Ordem, Associações e Sindicatos
O Fórum Médico, plataforma que reúne todas as associações e estruturas médicas, reúne-se hoje para discutir a “crise” no setor,...

A Ordem dos Médicos (OM) convocou o Fórum a pedido do Sindicato Independente dos Médicos, da Federação Nacional dos Médicos e de outras associações profissionais, depois de uma reunião, em 03 de abril, dos dois sindicatos com a ministra da Saúde, Marta Temido, ter resultado na manutenção do desacordo e com os representantes dos médicos a considerarem que “o Ministério da Saúde parece querer empurrar os médicos para uma greve que não desejam”.

Quando anunciou, em 05 de abril, a convocação do Fórum, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, disse que da reunião de hoje podem sair recomendações à tutela ou “ações concretas para serem implementadas na defesa da qualidade da Medicina, mas sobretudo na defesa dos doentes”.

“Nós sentimos que os profissionais de saúde estão a ser completamente desprezados pela atual tutela, pela senhora ministra da Saúde, as deficiências que existem a nível do Serviço Nacional de Saúde não estão a ser corrigidas e nós estamos a falar de deficiências complexas a nível de capital humano, de equipamentos, que têm levado a que vários hospitais e centros de saúde estejam numa situação dramática”, disse o bastonário na altura.

“Não podemos continuar a permitir que o poder político faça dos profissionais de saúde, nomeadamente dos médicos, os bodes expiatórios do sistema em várias áreas, nomeadamente quando não existem condições adequadas para a segurança clínica”, sustentou.

 

Ordem dos Médicos
Centenas de denúncias chegaram no último ano à Ordem dos Médicos sobre falta de condições de trabalho, de segurança clínica ou...

Há cerca de um ano, a Ordem dos Médicos criou um email próprio para que os profissionais pudessem denunciar situações que consideram pôr em causa a segurança ou qualidade dos cuidados prestados, uma ferramenta que já recebeu cerca de uma centena de denúncias.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, explica em entrevista à agência Lusa que, apesar deste email específico, os profissionais continuam também a usar outros meios para fazer chegar queixas à Ordem.

“Na prática, no último ano, tivemos centenas de denúncias de várias origens, desde os cuidados de saúde primários aos hospitais, envolvendo várias situações diferentes e tivemos também denúncias de doentes”, afirma o bastonário.

Entre as denúncias estão recursos humanos insuficientes ou condições de segurança clínica ou física que não são asseguradas.

“Vários médicos queixaram-se desta situação [de segurança física]. O nível de agressões a médicos é muito superior ao que está reportado, e falo de agressão física”, lamenta Miguel Guimarães.

Segundo os dados oficiais, no ano passado houve mais de 950 registos de violência contra profissionais de saúde, sendo 2018 o ano com mais casos registados. Contudo, nestes registos oficiais, a maioria dos casos (62%) diz respeito a assédio moral.

Nas denúncias dos médicos que chegam à Ordem surgem também situações que apontam para ‘burnout’, com desgaste profissional seja a nível físico ou emocional, bem como queixas relativas à carreira e às remunerações.

Mas “a maioria” dos profissionais “queixa-se das condições de trabalho”, como a falta de materiais, de equipamentos e as más condições climáticas das unidades em que trabalham, refere o bastonário.

Persistem também as queixas em relação aos sistemas informáticos, sobretudo por parte dos médicos de medicina geral e familiar.

Múltiplos sistemas e lentidão são algumas das principais queixas dos médicos em relação aos sistemas informáticos.

Miguel Guimarães afirma que a “ministra da Saúde se tem mostrado completamente incapaz de resolver estes problemas”, que se vêm arrastando e para os quais os profissionais têm vindo a alertar há largos meses.

Quanto aos atestados médicos para as cartas de condução, atualmente mais exigentes e passados eletronicamente, o bastonário assume que tem havido menos queixas, mas que continuam a existir.

“Não percebo como é que o Ministério não resolveu isto ainda”, lastima Miguel Guimarães, lembrando que se aguarda a criação de serviços específicos para fazer avaliação médica e psicológica de condutores.

Saúde
O bastonário dos Médicos considera que a mudança de ministro da Saúde foi pior para o setor, acusando o Ministério de andar...

“A ministra da Saúde tem de ser responsabilizada pelo que está a fazer e pelo que não está a fazer. Os médicos não podem continuar a ser o bode expiatório do Ministério, que não funciona, que não se interessa pelos profissionais e pelos doentes. Isto já ultrapassou a linha vermelha”, declara o bastonário em entrevista à agência Lusa.

Miguel Guimarães diz que “são vários meses a tentar empatar as situações, graves, que fazem com que os doentes continuem a estar demasiado tempo à espera de cirurgia, de consulta, que fazem com que os doentes não tenham acesso a médico de família”.

“Temos uma situação complexa e temos promessas da ministra para resolver algumas situações depois de outubro, depois das eleições, o que não é sério”, lamenta.

Miguel Guimarães assume ainda que a mudança de ministro na área da Saúde, que ocorreu em outubro de 2018, não foi benéfica e que a situação piorou.

“Tínhamos acordado várias questões importantes e matérias fundamentais para a qualidade da Medicina com o anterior ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. A maior parte dessas coisas que tinham sido acordadas, de repente, voltou à estaca zero. Isto não é possível. Até parece que mudou o Governo. É extraordinariamente difícil trabalhar sem qualquer estabilidade”, queixa-se o bastonário, em dia de Fórum Médico, reunião que hoje junta em Lisboa a Ordem, sindicatos e associações do setor.

O representante dos médicos assume o “desconforto em relação à mudança de ministro”, com Marta Temido a substituir Campos Fernandes, alegando que passados “meses largos de atividade” a nova ministra não tem resolvido problemas nem dado andamento a processos que estavam em curso.

Miguel Guimarães recorda que a Ordem era também crítica do anterior ministro, mas estabelece diferenças:

“Apesar de tudo, quando [Campos Fernandes] tinha intervenções públicas, respeitava as pessoas. Raramente assumiu uma posição de falta de respeito perante os médicos ou enfermeiros. Esta ministra não. É muito complicado quando as pessoas que fazem o SNS todos os dias ouvem insinuações de que os médicos nem por 500 euros à hora trabalham, o que é uma falsidade, ou ouvem insinuações sobre vencimentos ou sobre os médicos serem responsáveis pelo que está a acontecer na saúde”.

Em relação aos médicos internos, o bastonário considera que Marta Temido criou uma “situação inédita no país” ao conseguir “tê-los a todos revoltados”.

Aliás, Miguel Guimarães estima que os médicos internos (jovens médicos em formação de especialidade) “vão ter um papel muito importante” no Fórum Médico de hoje.

“Estão com muita energia e querem fazer qualquer coisa mais forte”, disse.

