Malo Clinic
As facetas dentárias são cada vez populares devido à sua versatilidade e simplicidade, sendo uma alt

A exigência em alcançar um sorriso perfeito e natural tem vindo a aumentar porque a estética cada vez mais assume uma importância primordial para os pacientes, estando associada não só ao êxito social como profissional.

Ao contrário das coroas, que revestem todo o dente, as facetas são "capas finas” colocadas sobre a superfície externa e visível do dente. Este tipo de tratamento é vantajoso no sentido em que é simples, confortável e apenas requer um número reduzido de consultas para a sua colocação, podendo dentro de certos limites além de alterar a cor e estética, melhorar também a posição dos dentes.

As facetas tornaram-se populares por várias razões. Geralmente são colocadas nos dentes anteriores esteticamente comprometidos, quando é necessário corrigir pigmentações severas (não solucionadas através do branqueamento dentário), alterações de posição e forma, malformações e fraturas dentárias. Podem também ser usadas para o encerramento de espaços existentes entre os dentes (diastemas).

Existem dois tipos de facetas: cerâmica e compósito.

As facetas de cerâmica são "capas” muito finas de cerâmica realizadas em laboratório sendo necessárias algumas consultas até à sua colocação final. A cerâmica confere-lhes elevada durabilidade, resistência e uma aparência natural. Apresentam uma elevada estabilidade de cor ao longo de tempo comparativamente às facetas de compósito.

As facetas de compósito podem ser colocadas em apenas uma consulta, tendo como vantagem a rapidez do tratamento, custo acessível, fácil reparação e boa estética. No entanto, tendem a pigmentar mais facilmente, bem como permitem uma maior infiltração marginal que conduz a uma perda de resistência e durabilidade necessitando assim um controlo mais frequente para reparação ou substituição.

Para a colocação das facetas geralmente é necessária a remoção de uma pequena quantidade de esmalte de forma a tornar o dente restaurado o mais semelhante possível aos dentes naturais, permitindo simular a translucidez e dimensão que lhes é característica. Para a sua realização, idealmente os dentes devem estar saudáveis, sem presença de lesões de cárie ativas.

As indicações das facetas dentárias estão, no entanto em alguns casos mais extremos, limitadas a alguns aspectos, tais como mordida desfavorável, bruxismo (ranger os dentes) e hábitos parafuncionais (roer unhas, morder lápis, …) uma vez que devido à sua reduzida espessura podem lascar ou fraturar.

Este tratamento constitui uma técnica conservadora devido à redução mínima da estrutura dentária necessária durante a preparação. Apresenta ainda uma enorme variedade de aplicações permitindo alcançar ótimos resultados estéticos num curto período de tempo.

Na maior parte dos casos não é necessário nenhum cuidado especial para além de uma correta e frequente higiene oral bem como as consultas de controlo habituais.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde de A-Z não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Totalidade dos hospitais do Centro adere
A totalidade dos hospitais da região Centro adere à compra agregada de medicamentos, permitindo a “redução de custos, a...

Uma nota de imprensa da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro explica que o projecto, iniciado em Fevereiro de 2013, é agora alargado a um “maior número de medicamentos, de fornecedores de medicamentos e à totalidade das unidades hospitalares da Região Centro”.

Os centros hospitalares Universitário de Coimbra, Baixo Vouga, Cova da Beira, Leiria-Pombal, Tondela-Viseu, Hospital Distrital da Figueira da Foz, as Unidades Locais de Saúde de Castelo Branco e da Guarda e o Instituto Português de Oncologia de Coimbra, os hospitais de Anadia, Cantanhede, Ovar e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais são as instituições aderentes.

Em Fevereiro, a ARS anunciava que, por deliberação de todos os hospitais, o Centro Hospital e Universitário de Coimbra (CHUC) representará os Agrupamentos das Entidades Adjudicantes que se venham a constituir no âmbito dos procedimentos de aquisição de medicamentos.

