Falta de especialistas
O diretor do serviço de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, criticou hoje a administração...

“Vir alguém chefiar uma equipa de um hospital que não conhece é uma solução que não é aceitável, que eu nunca propus e não quero validar”, disse Anselmo Costa, que se encontra demissionário desde outubro de 2018, em declarações à agência Lusa.

Segundo o médico, neste sábado estiveram ao serviço dois especialistas, um dos quais foi interno no Garcia de Orta e uma médica do Hospital Dona Estefânia, que “não conhece os serviços, os hábitos e a forma de funcionar”.

No final de março, a Ordem dos Médicos alertou para o risco de a urgência pediátrica encerrar em alguns dias de abril devido à falta de especialistas, tendo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses ter precisado o último sábado, dia 13, por ser um dos dias em que a escala não estava assegurada.

No entanto, na semana passada, a administração do hospital garantiu que a urgência tem mantido a qualidade, apesar de funcionar com o serviço mínimo de três médicos (dois especialistas e um interno) e que, além do lançamento de concursos para a integração de seis a oito pediatras, iria implementar uma medida provisória para impedir o fecho da urgência, com a contratação de profissionais em regime de prestação de serviços.

No entanto, o diretor do serviço de pediatria considerou que “não é aceitável” um médico chefiar um hospital que não conhece.

“Uma coisa é entrar alguém novo para uma equipa de cinco ou seis e outra é entrar alguém novo para uma equipa de três e uma chefia leva ainda mais tempo. Ninguém de bom senso espera que um pediatra chegue ao serviço e de repente vá chefiar uma equipa daqui a uma semana”, defendeu.

Anselmo Costa, apesar de ainda estar a exercer funções, encontra-se demissionário do cargo de diretor do serviço por não concordar com as medidas tomadas pela administração em relação à falta de médicos e pelas constantes “promessas” de contratação que não chegam.

“Estou demissionário desde outubro do ano passado, exatamente porque estava um bocadinho cansado de promessas, que não deram em nada e mantenho-me em funções porque não sou substituído e porque também achei que ia tentar lutar até ao fim”, explicou.

Segundo Anselmo Costa, a urgência pediátrica do Garcia de Orta tem no total cinco pediatras (passando a quatro no próximo mês, devido à demissão de um deles), e a equipa padrão é constituída por um especialista e dois internos, o que se torna “penoso”, porque os médicos ao serem poucos, acabam a fazer mais urgência do que o normal.

Além disso, de acordo com o pediatra, as escalas não estão a ser divulgadas com a antecedência devida, cerca de um mês, avançando que “nesta quarta ou quinta-feira ainda não está assegurada”.

A Ordem dos Médicos revelou hoje à TSF que pediu à administração do hospital o envio das escalas das equipas da urgência pediátrica para abril, afirmando que continua a existir o risco de encerramento durante a noite ou ao fim de semana.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim Lourenço, também explicou que a qualidade da urgência pode estar em causa devido à contratação de médicos em prestação de serviços.

“Não podemos ter um especialista que acabou a especialidade a ter o trabalho de um chefe de equipa. Os chefes de equipa conhecem o serviço, os doentes e resolvem os problemas maiores. Estamos a contratar quem estiver disponível no dia-a-dia e isso não garante nenhuma qualidade, não respeita a carreira médica, nem respeita os processos normais de funcionamento de equipa”, frisou.

Além disso, na visão de Alexandre Valentim Lourenço, através deste método, o conselho de administração não está a dar condições para que os especialistas queiram fixar-se neste hospital, estando a “tapar buracos” e a “destruir um dos melhores serviços de pediatria que havia”.

A Lusa tentou contactar o Hospital Garcia de Orta, mas até ao momento não foi possível obter declarações.

Processo parado
Estudantes de fisioterapia e jovens fisioterapeutas estão preocupados com a falta de avanços no processo de criação desta Ordem...

No domingo, estes estudantes e jovens profissionais promoveram uma caminhada de sensibilização a favor da Ordem dos Fisioterapeutas na Figueira da Foz, na qual participaram cerca de 250 pessoas.

“Parece que o processo está na gaveta. Não sabemos se está ou não, mas nos últimos meses tem havido pouca informação”, afirmou à agência Lusa Afonso Neutel, aluno do quarto ano de fisioterapia, que participou na iniciativa.

Os estudantes consideram que a existência de uma Ordem dos Fisioterapeutas “tem grande importância para a sociedade atual, pois permitirá assegurar ao cidadão uma maior acessibilidade, qualidade e proximidade nos cuidados prestados”, bem como “a regulação adequada daquela que é a terceira maior profissão de saúde do país”.

Os projetos de lei para criação da Ordem dos Fisioterapeutas, promovidos pelo CDS/PP e pelo PS, foram aprovados na generalidade em outubro de 2017 e, desde então, o assunto tem estado em discussão na 10.ª Comissão de Trabalho e Segurança Social, no grupo de trabalho referente às ordens profissionais.

Segundo Afonso Neutel, os avanços têm sido muitos lentos, parecendo mesmo que o processo legislativo se encontra parado, deixando preocupados os estudantes de fisioterapia.

“Nós queremos ter uma ordem profissional e queremos ver este processo resolvido. Acreditamos que a resolução do processo pode ser favorável, mas há uns meses que não há novidades”, lamentou.

 

Investigação
Sobreviventes de cancro infantil, com uma determinada variante genética comum, que foram tratados com radioterapia craniana...

O cancro é uma das principais causas de morte entre crianças com 14 anos, ou menos, nos Estados Unidos; mas devido aos avanços no tratamento, há um número crescente de sobreviventes.

De acordo com Yadav Sapkota, do St. Jude Children’s Research Hospital, a atual taxa de sobrevivência a 5 anos de cancro infantil é agora maior que 85%; nos anos 60, esta mesma taxa variava entre 20% a 30%.

“Mas a cura tem um preço, porque as terapias contra o cancro podem causar problemas de saúde”, explicam os investigadores.

Embora alguns desses problemas de saúde sejam de curto prazo, à medida que os sobreviventes de cancro infantil envelhecem, a maioria experimenta efeitos tardios dos seus tratamentos, como cancros secundários, infertilidade e acidente vascular cerebral.

No St. Jude Children’s Research Hospital, Yadav Sapkota e os seus colegas estão a realizar um estudo retrospetivo, com acompanhamento clínico prospetivo, de sobreviventes de cancro infantil para identificar fatores de risco para esses efeitos posteriores do tratamento da doença.

Estes sobreviventes estão a passar por avaliações clínicas abrangentes, bem como sequenciamento do genoma completo, com dados atualmente disponíveis para 4 500 pacientes.

“Os sobreviventes de cancro infantil a longo prazo têm aproximadamente oito vezes mais riscos de sofrer um acidente vascular cerebral, em comparação com os seus irmãos”, disse Yadav Sapkota, acrescentando que a radioterapia craniana é um fator de risco conhecido.

Embora exista uma relação dose-resposta entre a radioterapia craniana e o risco de acidente vascular cerebral, a variação nessa associação sugere que o risco pode ser influenciado por fatores genéticos.

