Sal

Diminua o seu consumo
Já desde 2000 a.C.

Em muitas religiões, o sal era visto como uma bênção, pensando-se até que, pudesse espantar os maus espíritos e que estivesse relacionado com a fertilidade. O seu valor era de tal modo reconhecido pelas civilizações que o sal chegou mesmo a ser uma unidade monetária, reconhecendo-se o seu nome na raiz etimológica da palavra "salário".

O sal ou sal de cozinha, quimicamente designado por cloreto de sódio, é constituído por dois minerais: o sódio e o cloro. Estes dois minerais são essenciais ao normal e saudável funcionamento do nosso organismo, mas as consequências do consumo excessivo, particularmente de sódio, são inúmeras e por isso é essencial fazer um uso parcimonioso deste tempero.

Consequências do consumo excessivo de sal:

·         Aumento do risco do aparecimento de determinados tipos de cancro (ex.: estômago);

·         Aumento do risco de aparecimento de hipertensão arterial;

·         Risco aumentado de doenças cardiovasculares;

·         Sobrecarga do funcionamento renal (há um maior esforço feito pelo rim para excretar o excesso de sódio);

·         Maior retenção de líquidos pelo organismo, o que implica o aumento do peso e contribui para o aparecimento de celulite.

Que quantidade de sal deve consumir por dia?

De acordo com um relatório publicado em 2003 pela Organização Mundial da Saúde1, o ideal é consumir no máximo 5 gramas de sal (cloreto de sódio) por dia.

Ao contrário do que se possa pensar, a maior parte do sal consumido no dia-a-dia, é proveniente não tanto das refeições cozinhadas em casa, mas sim dos alimentos pré-preparados comprados fora de casa. Mesmo se em casa utiliza pequenas porções de sal para cozinhar e não tem por hábito adicionar sal fino aos pratos confeccionados, se adquire muitos alimentos pré-preparados, já cozinhados ou prontos a comer (ex.: sopas instantâneas, enchidos, fumados, enlatados, caldos de carne, intensificadores de sabor – glutamato monossódico ou bicarbonato de sódio – molhos pré-preparados, manteiga com sal, pizzas, lasanhas, determinadas bolachas, cereais de pequeno almoço, batatas fritas de pacote e outros aperitivos, etc.) pode estar a consumir mais sal do que o recomendado.

Sugestões para reduzir o consumo de sal:

·         Leia os rótulos dos alimentos que compra e, sempre que mencionado, procure adquirir os que tiverem menor quantidade de sal;

·         Se o alimento que vai adquirir não tiver informação nutricional no rótulo, leia a lista de ingredientes tendo em atenção que ingredientes como o glutamato monossódico e o bicarbonato de sódio acrescentam aos alimentos quantidades significativas de sódio;

·         Evite consumir alimentos com elevado teor em sal, tais como:

- produtos de salsicharia, charcutaria e alimentos fumados (ex.: fiambre, presunto, chouriços, alheiras, bacon);

- sopas instantâneas;

- caldos concentrados (ex.: caldos de carne);

- intensificadores de sabor como o glutamato monossódico ou bicarbonato de sódio; - - rissóis, croquetes, chamuças, bolinhos de bacalhau ...

- alimentos enlatados;

- ketchup, maionese, mostarda, molho de soja;

- folhados,

- determinados tipos de queijo;

- refeições congeladas prontas a consumir (ex.: pizzas, lasanhas, bacalhau à Brás, panados de carne, peixe, queijo e/ou fiambre);

- margarinas, manteiga e outras gorduras para barrar;

- batatas fritas de pacote e outros aperitivos;

- azeitonas;

- águas minerais gaseificadas;

·         Diminua gradualmente a quantidade de sal que adiciona durante a confecção dos alimentos;

·         Não leve o saleiro para a mesa, assim evita adicionar sal fino aos pratos já cozinhados;

·         Substitua o sal usado na confecção dos alimentos por ervas aromáticas, especiarias, vinho ou sumo de limão (ver tabela);

·         Procure deixar a carne e o peixe a marinar, antes de os confeccionar, em vinha de alhos ou com outros temperos sem sal. Deste modo, o sabor e aroma dos temperos adicionados ficarão mais intensos e o resultado final mais saboroso;

·         Enriqueça os seus cozinhados adicionando-lhes alimentos coloridos como tomate, cenoura, pimento verde, amarelo, vermelho ou laranja, bróculos, milho, feijão, beringela, couve roxa, beterraba, ananás, laranja, maçã etc. ...

Torne os seus cozinhados mais aromáticos!

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Aumente o seu consumo
A Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo mínimo de 400g de frutos, legumes e hortaliças p
Vegetais

Sabia que:

  • O baixo consumo de frutos, hortaliças e legumes está entre os 10 factores de risco para o aparecimento de doenças e morte prematura;
  • Mundialmente, mais de 2.7 milhões de vida podiam ser salvas todos os anos se cada pessoa ingerisse a quantidade adequada de hortofrutícolas;
  • Globalmente, o baixo consumo de hortofrutícolas é responsável por cerca de 19% dos cancros gastrointestinais, 31% da doença cardiovascular isquémica e por 11% dos enfartes;
  • A ingestão adequada de frutos, hortaliças e legumes previne o aparecimento de cancro, doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, carências nutricionais e distúrbios do aparelho digestivo (ex.: prisão de ventre, hemorróidas, diverticuloses, etc.).

Sugestões para aumentar o seu consumo de hortofrutícolas:

  • Inicie sempre o almoço e o jantar consumindo sopa rica em hortaliças e legumes;
  • Procure ingerir sempre salada e hortícolas no prato, como acompanhamento;
  • Faça da fruta a sua sobremesa por excelência;
  • Inclua a fruta fresca e alguns hortícolas crus nos intervalos entre as refeições e ao pequeno-almoço;
  • Se tem por hábito comer sanduíches ao almoço, acrescente-lhes alguma salada;
  • Se faz as refeições fora de casa, evite os aperitivos ricos em sal e em gordura e opte por incluir outros alimentos nas suas entradas, ex.: frutos secos, pequenos pedaços de fruta, algumas azeitonas, etc.
  • Crie novas preparações culinárias que incluam hortícolas, legumes e fruta;
  • Pelo menos 1 das peças de fruta que consome diariamente deve ser um fruto rico em vitamina C (ex.: laranja, kiwi, tangerina, morangos, maçã…);
  • Procure consumir hortícolas com cores vivas, pois estes são muito ricos em vitaminas, minerais e outros agentes protectores (ex.: brócolos, couve lombarda, couve roxa, pimentos, cenouras...);
  • Lembre-se que os sumos de fruta naturais devem ser bebidos no momento em que são feitos, caso contrário o seu conteúdo em vitaminas diminui consideravelmente. A ingestão destes sumos não dispensa o consumo de fruta fresca.
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Novos estudos indicam
Já era conhecida a relação entre o consumo de carne vermelha e o cancro do cólon, mas novos estudos revelam agora que a culpa...

Harald zur Haussen, médico alemão de 77 anos, que recebeu o Prémio Nobel da Medicina em 2008, revelou que o cancro do cólon, um assassino em série no mundo rico, poderá ter origem num agente infeccioso. O cientista esteve em Lisboa, na semana passada, para participar na conferência iMed, promovida pelos estudantes de Medicina da Universidade Nova, e sugere que a relação, já demonstrada, entre o consumo de carne vermelha e aquela doença, se deve, afinal, a um agente infeccioso, transportado pela carne mal cozinhada, noticia a revista Visão na sua edição online.

