Da Fundação Ernesto Roma
O projecto “Oficina da Diabetes”, da Fundação Ernesto Roma, é oficialmente lançado a 6 de Fevereiro, às 10h00, no Centro...

Depois de ter sido um dos vencedores do Programa Cidadania Activa, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, a “Oficina da Diabetes” arranca agora para formar mulheres imigrantes, maioritariamente em situação de desemprego, na prestação de cuidados a crianças e idosos com Diabetes. O objectivo principal é promover a integração deste segmento da população na sociedade e no mercado de trabalho através da qualificação nesta área da saúde.

“Queremos alertar e chamar a atenção para a diabetes na população emigrante que tantas vezes se vê em dificuldades para aceder aos seus direitos. Por isso, vamos dar a estas mulheres ferramentas que possam habilitá-las, através de formação credenciada na área da diabetes, a uma melhor integração no mercado de trabalho, apoiando crianças e idosos com diabetes”, defende o director do Programa Nacional para a Diabetes e presidente da Fundação Ernesto Roma, José Manuel Boavida.

Esta é uma formação abrangente, intensiva e prática no âmbito dos cuidados directos, especializada em diabetes, com o patrocínio científico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS). As suas características e o tipo de população a quem se destina tornam esta oferta formativa inovadora e de grande valor humanitário.

Cada programa de formação tem a duração de doze horas e destina-se a grupos de dez pessoas, estando dividido em quatro módulos: Cuidados à pessoa idosa com diabetes; Cuidados às crianças com diabetes; Práticas culinárias adequadas ao controlo da diabetes; Actividade física para pessoas com diabetes.

“Com o projecto “Oficina da Diabetes”, a Fundação Ernesto Roma pode utilizar as suas competências específicas na área da diabetes na promoção da inclusão de mulheres imigrantes, fornecendo-lhes uma ferramenta muito completa para a sua integração profissional. Além disso, vai ao encontro de dois dos grandes objectivos da Fundação: contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes e desenvolver programas na área da investigação, formação, assistência e educação terapêutica”, acrescenta Joana Oliveira, coordenadora do projecto.

O curso tem lugar na Escola da Diabetes, que conta com salas de formação, uma cozinha dietética e um espaço preparado para a prática de actividade física onde decorrerão os módulos 3 e 4, respectivamente. A equipa de formadores é constituída por um médico, uma dietista/nutricionista, uma enfermeira, um chefe de cozinha e um professor de educação física.

Inserindo-se no domínio da Promoção dos valores democráticos, o Projecto “Oficina da Diabetes” envolve a defesa dos Direitos Humanos, dos direitos das minorias e a luta contra as discriminações.

 

Sobre a Fundação Ernesto Roma

A Fundação Ernesto Roma, criada em 2005 pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), é uma Instituição sem fins lucrativos que nasce da forte vontade de implementar uma vertente exclusivamente dedicada à Educação da Pessoa com diabetes e ao apoio da formação contínua de todos os profissionais que lidam com a doença. A Fundação Ernesto Roma é também uma homenagem ao criador da Diabetologia Social e fundador da APDP, a mais antiga de todas as Associações de Diabéticos do mundo (1926).

 

Sobre o Programa Cidadania Activa

O Programa Cidadania Activa visa o fortalecimento da Sociedade Civil portuguesa e o progresso da justiça social, democracia e desenvolvimento sustentável. O Programa corporiza o apoio a Organizações Não Governamentais portuguesas e é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), sendo a Fundação Calouste Gulbenkian a entidade gestora.

 

Sobre a diabetes

É uma doença crónica em larga expansão em todo o mundo. Segundo os números da Federação Internacional da Diabetes – IDF, a Diabetes atinge mais de 382 milhões de pessoas em todo o mundo, correspondendo a 8,3% da população adulta mundial e continua a aumentar em todos os países. Em 46% destas pessoas a diabetes não foi ainda diagnosticada, prosseguindo a sua evolução silenciosa.

A diabetes é uma doença crónica que tem graves implicações a nível cardiovascular e é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira. Esta doença é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta doença pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos.

Em 2013 a diabetes matou 5,1 milhões de pessoas. Estima-se que em 2035 o número de pessoas com diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença. Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da diabetes.

 

Dados sobre a imigração em Portugal (2012)

De acordo com o último Relatório Estatístico Anual do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) referente ao ano de 2012, em Portugal, existem 417 mil imigrantes residentes em território português, sendo o Brasil (105.622), a Ucrânia (44.074), Cabo Verde (42.857), a Roménia (35.216) e Angola (20.366) as comunidades mais representativas.

A estrutura da população estrangeira em Portugal por género apresenta uma configuração próxima da paridade.

Relativamente aos dados por género, em 2012, verifica-se uma redução do efectivo masculino (-3,29%), em continuidade com o observado no ano anterior. A diferença percentual entre ambos os géneros ficou reduzida a 1,04%, com ligeira predominância do sexo feminino. Esta relação tem vindo a ser gradualmente atenuada, em particular por via do reagrupamento familiar.

Por grupo etário, a população estrangeira residente em idade activa ascende a 84,50% (população estrangeira com idades compreendidas entre 15 a 64 anos). De relevar a percentagem de jovens entre os 0-14 anos (10,41%) na estrutura populacional de estrangeiros residentes, bem como o índice de potencialidade de 114,58% (117,19% em 2011), no que refere ao potencial de crescimento demográfico.

Mais informações em http://www.sef.pt.

Dia Mundial do Cancro 2014
Assinala-se amanhã mais um Dia Mundial do Cancro. Este ano a campanha de sensibilização centra-se em esclarecer os mitos...

Dia 4 de Fevereiro de 2014 assinala-se mais um Dia Mundial do Cancro. A campanha deste ano está centrada em esclarecer diversos conceitos associados ao cancro e que não correspondem exactamente à realidade.

São quatro os mitos "desmascarados":

Mito 1: Não é necessário falar do cancro

Verdade: Embora seja difícil falar sobre o cancro, especialmente em algumas culturas e ambientes, referir-se abertamente à doença pode melhorar os resultados a nível individual, no âmbito da comunidade e das políticas relacionadas com o tema.

Mito 2: Não existem sinais ou sintomas de cancro

Verdade: Para muitos tipos de cancro existem sinais de alerta e sintomas. As vantagens de detecção precoce são indiscutíveis.

Mito 3: Não há nada a fazer contra o cancro

Verdade: Há muito a fazer em termos individuais, no âmbito da comunidade e das políticas e, em conjunto com as estratégias correctas, é possível prevenir um terço dos tipos de cancro mais frequentes.

Mito 4: Não tenho direito a ter acesso aos cuidados de saúde para o cancro

Todas as pessoas têm direito a ter acesso aos tratamentos e serviços de atendimento do cancro, que sejam comprovados e efectivos, e em igualdade de condições, para evitar o sofrimento.

Inestéticos mas evitáveis
Pontos negros são pequenas protuberâncias que aparecem na pele devido a folículos pilosos entupidos.
Pontos negros

No fundo os pontos negros são um tipo leve de acne que podem aparecer não só na cara, mas também noutras zonas do corpo como as costas, o peito ou axilas. Acontecem devido à acumulação de óleo e outras substâncias no folículo pilossebáceo, e são chamados de pontos negros pois adquirem esse tom devido à oxidação da mistura de sebo e queratina quando exposta ao ar.

São alguns os factores que pode aumentar o desenvolvimento do acne e dos pontos negros, sendo o excesso de oleosidade da pele o principal.

Como identificar um ponto negro?

Os pontos negros são fáceis de detectar na pele devido à sua cor escura. Apesar de uma ligeira elevação, não são dolorosos como as borbulhas que causam inflamação e vermelhidão.

Como pode prevenir os pontos negros?

Lave a pele regularmente

Pode optar por lavar a cara duas vezes ao dia, ao acordar e antes de se deitar, para remover toda a oleosidade da pele. Pode também utilizar produtos próprios para a limpeza da pele que não provoquem irritação e que contenham ingredientes antibacterianos. Cabelos oleosos também podem contribuir para a obstrução dos poros. Logo, se o seu tipo de cabelo for oleoso procure lavá-lo todos os dias.

Use produtos Oil-Free

A utilização deste tipo de produtos vai com toda a certeza ser de elevada importância se quer prevenir os pontos negros. Maquilhagem e cremes são bastante utilizados, deve por isso ter atenção quando compra este tipo de produtos qual a sua composição.

Recorra a esfoliantes

As máscaras esfoliantes servem para remover as células mortas da pele e ajudam a prevenir os pontos negros. Procure utilizar produtos que não irritem a pele.

Como remover manualmente os pontos negros?

O primeiro passo será a dilatação dos poros. Para tal pode recorrer ao vapor de água ou simplesmente a um pano húmido em água quente e aplicado na zona onde pretende remover os pontos negros. Após alguns minutos os poros ficarão dilatados.

De seguida poderá utilizar os dedos e suavemente, sem danificar a pele, espremer os pontos negros até que sejam expelidos. Se não quiser utilizar este método pode sempre optar pela esfoliação, visto os poros estarem dilatados

Como podem ser tratados os pontos negros?

Existem no mercado diferentes produtos e medicamentos que podem ajudar. Uns são de venda livre e pode encontrá-los em supermercados e farmácias, mas outros só os pode adquirir mediante prescrição médica. São produtos que podem ter diferentes formatos (creme, gel, discos, etc…) e que são aplicados na pele matando as bactérias, secando o excesso de óleo e forçando a pele a expelir as células mortas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em cancro da próstata avançado
Um medicamento para cancro da próstata actualmente indicado apenas para doentes que já passaram por quimioterapia mostrou-se...

Os resultados são de um estudo apresentado no Simpósio de Cancros Geniturinários, em São Francisco (EUA). Na pesquisa, realizada pela Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, 1.717 homens com tumor avançado da próstata foram divididos em dois grupos e acompanhados por 20 meses. Entre os que tomaram o medicamento Enzalutamida, o risco de morte foi 29% inferior ao do grupo que tomou um placebo. O tempo de sobrevida entre os que tomaram o medicamento foi de 32,4 meses contra 30,2 meses dos doentes que receberam o placebo.

Segundo o estudo, o fármaco ainda adiou em 17 meses o tempo médio de início da quimioterapia. Para Rafael Coelho, chefe da equipa de urologia do Instituto do Cancro do Estado de São Paulo (Icesp), no Brasil, e participante do simpósio, o medicamento será importante para prolongar a qualidade de vida dos doentes com tumores avançados. “Ao retardar a necessidade de quimioterapia, o remédio adia também os efeitos colaterais da mesma”, diz.