A equipa de investigação analisou genomas inteiros de 686 sobreviventes de cancro infantil com ascendência europeia. Os pacientes tinham mediana de 40,4 anos e todos foram tratados com radioterapia craniana quando eram crianças, principalmente para leucemia ou cancro cerebral. Além disso, 116 ou 17% desses pacientes desenvolveram um AVC clinicamente diagnosticado.

Os investigadores descobriram uma associação significativa no genoma entre uma variante comum no locus 5p15.33 e AVC associado à radioterapia craniana; essa variante, localizada no cromossoma 5, próximo aos genes IRX1, LINC01019 e LINC01017 é comum, com os investigadores a relatarem que ela está presente em cerca de 18% da população em geral.

Sobreviventes de cancro infantil com este alelo tiveram um risco quase três vezes maior de acidente vascular cerebral em comparação com os sobreviventes que não tinham o alelo de risco. Além disso, quase metade dos sobreviventes com acidente vascular cerebral levou pelo menos uma cópia do alelo de risco.

A associação entre este alelo e risco de AVC foi confirmada numa amostra separada de sobreviventes de cancro infantil, com descendência africana, tratados com radioterapia craniana.

Dentro do grupo de ascendência europeia, a força da associação genética variou entre os pacientes com base na dose de radiação que receberam quando crianças; pacientes com o alelo de risco que receberam uma dose intermediária de radiação apresentaram maior risco de AVC.

Esses pacientes tiveram um risco quase cinco vezes maior de acidente vascular cerebral.

Ao mesmo tempo, pacientes com o alelo de risco que receberam uma dose baixa de radiação tiveram um aumento de 2,4 vezes no risco de derrame, enquanto pacientes com alelo de risco que receberam uma alta dose de radiação tinham três vezes maior risco de acidente vascular cerebral, o que sugere que, em doses mais altas, a radiação pode ter maior influência no risco do que a genética.

De acordo com os autores desta investigação, estes dados podem ajudar a identificar sobreviventes de cancro infantil com maior risco de derrame e ajudar a desenvolver abordagens para minimizar o risco posterior.

Principais benefícios
Sabia que os casais que se beijam com mais frequência são menos propensos a terem discussões com os

Quem não se lembra do seu primeiro beijo? A Ansiedade, o medo, as borboletas na barriga… Para uns foi roubado, para outros planeado, por erro ou até mesmo desejado. Uns preferem esquecê-lo, outros guardam-no com carinho. Poucas são as ações carregadas de ansiedade e simbolismo como aquele beijo. O primeiro beijo pode lançar mil navios, ou afundar cada um deles!

O ser humano beija-se por várias razões, por amor, por sorte, para dizer olá e para se despedir.

Símbolo de respeito, carinho, afeição e amor, o beijo é uma linguagem universal. Não importam as circunstâncias, o primeiro e o último beijo representam intensidade na nossa vida. Ambos são complicados, mas na verdade o último beijo é normalmente mais profundo e significativo. As sensações percebidas e aprendidas fazem-nos apreciá-lo e senti-lo em plenitude.

Vários estudos avaliaram a importância do beijo para a saúde. De acordo com os resultados, há uma estimulação do sistema imunológico aquando da troca de saliva, ajudando o corpo a lutar contra certos microrganismos, contribuindo por isso para uma maior resistência a infeções e a alergias.

Beijar estimula a produção de várias hormonas endorfinas e de oxitocina (o antidepressivo natural) que provoca, entre outras coisas, a diminuição da pressão sanguínea, dos níveis de colesterol e de stress. O beijo relaxa, estabiliza o batimento cardíaco e melhora o bem-estar.

Os benefícios do beijo não são apenas físicos. Investigadores das ciências sociais afirmam que casais que se beijam com mais frequência eram menos propensos a terem discussões com os filhos, eram compreensivos, mais atentos e mais encorajadores. Banhada por essa energia positiva, as crianças também encontram um maior equilíbrio a cada dia.

Seja dado de manhã ao acordar, antes de ir trabalhar, numa reunião à noite ou no final de uma conversa, um beijo é uma das formas mais simples e espontâneas que temos para testemunhar carinho para com os nossos pares. Quando são muitos, sinceros e especialmente compartilhados, muitas vezes indicam que tudo está bem, e é por isso que eles também são um bom indicador da qualidade da vida familiar.

Aquele beijo carinhoso que trocamos diariamente tem uma função respeitável e valiosa. É graças a ele que a mãe sabe se o seu filho está febril. É graças a ele que pessoas solteiras obtêm informações olfativas sobre os possíveis parceiros que encontram diariamente.

Beijar ativa o cérebro na produção de um cocktail de substâncias químicas que nos fazem sentir bem, e acedem ao centro de prazer do cérebro. Levando a uma sensação de prazer, de alívio e diminuição dos níveis de ansiedade e depressão. Beijar é bem melhor do que tomar antidepressivos!

O beijo é um aspeto da demonstração de afeto. E em conjunto com a capacidade de lidar com as emoções de maneira verbal e direta, o ato beijar pode ser responsável pela qualidade de qualquer relação humana… por isso beije, beije muito.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista alertam
As doenças infecciosas tropicais, transmitidas por mosquitos e carraças, são cada vez mais comuns em regiões de clima temperado...

A conferência europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, que desde sábado reúne 13.500 médicos e investigadores de 127 países, ficou marcada pelo alerta para a propagação na Europa de infeções como a febre do dengue, chikungunya (ou chicungunha, doença semelhante ao dengue, também transmitida por mosquitos], doença da mosca da areia (leishmaniose) e o vírus da encefalite transmitido por carraças (TBE).

Estas doenças ocorriam até agora nos países europeus apenas como “infeções importadas”: os viajantes eram contaminados nos países tropicais e traziam-nas no regresso a casa.

Porém, esta realidade está a mudar, especialmente na região mediterrânica, como Portugal, Espanha e Itália, que estão a converter-se em regiões tropicais durante uma parte do ano, passando a ter um habitat favorável a estas moscas, mosquitos e carraças.

Giovanni Rezza, diretor para as doenças infecciosas no Istituto Superiore di Sanitá, em Itália, explicou que os insetos que podem transmitir estas e outras doenças estão a “prosperar” em zonas onde antes não existiam e isto deve-se ao facto de estas regiões terem períodos maiores de clima quente, invernos menos frios e estações grandes de seca.

Algumas partes do sul da Alemanha e da Suíça também não escapam à ameaça: “Uma combinação de fatores faz com que o clima seja mais adequado ao mosquito tigre. Em Itália e em Espanha é já abundante e esses são países onde vamos muito em férias”, disse, citado pela agência Efe, o biólogo holandês Arnold van Vliet, da Universidade de Wageningen.

Na última década, registaram-se vários surtos de dengue e especialmente de chikungunya nos países do Mediterrâneo, sublinharam os cientistas, recordando em particular os anos de 2007 e 2017 em Itália, em que centenas de pessoas foram infetadas, num fenómeno associado sobretudo a “verões prolongados, quentes e húmidos”, segundo Giovanni Rezza.