É que pouco mais de 20% dos cancros estão associados a infecções, cabendo nestes casos o cancro do colo do útero, ligado ao Papiloma Vírus Humano (HPV), ou o cancro do fígado, relacionado com a hepatite, ou mesmo o cancro do estômago, cujo risco aumenta em pessoas infectadas com a bactéria Helicobacter pylori.

“A seguir à II Guerra Mundial, houve uma transferência do arroz para a carne vermelha e, em vários pratos, a carne surge mal cozinhada”, nota Harald zur Haussen. “Uma cozedura a 70 graus não mata alguns vírus”, acrescenta. Nos últimos anos, o cientista tem vindo a juntar esta e outras pistas, sobretudo dados epidemiológicos, que suportam a sua tese. É o caso dos estudos que estimam um risco aumentado de cancro do pulmão e da orofaringe nos trabalhadores de talhos. “Será algum agente infeccioso transmissível pelo ar?”, questiona. Para o médico alemão, o culpado até já tem nome: TT. É um tipo de vírus descoberto recentemente, que se replica nas células linfáticas e na medula óssea. “Está presente em praticamente todas as biopsias a cancros do cólon”, sublinha.

O Japão e a Coreia do Sul são dos países em que a incidência do cancro do cólon mais cresce. Por outro lado, na Índia, onde não se come carne de vaca, o risco de cancro colo-rectal é muito baixo.

Habituado a andar contra a corrente, o investigador não levanta o problema sem apresentar uma solução: “No futuro, poderíamos vacinar o gado bovino contra este agente infeccioso. E aí teríamos carne vermelha, sem contra-indicações”.

Ciente da controvérsia e das reticências que a sua teoria levanta, o médico recorda que ainda há pouco tempo ninguém acreditava que existissem carcinogénicos químicos. “O mais importante em Ciência é não aceitar dogmas”.

Novos medicamentos
Novos estudos fazem investigadores acreditarem que os novos medicamentos são capazes de destruir as células cancerígenas.

Durante mais de um século, investigadores ficaram intrigados com a capacidade incrível das células cancerígenas de escapar do sistema imunológico. Eles sabiam que as células eram grotescamente anormais e deveriam ser mortas pelos glóbulos brancos do sangue. No laboratório, em placas de Petri, os glóbulos brancos do sangue atacavam as células cancerígenas. Por que, então, os cancros conseguiam sobreviver no corpo?

A resposta, quando finalmente surgiu há poucos anos, chegou com um bónus: uma forma de impedir a estratégia do cancro. Os cientistas descobriram que os cancros envolvem-se num escudo protector invisível. E descobriram que podem entrar nesse escudo com as drogas certas.

Quando o sistema imunológico fica livre para atacar, os cancros podem encolher, parar de crescer e até mesmo desaparecer nos doentes felizardos com as melhores respostas. Pode não importar que tipo de cancro a pessoa tem. O que importa é permitir que o sistema imunológico faça o seu trabalho.

Até ao momento, os medicamentos foram testados e ajudaram doentes com melanoma, cancro do rim e de pulmão. Em estudos preliminares, também parecem ser eficazes em cancro da mama, do ovário e do cólon, estômago, cabeça e pescoço, mas não no de próstata.

Ainda é cedo, é claro, e restam dúvidas. Por que apenas alguns doentes respondem às novas imunoterapias? Essas respostas podem ser previstas? Assim que repelidos pelo sistema imunológico, por quanto tempo os cancros permanecem sob controlo?

Ainda assim, os investigadores consideram estar a ver o início de uma nova era na medicina do cancro.

Conselhos práticos
Uma alimentação com a ingestão de alimentos com alto teor de gordura pode provocar níveis de coleste
Mulher a comer massa com natas

 

 

 

 

 

 

Estas são algumas sugestões do que pode fazer para reduzir o consumo diário de gordura:

  • Procure ler o rótulo dos alimentos que compra e sempre que a informação nutricional estiver disponível, escolha o produto com menor quantidade de gordura;
  • Reduza a quantidade de gordura que usa para cozinhar, preferindo sempre o azeite a outros tipos de gorduras de adição (ex.: óleos, margarinas, manteiga ou banha);
  • Evite o consumo regular dos seguintes alimentos:

- Rissóis, croquetes, bolinhos ou pastéis de bacalhau, chamuças e outros “salgadinhos”;

- Folhados, quiches, empadas e outras tartes;

- Produtos de pastelaria e confeitaria (ex.: croissants, bolas de Berlim, natas, etc.);

- Produtos de charcutaria e salsicharia (ex.: salsichas, fiambre, chouriço, linguiças, alheiras, paio, chourição, toucinho, etc.);

- Refeições tipo fast-food (ex.: pizzas, hambúrgueres, cachorros quentes, etc.);

- Panados de carne, peixe, queijo ou fiambre;

- Batatas fritas e outros aperitivos;

- Maionese, mostarda, molhos com natas e outros muito gordurosos, etc.

- Caldos concentrados (ex.: galinha, boi, marisco, etc.);

- Patês (ex.: fígado, atum, etc.);

- Bolachas e biscoitos;

- Chocolates, bombons, snacks de chocolate e gorduras para barrar de chocolate;

- Determinados tipos de queijo;

  • Limite a gordura usada para o tempero de alimentos no prato, preferindo sempre o azeite a outros molhos;
  • Evite fritar os alimentos; opte por processos que requerem menor quantidade de gordura (ex.: cozer, grelhar ou estufar). Se assar no forno adicione pouca gordura, preferencialmente azeite e rejeite o molho que fica na assadeira;
  • Retire toda a gordura visível dos alimentos antes de os confeccionar e também no prato;
  • Dê preferência ao peixe e a carnes magras (ex.: aves e coelho, retirando-lhes sempre a pele), em detrimento de carnes de mamíferos ou outras com maior quantidade de gordura. Lembre-se que o peixe ultra congelado, pode ser uma alternativa segura e perfeitamente aceitável como substituto do peixe fresco;
  • Consuma leite e seus derivados com baixo teor de gordura (meio gordo ou magro);
  • Se habitualmente recheia o pão com manteiga ou margarina, use apenas pequenas porções destas gorduras; 

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EPAL
A EPAL encontrou medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios, para além de cafeína na água que abastece Lisboa.

As quantidades de medicamentos e cafeína encontrados na água que abastece Lisboa são residuais e estão longe de constituir um perigo para a saúde. Mas a empresa começou a testar regularmente as nove substâncias detectadas. O objectivo é controlar o efeito que os químicos que consumimos podem ter na nossa saúde quando vão parar à água que bebemos.

A EPAL fez análises para perceber em que níveis de concentração se encontravam os resíduos dos 31 fármacos mais vendidos. As amostras foram recolhidas entre Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012 e o objectivo era analisar até que ponto os antibióticos, anti-inflamatórios, anti-depresssivos e anti-convulsionantes que consumimos vão parar à água que é distribuída pela rede da empresa que abastece 2,9 milhões de habitantes em 34 concelhos da Grande Lisboa.