Nos EUA, o medicamento tem o aval desde 2012, mas apenas para uso depois da quimioterapia. Agora, após a apresentação do novo estudo, o fabricante pedirá à Food Drug and Administration (entidade que regula os medicamentos nos EUA) que o medicamento seja aprovado também para uso antes da quimioterapia. O processo deve demorar alguns meses.

Novos medicamentos a serem desenvolvidos
230 novos produtos estão a ser desenvolvidos e 49 já estão comercializados, no âmbito da investigação de combate ao cancro, na...

Assinala-se hoje o "Nano World Cancer Day", no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, dando enfoque à investigação que procura conhecer melhor as razões que fazem dos tumores entidades eficazes, para desenvolver nano-partículas que permitam actuar especificamente sobre as células tumorais.

Neste momento, no Instituto Ibérico de Nanotecnologia, sediado em Braga, estão em curso projectos que procuram “utilizar nano partículas acopladas a sistemas de transporte que leva fármaco, através do sistema sanguíneo, sendo libertado no local apropriado"” explicou Paulo Freitas, director-geral adjunto.

Maria José Oliveira, investigadora do INEB (Universidade do Porto) representante da Plataforma Tecnológica Europeia para a Nanomedicina (ETP-N-European Platform of Nanomedicine), destaca a importância que está subjacente a este projecto e que “junta clínicos, investigadores e empresas, merecendo investimento que permite avançar na investigação”.

Rafael Lopez, director do Serviço de Medicina Oncológica, no Hospital Clínico Universitário de Santiago de Compostela assinalou aquele que era o principal problema da Europa. “As plataformas centralizadas que agora aparecem na Europa, há 30 anos que existem nos Estados Unidos”.

Nuno Sousa, do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto), lembra que o cancro é a segunda causa de morte na Europa, registando-se novas incidências, em média, de três milhões por ano. "Estamos numa fase de transição para drogas mais selectivas, poupando, dessa forma os tecidos saudáveis".

Entre países desenvolvidos
Segundo um estudo divulgado Organização Mundial da Saúde, que estuda a obesidade, hábitos de consumo e a liberalização...

Este é o primeiro estudo que investiga o papel da liberalização dos mercados no consumo de comida rápida (fastfood) e no aumento do índice de massa corporal (IMC), incluindo pela primeira vez o número de transacções da chamada fastfood.

“Portugal encontra-se entre os países com menor níveis de consumo de comida rápida e com menor IMC”, diz o estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que toma por referência dados de 2008, para os diferentes países, altura em que Portugal apresentou o segundo menor número de “transacções per capita, entre os países seleccionados neste estudo”, segundo o professor Roberto De Vogli, da Universidade da Califórnia (UC Davis), principal autor do relatório.

O estudo analisou os dados de 1999 a 2008, de 25 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com o objectivo de observar o vínculo entre a obesidade e a liberalização do mercado de bens alimentares.

"O nosso estudo indica que todos países conheceram um aumento no consumo de comidas rápidas e do IMC [dos seus cidadãos], mas os países que desregularam gradualmente e minimamente as suas economias, conheceram um incremento mais lento do consumo de comida rápida e do IMC", disse à Lusa Roberto De Vogli.

No caso de Portugal, a economia, ao longo deste período, esteve ainda protegida em termos de regulação alimentar, o que minimizou o aumento da obesidade e do consumo de fastfood. “Portugal é a quarta economia mas regulada entre os países da OCDE”, disse o professor, tendo em conta o período em causa.

Portugal aplicou políticas de mercado mais restritivas, sendo possível estabelecer uma relação com um impacto menor, nos níveis de obesidade, ao contrário de outros países do estudo, dominados por oligopólios alimentares, nos quais as políticas de liberalização, incluem entre outros, menos subsídios agrícolas, menos taxas, menos controlo dos preços e fiscalizações débeis, em termos alimentares.

Roberto De Vogli, por exemplo, que “Portugal tem um IMC muito inferior aos países anglo-saxónicos, como os Estados Unidos, Canadá e Austrália, com mercados mais desregulados, e onde o consumo de comida rápida e a prevalência da obesidade são superiores”.

Por outro lado, as explorações agrícolas em Portugal tendem a ser mais pequenas, sendo geralmente mais saudáveis, em relação aos países com economias dominadas por grandes grupos económicos agroalimentares.

“Países com explorações agrícolas de tamanho menor tendem a registar aumentos menores no consumo de comidas rápidas e na obesidade”, esclarece o professor Roberto de Vogli.

O investigador adianta, no entanto, que “é preciso mais investigação”, para se chegar a uma conclusão efectiva, sobre a relação dos factores, embora tudo indique que “um sistema de agricultura baseado em pequenas explorações e com sectores mais protegidos”, em termos de regulação e fiscalização, “possa explicar por que motivo o consumo de comida rápida é baixo em Portugal”.

As conclusões gerais deste estudo indicam que existe uma relação directa entre políticas pró liberalização dos mercados, o aumento de consumo de comida rápida e de obesidade. O estudo apela, por isso, à aplicação de medidas que melhorem a etiquetagem dos alimentos e que limitem a produção e o comércio de alimentos processados, como a chamada fastfood, e a sua publicidade.

Investigador conclui
Morrem mais pessoas nos hospitais, por más práticas médicas, do que nas estradas, por acidentes de viação. A conclusão é do...

Equipas estáveis e aposta em mais serviços de referência são algumas das soluções apresentadas por André Dias Pereira, investigador do Centro de Direito Biomédico que acaba de apresentar uma tese de doutoramento sobre responsabilidade médica. O número, preocupante, deve-se a falhas de organização, diagnóstico incorrecto e falta de comunicação, trocas de medicamentos, infecções hospitalares, má comunicação, ou erros nos diagnósticos.

“Os médicos sabem bem dos problemas que existem, O professor Luís Fragata fala em estimativas por baixo de 1000 a 1200 mortes evitáveis por ano. Recordo que morrem menos de 700 pessoas por ano nas estradas, ou seja, morrem mais pessoas nos hospitais, de morte evitável, do que nas estradas.”

A dificuldade está em provar a maior parte das queixas. O advogado e professor de Direito Administrativo Luís Fábrica diz que as instituições e os profissionais de saúde tendem a esconder dados.

Os doentes estariam melhor protegidos se, tal como acontece para os acidentes de viação, houvesse um seguro que indemnizasse o lesado, independentemente da culpa do médico.

“A ideia de que se vai fazer uma atitude justiceira não leva a lado nenhum. As estatísticas demonstram que é extremamente difícil provar a culpa ou o nexo de causalidade. Melhor seria se passássemos para um sistema de responsabilidade objectiva, isto é, responsabilidade independentemente de culpa. Isto é, houve uma coisa que ocorreu e que não devia ter ocorrido. Muito bem, vamos indemnizar a pessoa”, considera.

IPO-Porto
Dentro de “algumas semanas” estará em pleno funcionamento o Banco de Tumores do IPO-Porto.

O Director do Banco de Tumores do IPO-Porto, Rui Henrique, disse que esta unidade se encontra em fase final de implementação e que deverá entrar em pleno funcionamento dentro de “algumas semanas”.

“Pretendemos ter uma colheita anual de amostras na ordem das três ou quatro mil por ano”, afirmou Rui Henrique, admitindo algum atraso na implementação do banco devido à falta de recursos humanos com que o IPO do Porto se tem debatido.

Inaugurada em Setembro de 2012, esta unidade funcional do IPO-Porto permite a colheita, armazenamento e utilização de tecidos excedentários para investigação biomédica, mediante a prévia autorização escrita do doente.

Um outro desafio da Saúde
As técnicas da Medicina Tradicional Chinesa associadas ao exercício da Enfermagem enriquecem a quali

A Enfermagem deteve no século XX autonomia e regulamentação próprias. Caracteriza-se como uma profissão que na área da saúde tem como objetivo prestar cuidados de enfermagem ao ser humano, são ou doente, ao longo do ciclo vital, e aos grupos sociais em que está integrado, de forma que mantenham, melhorem e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a sua máxima capacidade funcional tão rapidamente quanto possível [1].

Já por seu lado, e de acordo com a visão ocidental, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é considerada como um sistema de sensações e descobertas destinadas a estabelecer um estado vegetativo funcional do corpo. Este estado pode ser tratado pelas diversas técnicas nomeadamente, Acupunctura, Terapia Manual Chinesa (Tuina), Fitoterapia, Qigong ou Dietética [2].

A compreensão contemporânea da MTC, segundo o Modelo de Heidelberg (MH), considera-a um modelo tradicional de sistemas de biologia. Este modelo centra-se no facto de que os principais termos técnicos como Yin e Yang, fases ou elementos podem ser entendidos como termos de regulação vegetativa sendo o diagnóstico em MTC entendido como uma descrição detalhada do estado vegetativo funcional de um paciente [3].

Um princípio básico é que se tratam pessoas e não doenças, o diagnóstico é o seu princípio fundamental e antes da aplicação de qualquer técnica deve ser feita uma avaliação correta do individuo, pois o que é eficaz num caso pode falhar noutro [4].

Segundo o MH, o diagnóstico funcional é estabelecido atendendo a 4 componentes: a constituição (natureza interna do paciente), fatores patogénicos (quais os fatores que afetam o paciente), orbs afetados (sinais e sintomas manifestos) e respetivos critérios guia, também entendidos como indicadores do atual estado funcional (sinais neurovegetativos, humoro-vegetativos, neuro-imunológicos e presença de uma deficiência estrutural ou regulatória).

Cuidados centrados na visão holística da pessoa

A prestação de cuidados de Enfermagem pode ser complementada, alargada e enriquecida pelos conhecimentos da MTC. Estamos perante duas ciências que centram a sua esfera de cuidados na visão holística da pessoa, como ser único em interação constante com tudo o que o rodeia, requerendo um cuidado personalizado de acordo com o seu quadro clinico.

A recomendação de implementação de técnicas da MTC parte da própria Organização Mundial de Saúde e é crescente o número de estudos científicos que evidenciam a sua eficácia e natureza vegetativa, com base em parâmetros fisicamente mensuráveis e nos quais são incluídos diagnósticos ocidentais e de MTC [5, 6, 7].

