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A exposição moderada ao Sol é benéfica e estimulante para o organismo.
Mulher de costas sentada na praia à beira mar

Existem três tipos principais de cancro de pele que estão provavelmente relacionados com a exposição à radiação UV, seja por exposição directa ao sol seja em solários: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Porque cada um pode ter muitas aparências diferentes, é importante conhecer os sinais de alerta. Procure alterações de qualquer tipo. Não ignore um sinal suspeito, simplesmente porque não dói. O cancro da pele pode ser indolor, mas perigoso ao mesmo tempo. Se notar um ou mais dos sinais de alerta, consulte um médico imediatamente, de preferência um dermatologista.

A prevenção primária é a melhor forma de evitar o desenvolvimento da doença antes que esta ocorra. No caso do cancro da pele, tal consiste principalmente em limitar a sua exposição aos raios UV.

Já na prevenção secundária o objectivo principal é identificar e detectar o cancro da pele nas suas fases iniciais, oferecendo assim a possibilidade de um melhor e mais eficaz tratamento. Isso pode ser promovido através do auto-exame, conhecer os seus próprios factores de risco e consultando regularmente o dermatologista para um check-up à pele.

Exposição solar

Existem diferentes tipos de exposição ao sol. O primeiro é a exposição solar ocasional que ocorre ao ar livre, em dias ensolarados, quando vamos de viagem ou realizamos as nossas actividades do dia-a-dia.

O segundo é a exposição de recreio, que ocorre quando as pessoas estão a desfrutar de momentos de lazer ou a praticar actividades desportivas ao ar livre.

O terceiro tipo de exposição é a exposição ao sol no trabalho, que ocorre em pessoas que trabalham ao ar livre (agricultores, pescadores, salva-vidas, carteiros, pessoal de manutenção, etc.)

Finalmente, o quarto tipo de exposição ao sol é a exposição solar intencional com o objectivo de obter uma pele bronzeada.

Desde há mais de duas décadas, o bronzeado pode também ser obtido através da utilização de instalações de bronzeamento artificial (solários), cuja popularidade continua a aumentar e tornou-se comum nos Estados Unidos e na Europa.

Os comportamentos de protecção solar face à excessiva exposição que promovem a prevenção primária recaem em três categorias principais: uso de protector solar, uso de vestuário (chapéus e roupas de protecção) e procurar a sombra.

Protector solar

O protector solar deve conter factor de protecção elevado, adequado ao fototipo de pele e oferecer protecção tanto para raios UVA como UVB. O protector deve ser aplicado meia hora antes da exposição ao sol e a aplicação repetida a cada duas horas.

Sombra

Deve destacar-se que estar sob um guarda-sol num ambiente aberto, como na praia, não o protege das queimaduras. Isto devido aos raios UV reflectidos, a menos que sejam tomadas medidas adicionais de protecção.

Da mesma forma que os raios solares atravessam as nuvens em quantidades significativas, isto significa que mesmo nos dias nublados de primavera ou verão a pele pode ficar queimada se não se proteger devidamente.

Roupa

As roupas proporcionam a melhor protecção contra a luz solar intensa. Idealmente as roupas de manga comprida são as que melhor protegem a pele. O tecido deve ser preferencialmente de malha apertada. É conveniente usar um chapéu de abas largas e óculos de sol escuros com protecção de UV máxima. Actualmente já é possível encontrar no mercado roupas para as crianças, incluindo fatos de banho, com índice de protecção 50 + (tipo de malha ou com protector solar impregnado).

Tipo de pele

Geralmente, a regra é que a pele deve ser habituada gradualmente aos raios solares. Uma pele que bronzeou gradualmente e de modo contínuo consegue suportar os raios UV até 10 vezes melhor do que uma pele não bronzeada.

Para além disso, cada pessoa deve estar informada sobre o tempo de exposição e o factor de protecção UV que se aplica, especificamente, ao seu tipo de pele. Independentemente disso, deve evitar a exposição directa à luz solar entre as 12 e as 16 horas e nos dias de maior índice UV deve alargar o período para entre as 11 e 17 horas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba tudo
Na Europa, as doenças alérgicas são a doença crónica mais frequente nas crianças e a sua prevalência
Criança de braços abertos em cima de fardo de palha

As doenças alérgicas respiratórias (rinite e asma) e o eczema atópico são as manifestações de alergia mais frequentes na criança. Segundo os dados disponíveis, estima-se que cerca de 5 a 20 por cento da população, com maior percentagem nas crianças e adolescentes, tenham asma, já a dermatite atópica afecta 10 a 20 por cento das pessoas durante a infância.

A sua origem ainda não está perfeitamente esclarecida mas sabe-se que existe um componente familiar importante, por isso o maior factor de risco para o desenvolvimento de alergias é a história familiar de doenças alérgicas. Quando uma criança tem um dos pais com alergias tem um risco de 20 a 40 por cento de vir a ter alguma doença alérgica. O risco sobre para 40 a 60 por cento se os dois pais forem alérgicos.

No entanto, o contacto precoce com os alergénios e certos factores ambientais como a exposição ao fumo do tabaco e a poluição atmosférica parecem desempenhar um papel importante.

Os alergénios são variados e as pessoas podem ser alérgicas a um ou a vários. Os mais frequentes são aqueles que estão presentes nos alimentos (proteínas do leite de vaca, amendoim, marisco); aqueles que circulam no ar e que são inalados quando respiramos (pólen das árvores ou gramíneas, pêlo e excrementos dos animais domésticos, ácaros do pó); certos medicamentos (como a penicilina); ou ainda as picadas de insectos que também são uma importante causa de reacções alérgicas.

Sintomas

Os sintomas são muito variados e dependem do órgão afectado e da gravidade da alergia. As crianças costumam apresentar alergias na pele a que se chama dermatite/eczema atópico ou alimentares. A dermatite/eczema atópico manifesta-se como zonas de pele muito seca, vermelha, com pequenas borbulhas, e que provocam imensa comichão.

As alergias alimentares podem surgir como vómitos, diarreia, aumento do tamanho da língua, lábios ou olhos, manchas vermelhas na pele, falta de ar e/ou chiadeira. Este tipo de alergia é muito frequente nas crianças mais jovens (bebés), assim que começam a ser alimentados com leite de vaca (ainda que parcialmente), podem reagir a ele. Também quando começam a comer fruta, pode manifestar-se uma alergia a maçãs ou bananas, e quanto mais variada se torna a alimentação da criança maior é a possibilidade de se desenvolver uma alergia. Algumas crianças ficam com urticária e comichão ("eczema infantil" ou "crostas de leite"), outras com diarreia e outras têm ainda problemas respiratórios. Ataques de choro ou birras repentinas, falta de apetite ou atitudes parecidas podem também estar relacionadas com alergias alimentares.

Na adolescência as alergias aparecem tipicamente na forma de rinite alérgica e asma. A rinite alérgica é muito comum nos adultos e manifesta-se por espirros, respiração ruidosa, comichão no nariz e nos olhos e congestão nasal. Por seu lado, a asma alérgica além de ser muito comum provoca um enorme desconforto e se não for convenientemente tratada pode impedir a pessoa de ter uma vida activa e saudável. Os doentes com asma alérgica habitualmente surgem com tosse, falta de ar, chiadeira e aperto torácico. Muitas crianças descrevem essa sensação de aperto como um abraço muito forte que não as deixa respirar.

Diagnóstico

O diagnóstico das doenças alérgicas começa pela recolha cuidadosa da história com a descrição dos sintomas e tentativa de estabelecer uma relação entre a exposição a determinadas substâncias e o aparecimento desses sintomas. Os relatos da criança e dos pais são, por isso, essenciais.

É também necessária a observação da parte do corpo à qual se referem as queixas e para isso são necessários alguns exames auxiliares de diagnóstico. Existem essencialmente dois tipos de teste, o PRICK teste e o RAST. No primeiro uma gota de solução contendo cada alergénio é colocada na pele, depois pica-se a pele com uma pequena agulha e marca-se a posição de cada alergénio com uma caneta. Se houver reacção forma-se uma pápula que é medida para comparar com o controlo. O RAST consiste na medição no sangue da IgE específica para determinados alergénios.

No caso de alergia alimentar é necessário realizar testes de provocação especiais com o alimento suspeito de provocar a reacção alérgica. Este teste só deve ser feito com vigilância médica.