Também foram registados pequenos surtos destas doenças na costa do sul de França, na Croácia, na ilha a Madeira e na Grécia, onde houve um surto de malária em 2011 e 2012, acrescentaram.

“As alterações climáticas desempenham um papel importante na propagação de doenças infecciosas tropicais em áreas com um clima temperado, mas as viagens e o aumento da globalização (incluindo o comércio) são ainda mais importantes”, afirmou Jan Semenza, da organização europeia de instituições de saúde.

Os cientistas exigiram às agências governamentais o mapeamento dos habitats dos mosquitos e campanhas de informação sobre os perigos das suas picaduras, assim como o levantamento de dados socioeconómicos pertinentes, levantamento de dados relativos ao clima, e ainda a implementação de medidas de prevenção destinadas a evitar ou mitigar o aparecimento de novos surtos.

 

Bactérias
As cortinas que separam as camas dos doentes em muitos hospitais devem proteger a privacidade, mas podem também ameaçar a saúde...

Um total de 1.500 amostras deste género foi retirado das cortinas para o estudo, realizado nos Estados Unidos, e as bactérias multirresistentes foram detetadas em mais de um em cada cinco casos.

Frequentemente, os pacientes são portadores da mesma bactéria detetada na cortina.

“Estes agentes patogénicos podem sobreviver nas cortinas e, potencialmente, transferir-se para outras superfícies e para os pacientes. Na medida em que estas cortinas são usadas por todos, é um problema mundial”, afirmou a coautora do estudo Lona Mody, médica e investigadora na Universidade de Michigan, Estados Unidos, citada pela agência France Presse.

Os resultados do estudo, que deve ser publicado em breve numa revista médica, serão apresentados no âmbito do Congresso Europeu de Micobiologia Clínica e Doenças Infecciosas, que se realiza de sábado a terça-feira, em Amesterdão.

O trabalho centrou-se em seis centros de enfermagem do Michigan.

No total, os investigadores recolheram 1.500 amostras de cortinas em 625 quartos, durante o primeiro período de internamento dos pacientes e ao fim de seis meses, no caso de internamentos prolongados.

As amostras foram retiradas da borda das cortinas, frequentemente a zona mais afetada e as análises realizadas revelaram que 22% das amostras foram positivas a bactérias multirresistentes.

 

Rastreio
O Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral (PIPCO) abrangeu, em cinco anos, perto de oito mil doentes e detetou 440 lesões...

Desde a sua criação em março de 2014, o PIPCO rastreou quase oito mil doentes, tendo sido realizadas 3.806 biópsias pelos médicos dentistas aderentes ao programa, adiantam os dados divulgados por Filipe Freitas, membro do Grupo de Acompanhamento do PIPCO e da Mesa da Assembleia Geral da Ordem dos Médicos Dentistas, nos “Encontros da Primavera de Oncologia”, em Évora.

“O número de doentes abrangidos tem crescido todos os anos”, disse Filipe Freitas, adiantando que “uma das grandes virtudes” deste projeto é a utilização de “uma forma eficiente” da capacidade instalada em termos de recursos públicos e privados, no sentido de permitir o diagnóstico precoce de lesões malignas, garantindo depois uma rápida resposta por parte dos serviços de saúde para o tratamento atempado da doença.

Filipe Freitas salientou que Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de incidência de cancro oral e onde a taxa de mortalidade também é bastante elevada: “a sobrevivência ao fim de cinco anos é de apenas 40%, por comparação com os 47% da média europeia”.

Sublinhou ainda que “a sobrevivência é ainda menor nos estádios avançados do tumor, sobrevivendo apenas 15% a 30% dos doentes cinco anos depois do diagnóstico tardio”.

Portanto, defendeu, “o diagnóstico precoce é o mais importante fator para o prognóstico da doença, permitindo alcançar boas taxas de sucesso dos tratamentos”, sendo que o médico dentista tem “um papel fundamental” na prevenção e no diagnóstico precoce da doença.

O objetivo do PIPCO é precisamente rastrear doentes de risco e identificar lesões numa fase inicial.

Os “cheques diagnóstico” do cancro oral são emitidos pelo médico de família quando há lesões suspeitas, sendo os doentes referenciados para um médico dentista aderente ao PIPCO.

Caso se confirme a necessidade de esclarecer a natureza da lesão, o médico dentista emite um "cheque biópsia", realiza o procedimento cirúrgico e envia para análise para determinar o diagnóstico.

Segundo os últimos registos oncológicos nacionais, anualmente surgem cerca de 1.600 novos casos de cancro da cavidade oral e faringe.

O cancro oral é mais frequente nos homens acima dos 45 anos e o tabaco e consumo em excesso de álcool são os principais fatores de risco.

A infeção pelo vírus do papiloma humano constitui também um importante fator de risco, sobretudo para os tumores da orofaringe.

O carcinoma espinocelular é o tipo de cancro mais frequentemente detetado, enquanto que a leucoplasia é a lesão com potencial de malignização mais importante.

Uma lesão branca ou vermelha da mucosa oral sem razão aparente, uma ferida que não cicatriza ou um aumento de volume irregular, devem merecer especial atenção.

A dor, dificuldade em engolir ou em movimentar a língua constituem também motivo de alerta.

Campanha alerta para os sintomas
Pompe é uma doença genética e metabólica que afeta os nervos e os músculos. Altamente debilitante e progressiva, a patologia...

Os sintomas podem manifestar-se desde o nascimento e, na idade pediátrica, caracterizam-se pelo enfraquecimento muscular proximal nos braços e pernas e falta de ar provocada por fraqueza dos músculos respiratórios. Na idade adulta e na maioria dos casos, os doentes apresentam enfraquecimento muscular nos braços e pernas, dificultando a sua marcha. Os músculos utilizados na respiração são também afetados o que impede a normal função respiratória.

O diagnóstico é realizado através de análises ao sangue (medição da AGA e análise genética) complementado com exames cardíacos, testes musculares e respiratórios. O tratamento consiste em terapêutica enzimática de substituição (TSE).

Para assinalar o Dia Mundial da Doença de Pompe, 15 de abril, a Associação Portuguesa de Neuromusculares e a Sanofi Genzyme alertam para os sintomas desta patologia rara que demora, em média, 10 anos a ser diagnosticada. “Não está na sua cabeça. Está nos seus músculos” é o mote da campanha lançada em abril para aumentar a identificação dos sinais e o diagnóstico precoce da doença em Portugal.

A campanha inclui uma ação de call to action na estação do metropolitano do Saldanha, em Lisboa, com o objetivo de alertar para os sintomas da doença e incentivar a população a procurar ajuda médica se sentir um ou mais sintomas como dores musculares, cansaço físico ou sonolência diurna, entre outros. Desenvolvida pela Bee Ineditus, esta iniciativa esta iniciativa decorrerá no final do mês de abril.

