exercício realizado deve estar adaptado a cada indivíduo, à idade e ao estado físico geral, bem como o articular. Se, por um lado, os condrócitos respondem bem ao estímulo mecânico e aumentam a nutrição e reparação da cartilagem, por outro, o exercício mantém a boa massa muscular;

4. Quem já tem artrose deve praticar exercício com moderação e de forma progressiva. O exercício deve sempre ser adaptado ao seu estado articular e muscular. O desporto deve ser escolhido segundo as preferências de quem o pratica, sendo que os tipos de exercício mais recomendáveis para a artrose são a natação, hidroginástica, ginástica de manutenção suave ou bicicleta;

5. No dia-a-dia, use sapatos cómodos com salto baixo e biqueira ampla;

6. Identifique e procure equilibrar defeitos posturais dos joelhos, pés e coluna vertebral, recorrendo, se necessário, à ajuda de ortóteses plantares (palmilhas) - que devem ser moldadas de acordo com o conjunto de alterações encontradas -, ou à ajuda de lentes prismáticas;

7. Adapte a sua casa e o seu local de trabalho às suas condições físicas, fazendo-o de uma forma que lhe permita adoptar posturas mais correctas com menos sobrecargas. Deve poupar, na medida do possível, as articulações, evitando transportar peso em excesso, permanecer em pé durante longos períodos de tempo ou andar prolongadamente em terreno irregular. Procure intervalar os períodos de trabalho mais intenso e repetitivo com curtos períodos de repouso, e evite actividade física intensa e desportos de risco;

8. Nas fases de crise inflamatória articular deve fazer-se repouso relativo articular, podendo ser necessários a descarga com canadiana (colocada do lado da articulação não dolorosa) ou o uso de ortóteses, por exemplo para o joelho (joelheira) ou para as articulações do polegar.

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«As doenças reumáticas são mais comuns do que se julgava»

Doenças reumáticas são o principal motivo de consulta nos cuidados de saúde primários

Alimentos que aliviam os sintomas de artrite

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Doença auto-imune crónica rara
O Síndrome de Sjögren é uma doença auto-imune crónica, cujo alvo principal são as células epiteliais
Olho cor de mel

Existem duas formas de Síndrome de Sjögren: a primária e a secundária. Classifica-se de Síndrome de Sjögren Primário (SSP) quando não há outra doença auto-imune concomitante. Chama-se Síndrome de Sjögren Secundário (SSS), quando ocorre associado a outras doenças auto-imunes como a Artrite Reumatóide, o Lúpus Eritematoso Sistémico, a Polimiosite, a Esclerodermia, a Tiroidite ou outras.

Pela sua natureza auto-imune e pela diversidade de órgãos que pode atingir, o Síndroma de Sjögren é classificado nas Doenças Difusas do Tecido Conjuntivo, que são um grupo de doenças reumáticas sistémicas.

Assim, o Síndroma de Sjögren Primário é uma doença crónica inflamatória na qual o sistema imunitário, que tem como função proteger-nos de ameaças exteriores, ataca e danifica órgãos e estruturas do próprio organismo.

Nesta síndroma os órgãos mais frequentemente atingidos são as glândulas exócrinas, isto é, as que secretam substâncias para o exterior (como as glândulas salivares, lacrimais e as glândulas da pele) e os órgãos em comunicação com o exterior, como a vagina e as vias respiratórias. Outras estruturas que podem ser atingidas são as articulações, os músculos, o sistema nervoso, o aparelho respiratório, o aparelho urinário e os vasos sanguíneos.

Quando o síndroma está associado a outras doenças reumáticas sistémicas, sobretudo a Artrite Reumatóide, sendo nestes casos chamado Síndroma de Sjögren Secundário (SSS).

Sintomas

A febre, perturbações do sono e a fadiga são os sintomas mais frequentes, embora os sintomas clássicos da doença sejam a secura da boca e dos olhos, devido à diminuição de produção de saliva e lágrimas.

A febre pode surgir, podendo traduzir actividade do Síndroma de Sjögren, situação em que muitas vezes coexiste anemia, emagrecimento ou quebra do estado geral. No entanto, é pouco frequente, devendo ser sempre investigada a possibilidade de existir uma infecção activa.

