Circular Informativa N.º 169/CD/8.1.7.
Foi detectado um blister de Permixon numa embalagem de Tardyferon Fol pelo que a empresa que comercializa os medicamentos está...

A firma Pierre Fabre Médicament Portugal, Lda. está a proceder à recolha voluntária dos seguintes lotes dos medicamentos Tardyferon Fol e Permixon, na sequência de ter sido detectado um blister de Permixon numa embalagem de Tardyferon Fol:

 

Medicamento

Número de registo

Lote

Validade

Tardyferon Fol, embalagem de 20 unidades

4979480

G99066A

05/2016

Permixon, embalagem de 15 unidades

2785988

G06485A

11/2016

 

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização destes lotes.

Face ao exposto:

- As entidades que possuam estes lotes dos medicamentos em stock não os podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

- Os doentes que estejam a utilizar embalagens pertencentes a estes lotes devem examinar cuidadosamente o blister antes de tomar o medicamento: o Permixon apresenta-se em cápsulas de cor verde; o Tardyferon Fol apresenta-se em comprimidos cor-de-rosa. Caso necessário, deverão consultar o médico assistente para que lhes seja prescrita outra embalagem.

 

Circular Informativa N.º 170/CD/8.1.7.
O Infarmed, através da Circular Informativa N.º 170/CD/8.1.7., actualiza a lista de distribuidores por grosso não autorizados.

A lista de distribuidores por grosso não autorizados a operar em Chipre, Hungria, Letónia, Roménia, República Eslovaca e Eslovénia, divulgada na Circular Informativa n.º 125/CD/8.1.7., de 15/05/2014, foi actualizada pela da Agência Italiana do Medicamento (Anexo 1).

Foi também actualizada a lista de distribuidores autorizados (Anexo 2) que adquiriram medicamentos a estes distribuidores não autorizados e os comercializaram para o mercado europeu.

Face ao exposto, as entidades que tenham em sua posse medicamentos adquiridos às entidades listadas nos anexos devem:

- Colocar os medicamentos adquiridos a estes distribuidores temporariamente em quarentena;

- Comunicar a aquisição ao Infarmed mediante envio dos documentos comprovativos de aquisição.

 

Os medicamentos fornecidos por distribuidores não autorizados devem ser considerados como falsificados, não dispondo de qualidade, segurança e eficácia, pelo que não podem ser utilizados.

 

Farmacêutica alerta:
Tomar paracetamol para curar a ressaca pode causar lesões hepáticas fulminantes. Este é o alerta deixado por uma farmacêutica...

Imagine o cenário: bebeu em excesso na noite anterior e acorda com uma dor de cabeça terrível. Qual é a sua primeira reacção? Se respondeu “tomar paracetamol”, precisa de ter cuidado. Ingerir alguns comprimidos do medicamento para curar a ressaca pode causar uma lesão hepática fulminante, segundo a farmacêutica Silvana Maria de Almeida, do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.

A precaução é válida mesmo se a dosagem for menor do que a diária recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de até 4.000 mg. Segundo a especialista, o álcool associado ao paracetamol também pode provocar hemorragias no estômago.

Estes são apenas alguns dos riscos que o uso indiscriminado do paracetamol, um dos medicamentos mais populares no mundo no combate à dor e à febre, pode acarretar para a saúde.

A substância pode ser encontrada em comprimidos, em gotas ou ainda como princípio activo de outros medicamentos. O paracetamol é facilmente adquirido nas farmácias, sem prescrição. Apesar de ser considerado um medicamento seguro e eficaz, é preciso que o doente fique atento e respeite a dosagem recomendada - cometer exageros é mais fácil do que se imagina.

Para ultrapassar os 4.000 mg recomendados pela OMS, basta ingerir cerca de seis comprimidos dos “extra fortes” num período de 24 horas, ou ingerir os comprimidos associados a outros medicamentos que também contenham o princípio activo.

“O paracetamol é considerado seguro em doses terapêuticas. É preciso ficar atento, pois este princípio activo também faz parte da composição de uma série de medicamentos, sendo fácil tomar o dobro da dose”, aponta o gastrenterologista Henrique Boruchowski, do Hospital Samaritano de São Paulo.

Segundo Silvana Maria de Almeida, a sobredosagem pode ser fatal. “O uso indiscriminado pode levar a danos hepáticos, anafilaxia [reacção alérgica grave] e outras reacções adversas como prurido, problemas gastrointestinais, náusea, vómito, dor de cabeça, insónia, agitação, atelectasia [colapso pulmonar], Síndrome de Steven-Johnson (com erupção nas mucosas, olhos, nariz, vagina, etc.), necrólise epidérmica tóxica e penumonite”, explica.

A maior preocupação ao usar o medicamento em excesso está ligada aos danos que pode causar ao fígado. Após ser ingerido e processado pelo organismo, uma das sobras desse processo é o composto NAPQI, que é tóxico. Doses altas do medicamento fazem com que o NAPQI se acumule no fígado, atacando as moléculas que formam as membranas das células hepáticas e levando-as à morte. Se não for interrompido, o processo pode levar à falência do fígado e à morte do indivíduo.

 

Ordens profissionais denunciam
Sete Ordens profissionais na área da saúde apelam ao Ministério da Saúde que tome medidas urgentes para pôr cobro à...

As sete Ordens que integram o Conselho Nacional das Ordens Profissionais - CNOP -, são a Ordem dos Biólogos, Ordem dos Enfermeiros, Ordem dos Farmacêuticos, Ordem dos Médicos, Ordem dos Médicos Dentistas, Ordem dos Nutricionistas e Ordem dos Psicólogos. Juntas denunciam a falta de regras na publicitação de actos e serviços de Saúde e alertam para os perigos para a saúde pública, já que se trata de uma área particularmente sensível.

Para as sete Ordens, a saúde não é uma actividade comercial como qualquer outra e não pode ser publicitada como tal. É uma preocupação que se estende a todas as Ordens que integram o CNOP.