A propósito dos jovens médicos, a Ordem decidiu que vai avançar com uma auditoria aos processos de atribuição de vagas para especialidade e de capacidade formativa dos serviços de saúde.

Lembrando que há médicos que em Portugal não têm acesso à especialidade, muito porque há jovens formados noutros países que tiram a especialidade em hospitais portugueses, o bastonário entende que é importante fazer uma auditoria sobre todo o processo que envolve a formação dos médicos para ver onde é possível melhorar.

Este era um dos projetos que a Ordem já tinha negociado com o anterior ministro da Saúde, mas que entretanto não avançou, lembra ainda Miguel Guimarães na entrevista à Lusa.

Consultas de especialidade
Numa carta aberta, enviada a Marcelo Rebelo de Sousa, a Ordem dos Psicólogos alerta para períodos de espera por uma consulta de...

“Os utentes chegam a esperar mais de quatro anos por uma consulta de psicologia em algumas zonas do país”, afirma a carta aberta a que a Lusa teve acesso.

Na carta, enviada no dia do nono aniversário da posse do primeiro bastonário, Telmo Mourinho Baptista, é apontada a existência de cerca de mil psicólogos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que no setor dos cuidados primários há um rácio de apenas 2,5 profissionais por cem mil habitantes.

Este indicador, diz o atual bastonário, Francisco Miranda Rodrigues, resulta “em situações dramáticas para acesso aos serviços de psicologia, nomeadamente no que se refere às perturbações psicológicas mais comuns”.

A Ordem dos Psicólogos refere a existência de estudos internacionais que apontam para 50% a 70% das consultas dos médicos de família relacionadas com fatores psicológicos, como a ansiedade, a depressão e o 'stress', e de dados da OCDE de 2018 que colocam Portugal como o quinto país da União Europeia com maior prevalência de problemas de saúde mental (18,4%).

O bastonário afirma que a Ordem propôs ao Governo em 2017 a realização de um programa nacional de prevenção da depressão, mas, que, “com exceção de um projeto-piloto a decorrer na região autónoma dos Açores, quer por falta de recursos, quer por preconceitos relativos ao modelo a implementar, o mesmo continua sem aplicação em Portugal”.

Francisco Miranda Rodrigues Lembra que em 2018 houve um concurso para recrutamento de 40 psicólogos e, pela primeira vez na história, apenas para os cuidados de saúde primários, “após mais de 20 anos sem qualquer concurso de ingresso na área clínica e da saúde do SNS”.

“Todavia, só terá efeitos práticos se fizer parte de uma estratégia continuada de reforço da prestação de cuidados de saúde psicológica à população, que garanta a efetiva admissão de novos profissionais no SNS e o seu rejuvenescimento”, diz ainda o bastonário.

DGS
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que não foram identificadas causas que expliquem o aumento da mortalidade...

Graça Freitas foi ouvida na comissão parlamentar de Saúde a pedido do PSD para "um esclarecimento cabal sobre as causas do aumento da taxa de mortalidade infantil verificado em 2018” e sobre “as eventuais medidas tomadas para contrariar o referido aumento”.

Dados da Direção-geral da Saúde (DGS) indicam que a taxa de mortalidade infantil foi no ano passado de 3,28 mortes por cada mil nados vivos, quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24.

Segundo Graça Freitas, os dados foram analisados por peritos que não identificaram causas para este aumento.

“Todos os peritos que foram consultados foram unânimes, olhando para todos os dados não conseguiram identificar nenhuma associação causal e tudo indica que o fenómeno da mortalidade infantil será multifatorial e que os perfis da grávida e das gravidezes parecem estar a sofrer alterações no nosso país”, afirmou.

Para a diretora-geral da Saúde, isto implica “uma pressão evidente sobre os próprios limites biológicos bem como sobre os recém-nascidos e os cuidados da mulher”.

Graça Freitas explicou que um recém-nascido poderá apresentar-se “mais frágil e mais vulnerável porque vem de condições que à partida serão menos favoráveis”, o que faz parte de uma mudança cultural.

“Os serviços de saúde têm que olhar para isto e tentar encontrar respostas adequadas como fomos capazes com os perfis que tínhamos no passado”, sustentou.

Perante esta realidade, a Direção-Geral da Saúde vai fazer recomendações, com o objetivo de identificar estes perfis e adequar cuidados às novas necessidades.

“Se está a emergir uma nova realidade temos de exercer uma vigilância ativa e mais apertada sobre estes novos perfis no sentido de confirmar se estão a ocorrer e de melhor os entender”, disse.

Para Graça Freitas, a saúde sexual reprodutiva materno-infantil tem que se ajustar aos diferentes perfis que estão a emergir seja em cuidados de vigilância pré-natal e perinatal.

No passado dia 25 janeiro, a DGS anunciou a constituição de um grupo de trabalho para estudar a mortalidade infantil com o objetivo de “melhor estudar a mortalidade infantil e as suas componentes”.

Em declarações anteriores, Graça Freitas adiantou que 194 dos 289 óbitos infantis registados em 2018 ocorreram na fase neonatal, ou seja, até aos 28 dias de vida.

Dessas 194 mortes neonatais, 100 tinham sido bebés prematuros de gestações com menos de 28 semanas, que são considerados os “grandes prematuros” e apresentam maior risco de mortalidade e de complicações associadas.

 

Paliativos devem ser uma prioridade
Duarte Soares, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), afirma que são precisas “800 a 1.000 camas”...

Atualmente existem 360 camas no país, aumentaram em 14 nos últimos dois anos, mas “a Associação Europeia de Cuidados Paliativos afirma claramente que em Portugal são precisas 800 a 1.000 camas de cuidados paliativos em Portugal”, disse Duarte Soares numa audiência na Comissão Parlamentar da Saúde.

O mesmo se passa em relação aos cuidados paliativos domiciliários, com a associação europeia a apontar a necessidade de 100 equipas para o país e a haver apenas 19 equipas.

“Somos otimistas, somos resilientes, queremos participar”, mas “achamos que temos décadas de atraso em relação a esta matéria” e que “há melhorias que devem ser feitas”, que a associação quer que “aconteçam o mais rapidamente possível”.

Para o médico, é preciso melhorar nos recursos humanos, no envolvimento das políticas dos cuidados paliativos nas políticas de saúde atuais e a nível comunitário com “melhores políticas de saúde pública”.

“Os cuidados paliativos devem ser considerados uma prioridade”, disse, considerando que “é a maior urgência clínica e social das próximas décadas para o país”, que precisa de ser refletida no Orçamento do Estado.

São precisas “mais camas, mais equipas na comunidade, um melhor relacionamento com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados” e hospitais centrais com resposta de internamento de cuidados paliativos, defendeu.

Duarte Soares disse que “faz todo o sentido” haver uma “partilha de responsabilidade e competências” entre os vários setores.