Por outro lado, o Síndroma de Sjögren pode apresentar-se com várias manifestações clínicas conforme o órgão que é afectado.

Manifestações orais

A secura da boca, denominada "xerostomia”, é um sintoma frequente na população geral, habitualmente causado pela diminuição da quantidade ou qualidade da saliva, mas é um sintoma habitual nos doentes com Síndroma de Sjögren.

A saliva é um fluido corporal essencial para a protecção da cavidade oral e do seu funcionamento e tem como principais funções proteger, lubrificar e limpar a mucosa oral; auxiliar a mastigação, deglutição e a fala; proteger os dentes da erosão; proteger a boca, dentes e garganta das infecções bacterianas, fúngicas ou virais e suportar e facilitar o sentido do paladar.

Se a redução da saliva se mantiver por muito tempo, surgem problemas como dificuldade na mastigação e deglutição, rápida degradação dos dentes e infecções da boca (sobretudo por fungos). Deste modo, é fundamental identificar os primeiros sinais ou sintomas de secura oral.

Manifestações oculares

A secura dos olhos, denominada "xeroftalmia”, é frequente na população, podendo ser causada por redução da produção de lágrima e por perda de lágrima por evaporação excessiva. Ambas levam a desconforto ocular, que pode ser descrito como secura, ardor, sensação de areia ou prurido. Vista cansada, sensibilidade à luz ou visão turva são também características do olho seco.

Nos doentes com Síndroma de Sjögren, a inflamação das glândulas lacrimais reduz a produção de lágrimas e altera a sua constituição, originando secura dos olhos. Em pessoas com olho seco, surgem áreas de reduzida espessura do filme lacrimal, e assim as lágrimas já não protegem nem suportam a saúde das células da superfície ocular.

As lágrimas são importantes porque fornecem nutrientes e suportam as células da córnea (a estrutura transparente na parte anterior do olho), lubrificam a superfície ocular, e protegem das infecções a superfície exposta do olho. A visão nítida também depende da distribuição regular das lágrimas sobre a superfície do olho.

Manifestações cutâneas

No Síndroma de Sjögren este tipo de manifestações podem estar relacionadas com o envolvimento das glândulas sebáceas da pele, originando Xerose ou Xeroderma (pele seca) em 20 a 60 por cento dos doentes, o que se traduz em prurido comichão, descamação e alterações da pigmentação.

O envolvimento dos vasos da pele atinge 20 a 30 por cento dos doentes e pode ser de natureza inflamatória, com vasculite, púrpura palpável, petéquias ( pequenas hemorragias que ocorrem nos pequenos vasos sanguíneos)e urticária crónica ou nódulos subcutâneos.

Têm sido relatados alguns casos de alopécia (falta de cabelo) e em 20 a 35 por cento dos casos com esta doença aparece o fenómeno de Raynaud (os dedos ficam brancos quando expostos ao frio ou em situações de stress), podendo preceder vários anos a instalação do Síndrome de Sjögren.

Manifestações do aparelho urinário

O envolvimento renal é pouco frequente, sendo típica a nefrite intersticial (inflamação da zona onde se realiza o equilíbrio da concentração e conteúdo da urina), que resulta em alterações na constituição do sangue. Pode também ocorrer glomerulonefrite (inflamação das estruturas onde o rim "filtra” o sangue), levando a perda de proteínas, edemas das extremidades e aumento da pressão arterial.

As situações mais comuns são a acidose tubular renal distal e a nefrite intersticial. Estas lesões podem conduzir a litiase renal (cálculos no rim) e diminuição da função renal.

Manifestações respiratórias

O envolvimento do aparelho respiratório pode ocorrer sob a forma de tosse seca (por secura da traqueia e grandes brônquios), síndroma obstrutivo semelhante à asma e à bronquite crónica (por inflamação dos pequenos brônquios) ou inflamação do tecido pulmonar alveolar (onde ocorrem as trocas gasosas) e intersticial (onde se localizam as pequenas veias e artérias pulmonares) com dificuldade respiratória e intolerância aos esforços.

