Comparticipação
O Ministério da Saúde decidiu avançar com a inclusão da vacina pneumocócica no Plano Nacional de Vacinação. A comparticipação...

Em resposta a uma questão colocada pelo Bloco de Esquerda, a tutela informou o grupo parlamentar de que a Direcção-Geral de Saúde, o Infarmed e a central de compras do SNS se encontram a negociar com uma farmacêutica, avança o jornal i. A resposta do Ministério da Saúde não avança, por isso, quando será comparticipada esta vacina, que neste momento significa uma despesa na casa dos 250 euros para as famílias.

O pedido de informação do Bloco de Esquerda surge quando passa mais de um ano desde que a Assembleia da República recomendou ao Governo a inclusão da vacina pneumocócica no Programa Nacional de Vacinação (PNV). Em Fevereiro, quando esta resolução completou um ano, a Direcção-Geral de Saúde garantiu que o assunto era prioritário e disse esperar ter conclusões sobre o dossier em três meses.

A vacina previne infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae como meningites, pneumonias ou otites. Actualmente só as crianças com doenças que as tornam mais vulneráveis à infecção, incluindo portadores de algumas doenças genéticas e raras, têm acesso a vacinação gratuita.

Dicionário de A a Z
A desidratação resulta da eliminação de água e sais minerais do organismo e acontece quando o balanç
Desidratação

Pode dizer-se que existe uma tendência natural para a desidratação na medida em que os rins têm que, continuamente e mesmo numa pessoa desidratada, excretar uma quantidade mínima de urina (idealmente cerca de 100 ml /hora), de modo a haver eliminação das substâncias tóxicas do organismo. Por outro lado, estamos continuamente a libertar água pela pele e pela respiração.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Perturbação da linguagem
A afasia é uma perturbação que afecta a capacidade da pessoa entender o que está a ser dito e expres
Afasia

Afasia é uma palavra de origem grega (a+phasis), que significa defeito ou perda da palavra, consequente a lesão de centros cerebrais.

Pode ser causada por acidente vascular cerebral (AVC) traumatismo craniano, infecções, inflamações e tumores cerebrais. Contudo, a causa mais frequente destas situações é o AVC.

Um AVC ocorre quando uma determinada artéria cerebral, que é responsável pela irrigação sanguínea de um determinado território do cérebro, responsável por uma determinada função, é obstruída (AVC isquémico) ou rompe (AVC hemorrágico), provocando a interrupção do fornecimento de oxigénio a essa área. Consequentemente os tecidos cerebrais morrem e a função que desempenhavam deixa de ser executada.

O lado esquerdo do cérebro é responsável por várias funções, incluindo as da sensibilidade e do movimento do braço e da perna direitos, assim como a linguagem e a comunicação. Deste modo, se o lado esquerdo do cérebro for atingido, podem surgir alterações diversas destas funções, dependendo do local e da extensão da área atingida.

Com base na localização da área atingida e dos sintomas apresentados pelo paciente, são frequentemente descritos diferentes tipos de afasia. Assim, podemos ter:

(+) Capacidade mantida / (-) Capacidade perturbada

Défices Associados à Afasia:

Alexia - Na afasia pode haver perturbação da leitura em diferentes níveis, podendo esta incapacidade ser parcial ou total.

Agrafia - independentemente de se poder ou não utilizar a mão direita para escrever, são frequentemente encontradas perturbações da escrita em diferentes níveis, podendo esta incapacidade ser parcial ou total.

Acalculia - o cálculo está também muitas vezes perturbado. Lidar com números, fazer contas ou usar dinheiro, poderão ser tarefas muito complicadas.

Algumas das possíveis consequências da afasia

Por vezes, as dificuldades de comunicação impedem que o afásico seja capaz de contar como foi o dia, de dizer como se sente, e até de explicar onde sente dor. Isso impede que consigam ter rotinas que antes eram absolutamente comuns e banais, como, por exemplo, ir ao café.

Estas incapacidades podem levar ao desespero, à frustração, ao isolamento e até à agressão física. Afectam a auto-estima e a auto-imagem, modificam a autonomia, a estrutura familiar, profissional e social da pessoa afásica, sendo a depressão muito comum, seja no afásico seja no seio familiar.