Tratamento 

O melhor método de tratar as alergias é evitar o alergénio. Se a pessoa não entrar em contacto com o alergénio não vai ter qualquer manifestação da sua alergia e terá uma vida normal. Contudo, sabemos que, na prática, as coisas podem não ser tão fáceis, pois os alergénios estão presentes em todo o lado e muitas vezes pode ser difícil evitá-los.

Apesar de as alergias provocarem um grande desconforto e gastos em saúde, com o correcto tratamento, as pessoas afectadas podem ter uma vida activa e perfeitamente saudável. Para isso é necessário que juntamente com o médico assistente aprendam a lidar com os sintomas e, principalmente, que aprendam a identificar os alergénios de modo a poder evitá-los sempre que possível.

Em primeiro lugar é necessário determinar qual a substância responsável pela alergia, o que pode ser feito com a ajuda de um médico. Se a evicção do alergénio não for possível existem medicamentos - os anti-histamínicos, corticosteróides (inibem a inflamação), descongestionantes nasais, hidratantes para a pele entre outros - que, não curando a doença, podem controlar os sintomas.

Estratégias simples para prevenir as alergias infantis

Evitar os alergénios do ambiente interior. Os ácaros do pó doméstico representam a principal causa de alergia na população portugue­sa. As medidas aconselhadas para evitar a exposição estes alergénios são:

- Manter um arejamento e ventilação adequadas;
- Evitar alcatifas e carpetes (substituir por pavimento de linóleo, mosaico ou madeira envernizada);
- Utilizar colchões recentes;
- Colocar coberturas anti-ácaros nos colchões e almofadas;
- Utilizar lençóis de algodão, almofadas e edredão sintéticos;
- Lavar a roupa da cama e as cobertas plásticas com água a 60ºC;
- Remover do quarto peluches ou objectos que acumulem pó (por exemplo, livros);
- Usar aspirador com filtro de alta eficiência (HEPA);
- Controlar a humidade relativa em valor inferior a 50 por cento (os desumidificadores podem ser úteis);
- Nos doentes alérgicos a animais domésticos (gato, cão, coelho, hamster, entre outros), pode ser necessário remover estes animais da habitação, não devendo estes frequentar os quartos de dormir e deve aumentar-se a ventilação da casa.

Evitar os alergénios do ambiente exterior

Os pólenes são os alergénios mais importantes do ambiente exterior. Eis algumas medidas úteis:

- Conhecer o boletim polínico da região;
- Planear viagens de fim-de-semana ou férias elegendo alturas do ano e locais livres do (s) pólen (es) aos quais a criança é alérgica;
- Evitar o campo em fases de grande concentração de pólenes;
- Manter fechadas as janelas de casa, durante o dia;
- Usar óculos escuros;
- Viajar com as janelas fechadas.

Evitar o fumo do tabaco

O fumo do tabaco aumenta o risco do aparecimento de asma e outras doenças alérgicas, e nas crianças com asma é um conhecido factor desencadeante das crises, associando-se a maior gravidade da doença, com aumento do risco de crises graves com internamento hospitalar e mortalidade.

Os pais das crianças asmáticas deverão ter consciência de que se fumam ou deixam que outros fumem perto dos seus filhos (em casa ou no carro) estão a prejudicar gravemente a saúde dos seus filhos, aumentando de forma significativa o risco de uma crise e a gravidade da doença.

É preciso não esquecer que a criança pequena não pode manifestar verbalmente o seu mal-estar e que a tosse é habitualmente a sua única forma de expressão.

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Diploma ainda pode sofrer alterações
A proposta de lei do governo sobre o tabaco, que prevê a proibição de fumar em todos os espaços públicos fechados, foi aprovada...

A favor da proposta de lei, que ainda vai ser analisada em sede de comissão parlamentar de saúde, votaram PSD e CDS e ainda o deputado socialista Manuel Mota.

PS, PCP, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista Os Verdes abstiveram-se, tal como a deputada do CDS Cecília Meireles.

O único voto contra foi o da deputada socialista Isabel Moreira.

A proposta de lei do governo, que transpõe duas diretivas da União Europeia, determina a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas, incluindo nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogos e outro tipo de recintos destinados a espetáculos de natureza não artística.

A proposta de lei tem previsto um período de moratória de 5 anos, até 2020, para se adaptarem os espaços públicos que investiram em obras para serem espaços com fumo.

Sobre os cigarros eletrónicos, os que contêm nicotina passarão também a estar proibidos nos espaços públicos fechados.

Quanto aos maços de tabaco, a proposta prevê que continuem a ter advertências de saúde, passando a ser obrigatória a menção “Fumar mata – deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

Os maços passam ainda a ter uma fotografia a cores em ambos os lados, de uma lista de imagens onde figuram, por exemplo, um bebé com uma chupeta e cigarro na boca, um bebé numa incubadora, uma criança junto a uma lápide num cemitério ou um casal junto a um caixão de criança.

As imagens nos maços de tabaco levaram hoje a oposição a questionar a eficácia da medida, uma questão que deverá suscitar uma discussão pormenorizada quando o diploma for analisado na comissão parlamentar de saúde.

Ainda em relação à proposta de lei, no que respeita ao tabaco para cachimbos de água (narguilé), visto por vezes como menos nocivo, passa a ser abrangido por este regime de rotulagem, para evitar que os consumidores sejam induzidos em erro.

Contudo, prevê-se que possam ser comercializados até maio de 2017 os maços rotulados nos termos da atual lei, desde que tenham sido produzidos ou importados para Portugal até 20 de maio de 2016.

Pretende-se ainda proibir a venda de tabaco com aromatizantes “tais como filtros, papéis, embalagens, cápsulas ou quaisquer características técnicas que permitam modificar o odor ou o sabor dos produtos do tabaco em causa ou a intensidade do seu fumo”.

“Os produtos do tabaco com aromas distintivos passam a ser proibidos, sendo aplicável um período transitório até 20 de maio de 2020, a contar da data da entrada em vigor da lei que resultar da presente proposta de lei, para os aditivos usados em produtos do tabaco cujo volume de vendas na União Europeia seja superior a 3 %, como é o caso do mentol”, refere ainda a proposta.

Os maços deixam ainda de poder usar termos como “light”, “suave”, “natural” ou “slim” para “não induzir os consumidores em erro, em particular os jovens, ao sugerir que esses produtos são menos nocivos”.

No Algarve
O Plano Regional de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas de 2015 entrou hoje em vigor no distrito de Faro...

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve esclarece que o plano que vai estar em vigor até 30 de setembro poderá ser alargado, se as condições meteorológicas o justificarem, e é dotado de um sistema de previsão e alerta e todos os dias serão emitidos alertas sobre as previsões do dia seguinte.

“Este ano, a avaliação do risco e consequente emissão de alertas, será realizada de uma forma ainda mais rigorosa, na medida em que é disponibilizada para a região informação meteorológica mais específica por área geográfica dos serviços de saúde, permitindo uma melhor avaliação do risco”, lê-se no comunicado difundido.

Os planos de contingência para as ondas de calor foram encetados em 2004, após a onda de calor verificada em Portugal em 2003, e são encarados pelas autoridades como um instrumento estratégico para a prevenção de problemas de saúde potenciados pela exposição a temperaturas extremas e adversas.

No portal da ARS/Algarve é possível consultar um espaço dedicado às ondas de calor e saber qual o nível de alerta definido para a região e as recomendações para o público em geral e para os grupos mais vulneráveis.

Em caso de previsão de temperaturas muito elevadas que possa provocar graves consequências na saúde as autoridades lançarão o alerta vermelho.

O alerta amarelo será decretado quando as previsões apontem para temperaturas elevadas que podem afetar a saúde dos mais vulneráveis, enquanto o alerta verde será utilizado sempre que as autoridades considerem que as temperaturas são normais para a época do ano e não prevejam impacto na saúde da população.

Sindicato
A greve dos trabalhadores da saúde está a registar níveis de adesão entre os 80% e os 100% a nível nacional, segundo Luís Pesca...

“No primeiro turno ontem à noite e também durante a manhã, os níveis de adesão à greve andaram entre os 80% e os 100% a nível nacional, em todos os serviços”, disse aos jornalistas Luís Pesca, acrescentando que a paralisação está a ter uma “forte participação de todos os profissionais, incluindo enfermeiros e médicos”.

Segundo o sindicalista, aderiram à greve auxiliares, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, profissionais do INEM e “inclusivamente médicos e enfermeiros”, que estão abrangidos pelo pré-aviso de greve e se “reveem” nas reivindicações dos colegas.

Os vários serviços não urgentes como as consultas externas ou as cirurgias programadas foram afetados pela greve, afirmou Luís Pesca, sublinhando que só os serviços mínimos estão a ser assegurados.