“Eu não consigo acreditar que o Serviço Nacional de Saúde tenha capacidade para absorver e cuidar de todas as pessoas que precisam de cuidados de fim de vida”, sustentou, adiantando que é preciso deixar que os médicos desta especialidade sejam “uma prioridade” no terreno.

“Não vale a pena estar a dizer que há 68 médicos, que são poucos, quando na verdade destes médicos haverá 30 ou 40 que nem sequer estão a trabalhar nas suas tarefas e para aquilo que estudaram”, sublinhou.

Duarte Soares deu o seu próprio exemplo. “Se eu estudei para o efeito, se eu quero dedicar-me àqueles doentes, e se estão a colocar-me em serviços de urgência, alguma coisa de errado está a acontecer na organização dos sistemas de saúde”.

Presente na audiência, a médica Cândida Cancelinha, da APCP, alertou para a situação dos cuidados paliativos pediátricos, afirmando que se estima existirem 7.000 crianças a necessitarem destes cuidados e cerca de 30 mil pessoas a cuidarem delas.

Neste momento não há qualquer tipo de resposta para a morte em casa. Noventa por cento das crianças morrem nos hospitais e 90% destas mortes devem-se a doença crónica complexa e isto “tem implicação não só na dinâmica familiar destas crianças, mas também nos custos hospitalares”, salientou.

Cândida Cancelinha alertou que há crianças a viverem anos com necessidades paliativas, às vezes décadas, e lembrou que as licenças de assistência à terceira pessoa se esgotam em quatro anos, o que leva muitas vezes o pai ou a mãe a desempregar-se para cuidar dos filhos.

Programa de apoio
O Centro Hospitalar de Leiria anunciou hoje a criação da Unidade de Saúde Mental Comunitária do Serviço de Psiquiatria e Saúde...

"O PsiCom é um programa de apoio orientado para as necessidades do doente de psiquiatria e saúde mental, ao favorecer o retorno a uma vida o mais normal possível, longe do internamento hospitalar, e ‘fugir' do modelo hospitalocêntrico e rumar a uma abordagem voltada para os recursos comunitários", explicou o diretor do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do CHL, Cláudio Laureano, citado numa nota de imprensa.

Segundo o psiquiatra, durante o ano 2018 foram realizadas 53 consultas de intervenção em crise na comunidade de doentes graves, 114 consultas domiciliárias multidisciplinares e consultadoria psiquiátrica com os Agrupamentos dos Centros de Saúde Oeste Norte e Pinhal Litoral.

Realizaram-se ainda "reuniões todos os meses nos Centros de Saúde de Alcobaça, Pombal, Arnaldo Sampaio e Gorjão Henriques", em Leiria, "para discussão de mais de 110 situações clínicas complexas", acrescentou o especialista.

O próximo passo é avançar com reuniões de consultadoria com os cuidados de saúde primários às unidades locais da Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós e Nazaré.

"A nova unidade integra uma das mais prementes áreas da saúde mental, que é a da psiquiatria comunitária, e pretende desenvolver, melhorar e otimizar os cuidados prestados na área da saúde mental aos utentes adultos da área de influência do CHL, com especial incidência sobre a população com doença mental grave", precisou a vogal do Conselho de Administração do CHL, Alexandra Borges, citada no mesmo comunicado.

O PsiCom prevê diversas áreas de intervenção, nomeadamente funcionando "como programa de acompanhamento por terapeuta de referência" e apoio domiciliário.

As atividades são realizadas através do agendamento de cuidados clínicos a ocorrer no hospital, centro de saúde, domicílio ou em outras estruturas comunitárias e através da realização de contactos telefónicos periódicos e frequentes entre o terapeuta de referência e os doentes/família dos cuidados de saúde primários.

A intervenção em crise também está contemplada, prevenindo "uma maior deterioração de um episódio agudo de doença" e "evitando idas ao Serviço de Urgência e internamentos, ou promovendo o acesso o mais precoce possível aos cuidados de saúde hospitalares, se necessário".

A consultadoria psiquiátrica com os cuidados de saúde primários fomenta a articulação entre as estruturas parceiras e evita a utilização inadequada dos serviços de saúde, nomeadamente evitando-se episódios frequentes de urgência e encaminhamentos à consulta externa por motivos passíveis de orientação a nível comunitário.

Vacinação
A Direção-Geral da Saúde vai submeter dentro de poucas semanas os relatórios técnicos sobre as três vacinas aprovadas pelo...

“Dentro de muitos poucos dias, semanas no máximo, a DGS submeterá à tutela informação sobre as várias opções de vacinação e as respetivas estratégias, de acordo com a melhor evidência científica disponível”, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na Comissão Parlamentar da Saúde, onde foi ouvida a pedido do PSD.

Graça Freitas adiantou que a comissão técnica de vacinação já entregou o relatório sobre a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) para os rapazes e “dentro de dias” vai entregar os relatórios finais sobre as vacinas contra a meningite B e rotavírus.

Na audição, Graça Freitas lembrou que “quando se vacinam grandes grupos de pessoas”, está-se “a mudar a dinâmica das doenças”.

“Se todas estas vacinas fossem boas nós não teríamos dúvida nenhuma em lutar e vir pedir aqui a esta Assembleia que lutasse connosco”, só que há vacinas que apresentam limitações, sublinhou.

Segundo Graça Freitas, a vacina contra a meningite B, que já é administrada a grupos de risco, ainda apresenta limitações e a primeira advém do conteúdo da vacina.

“A concordância estimada da vacina com as estirpes circulantes em Portugal é de 67.9, o que não é uma boa concordância”, disse Graça Freitas, sublinhando que, “até à data, não há nada que evidencie que esta vacina influencie o estado do portador”.

Também não mostrou imunidade de grupo ou proteção individual, disse, ressalvando, no entanto, que a decisão da sua inclusão no PNV “será política”.

O mesmo se aplica à vacina contra o rotavírus, uma vez que a carga da doença em Portugal e nos países desenvolvidos não é relevante

Em relação à vacina contra o HPV, Graça Freitas afirmou que “não se pode ter expectativas que a vacina pode fazer milagres nos rapazes”.

“Faz milagres para o cancro do colo do útero nas raparigas. Isto tem que ser dito, independentemente das decisões que forem tomadas”, sustentou.

Estima-se que em Portugal o número de cancros atribuíveis a HPV em homens, seja na ordem dos 160 a 180 casos por ano, enquanto quase todos os cancros do colo do útero são imputáveis ao vírus do papiloma humano

“Portanto, as contas têm que ser feitas”, rematou.

Ressalvando que são “estimativas grosseiras” com base no seu conhecimento, Graça Freitas estimou que o custo da inclusão das três vacinas no Programa Nacional de vacinação represente quase metade do que custa todo o PNV.

“Costumo dizer são contas de merceeiro da diretora-geral da Saúde, mas que costuma acertar mais ou menos” e estas contas indicam que “a entrada das três vacinas no mesmo ano em regime universal poderia ter um custo direto na ordem 15 milhões de euros por ano”.