As técnicas de MTC podem ser utilizadas pelos enfermeiros no âmbito das suas intervenções interdependentes e autónomas, algumas inclusive são contempladas na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Os conhecimentos e técnicas de MTC podem facilmente ser englobados nas intervenções de Enfermagem beneficiando, por exemplo, a promoção de trocas gasosas, a perfusão dos tecidos e alívio da dor, contribuindo para o bem- estar físico e psicológico.

A área de atuação da MTC é vasta, como por exemplo no controlo de sinais e sintomas no pré e pós-operatório como a ansiedade, dor, incluindo dor fantasma, náuseas e vómitos, indução anestésica em pequenas cirurgias, diminuição dos efeitos secundários e/ ou interações medicamentosas, quer reduzindo a utilização de alguns medicamentos, quer atuando no órgão ou sistema afetado de forma a protege-lo [4].

A prática da MTC foi recentemente regulamentada em Portugal pela Lei 71/2013 (Lei das Terapêuticas Não Convencionais), aprovada a 24 de Julho de 2013, que remete para a Lei 45/2003 (Lei de Enquadramento das Terapêuticas Não Convencionais).

Formação em Enfermagem com terapias não convencionais

A formação em enfermagem cada vez mais deve ser reformulada para responder às novas exigências dos sistemas de saúde, integrando as terapias não convencionais e a base científica das práticas mais adequadas á filosofia de cuidados de saúde para o século XXI. Precisamos de alargar horizontes e diversificar os percursos, assumir com coragem os desafios da mudança, refletindo sobre a validade científica das terapias complementares e sua integração na comunidade escolar, favorecendo assim um novo olhar sobre a formação e prática em enfermagem.

 

Susana M. F. Seca

Cédula Profissional, membro nº 2- E- 53713, Mestrado em Medicina Tradicional Chinesa, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE, Coimbra - Portugal, Heidelberg School of Chinese Medicine, Heidelberg - Alemanha

 

 

Referências Bibliográficas:

1 http://www.ordemenfermeiros.pt/sites/sul/membros/Documentos/Legisla%C3%A7%C3%A3o/REPE.pdf [consultado em 9/03/2013]

2 Greten HJ. Understanding TCM. Scientific Chinese Medicine – The Heidelberg Model. Heidelberg: Heidelberg School Editions, 5ª ed. 2011. ISBN 978-3-939087-07-6

3 Greten HJ. Understanding TCM. Heidelberg: Heidelberg School Editions. 2007

4 Santos TS. Opinião dos alunos do 4º ano acerca da integração da Medicina Tradicional Chinesa no plano curricular do curso de Licenciatura em Enfermagem. Porto: Universidade Fernando Pessoa, faculdade de Ciências da Saúde, 2011: 34- 36

5 Seca, S. Efeitos Agudos da Acupunctura na Dor Lombar Crónica, Estudo Prospectivo, Randomizado, Controlado e Cego. Porto: Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 2011

6 Doenitz C.; Anjos, A.; Efferth T.; Greten T.; Greten H. Can Heat and cold be parameterizes? Clinical data of a preliminar study. Jornal of Chinese Integrative Medicine, Vol. 10, Nº5, May 2012: 532 - 537

7 Matos, L.; Gonçalves M.; Silva A.; Mendes J.; Machado J.; Greten H. Assessment of Qigong- related effects by infrared thermography: a case study. Jornal of Chinese Integrative Medicine, Vol. 10, Nº6, June 2012: 663 - 666

8 Cruz, MS. Medicina Chinesa – Contributos para a prática de Enfermagem. Porto: Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008: 34 – 35

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Circular Informativa N.º 21/CD/8.1.6. Data: 30/01/2014
A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) definiu que a criação de modelos de decisão técnica é essencial para...

Nesse âmbito, a CNFT definiu e incluiu no Formulário Nacional de Medicamentos, o procedimento de utilização de medicamentos para o tratamento da Hepatite C crónica, com critérios de inclusão e exclusão rigorosos, medidas de monitorização do cumprimento dos protocolos e avaliação dos resultados clínicos da utilização dos medicamentos.

Este procedimento, a ser adoptado por todos os hospitais do SNS, determina que os tratamentos triplos da hepatite C crónica genótipo 1 apenas poderão ser iniciados após validação pela CNFT. Ou seja, os médicos assistentes devem propor o tratamento às Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT) locais, e estas devem submetê-lo à aprovação da CNFT.

As substâncias activas abrangidas por este protocolo terapêutico são as seguintes:
- Boceprevir;

- Peginterferão alfa-2a;

- Peginterferão alfa-2b;

- Ribavirina;

- Telaprevir.

 

Para facilitar o processo de submissão e validação, o Infarmed está a desenvolver uma aplicação informática - o Portal da Hepatite C – que irá permitir a submissão on-line das propostas de início de tratamento triplo de hepatite C crónica, monitorização e avaliação pós-tratamento. Contudo, esta aplicação apenas ficará disponível em Março de 2014.

Face ao exposto, e para que este procedimento se inicie rapidamente a notificação das CFT será, numa primeira fase, feita através de e-mail.

A utilização da terapêutica tripla em doentes com hepatite C crónica genótipo 1 em hospitais do Serviço Nacional de Saúde pressupõe o seguinte:

A prescrição apenas pode ser efectuada em hospitais que disponham de serviço ou consulta especializada no tratamento de doentes com esta patologia;

O médico assistente do doente tem de apresentar, à CFT do hospital, uma proposta de tratamento;

- A CFT, após avaliação e aprovação, submete a proposta de tratamento à CNFT, a quem compete validar a proposta, de acordo com os critérios técnico-científicos, e emitir um parecer;

- A submissão à CNFT deve ser efectuada através do preenchimento do modelo de notificação e validação, em anexo, conforme instruções inclusas, e enviado para o e-mail [email protected].

- O parecer da CNFT será enviado à CFT do hospital através deste e-mail.

- O tratamento apenas poderá ser iniciado após parecer favorável da CNFT;

- A dispensa do medicamento tem de ser realizada pelos serviços farmacêuticos do hospital onde é efectuada a prescrição.

Este processo de notificação electrónica entra em vigor a 1 de Fevereiro de 2014.
Este procedimento manter-se-á até que o Portal da Hepatite C esteja disponível. O e-mail [email protected] poderá ser sempre utilizado para comunicação entre as CFT e a CNFT.

Os esclarecimentos adicionais sobre esta matéria devem ser solicitados à CNFT através do e-mail [email protected] .

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
Eram 1910 o número de pessoas que aguardavam por um transplante de rim. Dados que parecem apontar para “o fim do descalabro a...

No final do ano passado, havia, em Portugal, 1910 pessoas à espera de um transplante de rim, um número que diminuiu em 67 face a 2012. Para a coordenadora nacional na área da transplantação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Ana França, o facto de em 2013 os transplantes terem aumentado em 15% face ao ano anterior parece apontar para “o fim do descalabro a que se vinha a assistir”. Mas ainda se está longe do número de dadores atingido por Portugal nesta área em 2009, noticia o Público na sua edição Online.

Em 2009, Portugal teve 329 dadores de órgãos (uma taxa de 31 dadores por milhão de habitantes). Desde então, este número não parou de descer, com a queda mais acentuada a acontecer em 2012, em que apenas houve 252 dadores (o que dá uma taxa de 23,9 dadores por milhão de habitantes), o que se traduziu na colheita de 749 órgãos para transplantes (entre rins, fígado, coração, pâncreas e córneas).

Para Ana França, os números de 2013 — em que houve mais 17% de dadores — são a prova de que se está a conseguir interromper a quebra. A descida foi atribuída, em parte, ao corte dos chamados incentivos, verbas que são atribuídas pelo Ministério da Saúde aos hospitais como pagamento dos transplantes efectuados. Mas, para a responsável, o grande problema está ainda do lado da colheita. Para que os cirurgiões possam transplantar órgãos há um complexo processo que começa numa urgência de um hospital ou numa unidade de cuidados intensivos, onde vão parar os doentes em estado crítico que poderão ser potenciais dadores de órgãos. Quem tem que detectar e sinalizar estes casos são as equipas destes serviços, com destaque para médicos de medicina intensiva. O hospital que detecta estes casos terá que, depois do diagnóstico de morte cerebral, de manter o doente ventilado durante pelo menos 24 horas para que a colheita se possa fazer.

O problema é que as verbas actualmente pagas aos hospitais que colhem não são suficientes para cobrir os custos, assinala Ana França. Estima que cubram quando muito 60% dos custos efectivos, que envolvem o pessoal de saúde, exames e análises, ventilação. “Cada vez que têm um dador, os conselhos de administração dos hospitais perdem dinheiro”, admite Ana França, por isso muitos desinteressaram-se de actividade e deixaram de a fazer, assinala.

O Ministério da Saúde tem nas suas mãos uma proposta que pretende tornar mais realista a atribuição de verbas na colheita, diz. “A missão primeira é apoiar a doação”. A ideia é também que estas verbas sejam atribuídas de forma igual quer a colheita ocorra numa unidade privada ou pública. Os privados, por imposição de uma directiva europeia, entram agora na equação. Todas as unidades com ventilação são obrigadas a identificar dadores de órgãos. Até agora, só o Hospital da Luz, em Lisboa, fez uma colheita, informa.

A queda abrupta do número de dadores para transplante verificada em 2012, o pior número dos últimos cinco anos, deveu-se, segundo a responsável também a mudanças institucionais na área: foi extinta a Autoridade para os Serviços do Sangue e da Transplantação, a competência desta área passou então temporariamente para a Direcção-Geral de Saúde e só depois para o agora Instituto Português do Sangue e da Transplantação. “É uma actividade que precisa de ser acompanhada e incentivada, foi isso que faltou em 2012. É um dos factores que levam à desmotivação profissional numa actividade que implica uma procura incessante”.

Ana França lembra que, mesmo quando são sinalizados potenciais dadores, muitas vezes a posteriori, descobre-se que os órgãos não são aproveitáveis para transplantes porque os doentes sofrem de doenças infecciosas, como hepatite ou HIV, ou têm cancro. Por resolver continua a uniformização das regras de atribuição de verbas para transplantes nos hospitais públicos, em que continua a haver “desigualdades entre hospitais e mesmo dentro dos hospitais”, dizia um relatório do actual secretário de Estado da Saúde em Junho do ano passado. Esta questão continua em estudo, diz a responsável.