O dirigente sindical especificou ainda que é na região de Lisboa que a greve está a ter maior adesão, principalmente nos hospitais de São José e de Santa Maria, mas também nos hospitais de Coimbra, no de São João, no Porto, e no de Braga.

Quanto aos motivos, Luís Pesca salientou que os “trabalhadores não se reveem na política deste Governo e deste ministro, que se recusa receber e negociar com os trabalhadores”.

O Sindicato contesta a municipalização dos cuidados de saúde primários, a entrega de hospitais do SNS às Misericórdias e exige ainda uma discussão pública e alargada sobre o serviço público de saúde.

Luís Pesca alega ainda que o principal objetivo da greve é a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), responsabilizando a tutela pelas dificuldades do ponto de vista financeiro e humano que o SNS está a atravessar.

Entre as exigências que motivam esta greve está ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanal, a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde, a criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e a valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde.

Primeiro estudo realizado em Portugal sobre Amizade e Saúde
Em Portugal, a frequência de contacto com os amigos através do facebook é um fator de risco para a proximidade aos outros. Ou...

Esta é uma das conclusões do primeiro estudo realizado em Portugal que analisa a relação Amizade e Saúde e tenta perceber até que ponto os contactos virtuais com amigos têm o mesmo impacto positivo que a amizade ao vivo. “Ter amigos faz bem à saúde. Mas será que os amigos do facebook contam?” foi o ponto de partida para a análise realizada por uma equipa do Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa, sob a direção da Professora Luísa Lima.

Segundo este estudo, a relação da amizade com a saúde prende-se principalmente com a construção de relações de proximidade, sendo que em Portugal existe uma prática frequente de sociabilidade com os amigos.

Os resultados mostram que na “vida real” 55% das pessoas inquiridas tem mais de 10 amigos, 59% tem 3 ou mais amigos íntimos e 48% convive pessoalmente com eles pelo menos 1 vez por semana. Apesar de ser um padrão esperado numa amostra comunitária, indica uma elevada dimensão social e um alto nível de proximidade com os outros.

De facto, 58% da amostra indica que nunca ou raramente se sente só, 70% acha que tem pessoas para o ajudar em situações complicadas (e.g., doença), 45% sente-se bem integrado socialmente e 56% sente uma forte conexão social.

Na rede social a análise é diferente. 90% por cento dos inquiridos tem facebook e destes, 45% diz ter mais de 300 amigos, sendo que 80% reconhece que apenas 50 ou menos são verdadeiros. Apesar de a dimensão de rede de amigos online associar-se a uma maior integração social, a frequência de contato com os outros no facebook mostrou ser um fator de risco para a “amizade ao vivo”. 40% dos inquiridos refere ter estado na semana anterior pelo menos 3 horas nesta rede social.

O estudo indica que a amizade cria uma ligação próxima que promove a saúde, sobretudo quando é presencial (rimos mais, exprimimos um maior número de emoções positivas, sentimo-nos mais apoiados e otimistas, temos em quem confiar em momentos difíceis e temos pessoas que se interessam por nós e que não nos deixam “descarrilar”). De uma forma muito mais indireta, a sensação de pertença e de participação social conferidos por relacionamentos sociais menos profundos também impacta positivamente o bem-estar (validamos as nossas visões do mundo, reduzimos a incerteza, construímos afinidades com outros, comparamo-nos e assim construirmos as nossas opções e uma imagem positiva de nós próprios).

Por consequência, quem tem mais amigos (online e offline) e está com eles com mais frequência, apresenta mais saúde e um bem-estar mais elevado.

O estudo foi realizado em abril de 2015, pela NetSonda para o Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-IUL) do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa. Foram inquiridas 803 pessoas através de um painel online, numa amostra equilibrada em termos de sexo, regiões do país e escolaridade.

Estudos sugerem
Quando o Congresso norte-americano adotou, em 1965, uma lei a exigir mensagens de alerta nos maços de tabaco, ninguém...

Não há uma mas dezenas de tentativas de respostas, refere o Público. A literatura científica sobre o efeito dos alertas de saúde nos pacotes de tabaco é vasta e aponta genericamente num sentido, o de que o que está na embalagem conta. “Isto é consensual”, afirma Miguel Narigão, do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo.

Imagens chocantes a acompanhar alertas sobre os riscos do tabaco surgiram pela primeira vez no Canadá, em 2001. Dois anos depois, um estudo publicado na revista Tobacco Control, com base em inquéritos, revelou que a probabilidade de deixar de fumar ou de reduzir o número de cigarros consumidos era maior entre os fumadores que tinham lido os alertas junto com as imagens.

Mais recentemente, em 2013, um novo estudo de investigadores das universidades de Illinois (Estados Unidos) e Waterloo (Canadá) tentou ir além e responder à dúvida mais recorrente: se as imagens de facto afetam o número de fumadores. A análise sugere que a pioneira política canadiana tinha resultado numa queda de 2,87 a 4,68 pontos percentuais na prevalência do tabagismo entre os canadianos. E se a mesma medida tivesse sido adotada nos Estados Unidos em 2012, dizem os investigadores, haveria 5,3 a 8,6 milhões de fumadores a menos naquele país no ano seguinte.

O estudo foi uma tentativa de resposta científica às razões que impediram a adoção de imagens de choque nos pacotes de cigarros nos Estados Unidos. A medida foi proposta em 2011 pelas autoridades de saúde do país, mas derrubada nos tribunais por ações intentadas pelas companhias tabaqueiras.

Muitos países, no entanto, seguiram o exemplo do Canadá. Em 2002, foi a vez do Brasil e até 2006 seguiram-se a Singapura, Tailândia, Venezuela, Jordânia, Austrália, Uruguai, Panamá, Bélgica e Chile. Hoje, há cerca de quatro dezenas de países onde a medida já foi adotada. E até 2016, estará em vigor em todos os Estados-membros da União Europeia que ainda não a tenham implementado – incluindo Portugal.

A inclusão de imagens é uma das ações previstas na Convenção Quadro para o Controlo do Tabaco, da Organização Mundial de Saúde, adotada em 2005.

Uma avaliação publicada no Boletim da Organização Mundial de Saúde em 2009 retirava dos estudos científicos até então realizados três conclusões centrais: as imagens eram mais notadas do que apenas as mensagens de texto, faziam os fumadores pensarem mais nos riscos para a saúde, e estimulavam uma motivação adicional para deixar de fumar.

“Embora qualquer alerta esteja sujeito a perder força com o tempo, as advertências com imagens têm demonstrado manter o seu efeito por mais tempo do que as mensagens apenas de texto”, acrescentam os autores desta avaliação.

A inclusão das imagens nos maços é mais um passo no cerco às embalagens do tabaco, que começou há 50 anos, nos Estados Unidos, com uma pequena mensagem de texto a dizer que fumar faz mal à saúde.

Em Portugal, este caminho teve início muito mais tarde, em 1983 (ver infografia). A partir desta data, nos pacotes de cigarros passou-se a ler: “O Governo adverte que o uso do tabaco pode prejudicar a saúde”. Também foram incluídos os teores de alcatrão e nicotina, com a sua classificação como “baixo”, “médio” e “alto”.

Eram advertências modestas, quase impercetíveis. A lei estipulava apenas que tinham de figurar em local “visível”, escritas em letras com corpo 6 ou 8 – ou seja, pequenas.

De lá para cá, as advertências foram-se tornando sucessivamente maiores. Hoje, ocupam 30% da frente dos maços e 40% da face de trás. Com a nova legislação, estes números subirão para 65% e as imagens de choque farão companhia às marcas de tabaco.

O objetivo é deliberado: tornar as embalagens desinteressantes e repulsivas, retirando-lhe o brilho que já tiveram. “Há um efeito logo evidente. É diferente olhar para um maço de tabaco e, em vez daquele glamour todo, ver algo que não causa nenhuma atracão”, diz Miguel Narigão. “Isto tem um impacto na compra por impulso”, completa.

O passo seguinte já está a ser dado por alguns países: a embalagem neutra, com as mesmas imagens fortes mas sem lugar para o logótipo da marca, mas apenas o nome, em letras brancas sobre um fundo com uma cor pouco apelativa.