O presidente do CNOP e bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas Orlando Monteiro da Silva traça um quadro preocupante “com exemplos, como a publicitação de serviços gratuitos, rastreios e check-ups utilizados para induzir tratamentos desnecessários aos doentes, a publicitação de cartões de pontos de supermercados e gasolineiras com descontos em saúde, garantias vitalícias, concursos e cartões para a compra de tratamentos em sites de compras em grupo, especialidades que não existem e uso abusivo de qualidades médicas, promessas de cura para doenças crónicas, marcas comerciais de dispositivos, rotulagens enganadoras de produtos alimentares, terapias psicológicas sem evidência científica, procriação artificial garantida, “fármacos” milagrosos, só para citar os casos mais comuns.”

O Código da Publicidade foi criado em 1990 e, apesar de várias alterações, continua a não ser objectivo nos limites à publicidade na área da saúde. A realidade actual do sector da saúde é muito diferente do que se passava na década de 90.

As sete Ordens defendem que seja criada uma lei específica para a publicidade na área da saúde que acautele os interesses dos consumidores e respeite a deontologia e as regras éticas a que os profissionais estão submetidos.

Em nome de um interesse comum da sociedade e da sã concorrência, as sete Ordens consideram essencial que a regulação da publicidade em saúde reflicta as matérias de foro ético e deontológico dos estatutos de cada uma das Ordens. Isto porque hoje existem empresas privadas na área da saúde, algumas de grande dimensão, e que não cumprem as regras deontológicas que se aplicam aos profissionais em termos individuais.

As Ordens estão disponíveis para integrar um grupo de trabalho que possa trabalhar com o Governo para a elaboração de legislação específica para a publicidade na saúde.

 

 

Entidade Reguladora da Saúde detecta
A Entidade Reguladora da Saúde detectou as irregularidades numa acção de fiscalização à clínica localizada em Sacavém.

Uma delegação da Clínica de Santo António em Sacavém realiza há 14 anos exames pagos pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), apesar de não ser uma unidade convencionada, uma irregularidade detectada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), escreve o portal TVI 24.

Após uma denúncia, a ERS realizou uma acção de fiscalização ao estabelecimento da Clínica de Santo António (Clisa), em Sacavém, tendo aferido que esta “presta, naquele estabelecimento, cuidados de saúde a utentes do SNS, actuando por isso na qualidade de entidade convencionada, nomeadamente quanto às valências de radiologia, cardiologia e otorrinolaringologia”.

No entanto, e segundo esclareceu a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a pedido do Regulador, “a entidade Clisa (...) não é detentora de convenção, em qualquer valência, para o estabelecimento” em Sacavém.

Trata-se, segundo a ERS, de uma “utilização indevida de convenção com o SNS, em estabelecimento não convencionado”, pois a Clisa é detentora de convenções com o Estado apenas para o estabelecimento na Reboleira, Amadora, e “apenas nesse estabelecimento poderá prestar cuidados de saúde aos utentes do SNS” na qualidade de convencionada.

A ERS considera ainda, numa deliberação, que este comportamento da Clisa “pode impactar com o respeito da concorrência nas actividades abertas ao mercado sujeitas à sua jurisdição”.

“O universo de entidades convencionadas é dominado por entidades que já se encontram no mercado há muito tempo, sendo reduzido o número de entidades com convenções recentes”, recorda o Regulador, acrescentando: “Quando um prestador convencionado faz uso da sua convenção fora dos estabelecimentos para os quais a detém é adulterado e falseado o jogo concorrencial pré-existente”.

A Clisa existe há 41 anos, na Amadora, tendo em 1999 aberto uma delegação na cidade de Sacavém, em regime de ambulatório, prestando cuidados de saúde nas valências de exames auxiliares de diagnóstico, consultas e tratamentos. A Clínica entende que “a convenção que tem com a ARS é também válida para o estabelecimento de saúde de que é titular e sito em Sacavém”, segundo se pode ler na deliberação da ERS.

A empresa referiu ainda que a prática na clínica em Sacavém “é e sempre foi do conhecimento da respectiva ARS, sem que até este momento tenha sido alvo de qualquer reparo ou chamada de atenção por parte daquela ou de qualquer outra entidade competente”.

Na deliberação da ERS, a que a Lusa teve acesso, lê-se que a ARSLVT vai “monitorizar a facturação apresentada pela Clisa, de forma a apurar onde são efectivamente prestados os cuidados, identificando o local de prescrição e, por amostragem, sinalizar o utente, com vista à sua audição e apuramento do estabelecimento onde recebeu os cuidados de saúde convencionados e facturados”.

A ERS decidiu que “a Clínica de Santo António apenas pode utilizar a convenção por si detida com o SNS para a prestação de cuidados de saúde em instalações convencionadas, bem como não pode autorizar que terceiros utilizem a sua convenção”, dispondo agora de 30 dias para apresentar ao Regulador as diligências adoptadas e a adoptar.

A empresa dispõe de um prazo máximo de 180 dias para “garantir que apenas utiliza a convenção por si detida com o SNS para a prestação de cuidados de saúde nas instalações convencionadas” e “não pode autorizar que terceiros utilizem a sua convenção”.

Saiba tudo
Catarata resulta de uma diminuição da transparência do cristalino, com degradação da sua qualidade ó
Cirurgia ao olho para tratar cataratas

Pode ser considerada como decorrente do envelhecimento (catarata senil – a mais frequente) mas, também pode resultar de um traumatismo ou de doenças e situações com perturbação do equilíbrio metabólico do cristalino surgindo, nestes casos, mais precocemente.

O seu tratamento é cirúrgico, geralmente substituindo-se o cristalino por uma lente intraocular.

O impacto da catarata na qualidade de vida deve ser avaliado através da diminuição da acuidade visual, conjugada com a autonomia funcional da pessoa. Alguns doentes, melhor que outros, podem adaptar-se à deficiência visual sem notar o declínio funcional.

Qualquer zona do cristalino pode perder a transparência e alterar o seu índice refractivo mas, em termos funcionais, são particularmente importantes as cataratas com localização central.

A história dos diversos tipos de catarata é variável e está relacionada com múltiplos factores, além do simples envelhecimento: doenças intercorrentes como a diabetes; traumatismos; situações de natureza ambiental, etc.

O tratamento (cirúrgico) da catarata tem, na generalidade, um prognóstico muito bom e permite recuperar a autonomia e a qualidade de vida.

Epidemiologia

A catarata continua a ser uma das principais causas de cegueira curável no mundo.

Em Portugal, vários estudos permitem estimar que, cerca de 170.000 pessoas, sofrem de catarata, sendo que, 6 em cada 10, com mais de 60 anos, apresentam sinais desta doença.