Na comunicação

  • Difuculdade de expressar os pensamentos através da fala
  • Dificuldade de compreender o conteúdo verbal do que está a ouvir
  • Incapacidade de reconhecer palavras escritas (alexia)
  • Perturbação da capacidade de escrever devida a lesão neurológica (agrafia)
  • Perturbação da capacidade de cálculo escrito ou mental (acalculia)
  • Fadiga em manter uma conversação
  • Fadiga em ouvir um grupo a conversar
  • Irritação/frustração quando tem de falar
  • Irritação/frustração quando não encontra a palavra certa
  • Irritação quando os outros o interferem de forma a fazerem ajustes no seu discurso
  • Frustração quando as pessoas não o entendem e/ou não fazem um esforço para o compreenderem
  • Dificuldades na realização de gestos

Psicológicas

  • Depressão
  • Confusão
  • Resistência
  • Isolamento
  • Agressão
  • Modificação da auto-estima
  • Modificação da auto-imagem
  • Labilidade emocional, caracterizada por mudanças de humor

No comportamento

  • A patologia, as sequelas e as perdas impostas pelo acometimento cerebral podem ocasionar mudanças no comportamento e feitio do indivíduo afásico como, por exemplo, agressividade, reacções catastróficas, humor depressivo, dependência, reacções de indiferença, negação e tendência para um comportamento irónico ou eufórico. É comum os familiares queixarem-se de que o afásico já não parece a mesma pessoa, mas é comum também o afásico queixar-se de que já não é o mesmo e que a vida não faz sentido.

O afásico experimenta sentimentos negativos, contraditórios e intensos, sendo esperada uma mudança no comportamento e necessário o apoio dos familiares e o respectivo acompanhamento psicológico que, muitas vezes, será centrado na família.

Na autonomia

  • Dependência psicológica
  • Dependência física, agravada quando existem dificuldades motoras
  • Afecta uma variedade de actividades diárias, como: conduzir, caminhar ou vestir-se
  • Limita a possibilidade de autonomia em relação a desejos e escolhas

Familiar

  • Atrito com o cônjuge
  • Perda de autoridade
  • Alteração dos papeis no seio familiar
  • Agressão em relação à pessoa com afasia
  • Agressão do afásico em relação à família
  • Depressão dos membros da família
  • Desgaste emocional e físico do familiar que poderá afectar a sua própria saúde
  • Atenção centrada na pessoa com afasia

Social

  • Afastamento ou diminuição da vida social
  • Dificuldade por parte dos amigos e familiares em conviver com o afásico por se sentirem incapazes de lidar com os seus problemas de comunicação chegando, por vezes, a evitar frequentar locais públicos.
  • Amigos e familiares podem evitar estar com a pessoa com afasia uma vez que estão embaraçados com os seus problemas de comunicação e pela sua própria incapacidade de lidar com eles
  • As famílias, por vezes, evitam sair devido à vergonha que sentem
  • Alteração do "status" social
  • Alterações nos hobbies

Profissional e financeira

  • Perda ou redução das possibilidades de emprego
  • Alteração das condições profissionais
  • Alteração das condições financeiras

Tratamento

O princípio básico da reabilitação da fala é auxiliar o afásico a utilizar funcionalmente e ampliar todas as suas capacidades comunicativas residuais.

É essencial considerar, além dos aspectos linguísticos, as consequências sociais e emocionais da afasia, sendo os familiares os maiores parceiros neste tratamento.

Uma equipa de intervenção na afasia pode incluir, entre outros profissionais, Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Fisioterapeutas, Técnicos de Serviço Social e a equipa médica, de forma que cada um destes profissionais contribua para o melhor prognóstico do paciente.

Trata-se de uma intervenção complexa, demorada, mas gratificante.

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Alertas e indicações
Há medicamentos que podem ter um impacto mais negativo na condução do que o álcool, especialmente no
Medicamentos e condução

O uso de alguns medicamentos pode diminuir capacidades do condutor, fundamentais para a prática de uma condução em segurança. Uma diminuição da atenção, da concentração, dos reflexos, das capacidades visuais e de raciocínio ou da coordenação motora e um aumento do tempo de reação do condutor podem ser fatores determinantes de acidente.

Esta realidade é agravada pelo facto de, com frequência, as pessoas não se apercebem que têm essas capacidades alteradas.

Medicamentos psicotrópicos

No caso destes medicamentos, nomeadamente tranquilizantes e os receitados para a insónia, é necessário ter especial cuidado porque podem continuar a actuar durante várias horas mesmo depois de estar acordado. Os efeitos negativos destes medicamentos podem aumentar se não dormir o número de horas suficiente (cerca de 7 a 8 horas por noite).

Pessoas idosas

Os medicamentos actuam de forma diferente de pessoa para pessoa, seja em relação ao tempo de absorção, que pode ser de horas a alguns dias, ou aos efeitos que provocam. Sobretudo com o avançar da idade, deve ter-se um especial cuidado com os efeitos secundários dos medicamentos na segurança da condução.