A campanha envolve ainda o lançamento de um website http://www.itsinyourmuscles.eu/pt e que pretende educar os portugueses para a patologia, ajudando-os a identificar sinais como dor abdominal, fadiga excessiva, dificuldade ao levantarem-se de uma cadeira ou dores de cabeça matinais. Todos estes sintomas podem ser indicadores de Pompe, uma patologia rara que leva, em média, 10 anos a ser diagnosticada.

“É importante esclarecer os doentes que aquilo que sentem não é fruto da sua imaginação. Falamos de uma doença de difícil diagnóstico, em que as pessoas percorrem, em média, seis especialistas até saberem que sofrem de Pompe. Campanhas como esta, ajudam a tornar a patologia mais conhecida em Portugal e por conseguinte, a diagnosticar mais casos no nosso país” esclarece Joaquim Brites, presidente da Associação Portuguesa de Neuromusculares.

Investigação
Investigadores portugueses descobrem inovações no tratamento da Tuberculose. O tema será debatido no primeiro congresso da área...

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a tuberculose registou uma diminuição de 40 por cento de casos notificados em Portugal, nos últimos 10 anos. Registos mais recentes referem que, até março de 2018, foram notificados 1741 casos de tuberculose referentes a 2017, dos quais 1607 eram novos casos.

“A investigação na área dos Sistemas Eutécticos em Portugal tem vindo a desenvolver importantes avanços, em especial na Saúde. A descoberta da potencialidade de utilização destes compostos naturais é de grande importância, uma vez que podem contribuir para a contenção da tuberculose simples, devido ao aumento da eficácia dos medicamentos que os solventes irão provocar” afirma Ana Rita Duarte, professora associada da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e chairman da conferência.

A tuberculose é uma doença infeciosa, que afeta principalmente os pulmões. No entanto, pode atingir qualquer órgão.  Quando infetado com tuberculose nas vias respiratória, o doente representa sério risco para a Saúde Pública, uma vez que, ao tossir ou ao falar, liberta bacilos que posteriormente poderão ser inalados por outros indivíduos.

Os DES são solventes de origem natural, que podem ser usados em vários processos, substituindo os tradicionais solventes tóxicos, com o objetivo de criar processos mais sustentáveis. Na área da Saúde, podem ser usados para sintetizar novos fármacos, uma vez que melhoram a farmacocinética dos princípios ativos.

É promissor o uso destes solventes em novos sistemas de administração de fármacos para tratamento da tuberculose, incorporando isoniazida, etambutol e L-arginina. Os estudos do grupo Des.solve demonstraram que aumentam a solubilidade e a biodisponibilidade dos princípios ativos quando incorporados no sistema eutéctico.

O Grupo de Investigação Português Des.solve está a promover o primeiro congresso na área dos sistemas eutécticos, em Portugal. A iniciativa irá decorrer entre os dias 24 a 27 de junho de 2019, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, em Campolide. As inscrições para o congresso, deverão ser realizadas através do link: https://eventos.fct.unl.pt/desmeeting2019/pages/registrations

O grupo de Investigação Des.solve, em Portugal, está sediado na Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa. Tem como principal objetivo o estudo de sistemas eutécticos, um campo de estudo muito recente, sendo que estes sistemas desempenham um papel crucial no âmbito de processos mais sustentáveis, encontrando-se em fase de expansão para diferentes áreas. Para mais informações consulte: https://sites.fct.unl.pt/des-solve/home

Investigação
A descoberta é de uma equipa de investigadores do Wellcome Sanger Institute, que conseguiu desmantelar “peça por peça” células...

A equipa por detrás deste estudo esta entusiasmada com a possibilidade de poder vir a contribuir para, num futuro que se espera próximo, o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais personalizados.

Fiona Behan, uma das investigadoras, revela que esta descoberta “é muito importante porque hoje em dia quando estamos a tratar o cancro estamos afetar todo o corpo do paciente. Não atingimos apenas as células cancerígenas”. 

“Este estudo permitiu-nos identificar os pontos fracos das células cancerígenas, o que possibilitará o desenvolvimento de fármacos que atinjam única e exclusivamente o cancro sem afetar tecido saudáveis”, explica em entrevista à BBC

O cancro é causado por mutações que ocorrem dentro das nossas próprias células e que alteram a informação no nosso código genético.

Durante esta investigação, os cientistas conseguiram aceder à informação de cerca de 20 mil genes, em mais de 300 tumores criados em laboratório feitos a partir de 30 tipos diferentes de cancro, e, para além de conseguirem desativar informação alterada, conseguiram identificar os genes cruciais para a sobrevivência.

Para tal, utilizaram a mesma tecnologia genética que foi usada o ano passado por um especialista chinês para alterar geneteticamente dois bebés – o Crisp. Uma ferramenta relativamente nova, barata e fácil para manipular o ADN.

Os resultados da investigação foram já publicados na revista científica Nature.  

Proposta em debate
Miguel Guimarães, lamentou ontem, em Coimbra, que a Assembleia da República (AR) não tenha avançado com a regulamentação do ato...

"A legislação sobre ato médico, que devia ser da responsabilidade da AR, tal como está definido na atual Lei de Bases da Saúde, e da responsabilidade também do próprio ministério, infelizmente, por interesses que desconhecemos, provavelmente económicos, das terapêuticas não convencionais," não avançou, salientou o responsável.

Miguel Guimarães, que falava à entrada para um debate sobre o Regulamento do Ato Médico, elaborado pela OM e que está em discussão pública, promovido pela secção regional do Centro, alertou para o perigo das terapêuticas não convencionais (alternativas) nas pessoas.

"Uma das principais questões é a segurança dentro do serviço público de saúde. É as pessoas saberem com quem estão a lidar e que funções e responsabilidades a pessoa que as pratica tem", disse o bastonário, salientando que é necessário definir claramente a diferença entre a medicina convencional e as terapêuticas não convencionais.

Segundo Miguel Guimarães, as pessoas "devem estar devidamente identificadas - os médicos, os outros profissionais de saúde e os terapeutas que não sejam da área convencional da saúde para, claramente, as pessoas saberem com o que contam".

O regulamento do ato médico "permite claramente às pessoas perceberem o que são atos próprios dos médicos, em termos daquilo que é o diagnóstico, o tratamento, prevenção e podem ter uma informação melhor que os protege relativamente a outras situações", frisou.

"Os médicos não precisam do ato médico, já são responsáveis pelo que fazem, mas há muita gente que não sabe o que é responsabilidade", sublinhou Miguel Guimarães, acrescentando que o regulamento permite que os próprios médicos atuem e façam a sua medicina de acordo com as competências, especialidades e subespecialidades que têm atribuídas na OM.

Na proposta final da nova Lei de Bases da Saúde, que está para discussão na AR, Miguel Guimarães espera que as terapêuticas não convencionais não constem da futura lei "por não terem evidência científica".

O bastonário da OM disse também que a aprovação de uma nova Lei de Bases só vale a pena se tiver em conta o papel dos cuidadores informais, da ciência na evolução da medicina, que devia estar claramente bem definida, o acesso à inovação tecnológica e terapêutica e tudo o que é previsível para os próximos cinco anos.