“Como entidade dinamizadora e facilitadora do processo, a ARS Centro congratula-se pelo facto de, pela primeira vez, unidades hospitalares da sua área de influência acordarem agrupar-se num processo do género, que permitirá obter ganhos económicos, e de se iniciar uma nova fase de relacionamento, na região Centro, com a indústria farmacêutica”, dizia então aquela estrutura descentralizada.

Estudo sugere
As crianças que são submetidas a tratamentos quimioterápicos para tratamento de cancro correm um risco maior de desenvolver...

Os cientistas sabem há muito tempo que doentes que venceram o cancro na infância estão muito mais propensos a desenvolverem doenças cardiovasculares quando adultos devido aos danos que os tratamentos com radioterapia e a quimioterapia causam ao coração.

No entanto, o novo estudo, apresentado no congresso da Associação Americana de Cardiologia, foi um dos primeiros a demonstrar que esse risco é maior quando o paciente que superou o cancro ainda é criança.

Os investigadores analisaram 319 meninos e meninas menores de 18 anos que realizaram quimioterapia para tratamento de leucemia ou outros tumores malignos. Os participantes tinham recebido o diagnóstico da doença há no mínimo cinco anos no momento do estudo.

Quando as crianças foram comparadas com 208 irmãos de idades semelhantes, os cientistas descobriram uma redução de aproximadamente 10% na saúde arterial, juntamente com indícios de doenças cardíacas prematuras.

Os investigadores afirmaram que foi difícil identificar os riscos associados a agentes quimioterápicos específicos. Todavia, recomendaram aos médicos que monitorizem a saúde cardíaca dos doentes jovens com cancro após o tratamento, e incentivem opções e comportamentos que melhorem a saúde cardiovascular.

Dobro do previsto
Mais de dois mil médicos aposentaram-se entre 2010 e 2013. O estudo pedido pelo Governo apontava para menos de mil.

Nos últimos quatro últimos anos, reformaram-se 2141 médicos, mais do dobro do que estava previsto no Estudo de Necessidades Previsionais de Recursos Humanos em Saúde feito em 2009 por especialistas da Universidade de Coimbra a pedido da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Ao longo deste ano, quase meio milhar de médicos reformaram-se do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Pelas contas da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), entre Janeiro e Dezembro aposentaram-se 463 profissionais, mais do que no ano passado, em que foram 406 os que deixaram de trabalhar em hospitais públicos e centros de saúde.

São números que, apesar de ficarem muito aquém dos registados em 2010 e 2011 (anos em que houve uma autêntica corrida às aposentações, com 666 clínicos e 606 a reformar-se, respectivamente), suplantam em muito as previsões do Ministério da Saúde e têm contribuído para agravar a falta de médicos, sobretudo nos centros de saúde.

As projecções que constam no estudo encomendado pela ACSS apontavam para 982 aposentações neste período, no total. O problema é que houve muitas reformas antecipadas, sobretudo em 2010 e 2011.

Só assistentes graduados seniores, que são médicos no topo da carreira, foram 641 os que saíram do SNS desde 2010, frisa o presidente da Fnam, Sérgio Esperança (a federação faz as contas das reformas a partir das listas publicadas todos os meses pela Caixa Geral de Aposentações no Diário da República).

Para contornar o problema da falta de médicos nalguns serviços, este ano o Ministério da Saúde voltou a permitir a contratação temporária de duas centenas de reformados, mas este reforço excepcional não tem sido suficiente para colmatar as lacunas.

No estudo feito a pedido da ACSS, estava previsto que a maior parte dos médicos se iria aposentar a partir de 2016 até 2020, mas a alteração da idade da reforma motivou uma corrida às aposentações antecipadas.

Os médicos que se reformaram este ano são aqueles que já tinham pedido a aposentação em 2012, porque a Caixa Geral de Aposentações está a demorar um ano a dar resposta, explica Rui Nogueira, vice-presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral, que está convencido que a partir de agora o fenómeno abrandará. “O grosso das reformas já aconteceu”. Mas no próximo ano ainda haverá “grandes problemas”, prevê. Os médicos, sobretudo os dos centros de saúde, são o grupo profissional mais envelhecido do SNS.