Objectivo da OMS
Responsáveis da Organização Mundial de Saúde afirmaram ser objectivo para 2015 a meta para erradicação do sarampo na Europa.

“A meta para a erradicação do sarampo na Europa é o ano 2015 enquanto para África o objectivo a atingir é o ano 2020”, referiu Peter Strebel, da Organização Mundial de Saúde (OMS). O médico afirmou que alguns países da Europa, África e Ásia registam, por vezes, surtos de sarampo. Angola é um dos países africanos com surtos de sarampo, uma doença altamente infecciosa e letal.

Teresa Fernandes, da Direcção-geral da Saúde, afirmou que a cobertura vacinal em Portugal contra ao sarampo é “muito boa”. Segundo a especialista, registou-se no nosso país “um caso importado em 2013”.

Charles Penn, outro responsável pela OMS presente nas IX Jornadas de Actualização em Doenças Infecciosas do Hospital Curry Cabral, pronunciou-se sobre o vírus influenza A (H7N9), actualmente circunscrito à China, e o MERS – coronavírus, que emergiu no Médio Oriente, mas tendo-se registado alguns casos na Europa, designadamente dois casos em Espanha.

O médico António Vieira, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, afirmou que a febre tifóide está contida mas não está erradicada.

Sem coçar zona irritada
Um grupo de investigadores descobriu a forma ideal de aliviar uma comichão no corpo sem provocar ainda mais irritação na pele....

Os cientistas da Universidade de Lübeck, na Alemanha, inspiraram-se num truque já bem conhecido que consiste em reflectir a réplica de um membro do corpo num espelho, em que as pessoas vêem o reflexo de uma mão de borracha e pensam que se trata do seu membro.

Esta técnica já tinha provado ser eficaz para os pacientes com sofrem de dores em membros “fantasma” (por exemplo, casos de pessoas com pernas amputadas que continuam a sentir dores nos membros que já não têm).

Esta nova descoberta mostra que o mesmo princípio de “ilusão” pode ser aplicado no caso da comichão, particularmente útil nas ocorrências mais violentas de picadas de insectos ou de alergias, em que as pessoas chegam a ficar com a pele em sangue de tanto coçar.

Aparentemente, é muito fácil “enganar” a percepção que o nosso cérebro tem do nosso corpo. A equipa de peritos aprendeu que é possível aliviar uma comichão mesmo coçando no sítio “errado”.

Os participantes foram injectados num braço com uma solução química que provoca comichão, segundo a revista New Scientist.

Em cada participante, os investigadores pintaram uma mancha vermelha no sítio correspondente, mas do braço oposto, de forma que os braços ficassem iguais na aparência. Cada braço foi coçado em alternância. Quando o braço injectado era coçado, (naturalmente) a comichão aliviava, e quando era coçado o outro braço, nada acontecia... até que foi introduzido na “equação” o elemento espelho.

Os participantes tinham instruções para só olhar para o espelho, e não directamente para o corpo. As conclusões mostraram que quando se coçava o braço “errado” em frente ao espelho, a comichão no outro braço aliviava.

Os investigadores apontaram que os sinais visuais podem-se “sobrepor [no cérebro]” a mensagens do corpo (tácteis), caso sejam contraditórias. Os cientistas estimaram que coçar o membro “errado” providenciava cerca de 25% do alívio de coçar a zona onde se sente, de facto, comichão.

Para Francis McGlone, da Universidade de Liverpool, a descoberta vai melhorar significativamente a qualidade de vida de alguns doentes.

“Este estudo traz importantes desenvolvimentos sobre o complexo mecanismo da comichão, um canal sensorial muitas vezes ignorado, mas que pode ter consequências devastadoras na qualidade de vida de alguns doentes”, observou o investigador.

Diz estudo
O risco de que uma criança obesa no jardim-de-infância também se torne obesa no 8º ano é quatro vezes maior que o de crianças...

Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine com mais de 7 mil crianças revelou que um terço das crianças que tinha excesso de peso quando entravam no jardim-de-infância continuava obesa quando chegava ao 8º ano de escolaridade.

Também quase a totalidade das crianças que era muito obesa permanecia com o peso bem acima do considerado saudável nesse mesmo período.

Algumas crianças obesas ou acima do peso analisadas no estudo perderam o excesso do peso e outras de peso normal tornaram-se obesas ao longo dos anos. Mas a probabilidade de que uma criança obesa continue acima do peso com o passar do tempo é maior.

«A mensagem principal é que a obesidade é estabelecida muito cedo na vida, e que, basicamente, continua também na adolescência e na idade adulta», diz Ruth Loos, professor de medicina preventiva da Icahn School of Medicine, em Nova Iorque.

Esse resultado, surpreendente para muitos especialistas, surgiu a partir de um estudo que rastreou o peso corporal de crianças por anos, do jardim da infância até ao oitavo ano. Segundo os investigadores, isso remodela iniciativas de combate à epidemia de obesidade e sugere que os esforços devem começar mais cedo e serem focados em crianças com maior risco.

Os resultados não explicam por que isso ocorre. Predisposições genéticas e ambientes que estimulem as crianças a comerem mais são algumas das razões apontadas por especialistas.

Mas os resultados fornecem uma possível explicação do porquê muitos dos esforços feitos para que as crianças percam peso muitas vezes não surtem efeitos. A explicação pode estar no facto de que muitas campanhas de combate à obesidade foquem-se em crianças em idade escolar, ao em vez de começaram antes, em crianças matriculadas no jardim da infância e já com problemas de peso.

Estudos anteriores já relacionaram a obesidade à idade de crianças, mas não se o peso delas mudavam com o passar do tempo. Embora importantes para documentar a extensão da obesidade infantil, essas pesquisas deram um quadro incompleto de como a condição se desenvolve, disseram pesquisadores.

“O que é surpreendente é a diminuição relativa na incidência após essa explosão inicial da obesidade, que ocorre aos 5 anos de idade”, explica Jeffrey P. Koplan, vice-presidente do Emory Global Health Institute, em Atlanta. “É quase como se o estudo dissesse que, caso você consiga chegar ao jardim da infância sem aumento de peso, as hipóteses de não se tornar obeso são imensamente maiores”.

O estudo considerou 7.738 crianças de uma amostra nacionalmente representativa. Os cientistas mediram a altura e o peso dos participantes sete vezes, do maternal até ao oitavo ano.

Quando as crianças entraram jardim-de-infância, 12,4% eram obesas e 14,9% estavam acima do peso. No 8º ano de escolaridade, 20,8% eram obesas e 17% estavam acima do peso. Metade das crianças que era obesa no jardim-de-infância permanecia obesa quando chegava ao 8º ano e quase 3/4 dessas crianças que eram muito obesas permaneciam obesas por essa altura.

O risco de que uma criança obesa no jardim-de-infância também se torne obesa no 8º ano é quatro vezes maior que o de crianças com peso normal, conclui o estudo.

Raça, etnia e rendimentos familiares foram variáveis importantes para a definição do peso em crianças mais novas, mas no momento em que as crianças com excesso de peso chegavam aos 5 anos de idade, esses factores não afectavam o risco de aumentar de peso nos anos seguintes.

Um problema de saúde pública
A Direcção do Núcleo de Doenças do Comportamento Alimentar realiza, no dia 1 de Fevereiro, o encontro “Factores psicológicos na...

Actualmente, em Portugal, a obesidade atinge 1 milhão de adultos e 3,5 milhões são pré-obesos, segundo os resultados do relatório da Direcção-Geral da Saúde (DGS) “Portugal: Alimentação Saudável em Números 2013”. O relatório apresenta ainda números preocupantes nos mais novos: cerca de 15% das crianças entre os 6 e os 9 anos são obesas e mais de 35% sofrem de excesso de peso.

Perante esta realidade torna-se ainda mais importante aumentar a percepção da comunidade e dos profissionais de saúde para os problemas ligados ao excesso de peso, bem como promover o conhecimento científico dos associados e investigadores nesta área.

A modificação nos hábitos de consumo, o aumento da ingestão de gorduras e proteínas de origem animal, associada ao sedentarismo, favorecem a incidência de obesidade, que continua a ser, provavelmente, um dos maiores problemas de saúde pública em Portugal.

O evento conta com a presença de médicos de várias especialidades, nomeadamente cirurgia, psiquiatria e psicologia.

Governo estuda
Diploma aprovado aumenta de 2,5% para 3,5% os descontos dos funcionários públicos na Saúde.

O Governo está a estudar o alargamento dos subsistemas de saúde públicos a outros beneficiários, estando essa questão a ser trabalhada pelos ministérios das Finanças, Defesa Nacional e Administração Interna, afirmou hoje o ministro da Presidência.

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, questionado se está em cima da mesa estender a ADSE aos trabalhadores de empresas públicas com contratos individuais de trabalho, Luís Marques Guedes começou por responder que “essas matérias não deixarão de estar sobre a mesa e de ser equacionadas pelo Governo”, notícia o Sapo Saúde citando a Lusa.

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares acrescentou que “a questão do alargamento dos beneficiários” não se aplica apenas aos trabalhadores de empresas públicas: “Foi colocada também sobre a mesa a hipótese de ser estudado o alargamento a familiares dos membros das forças de segurança”.

Marques Guedes ressalvou que “qualquer alargamento de beneficiários” não consta do diploma hoje aprovado que aumenta de 2,5% para 3,5% os descontos dos funcionários públicos, militares e forças de segurança para os respectivos subsistemas de saúde, ADSE, ADM e SAD.

“Todas as outras matérias, naturalmente, continuarão a ser estudadas, e estão a ser estudadas pelos ministérios envolvidos: o Ministério da Defesa Nacional e o Ministério da Administração Interna, em conjunto com o Ministério das Finanças”, adiantou.

Questionado, depois, se o executivo PSD/CDS-PP tenciona, por exemplo, que os cônjuges dos militares tenham de passar a pagar para ter acesso ao respectivo subsistema de saúde, o ministro respondeu: “Como eu referi, é uma matéria que está sobre a mesa”. “Existe uma proposta, de resto, que tem vindo a ser apreciada e trabalhada pelo Ministério da Defesa Nacional com o Ministério das Finanças. O Ministério da Administração Interna também tem vindo agora a participar nessa discussão, precisamente por também ter subsistemas próprios para as forças de segurança”, reiterou.