DGS
A identificação de crianças de risco para serem vacinadas com a BCG vai ser feita nas maternidades, uma medida tomada na...

A estratégia nacional de vacinação com BCG mudou em 2016, deixando de ser dada a todas as crianças. Passaram a ser vacinadas apenas as que pertencem a grupos de risco para a tuberculose ou as que vivem numa determinada comunidade, com uma elevada incidência da doença.

Para isso, existe uma ‘check list’ que permite identificar os meninos elegíveis para vacinação, explicou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas na Comissão Parlamentar de Saúde, onde foi ouvida a pedido do PSD.

Contudo, as estratégias vacinais dirigidas “só a quem precisa” são difíceis de realizar: “Percebemos que a pulverização de meninos fora da maternidade dificultava muito a sua captação e identificação” e “se não são identificados nem captados não são vacinados”, reconheceu.

“Como nós aprendemos com as coisas e como houve um ligeiro aumento de casos de tuberculose na infância temos que refazer essa estratégia”, disse a diretora-geral da Saúde.

Segundo Graça Freitas, a “estratégia de risco” vai manter-se, o que vai mudar é a sua operacionalização, com as crianças a ser captadas nas maternidades, através da aplicação de “um questionário seletivo”.

Com esta medida, salientou, será possível “encontrar todos os meninos que quando nascem já têm o risco, mas sem perder de vista que este questionário tem de ser repetido ao longo da vida destes meninos em todos os contactos com os serviços de saúde até aos seis anos”.

Vai ser também encetada “uma nova luta” para ter vacinas BCG, que desta vez vêm da Dinamarca.

“Todo a gente tem direito a vacinas com altos padrões de qualidade e isso está a criar nos próximos cinco anos dificuldades de disponibilidade de vacinas em todo o mundo”, afirmou.

Por exemplo, no ano passado para ter a BCG em Portugal foi preciso importá-la do Japão e desta vez será da Dinamarca.

Tanto em 2017 como em 2018 os casos de tuberculose nas crianças aumentaram, mas as autoridades não estabelecem ainda nenhuma relação direta com o facto de a vacina BCG ter deixado de ser dada de modo universal.

Os 30 novos casos de tuberculose registados em crianças menores de seis anos em 2018 chegaram a ser ultrapassados em anos em que ainda era dada a vacina de forma universal.

Quanto às formas graves de tuberculose em crianças com menos de seis anos, em 2018 voltou a haver quatro novos casos, tal como em 2017, sendo os anos com mais casos desde 2008, segundo dados divulgados pelo Programa Nacional para a Tuberculose

Portugal continua a ter uma redução anual de 5% no número de novos casos de tuberculose, mas precisava de duplicar esta diminuição para cumprir as metas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo dados oficiais a taxa de incidência foi em 2018 de 15,4 casos por 100 mil habitantes, com um total de 1.703 casos notificados.

Dados AnimalhealthEurope
Seja por falta de informação, pelos custos associados ou pela adesão a terapêuticas alternativas, a verdade é que, segundo a...

Esta realidade coloca não só em causa a saúde dos animais, mas também das pessoas que com eles convivem. Por isso mesmo, e no âmbito do Dia Mundial da Vacinação Animal, assinalado a 20 de abril, a organização pretende consciencializar a população europeia para a importância de vacinar cães e gatos, mensagem repercutida em Portugal pela voz da APIFVET - Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários.

Segundo Jorge Moreira da Silva, Presidente da APIFVET, “esta é uma mensagem que tem que ser passada, porque a saúde animal anda de ‘mãos dadas’ com a saúde humana. Garantir o bem-estar e saúde dos nossos animais é garantir a saúde das nossas famílias. Doenças que até então eram comuns, são atualmente raras, graças ao uso da vacinação. Importa, por isso, que todas as pessoas continuem a vacinar os seus animais de estimação.” Jorge Moreira da Silva destaca especialmente a importância de vacinar animais até aos seis meses, “particularmente suscetíveis a doenças, porque o seu sistema imunitário não está totalmente desenvolvido até então”.

Apesar da maioria dos donos de animais de estimação esteja consciente para a importância da vacinação, seguindo os conselhos dos médicos veterinários, existe ainda uma parte da população que não compreende o seu funcionamento ou que, pelos custos associados, opta por não vacinar. Segundo o Presidente da APIFVET, estes fatores acabam por contribuir para a redução na taxa de vacinação em muitos países europeus, referida pela AnimalhealthEurope. Torna-se, assim, fundamental “alertar para a importância das vacinas como método preventivo, até porque os custos de prevenir são sempre menores do que os custos associados a tratamentos” e acrescenta: “os médicos veterinários têm um papel crucial na consciencialização dos donos e devem, sempre que possível, lembrar as doenças graves que podem ser evitadas em cães e gatos se os seus donos apostarem na prevenção, vacinando os seus animais.”

 

Reabilitação respiratória
A eficácia da reabilitação respiratória nos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) está comprovada, no entanto,...

A DPOC é uma doença pulmonar grave e bastante incapacitante que afeta 800 mil pessoas no nosso país e que é, atualmente, a terceira causa de morte no mundo. 3 em cada 4 pessoas com DPOC moderada têm capacidade limitada para desempenharem as suas rotinas diárias. Esta doença produz uma série de modificações que conduzem a uma progressiva alteração da qualidade de vida, sendo algumas tarefas quotidianas, como subir escadas ou tomar duche, impossíveis de concretizar para os doentes com DPOC.

Perante esta realidade, uma parte fundamental para a gestão da doença é a reabilitação respiratória, permitindo, esta terapêutica, reduzir os sintomas e melhorar a capacidade para participar nas atividades quotidianas.

As sessões de reabilitação respiratória podem, inclusivamente, decorrer no domicílio, com o acompanhamento e material devidos. Sendo a DPOC uma doença progressiva, esta terapia permite devolver alguma qualidade de vida aos doentes com o objetivo de recuperar ao máximo a sua capacidade funcional e promovendo a sua reintegração social e/ou profissional e minimizando os efeitos da doença e invalidez. 

 

Petição
As farmácias reuniram 120 mil assinaturas para “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS”, a maior petição dirigida à Assembleia da...

Em comunicado, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) recorda que quase 680 farmácias enfrentam processos de penhora e insolvência e que, com esta petição, querem mostrar ao Governo que pretendem um “acordo profissional” para garantir acesso igual a medicamentos e a serviços farmacêuticos.

A petição “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS” contou com a adesão das ordens profissionais da Saúde (médicos, dentistas, farmacêuticos e enfermeiros) e de representantes do setor do medicamento como a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) e a Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA).

A Plataforma Saúde em Diálogo, que reúne associações de doentes e de consumidores, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e o presidente do SAMS Quadros - Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários também se associaram a esta iniciativa.