Doenças crónicas

No caso de algumas doenças crónicas, nomeadamente do sistema nervoso ou de foro mental, epilepsia, diabetes, hipertensão arterial ou perturbações cardíacas, um tratamento adequado é fundamental para que se possa conduzir em segurança. Se tem uma destas doenças e, por esquecimento ou outra razão, não tomar os medicamentos prescritos, deve abster-se de conduzir.

Trabalho por turnos

Os trabalhadores por turnos se vão conduzir devem ter um especial cuidado com o uso dos medicamentos, particularmente com os psicotrópicos, devido à irregularidade dos períodos de sono que pode agravar os efeitos secundários destes medicamentos.

Indicações práticas

  1. Não tome medicamentos que não tenham sido receitados recentemente pelo seu médico. O que é bom para um amigo ou vizinho pode não ser para si.
  2. Antes de iniciar a toma de um medicamento verifique sempre, com o seu médico, farmacêutico ou através da informação que acompanha o medicamento, se os seus efeitos podem afectar a condução.
  3. Seja especialmente cuidadoso se o folheto informativo do medicamento contiver algum destes avisos:
  • "Este medicamento pode causar sonolência e pode aumentar os efeitos do álcool".
  • "Este medicamento pode afectar a vigilância mental e/ou a coordenação motora".

Se isso acontecer não conduza ou manipule máquinas.

  • Quando iniciar a toma de um medicamento que possa alterar a sua capacidade de condução, antes de voltar a conduzir, aguarde alguns dias até se ter adaptado aos seus efeitos.
  • Respeite as doses e os horários prescritos para a toma dos medicamentos.
  • Se sentir efeitos secundários que possam afectar a condução, não conduza sem falar com o seu médico para, eventualmente, substituir o medicamento.
  • Não ingira bebidas alcoólicas quando tomar medicamentos porque os seus efeitos podem potenciar-se mutuamente.
  • Quando estiver a tomar medicamentos evite outras substâncias ou produtos, mesmo que sejam naturais ou de ervanária, como estimulantes ou energéticos, porque podem aumentar o risco para a condução.

Sinais de alerta dos efeitos de medicamentos

  • fadiga, sonolência, cansaço confusão mental, vertigens, tonturas ou sensação de cabeça vazia;
  • perturbações da percepção, especialmente da visão;
  • náuseas ou mal-estar;
  • tremores, alterações da coordenação motora, movimentos involuntários;
  • dificuldade em pensar claramente ou em se concentrar;
  • irritação ou agressividade;
  • excesso de confiança / perda da noção de perigo;
  • irregularidades na condução, variando entre velocidade lenta e rápida ou incapacidade de manter a trajectória.

Tenha uma atenção especial aos medicamentos para: insónias, doenças nervosas, problemas cardíacos, tensão arterial, dores, gripes, alergias, diabetes, epilepsia, tosse (xaropes), olhos (gotas ou pomadas) e anestesias e todos os que actuam a nível do sistema nervoso central (psicotrópicos). Tenha também atenção aos vários medicamentos de venda livre, frequentemente auto medicados, pois podem contribuir para uma condução de risco.

Conduza apenas se sentir que pode fazê-lo em segurança. Se toma medicamentos que podem afectar a condução, seja particularmente cuidadoso. Se possível, faça viagens curtas, durante o dia, a velocidade moderada, utilizando caminhos que conheça e com pouco tráfego.

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Em Peniche
O presidente da câmara de Peniche exige garantias de que o Ministério da Saúde não vai fechar o Serviço de Urgência Básica do...

Por esta razão, a Comissão de Acompanhamento do Hospital de Peniche vem a Lisboa entregar em mão uma carta ao ministro Paulo Macedo, após pedidos desde 2011 para que a tutela receba esta comissão.

“Quando Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”, sublinhou António José Correia, que pretende “intervenções de qualificação no Hospital e, concretamente, no Serviço de Urgência Básica”.

Com estas intervenções, o autarca de Peniche pretende melhorar as condições de atendimento para que os habitantes da cidade não venham a usar outros hospitais.

Operação Nariz Vermelho
As crianças hospitalizadas no Hospital de São João do Porto receberam no sábado, 19 de Julho, a visita surpresa da cantora...

No âmbito da sua world tour, a artista decidiu conhecer o trabalho desenvolvido pelos Doutores Palhaços que todas as semanas levam alegria às crianças hospitalizadas. A visita decorreu entre as 12h00 e as 14h00, altura em que Joss Stone teve oportunidade de colocar o nariz pela causa e contactar directamente com os mais pequenos.