De todas as substâncias testadas, foram encontradas nove, das quais só cinco estão em concentrações possíveis de quantificar pelos métodos de análise existente. “Encontrámos cafeína, antibióticos e anti-convulsionantes”, explica Maria João Benoliel, responsável pelo laboratório da EPAL, que olha para os resultados com alívio. “Estamos a falar de nanogramas por litro. São quantidades muito pequenas, todas abaixo dos níveis encontrados, por exemplo, em França ou nos Estados Unidos, com excepção para a cafeína que está em valores semelhantes”. Nenhuma das amostras analisadas pela EPAL continha vestígios de hormonas.

A confiança de Maria João Beneloiel na qualidade da água que sai das torneiras abastecidas pela EPAL é muita, mas isso não faz a responsável pelo laboratório ignorar a presença destes compostos. “Os resultados deixaram-nos muito descansados. Mas integrámos na nossa monitorização habitual análises a estes nove compostos que detectámos neste estudo”.

A análise da evolução da presença destes químicos na água vai permitir perceber alterações de concentração e cruzar dados com outro tipo de investigações científicas para perceber que papel podem ter estes resíduos de produtos que ficam na água no desenvolvimento de algumas doenças. Os cientistas querem entender, por exemplo, se o aumento do cancro dos testículos e a diminuição da qualidade do esperma em alguns países pode estar relacionado com a poluição da água com resíduos de produtos como pílulas contraceptivas, shampoos, maquilhagem e produtos de limpeza de pele.

Em relação à água da EPAL, precaução é a palavra de ordem. “Fazemos mais de 400 mil análises a cerca de 10 mil amostras de água por ano. Temos uma preocupação que vai além do que é exigido pelas normas nacionais e comunitárias. Das cerca de 400 substâncias testadas pela empresa só cerca de 100 é obrigatório por lei testar”.

“O objectivo é aumentar os níveis de concentração para detectar substâncias que de outro modo seria impossível encontrar”, explica a responsável da EPAL, que garante ter ao seu dispor tecnologia ao nível da dos melhores laboratórios do mundo.

No leite humano
Resultado de um novo estudo permite explicar por que é que os bebés de mães seropositivas não contraem mais vezes o vírus da...

Cientistas norte-americanos descobriram, no leite materno humano, uma substância que poderá proteger os bebés que são amamentados da infecção pelo vírus da SIDA.

Esta substância natural e inata — uma proteína chamada tenascina-C ou TNC, descoberta nos anos 1980 por um dos co-autores do estudo — já era conhecida por promover a cicatrização das feridas. Mas, até aqui, não tinha sido detectada no leite — e não se lhe conheciam propriedades anti-microbianas.

A amamentação é uma das vias de transmissão do vírus da sida das mães para os seus bebés. Em 2011, segundo as estimativas da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 330 mil crianças no mundo terão sido infectadas pelo VIH durante a vida fetal, à nascença ou pouco depois, incluindo através da amamentação.

Para prevenir esse contágio, utilizam-se medicamentos anti-retrovirais. Mas, para além do seu potencial de toxicidade e do desenvolvimento de estirpes resistentes do VIH que o seu uso pode acarretar, o acesso a estes fármacos é, na realidade, bastante limitado. Nem todas as mulheres grávidas fazem um teste de despistagem do VIH e, nos países com poucos recursos, menos de 60% das grávidas beneficiam de tratamentos preventivos para protegerem os seus bebés.

Um dos objectivos que foram estabelecidos a nível global pelas organizações internacionais de saúde consiste, precisamente, em eliminar a transmissão mãe-filho do VIH. E nesse sentido, começou-se a procurar alternativas terapêuticas seguras e acessíveis que possam substituir os anti-retrovirais.

Sallie Permar, da Universidade Duke (EUA), e colegas, que estavam à procura deste tipo de alternativas aos anti-retrovirais contra a SIDA, decidiram analisar o leite materno. E agora, estes cientistas poderão ter descoberto uma das substâncias responsáveis pelo efeito anti-VIH do leite materno.

“A descoberta do efeito inibidor do VIH desta proteína do leite materno fornece uma possível explicação para o facto de os lactantes nascidos de mães seropositivas não serem infectados mais frequentemente”, diz Barton Haynes, director do Instituto de Vacinas Humanas da mesma universidade. “Também permite pensar que é possível induzir no leite factores inibidores do vírus ainda mais potentes, tais como anticorpos, capazes de proteger totalmente os bebés da infecção pelo VIH.”

Os resultados do estudo foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Encontrado no ADN
Um cientista norte-americano descobriu um relógio biológico, através da análise ao ADN, que permite perceber o processo de...

Através de uma análise ao ADN, Steve Horvath, investigador na Universidade da Califórnia (EUA), conseguiu encontrar uma espécie de relógio biológico, que permite calcular a idade dos tecidos e dos órgãos do corpo humano, abrindo portas à percepção do processo de envelhecimento. “Esta descoberta permitirá intervenções terapêuticas, para repor o relógio e manter-nos jovens”, afirmou o investigador.

E ao perceber este processo, a comunidade científica poderá controlá-lo, abrandá-lo, não numa perspectiva de elixir da juventude, mas para melhorar a saúde e a qualidade de vida.

Steve Horvath percebeu, neste estudo ao ADN, que os tecidos e órgãos do corpo humano não envelhecem ao mesmo ritmo. No caso de uma criança que padecia de um tumor cerebral, por exemplo, Horvath notou que a sua idade biológica era de 80 anos, em números redondos.

Nos casos em que não existam doenças, também se verifica este “mau funcionamento” do relógio biológico, que não faz coincidir o tempo de vida de igual modo, em todos os órgãos.

Nas mulheres, há um envelhecimento mais rápido dos tecidos mamários, comparativamente com o resto do corpo. E se houver um cancro da mama, os tecidos saudáveis que rodeiam o tumor são cerca de 12 anos mais velhos que o resto do corpo dessa doente.

Ao perceber este relógio, Steve Horvath – que analisou mais de 8000 mostras de ADN – acredita ter feito uma “descoberta muito interessante”, no sentido do “desenvolvimento de intervenções terapêuticas para repor o relógio e manter-nos jovens”.

Saiba como
Mais comuns numas pessoas do que noutras, os pelos encravados para além de incómodos, ou dolorosos,
Mulher a mostrar axila e banda de depilação

Este é um problema que pode afectar todas as pessoas e está directamente relacionado com os cuidados que se têm com a depilação e com a pele.

Os pelos encravados são pelos que após serem cortados começam a crescer dentro da pele acabando por causar uma pequena inflamação que poderá vir a tornar-se em algo bastante doloroso se nada se fizer para a remoção dos mesmos.

A zona da pele onde o pelo está encravado fica com algum relevo e de cor avermelhada, causando alguma comichão e irritação. Nesta altura é preciso ter algum cuidado na utilização de métodos de depilação cortantes pois é muito fácil fazer um corte na zona afectada acabando por gerar sangramento.

As zonas mais afectadas são a cara, no caso dos homens e as pernas, virilhas e axilas no caso das mulheres.

Factores que favorecem o seu aparecimento:

  • Fazer a barba ou depilação com uma lâmina usada e em mau estado;
  • Má hidratação da pele;
  • Utilização de roupa justa.