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares assinalou que esta questão tem de ser “devidamente estudada” e tratada tendo em conta o princípio de evolução dos subsistemas de saúde públicos para a “auto-sustentabilidade” que está “previsto nos memorandos”.

Em 2014
Os centros de saúde vão começar a avaliar a satisfação dos utentes este ano e vão receber prémios pelo cumprimento de metas na...

O processo, definido na Metodologia da Contratualização dos Cuidados de Saúde Primários para 2014, está a ser trabalhado e começará em breve. O documento da Administração Central do Sistema de Saúde, que define os objectivos, prioridades e a forma de pagamento nos cuidados primários, refere que “2014 ficará marcado pela operacionalização de um processo de avaliação da satisfação dos utilizadores nos cuidados de saúde primários”, parado desde 2001.

Evento reúne profissionais de saúde nacionais e internacionais
O Dolce Vita Porto recebe o 1.º Congresso Internacional de Cuidados Intensivos e Unidades Intermédias do Centro Hospitalar do...

Ao longo de dois dias, é esperada a presença de 200 palestrantes e a participação de cerca de 2000 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e farmacêuticos.

Este evento, inédito no Dolce Vita Porto, é organizado pelo Serviço de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Porto e Associação de Apoio ao Serviço de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Porto (ASCI), em com colaboração Associação Cuidados Intermédios Médicos (ACIM). Em simultâneo decorre o XI Congresso do Arco Iberoatlântico, em colaboração com a Sociedade Galega de Medicina Intensiva y Unidades Coronárias (SOGAMIUC).

Subordinado ao tema “Doente crítico: do diagnóstico à terapêutica”, o congresso vai decorrer nas sete salas dos Cinemas Zon Lusomundo do Centro Comercial, com várias sessões temáticas simultâneas ao longo dos dois dias do evento, das 8h às 19h. “Técnicas depurativas em cuidados intensivos”, “O percurso do doente crítico – da emergência à UCI”, “Controvérsias no suporte nutricional do doente crítico”, “Condições urgentes e emergentes em doentes auto-imunes” ou “Diagnósticos difíceis em Medicina Interna – Googling a Diagnosis são alguns dos temas em debate no congresso.

 

Para além das palestras, o Dolce Vita Porto vai receber ainda no contexto deste congresso uma mostra de laboratórios farmacêuticos, com cerca de 25 participantes, que terá lugar na Urban Plaza, no piso 1.

Revista Cancer Cell
Um estudo com peixes zebra identificou um novo oncogene, a proteína UHRF1, capaz de gerar cancro do fígado, revelaram os...

Os peixes zebra são considerados uma das melhores espécies para se investigar sobre os genes humanos, porque os seus órgãos desenvolvem-se de maneira parecida.

No estudo, os cientistas, nomeadamente do Instituto de Investigações Biomédicas August Pi i Sunyer do Hospital Clínico de Barcelona, em Espanha, descobriram que a proteína UHRF1 e a sua exposição excessiva estão implicadas no desenvolvimento do carcinoma hepatocelular.

Nos humanos, a UHRF1 manifesta-se em excesso em 40 a 50% dos doentes com cancro do fígado e está associada a um mal prognóstico. O carcinoma hepatocelular é um tipo de cancro do fígado que representa cerca de 80% dos tumores hepáticos malignos.

Após seis anos de trabalho, os investigadores, não só de Espanha, mas também do Reino Unido e dos Estados Unidos, identificaram, pela primeira vez, a proteína UHRF1 como um oncogene - gene relacionado com o aparecimento de tumores - combinando um modelo de cancro em peixe zebra, com dados de tumores humanos.

No estudo, 75% dos 300 peixes zebra expostos em excesso a UHRF1 desenvolveram tumores em 20 dias, tendo os cientistas identificado uma sobreexposição ao mesmo oncogene em quase 50% dos doentes com cancro do fígado, analisados, com pior prognóstico.

Conheça os termos
Descrito de A a Z em termos simples

A

Adjuvante
Tratamento destinado a complementar o tratamento principal.

Afecção
Alteração do organismo ou perturbação das funções fisiológicas ou psíquicas. Afecção é um termo polivalente que abarca os conceitos de anomalia, disfunção, lesão, doença síndrome.

AINH
Anti-inflamatórios não hormonais.

Analgesia
Ausência de dor em resposta a um estímulo habitualmente doloroso.

Analgésico
Que alivia a dor.

Anti-inflamatórios
Que reduz a inflamação por sua acção sobre os mecanismos orgânicos, sem combater directamente o agente causal. Indica agentes tais como os anti-histamínicos e os glicocorticóides.

Articulação
Conexão entre os ossos do esqueleto que permite sua mobilidade. As articulações permitem movimentos de flexão e a extensão, inclinação lateral, circundação e rotação. As extremidades dos ossos, nas articulações, estão cobertas por uma delgada cartilagem, a cartilagem articular. A articulação está rodeada por uma cápsula de tecido conjuntivo, a cápsula articular. A camada mais interna é uma membrana lisa que se chama sinovial. No interior da articulação há um líquido, o líquido sinovial. Este líquido contém ácido hialurónico. É um líquido que facilita a movimentação das superfícies articulares. O conteúdo da cavidade articular pode estar aumentado em casos de processos inflamatórios da sinovial (sinovites).

Articular
Relativo às articulações.

Artralgia
Dor nas articulações.

Artrite
Inflamação de uma articulação. Pode ser aguda ou crónica, consecutiva a um traumatismo ou devida a doença (reumatismo agudo, gota, poliartrite crónica, etc.)

Artrite Crónica
Igualmente conhecida por artrite seca deformante. Sinónimo de artrose.

Artrite Infecciosa
Infecção do líquido sinovial e tecidos das articulações. Os microrganismos infecciosos podem ser bactérias ou vírus, que podem chegar até a junta por meio da corrente sanguínea ou pela contaminação directa (cirurgia, agulha etc.). Pode ocorrer em qualquer idade.

Artrite Reumatóide
Doença auto-imune na qual as articulações, geralmente aquelas das mãos e pés, tornam-se, simetricamente, inflamadas, resultando em inchaço, dor e eventual destruição do interior da junta. Pode produzir vários sintomas como febre baixa, inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite) que pode causar úlceras de perna ou danos nos nervos, pericardite e outros sintomas. Sua causa ainda é desconhecida, porém diversos factores diferentes, como a predisposição genética, podem influenciar a reacção auto-imune. Nesta doença, o sistema imune ataca o tecido que reveste e amortece as articulações.

Artropatia
Doença das articulações.

Artroplastia
Criação de uma articulação artificial para corrigir a ancilose ou operação para restabelecer o mais possível a integridade e a capacidade funcional de uma articulação.

Artrose
A Artrose é a doença osteoarticular mais frequente, que se inicia por degeneração da cartilagem e dos ossos abaixo dela, constituída por um tecido rico em proteínas, fibras colágeneas e células. A Artrose ou Osteoartrite tem início quando alguns constituintes proteicos alteram-se e outros diminuem em número ou tamanho. Como resposta do organismo ocorre tentativa de reparação através da proliferação das células da cartilagem, onde o resultado final do balanço entre destruição e regeneração é uma cartilagem que perde sua superfície lisa que permite adequado deslizamento das superfícies ósseas. Além disto, este processo acompanha-se de libertação de enzimas que normalmente estão dentro das células cartilaginosas (interleucina I, factor de necrose tumoral), as quais provocam reacção inflamatória local, causando erosões locais, o que tem como consequência um aumento da lesão tecidual.

B

Bainha aponeurótica
Membrana que envolve os músculos.

Bechterew (doença de)
Sinónimo de espondilartrite anquilosante. (Bechterew, Vladimir Mikhailovitch von, neurologista russo, professor em Kazan, e mais tarde em São Petersburgo, 1857-1927.)

Bilateral
Com dois lados, relativo a dois lados opostos e simétricos.

Bioquímico
Relativo à química dos processos vitais e organismos vivos.

Bursite
Inflamação dolorosa da bursa - saco achatado que contém fluido sinovial que facilita o movimento normal de algumas articulações e músculo, reduzindo a fricção. As bursas ficam localizadas em pontos de fricção, especialmente onde os tendões e músculos passam pelos ossos. Normalmente contém pouco fluido mas quando inflamadas, podem se encher de líquido. Pode ser causada pelo uso crónico excessivo da bursa, trauma, gota, pseudogota, artrite reumatóide ou infecções.

C

Calcificação
Processo em que o tecido ou material não celular no corpo se torna endurecido em consequência de precipitados ou grandes depósitos de sais insolúveis de cálcio (e também de magnésio), especialmente carbonato e fosfato de cálcio (hidroxiapatita) normalmente ocorrendo apenas na formação de osso e dentes.

Canal de voltagem do cálcio
Via de entrada para o ião de cálcio na fenda sináptica; abre em resposta a actividade eléctrica.

Canal de voltagem do sódio
Via de entrada para o ião de sódio nas células nervosas; abre em resposta a actividade eléctrica.

Cartilagem
Forma de tecido conjuntivo, composto por células (condrócitos) dispersas em uma matriz rica em colagénio tipo II e sulfato de condroitina.

Cervicalgia
Dor na região do pescoço ou da nuca.

Ciática
Nevralgia ciática.

Cisto sinovial
Cisto da membrana que envolve as articulações (membrana sinovial).

Cisto subcondral
Cisto localizado logo abaixo da cartilagem que protege o osso.

Clínico
Relativo à clínica; baseado na observação e no tratamento.

Colagénio
Osteína principal das fibras brancas do tecido conjuntivo, cartilagem e osso, que é insolúvel em água mas pode ser alterada para gelatinas solúveis, facilmente digeríveis, por fervura na água, ácidos diluídos ou álcalis.

Condroma benigno
Tumor benigno do osso. Ocorre em pessoas entre 10 e 30 anos, desenvolvendo-se na parte central de um osso. Alguns causam dor, sendo descobertos, frequentemente, por raios -X.

Condroma extra-esquelético
Tumor (neoplasia) benigno, localizado nos tecidos moles, em geral dos dedos, mãos e pés, não ligado ao osso subjacente ou periósteo.

Condromatose
Afecção de causa desconhecida, caracterizada pela presença de massas cartilagíneas no interior dos ossos. As suas localizações electivas são as metáfises dos ossos longos e os pequenos ossos cilíndricos das extremidades. Estas massas cartilagíneas, ao acumularem-se, podem formar tumores mais ou menos volumosos ou modificar o crescimento dos ossos atingidos.