Segundo a responsável de comunicação da ONV, Magda Ferro, “foi com extrema satisfação que vimos o nosso trabalho procurado e reconhecido por uma artista tão prestigiada como é Joss Stone, e foi, sem dúvida, um privilégio levá-la a conhecer de perto o nosso trabalho junto das crianças.”

A Operação Nariz Vermelho é uma instituição particular de solidariedade social que tem como objectivo levar alegria às crianças hospitalizadas promovendo, semanalmente, visitas de Doutores Palhaços às enfermarias pediátricas de 13 hospitais do país, incluindo o Hospital de São João, no Porto.

Em 2013
Os portugueses consumiram menos carne, leite, fruta, vinho e cereais em 2013, um ano que fica também marcado por um ligeiro...

Cada residente em território nacional consumiu, em média 105 quilos de carne (106 em 2012), 130 quilos de cereais (131 em 2012), 80 litros de leite (83 em 2012) e 40 litros de vinho (47 em 2012).

O consumo de leite e derivados tem vindo a decrescer desde 2008 (-10,3% entre 2008 e 2013), atingindo apenas 1.307 mil toneladas em 2013.

No caso do vinho, a produção registou um acréscimo de 12,2% na campanha de 2012/2013, enquanto o consumo caiu 16,5%, melhorando o grau de aprovisionamento.

Quanto ao arroz, o consumo humano manteve-se estável (16,3 quilos em 2013 face aos 16,2 quilos consumidos em 2012), não acompanhando a tendência de decréscimo da produção (-6,4%), o que obrigou a um aumento das importações (58,3%) para satisfazer as necessidades de consumo.

Em termos de fruta, o consumo “per capita” ficou-se pelos 98 quilos na campanha de 2012/2013, menos 13,4 quilos do que na anterior campanha.

Portugal não é autossuficiente em frutos e importou, em média, cerca de 30% do que consumiu entre 2010/2011 e 2012/2013.

No que respeita à carne, Portugal produziu apenas 72,9% da quantidade necessária para satisfazer as necessidades de consumo (76% em 2012).

O saldo da balança comercial agroalimentar em 2013 foi deficitário em 3,7 mil milhões de euros, o que significa mais 39 milhões de euros do que no ano anterior.

As importações aumentaram 5,6%, atingindo um valor de 7,2 mil milhões de euros, enquanto as exportações cresceram 11% face a 2012, totalizando 3,5 mil milhões de euros.

O saldo da balança comercial dos produtos florestais manteve-se excedentário (2,5 mil milhões de euros) e melhorou 140 milhões de euros face a 2012.

Peritos no VIH/SIDA
Participantes na conferência internacional sobre VIH expressaram a sua indignação em relação a países com leis que estigmatizam...

Este assunto divide de forma acentuada os países ricos, contra a discriminação dos homossexuais, dos estados mais pobres, que têm adoptado legislação homofóbica.

A Prémio Nobel da Medicina e coautora da descoberta do vírus da sida, Françoise Barré-Sinoussi chamou a atenção para uma realidade cruel em todo o mundo: “o estigma e a discriminação continuam a ser as principais barreiras para o acesso efectivo aos cuidados”.

“Precisamos de gritar bem alto que não vamos ficar parados quando os governos, violando os princípios dos direitos humanos, estabelecem leis monstruosas que apenas marginalizam as populações já vulneráveis”, declarou, citada pela agência France Presse.

Especialistas presentes na conferência internacional avisam que se os homossexuais ou bissexuais são ameaçados com prisão ou perseguição, evitarão fazer o teste da Sida ou procurar tratamento caso já estejam infectados: “esta atmosfera tóxica de silêncio e medo é um perfeito terreno fértil para a propagação do VIH”.

Os cerca de 12 mil participantes na conferência de Melbourne são convidados a assinar uma declaração que salienta que os homossexuais e transgénero “devem ter os mesmos direitos e igualdade de acesso à prevenção, assistência, informação e serviços para a sida”.

Segundo um relatório da ONUSIDA divulgado na semana passada, 79 países têm leis que criminalizam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e sete deles preveem a pena de morte.

Enquanto os direitos dos homossexuais têm aumentado nos países ocidentais, noutros estados, como em alguns africanos e na Rússia, tem-se reforçado a legislação contra a homossexualidade.

Acabar com VIH/SIDA
Delegados da conferência internacional sobre Sida que decorre em Melbourne defenderam hoje que a descriminalização do uso de...