A Austrália foi pioneira nesta medida, em 2012, e parece estar a ter sucesso, segundo um estudo publicado no ano passado por cientistas do Centro para Investigação Comportamental sobre o Cancro, de Melbourne. Entrevistas feitas durante o primeiro ano de vigência das embalagens neutras no país mostram que há mais fumadores que não gostam dos maços, que os acham pouco atraentes, que têm menos satisfação em fumar, e que sentem motivação para deixar o hábito. E há mais fumadores que evitam comprar maços que tenham determinadas imagens – um indicador de que a marca em si de facto está a contar menos.

Nem tudo foi já investigado pela ciência. Os estudos até agora realizados são mais qualitativos, avaliando a reação dos fumadores e não-fumadores com base em inquéritos e grupos focais, do que quantitativos – contabilizando o efeito das imagens na prevalência do tabagismo.

E alguns levantam algumas dúvidas, com o de uma equipa de investigadores espanhóis que pediu a um grupo de voluntários que associasse as 35 imagens que devem ser usadas na UE até 2016 a outras que representam sensações desagradáveis ou agradáveis. O resultado mostra que, embora 83% das imagens tenham ficado do lado negativo, 17% foram associadas com figuras agradáveis e apenas quatro foram classificadas como extremamente perturbadoras. Além disso, as perceções eram diferentes, conforme a idade e o género dos voluntários. “A capacidade das imagens europeias em estimular atitudes negativas para reduzir o consumo de tabaco pode não se estender a toda a população, mas estar limitada a grupos-alvo específicos”, escrevem os investigadores das universidades das Ilhas Baleares e de Granada, no estudo publicado em 2011.

Miguel Narigão diz que as advertências em texto e imagens são necessárias e aponta para os resultados do Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas, realizado em Portugal em 2012. “Só 50% das pessoas dizem que o tabaco faz mal à saúde”, afirma o especialista da Direcção-Geral de Saúde.

Outros dados: 17% dos inquiridos acreditam que o consumo de tabaco tem pouca ou nenhuma importância para a saúde e 4% dizem que fumar um ou mais maços por dia representa pouco ou nenhum risco.

Cientistas dizem
Investigadores conseguiram remover quase todos os antigénios dos sangues tipo A, B e AB. Processo ainda tem de ser otimizado.

Desenvolver e produzir um sangue universal idêntico ao de tipo O, que já existe naturalmente nas veias de uma parte significativa da humanidade - 63% da população mundial tem sangue de tipo O -, é uma ambição antiga e vários grupos de investigação têm trabalhado sobre isso desde os anos de 1980, diz o Diário de Notícias. Agora, uma equipa de investigadores canadianos e franceses foi um pouco mais longe, usando um tipo de enzimas para "tratar" o sangue e o objetivo ficou bastante mais próximo.

O novo sangue ainda não está pronto para transfusões nem para ensaios clínicos, o primeiro de vários passos necessários para se poder utilizar um novo produto em medicina, mas os resultados publicados pela equipa coordenada por Stephen Withers no Journal of the American Chemical Society são os melhores até agora e são considerados muito promissores.

O problema da incompatibilidade sanguínea é este: além da estrutura química básica que é comum a todos os tipos de sangue, incluindo o O, os sangues de tipo A, B e AB contêm também uma espécie de resíduos chamados antigénios nos glóbulos vermelhos, que são específicos de cada um. É por isso que o sistema imunitário de uma pessoa com sangue de tipo A que recebe uma transfusão com sangue de tipo B considera este um corpo estranho, desencadeando-se um processo que pode levar à morte.

No caso do sangue de tipo O não existem quaisquer antigénios nos glóbulos vermelhos, pelo que as pessoas que têm este tipo sanguíneo são dadoras universais.

É aqui que os investigadores têm tentado chegar. O grupo de Stephen Withers usou uma nova abordagem, a evolução dirigida, para tentar remover os antigénios dos sangues de tipo A, B e AB e conseguiu removê-los quase todos, embora persistam alguns.

O processo utilizado envolveu uma bactéria, a Streptococcus pneumoniae, causadora de pneumonia, que foi cultivada ao longo de cinco gerações para produzir uma enzima que a cada nova geração se tornava mais e mais eficaz.

Cinco gerações depois, com efeito, a enzima já se tinha tornado 170 vezes mais eficaz, e foi essa enzima que a equipa depois utilizou para fazer "a limpeza" dos antigénios presentes nos sangues de tipo A, B e AB.

Embora os resultados obtidos sejam os melhores de sempre, ainda não foi possível remover os antigénios do sangue a cem por cento. O processo ainda tem por isso de ser otimizado, antes de se passar à fase seguinte, dos ensaios clínicos, mas este foi um passo mais.

Apesar de o sangue de tipo O ser o mais frequente a nível mundial, em Portugal isso não é assim. A maior parte da população portuguesa tem sangue de tipo A (46,6%), seguindo-se o tipo O, com 42,3%, o B (7,7%) e o AB (3,4%).

Doentes com fibrilação auricular submetidos a ablação por cateter
A Bayer HealthCare e o seu parceiro de desenvolvimento Janssen Pharmaceuticals Inc. anunciaram os resultados do ensaio VENTURE...

Os resultados do estudo VENTURE-AF foram divulgados hoje numa apresentação de última hora no âmbito da 36ª Sessão Científica Anual da Heart Rhythm Society, a decorrer de 13 a 16 de Maio, em Boston, nos Estados Unidos, resultados que foram publicados simultaneamente no European Heart Journal.

A ablação por cateter é uma técnica habitualmente usada em doentes com FA, a fim de restaurar o ritmo normal do coração. Hemorragias e eventos tromboembólicos são as complicações mais comuns que os doentes com FA, submetidos a ablação por cateter, enfrentam. As atuais guidelines para FA recomendam, portanto, anticoagulação oral ininterrupta para estes doentes, antes, durante e após o procedimento para redução do risco de eventos tromboembólicos.

VENTURE-AF é um estudo aberto, aleatorizado, de Fase III-B exploratório comparativo; o primeiro estudo prospetivo de um novo anticoagulante oral nestes doentes. Foram aleatorizados 248 doentes em 37 centros, em cinco países (Bélgica, França, Alemanha, Reino Unido e EUA). Os doentes com FA, programados para ablação por cateter foram distribuídos aleatoriamente numa proporção de 1: 1 para rivaroxabano 20 mg por via oral uma vez ao dia ou AVK, dose ajustada (INR alvo 2,0-3,0). Nos doentes tratados com rivaroxabano não houve eventos tromboembólicos. Nos que receberam um AVK, ocorreram dois eventos tromboembólicos (uma morte vascular e um acidente vascular cerebral isquémico). Ocorreu ainda uma hemorragia major, definida pelos critérios ISTH, no braço de tratamento com AVK versus nenhum no grupo de tratamento com rivaroxabano. Não houve hemorragias major em nenhum dos grupos, com base nas escalas TIMI e GUSTO. A incidência de eventos hemorrágicos minor e eventos atribuíveis a procedimentos foi baixa em ambos os braços de tratamento.

"O estudo VENTURE-AF fornece aos médicos insights adicionais para a gestão clínica dos doentes com FA submetidos a ablação por cateter", afirmou o Dr. Riccardo Cappato, MD, do Centro de Investigação de Arritmia e Eletrofisiologia, IRCCS Humanitas, Rozzano, em Milão, Itália, Diretor de unidades de Segunda Arritmia & PE, Cliniche Gavazzeni, em Bergamo, Itália e Co-Investigador Principal do estudo VENTURE-FA. "A ablação por cateter é frequentemente realizada em doentes com FA e a anticoagulação oral ininterrupta é importante nestes doentes no sentido de protegê-los das consequências potencialmente devastadoras dos trombos."

"Os resultados deste estudo permitem-nos expandir o nosso conhecimento sobre o papel do rivaroxabano da Bayer na prevenção de eventos tromboembólicos para além dos resultados do estudo ROCKET AF, que investigou a prevenção de AVC em doentes com fibrilação auricular", disse a Dra. Isabel Fonseca Santos, Diretora Médica da Bayer Portugal. "O estudo VENTURE-AF faz parte do extenso e contínuo plano de desenvolvimento clínico que visa a avaliação de rivaroxabano em diferentes contextos e populações de doentes em risco de tromboses venosas e arteriais."

Associação de Jovens Diabéticos de Portugal
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal convida todas as “crianças” dos 0 aos 120 anos a estarem presentes no dia 31 de...

Ao longo do dia decorrerão várias atividades que promovem a atividade física e o convívio entre os participantes, como por exemplo, geocaching, jogos de precisão, jogos tradicionais, enigmas, provas físicas, pinturas faciais entre outras.