Terceiro cancro mais frequente do aparelho reprodutor feminino
Uma em cada três pessoas no mundo desenvolvido terá cancro em algum momento da sua vida, sendo que m
Aparelho reprodutor feminino

O cancro desenvolve-se a partir de uma só célula com mutações no seu ácido desoxirribonucleico, conhecido pelas siglas ADN, o material genético que constitui as instruções essenciais para o desenvolvimento do organismo. Em vez de cumprir o ciclo celular normal, ou seja, amadurecer e morrer, as células cancerígenas dividem-se de forma descontrolada e amadurecem.

O fenómeno pode acontecer em qualquer parte do organismo, incluindo no sangue e nos órgãos de formação do sangue. Neste último caso não se formam os tumores sólidos.

A multiplicação descontrolada das células causa uma massa de tecido: os tumores. Geralmente recebem seu nome na função do tecido ou do órgão em que se originam (por exemplo, o cancro da mama) ou, em alguns casos, pelo tipo de células que lhes dão forma (por exemplo, leucemia, carcinoma a basocelular).

São considerados, de uma maneira geral, dois grandes tipos grandes de tumores: tumores benignos, que geralmente são de tratamento simples, e os tumores malignos, que representam um risco mais grande para a saúde.

No tumor benigno, as células tumorais permanecem na área em que o crescimento anormal foi originado. Os tumores benignos raramente voltam a surgir uma vez que são completamente eliminados. O tratamento habitual consiste em sua extirpação através de cirurgia.

Os tumores malignos são formados por células cancerígenas que têm a capacidade abandonar o seu local "primário” de crescimento tumoral e disseminar-se aos órgãos circundantes ou a tecidos do organismo. Nesta situação, as células cancerígenas separam-se do tumor original e viajam através do sangue ou dos vasos linfáticos a zonas do organismo distantes da área inicial do tumor. Aí começam a crescer e a substituir o tecido normal formando novos tumores denominados metástases, ou tumores secundários.

Cada tipo de cancro diferente comporta-se de forma distinta no que diz respeito ao crescimento, resposta ao tratamento e à probabilidade e perspectivas de sobrevivência.

Entre 5 a 10 por cento de todos os cancros devem-se a um defeito em diversos genes individuais. Estes cancros são hereditários e ocorrem em membros de uma mesma família. Aproximadamente 20 por cento dos cancros estão associados a infecções crónicas como as causadas pelo vírus da hepatite, da Helicobacter pyloriou do vírus do papiloma humano. Contudo, na maioria dos casos os tumores devem-se a causas muito mais complicadas e heterogéneas.

Cada vez mais se associam os estilos de vida como principais causas do cancro. Entre estes factores destacam-se o consumo do tabaco, a exposição a carcinogéneos relacionados com actividades profissionais, a radiação ultravioleta, a radiação ionizada e a dieta ocidental. Ao mesmo tempo, a prática habitual de exercício físico ou a adopção de uma dieta saudável parecem exercer o efeito contrário.

Nos próximos 20 anos o número de mortes atribuídas ao cancro será duplicado em qualquer lugar no mundo. As razões residem principalmente no crescimento rápido de casos de cancro nos países menos desenvolvidos, onde o consumo do tabaco continua a aumentar.

O cancro do pulmão é o mais mortal, pois segundo os dados existentes, mata mais pessoas do que qualquer outro tipo.

O cancro da mama também está regista um aumento nos países menos desenvolvidos, com um aumento de cerca de 5 por cento. O cancro do colo do útero, prevenível e tratável nos países industrializados, continua a ser a principal causa da morte nas mulheres que vivem nos países mais pobres em África.

A Doença - Cancro do Ovário

Os ovários fazem parte do aparelho reprodutor feminino e estão localizados na pélvis. Cada ovário é mais ou menos do tamanho de uma amêndoa. Os ovários produzem as hormonas femininas - estrogénio e progesterona e libertam óvulos que se deslocam a partir de cada ovário, através da trompa de Falópio em direcção ao útero. Quando a mulher está na menopausa, os ovários deixam de libertar óvulos e produzem níveis hormonais muito inferiores.