Uma das principais sessões de hoje da conferência discutiu o impacto das políticas de droga nas pessoas que consomem drogas injectáveis, a propagação do VIH e doenças associadas como a tuberculose e a hepatite.

Segundo os delegados, “a guerra global contra as drogas fracassou”, especialmente no que respeita ao VIH, defendendo que é o momento de substituir a criminalização e a punição de quem usa drogas por tratamentos e cuidados de saúde.

“A reforma da política de drogas não deve ser vista de forma isolada”, declarou o Comissário Global contra as drogas, o empresário britânico e fundador do grupo Virgin, Richard Branson, segundo um comunicado divulgado no site da conferência internacional.

“Globalmente, estamos a usar muito dinheiro e demasiados recursos preciosos na prisão quando devíamos estar a usar dinheiro na educação, treino vocacional e, no caso de quem usa drogas, no tratamento e cuidados adequados”, referiu.

A Conferência Internacional sobre Sida arrancou sábado na Austrália ensombrada com a morte de alguns delegados à reunião, que viajavam no Boeing-777 da Malaysia Airlines que caiu quinta-feira no leste da Ucrânia.

Os organizadores do encontro expressaram profunda tristeza pela perda dos delegados que viajavam no voo MH17, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo.

Investigadora de Coimbra alerta
A professora Ananda Fernandes, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, considerou hoje que o país "vai pagar muito...

Face à dificuldade de acesso "a cuidados de saúde" e ao défice de enfermeiros, os doentes "morrem mais cedo" por falta de cuidados de enfermagem, afirmou Ananda Fernandes, sublinhando que a população envelhecida é das mais afectadas.

"Os idosos têm vulnerabilidades particulares e precisam de cuidados que requerem enfermeiros. E como em Portugal temos um défice de enfermeiros, os idosos não têm os cuidados de enfermagem que necessitariam e irão morrer seguramente mais cedo", observou a docente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e também futura directora do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia em Portugal.

Outros grupos vulneráveis, como as crianças ou mulheres, também "estão sujeitos a esse risco", referiu, frisando que, "quando as unidades de saúde estão dotadas de pessoal qualificado em enfermagem, isso diminui a mortalidade dos doentes".

Ananda Fernandes recordou também que o maior número de pessoas com doença crónica exige "cuidados especializados", nomeadamente de enfermagem, que por vezes não é dado por falta de enfermeiros, quando "todos os anos licenciados deixam o país para trabalhar lá fora".

A iniquidade passa também "pela má distribuição em Portugal de cuidados de saúde, havendo regiões que não têm o mesmo acesso a cuidados de saúde", constatou.

A docente salientou ainda que a enfermagem vive de momento "uma revolução em termos de desenvolvimento", alertando que esta revolução "não passa apenas pela qualificação académica", mas também por "dotações nas diversas instituições que permitam que essas qualificações melhorem a saúde das pessoas".

Ananda Fernandes irá dirigir o Centro Colaborador da OMS para Enfermagem e Obstetrícia, anúncio que será feito durante a 10.ª edição da Conferência da Rede Global de Centros Colaboradores para Enfermagem e Obstetrícia, que decorre entre quarta-feira e sexta-feira, no centro de congressos do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra.

O encontro, com a organização da ESEnfC, pretende debater "o contributo dos enfermeiros no combate às iniquidades no acesso à saúde".

A designação da instituição de Coimbra como Centro Colaborador é "o reconhecimento de que o trabalho da Escola é útil para os desígnios da Organização Mundial da Saúde", referiu Ananda Fernandes.

Este será o primeiro Centro Colaborador para Enfermagem e Obstetrícia na Península Ibérica.

Especialistas dizem
Um estudo publicado esta terça-feira revela que foram salvas milhões de vidas graças aos medicamentos antirretrovirais e que a...

Publicado na revista médica britânica The Lancet, o estudo realizado por investigadores da Universidade de Washington foi apresentado na conferência internacional sobre a Sida, organizada esta semana em Melbourne, na Austrália.

Segundo a revista, trata-se do "estudo mais completo" realizado até o momento "sobre os objectivos do milénio para o desenvolvimento" envolvendo a luta contra a Sida, a malária e a tuberculose.

O documento revela que o número de novos casos de infecção pelo vírus VIH está a cair em todo o mundo, depois do pico de 2,8 milhões de casos por ano registado em 1997. Actualmente, registam-se por ano cerca de 1,8 milhões de novas infecções pelo VIH.