Condropatia
Qualquer doença que afecte as cartilagens. Congénito presente desde a nascença, mas não necessariamente hereditário.

Contratura
Contracção muscular duradoura que provoca dor local.

Convulsão
Contracções involuntárias desordenadas de músculos.

Coxalgia
Dor na articulação da coxa.

Coxartrose
Artrose da anca. Pode ser secundária a uma malformação congénita da anca ou a uma artrite; ou primitiva, aparecendo quase exclusivamente depois dos quarenta anos de idade. À dor provocada pela marcha e à rigidez da anca podem associar-se uma posição viciosa e sobretudo a limitação dolorosa dos movimentos da anca. A coxartrose é muitas vezes acompanhada por deformações da cavidade cotiloideia e da cabeça do fémur.

Crondromatose
Presença de múltiplos focos tumorais de cartilagem.

Crónico
De longa duração; indica uma doença de evolução lenta e longa continuidade.

Curativo
Que cura, terapêutico.

D

Densitometria Óssea
É um exame que permite, com pequenas doses de radiação, determinar com exactidão a densidade óssea (BMD), sendo por isso o método de eleição para o despiste e avaliação da osteoporose. A avaliação é efectuada de forma comparativa aos valores esperados para uma determinada população "saudável" com a mesma idade e sexo. Deve realizar-se este exame em todas as mulheres pós menopáusicas com menos de 65 anos e com outros factores de risco de fracturas por osteoporose, em todas as mulheres com mais de 65 anos independentemente de outros factores de risco, nas mulheres pós menopáusicas com fracturas, nas mulheres que fazem terapêutica hormonal de substituição, e por último nas mulheres que ponderam iniciar outro tipo de tratamento para a osteoporose. Nestas duas últimas indicações o exame deve ser efectuado de dois em dois anos.

Deontologia Médica
Estudo e codificação dos deveres do médico.

Discopatia
Qualquer afecção dos discos intervertebrais.

Distrofia muscular
Conjunto de desordens caracterizado pelo enfraquecimento progressivo dos músculos e perda de tecido muscular.

Doença mista do tecido conjuntivo
Conjunto de sintomas similares àqueles de várias doenças do tecido conjuntivo: lúpus eritematoso sistémico, escleroderma, poliomiosite e dermatomiosite. Cerca de 80% das pessoas afectadas são mulheres. As causas ainda são desconhecidas. Afecta pessoas entre 5 e 80 anos. Os sintomas típicos são o fenómeno de Raynaud, artrite, inchaço das mãos, fraqueza muscular, dificuldade de engolir, azia e falta de ar.

Doença óssea de Paget
Distúrbio crónico do esqueleto, em que algumas áreas dos ossos crescem anormalmente, expandindo-se e tornando-se flexíveis e frágeis. Pode afectar qualquer osso, mas os mais comummente afectados são o pélvis, o fémur, o crânio, a tíbia, a espinha vertebral, a clavícula e o úmero. Normalmente, os osteoclastos (células que têm por função absorver e remover o tecido ósseo velho) e os osteoblastos (células formadoras de ossos) trabalham em equilíbrio para manter a estrutura e integridade óssea. Na doença de Paget, tanto os osteoblastos como os osteoclastos se tornam hiperactivos em algumas áreas dos ossos, as quais crescem anormalmente e se tornam frágeis.

Dor
Sensação penosa ou desagradável; sofrimento.

Dor aguda
Dor que tem, habitualmente, uma causa definida, i.e., após uma lesão ou como resultado de uma doença e com uma data de aparecimento identificável. É normalmente de curta duração.

Dor crónica
A dor crónica é frequentemente definida como a dor que persiste por mais de 3 meses ou que ultrapassa o processo de cura. Alguns autores escolheram os 6 meses como termo.

Dorsalgia
Dor na região dorsal.

Dupuytren (doença de)
Doença de etiologia desconhecida, caracterizada por esclerose com retracção da aponevrose palmar, começando por nódulos palmares e provocando a flexão progressiva de um ou mais dedos (especialmente os 4.º e 5.º dedos). Afecta frequentemente as duas mãos. (Dupuytren, Guillaume, cirurgião e anatomopatologista francês, professor em Paris, 1778-1835.)

E

Efectivo
Eficaz, eficiente.

Efeito Colateral
Efeito secundário indesejado de uma medida terapêutica ou medicamento.

Electrofisiológico
Relativo à electrofisiologia (estudo das reacções produzidas nos seres vivos por excitações eléctricas.

Encondromatose
Doença óssea caracterizada pela presença de condromas múltiplos localizados na região metafisária dos ossos longos, que provoca o encurvamento assimétrico dos ossos atingidos.

Enfermo
Fraco ou débil devido a idade ou doença.

Entesopatia
A entese é o local anatómico onde ocorre a inserção de um ligamento ou músculo no osso, está comprometida numa grande variedade de patologias, as quais são denominadas de Entesopatias. Esses pontos apresentam terminações nervosas especiais e o osso onde se inserem fibras dos ligamentos, tendões ou músculos não são recobertos por periósteo. As fibras tendinosas passam directamente para dentro das fibras de Sharpey do osso, local onde o tendão se alarga e se prende directamente na forma de leque na zona de inserção, com cartilagem hialina interposta. Durante o movimento, as ênteses são expostas a grandes sobrecargas mecânicas, sendo que muito frequentemente esses pontos são submetidos a trauma em actividades desportivas e programas de condicionamento físico inadequados. Os locais mais acometidos pelos traumas diários e movimentos repetidos que levam a quadros de Entesopatias são o epicôndilo lateral do úmero, fazendo o cotovelo do tenista ("tennis elbow"), o epicôndilo medial ("golf elbow"), a Entesopatia da pata de ganso, Entesopatia retrocalcãnea e subcalcânea, etc..

Epicondilite
Inflamação do epicôndilo ou dos tendões musculares que nele se inserem, caracterizada por uma dor muito localizada à pressão (epicondialgia), que por vezes irradia ao longo do bordo radial do antebraço e é desencadeada pelos movimentos de extensão e de supinação.

Esclerodermia
Doença cutânea crónica caracterizada pelo endurecimento e espessamento das camadas profundas da pele, frequentemente associada a alterações análogas do tecido conjuntivo das vísceras (chamada esclerodermia generalizada ou sistémica).

Esclerodermia (dermatosclerose, esclerose cutânea)
Espessamento da pele causado por tumefacção e espessamento de tecido fibroso, com atrofia dos folículos pilossebáceos; manifestação da esclerose sistémica progressiva e utilizada como sinónimo daquela doença.

Esclorose
Endurecimento ou dureza.

Escoliose
Desvio lateral da coluna vertebral.

Espinal
Relativo à coluna vertebral.

Espinha bífida
Condição na qual parte de uma ou mais vértebras não se desenvolvem completamente, deixando uma porção da medula espinhal desprotegida. O risco está associado à deficiência de folato na dieta, especialmente no início da gravidez. Algumas crianças não apresentam sintomas, outras ficam fracas ou paralisadas nas áreas alcançadas pelos nervos abaixo do defeito.

Espondilite
Inflamação das vértebras.

Espondilite anquilosante, espondilite ancilosante
A espondilite envolve a inflamação de uma ou mais vértebras. A espondilite anquilosante é uma doença crónica inflamatória que afecta as articulações entre as vértebras da espinha e as articulações entre a espinha e o pélvis. Eventualmente, faz com que as vértebras afectadas se fundam ou cresçam juntas.

Espondilólise
Degeneração da parte articular de uma vértebra.

Espondilolistese
Escorregamento da vértebra, alterando o alinhamento com as vértebras vizinhas.

Espondilose cervical
Qualquer lesão da coluna vertebral de natureza degenerativa.

Esporão
Pequeno crescimento ósseo.

Estimulação nervosa transcutânea eléctrica (TENS)
Introdução de pulsos de electricidade de baixa voltagem nos tecidos de forma a aliviar a dor.

Estímulo
Qualquer agente que provoque uma resposta ou uma forma particular de actividade, numa célula, tecido ou outra estrutura sensível ao estímulo.

Estrogéneos
Hormonas produzidas pelos ovários, responsáveis pela maturação dos órgãos genitais femininos, desde a infância até à idade fértil. Garantem a fertilidade na mulher.

Etiologia
Ciência e estudo das causas de doença e seu modo de acção.

F

Factor de risco
Factores que podem levar a uma maior possibilidade de desenvolvimento de doença; incluem os níveis elevados de colesterol, hipertensão, tabaco, idade ou diabetes.

Farmacoterapia
A utilização de fármacos para tratar uma doença.

Fascia plantar
Camada fibrosa resistente localizada na planta dos pés, logo abaixo da pele, que se insere no osso do calcanhar.

Fasciculação
Contracção de grupos de músculos.

Fenómeno
Manifestação, sinal, sintoma.

Fibrocartilagem
Tipo de cartilagem que contém fibras colagénias visíveis. Aparece como uma transição entre tendões ou ligamentos ou ossos.

Fibrocisto
Inflamação de uma fibrocartilagem.

Fibrodisplasia óssea progressiva
Distúrbio generalizado do tecido conjuntivo em que o osso substitui tendões, fáscias e ligamentos.

Fibroma
Tumor benigno derivada de tecido conjuntivo fibroso.

Fibromas condromixóides (condrofibroma, condromixoma)
Tumores não cancerosos raros que ocorrem em pessoas abaixo de 30 anos de idade, cujo sintoma usual é a dor. Ocorre com mais frequência na tíbiade adolescentes e adultos jovens, composto de tecido mixóide lobulado com escassos focos condróides. O tratamento é feito pela remoção cirúrgica.

Fibromatóide
Foco, nódulo ou massa que se assemelha a um fibroma mas não é considerado como neoplasia (tumor maligno).

Fibromatose
Condição caracterizada pela ocorrência de fibromas múltiplos.

Fibromialgia
Grupo de desordens caracterizado por dores e inflexibilidade dos tecidos moles, incluindo músculos, tendões e ligamentos.

Fibrose
Formação de tecido fibroso como um processo reparador ou reactivo, em oposição à formação de tecido fibroso como um constituinte de um órgão ou tecido.

Fisiológico
Normal, não devido a uma doença, relativo ao estudo das funções dos organismos vivos.

G

Gonartrose
Artrose do joelho que se manifesta através de dores, tumefacção do joelho e limitação dolorosa da flexão.