Factores de Risco

Vários factores de risco têm vindo a ser relacionados com o desenvolvimento da catarata, sendo os mais frequentes: a diabetes, os traumatismos, o tabagismo, história de exposição prolongada aos raios ultravioletas e uso de medicamentos corticosteróides.

Anamnese

História pessoal

Diminuição progressiva da visão, embora utilizando a correcção óptica adequada.

Existência de doenças intercorrentes, utilização de corticosteróides, traumatismos craniofaciais, hábitos tabágicos e actividade profissional, nomeadamente com exposição às radiações UV e luz intensa.

História familiar

História de cataratas e a idade do seu aparecimento, correlacionadas com a existência de doenças familiares e actividades de risco.

Sinais e Sintomas, Avaliação

  • Visão turva com diminuição progressiva da acuidade visual
    A acuidade visual deverá ser avaliada com tabelas de optótipos, em monocularidade, para longe e para perto, sem correcção óptica e com correcção óptica. A melhoria da acuidade visual com a utilização de “buraco estenopeico” faz supor a possibilidade de melhorar a visão através de correcção óptica (óculos ou lentes de contacto).
  • Alguns doentes com catarata podem ainda referir alteração da visão das cores e diplopia monocular (visão dupla de um só olho).

Prevenção

Doentes com diabetes e doentes medicados com corticosteróides, devem ser informados acerca dos riscos acrescidos de aparecimento de cataratas.

A exposição prolongada à radiação ultravioleta tem vindo a ser associada ao aparecimento precoce de catarata. A protecção UV é de recomendar, sobretudo às pessoas que tenham uma actividade prolongada no exterior. Vários estudos demonstram uma ligação entre os hábitos tabágicos e o aparecimento precoce da catarata.

Tratamento

O tratamento da catarata é cirúrgico e deve ser equacionado de acordo com os riscos e a situação do doente.

Actualmente, em grande percentagem dos casos, a cirurgia é feita em regime ambulatório e sem anestesia geral, o que significa um muito curto período de permanência no hospital (menos de 1 dia). A recuperação pós-operatória é também rápida.

Contudo, tratando-se de uma cirurgia, há sempre que equacionar possíveis riscos, embora sejam raros.

A cirurgia consiste na substituição do cristalino (mantendo-se apenas parte da sua cápsula), por uma lente intra-ocular.

Depois da cirurgia, são habitualmente receitados óculos, sobretudo para corrigir a visão de perto (a lente artificial introduzida durante a cirurgia retira qualquer capacidade ainda existente de adaptação da visão para distâncias diferentes. Algumas lentes intra-oculares mais modernas, já prevêem a possibilidade de uma utilização para longe e para perto, mas a sua utilização não é consensual). Óculos para longe também podem vir a ser necessários, mas há geralmente uma melhoria significativa da visão ao longe.

Num segundo tempo, após a cirurgia, pode ser necessário tratamento com Laser de Yag, fundamentalmente para resolver a opacificação secundária da cápsula.

Referenciação

Os doentes com função visual reduzida e degradação da sua autonomia devem ser orientados, atempadamente, para a oftalmologia, de forma a poder ser realizada uma completa avaliação e traçada a orientação terapêutica.

Deve ser dada informação ao doente sobre o processo e o desenvolvimento da catarata, os objectivos do seu tratamento cirúrgico e os benefícios relativos.

O doente deve colaborar no desenvolvimento do plano terapêutico adequado.

Princípios orientadores para indicação cirúrgica de catarata

  • Quando interfere com as actividades quotidianas do doente;
  • Quando interfere com a vigilância ou tratamento de doença visual;
  • Uma visão binocular inferior a 5/10;
  • Uma Acuidade Visual unilateral igual ou inferior a 3/10.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Conheça as diferenças
Mialgia é um termo utilizado para caracterizar dores musculares em qualquer parte do corpo.
Lombalgia Mialgia

A mialgia define-se como uma dor nos músculos dos ombros, pescoço ou qualquer outro. A dor surge devido a tensões nos músculos, por exemplo se exercer um excessivo esforço dos olhos, provocado por exemplo por uma má iluminação, ficará com certeza com mialgia na região dos olhos. Outras causas podem ser por exemplo uma má posição durante o trabalho ou devido ao stress mental.

Enquanto a mialgia pode afectar qualquer músculo, a lombalgia acontece quando uma pessoa tem dor na região lombar. Ou seja, na região mais baixa da coluna perto da bacia. É também conhecida como "lumbago", "dor nas costas", "dor nos rins" ou "dor nos quartos". Algumas vezes, a dor irradia para as pernas com ou sem dormência.

Causas
A lombalgia não é uma doença, mas um tipo de dor que pode ter diferentes causas, algumas delas complexas. À semelhança da mialgia, a lombalgia é frequentemente causada por posturas incorrectas. Isto é, causada por uma má posição quando está sentado, deitado ou até quando se baixa para carregar algum objecto pesado. Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecções, hérnias discais ou artrose (processo degenerativo de uma articulação).

A mialgia pode ser causada por uma grande variedade de factores, mas, mais comummente, está associada ao uso excessivo de um músculo ou grupo de músculos e ferimentos ou traumas como, entorses e luxações. Além de lesões traumáticas, as infecções virais, como a gripe, são algumas das causas mais comuns de mialgia.

Tipos
Há dos tipos de lombalgia: aguda e crónica. A forma aguda é forte e aparece subitamente depois de um esforço físico. Ocorre na população mais jovem. A forma crónica geralmente acontece entre os mais velhos. Nestes casos a dor não é tão intensa, porém, é quase permanente.

No caso da mialgia ela pode ser difusa ou localizada. É o mesmo que dizer que pode ocorrer apenas em determinada região do corpo, ou em diversas áreas.

Sintomas
A dor é o principal sintoma em qualquer uma das condições – mialgia e lombalgia. A dor é facilmente identificada e é uma queixa comum na prática clínica.

No entanto, conforme já foi referido, quer a mialgia quer a lombalgia podem ser causadas por outras doenças e estarem associadas a quadros de astenia, fadiga ou fraqueza muscular, que muitas vezes pode ser o sintoma predominante. Também os formigueiros, a dormência nos músculos afectados, o inchaço e vermelhidão podem surgir nas duas situações.