Saiba o que pode fazer para combater os pelos encravados

Apesar de existirem pessoas mais propensas ao aparecimento de pelos encravados, os cuidados com a pele são benéficos a todos e podem evitar o seu aparecimento.

Recorrer a esfoliantes corporais é sempre uma boa maneira de eliminar as células mortas facilitando o crescimento dos pelos. Assim como a utilização diária de cremes hidratantes, que fazem com que a pele fique mais suave.

Quando fizer a barba ou depilação de outras zonas com recurso a uma lâmina, utilize sempre uma espuma própria e faça o corte no sentido de crescimento do pelo. Outra boa forma para evitar os pelos encravados é alternar o método de depilação entre lâmina e cera.

Pode no entanto, como se costuma dizer, eliminar o mal pela raiz. Para isso a depilação a laser é a melhor solução, podendo também ser a mais dispendiosa. Este tipo de depilação consegue eliminar a raiz do pelo após várias sessões, deixando de ter qualquer tipo de problema com pelos encravados no futuro.

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Cuidados com a pele

Pontos negros

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Conheça os termos
Para muitas pessoas a altura de dormir pode não ser significado de descanso pois sofrem de alguns pr
Mulher na cama a dormir

Apneia do sono

É a paragem respiratória durante o sono. Pode ser por obstrução - Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) ou por problemas no Sistema Nervoso Central - Apneia central.

Bruxismo

O bruxismo é um distúrbio caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes (como uma mastigação) durante o período de sono.

Fragmentação do sono

É uma perturbação do sono na qual o indivíduo faz despertares ou micro despertares durante o tempo de sono, não implicando obrigatoriamente que o indivíduo se lembre no dia seguinte dos mesmos pois pode não ter havido tempo para a memorização.

Insónia

A insónia a mais comum desordem do sono e caracteriza-se pela dificuldade em adormecer ou dificuldade em manter o sono. Pode ser dividida em dois tipos: primária e secundária. A primeira não é causada por uma doença física ou mental, nem é consequência da toma de medicação ou substâncias como o álcool e drogas. A insónia secundária pode resultar da dor causada por uma doença reumática. A ansiedade e a depressão podem estar também na base da insónia secundária.

Narcolepsia

A narcolepsia é uma patologia rara e caracteriza-se por uma tendência anormal para adormecer durante o dia nas situações mais impróprias. Apresenta sintomas como paralisia durante o sono, perda súbita do tono muscular em resposta a determinadas emoções e alucinações ao adormecer.

Roncopatia

Vulgarmente conhecida por “ressonar”, é o barulho mais ou menos intenso que o homem ou a mulher fazem durante o sono. É considerado um sinal de alarme e obriga ao despiste de doenças que poderão contribuir para esta situação.

Síndroma da fase retardada 

Também conhecida como desajuste dos ritmos circadianos ou circadiários, diz respeito a uma perturbação do relógio biológico sendo o principal sintoma adormecer muito tarde.

Síndroma das pernas inquietas

O síndroma das pernas inquietas é uma doença neurológica que se caracteriza pela dificuldade em adormecer e impressões estranhas nas pernas que só são aliviadas depois de as mexer.

Sonambulismo

O sonambulismo ocorre sobretudo na infância e caracteriza-se pelo falar e sentar ou também por andar pelo quarto e até mesmo pela casa. Normalmente não necessita de tratamento, pois tende a desaparecer com o crescimento.

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O sono e as doenças cardiovasculares

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Saiba como
Para muitas pessoas inscrever-se num ginásio é o primeiro passo a dar quando sentem que há alguma co
Homem a fazer abdominais ao ar livre

O que realmente importa quando se quer manter ou recuperar a boa forma física é o compromisso que se assume em cumprir as metas. O sítio ou os meios que se utilizam para atingir os objectivos podem não ser o mais importante.

Sem dúvida que os ginásios são uma grande ajuda para manter a forma, pois dispõem de uma enorme quantidade e variedade de equipamentos e aulas específicas para as necessidades de cada um. Porém podem existir alguns factores de impedimento em frequentar um ginásio. As mensalidades ou o simples facto de não gostar de frequentar ginásios são exemplo disso. É aqui que temos de colocar as desculpas de lado e arranjar alternativas e outras soluções.

A prática de pelo menos 30 minutos diários de exercício, 2 a 3 vezes por semana, é o ideal para obter resultados concretos.

Seguem-se algumas dicas do que pode fazer para ficar em forma sem ir ao ginásio:

Correr

Como todos sabemos correr é saudável. Tudo o que precisa é de um par de ténis e roupa confortável para este efeito. Excelente para queimar calorias e para o sistema cardiorespiratório. Se está a começar tenha calma e não queira logo manter um ritmo de alta intensidade. O importante nesta fase, independentemente do ritmo, é completar o seu treino.

Andar de bicicleta

Andar de bicicleta exercita as pernas, abdómen e aumenta a capacidade aeróbica. Pode optar por passeios ou adoptar a bicicleta como um meio de transporte alternativo no seu dia-a-dia. Cada vez mais existem ciclovias que permitem circular de bicicleta dentro das cidades em maior segurança. Tenha cautela com os carros e utilize protecções adequadas.

Passear a pé

Aproveite para passear a pé, seja sozinho, com a família ou até mesmo com o seu cão. Este é um tipo de exercício que não é dispendioso e é acessível a todos. Comece a deixar mais vezes o carro parado quando tiver pequenos percursos para fazer e vá a pé. O seu organismo agradece.

Nadar

Nadar é um dos desportos mais completos e com baixo índice de lesões. Pode optar por piscinas ou, em épocas de mais calor, pelo mar. Neste último caso tenha em atenção a sua segurança e as condições do mar. Escolha praias sem corrente e ondulação e nade apenas em sentido paralelo à costa sem se afastar.

Saltar à corda

Simples e eficaz, é assim que se pode definir esta actividade. Sem custo significativo este é um tipo de exercício que trabalha pernas, barriga e braços e uma ajuda para queimar calorias. No entanto deve ter algum cuidado com o impacto causado nas articulações.

Exercícios em casa

Também bastante simples e sem nenhum investimento sem ser o seu compromisso. Organize um plano de treino composto por flexões, abdominais, elevações, agachamentos etc. Vá intercalando as séries estabelecidas por si com os diferentes tipos de exercícios.

Desporto colectivo

Pode optar por futebol, basquete, ténis ou outro desporto qualquer que lhe agrade mais. Aqui haverá sempre alguém a puxar por si e, como normalmente são sempre pessoas amigas, é uma excelente oportunidade de praticar desporto e também de convívio, o que será uma ajuda para aliviar o stress de um dia de trabalho.

Dançar

Uma forma divertida de se manter em forma. Escolha o tipo de dança que mais gosta e divirta-se a fazer exercício. Também uma excelente forma de manter a sua vida social activa e elevar a sua autoestima.

Utilizar as escadas

Esta é uma boa maneira de naturalmente contribuir para o seu bem-estar. Opte por utilizar as escadas em vez do elevador. Sem grande esforço poderá estar a prevenir algumas doenças provenientes da inexistência de qualquer tipo de actividade física no seu dia-a-dia.

Vídeos e consolas de jogos

Seja através da aquisição de DVD’s ou pesquisando na internet por vídeos com tutoriais de exercícios, esta é uma maneira simples e prática de comodamente poder praticar exercício sem sair de casa. Outra opção, para quem tem e utiliza consolas, são os jogos desenvolvidos apenas para este fim. Com gráficos e níveis de interacção bastante desenvolvidos, este tipo de jogos vão exigir bastante do seu físico ao mesmo tempo que proporcionam entretenimento.