Nomes como os das escritoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, dos atores Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho, do maestro Rui Massena, da fadista Cuca Roseta e da piloto Elisabete Jacinto fazem igualmente parte das personalidades que assinaram a petição.

No texto da petição, as farmácias recordam que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) comemora 40 anos e que a melhor forma de o celebrar é “garantir a sua sobrevivência no século XXI”.

“O SNS não pode encolher, nem se afastar das pessoas. Tem de garantir o direito à saúde a todos os portugueses, independentemente da sua condição económica, residência, ideologia, raça ou religião. Tem de resistir aos terríveis problemas da desertificação e do encerramento desmedido de serviços de proximidade”, escrevem os promotores da iniciativa.

Recordam que as farmácias “aproximam o SNS dos cidadãos, garantindo o primeiro apoio na doença, acesso seguro aos medicamentos e aconselhamento em saúde” e que, com mais de três farmacêuticos por farmácia, “a rede portuguesa é uma das cinco melhores do mundo”.

“As farmácias sempre combinaram inovação tecnológica e inovação em saúde pública. Implementaram programas de saúde pública pioneiros no mundo, como o Programa Troca de Seringas”, acrescentam.

“Ainda há uma farmácia próxima de cada português, mesmo nas terras onde fechou a extensão do centro de saúde, a escola, o tribunal e outros serviços públicos. É isso que está em risco”, alertam os promotores, sublinhando que, neste momento, 675 farmácias enfrentam processos de penhora e insolvência, o que corresponde a quase 25% da rede.

Os signatários desta petição pedem à AR que assuma um programa legislativo com o objetivo de garantir a igualdade e a equidade de todos os portugueses no acesso aos medicamentos, atribuir incentivos e melhores condições de funcionamento às farmácias mais frágeis, evitando o seu encerramento, e proibir a concentração de farmácias e a sua instalação dentro dos hospitais.

Querem ainda que este programa ajude a combater as falhas de medicamentos, garantindo aos doentes o acesso na farmácia a todos os fármacos receitados pelos médicos, promova o uso racional dos medicamentos, proibindo “qualquer prática que incentive o seu consumo, como os descontos nos medicamentos com preço fixado pelo Estado”.

Entre os objetivos deste programa legislativo que a AR deveria assumir estão ainda a fixação de um critério de remuneração igual para todos os agentes do setor do medicamento, “que permita uma remuneração justa e adequada do serviço farmacêutico, sem pôr em causa o processo de consolidação das contas públicas”.

As farmácias querem ainda que se promova a dispensa nestes locais de medicamentos oncológicos e para o VIH-sida, a vacinação contra a gripe e outras intervenções em saúde pública, com particular atenção aos doentes crónicos.

Causas, sintomas e tratamento
Os cuidados com a voz são essenciais evitar o aparecimento de rouquidão e outras alterações na quali

A expressão “rouquidão” é usada para descrever qualquer alteração na qualidade da voz, seja fraqueza, tremor, mudança de tom ou até mesmo ausência de voz. O termo médico equivalente é “disfonia” (ou “afonia” quando o doente não consegue falar).

O som é gerado através da passagem do ar na laringe, durante a expiração, fazendo oscilar as cordas vocais e ressoando posteriormente na faringe e nariz, que pode alterar o timbre. Para a voz ser eficaz, todos os seus componentes têm de funcionar corretamente, seja a parte muscular, a cartilagem, os nervos ou as próprias cordas vocais. Logo, uma falha em qualquer destes componentes pode levar a uma “rouquidão”.

As causas de “rouquidão” podem ser orgânicas (com doença objectiva) ou funcionais (psicossomáticas). Qualquer doente com queixas persistentes, em especial se houver fatores de suspeição – como tabagismo, alcoolismo, saída de sangue pela boca, dor de garganta ou ouvido que não melhora, dificuldade na deglutição ou perda de peso inexplicada – devem ser investigados em consulta de Otorrinolaringologia.

As causas mais frequentes são as seguintes:

  • Laringite aguda: inflamação da garganta, causada por vírus ou bactéria, que dura habitualmente menos de 3 semanas e está associada a infecções da via aérea superior (com queixas tipo gripe);
  • Laringite crónica: inflamação da garganta que dura mais de 3 semanas, está habitualmente associada a causas não infecciosas, como irritantes químicos, refluxo gastro-esofágico, corrimento nasal por sinusite ou disfonia por tensão muscular (onde há um esforço desadequado para falar);
  • Lesões benignas: edema de Reinke (que é o inchaço das cordas vocais por tabagismo), pólipos e nódulos das cordas vocais (habitualmente por abuso vocal, ou seja, situações em que há um esforço exagerado para falar, muito comum entre os professores e educadores de infância);
  • Lesões malignas: cancro da laringe ou até mesmo do pulmão ou tiróide (podendo causar paralisia das cordas vocais)
  • Disfunções neurológicas: causando paralisia das cordas vocais, por doença do Sistema Nervoso Central (como AVC, esclerose múltipla, miastenia gravis, doença de Parkinson), pós-cirurgia da tiróide ou até pode não haver nenhuma causa evidente;
  • Doenças funcionais (não orgânicas): pode ser por ansiedade, nervosismo, haver contrações involuntárias das cordas vocais ou até pode não haver nenhuma causa evidente;
  • Presbifonia: o envelhecimento de todo o aparelho da fala, causando uma fraqueza dos músculos com consequente voz frágil, mais aguda.

A larga maioria das situações é benigna, habitualmente por laringite aguda, pólipos e nódulos das cordas vocais e doenças funcionais. Há cuidados que devemos ter de uma forma transversal nas “rouquidões”, nomeadamente a evicção tabágica, o aumento de ingestão de água e o repouso da voz, evitando falar.

Quando está em causa uma situação causada pelo esforço desadequado para falar – como nódulos das cordas vocais – o tratamento pode passar por Terapia da Fala, onde se pode reeducar o doente a ter uma voz mais eficaz.

Nas situações mais graves, como os cancros, o tratamento pode passar por cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.

O diagnóstico é bastante simples, bastando para isso uma simples observação em consulta de Otorrinolaringologia e, se necessário, uma endoscopia da laringe, que é um exame bastante rápido e simples e que permite observar diretamente as cordas vocais.

A mensagem final é a seguinte: nunca deixe uma “rouquidão” persistir durante muito tempo sem ser observada pelo médico, especialmente se for fumador e/ou beber álcool. A prevenção e o diagnóstico precoce são a melhor solução.


Dr. Rudolfo Montemor - Otorrinolaringologista no Hospital Lusíadas Lisboa

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
100 milhões vão viver na pobreza
O presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho apelou ontem, em Cannes, para antecipar os...

"O aquecimento global já está aqui e está a evoluir a um ritmo alarmante", disse Francesco Rocca na abertura da primeira Conferência das Partes (COP), sobre o impacto da mudança climática na saúde, que durante dois dias decorre naquela cidade da Riviera Francesa.