Diagnóstico
Na mialgia, a história clínica e o exame físico correctamente feitos, associados a exames laboratoriais, podem definir a etiologia ou revelar se são necessários outros métodos de diagnóstico.

Nos casos de lombalgia, em mais de 90% dos casos, o diagnóstico e a causa são estabelecidos com a história clínica do doente e o exame físico. Em caso de dúvida, pode ser feita radiografia, densitometria ou ressonância magnética.

Tratamento
O mais importante é tratar a causa da lombalgia Na crise aguda de lombalgia, o exercício está totalmente contra-indicado. Deve-se fazer repouso absoluto. Podem ser administrados medicamentos analgésicos e/ou anti-inflamatórios.

O tratamento cirúrgico, por exemplo quando a lombalgia é causada por uma hérnia discal, está indicado apenas nos 10% dos casos quando a crise não passa entre três a seis semanas. Habitualmente, no adulto, a maioria das lombalgias tem causas e tratamentos simples, já a dor lombar no adolescente é incomum e com causas que devem ser investigadas cuidadosamente pelo especialista.

Também na mialgia o tratamento adequado depende de vários factores, tais como, as causas subjacentes ou a gravidade da dor. Se é causada por factores como, o uso excessivo dos músculos e lesão ou trauma, podem ser aplicadas compressas quentes e frias para proporcionar alívio da dor. A dor muscular pode também ser reduzida pela massagem nos músculos afectados com movimentos suaves.

Os analgésicos e anti-inflamatórios não esteróides ou relaxantes musculares podem também ser usados no tratamento da mialgia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Presidente do ICN defende:
Os serviços de saúde em Portugal necessitam de 25 mil enfermeiros, e não colmatar essa carência significa ter uma população...

“Faltam pelo menos 25 mil enfermeiros nos serviços e se se quer defender a saúde da população e investir no futuro do País é imperativo que as unidades de saúde implementem uma Enfermagem baseada na evidência e um planeamento de recursos humanos com base nas necessidades da população”.

Quem o afirma é a Prof. Judith Shamian, Presidente do Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), que no decurso de um encontro com o Enf. Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), defendeu a importância de recursos humanos adequados para fazer face não só à vertente curativa, mas também à vertente preventiva e de promoção da Saúde – que têm especial impacto sobre a saúde dos indivíduos, famílias e comunidades.

No encontro que manteve esta semana, no Porto, com a Presidente do ICN, o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros explicou que a norma para dotações seguras recentemente desenvolvida pela OE apresenta diversas fórmulas de cálculo e tem forma legal, pelo que deve ser aplicada aos mais diversos contextos de saúde dos sectores público, privado e social, quer seja no continente ou nas ilhas.

A Prof. Judith Shamian revelou-se bastante interessada no modelo desenvolvido pela Ordem dos Enfermeiros e elogiou os esforços que tem empreendido com vista a estabelecer um planeamento de recursos humanos para a Enfermagem em Portugal.

A norma estabelece, por exemplo, que os blocos operatórios só podem funcionar com 3 enfermeiros por sala; que os enfermeiros de família devem ter 1.550 utentes ou 350 famílias; e que, em cada Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) deve existir, pelo menos, 1 enfermeiro por cada 5 mil habitantes, preferencialmente especialistas.

A presença de enfermeiros em lares tem merecido especial atenção por parte da OE devido a uma certa desregulação do sector e a existência de um número considerável de lares ilegais. Assim sendo, o documento define que “para residentes independentes, com dependência ligeira ou moderada, 5 horas por cada 10 residentes”, afirma o Enf. Germano Couto. Para os restantes, devem ser afectas 4 horas de cuidados a cada pessoa.

De acordo com o Enf. Germano Couto, a norma já foi dada a conhecer ao Ministério da Saúde e visa dar uma base legal para que “os enfermeiros gestores possam exigir junto da direcção das unidades de saúde mais recursos para os seus serviços”.

Dos contactos que manteve com os profissionais portugueses, a Prof. Judith Shamian refere que “os enfermeiros não têm horas suficientes para fornecer os cuidados necessários”.

Com base na investigação científica, “isso vai ter um impacto negativo sobre a saúde da população em Portugal. Recorde-se que a evidência internacional demonstra uma relação directa entre o número adequado de enfermeiros, melhores cuidados e menores níveis de doença e mortalidade”.

Essa ideia é igualmente salientada pelo Enf. Germano Couto. “Ainda recentemente o conceituado Karolinska Institut (2014), conclui - de acordo com um estudo internacional que envolveu nove países europeus, 500 mil doentes cirúrgicos e mais de 26 mil enfermeiros - que o aumento de um doente na carga de trabalho dos enfermeiros, além do considerado adequado, aumenta em 7% a probabilidade de um doente hospitalizado morrer no prazo de 30 dias a contar da admissão. E os profissionais de saúde existem para salvar vidas e cuidar de pessoas, não para as ver morrer”.

A Prof. Judith Shamian acredita que Ordem dos Enfermeiros “tem feito um trabalho pioneiro a defender a qualidade dos cuidados e a segurança dos cidadãos – o que deve ser devidamente valorizado pelos decisores políticos”.

A representante máxima da Enfermagem a nível mundial incentivou a Ordem “a continuar a trabalhar com outros grupos de enfermeiros, governos e profissionais de saúde, a fim de se certificar que as pessoas em Portugal recebem os cuidados de Enfermagem que merecem”.

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera alerta
Quase todas as regiões do país apresentam hoje risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta, informou o Instituto...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões do país, com excepção de Santa Cruz das Flores (alto) e Ponta Delgada (moderado) apresentam esta segunda-feira risco muito alto de exposição à radiação UV, escreve o jornal de Notícias

Para as regiões com níveis elevados, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar e aconselha a população a evitar a exposição das crianças ao Sol.

De acordo com o IPMA, a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança.

O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, sendo o máximo o 11.

O IPMA prevê para esta segunda-feira, no continente, céu pouco nublado ou limpo, vento em geral fraco de noroeste, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde e a sul do Cabo Mondego, e nas terras altas a partir do final da tarde.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal nas regiões norte e centro.

Pequena descida da temperatura mínima, em especial no litoral das regiões norte e centro e subida da máxima.