Manifestações genitais

A secura vaginal pode originar dificuldades nas relações sexuais, provocando dor e ardor (disparêunia). Contudo, de referir que estes sintomas são comuns a outras causas, por exemplo frequentes nas mulheres pós menopausa.

Manifestações hematológicas

Podem surgir diversas manifestações, tais como anemia de doenças crónicas ou auto-imune (por destruição de glóbulos vermelhos provocada por anticorpos), trombocitopenia auto-imune (por destruição de plaquetas) ou leucopenia (baixa do número de glóbulos brancos).

Os doentes com Síndroma de Sjögren têm um risco aumentado de desenvolver linfoma, mas tal evolução é rara. Em associação com o linfoma pode surgir anemia aplástica e síndroma mielodisplásico.

Manifestações do aparelho digestivo

São queixas comuns e traduzem-se em disfagia (dificuldade na deglutição), devido à secura das mucosas faringea e esofágica, bem como a alterações da motilidade esofágica, náuseas ou dispepsia.

Manifestações Sistémicas

São manifestações causadas pela extensão do processo inflamatório a estruturas não-glandulares, pela acção de linfócitos (um tipo de glóbulos brancos) e moléculas associadas ao sistema imunitário (anticorpos, citocinas e factores do complemento).

Globalmente, são pouco frequentes, estimando-se que surjam em cerca de 25 por cento dos doentes. Não se consegue prever se uma determinada pessoa irá ser afectada por este tipo de manifestações, nem em que altura, embora se saiba que o risco é maior em pessoas que demonstrem sinais de doença mais "activa” – aumento das glândulas salivares, marcadores de inflamação elevados, altos níveis de imunoglobulinas, ocorrência prévia de envolvimento extra-glandular ou anticorpos típicos da doença.

Pode ocorrer inflamação articular, denominada artrite, que se caracteriza pela presença de dor predominante em repouso, com rigidez articular matinal e após períodos de imobilização, e tumefacção (inchaço) das articulações.

A inflamação dos músculos (miosite) é rara, e manifesta-se por diminuição progressiva da força muscular, que deve ser distinguida da fadiga (na qual não há evidência de inflamação muscular).

Diagnóstico

O Síndroma de Sjögren é uma doença relativamente difícil de diagnosticar, uma vez que as manifestações mais frequentes – secura oral e ocular, entre outras – não são específicas e podem ocorrer em pessoas com outras doenças reumáticas ou sob determinadas terapêuticas, e podem evoluir lentamente, não alertando o doente ou o médico para a possibilidade de existir uma doença responsável pelas queixas.

Assim, o diagnóstico do Síndroma de Sjögren baseia-se fundamentalmente nos dados clínicos do doente, conjugados com resultados de exames laboratoriais, imagiológicos e histológicos. No Síndroma de Sjögren as análises clínicas têm um papel fundamental no diagnóstico e na vigilância da actividade da doença ou do aparecimento de complicações.

Sendo a xerostomia, um dos principais sintomas da doença é necessário um exame físico, um estudo funcional e uma avaliação estrutural das glândulas salivares. Estas são examinadas quanto à presença de dor, induração ou aumento de tamanho. É avaliada a presença ou ausência de saliva na boca, a presença de inflamações da mucosa oral, labial ou da língua, e a presença e extensão de cáries dentárias. O estudo funcional das glândulas salivares serve para medir a quantidade de saliva produzida num determinado período de tempo.

Os mesmos critérios de diagnóstico são tidos em conta para fornecer informação quanto à presença de olho seco, nomeadamente a redução da quantidade de lágrima que se acumula na margem da pálpebra inferior ou o aspecto pouco brilhante e irregular da superfície do olho.

Se se suspeitar de envolvimento de órgãos extra-glandulares devem ser pedidos exames complementares. Servem sobretudo para confirmar a sua presença e avaliar a gravidade.

Tratamento

Embora não haja cura para esta doença, há tratamentos que aliviam os sintomas e previnem as complicações decorrentes da secura das mucosas. Dependendo dos órgãos envolvidos diversos tratamentos estão indicados.