Mesmo que o impacto na saúde seja difícil de ser medido, os cientistas concordam que as alterações climáticas causarão muitas mortes e doenças, disse Rocca, que também é presidente da Cruz Vermelha Italiana.

Cerca de 600 pessoas, entre técnicos, cientistas, pessoal da Cruz Vermelha e personalidades políticas, como Laurent Fabius, presidente do Conselho Constitucional francês e ex-presidente da COP21, participam nesta conferência sobre “o maior défice de saúde pública do século XXI: Curar a humanidade a + 2º Celsius”.

"Progressos foram feitos, mas também recuam as curvas do aquecimento global, que continuam em pânico, as projeções são alarmantes", disse Jean-Jacques Eledjam, presidente da Cruz Vermelha Francesa.

Segundo o mesmo responsável, “estas mudanças atingiram primeiro as pessoas mais vulneráveis, aquelas que não podem fugir e que buscam tratamento e é preciso encarar os factos, pois cada grau extra custa vidas e sofrimento humano”, acrescentando que “é hora de falar sobre adaptação, questões de financiamento e também da oportunidade de construir um mundo mais justo”.

“Segundo o Banco Mundial, até 2030, mais de 100 milhões de pessoas vão passar para a pobreza, por causa das alterações climáticas”, disse Laurent Fabius, lembrando que, se tudo continuar assim “não é curar a + 2º C, mas sim a + 3,5º”.

Alex Pinano, líder da Cruz Vermelha das Ilhas Marshall, lançou um forte apelo de ajuda.

“Façam qualquer coisa por nós, senão seremos os nómadas do Pacífico”, implorou, face ao risco de subida dos níveis do mar, à morte dos bancos de coral e a ondas de calor que venham a tornar-se a norma no seu arquipélago.

A conferência está a decorrer no Théâtre Croisette, o mesmo local onde, há um século, de 01 a 11 de abril de 1919, numa conferência médica, foram lançadas as bases para a criação da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

Relatório
Uma espécie de mosquito transmissor do vírus da febre dengue foi detetada no Algarve no ano passado, mas sem transportar o...

A espécie invasora de mosquito "Aedes albopictus" foi detetada pela primeira em setembro de 2017 numa fábrica de pneus no norte do país, o que desencadeou uma resposta de vigilância por parte das autoridades de saúde pública a nível local, regional e nacional.

No ano passado, a mesma espécie foi detetada no Algarve "em zonas com menos de cinco quilómetros quadrados, em zonas muito pontuais, desconhecendo-se ainda com precisão como foi a sua introdução", disse a coordenadora do REVIVE, Maria João Alves.

“Detetámos alguns espécimes de mosquitos, foram todos testados para presença de vírus e não estão infetados e não estão a transmitir agentes infecciosos”, salientou.

Maria João Alves explicou que esta espécie de mosquito não é o vetor primário de vírus como o dengue, zika, febre amarela e Chikungunya, mas é um vetor secundário.

“Não é tão eficaz (na transmissão do vírus) como o mosquito que existe nas zonas tropicais, da espécie "Aedes aegypti", mas pode substituí-lo”, disse a coordenadora da rede, que desde 2008 faz a vigilância de mosquitos e de carraças em todo o país para saber onde estão as espécies, se há novas introduções e se estão infetados com agentes patogénicos.

Desde que foi detetada a presença do "Aedes albopictus", foi reestruturado o plano de vigilância para cada uma das regiões, incluindo o alargamento do período de vigilância ao ano inteiro.

Com origem no Sudeste Asiático, o "Aedes albopictus" tem vindo a disseminar-se globalmente através do transporte passivo de ovos através de atividades comerciais, nomeadamente o comércio global de pneus usados e plantas ornamentais.

Este mosquito também faz “refeições de sangue” no homem e pode, por exemplo, entrar dentro de um carro em Espanha e picar as pessoas durante a viagem. Quando as pessoas chegam ao destino, o mosquito sai e pode instalar-se nessa região, explicou.

Existe “o risco de o caminho que o mosquito fez para ser introduzido na região Norte ou na região Sul poder ser repetido”, disse Maria João Alves.

Para a coordenadora do REVIVE, o que é importante é haver uma deteção precoce: “Não vamos evitar que ele entre, mas se o detetarmos atempadamente dá-nos capacidade de resposta e nisso Portugal tem sido pioneiro com vigilância a nível nacional”.

Este ano, a vigilância já foi feita em 217 concelhos, salientou.

O relatório 2018 da REVIVE, coordenada pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), refere que a presença do mosquito na região norte e no Algarve representa “uma situação de risco acrescido para a saúde pública e exige um esforço de monitorização constante, bem como medidas de controlo eficazes com vista à erradicação da população detetada e que impeçam a dispersão deste mosquito para outras regiões”.

Na Europa, a primeira deteção deste mosquito ocorreu na Albânia em 1979 e atualmente encontra-se em dispersão em vários países europeus.

Hospital Garcia de Orta
O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, no distrito de Setúbal, explicou que a contratação de pediatras em regime de...

“No mês de abril, excecionalmente em cinco dias, para evitar o encerramento do serviço, tem o conselho de administração, tentado encontrar soluções, que não sendo as ideais, garantem a qualidade do serviço”, refere o hospital em comunicado.

A administração adianta que, em articulação com o Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro Hospitalar Lisboa Central, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital Fernando da Fonseca e Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo, “foram identificados vários pediatras, alguns para chefiar equipas, que poderão ajudar o HGO a estabilizar o seu corpo clínico, dentro de um a três meses”.

Hoje, o diretor do serviço de pediatria no Garcia de Orta, Anselmo Costa, criticou a contratação de pediatras em regime de prestação de serviços, porque “não é aceitável” um médico chefiar um hospital que não conhece.

A administração esclarece que, devido à saída de vários pediatras, o serviço “encontra-se em condições bastante difíceis para assegurar as escalas” e a medida foi tomada “perante a impossibilidade de fechar um serviço público de urgência”.

Tal como o hospital já tinha informado em conferência de imprensa, na semana passada, a contratação de médicos de fora é uma solução provisória para impedir o fecho da urgência, mas outras medidas estão a ser tomadas para resolver a situação de forma definitiva.

Uma delas é a contratação direta e excecional de três especialistas, dos quais um vai iniciar o serviço de imediato e outros dois apenas em maio, além da garantia do Ministério da Saúde de inscrição de quatro vagas no próximo concurso, a concluir dentro de três meses.

Além disso, o hospital tem procurado sensibilizar a população para, em casos de “baixa prioridade”, recorrer aos centros de saúde do concelho.

Segundo o diretor da pediatria, que se encontra demissionário desde outubro de 2018 por não concordar com as medidas tomadas pela administração, no último ano e meio saíram oito pediatras deste hospital, não tendo entrado nenhum para substituir.