O cancro do ovário (carcinoma do ovário) desenvolve-se sobretudo nas mulheres com 50 e 70 anos. Globalmente, cerca de 1 em cada 7 mulheres contrai esta doença. É o terceiro cancro mais frequente do aparelho reprodutor feminino, mas, em compensação, morrem mais mulheres de cancro do ovário do que de qualquer outro que afecte o aparelho reprodutor.

Os ovários incluem vários tipos de células, cada uma das quais pode transformar-se num tipo diferente de cancro. Foram identificados pelo menos 10 tipos diferentes de cancros ováricos, pelo que o tratamento e as perspectivas de recuperação diferem conforme o tipo específico.

As células ováricas cancerosas podem disseminar-se directamente até à área que as rodeia e, pelo sistema linfático, até outras partes da pélvis e do abdómen. As células cancerosas também podem propagar-se pela circulação sanguínea e, finalmente, aparecer em pontos distantes do corpo, sobretudo o fígado e os pulmões.

Quando o cancro atinge outra zona do organismo, a partir do seu local de origem, o novo tumor tem o mesmo tipo de células e o mesmo nome do tumor de origem. Por exemplo, se o cancro do ovário metastizar para o fígado, as células cancerígenas existentes no fígado serão, na realidade, células cancerígenas do ovário. Será um cancro do ovário metastizado, e não cancro do fígado. Por essa razão, é tratado como cancro do ovário e não como cancro do fígado.

O cancro do ovário pode invadir ou disseminar-se para outros órgãos:

Invasão

Um tumor maligno do ovário pode crescer e invadir os órgãos adjacentes ao ovário, tais como as trompas de Falópio e o útero.

Libertação

Um tumor primário do ovário pode libertar células cancerígenas. Esta libertação no abdómen pode levar à formação de novos tumores na superfície dos órgãos e tecidos adjacentes. O médico pode chamar-lhes sementes ou implantes.

Disseminação

As células cancerígenas podem disseminar-se através do sistema linfático para os gânglios linfáticos na pélvis, abdómen e tórax. Através da corrente sanguínea, as células cancerígenas podem também atingir outros órgãos como o fígado e os pulmões.

Cancro Vs Quistos

Os quistos do ovário podem estar localizados na superfície do ovário ou no seu interior. Os quistos contêm um líquido e, por vezes, também tecidos sólidos. A maior parte dos quistos dos ovários são benignos (não são considerados cancro) e desaparecem com o tempo. Por vezes, o médico pode descobrir um quisto que não desaparece ou que aumenta de tamanho, o que o levará a pedir mais exames para se certificar de que o quisto não é maligno.

Factores de Risco

Um factor de risco é algo que pode aumentar a probabilidade de vir a desenvolver uma doença. Nem sempre é possível explicar o porquê de algumas mulheres sofrerem de cancro do ovário e outras não. Contudo, sabe-se que uma mulher com determinados factores de risco está mais predisposta a ter cancro do ovário.

O facto de apresentar um factor de risco não significa que a mulher sofra, ou venha a sofrer de cancro do ovário. A maioria das mulheres que apresenta factores de risco não desenvolve cancro do ovário e, por outro lado, muitas mulheres com a doença não têm factores de risco conhecidos, à excepção do factor idade.

Estudos realizados determinaram os seguintes factores de risco para o cancro do ovário:

Antecedentes familiares de cancro

As mulheres cuja mãe, filha (s) ou irmã (s) tem ou tiveram cancro do ovário apresentam um risco acrescido de desenvolver a doença. As mulheres com antecedentes familiares de cancro da mama, útero, cólon ou do recto podem, de igual modo, apresentar um risco acrescido para desenvolver cancro do ovário. O facto de algumas mulheres da mesma família terem tido cancro do ovário ou da mama, sobretudo em novas, é considerado um antecedente familiar muito forte. Se tal acontecer, poder-lhe-á ser sugerido que a própria, bem como as outras mulheres da família, realizem um teste genético; estes testes podem revelar a presença de determinadas alterações genéticas que aumentam o risco de cancro do ovário.