“A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) pretende comemorar o Dia Mundial da Criança num convívio na Quinta das Conchas que permita a partilha de experiências, através de iniciativas desportivas e de momentos de diversão. Convidamos todos a participar, independentemente da idade, pois acreditamos que todos nós somos eternas crianças”, afirma Carlos Neves, presidente da AJDP.

Para participar nesta atividade é necessário que seja feita uma inscrição até 24 de Maio. Para isso basta enviar o nome, a idade e o contacto de telemóvel para o email [email protected].

Organizações Não-Governamentais
Organizações Não-Governamentais representativas da sociedade civil na Luta contra o Tabagismo, apelam ao Parlamento para que...

Precisamos de uma legislação baseada na evidência de saúde pública e no bem-estar e saúde dos cidadãos e não na salvaguarda dos interesses comerciais a fim de travar o tabagismo e proteger a saúde da população portuguesa.

O Movimento, que reúne dezenas de organizações, tem feito chegar desde quarta-feira a todos partidos e deputados da Assembleia da República (AR) um apelo à criação de espaços 100% livres de tabaco, sem exceções e de imediato, assim como a introdução das imagens nos maços de tabaco no mais curto espaço de tempo possível, no âmbito da discussão sobre as alterações à "Lei do tabaco” que está agendada para hoje, dia 15 de Maio.

A Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo (COPPT), o Movimento das ONGs Portuguesas pelo Controlo do Tabagismo (Mov.T), o Centro de Apoio, Tratamento e Recuperação (CATR) e a Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, unidas a frente deste movimento que tem o apoio de muitas outras ONGs, apelam à alteração do texto da proposta de lei como última opção e oportunidade de salvaguardar os princípios da lei que pretende proteger efetivamente a saúde dos cidadãos do fumo do tabaco, destacando que nenhuma das ONGs que defendem o bem-público e os interesses dos cidadãos foi ouvida durante o processo que o governo empreendeu para elaborar essa proposta, mas que nos últimos meses, o governo consultou outras entidades do setor comercial e serviços, com interesses particulares, para formular a proposta.

Segundo Sofia Ravara, uma das coordenadoras do Movimento “A lei, tal como está, prejudica a saúde pública e reforça as desigualdades em saúde, é uma lei fraca, permissiva e desadequada”.

As propostas concretas das ONGs de alterações a “Lei do tabaco”:

Assim, pode ler-se na carta enviada ao Parlamento que é necessário rever pontos que não estão adequados à realidade e às evidências científicas e boas práticas nesta área.

A) Legislação relativa à proteção da exposição ao fumo de tabaco

1º: Eliminação das exceções que permitam a criação de recintos fechados onde é permitido fumar.

AS ONG de saúde apelam indiscutivelmente à eliminação das exceções que permitam a criação de recintos fechados onde é permitido fumar, específicos para fumadores.

2º: Maior abrangência dos locais onde é proibido fumar.

A alteração proposta pelas ONG de saúde visa acrescentar a proibição de fumar também em “espaços apenas parcialmente fechados, bem como todos aqueles destinados ao transporte de pessoas" e estender a proibição de fumar a áreas ao ar livre nos limites e recintos exteriores das instituições públicas de forma a não contaminar o ar ambiente interno destes com o fumo do tabaco.

Na prática trata-se de uma medida que visa proteger os cidadãos do fumo passivo em locais como recintos desportivos abertos, instalações de transportes públicos, instituições de saúde, creches e lares, bem com estabelecimentos de ensino.

3ª: Eliminação de qualquer espécie de "moratória" sobre no que respeita a implementação da proibição de fumar em espaços públicos fechados ou cobertos

A atual lei deve apenas prever o tempo útil e necessário para que os atores sociais e comerciais envolvidos possam proceder às adaptações dos espaços à nova legislação. “Não faz sentido, após mais de 7 anos de existência da Lei, que ainda exista necessidade de se recuperarem investimentos. Sempre foi clara para todos a inadequação deste tipo de espaços e a ineficácia dos sistemas de ventilação, o que deixou desde o início da aplicação da lei a existência destes espaços em situação precária e temporária”, defendem as organizações.

As organizações defendem ainda que, ao contrário do comumente alegado, em nenhum dos países onde se introduziram espaços 100% livres do fumo do tabaco houve impacto económico negativo na indústria da restauração.

Acresce a estas razões o fato de, segundo dados de um estudo populacional de 2012 a esmagadora maioria dos portugueses (86%) serem a favor de uma proibição total de fumar em todos os locais públicos sem exceções.

B) Transposição da diretiva europeia

4ª: Reduzir para um ano o prazo de implementação da proposta de lei no que se refere às normas de rotulagem

Na redação original da proposta está previsto um prazo que vai até maio de 2017 (Artigo 6.º - Norma transitória). Para as organizações que subscrevem o pedido de alteração à "Lei do tabaco”, “prolongar até dois anos a situação atual é contraproducente e afetará grandemente o impacto das medidas nomeadamente a prevenção do tabagismo nos jovens e a promoção da cessação tabágica.”

Hilson Cunha Filho, membro da Direção da COPPT, relembra que "essas boas práticas que defendemos, introduzidas na nossa legislação, permitirão atingir uma maior efetividade da lei e menores custos e meios complexos de implementação e fiscalização; duas questões que são constantemente referidas como fraquezas ou problemas da lei quando se aborda o assunto".

“Lei do tabaco”: Uma luta travada desde 2008:
Desde 2008 que especialistas portugueses de controlo do tabaco têm rogado aos sucessivos governos para implementar políticas de saúde abrangentes e eficazes, incluindo a proibição total de fumar nos locais públicos. As recomendações que propõem são baseadas em diretrizes internacionais e em estudos científicos realizados em Portugal que demostram o impacto negativo do consumo de tabaco e da exposição ao fumo de tabaco na população e a ineficácia da legislação em promover espaços 100% livres de tabaco. Alguns estudos comprovaram que os espaços de não-fumadores permanecem contaminados com partículas do fumo de tabaco que invadem estes ambientes vindos dos espaços adjacentes onde se fuma.

Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde anunciou repetidamente que estava a preparar uma nova lei, mas não realizou qualquer consulta formal com a comunidade de saúde pública.

Entretanto, as ONGs, no 2º semestre de 2014 e recentemente em 2015, voltaram a intervir junto do Governo para que fosse redigida uma proposta de lei baseada nas evidências científicas que realmente protegessem os cidadãos do consumo e da exposição ao fumo do tabaco, mas sem resposta.

Agora apelam aos deputados da AR que façam o mesmo, como último recurso antes da sua aprovação.

O grupo de organizações, que se tem debatido pela Luta Contra o Tabagismo em Portugal, conta com o apoio internacional das ONG/Sociedades Científicas e da comunidade internacional de saúde pública, da Comissão Europeia e da Organização Mundial da Saúde. 

No Santa Maria
Uma cirurgia inédita em Portugal, realizada recentemente no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, permitiu operar sem anestesia...

O diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital de Santa Maria, do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), explicou que esta foi uma Cirurgia Torácica Vídeo Assistida (VATS) de porta única, que consiste na remoção de uma parte do pulmão, onde está o cancro, através de uma pequena abertura.

Esta parte do órgão afetado é retirada através de uma abertura de poucos centímetros, pela qual são introduzidos também os instrumentos necessários para a cirurgia.

Segundo Ângelo Nobre, as vantagens desta técnica são várias, uma vez que “o doente fica com uma cicatriz com quatro, cinco centímetros, e não é necessário um afastador de costelas, o que evita dor na recuperação.

Na cirurgia realizada no passado dia 30 de abril, a técnica de VATS foi utilizada sem recurso a anestesia geral e sem que o doente fosse entubado.

“Com esta técnica, minimamente invasiva, o doente é sedado, não é entubado, não é sujeita às complicações da anestesia geral, que são mínimas, mas existem, e tem um acordar muito mais fácil”, disse.

O cirurgião sublinhou que, com esta técnica, há poupança de tempo no bloco operatório, uma vez que os profissionais não têm de entubar o doente nem de retirar o tubo e a anestesia no final da intervenção.

Esta intervenção inédita em Portugal contou com a presença do cirurgião torácico Diego González-Rivas, do Hospital da Corunha, que desenvolveu a técnica da VATS de porta única, e que voltará ao Hospital de Santa Maria para orientar e apoiar a equipa portuguesa.

“O Dr. Diego González-Rivas e o anestesista que o acompanha voltarão até estarmos autónomos e ele nos disse que temos asas para voar”, adiantou Ângelo Nobre.