Segundo dados revelados neste estudo, existiam 29 milhões de pessoas infectadas pelo vírus em 2012.

O pico da epidemia de Sida ocorreu em 2005, quando o VIH matou 1,7 milhão de pessoas. Desde então, o número anual de óbitos caiu e em 2013 foi de 1,3 milhão, contra a estimativa de 1,5 milhão da ONUSIDA.

Actualmente, há 29,2 milhões de portadores de VIH no planeta, segundo o relatório, abaixo dos 35 milhões previstos.

"A nossa análise permite deduzir que a epidemia de Sida é menor do que estimado pela ONUSIDA", o organismo da ONU que coordena a luta contra o VIH, destaca o estudo dirigido por Christopher Murray, da Universidade de Washington.

Os antirretrovirais que permitem combater eficazmente o VIH até torná-lo indetectável no sangue não oferecem uma cura completa, mas permitem prolongar a vida das pessoas infetadas. No caso de mulheres grávidas, o tratamento permite evitar a transmissão do vírus para o bebé, por exemplo.

O estudo estima que a epidemia de Sida na América Latina e na Europa Oriental é menos grave do que se acreditava, mas nas Filipinas, a situação é pior.

"O investimento global nos tratamentos anti-VIH permite salvar vidas a um ritmo elevado", destaca Murray, citado pela AFP, que no entanto frisa que a eficácia dos tratamentos varia de país para país.

A conferência organizada em Melbourne pela Sociedade Internacional da Sida reúne 12 mil pesquisadores, especialistas e militantes, até 25 de Julho.

Porque acontece?
Independentemente de quantos filhos já teve, a fase após o nascimento do seu bebé pode proporcionar-
Depressão pós-parto

Sentimentos de tristeza e depressão após o parto são bastante mais frequentes do que as pessoas possam imaginar. É importante para as futuras mães, e familiares, que compreendam os sintomas da depressão pós-parto, de modo a que a ajuda profissional destes casos seja feita atempadamente. Com apoio e tratamento adequado, os pais poderão continuar a viver uma vida saudável.

 

Baby Blues
Após o parto poderá acontecer algo chamado de Baby Blues, e que frequentemente afecta uma grande percentagem de mulheres. O Baby Blues traduz-se por alterações acentuadas do humor logo nos primeiros dias após o parto, que quando prolongadas por um maior período de tempo poderá conduzir a algo mais profundo conhecido como depressão pós-parto.

Com o Baby Blues, uma mulher poderá sentir-se feliz num momento e triste e desanimada logo no momento a seguir. Estas alterações de humor duram normalmente apenas alguns dias, podendo prolongar-se por uma ou duas semanas.

Esta é uma situação que se deve ao efeito natural das mudanças hormonais que ocorrem com a gravidez e o parto. Ao voltarem a estabilizar, os sintomas do Baby Blues acabam por passar naturalmente sem necessidade de recorrer à ajuda de um médico.

Para melhor controlar esta fase, deve optar por repousar e alimentar-se correctamente. Aceitar a ajuda de todos aqueles que estão dispostos a ajudá-la é bastante importante, pois vai permitir-lhe que se abstraia das tarefas mais simples deixando-lhe tempo para cuidar de si.

Se o Baby Blues demorar mais de uma semana ou duas, converse com o seu médico para discutir se a depressão pós-parto pode ser a causa dos seus estados emocionais.

Depressão pós-parto
Embora seja um percentagem pequena, a verdade é que algumas mulheres acabam por vir a sofrer de sentimentos de tristeza profunda que se prolongam para além do Baby Blues. Estes são casos de depressão pós-parto, e que representam uma verdadeira depressão clínica desencadeada pelo parto.

São muitas as mudanças que acontecem após o parto. Para além dos níveis hormonais, existem também as mudanças físicas, e das rotinas diárias. Todos estas mudanças podem vir a originar uma depressão.

Poderá também existir um predisposição genética para uma mulher vir a desenvolver uma depressão pós-parto, assim como, alguém que já tenha tido um episódio anterior de depressão, poderá ter um risco mais elevado de vir a ser afectado.

Este são alguns dos sintomas indicativos de uma depressão pós-parto:

  • Sentimentos de infelicidade, tristeza, desinteresse e insatisfação constantes;
  • Sentimento de indiferença para com o seu filho;
  • Perda de apetite e falta de vontade de se alimentar;
  • Dificuldade em cumprir as tarefas diárias;
  • Desespero e falta de esperança de dias melhores;
  • Dificuldade de concentração.