Na Madeira, prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul, aguaceiros fracos nas vertentes norte e vento fraco a moderado de nordeste, tornando-se moderado a forte nas terras altas a partir do início da noite.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros fracos e vento sudoeste.

Quanto às temperaturas, em Lisboa, Vila Real, Viseu, Santa Cruz das Flores e Ponta Delgada prevê-se uma máxima de 25 graus célsius, no Porto e na Guarda 22, em Beja 32, Évora, 31, Castelo Branco 30, Bragança 28, Faro 29 e Angra do Heroísmo e Funchal 26.

 

Relatório anual sobre o acesso a cuidados de saúde
...

As filas de espera são uma das grandes ‘dores de cabeça’ dos utentes que se deslocam aos hospitais. Mas o país não parece estar a ir num bom caminho.

De acordo com o Jornal de Notícias, houve no ano passado pouco mais de seis milhões de consultas nas urgências. Contudo, quase três milhões (42%) foram consideradas desnecessárias, por ter sido atribuído ao utente pulseira azul, verde ou branca.

Estas falsas urgências justificam-se, em grande parte, pelo difícil acesso dos portugueses a consultas nos centros de saúde, como revela o relatório anual sobre o acesso a cuidados de saúde.

 

Direcção-Geral da Saúde informa:
Um surto de Doença por Vírus Ebola decorre na Guiné-Conacri desde Fevereiro de 2014. Foram também confirmados casos na Libéria.

A infecção resulta do contacto directo com líquidos orgânicos de doentes (tais como sangue, urina, fezes, sémen). A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até 7 semanas depois da recuperação clínica.

Uma vez que o período de incubação da doença pode durar até 3 semanas é provável que novos casos venham ainda a ser identificados. No entanto, as medidas de controlo já implementadas naquela região Africana, tais como isolamento, monitorização activa dos casos e vigilância reforçada nas fronteiras, poderão conter este surto e prevenir a propagação da doença.

O risco para os países europeus é considerado baixo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, as viagens à região afectada não estão desaconselhadas.

 

Comunicados do Director-Geral da Saúde

Comunicado nº C77_01_v1 de 30/07/2014 - Recomendações para viajantes

Comunicado nº C69_02_v2 de 16/04/2014 - Recomendações para viajantes

Comunicado nº C69_01_v2 de 14/04/2014 - Exclusivamente dirigido a profissionais de saúde

 

Orientações da Direcção-Geral da Saúde

Orientação nº 002/2014 de 28/04/2014 - Doença por vírus Ébola. Procedimentos a adoptar pelos Serviços de Saúde

Orientação nº 003/2014 de 28/04/2014 - Equipamentos de protecção individual para agentes biológicos de tipo 4

Orientação nº 004/2014 de 28/04/2014 - Doença por vírus Ébola – Procedimentos Laboratoriais

Orientação nº 005/2014 de 28/04/2014 - Doença por Vírus Ébola - Vigilância do Viajante - Viagem marítima. Guia de procedimentos para Agências de Navegação, Autoridades Marítimas e Portuárias e Autoridades de Saúde dos Portos

Orientação nº 006/2014 de 28/04/2014 - Doença por vírus Ébola. Vigilância do viajante durante um voo, antes do embarque ou após o desembarque. Guia de procedimentos para companhias aéreas, aeroportos e autoridades de saúde dos aeroportos.

 

Especialista refere
Recuperação é mais rápida e menos dolorosa. 10 dias após a intervenção, as mulheres regressam ao trabalho.

Assintomáticos na maioria dos casos, os miomas uterinos afectam dois milhões de portuguesas. É o tumor benigno mais comum no aparelho genital feminino. A dimensão e localização são determinantes para conservar o útero e engravidar, razão pela qual a miomectomia é, no limite, o tratamento indicado, escreve o Correio da Manhã Online.

Com os avanços da medicina, actualmente é possível remover o mioma, sem cortes, com menor risco de infecção e uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. A laparoscopia é uma técnica com claros benefícios.

“A laparoscopia permite-nos ver. No meu grupo de cirurgia, todas as patologias da mulher são tratadas por laparoscopia, desde a mais complexa, que é a endometriose, até à extracção do útero. Em geral, dependendo do tipo de mioma e da localização, após cerca de seis a oito semanas a mulher pode tentar a gravidez”, explica António Setúbal, director do Departamento de Ginecologia e de cirurgia minimamente invasiva do Hospital da Luz, em Lisboa.

Cerca de 10 dias depois da cirurgia, acrescenta o especialista, as doentes podem voltar à sua ocupação profissional sem dores e com a certeza de que a sua fertilidade não foi comprometida.

 

EUA
Depois dos testes em animais, Instituto Nacional de Saúde dos EUA prepara-se para iniciar o teste em humanos da vacina contra o...

O Instituto Nacional de Saúde dos EUA anunciou que iniciará o teste em humanos da vacina contra o Ébola. Os trabalhos começarão em Setembro e os primeiros resultados já poderão ser vistos no início de 2015. A agência do governo está a trabalhar há anos no antídoto e já teve bons resultados nos testes em animais, refere o Diário Digital.

Em entrevista à CNN, o director do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), Anthony Fauci, disse que “está a trabalhar em parceria com a Food and Drug Administration (FDA) para terminar a primeira fase de experimentação o mais rápido possível”. A FDA é um órgão do governo norte-americano para controlar, através de testes e pesquisas, os alimentos e os medicamentos que serão comercializados no país.

Essa primeira fase é fundamental para verificar se a vacina trará efeitos colaterais. Caso não seja encontrado nenhum problema, passa-se para a segunda fase, que testa a eficácia do medicamento. Desde o início da epidemia de Ébola em África, foram registados 1323 casos e 726 mortes pela doença.

 

Conheça os factores de risco
As lesões de origem músculo-esquelética (músculos e articulações), principalmente traumáticas ou de
Lesões músculo-esqueléticas

As lesões músculo-esqueléticas são o problema relacionado com o trabalho, mais comum na Europa. Perto de 24% dos trabalhadores da UE dizem sofrer de lombalgias e 22% queixam-se de dores musculares.

Quando falamos de lesões músculo-esqueléticas, referimo-nos a afecções que podem afectar os músculos, as articulações, os tendões, os ligamentos, os nervos, os ossos e doenças localizadas do aparelho circulatório.