Desta forma, de acordo com Anselmo Costa, a urgência pediátrica do Garcia de Orta tem no total cinco pediatras (passando a quatro no próximo mês, devido à demissão de um deles), e a equipa padrão é constituída por um especialista e dois internos, o que se torna “penoso”, porque os médicos, ao serem poucos, acabam a fazer mais urgência do que o normal.

No final de março, a Ordem dos Médicos alertou para o risco de a urgência pediátrica encerrar em alguns dias de abril devido à falta de especialistas, tendo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses precisado o último sábado, dia 13, por ser um dos dias em que a escala não estava assegurada.

A Ordem dos Médicos revelou hoje à TSF que pediu à administração do hospital o envio das escalas das equipas da urgência pediátrica para abril, afirmando que continua a existir o risco de encerramento durante a noite ou ao fim de semana.

Reclama Associação
O concurso para a compra centralizada de um tipo de medicamentos para a hemofilia terminou há mais de um ano e desde janeiro de...

Em causa está o processo de compra dos fatores recombinantes da coagulação, fármacos usados por cerca de 60% a 65% dos doentes com hemofilia, segundo estima a Associação Portuguesa de Hemofilia, que contesta a “enorme disparidade” de critérios na compra destes medicamentos “para o mesmo tipo de população”.

“Há hospitais que estão a comprar apenas pelo preço mais baixo e há outros que usam critérios de qualidade técnica. Isto provoca uma grande disparidade entre os vários hospitais públicos em Portugal”, afirmou Miguel Crato, presidente da Associação de Hemofilia, em declarações à agência Lusa.

O representante dos doentes recorda que existe uma recomendação do Conselho da Europa para que os critérios da compra destes medicamentos “não se esgotem no preço”.

Em resposta à agência Lusa sobre o atraso na abertura de concurso para a compra centralizada dos fatores recombinantes da coagulação, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) afirmam que estão “a trabalhar com as diversas instituições de saúde que têm centros de hemofilia” para construir “um novo acordo quadro”, que é um instrumento de contratualização pública para selecionar fornecedores habilitados a fornecer medicamentos para o SNS.

Atualmente, segundo a SPMS a compra destes fármacos é feita “ao abrigo do código de contratos públicos”, o que pode incluir ajuste direto.

O concurso para compra centralizada dos medicamentos recombinante terminou no final de 2017 e, entretanto, nesse ano foram aprovados pela Autoridade do Medicamento pelo menos mais dois fármacos para o tratamento da hemofilia, e já no ano passado mais outros dois, passando a existir atualmente oito.

Segundo a legislação, estes nos novos medicamentos aprovados têm de ter um preço pelo menos 10% mais baixo do que os que estavam até aí em comercialização.

Documentos a que a agência Lusa teve acesso mostram que uma das empresas que comercializa um dos novos fármacos já escreveu à ministra da Saúde sobre a falta de abertura de concurso centralizado para a compra dos recombinantes da coagulação, tendo também remetido uma exposição sobre o assunto ao Tribunal de Contas.

Medicamentos
As pessoas com doenças e as organizações que as representam vão poder participar na avaliação de novos medicamentos, através do...

Com este projeto, o Infarmed pretende promover “uma maior proximidade” com as associações e os doentes e incluir nos seus processos de avaliação “a perspetiva da pessoa com doença, a sua experiência, necessidades e preferências, bem como as dos seus cuidadores e familiares”.

Hoje, o Infarmed e a Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas (APH) promovem uma ação conjunta para comemorar o Dia Mundial da Hemofilia, que se assinala na quarta-feira, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas com hemofilia”, uma doença rara e hereditária, que afeta a coagulação do sangue e provoca hemorragias frequentes.

Na cerimónia, será apresentado o Incluir, um projeto que o presidente da APH, Miguel Crato, considera “extremamente importante e crucial” no caso da hemofilia e dos distúrbios hemorrágicos.

Pelo seu ‘know-how’, pela sua experiência e pela recolha de dados que as associações fazem permite que “o Infarmed consiga fazer uma melhor avaliação, e uma avaliação mais inclusiva, dos medicamentos” destinados aos doentes.

“Nós vemos com bastante agrado esta vontade do Infarmed de incluir este tipo de associações nos seus processos de avaliação e acho que em 2019 e numa sociedade que se quer contemporânea e inclusiva não podia ser de outra maneira”, sustentou Miguel Crato.

Na cerimónia, será também debatido o projeto desenvolvido no último ano pela APH, denominado “Hemorragias zero”, do qual faz parte um inquérito realizado junto da população com hemofilia, dos profissionais de saúde e da tutela que visou perceber as razões porque ainda “há pessoas com hemorragias em Portugal apesar dos tratamentos disponíveis no país serem dos mais avançados”.

“Cerca de 43% das pessoas alvo de inquérito achavam normal ter hemorragias”, mas a associação entende que parte também das pessoas “mudar um pouco a sua atitude e a perceção sobre a patologia para não aceitarem como normal ter hemorragias sobretudo ao nível das articulações que são as mais graves e que implicam bastantes mazelas e tem consequências graves na qualidade de vida da pessoa”.

Apesar de ser possível viver sem hemorragias, 42,3% dos profissionais de saúde inquiridos ainda considera aceitável uma a cinco hemorragias anuais, o que mostra que, mesmo entre os profissionais, a hemofilia e o seu tratamento “ainda não são totalmente compreendidos.”

Segundo o estudo, 71% dos hemofílicos inquiridos disse sentir que a doença condiciona a sua vida de alguma forma, seja em termos de mobilidade, devido aos danos provocados nas articulações, pelo tempo investido no tratamento e/ou pelo receio de ter uma hemorragia.

A hemofilia é uma doença rara, crónica e hereditária, potencialmente incapacitante, estimando-se que existam cerca de 1.000 casos em Portugal e cerca de 350.000 no mundo.

Dispositvo tecnológico
Engenheiros, médicos e terapeutas da fala juntaram-se num projeto que, através da criação de uma aplicação móvel, visa a...

A propósito do Dia Mundial da Voz, que hoje se celebra, Aníbal Ferreira, investigador e docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), explicou hoje, em declarações à Lusa, que o projeto, intitulado 'DyNaVoiceR', surgiu com o propósito de colmatar uma "lacuna" tecnológica que, atualmente, é "muito aquém das expectativas das pessoas".

"Percebemos que do ponto de vista tecnológico não existe nenhuma solução (...) Hoje em dia, ouvimos falar de todos os tipos de tecnologia capaz de reconhecer fala, mas não existe nenhum dispositivo que seja capaz de ajudar uma pessoa a produzir fala natural e normal", referiu Aníbal Ferreira.

O 'DyNaVoiceR', financiado em 240 mil euros pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), junta investigadores da Universidade do Porto e de Aveiro, do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), do Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro e do Centro Hospitalar de São João.