Praticar sexo

Pode parecer brincadeira, mas a verdade é que é uma excelente opção. Não só proporciona boa disposição física e mental como também queima bastantes calorias. O seu físico e a sua autoestima estarão sempre em forma.

Tarefas domésticas

Por muito aborrecidas que possam parecer, a verdade é que este tipo de tarefas também ajudam a queimar calorias e a combater a inactividade. Arrumar a casa, lavar a loiça ou fazer jardinagem são tudo tarefas que promovem a actividade e podem ser combinadas com outro tipo de exercícios já nomeados anteriormente.

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Estudo indica:
A exposição a edredões e almofadas de penas foi identificada como uma das principais causas da fibrose pulmonar idiopática num...

O Hospital Vall d'Hebron informou que os seus investigadores conduziram, entre 2004 e 2011, um estudo clínico em 60 doentes e descobriram que, em metade dos casos, uma das principais causas da doença é a exposição a edredões e almofadas de penas.

Também a exposição a aves e fungos, em quantidades mínimas, mas constantes pode influenciar o desenvolvimento da doença.

O estudo, que já foi publicado na revista científica The Lancet Respiratory Medicine, “altera radicalmente” a abordagem que se deve adoptar no estudo da doença uma vez que, segundo o hospital, para determinar as causas da fibrose pulmonar idiopática, o pneumologista deve fazer um historial médico muito detalhado.

No estudo deverão passar a incluir-se visitas ao domicílio dos doentes ou ao local de trabalho para tentar descobrir possíveis fontes antigénicas e fazer medições das quantidades de fungos, penas e isocianatos (substancias químicas potencialmente irritantes para pele e olhos), entre outras.

A fibrose pulmonar idiopática é uma doença reconhecida desde 1940, em que os dois pulmões perdem progressivamente elasticidade, dificultando a inspiração e levando à perda gradual da capacidade respiratória.

O transplante pulmonar é a solução para os pacientes mais graves. No ano passado, o hospital Vall d'Hebron realizou 66 transplantes de pulmões, números que o colocam entre os primeiros centros mundiais nesta área.

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Saiba quais os principais cuidados que deve ter com os medicamentos.
Medicamentos

 

O Medicamento de Uso Humano está sujeito a padrões de qualidade, segurança e eficácia, alicerçados na actuação conjunta dos responsáveis pela sua colocação no mercado, das autoridades competentes nacionais e comunitárias. Deve fazer-se um bom uso dos medicamentos, para que os efeitos que devem produzir sejam cumpridos e evitar potenciar os efeitos secundários ou outros efeitos nocivos.

 

Informar o médico e o farmacêutico sobre:

Todos os medicamentos que está a tomar, receitados ou não;

Os medicamentos que lhe tenham causado problemas/alergia;

Os medicamentos receitados que não tomou e qual a razão;

Efeitos adversos causados pelos medicamentos.

Conhecer bem os medicamentos que toma:

Antes de começar o tratamento ler com atenção as indicações no folheto informativo;

Seguir com rigor as instruções sobre a toma ou aplicação dos medicamentos;

Esclarecer as dúvidas com o médico ou farmacêutico.

Seguir rigorosamente o tratamento:

Tomar os medicamentos nas doses e nos horários recomendados.

Não deve alterar as doses receitadas;

Cumprir o tratamento durante o tempo recomendado;

Tomar os medicamentos com um copo de água e nunca na posição de deitado;

Não beber bebidas alcoólicas durante o tratamento;

Pedir ao farmacêutico para escrever na caixa o modo como devem ser tomados os medicamentos (número de vezes por dia, horas das tomas, antes ou depois das refeições, etc.);

Os medicamento de preparação extemporânea (exemplo dos antibióticos para crianças) devem ser agitados antes de tomar, assim como aqueles que têm essa indicação no rótulo.

Em caso de viagem:

Levar na bagagem de mão os medicamentos a tomar quando viajar de avião;

Se viajar de automóvel ter em atenção as condições de armazenamento.

Separar os medicamentos destinados às crianças:

Às crianças dar somente os medicamentos que lhes foram receitados;

Não dar às crianças medicamentos para adultos, mesmo em doses reduzidas, salvo por indicação médica.

Auxiliar os idosos no tratamento:

Nas doses e horas das tomas;

Nos cuidados especiais e identificação das queixas relacionadas com o tratamento, etc.

Tomar só medicamentos receitados pelo médico ou aconselhados pelo farmacêutico:

O mesmo sintoma não significa a mesma doença, por isso não tomar medicamentos aconselhados por vizinhos, amigos, colegas ou familiares;

Grávidas, mães a amamentar ou doentes crónicos devem tomar somente os medicamentos receitados pelo médico ou aconselhados pelo farmacêutico.

Não utilizar medicamentos que sobraram:

De aplicação nos olhos, já que depois de abertos têm validade muito curta;

Receitados pelo médico para outra doença anterior;

Com prazo de validade ultrapassado ou sem o prazo inscrito na embalagem;

Com sinais de alteração (exemplo, cor, cheiro, etc.);

Depositar os restos dos medicamentos em contentores próprios nas farmácias e não os deitar no lixo.

Informar-se com o seu médico ou farmacêutico sobre:

Doses, horários das tomas, duração do tratamento e o que fazer se houver esquecimento de uma toma;

Interacções com outros medicamentos, alimentos e bebidas alcoólicas;

Reacções adversas esperadas e como as evitar;

Possibilidade de condução de veículos e exposição ao sol;

A ingestão ocasional de uma dose exagerada ou troca de medicamento.

Manter os medicamentos bem arrumados:

Guardar os medicamentos num armário, fechado, longe do alcance das crianças e animais e o ao abrigo da humidade (nunca na casa de banho ou cozinha);

Manter os medicamentos na embalagem de compra e com o folheto informativo, uma vez que pode haver perigo de engano no medicamento a tomar:

Separar os medicamentos para um mal-estar ocasional, dos receitados pelo médico;

Colocar na porta do frigorífico os que devem ser guardados no frio (exemplo: insulina, antibióticos preparados);

Verificar periodicamente o prazo de validade, não guardar os de prazo ultrapassado;

Rolhar bem os frascos e mantê-los com o rótulo.

Medicamentos sem receita médica:

Os medicamentos que não forem receitados pelo médico devem ser tomados por curtos períodos de tempo;

Se não verificar melhoras, deve consultar o médico;

Bebés, grávidas e mulheres a amamentar não devem tomar medicamentos sem receita médica;

Não tomar ao mesmo tempo medicamentos receitados e outros sem receita médica, sem conhecimento do médico ou farmacêutico.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
O que são, como usá-los e com que cuidados
Os antibióticos estão entre os medicamentos mais importantes e poderosos de que dispomos.
Antibióticos

Os antibióticos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que têm a capacidade de impedir a multiplicação de bactérias ou de as destruir, sem ter efeitos tóxicos para o homem. Dito de forma mais simples, os antibióticos são medicamentos que destroem ou impedem a multiplicação de bactérias e por isso curam infecções. No entanto, os antibióticos são totalmente ineficazes contra os vírus. Da mesma forma que cada antibiótico só actua sobre um certo tipo de bactérias, deixando outras intactas. É por essa razão que só o médico deve escolher o antibiótico adequado aos sintomas e à gravidade da infecção. Por exemplo: uma otite pode precisar de um antibiótico diferente de uma pneumonia, de anginas ou de uma infecção urinária, etc.