As lesões músculo-esqueléticas não só causam sofrimento e perdas de rendimento a nível pessoal, como também têm custos para as empresas e as economias nacionais, uma vez que qualquer trabalhador pode vir a sofrer de lesões músculo-esqueléticas. Contudo, estas lesões podem ser evitadas através de uma avaliação das tarefas que o trabalhador executa, na adopção de medidas preventivas e num controlo contínuo da eficácia dessas medidas.

A verdade é que a maioria das lesões músculo-esqueléticas são de origem profissional, cumulativas, resultantes da exposição repetida a esforços mais ou menos intensos ao longo de um período de tempo prolongado. Portanto, os sintomas surgem tardiamente. No entanto, podem também ter a forma de traumatismos agudos, tais como fracturas causadas por acidentes.

Estas lesões afectam principalmente a região dorso-lombar, a zona cervical, os ombros e os membros superiores, mas podem afectar também os membros inferiores. Algumas lesões músculo-esqueléticas, tais como a síndrome do canal cárpico, que afecta o pulso, são lesões específicas que se caracterizam por sinais e sintomas bem definidos. Outras manifestam-se unicamente por dor ou desconforto, sem que existam sinais de uma lesão clara e específica.

Factores de risco das lesões musculo-esqueléticas

São vários os factores que podem contribuir para a manifestação de lesões músculo-esqueléticas: factores físicos e biomecânicos, factores organizacionais e psicossociais, factores individuais e pessoais. Estes factores podem exercer uma acção separadamente ou combinados.

Factores físicos

  • Aplicação de força, por exemplo, levantar, transportar, puxar, empurrar, utilização de ferramentas;
  • Movimentos repetitivos;
  • Posturas forçadas ou estáticas, por exemplo, mãos acima do nível dos ombros ou posição sentada ou de pé durante muito tempo;
  • Compressão localizada exercida por ferramentas ou superfícies;
  • Vibrações;
  • Frio ou calor excessivos;
  • Iluminação deficiente susceptível, por exemplo, de causar um acidente;
  • Elevados níveis de ruído, susceptíveis de causar tensão física.

Factores organizacionais e psicossociais

  • Trabalho exigente, falta de controlo sobre as tarefas executadas, baixos níveis de autonomia;
  • Baixos níveis de satisfação com o trabalho;
  • Trabalho monótono, repetitivo, executado a um ritmo rápido;
  • Falta de apoio por parte dos colegas, dos supervisores e das chefias.

Factores individuais

  • Antecedentes clínicos;
  • Capacidade física;
  • Idade;
  • Obesidade;
  • Tabagismo.

Tratamento das lesões musculo-esqueléticas

Os objectivos da terapêutica são, essencialmente, aliviar a dor e reduzir a incapacidade. Para isso a abordagem deve ser multidisciplinar, isto é, ter em conta aspectos preventivos, a reabilitação através de fisioterapia e administração de fármacos que permitam uma recuperação mais rápida do doente. As lesões de origem músculo-esquelética (músculos e articulações), principalmente traumáticas ou de início súbito, têm melhor prognóstico quando a intervenção ocorre na fase aguda, especialmente as lesões musculares (roturas) e ligamentares (entorses).

Contudo, a prevenção continua a ser a melhor arma. Saiba como:

  • Evitar os riscos de lesões músculo-esqueléticas;
  • Avaliar os riscos que não podem ser evitados;
  • Combater os riscos na origem;
  • Adaptar o trabalho ao homem;
  • Adaptação à evolução tecnológica;
  • Substituir o que é perigoso pelo que é seguro ou menos perigoso;
  • Conceber uma política global de prevenção coerente, que abranja todas as cargas exercidas sobre o corpo;
  • Privilegiar as medidas de protecção colectivas relativamente às medidas de protecção individual;
  • Dar instruções adequadas aos trabalhadores.

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Deverá procurar obter informação actualizada com o médico-cirurgião especialista na área, pois trata-se de um campo que evolui com alguma rapidez no que diz respeito aos tipos de materiais utilizados, bem como ao desenho dos implantes.

Só um acompanhamento contínuo destas matérias, por parte dos especialistas, permite um nível de informação adequado de forma a poder esclarecer as suas dúvidas de forma actualizada.

A utilização de tecidos do próprio doente para obter volume mamário é possível, no entanto, raramente é utilizado para fins puramente estéticos, pelas implicações que tem nas zonas de onde se mobilizam os referidos tecidos. Trata-se de uma solução habitualmente considerada para a reconstrução mamária após mastectomia. A injecção de gordura (por exemplo lipoaspirada de outras áreas) não tem habitualmente resultados satisfatórios para um aumento global do volume mamário. Procure esclarecer-se sobre as alternativas existentes para o seu caso específico, uma vez que o resultado que pretende poderá não passar pela colocação de implantes mamários mas por outras técnicas (por exemplo reformulação do formato mamário por mastopexia).

A solução mais frequente a que se recorre para aumento mamário é a colocação de implantes mamários sintéticos, obtidos por técnicas de fabrico adequadas e dependentes do licenciamento das autoridades competentes.

De uma forma geral estes implantes são constituídos por um invólucro de silicone de textura exterior lisa ou texturada, preenchidos com diferentes tipos de substâncias. Os produtos habitualmente utilizados para o seu preenchimento são o gel de silicone (com diferentes consistências), uma solução salina (sal e água em concentrações semelhantes às existentes no organismo) ou o hidrogel (um gel à base de água, açúcar e sal).

Para além das mencionadas, existem numerosas outras variantes técnicas entre os diferentes dispositivos, nomeadamente, no que diz respeito à forma ou sistemas de preenchimento que podem condicionar o resultado estético final, pelo que é imprescindível a discussão do seu caso com o cirurgião especialista. Deverá procurar esclarecer com este as vantagens e desvantagens de cada um dos implantes.

Nos últimos anos gerou-se alguma controvérsia acerca de potenciais doenças resultantes de fuga de silicone de implantes mamários. Não existe relação, de acordo com os dados científicos actuais, entre a aplicação de implantes mamários e o aparecimento de doenças, como por exemplo doenças autoimunes, doenças do tecido conjuntivo, doenças neurológicas ou cancro. Procure obter informação actual junto do seu cirurgião sobre a relação do silicone com estas doenças generalizadas e quais as características dessas mesmas doenças.