Numa fase da vida que supostamente deveria ser das melhores que uma mulher pode passar, a incapacidade de resolver e compreender as razões de todos estes sentimentos negativos são sem dúvida factores que poderão levar uma mulher a tentar camuflar este problema. Esta é uma opção errada, pois a depressão pós-parto deve ser reconhecida e compreendida para que com apoio médico possa vir a ser tratada.

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Dicionário de A a Z
Inversão do hábito urinário normal.
Nictúria

Uma pessoa urina mais e em maior quantidade durante a noite que durante o dia.

Pode ser um sinal de insuficiência renal.

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Dicionário de A a Z
Neurotransmissor do cérebro.
Dopamina

A dopamina é sintetizada no corpo (principalmente no tecido nervoso e nas glândulas adrenais), e pode ser fornecida como droga que age no sistema nervoso simpático, produzindo efeitos tal como o aumento do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea.

É também uma hormona libertada pelo hipotálamo. A sua principal função é impedir a libertação de prolactina do lobo anterior da pituitária.

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Infarmed
O Infarmed alertou em circular informativa a recolha voluntária de lote dos medicamentos Rabeprazol.

Na sequência de se terem detectado resultados fora das especificações para o parâmetro "impurezas", as empresas responsáveis pela comercialização irão proceder, como medida preventiva, à recolha voluntária do lote R51030 com a validade 07/2014 dos medicamentos Rabeprazol Bravet, Rabeprazol Pentafarma e Rabeprazol Labesfal

Assim, o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização dos medicamentos pertencentes a este lote.

Face ao exposto:

- As entidades que possuam medicamentos pertencentes a este lote em stock não os podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

- Os doentes que estejam a utilizar medicamento pertencente a este lote não devem interromper o tratamento. Logo que possível, devem consultar o médico assistente para poderem adquirir um lote alternativo.

Após tratamento com células estaminais
Uma norte-americana submetida a um ensaio clínico com células estaminais acabou por desenvolver um segundo nariz… nas costas.

Os testes, conduzidos há oito anos, destinavam-se a doentes tetraplégicos, a quem foram implantadas amostras de tecidos nasais cujas células se deveriam diferenciar (ou seja, desenvolver-se noutro sentido que não o original) em neurónios que iriam reparar, ainda que de forma ténue, as lesões na coluna dos pacientes.

O tratamento acabou por dar certo em alguns casos – eram 20 no total, os que se submeteram a este ensaio clínico – mas, noutros, não surtiu efeito. E, no caso daquela paciente, evoluiu para algo estranho: a doente parecia ter uma evolução favorável, tendo recuperado alguma sensibilidade nas costas, mas ao fim de algum tempo, começou a sentir dores fortes. Médicos de um hospital no Iowa (EUA) observaram-na e constataram que as células estaminais implantadas, em vez de se diferenciarem nos neurónios pretendidos, acabaram por dar origem, justamente, àquilo para o qual estavam talhadas, o desenvolvimento de um nariz. Não era um órgão completo, mas tinha células nasais e cartilagens já formadas.

Os especialistas trataram então de remover o estranho apêndice das costas da paciente, e perceberam que não havia risco cancerígeno, uma das contra-indicações que tem sido observada em alguns destes testes com células estaminais.

Alguns tratamentos – poucos ainda, para o que se tem investido na última década nesta área – foram aprovados pelas autoridades de saúde norte-americanas, enquanto outros ainda estão em teste. Há mais de dez anos que as células estaminais são vistas como o futuro da medicina, pela possibilidade, ainda teórica na maior parte dos casos, de elas se poderem desenvolver nos tecidos que estão em falta ou danificados nos pacientes. Daí a miríade de doenças que os investigadores na área prometem tratar assim, das neurológicas à diabetes, passando pelas doenças motoras.

Mas a evolução na eficácia e no controlo da evolução destas células não tem permitido avançar. A revista britânica New Scientist refere vários processos judiciais nos EUA. Um homem de 50 anos que pretendia tratar uma doença de Parkinson acabou por desenvolver um tumor cerebral devido a um implante de células estaminais, por exemplo. Apesar das aprovações aos tratamentos existentes serem poucas, algumas clínicas e centros de investigação privados já usam as células para uma lista extensa de tratamentos. O risco é grande pelo desconhecimento de efeitos secundários, incluindo ter um nariz onde ele não é chamado.

Ordem dos Médicos denuncia
O Ministério da Saúde está a abrir vagas em alguns serviços ou valências hospitalares que o próprio Governo pretende extinguir...