As principais fontes de antibióticos usados hoje em clínica são produtos naturais: fungos (Penicillium produtor de Penicilina) ou bactérias. No entanto, há já alguns anos, existem antibióticos totalmente sintéticos (como as sulfamidas). Assim, aplica-se o termo “antimicrobiano” quando nos referimos a todas as substâncias químicas com actividade sobre os diferentes microrganismos: antibióticos ou antibacterianos (quando actuam em bactérias). Já a designação “antiviral” aplica-se a medicamentos que actuam em vírus, “antifúngicos” quando actuam em fungos e “antiparasitários” quando actuam em parasitas.

Apesar de os antibióticos não provocarem efeitos secundários graves, eles só devem ser tomados quando forem indispensáveis. Além disso, para que sejam realmente eficazes devem ser tomados exactamente conforme as instruções do médico. Ou seja, com o mesmo intervalo de horas até ao fim do tratamento. Se o intervalo for aumentado ou parar a terapêutica antes do tempo poderá acontecer uma recaída, sendo necessário repetir o tratamento. O número de horas entre duas tomas varia conforme o antibiótico e pode ser de 6, 8, 12 ou 24 horas.

Resistência das bactérias
A resistência aos antibióticos ocorre quando estes perdem a capacidade de controlar o crescimento ou morte bacteriana. Ou seja, é a forma que as bactérias encontram para neutralizar o efeito do antibiótico. Assim, uma bactéria é considerada resistente a determinado antibiótico quando continua a multiplicar-se na presença de níveis terapêuticos desse antibiótico.

É, por isso, importante o uso correcto destes medicamentos, pois o seu mau uso e abuso provocam que deixem de funcionar. Isto é, deixam de ter efeito, uma vez que as bactérias se tornam resistentes. É importante perceber que são as bactérias e não as pessoas, que se tornam resistentes aos antibióticos.

Isto acontece porque as bactérias são "inteligentes" e estão constantemente a evoluir e a adaptar-se ao ambiente para sobreviver. Há bactérias que são naturalmente resistentes aos antibióticos, pois adaptaram-se para sobreviver na sua presença, desenvolvendo os mecanismos necessários para tal. Os mecanismos de resistência são hereditários, isto é, uma bactéria transmite à sua descendência a resistência aos antibióticos, mas pode ainda transmiti-lo às bactérias circundantes que coabitam com a bactéria resistente. É desta forma que as bactérias que vivem no corpo humano sem nos causar problemas se tornam resistentes. Um problema que existe é que os antibióticos não diferenciam entre as bactérias que coabitam connosco (comensais) e as bactérias agressivas (as patogénicas, que causam as infecções).

Por isso quando os antibióticos não são utilizados correctamente algumas bactérias podem morrer, mas as bactérias mais resistentes sobrevivem e multiplicam-se.

Logo, perante bactérias resistentes, as infecções podem tornar-se mais difíceis de tratar, o que significa que os antibióticos podem deixar de ser eficazes quando realmente precisarmos deles.

Portanto, as dores de garganta ou as constipações não devem tratadas com antibióticos pois estes fármacos não destroem os vírus – agentes que habitualmente provocam as gripes e constipações.

“O principal factor favorecedor da resistência aos antibióticos e que se relaciona directamente com os nossos hábitos terapêuticos, do qual temos que tomar consciência, é a pressão de selecção exercida pelo uso intensivo, muitas vezes excessivo, da antibioterapia. Os antibióticos, por vezes, são vendidos sem prescrição médica e, frequentemente, os doentes tomam antibióticos desnecessariamente, nomeadamente para tratamento de doenças virais (gripe)”, explica o portal do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Diferentes tipos de antibióticos
Há centenas de antibióticos, alguns dos quais são apenas utilizados a nível hospitalar, estando a maior parte incluídos em oito grandes grupos.

São classificados de acordo com a sua estrutura química de base. Os constituintes de cada grupo de antibióticos surge da adição ou substituição de radicais à estrutura base, com o objectivo de aperfeiçoar as suas propriedades antibacterianas e farmacológicas.

Os principais grupos de antibióticos são:

- penicilinas, inibidores de beta-lactamase, cefalosporinas;

- monobactâmicos;

- carbapenemes;

- glicopeptídeos,

- macrólidos e lincosaminas;

- tetraciclinas;

- quinolonas e fluoroquinolonas;

- aminoglicosídeos;

- outros antibacterianos (exemplo: sulfonamidas, cloranfenicol, rifamicinas, linezolide, metronidazol, fosfomicina).

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Estudo
Alguns tipos de actividade física podem melhorar, ou pelo menos proteger, a fertilidade masculina, aumentando as hipóteses de...

No estudo, homens que faziam exercícios ao ar livre ou musculação apresentaram uma maior concentração de espermatozóides no sémen do que aqueles que não praticavam essas actividades.

A contagem de esperma é uma medida da quantidade de espermatozóides por mililitro de sémen. Quando esse número é superior a 39 milhões, considera-se que o homem é saudável; abaixo dos 15 milhões, que ele tem baixa contagem (oligospermia); e, menos do que 10 milhões, que é infértil.

No estudo, feito entre 2008 e 2012, 137 homens responderam a questionários sobre prática de actividade física e submeteram-se a recolhas de amostras de sémen. Os cientistas descobriram que os voluntários que praticavam pelo menos sete horas semanais de qualquer exercício de intensidade moderada a vigorosa tinham uma contagem de esperma 48% maior do que aqueles que se exercitavam menos do que uma hora por semana.

Certos tipos de actividade parecem ser mais benéficos à fertilidade masculina do que outros. Os participantes que faziam pelo menos hora e meia de exercícios ao ar livre, por exemplo, apresentaram uma contagem de esperma 42% maior do que os que praticavam actividades físicas em ambientes fechados. A exposição ao sol, acreditam os especialistas, pode contribuir de alguma forma para a fertilidade masculina, pois ajuda a aumentar os níveis de vitamina D no organismo.

Segundo o estudo, o benefício dos exercícios ao ar livre vale para todas as modalidades desportivas, excepto para o ciclismo. Os investigadores descobriram que os voluntários que pedalavam durante hora e meia ou mais por semana tinham uma concentração de espermatozoides 34% menor do que os outros. O aumento da temperatura na região genital quando o homem está sentado em uma bicicleta pode ajudar a explicar esse dado.

Outro tipo de actividade física que parece contribuir para a fertilidade é a musculação. O estudo indicou que participantes que praticavam musculação mais do que duas horas por semana tinham, em média, uma contagem de esperma 25% maior do que aqueles que não praticavam.

Fique a saber
A dor é o motivo mais frequente pelo qual o doente consulta o profissional de saúde.
Mulher a segurar em medicamentos

O sucesso de um tratamento para a dor é avaliado pelo bem-estar do doente e isso depende de muitos factores. Certo é que a dor é uma sensação subjectiva e o médico não pode, objectivamente, registá-la segundo instrumentos de medida semelhantes àqueles com que mede a tensão arterial, a pulsação e a temperatura. Por isso, embora existam escalas de dor utilizadas para tornar a dor mensurável e reconhecível pelo médico, a percepção pessoal do doente tem o papel principal no episódio da medição.