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Amamentação: um ganho para toda a vida!
Assinala-se hoje o Dia Mundial do Aleitamento Materno com o mote: Amamentação: um ganho para toda a vida!

O tema escolhido para este ano assinalar o Dia Mundial do Aleitamento Materno foi “Amamentação: um ganho para toda a vida!”, que pretende afirmar a importância de aumentar e manter a protecção, promoção e apoio do aleitamento materno, tal como assinalam os Objectivos do Milénio (ODM). Ver mais...

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) associa-se ao espírito desta campanha destacando os “Cuidados Antecipatórios” do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil onde se preconiza que desde o nascimento este seja tema de abordagem obrigatória nas consultas com os pais, no sentido de promover a manutenção do aleitamento materno, em exclusivo, até aos 6 M e, só a partir desta idade, complementá-lo com o início da diversificação alimentar

A DGS aconselha pais e profissionais a consulta das – Orientações da DGS em http://www.saudereprodutiva.dgs.pt e manual de aleitamento materno do Comité Português para a United Nations Children's Fund (UNICEF) - Comissão Nacional http://www.unicef.pt/docs/manual_aleitamento.pdf.

 

Direcção-Geral da Saúde
A Direcção-Geral da Saúde emitiu um comunicado com o objectivo de informar e alertar o público para as questões da segurança...

Informar e alertar o público para as questões da segurança dos banhistas, da qualidade das águas balneares e ainda, o ponto de situação de algumas intervenções nas praias do litoral, necessárias para recuperar os estragos do último inverno, foi o objectivo principal do comunicado emitido hoje pela Direcção-Geral da Saúde em conjunto com a Agência Portuguesa do Ambiente e Autoridade Marítima Nacional/Instituto de Socorros a Náufragos.

As entidades começam por alertar que “a segurança depende em primeiro lugar de cada um dos banhistas que deverá observar a informação e sinalética existente nas praias, seguir sempre as instruções dos nadadores salvadores e frequentar os locais com controlo da qualidade da água”.

Registou-se no período de Maio a 31 de Julho um caso mortal em zona marítima não vigiada de jurisdição marítima, menos quatro casos que em 2013 no período homólogo. Não houve nada a registar em praias ou zonas fluviais, vigiadas ou não vigiadas. Já no que concerne a actividades operacionais dos nadadores salvadores na praias vigiadas registaram-se, no mesmo período, 183 intervenções, 165 assistências a primeiros socorros e 19 buscas com sucesso a crianças perdidas na praia.

No mesmo comunicado chama-se a atenção para o facto de se encontrarem identificadas as águas balneares costeiras pelo que é desaconselhada a prática balnear nas águas que não estão identificadas como tal. Durante o mês de Julho das 457 águas balneares identificadas em 2014 (351 costeiras e de transição e 106 interiores) em Portugal continental, verificaram-se nove ocorrências que implicaram quatro desaconselhamentos dos banhos pela Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. e cinco interdições pelas autoridades de saúde – Administrações Regionais de Saúde, conforme ilustrado no quadro seguinte. Conclui-se, portanto, que cerca de 98% das águas balneares de Portugal continental não registaram qualquer ocorrência de desaconselhamento ou interdição da prática balnear durante o mês de Julho, conforme se ilustra na figura seguinte.

Na sequência das intempéries que ocorreram no inverno passado e que causaram danos significativos no litoral português, a Associação Portuguesa do Ambiente tem estado a desenvolver uma série de intervenções no sentido de garantir a segurança de pessoas e bens e assegurar o restabelecimento das normais condições de acesso e utilização das zonas balneares afectadas.

Presentemente estão em curso cerca de 15 empreitadas em praias de diversos concelhos de norte a sul do país. Dada a dimensão física e financeira, salienta-se a acção de “Alimentação Artificial das Praias da Costa da Caparica e de S. João da Caparica” a qual está ter lugar de forma faseada de modo a minimizar os impactos no utilizador.

Informação mais específica sobre as intervenções em questão, poderá ser obtida no site da APA www.apambiente.pt. O comunicado pode ser consultado na íntegra em http://www.dgs.pt/em-destaque/epoca-balnear-2014-ponto-de-situacao-em-julho-informacao-ao-publico.aspx

 

Algarve: panorama nos hospitais públicos da região
Doentes chegam a esperar cerca de dois anos para consultas em algumas especialidades.

O tempo médio de espera para consultas externas no hospital de Faro atinge quase os seis meses e no de Portimão cifra-se em cerca de quatro. Mas existem especialidades em que a demora ainda é superior, como o caso de Neurologia, em que supera os dois anos. O Governo reconhece as dificuldades de resposta e garante que já deu autorização para a contratação de mais médicos, noticia o Correio da Manhã Online.

Segundo dados revelados pelo Ministério da Saúde em resposta a uma pergunta de deputados do PCP, as especialidades com maior tempo médio de espera na unidade de Faro são Neurocirurgia (825,6 dias), Ortopedia (627,2), Oftalmologia (587,3), Urologia (289,6) e Dermato-venerologia (284,1).

Neste hospital, as especialidades com menor demora são Pneumologia (42,3 dias), Obstetrícia (44,8), Cirurgia Geral (45) e Doenças Infecciosas (47,6).

Na unidade de Portimão, que dispõe de menos especialidades do que Faro, os doentes esperam, em média, 612,3 dias para a consulta de Urologia, 210,1 para Dermato-venerologia, 193,2 para Oftalmologia e 163,8 para Ortopedia. Os tempos mais reduzidos de espera são nas valências de Doenças Infecciosas (17,4 dias) e Hematologia Clínica (20).

O Governo diz que está atento a “algumas dificuldades que se têm vindo a sentir no Centro Hospitalar do Algarve [o CHA integra as unidades de Faro e Portimão], pelo que está a autorizar a contratação dos profissionais de saúde” solicitados pela administração do CHA.

O Ministério da Saúde frisa que os Agrupamentos de Centros de Saúde e o CHA estão a trabalhar para “melhorar os circuitos de referenciação à primeira consulta e a comunicação entre os dois níveis de cuidados”, com prioridade para “as especialidades mais carenciadas”.

 

Tendo em conta resultados de vários estudos
A Ordem dos Nutricionistas alertou para a importância do consumo de fruta e hortícolas como prevenção das doenças...