Em declarações, José Miguel Guimarães denuncia a incompatibilidade nas vagas anunciadas pelo ministério: "A portaria 82/2014, que tem a ver com a reforma hospitalar, limita uma serie de valências nas especialidades médicas e cirúrgicas a alguns hospitais. Entretanto, o Governo publica um despacho que abre uma série de vagas para especialidades que, segundo esta portaria, vão encerrar".

No centro hospitalar de Gaia-Espinho, por exemplo, 100% das vagas abrem em serviços na cardiologia pediátrica e cirurgia pediátrica, especialidades que vão deixar de existir.

O mesmo se passa com a cirurgia vascular e cirurgia plástica reconstrutiva e estética, alerta José Miguel Guimarães.

A solução, na leitura da Ordem dos Médicos, passa por rever a portaria que prevê a reforma hospitalar e manter os concursos. 

Seis hospitais vão atribuir
Seis hospitais vão poder pedir e emitir os cartões para portadores de doenças raras, que em Portugal serão 800 mil. Este...

Este documento foi uma luta de anos para os doentes, que têm patologias tão raras que devem ser centralizadas em unidades específicas, os chamados centros de excelência.

Ontem, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma norma onde determina as regras da emissão destes cartões, que passam a poder ser requisitados no Centro Hospitalar de São João, Lisboa Norte, Lisboa Central, Universitário de Coimbra. Porto e Alto Ave. Mas os hospitais que seguem doentes vão poder solicitar à DGS a sua habilitação como unidades emissoras.

A clarificação do tipo de doença, os cuidados pré-hospitalares de urgência/emergência e os tratamentos mais eficazes são garantidos a partir deste documento identificativo, que permitirá a referenciação para os hospitais certos.

A prevalência destas doenças é inferior a cinco casos por cada dez mil habitantes, razão que justifica a sua concentração em algumas unidades. Esse trabalho está actualmente em curso.

Profissionais de saúde
O Ministério da Saúde recuou em algumas medidas previstas no código de conduta ética dos médicos e que, face a obrigações de...

No diploma publicado ontem em Diário da República, a tutela abre excepções que possibilitam a quebra do segredo. “O dever do sigilo profissional não deverá impedir a comunicação de irregularidades, nomeadamente situações que prefigurem erros ou omissões que possam prejudicar os destinatários da actuação da instituição” de saúde, diz o despacho.

O código admite ainda a possibilidade de quebra do sigilo quando esteja em causa a necessidade de denúncia de factos “relevantes às instâncias externas administrativas reguladoras, inspectivas, policiais e judiciárias”.

No início deste mês, o ministério tinha já adiantado ter enviado para publicação o diploma com quase todas as sugestões dos vários agentes do sector acatadas, nomeadamente da Ordem dos Médicos. Garantiu ainda que não pretendia que o mesmo fosse um “código de censura”.

Opinião diferente emitiu então a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que prometeu desenvolver “todos os esforços no plano reivindicativo e no plano das instituições judiciais para impedir que o anteprojecto indigno de um Estado Democrático” fosse publicado.

A criação do código de ética gerou polémica, tendo levado os médicos a apelidá-lo de “lei da rolha”, por considerarem que tinha como objectivo a criminalização de denúncias, inibindo, desta forma, os profissionais de saúde de falarem.

A FNAM criticava a invocação, no código, do “prejuízo à imagem ou reputação da (entidade)” como sendo o “suficiente para determinar a violação do sigilo e da confidencialidade”.

O código mantém, porém, “o dever de confidencialidade” mesmo “após a cessação de funções”, alínea que era considerada escandalosa pela FNAM.

O regulamento recuou ainda noutro ponto polémico relativo à possibilidade de os médicos aceitarem ofertas. O anteprojecto estabelecia que os presentes deveriam ser encaminhados para instituições de solidariedade, enquanto o código publicado já aceita as ofertas feitas na base de uma mera “relação de cortesia” e que “tenham valor insignificante”.

No Porto
A Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro vai construir, no Porto, a terceira Casa Acreditar, onde as famílias podem...

Em declarações, a propósito da comemoração dos 20 anos da instituição, a directora da Acreditar, Margarida Cruz, avançou que foi assinado, na sexta-feira, o contrato para o início da Casa Acreditar do Porto, um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros.

Já existem Casas Acreditar em Lisboa e em Coimbra, que foram o segundo lar, no ano passado, para 190 crianças e famílias, que, devido à distância ou por "condicionantes físicas, sociais ou económicas", não puderam ir para a sua casa entre os ciclos de quimioterapia ou durante os tratamentos em regime ambulatório.

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