Antecedentes pessoais de cancro

As mulheres que já tiveram cancro da mama, útero, cólon ou recto apresentam um risco acrescido de vir a desenvolver cancro do ovário.

Idade superior a 55 anos

A maioria das mulheres diagnosticadas com cancro do ovário tem mais de 55 anos.

Nunca ter engravidado

As mulheres com idade avançada e que nunca tenham engravidado apresentam um risco acrescido de desenvolver cancro do ovário.

Terapêutica hormonal na menopausa

Alguns estudos sugerem que as mulheres que fazem terapêutica hormonal apenas com estrogénio (sem progesterona), durante 10 ou mais anos, podem apresentar um risco acrescido de desenvolver cancro do ovário.

Os investigadores têm investigado se a toma de medicamentos para a fertilidade, a utilização de pó de talco ou a obesidade constituem factores de risco para o cancro do ovário. A resposta não é clara, o que leva a que não sejam considerados factores de risco relevantes.

Sintomas

Um cancro do ovário pode atingir um tamanho considerável antes de provocar sintomas. O primeiro sintoma pode ser um ligeiro mal-estar na parte inferior do abdómen, semelhante a uma indigestão. A hemorragia uterina não é frequente.

O facto de uma doente pós-menopáusica ter ovários maiores pode ser um sinal precoce de cancro, apesar de o seu crescimento também se poder dever a quistos, a massas não cancerosas e a outras afecções. De qualquer forma, pode aparecer líquido no abdómen e este pode inchar devido a isso ou ao aumento de tamanho do ovário. Nesta fase, a mulher pode ter dor na pélvis, anemia e perda de peso.

Em determinado caso excepcional, o cancro do ovário segrega hormonas que provocam um crescimento excessivo do revestimento interno uterino, um aumento no tamanho das mamas ou um maior desenvolvimento de pêlos.

Assim, à medida que o cancro evolui, podem surgir os seguintes sintomas:

1. Pressão ou dor no abdómen, pélvis, costas ou pernas;
2. Abdómen inchado ou sensação de "empanturrado”;
3. Náuseas, indigestão, gases, obstipação (prisão de ventre) ou diarreia;
4. Sensação constante de grande cansaço;

Alguns sintomas menos frequentes são:

1. Falta de ar;
2. Vontade constante de urinar;
3. Hemorragias vaginais invulgares (períodos de grande fluxo ou hemorragia, após a menopausa)

Na maioria dos casos, estes sintomas não são indicadores de cancro, embora apenas o médico possa afirmá-lo com exactidão.

Diagnóstico

Existem vários exames a realizar aquando de algum sintoma sugestivo da presença de cancro do ovário.

1. Exame físico: o médico avalia o estado geral do doente, pressionando o abdómen para verificar a existência de um tumor ou uma acumulação anormal de líquido (ascite). Pode ser retirada uma amostra de líquido para a identificação de possíveis células cancerígenas do ovário.
2. Exame pélvico: o médico palpa os ovários e órgãos adjacentes para verificar a presença de "caroços” ou outras alterações de formato ou tamanho. O teste de Papanicolau faz parte do exame pélvico normal, mas não é utilizado para recolher células do ovário: pode permitir a detecção do cancro do colo do útero não sendo, no entanto, utilizado no diagnóstico do cancro do ovário.
3. Análises ao sangue: o médico poderá requisitar análises ao sangue. O laboratório pode avaliar os níveis de várias substâncias, caso a sua concentração for elevada, pode ser um sinal de cancro ou de outras perturbações.
4. Ecografia: o aparelho de ecografia utiliza ondas ultrassónicas, que não são audíveis para o ser humano. O aparelho emite ondas sonoras para os órgãos localizados no interior da pélvis, que as reflectem. O computador cria uma imagem a partir dos ecos reflectidos, que pode revelar um tumor do ovário. Para melhor visualização dos ovários, o dispositivo pode ser inserido na vagina (ecografia transvaginal).
5. Biopsia: uma biopsia consiste na recolha de tecidos ou líquido para determinar a presença de células cancerígenas. Com base nos resultados das análises ao sangue e da ecografia, o médico poderá sugerir a realização de uma cirurgia (laparotomia) para remover tecido e líquido da pélvis e do abdómen. Geralmente, é necessária uma cirurgia para diagnosticar o cancro do ovário.