"Ou se tem em conta estes aspetos ou não vale a pena estar a fazer outra Lei de Bases da Saúde, porque a que temos deu perfeitamente para os vários Governos, sejam do PS ou do PSD, liderarem a saúde da forma que melhor entendem, portanto, ou vamos mais longe e fazemos uma legislação que contemple matérias que são absolutamente essenciais para a saúde do nosso país ou então não vale a pena", sublinhou.

A proposta do Regulamento do Ato Médico está em debate público, devendo o documento final, depois de aprovado pela Assembleia de Representantes da OM, estar concluído dentro de dois meses.

Comunicado
A Ordem dos Enfermeiros (OE) acusa a Ordem dos Médicos (OM) de ultrapassar competências e contesta o projeto de regulamento que...

A 28 de março foi publicado no Diário da República um projeto de regulamento da OM que define o ato médico (atos próprios dos médicos) que está em consulta pública por 30 dias.

Num comunicado,  a OE disse que contestou o regulamento junto dos médicos e explica que “a redação apresentada pela Ordem dos Médicos contraria normas legais em vigor e fere o primado do direito europeu”.

Tal acontece, acrescentam os enfermeiros, porque no regulamento se está a atribuir apenas aos médicos “competências legalmente atribuídas a outras profissões, nomeadamente os enfermeiros”.

No comunicado a OE considera que “a Ordem dos Médicos ultrapassa as suas competências ao determinar que a coordenação de equipas multidisciplinares em cuidados de saúde” é feita por médicos, “o que cria uma dependência funcional entre profissões tecnicamente autónomas e cientificamente independentes, que devem atuar em complementaridade e não em dependência”.

Diz a OE que o reconhecimento e a necessidade de aquelas equipas terem uma composição multidisciplinar não pode ser confundido com haver “qualquer subordinação hierárquica ou técnica entre profissões cientificamente autónomas”.

A pronúncia da OE vai no sentido “de não concordar com a formulação de ato médico apresentada no projeto de regulamento”, a qual “se afirma através do esvaziamento dos atos das demais profissões hoje diretamente envolvidas na prestação de cuidados de saúde”, diz a Ordem dos Enfermeiros no comunicado.

 

 

Novo Regulador
O novo diploma atualizou o regime jurídico que regula as atividades que envolvem a utilização de radiações ionizantes, em todos...

De acordo com a nota da Direção Geral da Saúde a principal mudança ao regime anterior passa por existir uma só autoridade competente e uma só autoridade inspetiva que concentrará as competências de autoridade reguladora em matéria de proteção contra radiações que se encontravam dispersas por diversas entidades de vários ministérios, permitindo ainda uma maior eficiência da execução das competências reguladora.

A DGS deixa assim de ser a entidade do sistema regulador responsável pela autorização das práticas. “No novo sistema regulador, as competências associadas à autoridade reguladora serão concentradas na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que passa a ser a autoridade competente para a regulação da proteção radiológica. A APA consolida, assim, as competências anteriormente atribuídas à DGS e às demais entidades do sistema regulador criado pelo Decreto-Lei nº 165/2002, que é revogado”, pode ler-se.

Quanto à responsabilidade inspetiva do cumprimento do novo regime jurídico, esta passa agora para Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) sucedendo nas competências das Administrações Regionais de Saúde e do IAPMEI cometidas pelo Decreto-Lei nº 165/2002. “A IGAMAOT passa a exercer o poder de inspeção em todas as disposições do diploma, em todos os sectores de atividade, designadamente na área da medicina, da indústria, da investigação e ensino”, avança a DGS.

Segundo a DGS, as licenças emitidas pela entidade, ao abrigo do regime jurídico atual mantêm-se válidas até ao final do seu prazo de validade original. “No entanto, com a entrada em vigor do novo regime, o titular das mesmas fica obrigado ao cumprimento das novas obrigações, devendo ajustar-se em conformidade”. Ao terminar o prazo de validade das licenças emitidas pela DGS, o titular deverá solicitar novo licenciamento ou registo, conforme aplicável, à APA. Licenciamentos em curso na DGS Os pedidos de licenciamento em curso transitarão da DGS para a APA nos próximos 30 dias. Estes pedidos aproveitarão os atos administrativos já praticados até ao momento, como por exemplo, o pagamento das taxas já efectuado, e serão decididos ao abrigo do novo regime. Caso necessário, a APA solicitará informações adicionais.

Outra mudança assinalada diz respeito ao licenciamento de prestadores de serviços. “A prestação de serviços de proteção radiológica deixa de estar sujeita a licenciamento, como previsto no Decreto-Lei nº 167/2002 e passa a estar abrangida por um reconhecimento prévio da APA. As licenças emitidas pela DGS, ao abrigo do regime jurídico atual convertem-se automaticamente em reconhecimentos e mantêm o seu prazo de validade original. No entanto, após esta data, as empresas ficam obrigadas ao cumprimento das novas obrigações, devendo ajustar-se em conformidade. Ao terminar o prazo de validade das licenças emitidas pela DGS, o titular deverá solicitar novo reconhecimento ou registo, conforme aplicável, à APA”, descreve a nota da DGS.

Os pedidos de licenciamento de prestadores de serviços em curso à data de entrada em vigor do novo regime transitarão da DGS para a APA nos próximos 30 dias. Estes pedidos aproveitarão os atos administrativos já praticados até ao momento, como é o caso do pagamento das taxas já, sendo decididos ao abrigo do novo regime.

Doença Alérgica
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as doenças alérgicas ocupam o quarto lugar das doenças
Alergias

A alergia caracteriza-se por uma resposta inadequada e exagerada do sistema imunitário a substâncias, habitualmente, inofensivas e que às quais designamos de alérgenos. Apesar de serem substâncias de origem natural, estas podem induzir a uma reação de hipersensibilidade em indíviduos mais suscetíveis.

O que acontece é que o corpo “reconhece” o agente alérgeno como uma substância estranha e alheia ao organismo no primeiro contato e, sempre que há uma exposição “excessiva”, o sistema imunitário reage com a libertação de substâncias que alteram a homeostase do organismo desencadeando a alergia.

O fenómeno alérgico encontra-se, deste modo, dividido em duas fases: a fase de sensibilização e a fase da reação alérgica.

Durante a primeira fase o indíviduo que se está a “sensibilizar” a um agente alérgeno não apresenta sintomas. As manifestações alérgicas, como olhos vermelhos, dificuldade respiratória, eritema ou prurido cutâneo, por exemplo, surgem no contato seguinte, designado de fase de reação alérgica. O que acontece é que, neste segundo contato, a informação se propaga ao resto do organismo, desencadeando a amplificação do fénomeno.

Entre os alérgenos mais comuns encontram-se os pólens, ácaros, pó, pêlo de animais e algumas substâncias alimentares.

Os tipos mais comuns de alergias são as alergias alimentares (provocadas pelo leite de vaca, ovos, amendoim, soja, peixes e frutos do mar ou nozes, por exemplo); alergias da pele (provocando lesões dermatológicas com prurido, habitualmente, intenso); alergias nasais (conhecida como rinite alérgica); alergias respiratórias (devido a alérgenos e irritantes das vias aéreas) e as  alergias oculares, das quais a conjuntivite alérgica é a mais comum.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, 25% da população portuguesa sofre de rinite alérgica, 10% de asma e 10% de urticária.