H

Hallus (ou hallux) valgus
Desvio do dedo grande do pé em direcção ao bordo externo do pé, com eventual cavalgamento do segundo dedo.

Hemiparésia
Paralisia ligeira que afecta um dos lados do corpo.

Hemiplegia
Paralisia que afecta um dos lados do corpo.

Hiperalgesia
Resposta exagerada a um estímulo doloroso normal. Pode ser primária, com aumento da sensibilidade à dor dentro da área de tecido lesado ou secundária, com aumento da sensibilidade à dor no tecido normal que rodeia a área lesada.

Hiperestesia
Sensibilidade aumentada à estimulação.

Hiperostose
Hipertrofia de um osso.

I

Incompatível
Não adequado para administração simultânea.

Indicação
Circunstância que indica a utilização de uma terapia.

Induração
Endurecimento anormal de um tecido.

Inflamação
Processo patológico fundamental de um complexo dinâmico de reacções citológicas e histológica que ocorre nos vasos sanguíneos e tecidos adjacentes acometidos em resposta a uma lesão ou estímulo anormal produzido por um agente físico, químico ou biológico, incluindo: reacções locais e alterações morfológicas resultantes; destruição ou remoção do material lesado e respostas que levam ao reparo e à cura.

Intensidade
Grau de força ou de intensidade.

Intercostal
Entre as costelas.

Intolerância
Incapacidade de suportar um medicamento.

Intramuscular
No interior do músculo.

Invasivo
Que invade, que penetra o corpo.

In-Vitro
Em laboratório.

L

Lesão
Alteração mórbida na função ou estrutura de um órgão.

Ligamento
Feixe fibroso entre dois ossos numa articulação.

Lombar
Relacionado com a parte inferior da coluna vertebral.

Lordoescoliose
Lordose associada a escoliose.

Luxação
Deslocação dos ossos de uma articulação.

M

Manifestação
Exteriorização de uma doença.

Matriz extracelular
Rede complexa de polissacarídeos (como as glicosaminoglicanas ou celulose) e proteínas (como o colagénio) segregados pelas células. Actuam como elementos estruturais nos tecidos e também influenciam seu desenvolvimento e fisiologia.

Menopausa
Fase marcada pela cessação da menstruação, que ocorre geralmente entre os 45 e os 55 anos de idade.

Metabolismo
Conjunto de reacções bioquímicas dentro do organismo.

Mialgia
Dor muscular.

Miastenia
Falta de força, fraqueza muscular.

Mobilidade
Possibilidade de realizar movimentos activos; por exemplo de uma articulação.

Monoterapia
Terapia com um medicamento ou terapia de cada vez.

Músculo-esquelético
Tipo de músculo que representa a maioria da musculatura do corpo. Está ligada ao esqueleto e é responsável pelo movimento dos ossos. Está sob controlo voluntário.

N

Necrose
Morte patológica de uma ou mais células, ou de uma porção de tecido ou órgãos, resultante de alterações irreversíveis.

Neurite
Nevrite, inflamação de um nervo.

Neuromielite, mieloneurite
Neurite associada a inflamação da medula espinhal.

Neuromiosite
Neurite com inflamação dos músculos com os quais o nervo ou os nervos acometidos estão relacionados.

Neuromuscular
Relativo à correlação entre os nervos e os músculos Neuropatia Termo clássico que designa qualquer distúrbio que acomete qualquer segmento do sistema nervoso. No uso contemporâneo, uma doença que envolve os nervos cranianos ou espinhais.

Neuropatia periférica
Termo genérico utilizado para denominar as doenças caracterizadas pelo mau funcionamento dos nervos periféricos. Esse mau funcionamento pode causar a perda de sensação, da actividade muscular ou das funções dos órgãos internos. Os sintomas podem surgir sozinhos ou combinados: caso o nervo que controla determinado músculo seja danificado, essa lesão pode causar a fraqueza desse músculo e até mesmo sua atrofia. Dor, entorpecimento, formigueiro, inchaço e vermelhidão podem surgir em várias partes do corpo. Os danos podem ser sofridos por um único nervo (mono neuropatia), por dois ou mais nervos (mono neuropatia múltipla) ou, simultaneamente, por muitos nervos distribuídos pelo corpo (poli neuropatia).

Neuropatias Periféricas Hereditárias
Distúrbios do sistema nervoso periférico transmitidos geneticamente de pais para filhos. As três categorias principais das neuropatias hereditárias são: neuropatias motoras hereditárias, que afectam apenas os nervos motores; neuropatias sensoriais hereditárias, que afectam apenas nervos sensoriais e neuropatias sensoriais-motoras hereditárias, que afectam os nervos sensoriais e motores.

O

Ossificação
Formação do osso ou de substância óssea.

Osso
Tecido conjuntivo duro que consiste em células incrustadas numa matriz de substância fundamental mineralizada e fibras de colagénio. As fibras são impregnadas com uma forma de fosfato de cálcio semelhante à hidroxiapatia, bem como quantidade substancial de carbonato, citrato de sódio e magnésio. É composto de 75% de material inorgânico e 25% de material orgânico.

Osteoartrite (Artrite degenerativa)
Doença osteoarticular de carácter degenerativo, sinónimo de artrose. Distúrbio crónico das articulações, caracterizado pela degeneração da cartilagem da junta e de ossos adjacentes, que pode causar dor e rigidez. Afecta tanto os homens quanto as mulheres, geralmente ao redor dos 70 anos de idade. Ocorre na maioria dos vertebrados.

Osteoblasto
Célula óssea associada à formação do osso.

Osteoclástico
Relativo a osteoclastos, principalmente com referência à sua actividade na absorção e na remoção de tecido ósseo.

Osteoclasto
Grande célula multinucleada, possivelmente de origem monocítica, com abundante citoplasma acidófilo que funciona na remoção do tecido ósseo.

Osteocondrite
Doença da cartilagem articular. Sinónimo de osteocondrose.

Osteocondrite deformante infantil da epífise femoral superior
Sinónimo de coxa plana.

Osteocondrite do semilunar
Sinónimo de doença de Kienböck. V. Kienböck (doença de).

Osteocondrodisplasias
Grupo de distúrbios hereditários em que os ossos ou as cartilagens ósseas crescem anormalmente, acarretando desenvolvimento anormal do esqueleto.

Osteocondroma (Exostose osteocartilaginosa)
Tipo mais comum de tumor ósseo não canceroso, que ocorre em pessoas entre 10 e 20 anos. Caracteriza-se por protuberâncias na superfície óssea. Pode originar-se de qualquer osso pré formado em cartilagem, mas é mais frequente próximo das extremidades dos ossos longos. Os osteocondromas múltiplos são hereditários e denominados exostoses múltiplas hereditárias.

Osteocondromatose (articular)
Afecção articular que atinge sobretudo o cotovelo e o joelho, mais frequente no sexo masculino, caracterizada por um espessamento viloso da sinovial, onde se destacam múltiplos fragmentos osteocartilagíneos que constituem corpos estranhos na cavidade articular.

Osteocondrose
Sinónimo de osteocondrite.

Osteófito
Osteofima; excrescência óssea.

Osteogênese
Formação do osso ou de substância óssea.

Osteomalácia (Raquitismo do adulto)
Doença que se caracteriza pelo amolecimento e curvatura gradual dos ossos com dor de intensidade variável. Causada pela não calcificação do tecido osteóide em virtude da ausência da vitamina D ou ausência de vitamina D. É mais comum nas mulheres e geralmente começa na gravidez.

Osteomas osteóides
Pequenos tumores não cancerosos que se desenvolvem nos braços ou pernas, podendo ocorrer, contudo, em qualquer osso. Causam dores que pioram no período da noite, sendo aliviadas por pequenas doses de aspirina. Eventualmente os músculos que circundam o tumor podem se atrofiar.

Osteomielite
Infecção dos ossos geralmente causada por bactérias e, às vezes, por fungos. Quando o osso é infectado, a medula frequentemente incha. Como o tecido inchado pressiona a parte rígida externa do osso, os vasos sanguíneos da medula se comprimem, reduzindo o suprimento de sangue ao osso. Sem este suprimento, partes do osso podem morrer. A infecção também pode se espalhar para fora do osso, formando abcessos (pus) nos tecidos adjacentes, tais como os músculos.

Osteonecrose
A morte do osso em massa, que se distingue da cárie ("morte molecular") ou focos relativamente pequenos de necrose no osso.

Osteopenia
Redução da calcificação ou densidade óssea; termo descritível aplicável a todos os sistemas ósseos nos quais se observa essa condição; não tem implicação de causalidade. Redução da massa óssea em virtude de síntese inadequada de osteóide.

Osteopetroses
Distúrbios hereditários que aumentam a densidade óssea e causam anormalidades no esqueleto.

Osteoporose
Redução progressiva da densidade dos ossos, que os enfraquece, levando a fracturas. Os ossos contêm minerais, tais como cálcio e fósforo, que os tornam duros e densos. Para manter a densidade óssea, o organismo precisa fornecer suprimento adequado de cálcio e de outros minerais e produzir quantidades apropriadas de muitas hormonas, com por exemplo hormona paratireóide, hormona de crescimento, calcitonina, estrogénio na mulher e testosterona no homem. O organismo também precisa da vitamina D para absorver o cálcio do alimento e incorporá-lo aos ossos. Se o corpo não for capaz de regular o conteúdo mineral dos ossos, estes se tornam mais frágeis, resultando em osteoporose.

Osteoporose da pós-menopausa
Redução progressiva na densidade dos ossos causada pela falta de estrogénio, principal hormona feminina, o qual ajuda na regulação da incorporação do cálcio pelos ossos da mulher. Geralmente, os sintomas aparecem entre os 51 e 75 anos de idade.

Osteoporose juvenil idiopática
Tipo raro de osteoporose, cuja causa ainda não foi identificada. Ocorre em crianças e jovens adultos com níveis e funções hormonais e vitamínicos normais, sem qualquer razão para apresentarem a doença. Leva a dor ou fracturas com remissão espontânea em poucos anos.

Osteoporose secundária
Redução progressiva da densidade dos ossos causada por outra condição médica (falha renal crónica, distúrbios hormonais) ou por medicamentos (corticosteróides, barbitúricos, anticonvulsivos).