O projeto, iniciado em 2018 e constituído por uma equipa de engenheiros, médicos otorrinolaringologistas e terapeutas da fala, tem como objetivo a criação de um dispositivo tecnológico que, ao "canalizar os sinais de fala sussurrada" de doentes que sofrem de problemas de comunicação oral (como a afonia), transforma os sinais numa "voz regenerada".

"A ideia é a pessoa utilizar o auricular e falar em fala sussurrada para o microfone desse auricular, a fala captada pelo microfone e creditada na aplicação que está a decorrer no telefone, transforma o sinal em tempo real e capta as regiões da fala que estão em falta, dando-lhe sonoridade. O som vai ser transmitido por altifalantes que vão estar escondidos na roupa ou até nos botões do telefone", esclareceu o docente da FEUP.

À Lusa, Aníbal Ferreira explicou que a equipa de investigadores pretende ainda que, até ao final do projeto, em 2021, os "dispositivos translocutores" façam a reprodução do sinal "de forma muito percetível e assertiva" de modo a que as pessoas com disfonia consigam ter "uma voz o mais natural possível".

"Todo este sistema tem de ter capacidade de fazer correção linguística, de projetar a voz regenerada, assim como transmitir o elemento da assinatura sonora deste falante, como se fosse criado um perfil da pessoa, de modo a que ela tenha uma fala com identidade", apontou.

Nesse sentido, os investigadores do CINTESIS vão recolher amostras de voz de falantes voluntários saudáveis do Centro Hospitalar de São João que servirão para ajudar a recolher a "impressão vocal" de cada individuo.

Posteriormente, essa informação vai ser trabalhada pelos engenheiros que vão desenvolver técnicas e ferramentas essenciais para a reconstrução da voz natural.

Posteriormente, essa informação vai ser trabalhada pelos engenheiros que vão desenvolver técnicas e ferramentas essenciais para a reconstrução da voz natural.

"Por uma dificuldade de comunicação a pessoa tem de descontinuar a sua missão, quando poderia perfeitamente desenvolver um trabalho muito importante na comunidade, mas que simplesmente não consegue por causa de um problema de comunicação oral", salientou, concluindo que este sistema vai tornar-se numa solução "gratificante" para todos os doentes.

 

Alergias da Primavera
Comichão, pingo no nariz, espirros, “pigarro” e tosse são alguns dos principais sintomas de doença a

A alergia surge quando o sistema imunológico reage excessivamente a uma ou mais substâncias estranhas (alergénios), geralmente inofensivas para a maioria da população, levando ao aparecimento de um conjunto de sinais e sintomas, reprodutíveis aquando da exposição ao mesmo estímulo.

A prevalência das doenças alérgicas tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, principalmente nas regiões urbanas, estimando-se que possam atingir cerca de 30% da população. Em Portugal os ácaros do pó doméstico são os principais responsáveis pelas doenças alérgicas, com manifestações ao longo de todo o ano, mas que se podem agravar nos meses da primavera. No entanto, alguns doentes encontram-se assintomáticos na maioria do ano e apresentam sintomas apenas na primavera.

Tal ocorre associado ao pico da polinização, levando a uma rápida elevação da concentração de pólenes no ar. Estes entram em contacto com a mucosa do nariz, olhos e brônquios e são capazes de induzir uma reação alérgica em indivíduos susceptíveis. Em Portugal, a principal causa de alergia a pólenes são as gramíneas, que polinizam no início da primavera e atingem o seu pico nos meses de Maio e Junho. Também é frequente a sensibilização à erva parietária (grupo das ervas daninhas) e às árvores (principalmente oliveira).

Os sintomas a que deve estar atento são muito diversos e podem apresentar diferentes graus de gravidade. O nariz é o órgão mais afetado com sintomas muito característicos como comichão, pingo do nariz, espirros, “pigarro” e tosse, rinite alérgica. Frequentemente estes sintomas são acompanhados de queixas oculares, a conjuntivite alérgica que se manifesta por comichão, olho vermelho, lacrimejo e inchaço. Comichão no céu da boca e nos ouvidos é também comum.

Durante esta altura podem surgir ainda sintomas de asma, que se apresentam como sensação de falta de ar, pieira, tosse e aperto do peito.

Por fim, a pele pode também ser afetada com o aparecimento de comichão e de lesões avermelhadas (urticária, eczema). Frequentemente sintomas de diferentes órgãos surgem em simultâneo. 

Apesar de estas queixas serem habitualmente pouco valorizadas, tanto em crianças como em adultos, podem apresentar, num subgrupo de doentes, um importante impacto na qualidade de vida, com interferência no sono e nas atividades diárias, estando associadas não só a absentismo laboral e escolar como principalmente a uma menor produtividade profissional e rendimento escolar. 

A confirmação do diagnóstico de alergia deve ser efetuada por um médico especialista em Imunoalergologia, através da história clínica, testes cutâneos e estudo analítico, sendo essencial identificar os pólenes envolvidos, para o planeamento do tratamento e prevenção de agudizações.

A forma mais eficaz de combater os sintomas alérgicos sazonais, é através de um tratamento individualizado, adequado à gravidade clínica, e que pode incluir anti-histamínicos e anti-inflamatórios locais. Em casos selecionados, o imunoalergologista pode indicar uma imunoterapia específica, conhecida como “vacina antialérgica”. A sua eficácia e segurança encontra-se comprovada e tem como objetivo reduzir a longo prazo a resposta alérgica e diminuir a necessidade de uso de medicamentos.

Para além do tratamento apropriado, a prevenção é fundamental na doença alérgica. Apesar de ser impossível eliminar os pólenes da atmosfera, existem várias medidas que minimizam os sintomas.

Uma vez que concentrações dos pólenes existentes no ar, dependem da época de polinização, que é específica para cada planta (coincidindo na maioria com a primavera) e varia de ano para ano, aconselha-se a consulta regular do Boletim Polínico disponibilizado online pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e pela Rede Portuguesa de Aerobiologia, (https://www.rpaerobiologia.com), onde consta a concentração polínica semanal de cada região. De salientar, ainda, que os níveis de pólenes no ar são mais elevados com o tempo quente, seco e ventoso, predominantemente nas primeiras horas da manha. Assim, nos dias em que se prevejam níveis mais elevados de pólenes é possível reforçar, não só o tratamento, como as medidas de proteção, nomeadamente: evitar viagens para áreas de elevada polinização, evitar atividades ao ar livre, fechar as janelas de casa e do carro quando as concentrações dos pólenes forem elevadas, usar óculos escuros de forma a evitar a exposição ocular e,  no caso dos motociclistas, recomenda-se uso de capacete integral.

As doenças alérgicas, apesar de cada vez mais prevalentes, continuam a ser subdiagnosticadas e subtratadas. Os doentes devem ser informados sobre as suas alergias, de forma a otimizarem a prevenção das manifestações e o controlo dos sintomas, o que permitirá a obtenção de uma melhor qualidade de vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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