Embora a alergia seja uma patologia sem cura, desde que se conheçam as suas formas e agentes causadores, é possível controlá-la.

Estudos ao longo do tempo têm demonstrado que alguns indíviduos possuem uma predisposição genética para desenvolver reações alérgicas. Esta predisposição denomina-se atopia.

Existe, deste modo, ainda, um risco hereditário comprovado. Através do perfil “atópico” é possível determinar o risco de sintomas alérgicos nas crianças.  

Na realidade, o risco de desenvolver uma alergia respiratória é superior em famílias alérgicas, apresentando 50% de hipóteses quando ambos os pais são alérgicos. Caso os pais sofram da mesma doença alérgica a probabilidade de hereditariedade sobe para os 80%.

Por outro lado, também as alterações do meio ambiente e do estilo de vida – como poluíção, tabagismo ou urbanização crescente –, bem como dos hábitos alimentares são fatores que potenciam o desenvolvimento de alergias.

Apesar de não estarem na origem de fenómenos alérgicos, a poluição atmosférica contribui para o agravamento do problema.

Vários estudos demonstram a relação entre os poluentes atmosféricos e a asma e provaram que o risco de morte associada a doenças respiratórias é três vezes maior nas grandes cidades, onde existem grandes concentrações de ozono.

Manifestação e agravamento da doença

De acordo com vários especialistas, e baseado no resultado de vários estudos epidemiológicos, pode dizer-se que a vida do doente alérgico tem início na primeira infância.

Na realidade, um lactente atópico – que apresente um risco elevado de desenvolvimento de alergias, devido a antecedentes familiares e à exposição a substâncias alérgenas - começa por se mostrar sensível a determinados alimentos.

Estas alergias acabam, grande parte das vezes, por desaparecer dando lugar à uma maior sensibilidade aos alérgenos inalados que provocam alergias respiratórias, como a asma ou a rinite.

A dermatite atópica  (ou eczema) em lactentes pode manifestar-se a partir dos três meses de idade. Surgindo numa fase muito prematura da vida do bebé, caracteriza-se pelo endurecimento da pele, o que a torna muito áspera. Habitualmente surge eritema e prurido.

O eczema afeta sobretudo as virilhas, axilas ou concavidades dos joelhos, rosto e couro cabeludo.

Se não for tratada pode conduzir à desidratação da pele. Pensa-se que as proteínas do leite de vaca estejam na origem deste eczema.

A rinite alérgica corresponde a uma inflamação da mucosa nasal que apresenta como principais sintomas a sensação de nariz entupido, corrimento nasal, comichão e espirros.

Quando estas manifestações ocorrem apenas em determinadas épocas do ano trata-se de uma rinite alérgica, podendo ser reflexo de uma alergia aos pólens.

Uma rinite persistente, ao longo do ano, é conhecida como rinite peranual e resulta da sensibilização a uma ou mais substâncias alérgenas presentes em permanência no ambiente – como é o caso dos ácaros, pêlos de animais ou bolores interiores.

A asma alérgica caracteriza-se por uma obstrução variável e reversível das vias respiratórias, com inflamação e hiper-reactividade bronquial.

Os episódios de crise caracterizam-se por contrações dos brônquios, edemas e excesso de mucosidade, contribuindo para a obstrução da entrada de ar desde o exterior.

Os sintomas característicos são:

  • tosse
  • sibilos ou silvos quando se respira
  • sensação de sufoco
  • dor ou pressão no peito
  • secreções ou mucosidade
  • fadiga
  • sensação de falta de ar

Estima-se que entre 5 a 15% da população europeia sofra de asma alérgica e vários estudos revelam que quem sofre desta doença tem três vezes mais probabilidades de vir a sofrer de asma.

Apesar de apresentarem diferenças, a rinite e a asma resultam de um processo inflamatório comum, que afeta não só as vias respiratórias superiores como as inferiores.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório
O número de eutanásias aprovadas na Holanda em 2018 caiu 7% em relação ao ano anterior. Esta é primeira descida em 13 anos, de...

Divulgado na quinta-feira, o documento especificou que, em 2018, os médicos holandeses aprovaram 6.126 pedidos, menos 459 do que em 2017.

O ministro da Saúde holandês, Hugo de Jonge, que enviou este documento para o parlamento, anunciou uma investigação à descida.

Um relatório da Clínica para o Final da Vida (Levenseindekliniek) atribuiu esta redução a um “aumento de cautela dos médicos”, por receio de serem alvo de processos penais.

A Procuradoria levou a tribunal um geriatra, em novembro de 2018, pela primeira vez desde que entrou em vigor a lei da eutanásia, em 2002, por suspeitas de ter praticado a morte assistida a uma idosa com demência avançada sem a sua autorização expressa.

Do total de 12.711 eutanásias aplicadas em 2017 e 2018, as Comissões Regionais para a Eutanásia detetaram em 18 casos (0,15% do total) que o processo não foi seguido corretamente.

Não obstante, estas mesmas comissões consideraram que 15 destas situações não foram graves o suficiente para processar os médicos envolvidos.

“Para os clínicos é inegavelmente tenso terem as suas ações revistas”, constatou o presidente das RTE, em comunicado.

Das 6.126 eutanásias de 2018, quase dois terços (4.013) deveram-se a cancro, enquanto as outras patologias mais comuns foram transtornos do sistema nervoso, doenças cardiovasculares ou uma combinação de várias.

No fim das razões, em termos quantitativos, estão “acumulação de problemas de velhice”, com 205 casos (3,35%), demência, com 146 (2,38%) e transtornos psiquiátricos, com 67, equivalentes a 1,09%.

 

Opinião
Desconhece-se a causa ou como a prevenir.

A doença de Parkinson é uma patologia neurológica degenerativa do sistema nervoso central, de evolução progressiva e que afeta o movimento. É a segunda doença neurodegenerativa mais comum e atinge cerca de 20 000 portugueses. Com o aumento da esperança média de vida e o melhor conhecimento e diagnóstico da doença, estima-se que esse número possa vir a aumentar nos próximos anos. Foi descrita pela primeira vez no século XVIII pelo médico inglês James Parkinson, sendo o nome da doença em sua homenagem.

Os sinais e sintomas da doença de Parkinson podem ser diferentes de pessoa para pessoa. Os tremores nas mãos, inicialmente quase impercetíveis, são os sintomas mais precoces e comuns. Com a evolução da doença os sintomas pioram e aparecem também rigidez, descoordenação motora, lentificação dos movimentos, dificuldades na marcha, alteração da postura corporal e da expressão facial. Em alguns casos, podem ainda aparecer outras alterações como depressão, perturbações do sono, dificuldade em engolir ou perturbações da micção.

