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Infarmed aprova Teduglutido para tratamento da síndrome do intestino curto no SNS

A Autoridade Nacional do Medicamento aprovou a utilização de Teduglutido, pó e solvente para solução injetável, no Serviço Nacional de Saúde para tratamento de doentes com Síndrome do Intestino Curto com 1 ano de idade ou mais. Este é o primeiro e o único tratamento disponível para esta condição médica

A Síndrome do Intestino Curto (SIC) é uma doença rara e que afeta significativamente a qualidade de vida dos doentes, resultante de uma incapacidade do intestino para absorver os nutrientes e os líquidos necessários provenientes da alimentação, devido a uma resseção considerável do intestino. O controlo da SIC implica terapêutica nutricional, nomeadamente através do aporte artificial de nutrientes e fluidos por via endovenosa (suporte parentérico).

Apesar do suporte parentérico ser fundamental para a sobrevivência dos doentes com SIC, contribuindo para o processo de absorção dos nutrientes e fluidos necessários para o organismo, a longo prazo pode levar ao desenvolvimento de complicações, incluindo infeções associadas a cateteres venosos, perda de acesso venoso central, doença hepática e doença óssea metabólica

Teduglutido é um análogo do peptídeo 2 semelhante ao glucagon (GLP-2), produzido em células de Escherichia coli através da tecnologia de ADN recombinante e surge como uma opção terapêutica para reduzir ou mesmo eliminar o suporte parentérico na população adulta e pediátrica com SIC, trazendo assim ganhos significativos na qualidade de vida dos doentes e na prevenção de complicações associadas ao suporte parentérico.

Esta nova terapia melhora a capacidade de absorção intestinal de nutrientes e líquidos, através de uma ação benéfica sobre a hipertrofia da mucosa intestinal, promovendo o aumento do comprimento das vilosidades e profundidade das criptas, reduzindo a motilidade e secreções gástricas, estimulando o fluxo sanguíneo mesentérico e aumentando a função da barreira intestinal.

Com esta molécula inovadora, doentes que até aqui dependiam da administração de nutrientes e fluidos por via endovenosa, podem agora ganhar alguma autonomia relativamente ao aporte endovenoso de nutrientes, melhorando, assim, significativamente a sua qualidade de vida.

 

 

Fonte: 
Followhb
Nota: 
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