O objectivo principal da terapêutica da dor é a supressão da dor ou, se tal for impossível, iniciar o tratamento suficientemente cedo para prevenir o desenvolvimento da denominada “memória da dor”. A designação “memória da dor” descreve o fenómeno da persistência da dor apesar de a lesão já estar curada.

Devido à sua complexidade, a dor requer abordagens diferenciadas, dividindo-se em dois grandes grupos: a farmacologia (medicamentos) e a não farmacológica.

Técnicas farmacológicas

As técnicas farmacológicas mais conservadoras envolvem, fundamentalmente, a utilização de fármacos analgésicos e adjuvantes. Os analgésicos podem ser opióides (morfina, por exemplo, e codeína) e não opióides (os anti-inflamatórios não esteróides e os antipiréticos, como o paracetamol).

Os fármacos adjuvantes, de enorme importância no controlo da dor crónica, são medicamentos que, não sendo verdadeiros analgésicos, contribuem para o alívio da dor, potenciando os analgésicos nos vários factores que podem agravar o quadro álgico. São exemplo, entre outros, os antidepressivos, os ansiolíticos, os anticonvulsivantes, os corticosteróides, os relaxantes musculares e os anti-histamínicos.

Existem também métodos farmacológicos invasivos, que envolvem a utilização de anestésicos locais e agentes neurolíticos para a execução de bloqueios nervosos, com a intenção de provocar interrupção da transmissão dolorosa. São também considerados invasivos os métodos de administração de opióides, anestésicos locais e corticóides, por via espinhal. Finalmente, existem também técnicas neurocirúgicas e algumas técnicas de neuroestimulação (algumas das quais realizadas por via percutânea).

Técnicas não farmacológicas

Compreendem, entre outras, a reeducação do doente, a estimulação eléctrica transcutânea, as técnicas de relaxamento e biofeedback, a abordagem cognitivo-comportamental, as psicoterapias psicodinâmicas, as estratégias de coping e de redução do stress, os tratamentos pela medicina física (fisioterapia) e o exercício físico activo e passivo. Podem também ser usadas técnicas de terapia ocupacional e técnicas de reorientação ocupacional e vocacional.

Auto-ajuda no controlo da dor

A actuação e a intervenção dos profissionais de saúde que integram as equipas multidisciplinares são fundamentais nesta matéria, pois podem ensinar o doente a colaborar de forma esclarecida e adequada no controlo da dor.

O ensino dos doentes abrange as áreas seguintes:

Auto-avaliação da dor

O doente deve estar capacitado para ter em conta:

  • A localização da dor e da área ou áreas afectadas pela dor;
  • A identificação das limitações funcionais ou necessidades vitais afectadas, como o sono, repouso, exercício, alimentação, actividade sexual, actividades sociais ou outras;
  • A caracterização da dor quanto ao seu tipo, carácter e intensidade, através de escalas de avaliação;
  • A medicação que toma ou outras terapêuticas para a redução da dor e os resultados obtidos com as mesmas.

Formas de autocontrolo dos estímulos desencadeantes da dor e dos sintomas

  • Controlo de possíveis estímulos desencadeantes, como a mobilização, a compressão e a comunicação oral;
  • Controlo dos sintomas que podem diminuir a tolerância à dor relacionados com a própria doença e/ou com a medicação anti-álgica, como astenia, anorexia, náuseas e vómitos, obstipação, labilidade emocional (ou instabilidade afectiva é um estado especial em que se produz a mudança rápida do humor ou estado de ânimo, sempre acompanhada de extraordinária intensidade afectiva) e depressão.

Medicação anti-álgica

  • Persuadir o doente a colaborar na implementação terapêutica e a cumpri-la;
  • Envolver os familiares no cumprimento das regras de administração dos medicamentos;
  • Desmistificar a utilização de opióides, particularmente da morfina;
  • Incutir no espírito do doente e dos familiares confiança na medicação, prevenindo expectativas irrealistas.

Auto-controlo da dor

Seja para diminuir a intensidade da dor ou o aumento da tolerância, as acções nesta área prendem-se, sobretudo, com o ensino de técnicas não farmacológicas de apoio, passíveis de serem realizadas pelo próprio doente. As técnicas de autocontrolo da dor podem ser de tipo comportamental e de tipo cognitivo.

  • Técnicas comportamentais

  1. O relaxamento, pelos seus efeitos directos na tensão da musculatura – ao diminuir a hiperactividade muscular -, decresce, também, o agravamento e manutenção da dor;
  2. Programação de actividades - ao diminuir progressivamente as actividades, aumenta a fixação nas sensações físicas e na exacerbação da dor, o que leva a sentimentos de desespero e perda da autonomia. O planeamento de actividades e o seu envolvimento promovem o sentimento de que é capaz e de que pode controlar a sua vida;
  3. O registo da dor e de actividades – consiste no registo das tarefas que realiza e dos sentimentos e pensamentos associados à realização dessas tarefas, de acordo com uma tabela predefinida, a qual deverá incluir também o registo da intensidade da dor. Os dados registados serão analisados com o psicólogo e trabalhadas as cognições e os sentimentos inadequados.
  • Técnicas cognitivas

  1. Distracção ou atenção dirigida – focar a atenção em algo que não seja a sua dor, como por exemplo ouvir música, ver televisão, ler. Este método pode reduzir a intensidade dolorosa ou aumentar a resistência à dor, tornando-a menos incómoda;
  2. Estratégias de conforto - destinam-se a alterar as circunstâncias negativas relacionadas com a dor, reduzindo os seus efeitos nocivos. As mais utilizadas são a auto-instrução (auto-afirmações positivas perante pensamentos negativos); a testagem da realidade (procura de evidências empíricas para os seus pensamentos); a pesquisa de alternativas (procura de todas as alternativas possíveis e não apenas as negativas); e a descatastrofização;
  3. Reestruturação cognitiva – vai além do debate lógico e do empírico. Consiste, também, no treino, ensaio e repetição de formas alternativas de discurso interno, de forma a conseguir substituir as cognições irracionais ou distorcidas associadas à dor por pensamentos mais relativistas, adaptados, funcionais e realistas.

Tratamento da dor aguda - peri-operatória ou pós-traumática?

Os avanços da fisiopatologia, da farmacologia dos analgésicos e das ciências da saúde em geral permitem que seja possível aliviar, na grande maioria dos casos, a dor no período peri-operatório ou resultante de traumatismos.

Normalmente, é definido, pelo médico anestesista, um plano integrado que abrange o tipo de cirurgia, a gravidade esperada de dor pós-operatória, as condições médicas subjacentes (como, por exemplo, a existência de doença respiratória ou cardíaca e alergias), a relação riscos/benefícios das técnicas disponíveis e as preferências e/ou experiências anteriores do doente relativamente à Dor.

No caso da dor peri-operatória, a técnica de controlo mais eficaz é a analgesia, seja administrada por métodos convencionais ou não convencionais (como a PCA – analgesia controlada pelo doente -, ou a epidural - analgesia espinhal), conjugada com a utilização de fármacos como os opióides e os anti-inflamatórios.