A causa desta patologia é desconhecida, mas pensa-se que seja multifactorial, resultante de fatores genéticos e ambientais. Sabe-se que existe diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, e que é produzido pelas células cerebrais, os neurónios. No entanto, não se sabe porque é que umas pessoas desenvolvem a doença e outras não. Fatores de risco como o envelhecimento, hereditariedade e ser do género masculino, potenciam o aparecimento da doença de Parkinson.

Dado não se saber a causa, não existe um teste específico para diagnosticar a doença. O diagnóstico é baseado nas queixas do doente e nas alterações ao exame neurológico realizado pelo médico. Serão pedidos exames complementares, mas sobretudo para excluir a presença de outras patologias neurológicas potencialmente reversíveis. Caso a suspeição clínica seja elevada e os sintomas melhorem com os fármacos que aumentam os níveis de dopamina, podemos confirmar o diagnóstico de doença de Parkinson.

Não existe cura para a doença de Parkinson. No entanto existem medicamentos que controlam os sintomas, atrasando a progressão da doença e assim melhorando a qualidade de vida dos doentes. Os medicamentos usados têm como função repor, aumentar a produção ou diminuir a degradação de dopamina no cérebro e assim melhorar os sintomas e o prognóstico da doença. Além da terapêutica medicamentosa, a fisioterapia e terapia ocupacional podem ajudar o doente a melhorar a sua atividade funcional diária.

Não se sabem quais as atitudes a tomar para evitar o aparecimento desta doença. No entanto sabemos que a prática de exercício físico e uma alimentação equilibrada ajudam a melhorar o status funcional do doente e assim a aumentar a capacidade de resposta e adaptação do organismo aos sintomas característicos da doença de Parkinson. Seja mais activo a prevenir a doença.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Proposta do Governo Regional
O Governo dos Açores estima que esteja aprovado no primeiro semestre deste ano o regime jurídico de apoio ao cuidador informal,...

“Esta proposta vem estabelecer um conjunto de apoios, direitos do cuidador informal, que vão desde o acesso à informação e formação, ao apoio psicológico, ao apoio na adaptação das habitações ou ao apoio financeiro, entre outros”, afirmou a secretária regional da Solidariedade Social.

Andreia Cardoso falava, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na apresentação do Estatuto do Cuidador Informal, tendo acrescentado aos jornalistas que “o diploma vai ser remetido ainda hoje à Assembleia Legislativa Regional”, seguindo depois para a comissão especializada.

"É expectável que até final do primeiro semestre deste ano seja levado a plenário” no parlamento dos Açores, adiantou ainda a governante, frisando que o projeto "concretiza um apoio estruturado aos cuidadores informais de pessoas idosas e dependentes, traduzindo-se em mais uma medida de política social ativa".

Além de informação, formação, apoio psicossocial, psicológico e apoio na prestação de cuidados, o Governo Regional propõe-se, por via regulamentar, a definir um apoio financeiro aos cuidadores informais que terá em conta aspetos como o número de pessoas cuidadas e o grau de dependência e a condição socioeconómica da família.

Andreia Cardoso explicou que não se trata de um salário, lembrando “o princípio de cuidador informal ser uma pessoa que não recebe retribuição pelos cuidados”.

“Não estamos a faltar de uma retribuição, mas sim de um apoio financeiro”, salientou a secretária regional da Solidariedade Social.

Será também garantido ao cuidador a integração em grupos de autoajuda e atendimento prioritário nos serviços públicos regionais.

O cuidador informal terá um sistema de folgas, podendo ser substituído por períodos diurnos até ao limite de oito horas/mês, assim como um período de descanso anual que se traduz no acolhimento temporário da pessoa cuidada em estruturas residenciais, acolhimento familiar e na Rede de Cuidados Continuados Integrados da região, até ao limite máximo de 90 dias por ano, disse Andreia Cardoso.

O gabinete de apoio ao cuidador informal será também uma realidade que irá funcionar como estrutura de apoio aos cuidadores, sendo constituído por profissionais das áreas da ação social, da saúde, das respostas sociais e dos cuidados continuados integrados.

"E porque há milhares de açorianos doentes em casa e outros tantos a cuidar deles sem ninguém os ter ensinado a fazê-lo, teremos também em conta o apoio psicossocial e psicológico ao cuidador", referiu, indicando que "será disponibilizada informação sobre os recursos e respostas existentes".

Está ainda previsto um apoio para intervenção habitacional que visa, entre outros objetivos, eliminar barreiras que condicionem a autonomia da pessoa cuidada e a realização de pequenas obras de adaptação.

Este regime jurídico contempla ainda a integração do cuidador informal em grupos de autoajuda e será estabelecido um plano de cuidados entre o cuidador, os profissionais dos serviços públicos de saúde e da ação social e a pessoa cuidada.

O cuidador informal será portador de cartão de identificação.

Registo Oncológico
O nível de sobrevivência global ao cancro na Madeira é de 57%, indicou hoje o secretário regional da Saúde, alertando para a...

"Os resultados são bons em muitas áreas. Há outras em que temos de progredir, mas no que diz respeito mesmo à sobrevivência global do cancro é da ordem dos 57% e isso é muito bom e vai ao encontro das sobrevivências globais do cancro em geral", disse Pedro Ramos na primeira reunião anual do Registo Oncológico da Região Autónoma da Madeira, que decorreu no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

"Estou muito satisfeito, há muita coisa que vamos começar a fazer porque agora temos dados", acrescentou.

O Registo Oncológico incide entre 1998 e 2017, com os últimos dois a anos a merecerem "uma maior reflexão e estudo".

Pedro Ramos considerou os valores obtidos um resultado do investimento que o Governo Regional tem feito na área da saúde, em particular nos cuidados primários.

"Este relatório vai permitir caracterizar a população oncológica da Madeira dos últimos 20 anos, sendo que os últimos dois anos apresentam estudos com reflexão mais profunda e a mensagem é a prevenção, apelando a que a população faça a sua adesão às campanhas de sensibilização, porque o rastreio é, de facto, o mais importante na prevenção em oncologia", disse.

Pedro Ramos anunciou ainda que em 31 de maio será apresentada a estratégia regional para a doença respiratória na Região Autónoma da Madeira.

A coordenadora regional do Registo Oncológico da região, Carolina Camacho, referiu, por seu lado, que os tumores malignos têm aumentado nos últimos anos, mas "têm sido acompanhados por taxas de mortalidade e de sobrevivência cada vez mais prolongadas".

Em 2017, a região registou 1.339 novos registos, 62% dos quais disseram respeito ao sexo masculino. Os cancros da mama, da próstata, do cólon, do reto, do pulmão, da cabeça e do pescoço foram os mais frequentes.

A coordenadora indicou ainda que o linfoma não-Hodgkin tem vindo a aumentar no sexo feminino e lamentou que as pessoas acorram aos serviços de saúde já numa fase adiantada do cancro.

Estudo
Assume-se, com alguma frequência, que os sumos de fruta não são saudáveis. No entanto, estudos recentes vêm ajudar-nos a...

Na realidade um pequeno copo de sumo de laranja (150 ml) representa apenas 3% da nossa ingestão diária de calorias - baseado numa alimentação de 2000 calorias (uma média considerada adequada para o dia alimentar de um adulto). Este copo de sumo para além de energia também nos fornece nutrientes vitais.