Para já, foram operados dois doentes com esta técnica, os quais já tiveram alta e “encontram-se bem”.

Segundo o CHLN, a técnica é realizada apenas por cirurgiões torácicos e em grandes centros de cirurgia torácica de países como a China, Rússia, Espanha e Reino Unido.

Hoje no parlamento
O parlamento discute hoje a proposta de lei do governo para a revisão da lei do tabaco, que prevê a proibição de fumar em todos...

Já aprovada em Conselho de Ministros, a proposta, que transpõe duas diretivas da União Europeia, determina a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas, incluindo nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogos e outro tipo de recintos destinados a espetáculos de natureza não artística.

A proposta de lei tem previsto um período de moratória de 5 anos, até 2020, para se adaptarem os espaços públicos que investiram em obras para serem espaços com fumo.

Sobre os cigarros eletrónicos, os que contêm nicotina passarão também a estar proibidos nos espaços públicos fechados.

Quanto aos maços de tabaco, a proposta prevê que continuem a ter advertências de saúde, passando a ser obrigatória a menção “Fumar mata – deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

Os maços passam ainda a ter uma fotografia a cores em ambos os lados, de uma lista de imagens onde figuram, por exemplo, um bebé com uma chupeta e cigarro na boca, um bebé numa incubadora, uma criança junto a uma lápide num cemitério ou um casal junto a um caixão de criança.

No que respeita ao tabaco para cachimbos de água (narguilé), que é frequentemente visto como menos nocivo do que os tradicionais produtos do tabaco para fumar, passa a ser abrangido por este regime de rotulagem, para evitar que os consumidores sejam induzidos em erro.

Contudo, prevê-se que possam ser comercializados até maio de 2017 os maços rotulados nos termos da atual lei, desde que tenham sido produzidos ou importados para Portugal até 20 de maio de 2016.

A proposta, que hoje será votada na generalidade na Assembleia da República, pretende ainda proibir a venda de tabaco com aromatizantes “tais como filtros, papéis, embalagens, cápsulas ou quaisquer características técnicas que permitam modificar o odor ou o sabor dos produtos do tabaco em causa ou a intensidade do seu fumo”.

“Os produtos do tabaco com aromas distintivos passam a ser proibidos, sendo aplicável um período transitório até 20 de maio de 2020, a contar da data da entrada em vigor da lei que resultar da presente proposta de lei, para os aditivos usados em produtos do tabaco cujo volume de vendas na União Europeia seja superior a 3 %, como é o caso do mentol”, refere ainda a proposta.

Os maços deixam ainda de poder usar termos como “light”, “suave”, “natural” ou “slim” para “não induzir os consumidores em erro, em particular os jovens, ao sugerir que esses produtos são menos nocivos”.

A proposta do governo indica ainda que devem ser criadas consultas de apoio intensivo à cessação tabágica em todos os agrupamentos de centros de saúde e hospitais do Serviço Nacional de Saúde, designadamente nos serviços de cardiologia, pneumologia, psiquiatria e obstetrícia, nos institutos e serviços de oncologia, nos hospitais psiquiátricos e nos centros de atendimento a alcoólicos e toxicodependentes.

Desde as 00:00
Os trabalhadores da saúde cumprem desde as 00:00 de hoje uma greve nacional de 24 horas que dizem ser uma resposta "à...

A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais considera que esta greve tem como principal objetivo a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), esperando por isso contar com a compreensão da população.

Auxiliares, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutica e profissionais do INEM são os trabalhadores que aderem à greve, que deverá afetar vários serviços, como cirurgias programadas ou consultas, embora o pré-aviso também contemple enfermeiros e médicos que queiram aderir à paralisação.

O Sindicato contesta a municipalização dos cuidados de saúde primários, a entrega de hospitais do SNS às Misericórdias e exige ainda uma discussão pública e alargada sobre o serviço público de saúde para que "não se volte a assistir a dezenas de pessoas nos corredores dos hospitais", como no último inverno.

Entre as exigências que motivam a greve estão ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanal para os profissionais, a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, a criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e a valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde.

Abre em 2016 em Valongo
As obras para a instalação de um Centro de Hemodiálise na antiga urgência do hospital de Valongo deverão iniciar-se em outubro...

O projeto envolve um custo total de cerca de 1,03 milhões de euros e em causa está a remodelação da antiga urgência do hospital de Valongo, distrito do Porto, encerrada em julho de 2014, uma decisão que na altura motivou vários protestos.

Sobre o Centro de Hemodiálise, o Centro Hospitalar de São João (CHSJ) aponta que vão ser criados 22 postos de tratamento de hemodialise, sendo que "com esta capacidade instalada" esta nova unidade de saúde "conseguirá tratar até um máximo de 120 doentes, envolvendo um corpo clínico específico que irá até um máximo de dois médicos e 11 enfermeiros".

"A evolução do Centro de Hemodiálise, em termos de instalação dos postos e da afetação dos recursos humanos, acompanhará a evolução da procura dos doentes", lê-se ainda na informação do CHSJ que integra, desde abril de 2011, dois polos, o de São João, no Porto, e o de Valongo, conhecido por Hospital Nossa Senhora da Conceição.

O CHSJ explica, ainda, que "pela natureza dos cuidados de saúde em causa", isto é, crónicos com três tratamentos por semana por doente, o Centro de Hemodiálise foi "idealizado" para atuar no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Assim, este novo centro, o primeiro público no país, integra-se "numa rede de prestadores de cuidados de saúde na área da hemodiálise" de forma a, continua o CHSJ, "dar uma resposta às necessidades dos doentes do SNS".

O "especial enfoque" serão os doentes da região Norte, quer "por questões de proximidade geográfica", admitem os responsáveis pelo projeto, quer pelo facto da "gestão do encaminhamento dos doentes para esta rede de prestadores ser responsabilidade das Administrações Regionais de Saúde".

O concurso público que visa transformar a antiga urgência num Centro de Hemodiálise foi lançado no final de abril e quarta-feira, em declarações à Lusa, o presidente da câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, considerou a notícia "muito positiva e importante", mostrando expectativa de que esta unidade de saúde venha a ser "uma mais-valia" na valorização do concelho e do CHSJ, criando "dinâmica económica".

Desde que o hospital de Valongo integra o CHSJ, foram feitas intervenções nesta unidade hospitalar ao nível do Bloco Cirúrgico da nova Unidade de Cirurgia de Ambulatório, num valor superior a 475 mil euros, bem como na área de Medicina Física, cujo investimento ultrapassou os 161 mil euros.

Está em execução a renovação dos pisos 03 e 04, no valor de 270 mil euros, e foram investidos, na consulta e hospital de dia de Psiquiatria 40 mil euros.

Higiene íntima
Uma higiene íntima adequada é importante para garantir conforto e bem-estar, mas também para ajudar
Mãos com sabonete debaixo de torneira

A parede do canal vulvo-vaginal é revestida por uma mucosa que, juntamente com a flora bacteriana e o pH da vagina, constitui uma importante barreira contra as infecções. Manter o equilíbrio natural da mucosa ajuda a prevenir o aparecimento de bactérias e fungos responsáveis por essas infecções vaginais. Para isso a mulher deve preocupar-se em ter uma higiene íntima adequada, através do uso de produtos específicos que respeitem o pH vaginal.

“A mulher deve fazer a higiene da zona vulvo-vaginal uma a duas vezes por dia, dependendo do clima, biótipo, actividade física e das doenças associadas”, refere Teresa Laginha, especialista de Medicina Geral e Familiar, sublinhando que “devem ser tidos em conta aspectos como a temperatura da água, que convém que seja tépida, sendo que para a higiene genital são preferíveis as lavagens com água corrente, para favorecer a remoção mecânica das secreções; e os produtos a utilizar devem ser preferencialmente apropriados para a higiene da zona do ânus e da vulva que sejam hipoalergénicos, com adstringência suave e pH ácido, variando entre 4,2 a 5,6”.

A especialista recomenda ainda a utilização de produtos de formulação líquida, pois os produtos sólidos, além de serem mais abrasivos, geralmente apresentam pH mais elevado. Um outro aspecto que Teresa Lagina salienta é que, “a higiene genital não deve durar mais do que 2 ou 3 minutos, para evitar a excessiva desidratação local”.

