Estudo

Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade mostra como a doença afeta a vida dos portugueses

Pontuação média de felicidade dos portugueses com psoríase é de 5,68 numa escala de 0 a 10. Os dados deste estudo indicam ainda que estes doentes estão sujeitos à diminuição de produtividade no trabalho e a uma maior taxa de desemprego, diretamente relacionados com elevados custos para a sociedade.

O Laboratório de Inovação da Leo Pharma e o Instituto de Pesquisa de Felicidade acabam de divulgar os dados de 2018 do Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade, no âmbito do Dia Mundial da Psoríase, que se assinala a 29 de outubro, com o objetivo de destacar as áreas prioritárias para o desenvolvimento de políticas de saúde efetivas e a alocação de recursos para melhorar a qualidade de vida dos doentes.

Em 2017, o Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade registou uma diminuição de até 30% na felicidade dos indivíduos com psoríase grave autodeclarada, uma maior prevalência da doença nas mulheres do que nos homens e que o stress e a solidão afetam a felicidade. Além disso, a forma como os inquiridos percecionam a sua relação com os profissionais de saúde está associada não apenas à doença, mas também à sua felicidade. O Relatório de 2018 pretendeu explorar em detalhe estas questões, com o objetivo de aprofundar os principais fatores que “proporcionam felicidade” em indivíduos com psoríase autodeclarada.

De acordo com os dados, a psoríase provoca, de forma frequente, um efeito negativo na vida e felicidade dos indivíduos. Em Portugal, a pontuação média de felicidade dos indivíduos que vivem com psoríase é de 5,68, numa escala de 0 a 10. Portugal ocupa, assim, o 6º lugar entre os 21 países analisados. Além disso, os dados apresentados indicam que estes doentes estão sujeitos à diminuição de produtividade no trabalho e a uma maior taxa de desemprego, diretamente relacionados com elevados custos para a sociedade.

Em Portugal, a psoríase é responsável por 35,4% dos casos de absentismo e por 75,6% de menor assiduidade entre a população ativa.

O Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade é um estudo anual que tem como propósito contribuir para uma maior consciencialização no que se refere ao impacto que esta doença causa no dia-a-dia dos doentes, nas suas rotinas, na qualidade de vida e, consequentemente, na sua felicidade. Neste estudo foram analisados, detalhadamente, os resultados de 21 países, nomeadamente, México, Colômbia, Espanha, Brasil, Rússia, Portugal, Dinamarca, Canadá, Irlanda, Bélgica, Grécia, Noruega, EUA, Alemanha, França, Itália, Japão, Austrália, República Checa, Reino Unido e China.

A psoríase é uma doença inflamatória crónica que se estima que afete cerca de 250.000 a 300.000 portugueses (2 a 3% da população portuguesa). Pode manifestar-se em qualquer parte do corpo e em qualquer idade, apesar da maioria dos casos ocorrer entre os 20 e os 40 anos, sendo também comum entre os 50 e os 60 anos de idade. As manifestações da psoríase podem ser ligeiras, moderadas ou graves, dependendo da extensão de pele afetada e do grau de infiltração e descamação das lesões de psoríase. Atualmente, estão disponíveis tratamentos tópicos (em pomada, gel ou espuma) que, quando utilizados corretamente, permitem o controlo da doença. Nos casos mais extensos e graves, habitualmente, é necessário recorrer a terapêuticas orais ou injetáveis, que permitem o controlo da doença na grande maioria dos doentes e que parecem ter um impacto positivo no risco cardiovascular. Nos últimos anos, decorrente do avanço que se observou no conhecimento da doença, foram desenvolvidas inúmeras terapêuticas, chamadas de terapêuticas biológicas, que revolucionaram o tratamento da psoríase, capazes de promover a resolução completa ou quase completa das lesões da psoríase e devolver a qualidade de vida perdida com a doença.

Fonte: 
Atrevia
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Pixabay