Cuidados

Olhos

Uso de lágrimas artificiais de acordo com as necessidades, que devem ter características ajustadas ao padrão de secura e tipo de lágrimas que ainda são produzidas (há variadas marcas comerciais).

Quando surge congestão ou outros sinais inflamatórios oculares deve ser observado por um especialista, para detecção precoce de eventuais lesões que, se não forem tratadas, podem ter consequências graves.

Boca

Molhar a boca com água frequentemente. Estimular a secreção salivar através de chicletes e rebuçados sem açúcar ou saliva artificial em spray ou pastilhas. Atenção à ocorrência de infecções fúngicas na boca e ao desenvolvimento de cáries, que devem ser tratadas precocemente.

Outros órgãos

Para os lábios secos, usar batons hidratantes. Para a secura nasal, usar spray de água salina. Para a pele seca, usar loções e cremes hidratantes. Para a secura vaginal usar gel ou creme lubrificante.

Síndrome de Raynaud

Evitar a exposição ao frio e o stress físico e psicológico. Os bloqueadores dos canais de cálcio podem melhorar os sintomas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Doença auto-imune
A esclerodermia é uma doença crónica caracterizada por alterações degenerativas e endurecimento dos
Palmas das mãos

A esclerodermia ou esclerose sistémica é uma doença reumática crónica caracterizada por alterações vasculares, produção de anticorpos dirigidos contra partes do próprios corpo (auto-anticorpos) e aumento da produção de tecido fibroso quer na pele, quer em órgãos internos do corpo. Caracteriza-se por endurecimento da pele, que se torna espessada, lisa e sem elasticidade.

Existem diferentes tipos de esclerodermia, a que acomete somente a pele e outra que atinge a pele, vasos sanguíneos e órgãos internos.

A esclerodermia pode ocorrer em qualquer idade, mas o grupo etário entre os 25 anos e os 55 anos é o mais frequentemente envolvido. As mulheres são cerca de 3 a 4 vezes mais atingidas que os homens.

Apesar de se desconhecer a real prevalência da doença, esta está estimada em cerca de 250 doentes por milhão de habitantes. Assim, podemos estimar que existirão em Portugal cerca de 2500 doentes. No entanto, estes valores poderão estar aquém da realidade, pois muitos casos, devido às queixas malogradas, são de diagnóstico inicial difícil.

Esta doença não é contagiosa nem hereditária, mas a sua causa é desconhecida. Contudo, sabe-se que existem três factores principais que participam nos mecanismos da doença:

a) uma alteração dos vasos sanguíneos, nomeadamente uma provável lesão inicial da sua camada interna (endotélio);
b) uma resposta imunológica com produção de auto-anticorpos;
c) um aumento da produção de colagénio, uma proteína constituinte do tecido conjuntivo presente na pele e em todos os órgãos do corpo humano.

Diferentes esclerodermias

Esclerodermia Localizada

Trata-se de um envolvimento focal da pele e, por vezes, dos músculos. Geralmente, não é acompanhada pelas alterações sistémicas de envolvimento de órgão ou de alterações imunológicas significativas.

Esclerodermia Sistémica ou Esclerose Sistémica

Pode afectar o tecido conjuntivo em várias partes do corpo. Os órgãos mais afectados são: a pele, o intestino, os pulmões e os rins. A fibrose afecta, nos casos mais evoluídos, a função destes órgãos e, em casos mais graves de envolvimento pulmonar ou renal, pode ser mortal.

Forma Cutânea Limitada (inclui o Síndrome CREST)

Designa-se assim porque a pele é atingida apenas na zona dos dedos, mãos e face. O tronco, os braços e coxas, são poupados. A evolução da esclerodermia é geralmente lenta e os doentes podem apresentar uma história de Fenómeno de Raynaud com vários anos de duração, antes serem detectados outros sinais ou sintomas da doença. Alguns trabalhos sugerem que a Hipertensão Pulmonar poderá ser mais frequente neste subgrupo da doença. Se a esclerodermia localizada se associar a calcinose (calcificações) cutânea, Fenómeno de Raynaud, dificuldade na deglutição (por envolvimento dos músculos do esófago) e telangiectasias (dilatações vasculares na pele), designa-se de Síndrome CREST.