Porém há que referir que não são apenas os hábitos de higiene que resultam no aparecimento de infecções vulvo-vaginais. Outros factores como a actividade sexual, a alimentação, o tipo de vestuário usado, doenças como a diabetes o ambiente hormonal e até o estado emocional podem influenciar o aparecimento destas infecções. Condição bastante frequente, conforme conta a especialista de Medicina Geral e Familiar: “as infecções vaginais afectam mais de 75% das mulheres, sendo que mais de 50% deste grupo apresenta esta situação de forma recorrente, referindo um impacto na sua vida superior ao que resulta das queixas locais”.

As fases diferentes na vida da mulher

Para além dos factores referidos acima, há ainda que ter em conta as diferentes fases na vida da mulher que correspondem a cuidados diferentes. “Na adolescência, o aparecimento dos ciclos menstruais, designado por menarca, corresponde a variações hormonais e de glicogénio nos tecidos”, explica Teresa Laginha, acrescentando que, durante os ciclos menstruais não há alterações da espessura da pele, mas a nível citológico existem variações ao longo do ciclo menstrual. Nesta fase, diz, “a higiene deverá ser mais frequente, para aumentar a remoção mecânica dos resíduos e melhorar a ventilação genital, com consequente atenuação dos efeitos da humidade prolongada”.

Já na gravidez, “o epitélio vulvar e vaginal sofre influências hormonais. Surge uma maior quantidade de secreção vaginal, alteração do pH e da flora vaginal. A concentração dos lactobacilos eleva-se pelo estimulo hormonal, acidificando o meio (pH < 4,5)”. A maioria das grávidas, salienta a interlocutora, “referem aumento do corrimento vaginal, e prurido e ardor em algum momento da gravidez, o que dificulta o diagnóstico diferencial e o tratamento correto neste período. As infeções genitais persistentes durante a gravidez aumentam o risco de parto pré-termo”.

No puerpério (fase pós-parto) é recomendado que a higiene seja feita como no período menstrual, devido ao facto de a zona vulvo-vaginal estar alterada, a pele vulvar e a mucosa vaginal estarão mais sensíveis pela diminuição dos estrogénios (hipoestrogenismo), presença de lóquios (perdas de sangue) e maior sudorese, próprios do período puerperal.

Após a menopausa, devido à menor espessura do epitélio, Teresa Laginha recomenda “a lavagem da zona íntima, até duas vezes por dia, usando produtos com pH próximo do fisiológico, para evitar maior secura e consequente prurido. Para concluir o processo nesta fase, em que a pele se encontra mais seca, deve seguir-se uma hidratação com fórmulas não oleosas”.

Conselhos base para uma saúde íntima

Higiene

A vulva, a região púbica, a região perianal e os sulcos crurais (raiz das coxas) deverão ser higienizados com água corrente e com produtos de higiene apropriados, fazendo movimentos que evitem trazer o conteúdo perianal para a região vulvar, e que atinjam todas as dobras sem exceção. A última etapa da higiene é geralmente a mais negligenciada, a hidratação. As peles secas deverão ser hidratadas, assim como se faz nas demais áreas do corpo.

Protecção

Em geral, o uso sistemático do penso higiénico diário não é recomendado. Nas mulheres com excesso de transpiração ou incontinência urinária, é importante manter o ambiente genital seco, recorrendo ao uso de pensos higiénicos respiráveis ou outro vestuário absorvente adequado, de preferência de algodão. Deve recorrer-se a roupa interior extra disponível para mudar quando necessário.

Produtos utilizados na lavagem da roupa interior

Deve ser dada preferência a detergentes sem corantes, enzimas ou perfumes. A roupa interior e aquela que entrar em contacto com a vulva deve ser enxaguada exaustivamente, para remoção de resíduos químicos.

Vestuário

Recomenda-se o uso de roupas que favoreçam a ventilação local. É importante trocar as roupas íntimas diariamente. Devem evitar-se roupas demasiado justas ou apertadas. Os fatos de banho molhados e o vestuário após o desporto devem ser trocados o mais precocemente possível.

Banho e higiene

Não usar gel de banho ou sabonete com perfume que aumentam a irritação da pele. Não usar o produto directamente sobre a pele. Não se deve esfregar a pele vulvar com a toalha, mas sim secar, estabelecendo contactos suaves entre a toalha e a pele.

Actividade sexual

Nos casos em que existe secura e irritação durante o acto sexual, deve ser recomendado o uso de um lubrificante sem substâncias químicas que irritam a pele vulva/vagina. Deve no entanto ter-se em atenção que alguns lubrificantes interferem com a permeabilidade dos preservativos, tornando-os menos seguros. Pode ser preferível utilizar preservativo para evitar o contacto do esperma com os genitais, diminuindo o ardor e irritação após a relação sexual. Após o acto sexual, recomenda-se uma micção para evitar as infecções urinárias, e a lavagem da área genital externa com água e um produto de higiene íntima. Não se recomendam irrigações vaginais.

*Por expressa opção do autor, o texto não respeita o Acordo Ortográfico

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
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Campanha nacional “Alerta Doença Venosa” da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular leva informação e rastreios...

Estima-se que 2 milhões de mulheres portuguesas com mais de 30 anos sofram de doença venosa. O número poderá, no entanto, estar aquém da realidade. Isto porque a Doença Venosa Crónica (DVC) é uma patologia frequentemente subestimada e subdiagnosticada, o que está a originar o aparecimento de casos mais graves a nível hospitalar.

Para sensibilizar, diagnosticar precocemente e tratar adequadamente a DVC, a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) lançou a campanha nacional “Alerta Doença Venosa” que vai informar os portugueses sobre a patologia e realizar uma ação de rastreio em 20 localidades do País. Uma ação que pretende também perceber a dimensão real da patologia em Portugal.

Com esta iniciativa a SPACV pretende sublinhar as consequências do tratamento inadequado da Doença Venosa – que podem culminar em casos tão graves como o aparecimento de úlceras venosas.

“Em Portugal, à semelhança do que acontece noutros países, a patologia venosa tem uma elevada prevalência, encontrando-se, contudo, claramente subestimada e subdiagnosticada. Nos últimos anos, em particular, tem-se vindo a assistir a um aumento, a nível hospitalar, de quadros clínicos mais graves e mais difíceis de tratar, frequentemente associados a um tratamento deficitário, inadequado ou tardio”, explica o Dr. Albuquerque e Castro, presidente da SPACV.

A escassez de conhecimento sobre a DVC, o desconhecimento dos sintomas e dos sinais de alerta levou a SPACV a levar a cabo esta campanha nacional, de forma a chamar a atenção para carácter crónico e evolutivo da Doença Venosa e das suas possíveis complicações. Salientando, ainda, que esta é uma patologia séria, que deve ter um acompanhamento médico e um tratamento adequado. 

A Campanha “Alerta Doença Venosa” inclui uma forte ação de divulgação sobre a DVC e suas consequências e, durante os meses de maio e junho, passa por 20 localidades do país, para informação à população e rastreio da Doença Venosa, que conta com a participação ativa de Cirurgiões Vasculares, Técnicos de Eco-Doppler e Enfermeiros. Durante este rastreio será levado a cabo um inquérito que irá permitir avaliar a real dimensão da DVC em Portugal. Uma campanha que conta com o apoio das várias câmaras municipais por onde o rastreio vai passar.

Em Aveiro
Cerca de 480 profissionais que atuam no âmbito das dependências participam no 4º Encontro do Centro de Respostas Integradas que...

O encontro, que tem por tema “Práticas expiradas, transpiradas e inspiradas”, reúne especialistas de diferentes áreas científicas ligados à intervenção em comportamentos aditivos e dependências, visando a troca de conhecimentos, através da partilha de experiências em proximidade.

Assinalando duas décadas de atividade do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Aveiro, o encontro será aproveitado pela Associação Portuguesa de Adictologia (que organiza o encontro, juntamente com o Agrupamento de Saúde do Baixo Vouga da Administração Regional de Saúde do Centro) para lançar uma publicação especializada, a Adictologia, a primeira publicação dirigida aos profissionais que atuam no âmbito das dependências.

A revista terá como diretor o psiquiatra Nuno Miguel e no seu primeiro número aborda temas como “As toxicodependências – a procura incessante da felicidade?”, por Manuela Grazina, investigadora especializada em Genética Humana, Genética Bioquímica e Farmacogenómica e responsável pelo Laboratório de Bioquímica Genética da Universidade de Coimbra, ou a “Dor e prazer em consumidores de opiáceos de longo prazo”, pelo psiquiatra João Curto, que preside à Associação Portuguesa de Adictologia e Psiquiatria e dirige a Unidade de Desabituação de Coimbra, bem como “O tráfico de droga em Portugal, e a problemática da economia subterrânea gerada pelo fenómeno”, por José Manuel Pires Leal.