Estadios da doença

Para melhor definir o plano de tratamento, o especialista necessita conhecer o grau e extensão (estadio de evolução) da doença.

A determinação do estadio baseia-se no facto de o tumor ter, ou não, invadido ou alastrado para tecidos adjacentes e, em caso afirmativo, para que outras partes do organismo.

Regra geral, é necessário realizar uma cirurgia para se poder determinar o estadio de evolução. São retiradas amostras de tecido da pélvis e do abdómen para determinar se existem células cancerígenas.

Estadios de evolução do cancro do ovário:

Estadio I: presença de células cancerígenas num ou nos dois ovários. Podem encontrar-se células cancerígenas na superfície dos ovários ou no fluído recolhido do abdómen.
Estadio II: as células cancerígenas espalharam-se de um ou ambos os ovários para outros tecidos da pélvis. Existem células cancerígenas nas trompas de Falópio, no útero ou noutros tecidos da pélvis. Podem encontrar-se células cancerígenas no líquido recolhido do abdómen.
Estadio III: as células cancerígenas disseminaram-se para o exterior da pélvis ou para os gânglios linfáticos dessa região. Podem encontrar-se células cancerígenas no exterior do fígado.
Estadio IV: as células cancerígenas disseminaram-se para tecidos fora do abdómen e da pélvis; podem ser encontradas no interior do fígado ou noutros órgãos.

Tratamento

O tratamento do cancro do ovário é cirúrgico. O alcance da cirurgia depende do tipo específico do cancro e do seu estádio. Se não se tiver espalhado para além do ovário, é possível extrair só o ovário afectado e a trompa de Falópio do mesmo lado. Se o cancro se tiver propagado para além do ovário, devem ser extraídos os dois ovários e o útero, bem como os gânglios linfáticos próximos e todas aquelas estruturas circundantes pelas quais o cancro costuma expandir-se.

Depois da cirurgia, pode ser administrada radioterapia e quimioterapia para destruir qualquer pequena zona cancerosa residual. O cancro do ovário que já se disseminou (deu lugar a metástases) é difícil de curar.

Cinco anos depois do diagnóstico, o índice de sobrevivência das mulheres com os tipos mais frequentes de cancro do ovário é de 15 a 85 por cento. Esta margem tão ampla reflecte diferenças na agressividade de certos cancros e nas diversas respostas imunológicas face ao cancro entre as mulheres. O tempo até à cicatrização e o período de recuperação variam de mulher para mulher.

Se a mulher ainda não atingiu a menopausa, a cirurgia poderá provocar-lhe ondas de calor, secura vaginal e suores nocturnos. Estes sintomas são provocados pela perda súbita de hormonas femininas.

O cancro do ovário e o seu tratamento podem originar outros problemas de saúde. Poderão os doentes ter de receber cuidados de suporte para prevenir ou controlar estes problemas e melhorar o seu conforto e qualidade de vida.

1. Dor: o seu médico ou um especialista no controlo da dor, podem sugerir algumas formas para aliviar ou reduzir a dor.
2. Abdómen inchado (devido à acumulação anormal de líquido - ascite): o inchaço pode ser desconfortável, mas a equipa médica poderá retirar o líquido sempre que o seu volume aumente.
3. Obstrução intestinal: o cancro pode obstruir o intestino; este pode ser desobstruído através de cirurgia.
4. Pernas inchadas (devido ao linfedema): ter as pernas inchadas pode tornar muito desconfortável e difícil curvar-se. Poderá ser útil fazer exercício, massagens ou usar meias elásticas. Os fisioterapeutas com formação para controlar o linfedema podem também ajudar.
5. Falta de ar: o cancro avançado pode fazer com que se armazene líquido em redor dos pulmões, o que dificulta a respiração. A equipa médica pode retirar o líquido, sempre que este aumentar de volume.
6. Tristeza: é normal sentir-se triste depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro do ovário. Algumas pessoas consideram de grande utilidade falar sobre os seus sentimentos.