Forma Cutânea Difusa

A pele envolvida engloba também as zonas "centrais do corpo”. A progressão é geralmente mais rápida e o Fenómeno de Raynaud tem o seu aparecimento simultâneo com outras manifestações da doença. A crise renal (hipertensão grave e insuficiência da função renal) e a fibrose pulmonar parecem ser mais frequentes neste subgrupo de doentes. O diagnóstico de esclerodermia é feito essencialmente pelo quadro clínico, com os seus sintomas e sinais sugestivos, a que se juntam alguns exames complementares de diagnóstico, que podem confirmar a suspeita clínica.

Diagnóstico

Após o diagnóstico de esclerodermia, o doente deve ser seguido pelo médico assistente, no sentido de avaliar potenciais complicações ou evolução da doença.

A observação clínica e os exames complementares devem ser executados com a periodicidade que cada caso obriga, atendendo às características da doença e à intensidade da terapêutica.

É muito importante manter esta avaliação regular, para evitar que os meios terapêuticos disponíveis só sejam utilizados já em casos muito evoluídos, onde a sua eficácia tem menor capacidade. Um diagnóstico precoce da doença e das suas complicações possibilita um aumento da esperança de vida do doente e uma vida com melhor qualidade.

Sintomas

A esclerodermia pode manifestar-se por mais de uma forma. Os tipos que apresentam somente alterações cutâneas recebem denominações de acordo com o formato e extensão das lesões.

As lesões formam áreas de pele endurecida, de superfície lisa, sem pêlos e cor de marfim. Localizam-se no tronco, nos membros superiores ou nos membros inferiores. O endurecimento progressivo da pele pode levar à dificuldade de realizar movimentos simples, como fechar as mãos ou dobrar os braços.

O tipo que acomete a pele e órgãos internos é conhecido como Esclerose Sistémica Progressiva. Além do endurecimento difuso da pele ocorrem alterações dos vasos sanguíneos, dos músculos, das articulações, do aparelho gastrintestinal, do coração, dos pulmões e dos rins.

Uma manifestação clínica bastante característica desse tipo é a coloração violácea que ocorre nas mãos e nos pés, devido a diminuição da irrigação sanguínea, conhecida como Fenómeno de Raynaud.

Tratamento

Não existe nenhum tratamento global da Esclerose Sistémica. Cada terapêutica deve ser instituída individualmente, dirigindo-se aos sintomas e ao tipo de órgão envolvido em cada doente.

Devem ser tidas em conta medidas gerais de boa qualidade de vida (nutrição, exercício, abandono de hábitos tabágicos, etc.), um programa específico de exercícios / medicina física e reabilitação, apoio psicológico e medidas de protecção da pele e articulações. São utilizados diferentes tipos de medicamentos: uns para aliviar os sintomas (medicamentos sintomáticos), terapêutica imunomodeladora, anti-hipertensores ou medicamentos vaso-activos.

O tratamento das formas restritas à pele é realizado com a aplicação de medicamentos locais através de massagens ou infiltrações. Nas formas que apresentam deformidades é importante a fisioterapia para evitar o comprometimento dos movimentos. Nas formas generalizadas são necessários medicamentos orais.

A Esclerose Sistémica Progressiva é geralmente tratada pelo reumatologista ou clínico geral. Devido ao envolvimento de órgãos internos, são empregados medicamentos de uso interno, que podem acarretar efeitos colaterais importantes e que exigem um médico com experiência na sua utilização.

Para evitar o Fenómeno de Raynaud devem manter-se as extremidades aquecidas com luvas e meias e evitar lavar as mãos com água fria.

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Novas medidas
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Paulo Macedo prepara-se para avançar com o sistema de avaliação dos médicos, reforçar o controlo da sua actividade e ainda a combater o problema da falta de clínicos em algumas especialidades, como anestesistas e radiologistas, abrindo novos concursos para vagas que permitam formar mais internos.

A missão de Paulo Macedo não é fácil, mas é justificada. A Saúde - desde que salvaguardadas as condições mínimas de acesso e qualidade do serviço público e os seus deveres -, não pode ser uma excepção no esforço de racionalização da despesa do Estado. E cortar apenas no que está fora do sistema, como as rendas na indústria farmacêutica, infelizmente, não chega. Implica que se combatam os excessos, que se evite o desperdício, que se melhore a produtividade.