Entre os trabalhos coletivos que a revista dá a conhecer contam-se “Tratamentos de manutenção opiácea em indivíduos com 50 ou mais anos”, por Ana Diniz, Joana Gonçalves, Sara Monteiro, Anabela Pereira

“Review – Pharmacogenomics of Cocaine Addiction”, por Carolina Macedo, Carolina P. Ribeiro, João Curto e Manuela Grazina, “O mercado emergente das Novas Drogas – O novo desafio social e político”, de Joana Paula Pereira Barbosa Roque da Silva e Susana Henriques, e ainda “A avaliação dos programas de substituição opiácea em Portugal –Apontamentos para (um)a reflexão” por Marta Pinto, Joana Vilares, Soraia Teles, Helena Carvalho, Cristiana Vale Pires, Leonor Castro Lemos.

As “Doenças infecciosas e comportamentos de risco em reclusos portugueses: implicações para a prevenção” são abordadas por Teresa Lavandeira Miranda, Maria José Pinto da Costa, Corália Vicente, Maria João Silva, António Ludgero Vasconcelos, Nair Torrão, Margarida Mota, Rui Abrunhosa Gonçalves, Jorge Negreiros, José Azevedo Pereira, Solange Barreira, José Eduardo Rola.

Aumentando esperança média de vida
Esta descoberta pode salvar milhões de vidas em todo o mundo. Os cubanos já têm acesso a esta vacina.

De acordo com o jornal Metro, citado pelo Notícias ao Minuto, esta doença é responsável pela morte de uma em cada quatro pessoas em Cuba, mas a população já tem acesso grátis a esta vacina.

Segundo a mesma fonte, ao contrário das vacinas normais, esta apenas é administrada a pessoas que já têm a doença, aumentando-lhes a esperança média de vida.

Aprovada em Cuba, a vacina já está a ser alvo de ensaios clínicos em vários outros países.

Contudo, o Centro de Pesquisa de Cancro do Reino Unido alertou para o facto de o sucesso da vacina ainda estar aquém do desejável, uma vez que “apenas 12 pessoas com menos de 60 anos tiveram uma boa resposta à vacina".

“Estas pessoas viveram mais 15 meses comparativamente aos 7,4 meses que os doentes sem vacina tiveram de vida. É um número muito pequeno de pessoas para chegar a conclusões sobre a eficácia da vacina”, explicou o mesmo centro.

Johnson & Johnson
A Johnson & Johnson anunciou hoje que a Janssen, companhia farmacêutica do Grupo, reforçou o seu compromisso de melhorar a...

Esta expansão facilitará o desenvolvimento e o acesso a novas formulações pediátricas de um antirretrovírico da Janssen, em 128 países de rendimento baixo e médio [1] onde se encontram 99,8% das crianças e adolescentes que vivem com VIH em todo o mundo. [2].

Como parte dos esforços para ajudar a responder às necessidades das crianças e adolescentes que vivem com VIH, a Janssen está a trabalhar para criar um dos mais amplos territórios geográficos, até à data, com acesso a medicamentos pediátricos para o VIH. Para o efeito, a Janssen irá alargar o âmbito geográfico da sua política, estabelecida em 2012, de não impor as patentes que detém sobre as formulações pediátricas de um dos seus antirretrovíricos, em países de baixo e médio rendimento. Esta decisão duplica o território original da África Subsaariana e países menos desenvolvidos [3] anunciado em 2012. A política definida em 2012 prevê que a Janssen não imponha os seus direitos sobre a patente, desde que as versões genéricas sejam de qualidade, clinicamente aceitáveis e usadas somente nos países indicados. A ampliação desta política, agora verificada, é aplicável apenas às formulações pediátricas utilizadas no território definido.

Estes esforços renovados são resultado do envolvimento da Janssen e da Pool de Patentes de Medicamentos (MPP, na sigla em inglês), apoiando diretamente a recém-lançada Iniciativa Pediátrica do Tratamento do VIH (PHTI, na sigla em inglês). A PHTI é uma parceria entre o MPP, a UNITAID, a iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês) e a Clinton Health Access Initiative (CHAI) dedicada a acelerar o desenvolvimento de co-formulações de terapêuticas pediátricas para o VIH de elevada prioridade e a combater outros potenciais obstáculos de acesso ao tratamento para crianças que vivem com VIH.

A Janssen irá colaborar com os parceiros da PHTI para desenvolver novas formulações pediátricas para o VIH essenciais, ajudando a proteger as vidas das crianças e adolescentes com VIH. A Janssen e as organizações do PHTI irão explorar a possibilidade de desenvolver uma combinação de dose fixa (CDF) para crianças portadoras de VIH. Esta CDF, em combinação com outros medicamentos antirretrovíricos, está atualmente indicada para doentes adultos e pediátricos que já experimentaram vários tratamentos para o VIH em contextos de recursos limitados e foi recomendada pela Organização Mundial de Saúde [4]. Uma nova CDF para crianças, que seja segura e eficaz será um passo importante na concretização do imperativo de saúde global de acabar com esta lacuna no tratamento do VIH na Pediatria.

“A nossa ambição é a de que as crianças que vivem com VIH possam receber os tratamentos que necessitam para se manterem fortes e crescerem, tornando-se jovens adultos produtivos”, disse Paul Stoffels, MD, Chief Scientific Officer da Johnson & Johnson e Worldwide Chairman da Janssen. “Estamos empenhados em garantir que nenhuma criança está sem acesso a opções terapêuticas adequadas para o VIH e, o mais importante, sem a esperança de um futuro saudável”.

Já há muito tempo que a Janssen e a Johnson & Johnson assumiram o compromisso de ajudar as crianças portadoras de VIH e de aumentar o acesso aos seus medicamentos. Há mais de uma década, a Johnson & Johnson tem apoiado iniciativas para reduzir o número de novas infeções por VIH em crianças e, em 2011, a empresa disponibilizou mais 15 milhões de dólares para apoiar o Plano Global para eliminar o VIH na Pediatria. Em dezembro de 2013, a Janssen lançou a iniciativa New Horizons Advancing HIV Care, um esforço de colaboração para fortalecer a capacidade, conhecimento e ação de cada país em torno das necessidades de crianças que receberam tratamento prévio para o VIH. Um dos aspetos fundamentais desta iniciativa é o programa de doação de dois antirretrovíricos para crianças e adolescentes sujeitos a tratamentos prévios do VIH.

A Johnson & Johnson e a Janssen estão comprometidas com a promoção da saúde global. Lançaram e continuam a apoiar uma variedade de esforços abrangentes para o fortalecimento da saúde das comunidades, melhorando a saúde materna e infantil, e evitando a propagação de doenças inoficiosas que podem ser prevenidas a nível global.

[1] Além da lista dos Países Menos Desenvolvidos (LDC na sigla inglesa), tal como definido pelas Nações Unidas e os países da África subsaariana, os países incluídos nesta política são a Argélia, a Samoa Americana Anguila, Antígua, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize Bolívia, Ilhas Virgens Britânicas Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Popular Democrática da Coreia, Dominica, República Dominicana, Equador, Egito, El Salvador, Fiji, Grenada, Guatemala, Guiana, Honduras, Índia, Indonésia, Irão, Iraque, Jamaica, Jordânia, Líbano, Líbia, Malásia, Ilhas Marshall, Micronésia, Moldávia, Mongólia, Montserrat, Marrocos, Nauru, Nicarágua, Paquistão, Palau, Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai, Peru, Filipinas, ilha de São Cristóvão e ilha de Nevis, ilha de Santa Lúcia, ilhas de São Vicente e Granadinas, Sri Lanka, Suriname, República Árabe da Síria Tailândia, Tonga, Trindade e Tobago, Tunísia, ilhas Turks e Caicos, Ucrânia, Uruguai, Venezuela, Vietnam e Cisjordânia e Gaza.
[2] Calculado a partir de dados da: UNICEF. Children, Adolescents and AIDS (2014 Statistical Update). http://www.childrenandaids.org/
[3] Um âmbito mais limitado de Recursos no âmbito desta política incluem a lista de todos os Países Menos Desenvolvidos (LDC na sigla inglesa), tal como definido pelas Nações Unidas (http://www.unohrlls.org/en/ldc/25/) e os países da África subsaariana que não estão classificados como LDC.
[4] World Health Organization. Antiretroviral Therapy for HIV Infection in Adults and Adolescents: Recommendations for a Public Health Approach, 2010 Revision. http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599764_eng.pdf

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