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Induzidas pelo exercício físico
A alergia física é uma doença em que os sintomas alérgicos aparecem como resposta a um estímulo físi
Alergias exercício físico

As reacções alérgicas, também chamadas reacções de hipersensibilidade, são reacções do sistema imunitário em que o tecido corporal normal fica lesado. O mecanismo pelo qual o sistema imunitário defende o corpo é semelhante àquele que produz uma reacção de hipersensibilidade que pode prejudicá-lo.

O ardor, as manchas na pele e a urticária são os sintomas mais comuns da alergia física. Por outro lado, uma reacção forte à luz solar (fotossensibilidade) pode causar urticária e manchas inabituais na pele.

As pessoas especialmente sensíveis ao calor podem contrair uma doença chamada urticária colinérgica: pequenas zonas de urticária que picam intensamente, rodeadas por um anel de pele avermelhada. Este tipo de urticária surge em virtude das actividades que provocam sudação. O contrário pode também suceder, e as pessoas particularmente sensíveis ao frio podem apresentar urticária, inflamação da pele, asma, rinorreia e congestão nasal quando se expõem ao frio.

Os problemas respiratórios também são comuns e as nalgumas pessoas o exercício físico pode provocar um episódio de asma ou uma reacção anafiláctica aguda. Ou seja, a asma induzida pela actividade física costuma afectar as pessoas que normalmente têm asma, porém noutros casos a asma só se manifesta com o exercício. Experimenta-se uma sensação de pressão no peito, associada com arquejo e dificuldades respiratórias após 5 ou 10 minutos de exercício físico intenso, geralmente depois de terminar o exercício. A asma induzida pelo exercício físico costuma aparecer com maior facilidade quando o ar está frio e seco.

Uma doença muito mais rara é a anafilaxia induzida pelo exercício, que pode ocorrer após uma actividade física intensa. Algumas pessoas sofrem dela apenas quando ingerem um alimento específico antes de efectuar a referida actividade física.

Tratamento
A melhor forma de enfrentar uma alergia física é preveni-la, evitando o que tende a causá-la. As pessoas muito sensíveis à luz solar deverão usar cremes protectores e evitar ao máximo a exposição ao sol.

Nos casos de asma induzida pelo exercício físico, o objectivo do tratamento é tornar possível o exercício sem que surjam sintomas. Em geral, tal pode conseguir-se inalando um fármaco beta-adrenérgico cerca de 15 minutos antes de começar os exercícios.

Para os indivíduos que têm asma controlar a sua doença pode ajudar a evitar a forma induzida pelo exercício. Por outro lado, aqueles que sofrem de anafilaxia desencadeada pelo exercício físico, deveriam evitá-lo ou então eliminar o alimento que determina os sintomas quando combinado com aquele exercício. Algumas pessoas descobrem que o facto de aumentar pouco a pouco o grau e a duração da actividade física lhes permite tolerá-la mais.

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Conheça:
Aborto define-se como a interrupção de uma gravidez.
Mulher a chorar

 

 

O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente, quer por indução.

 

 

 

Tipos de Aborto

Aborto Espontâneo

Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários factores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se verifique.

Aborto Induzido

O aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez.

Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher. É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação em vigor. (legislação). Quando feito precocemente por médicos experientes e em condições adequadas apresenta um elevadíssimo nível de segurança.

Aborto Ilegal

O aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que não estão oficialmente reconhecidos para o efeito.

O aborto ilegal e inseguro constitui uma importante causa de mortalidade e de morbilidade maternas. O aborto clandestino é um problema de saúde pública.

Complicações

Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos existentes.

Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias, as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico, as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações, muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto mais tardio.

Não há evidência de que um aborto sem complicações tenha implicações na fertilidade da mulher, provoque resultados adversos em gravidezes subsequentes ou afecte a sua saúde mental.

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Fonte: 
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Mutação genética acelera declínio cerebral
Uma rara mutação genética associada à doença de Alzheimer foi descoberta como sendo responsável pelo aceleramento da perda de...

Pessoas com a variante genética TREM2 perderam tecido cerebral duas vezes mais depressa do que pessoas saudáveis mais velhas, de acordo com a investigação publicada no New England Journal of Medicine.

“Este é o primeiro estudo com exames cerebrais para mostrar o que as variações genéticas fazem e é muito surpreendente”, afirmou o co-autor Paul Thompson, da Universidade do Sul da Califórnia. “Este gene acelera a perda cerebral de uma forma terrível”, acrescentou.

Thompson e os colegas fizeram exames de imagens de ressonâncias magnéticas em 478 adultos, com uma média etária de 76 anos, ao longo de dois anos.

Descobriram que os portadores de mudanças genéticas perdem 1,4 a 3,3% mais de tecido cerebral do que os não portadores e que a deterioração ocorre duas vezes mais depressa.

O tecido cerebral perdido estava concentrado nas zonas de memória central do cérebro, incluindo o lóbulo temporal e o hipocampus.

Continuam por comprovar
Organização Mundial de Saúde alertou em 2011 que uso de telemóveis poderia ser cancerígeno. No entanto, os efeitos nefastos...

A exposição às ondas electromagnéticas emitidas por telemóveis e outros aparelhos podem causar alterações biológicas no organismo, mas os dados científicos disponíveis não mostram “efeitos comprovados” sobre a saúde, concluiu a agência sanitária francesa (Anses).

Segundo um relatório publicado e baseado em mais de 300 estudos científicos divulgados a nível internacional desde 2009, “não existem provas de efeitos sobre a saúde” devido à exposição às ondas electromagnéticas dos telemóveis e outros aparelhos, mas sim “indícios de efeitos biológicos diversificados”.

O estudo ressalva que um efeito biológico é uma modificação do organismo sem ser necessariamente uma doença e aponta como exemplos de efeitos biológicos comuns a dilatação das pupilas com a luz ou a mudança de cor da pele após a exposição ao sol.

No caso da exposição às ondas electromagnéticas, os efeitos biológicos constatados em humanos e animais estão relacionados com as capacidades cognitivas, perturbações do sono e fertilidade masculina.

A agência indica que não conseguiu “estabelecer uma relação de causalidade entre os efeitos biológicos descritos sobre homens e animais e eventuais efeitos sobre a saúde”.

O relatório sublinha que continua também por demonstrar a relação de causalidade entre a exposição intensiva a estas ondas e um risco acrescido de tumores cerebrais, uma hipótese sustentada por alguns estudos publicados desde 2009.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha alertado em Maio de 2011 que o uso de telefones portáteis deveria ser considerado como “potencialmente cancerígeno para o homem”.

Apesar de os efeitos sobre a saúde não estarem comprovados, a Anses recomenda a redução da exposição às ondas, em particular dos telemóveis, sobretudo por crianças e utilizadores intensivos.

As dúvidas sobre os efeitos na saúde destas ondas avolumam-se com a disseminação em larga escala das tecnologias sem fios, nomeadamente com a chegada da 4G.

As novas tecnologias são susceptíveis de aumentar a exposição da população geral, através das novas antenas, ou dos utilizadores, através dos novos equipamentos (smartphones, tabletes, etc.). Para Dominique Gombert, director de avaliação de riscos da Anses, um utilizador é considerado intensivo a partir de 40 minutos de utilização quotidiana.

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