Paulo Macedo vai, por isso, chocar com uma classe que não parece disposta a perder autonomia nas decisões e prescrições ou a sujeitar-se a avaliações que podem colocar em causa os seus prémios e progressões de carreira. Será mais um tratamento de choque que Paulo Macedo aplica agora no próprio sistema. Mas talvez essa seja a melhor forma de garantir a sua eficácia.

Quatro detidos
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A operação foi desencadeada por suspeitas de falsificação de documentos, irregularidades na facturação e na comparticipação de medicamentos e ainda por ilícitos fiscais, adiantou uma fonte da PJ.

A cargo da Unidade contra a Corrupção da PJ, a operação foi dirigida pelo Departamento CentraI de Investigação e Acção Penal e a presidir a algumas buscas esteve o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal.

Esta é mais uma investigação relacionada com fraudes no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Só relacionadas com fraudes com medicamentos estão neste momento em curso 16 investigações e há um processo com 18 arguidos com julgamento marcado para o próximo dia 19.

No início de Janeiro, após a última operação deste tipo, quando as autoridades detiveram mais de uma dezena de pessoas, o Ministério da Saúde revelou que, nos últimos três anos, foram encaminhados para o Ministério Público, para a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde e para a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) 198 processos por suspeitas de fraudes no SNS.

A informatização das receitas médicas e a conferência centrallizada de facturas tornou mais fácil a detecção de irregularidades.

Em Inglaterra
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O caso de Deryn Blackwell, de 14 anos, é o único caso conhecido no mundo de uma pessoa a ser diagnosticada com leucemia e sarcoma de células de Langerhans, uma forma rara de cancro.

O diagnóstico foi feito há três anos e, durante o tratamento, em Dezembro de 2013, Deryn contraiu outra doença que atacava o seu sistema imunológico debilitado pelos dois tipos de cancro.

Foi então que Deryn ouviu dos médicos que morreria antes do Ano Novo. O adolescente foi para uma casa de repouso para pacientes terminais, onde se preparou, juntamente com a família, para o pior.

«Ele tinha aceitado e nós tínhamos aceitado. Deryn até pediu para conhecer o quarto onde ficavam os corpos para saber para onde seria levado quando morresse», disse a sua mãe, Callie Blackwell, à BBC.

Sabendo que não teria muito tempo de vida, o rapaz escreveu uma lista das coisas que gostaria de fazer.

Assim, conheceu celebridades, andou em carros velozes e até experimentou uma bebida alcoólica pela primeira vez.

Deryn também planeou o seu funeral e o destino que teriam suas cinzas: parte seria colocada em fogos de artifício, outra parte num canhão e a terceira parte seria atirada de uma montanha na Grécia.

Mas o seu corpo começou, inexplicavelmente, a lutar contra as infecções e a produzir hemácias - células vermelhas do sangue - saudáveis novamente.

«Os médicos não sabem explicar, nem conseguem dar-nos uma ideia do que pode acontecer nas próximas semanas», afirmou Callie Blackwell. «No início foi difícil passar da aceitação de que iria perder o meu filho e não o ver crescer para de repente pensar ´na verdade, talvez veja`», contou.

O rapaz, que chegou a precisar de tomar 35 medicamentos diferentes por dia, agora toma apenas um.

Deryn saiu da casa de repouso e frequenta agora uma academia para melhorar a sua resistência física.

«É preciso colocar as coisas em perspectiva. Se começa a tossir e a reclamar por causa disso, tem que ver que há outras pessoas, como eu, que estão numa situação pior e não estão a queixar-se. A sua tosse não é assim tão má», disse Deryn à BBC.

O rapaz continua em tratamento, porque o cancro ainda pode voltar a atingi-lo.

Os pais querem criar uma instituição de caridade em seu nome, na esperança de que esta seja não só o seu legado, mas também o seu projecto de vida.

Cancro da mama
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«O dia tem como propósito chamar a atenção da população em geral e dos profissionais de saúde, em particular, sobre os efeitos nocivos da privação do sono» e sobre a importância de ter um «sono adequado», disse o presidente da associação.