Durante os períodos de acompanhamento variando de 4,6 a 26 anos houve 56.423 mortes (11.512 por doença cardiovascular e 16.817 por cancro) entre 833.234 participantes. A associação entre o consumo de fruta e hortícolas e o risco de mortalidade foi examinada em vários estudos. O maior consumo de fruta e hortícolas está associado a um risco reduzido de mortalidade por qualquer causa, com uma redução média de risco de 5% (6% para a fruta e 5% para os hortícolas). Registou-se um limite em torno das cinco porções por dia, depois do qual o risco de morte não reduziu mais. Estes resultados foram recentemente publicados no British Medical Journal.

Para Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, “esta meta-análise fornece uma evidência adicional de que um aumento do consumo de fruta e hortícolas é associado a um menor risco de mortalidade por todas as causas, em particular a mortalidade cardiovascular. Os resultados apoiam as recomendações actuais para aumentar o consumo de fruta e hortícolas para cinco porções por dia, com vista a promover a saúde e a longevidade”, escreve o Diário Digital.

Um outro estudo transversal realizado em Portugal, como parte do estudo Pro Children, em que foram questionadas 1.853 mães de crianças entre os 11 e os 13 anos de idade sobre o consumo de frutas e vegetais revelam que: a média de ingestão de frutas e vegetais foi 221,2 e 170,0 g / dia, respectivamente. Apenas 46% das mães segue as recomendações da OMS (≥ 400g de fruta e hortícolas / dia). O consumo diário de fruta foi significativamente maior entre as mães que vivem com o cônjuge / companheiro, e que pertencem a uma classe social mais elevada. Para os hortícolas, a ingestão diária foi significativamente maior entre as mães com ensino superior e de classe social mais alta.

Para Alexandra Bento, os resultados deste estudo “são muito preocupantes uma vez que mostra que a média de ingestão de fruta e hortícolas entre as mães portuguesas está muito abaixo das recomendações internacionais. Estratégias eficazes para promover o consumo de fruta e hortícolas são necessárias, especialmente para as mães pertencentes às classes sociais mais baixas e com níveis de escolaridade inferiores, para se sedimentar o trabalho da prevenção de patologias associadas a uma alimentação desadequada”.

Também o projecto de investigação Geração 21, que se dedica ao acompanhamento de cerca de 8.600 crianças, bem como das suas respectivas famílias, apresentou recentemente dados que indicam que, apesar da maioria das crianças consumir fruta e hortícolas diariamente, apenas 20% come hortícolas às refeições e que cerca de metade come 2 ou mais peças de fruta por dia. Sobre sopa explica que esta é consumida 2 vezes por dia por 75% das crianças, sendo a principal fonte de hortícolas desta idade.

Relativamente à recomendação da Organização Mundial de Saúde de um consumo mínimo de cinco porções de fruta e hortícolas por dia, o estudo verifica também que apenas quatro em cada 10 crianças atingiram estas recomendações.

 

Serviço Nacional de Saúde
Beneficiários do complemento solidário para idosos têm direito a apoios adicionais, mas em 2013 só 15% estavam inscritos para...

Desde 2007 que ser beneficiário do complemento solidário para idosos permite ter acesso a uma ajuda financeira adicional para suportar este tipo de encargos, mas só 15% dos idosos carenciados usufruem deste direito. A falta de informação parece ser uma justificação para tão poucos solicitarem estes apoios, explicaram ao iOnline vários médicos e o porta-voz do Movimento de Utentes do Serviço Nacional de Saúde, Manuel Vilas Boas. Depois de três anos de alertas e preocupações com o impacto da crise no acesso à saúde, ninguém recorda ter havido recentemente algum tipo de divulgação pública destes benefícios.

O balanço do número de beneficiários dos chamados benefícios adicionais em saúde (BAS) surge no último relatório de acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), que o mesmo jornal consultou. Em 2013, estavam inscritos como beneficiários dos BAS 35 374 idosos. Cruzando esta informação com os dados da Segurança Social sobre os beneficiários do complemento solidário para idosos (CSI), verifica-se que havia mais 200 mil idosos que poderiam ter usufruído destas ajudas. No ano passado, 237 844 idosos beneficiaram do CSI, o que permite calcular que apenas 14,9% aproveitaram os BAS. Consultando o relatório de 2012, verifica-se que já nesse ano a taxa de utilização destes apoios pelos idosos era desta ordem, com uma taxa de 15,5%.

Numa pesquisa na internet, não é difícil encontrar as regras para ter acesso a estes apoios, sobretudo no site da Segurança Social. Mas nos centros de saúde não existe material de divulgação, embora os serviços dêem indicações a quem pergunta, o que implica estar informado à partida. Já as cartas do Instituto de Segurança Social que atribuem o CSI não fazem referência a este direito.

António Pimenta Marinho, médico da Unidade de Saúde Familiar + Carandá, em Braga, recorda que a última vez que houve algum esforço de divulgação foi em 2011. “Deveria ser feita com mais periodicidade”, defende o médico, admitindo que o desconhecimento ou o esquecimento destes direitos não existe só entre os utentes mas também entre os profissionais. “Quando um doente vem à consulta não existe nenhum alerta de que tem complemento solidário para idosos. Ou nos apercebemos da situação ou o doente sabe disso e diz”, explica Pimenta Marinho.

Rui Nogueira, vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e médico de família em Lisboa, admite que não tinha conhecimento da existência destes apoios. Nogueira adianta que os actuais sistemas informáticos também não permitem aos médicos saber se os seus utentes são ou não pessoas carenciadas. “Mesmo as isenções de taxas moderadoras já não passam pelos nossos sistemas, sendo da responsabilidade das Finanças. Os únicos casos em que é o médico a activar a isenção dizem respeito a grávidas”.

Manuel Vilas Boas, porta-voz do Movimento de Utentes do Serviço Nacional de Saúde, defende que a baixa utilização destes apoios acaba por ser sintoma de algo maior: “Os mais velhos e carenciados cada vez têm mais dificuldades em deslocar-se aos cuidados de saúde e compram menos medicação. Não usam estes apoios porque não estão informados e porque estão cada vez mais afastados do SNS”. Vilas Boas não duvida que seria necessária maior divulgação para que este tipo de medidas tivesse algum impacto nos utentes. “O silêncio sobre elas só sugere que é de propósito”.

 

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