Mito 1 - Deve consumir-se sumo de laranja apenas ao pequeno-almoço

Os resultados de um estudo recente1 revelaram que a ingestão de sumo de laranja 100% à refeição conduziu a uma ligeira redução na massa gorda média de -0.3 kg em duas semanas enquanto que entre as refeições conduziu a um pequeno aumento na massa gorda média de 1.0 kg. Foi ainda possível concluir que a estrutura convencional de três refeições diárias acompanhadas de sumo de laranja 100% teve um impacto mais favorável no balanço energético e na massa gorda do que o consumo entre refeições.

Mito 2 – Sumo acabado de espremer é melhor que o sumo embalado

É um equívoco comum considerar-se que o sumo espremido na hora é mais saudável do que o sumo de fruta 100% pré-embalado e produzido industrialmente, uma vez que o sumo pré-embalado geralmente contém baixos níveis de vitaminas. Assim, muitos assumem que é nutricionalmente menos benéfico do que o sumo fresco. No entanto, estudos científicos2 revelam que o sumo de laranja embalado apresenta um desempenho tão bom como o sumo de laranja espremido na hora, quando se trata da absorção e metabolismo das flavanonas.

Mito 3 – Sumos de fruta têm alto índice glicémico

Alguns profissionais de saúde evitam recomendar sumo de fruta aos seus pacientes devido a preocupações com índice glicémico (IG). No entanto, uma publicação de 2017 do Journal of Nutritional Science3, mostrou que o consumo de sumo de fruta 100 % tem um efeito neutro no controle glicémico, graças à presença de frutose, um açúcar que está naturalmente presente na fruta e nos sumos de fruta. Ao contrário da glicose, quando os alimentos e bebidas ricos em frutose são absorvidos pelo intestino, o impacto sobre a glicose no sangue é mínimo. Por este motivo, os alimentos que contêm frutose, como os sumos naturais, tendem a ter um baixo índice glicémico4.

Mito 4 – Os sumos de fruta contêm muito açúcar

Os sumo de fruta 100% podem ser uma excelente fonte de vitaminas (incluindo as vitaminas A e C), bem como folatos, carotenóides, antioxidantes e minerais. Alguns profissionais negam estes benefícios devido aos açúcares naturalmente presentes nos sumos de fruta. Na realidade, estudos científicos têm demonstrado que os sumos de fruta 100% não têm um impacto negativo no perfil de açúcar no sangue e não aumentam o risco de diabetes tipo25. De acordo com os estudos científicos, isto resulta do facto dos sumos de fruta 100%, como o sumo de laranja, terem um baixo índice glicémico (IG) e uma carga glicémica baixa a moderada (CG).

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Sobre o Programa Fruit Juice Matters

O Fruit Juice Matters é um Programa pan-Europeu da AIJN (Associação Europeia de Sumos de Fruta) que disponibiliza informação credível e científica sobre os benefícios dos sumos de fruta 100% na saúde.

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1 Hägele FA et al. (2018) High orange juice consumption with or inbetween three meals a day differently affects energy balance in healthy subjects. Nutr Diab 8: 19-27.

2 Silveira JQ et al. (2014): Pharmacokinetics of flavanone glycosides after ingestion of single doses of fresh-squeezed orange juice versus commercially processed orange juice in healthy humans. J Agric Food Chem 62: 12576-84

3 Murphy et al. (2017) 100 % Fruit juice and measures of glucose control and insulin sensitivity: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. J Nutr Sci. 2017; 6: e59

4 Brand-Miller J et al. (2009) Glycaemic index, postprandial glycemia, and the shape of the curve in healthy subjects: analysis of a database of more than 1000 foods. Am J CIin Nutr 89: 97-105

5 Xi B. et al. (2014) Intake of fruit juice and incidence of type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. PLoS ONE 9: e93471

3 médicos asseguram serviço
O Hospital Garcia de Orta, em Almada, garantiu que estão a ser tomadas medidas para combater a falta de médicos na urgência...

“O serviço sempre tem mantido a qualidade, mesmo com esta diminuição de recursos. O que tem havido naturalmente é uma sobrecarga de recursos porque são menos, mas a qualidade nunca esteve nem estará em causa”, afirmou o presidente do conselho de administração do hospital, Daniel Ferro.

Em declarações aos jornalistas no Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, também a diretora clínica, Paula Breia, explicou que atualmente existem três médicos pediatras na urgência, o número mínimo que permite que o serviço se mantenha em funcionamento.

Ainda assim, garantiu que “a segurança será sempre mantida com três médicos”, o que significa apenas que, se fossem mais, “o trabalho seria diluído pelas pessoas e seria menos exaustivo”.

“A qualidade é garantida porque são pessoas do quadro, muitas delas formadas aqui e a qualidade não tem propriamente a ver com o número, mas com a capacidade que se tem para prestar os cuidados”, explicou.

A Comissão de Utentes da Saúde do Conselho do Seixal realizou hoje uma conferência de imprensa à porta do Hospital Garcia de Orta, com o objetivo de alertar para a falta de médicos pediatras nesta unidade, que faz com que a urgência desta especialidade “esteja em risco de fechar a partir de dia 13 de abril”.

Por outro lado, a administração do hospital disse que estão a ser tomadas medidas para impedir o fecho da urgência, inclusive uma que é transitória, com a contratação de profissionais em regime de prestação de serviços.

Além desta, segundo Daniel Ferro, existem duas outras medidas definitivas, que incluem a integração de “três a quatro pediatras no quadro permanente já em maio” e, posteriormente, o lançamento de um concurso para outros “três ou quatro pediatras”, para que entrem em agosto ou setembro.

Ainda assim, na visão de José Lourenço, da comissão de utentes, os profissionais não estão a concorrer aos concursos lançados pelo hospital devido às condições que são oferecidas.

“No caso concreto da pediatria, saíram entre sete a oito profissionais e foi aberto um concurso para três profissionais. Naturalmente que quem está no meio entende que saindo sete ou oito e abrindo um concurso para três, esses três iriam fazer o trabalho dos outros oito”, frisou.

Também o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), João Proença, criticou a administração do hospital por “não conseguir atrair nem fidelizar pessoas para trabalharem no hospital” e que “90% da população médica que trabalha na urgência no Garcia de Orta são de trabalhos temporários”.

No entanto, o Garcia de Orta indicou que “a contratação de empresas apresenta neste serviço 2%” e que “não é um drama se no mês de abril for de 3 ou 4%”, visto que se está a “garantir o atendimento com qualidade” na urgência pediátrica.

No final de maio, a Ordem dos Médicos alertou para o “cenário muito grave” da urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, avisando que o serviço poderá encerrar alguns dias ou em alguns períodos do mês de abril.

Já nessa altura, a administração do Garcia de Orta garantiu estar a tomar medidas, contudo, na semana passada, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses alertou que o hospital continuava em “risco de encerrar” a partir de dia 13 de abril, por “falta de médicos”.

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