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Instituto Português do Sangue e Transplantação
Os casos de gripe e o mau tempo que se tem registado em Portugal estão a contribuir para uma diminuição das dádivas de sangue.

Segundo Gracinda de Sousa, do conselho directivo do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), não há uma situação de carência nas reservas de sangue que motive um verdadeiro apelo à dádiva.

No entanto, os casos de gripe em Janeiro e Fevereiro, associados ao mau tempo, estão a fazer com que as dádivas baixem ou sejam adiadas.

Além dos doentes, que não se podem deslocar para dar sangue, há ainda casos de pessoas em situação pré ou pós gripal que, na triagem médica ao dador, não são aprovadas para as dádivas.

As tempestades dos últimos dias estão também a cancelar ou a adiar dádivas ou colheitas de sangue por dificuldade em aceder a alguns locais.

Aproveitando o Dia Mundial do Doente, que se assinalou ontem, a responsável do IPST pediu aos dadores, sobretudo aos 0 (zero) e A negativos que doem sangue, caso estejam em condições de o fazer.

"Sabemos como o sangue é tão importante para os cuidados de saúde que são prestados ao doente. Queremos agradecer aos dadores e dizer que não se esqueçam [de fazer dádiva], sobretudo os 0 e A negativos, que são os que sentem mais reflexo quando há reduções de dádiva", declarou Gracinda de Sousa.

A dirigente do IPST frisa que não há problemas nas reservas de sangue em Portugal, que se encontram "razoavelmente bem", apesar destas reduções de dádivas.

Ministério da Saúde
O secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde afirmou ontem, em Coimbra, que o Ministério da Saúde quer reforçar o apoio...

"Queremos mais residências a dar mais apoio para resolver o problema da institucionalização prolongada e uma maior prevenção e antecipação de problemas de saúde mental", defendeu Fernando Leal da Costa, à margem de uma visita ao serviço de Psiquiatria do Centro Hospital e Universitário de Coimbra (CHUC).

Segundo o secretário de Estado, é "absolutamente necessário" o desenvolvimento de unidades de cuidados continuados para "prosseguir o Programa de Saúde Mental", pretendendo um programa com "um carácter comunitário e sócio-terapêutico".

Apesar de admitir que "as verbas são sempre insuficientes", o secretário de Estado afirmou que o Ministério pretende dar "uma atenção redobrada à saúde mental nos próximos dois anos", tendo um acréscimo de verbas, não especificando quanto.

A reforma na saúde mental tem sofrido algumas críticas, tendo o psiquiatra Afonso de Albuquerque considerado, em 2013, que as actuais reformas na saúde mental têm como "efeito perverso final" o "aumento real" da discriminação dos doentes e "crescentes dificuldades" no tratamento dos doentes mais graves.

Em 2014, o Governo pretende também que o Programa de Saúde Mental consolide "os projectos piloto" de intervenção comunitária, numa ligação entre médicos especialistas e médicos de clínica geral nos centros de saúde.

Foi em torno desses mesmos projectos que foi assinado, entre a Administração Regional da Saúde do Centro, o Ministério da Saúde e o CHUC, um protocolo para uma formalização e reforço da psiquiatria comunitária.

Esse mesmo protocolo prevê um acompanhamento dos doentes, através de uma ligação entre médicos de clínica geral nos centros de saúde de 11 concelhos da região Centro e médicos especialistas, nomeadamente psiquiatras, do CHUC, explicou António Reis Marques, director do Serviço de Psiquiatria desse mesmo centro hospitalar.

O protocolo prevê "uma facilitação do acesso dos doentes aos cuidados de saúde mental", mantendo as pessoas "junto das suas famílias e dos seus locais de trabalho", de forma "a não serem doentes para sempre", disse.

A psiquiatria, segundo Reis Marques, "era uma especialidade médica escondida e longe dos hospitais", procurando, com este protocolo, um melhor acompanhamento dos doentes, a partir de uma deslocação dos médicos especialistas aos centros de saúde, quando necessária.