Osteoporose senil
Redução progressiva da densidade dos ossos, provavelmente decorrente da deficiência de cálcio relacionada ao envelhecimento e de um desequilíbrio entre a taxa de lixiviação e a de nova formação óssea. Geralmente afecta pessoas acima de 70 anos de idade, sendo duas vezes mais comum em mulheres.

Osteosclerose
Endurecimento anormal ou eburnação do osso.

Osteossarcoma (sarcoma osteogénico)
Tumor ósseo canceroso primário que se origina nas células formadoras do osso. Pode ocorrer em qualquer idade, mas mais comummente entre 10 e 20 anos. Cerca de metade destes tumores ocorre no joelho ou ao redor do mesmo, mas podem se originar em qualquer osso, causando dor e inchaço. Tendem a se espalhar até os pulmões.

Osteossíntese
Fixação cirúrgica de uma fractura, por meio geralmente metálico.

P

Paget (doença óssea de)
Doença de causa desconhecida, mais frequente no sexo masculino, rara antes dos 50 anos de idade, que se caracteriza clinicamente por deformações ósseas, em regra múltiplas (crânio, bacia, fémur), associadas a dores e perturbações vaso motoras, podendo provocar fracturas. Ao exame radiológico, os ossos atacados apresentam um aspecto algodoado, com alternâncias irregulares de zonas escuras e claras e uma camada cortical muito espessa. Sinónimo de osteíte deformante hipertrófica. (Paget, Sir James, cirurgião de Londres, 1814-1899.)

Parestesia
Sensação anormal (alfinetes, agulhas ou formigueiros).

Pé côncavo (ou pé cavo)
Pé cuja curvatura plantar é exagerada. Os dedos tendem a dobrar-se em garra; a pressão excessiva sobre as cabeças dos metatársicos provoca calosidades e dores.

Periartrite
Inflamação dos tecidos que envolvem uma articulação (bolsas serosas, tendões, ligamentos).

Periartrite escapulumeral
Conjunto de modificações patológicas que afectam os músculos, os tendões e as bolsas que envolvem a articulação escapulumeral. As suas manifestações clínicas são constituídas por dores no ombro e limitação dos movimentos que pode atingir o bloqueio da espádua por retracção fibrosa da cápsula articular.

Perthes (doença de)
Sinónimo de coxa plana.

Poliartrite
Inflamação simultânea de várias articulações.

Polinevrite
Neurite múltipla; inflamação de muitos nervos, um de cada vez.

Profilático
Constituição de uma falsa articulação, patológica, entre dois fragmentos ósseos de uma fractura mal consolidada, com mobilidade anormal ao seu nível.

R

Radiografia
Teste vulgarmente utilizado no diagnóstico da dor neuropática para determinar alterações mecânicas ou esqueléticas que possam originar compressão do nervo.

Radiologista
Especialista em radiologia, a aplicação de certas radiações electromagnéticas ao diagnóstico e à terapêutica de órgãos internos sem recurso a cirurgia. Os exames radiológicos incluem raios X, TAC, RM, ultra-sons, angiografia e medicina nuclear.

Radioterapia
Especialidade médica relacionada ao uso de radiações electromagnéticas ou de partículas no tratamento de doenças. Tratamento de uma doença através de radiações, do tipo de raio-X, raios beta, e raios gama, produzidos por máquinas ou por radioisótopos.

Raios X
Radiações electromagnéticas de pequeníssimo comprimento de onda e de grande poder de penetração, que se produzem quando um feixe de electrões embate contra um obstáculo, descobertas em 1895 pelo físico alemão W. C. Röntgen (1845-1923). Atravessando o corpo humano são utilizadas como técnica de diagnóstico em imagiologia criando imagens dos tecidos duros (como os ossos ou tumores sólidos) numa película fotográfica.

Reabilitação
Restauração, após uma doença ou lesão, da capacidade de funcionar de forma normal ou quase normal.

Regeneração
Renovação ou preparação de tecidos ou de partes desaparecidas.

Ressonância magnética (RM)
Exame utilizado no diagnóstico da dor neuropática para detectar anomalias no encéfalo.

Ressonância Magnética Nuclear
Modalidade de diagnóstico por imagem em que se usa a tecnologia de ressonância magnética nuclear, na qual o corpo do paciente é colocado em um campo magnético e seus núcleos atómicos são excitados por impulsos de radiofrequência. Os sinais resultantes que variam de intensidade são processados através de um computador para produzir uma imagem.

Reumática
Referente a condições com dor ou outros sintomas de origem articular ou relacionados a outros elementos do sistema músculo-esquelético.

Reumatismo
Termo obsoleto para designar febre reumática. É aplicado a várias condições com dor ou outros sintomas de origem articular ou relacionadas a outros elementos do sistema músculo-esquelético. Existem vários tipos de reumatismo.

Reumatismo crónico
Distúrbio específico das articulações, de evolução lenta, ocasionando um espessamento e contracção dolorosos das estruturas fibrosas, interferindo com o movimento, e causando deformidade.

Reumatismo nodoso
Reumatismo articular agudo ou sub-agudo, acompanhado pela formação de nódulos sobre os tendões, ligamentos e periósteo, na adjacência das articulações acometidas.

Reumatismo sub-agudo
Forma leve, mas em geral prolongada, de febre reumática aguda, amiúde resistente ao tratamento.

RM
Ver Ressonância Magnética.

Ruptura muscular
Lesão provocada geralmente pela extensão muito violenta ou muito brusca do músculo contraído (como, por exemplo, quando se faz esforço demasiado para dar um salto). A ruptura provoca dor intensa, súbita, acompanhada de derrame sanguíneo muito intenso. Uma vez desaparecido o inchaço que envolve o local afectado, fica mais ou menos visível uma depressão, principalmente quando o músculo se contrai .

S

Sarcoidoise
Sinónimo de doença de Besnier-Boeck-Schaumann. V. Besnier-Boeck-Schaumann.
Trata-se de uma doença de origem auto-imune, também denominada de sarcoidose, provocando lesões pulmonares semelhantes à tuberculose.

Scheuermann (doença de)
Afecção degenerativa da coluna vertebral que ataca as crianças e os adolescentes, caracterizada por cifose dolorosa e rigidez da coluna dorso lombar. Caracteriza-se radiologicamente pelo achatamento de um ou mais discos intervertebrais, por deformação cuneiforme moderada de um ou vários corpos vertebrais (na maior parte dos casos D7, D8 e D9) e por lesões dos pratos vertebrais, que frequentemente estão esclerosados. Sinónimo de cifose dolorosa dos adolescentes, epifisite vertebral do crescimento. (Scheuermann, Holger Werfer, cirurgião ortopedista dinamarquês, Copenhaga, 1877-1960.)

Sequela
Complicação mais ou menos tardia de uma doença, doença consecutiva.

Síndroma
Complexo mórbido, conjunto de sintomas.

Síndrome do túnel de carpo
Mono neuropatia periférica resultante da compressão do nervo mediano do punho. Produz sensações estranhas, entorpecimento, formigueiro e dor em alguns dedos e no lado da mão relativo ao polegar. É comum especialmente em mulheres, podendo afectar uma ou ambas as mãos. As pessoas cujo trabalho exige movimentos repetitivos forçosos, levando à extensão do pulso, são as mais susceptíveis (como aquelas que utilizam chaves-de-fenda). Uso prolongado de teclados de computador também causa esta síndrome. Gestantes e pessoas com diabetes ou com a glândula tiróide pouco activa estão sob grande risco de desenvolver esta síndrome.

Sintomatologia
Sintomas combinados de uma doença.

T

Tendinite
Inflamação de um tendão. Tendões são cordas fibrosas de tecido inflexível que conectam os músculos aos ossos. Os tendões inflamados geralmente causam dor quando são movimentados ou tocados. A tendinite geralmente ocorre na meia-idade ou quando idosos, conforme os tendões se tornam mais susceptíveis a lesões. Contudo, ocorre em pessoas mais jovens que praticam exercícios vigorosos e naqueles que executam tarefas repetitivas.

Tinnitus
Zumbido do ouvido.

Tolerância
O uso repetido ou prolongado de alguns medicamentos pode resultar em tolerância - uma diminuição da resposta farmacológica. A tolerância ocorre quando o organismo se adapta à presença continuada da droga.

Tomografia
Exame baseado na diferença de densidade do cérebro. Permite imagens menos detalhadas do cérebro.

Tomografia com emissão de positrões
Técnica de imagem tomográfica das funções metabólicas e fisiológicas locais nos tecidos sendo a imagem formada por síntese computadorizada de dados transmitidos por meio de radionuclídeos emissores de positrões, frequentemente incorporados a substâncias bioquímicas naturais e administrados ao paciente; um computador traça o trajecto dos fotões (produzidos pela colisão de positrões emitidos pelas substância bioquímica radioactiva como os electrões com carga negativa normalmente presente nas células teciduais) e produz uma imagem composta, quase sempre colorida, que representa o nível de metabolismo das substâncias bioquímicas no tecido, como um indicador da presença ou ausência da doença.

Tomografia Computadorizada
Conjunto de informações anatómicas apresentada como uma imagem gerada por uma síntese computadorizada pela transmissão de dados obtidos por raios X. Permite localizar com precisão eventuais anormalidades.

Tumor
Produção patológica, não inflamatória, de tecido de formação nova. Pode ser constituído por células normais e manter-se estritamente localizado (tumor benigno) ou ser formado por células atípicas, monstruosas, e invadir progressivamente os tecidos vizinhos, ou disseminar-se à distância por metáteses (tumor maligno ou canceroso). Sinónimo de neoplasia (sobretudo para os tumores cancerosos), neoformação. 2) Nome dado antigamente a qualquer tumefacção.

Tumor
Crescimento novo, espontâneo, do tecido, formando uma massa anormal. Um tumor, não tem função útil de crescimento, com detrimento da saúde do organismo.

Tumores ósseos
Crescimento de células anormais nos ossos. Podem ser benignos ou malignos (cancerosos). Os malignos são raros. Podem ser primários (originados no próprio osso) ou metastáticos (originários de outros locais do corpo). O sintoma mais comum é a dor nos ossos. Pode-se notar protuberâncias no local.

Tumores ósseos metastáticos
Cancros com origens em outros locais do corpo, que se espalham e atingem os ossos. Os tipos de câncer que tendem a se espalhar são: o de mama, o de pulmão, o de próstata, o de rins e o da tiróide. Sintomas podem consistir em dores ou fractura no local onde o osso esteja enfraquecido pelo tumor.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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