Desta forma, os doentes "não são estigmatizados nem isolados", permitindo um "apoio local". 

Hospital da Luz investe
O Hospital da Luz vai duplicar a sua área nos próximos quatro anos e criar um centro de formação, num investimento que rondará...

Isabel Vaz falava à margem da apresentação do congresso médico internacional e multidisciplinar Leaping Forward, organizado pelo grupo e que decorrerá entre quinta-feira e quarta-feira [13 e 14 de Fevereiro], em Lisboa.

A administradora disse que o aumento do hospital poderá registar-se através do crescimento do edifício -- prémio Valmor de Arquitectura em 2011 -- em altura, ou através da ocupação de terrenos que já pertencem ao grupo e são adjacentes ao hospital, situado na zona de Benfica, em Lisboa.

Este aumento, agora dependente da alteração do Plano Director Municipal (PDM), deverá custar entre 70 a 90 milhões de euros e será uma resposta ao aumento “cada vez maior” da procura desta unidade de saúde privada.

Consumo mundial triplicou
É consensual que a ingestão excessiva de açúcar é prejudicial para a saúde. Porém, o que poucos sabem é que alimentos que...

Segundo uma pesquisa realizada por cientistas americanos e publicada em 2012, o consumo mundial do açúcar triplicou nos últimos 50 anos e está ligado a inúmeras doenças, como obesidade, diabetes e cancro.

Uma nova campanha da Organização Não-Governamental Action on Sugar elaborou uma lista em que figuram alguns alimentos que «escondem» grandes quantidades de açúcar.

O objectivo, além de sensibilizar o público, é pressionar os fabricantes a reduzir a quantidade do subproduto da cana.

 

Conheça cinco desses alimentos:

1 - Alimentos com 0% de gordura

Alimentos com 0% de gordura não possuem, necessariamente, 0% de açúcar. Este é o caso dos iogurtes. Nesses alimentos, o açúcar normalmente é adicionado para dar sabor e cremosidade ao produto quando a gordura é removida.

Um iogurte de 150 gramas com 0% de gordura pode ter, por exemplo, até 20 gramas de açúcar - o equivalente a cinco colheres de chá, alerta a Action on Sugar.

Esse valor equivale a metade da quantidade diária de açúcar recomendada para mulheres, que é de 50 gramas. Nos homens, a taxa diária é um pouco superior, de 70 gramas. “O problema é que as pessoas que compram comida com 0% de gordura querem consumir um alimento com um gosto semelhante ao de 100% de gordura”, afirma a nutricionista Sarah Schenker. “Para adequar os produtos ao paladar dos clientes, os fabricantes adicionam açúcar quando a gordura é retirada. Se as pessoas querem alimentos mais saudáveis, precisam de aceitar que eles tenham uma aparência e um gosto um pouco diferente”, acrescenta Schenker.

2 - Polpa de tomate

Polpa de tomate feita a partir de tomate fresco possui inúmeros nutrientes, mas aquela comprada em supermercado, normalmente enlatadas, podem estar cheias de açúcar.

O ingrediente é normalmente adicionado para que a polpa fique menos ácida. Um terço de uma lata de 150 gramas, por exemplo, pode ter até 13 gramas de açúcar, valor equivalente a três colheres de chá.

3 - Maionese

Produtos que contenham maionese são inimigos de quem quer combater o consumo excessivo de açúcar. Uma colher pode conter até quatro gramas do ingrediente.

“Molhos, em geral, contêm grandes quantidades de açúcar”, afirma Schenker.

4 - Água

Depende do tipo. Alguns tipos de «águas vitaminadas» têm adição de açúcar. Um copo de 500 ml de algumas marcas pode conter até 15 gramas de açúcar, o equivalente a cerca de quatro colheres de chá, diz a Action on Sugar.

5 - Pão

O pão é um dos alimentos que mais “escondem” açúcar, destaca a ONG. Uma fatia de pão processado pode ter, em média, até três gramas de açúcar. O açúcar presente no pão, aliás, é normalmente formado no processo natural de fermentação, mas também pode ser adicionado durante o fabrico do alimento. “Não é porque o alimento é salgado que ele tem baixo teor de açúcar”, lembra Schenker.

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