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Conheça a resposta às principais perguntas sobre asma.
Bomba de asma

O que é a asma?

A asma é uma doença caracterizada por pieira, tosse, falta de ar e opressão torácica. Esta incapacidade respiratória é provocada pelo estreitamento das vias aéreas nos pulmões. A deficiência resulta de contracções da musculatura brônquica e excessos de secreção. Dado que os pulmões não podem funcionar normalmente, o volume de ar retido no seu interior aumenta, dificultando progressivamente o trabalho respiratório. O tórax distende-se e verifica-se a ocorrência de pieira. Esta perturbação é recuperável e a respiração volta a normalizar-se com um tratamento apropriado.

Quais são as suas principais causas?

A asma tem numerosas causas entre as quais a mais frequente é a reacção alérgica motivada por certas substancias inaladas ao respirar, (o pólen, bolores, pó de casa, pelo de cães, gatos, cavalos, coelhos ou outros animais, penas cosméticos, loções capilares, perfumes), ingeridas na alimentação, (nozes, amêndoa, trigo, mariscos, chocolates, ovos, leite e cerveja) ou absorvidas em medicamentos (aspirina, antibióticos, etc.). Como outros exemplos temos: o esforço físico, frio, nicotina, fumos e até mesmo de excesso de calor ou sol.

A asma é hereditária?

A hereditariedade é um factor de relevo em certos tipos de alergia. Numa grande percentagem de casos, o asmático tem parentes com asma ou outra doença do tipo alérgico, como sejam a febre dos fenos e eczema. A alergia pode manifestar-se nos pais ou saltar de uma geração e ser detectada nos avós ou ainda ter afectado tios consanguíneos. Numerosos membros de uma família, sem sintomas alérgicos ou asmáticos, podem ter herdado uma tendência alérgica. Até se tornarem sensíveis a determinada substancia e se manifestarem então os sintomas, não existe qualquer indício que sejam alérgicos. Por conseguinte, uma pessoa que não apresenta actualmente quaisquer indícios alérgicos pode, em cinco ou dez anos, revelar uma alergia definida. Na realidade sempre possui uma constituição alérgica e uma predisposição (tendência) para doenças deste tipo.

Existe em alguma idade predisposição para ter asma?

A asma pode surgir em qualquer idade. Um bebé de 2 meses apresenta pieira e sufocação características, e um velho de 80 anos que, durante toda a sua vida não tinha sido alérgico, torna-se subitamente asmático, após o contacto com o pó de um moinho. Em geral, a asma alérgica aparece habitualmente nas duas primeiras décadas de vida, diminuindo a frequência das crises depois dos quarenta anos. O adolescente asmático tem normalmente uma história de eczema na infância e, posteriormente febre dos fenos. Pensa-se que a asma tem as suas origens na infância.

As infecções têm influência sobre a asma?

Certas infecções respiratórias são susceptíveis de provocar um ataque agudo de asma ou o agravamento da mesma. Devem pois ser prontamente tratadas, o que se consegue, em alguns casos, por meio de medicação antibiótica ou outro tipo de tratamento - quando aconselhado pelo médico. Pode tornar-se necessária a extracção de adenóides infectados ou amígdalas nas crianças.

A asma é idêntica à bronquite?

A asma e a bronquite são doenças diferentes. A primeira é provocada por um estreitamento das vias aéreas, ao passo que a segunda se deve a uma inflamação das mesmas. Os sintomas de ambas podem ser semelhantes, ou seja, a tosse e excesso de secreção mucosa, causando uma respiração irregular.

Contudo as suas causas podem ser muito diferentes. Em alguns doentes, a bronquite pode constituir uma manifestação dissimulada de asma brônquica, sendo o seu diagnóstico exacto apenas possível através da história, observação física e testes especiais.

Em que consiste a "crise asmática"?

Nos doentes, cujos sintomas asmáticos - pieira, tosse, falta de ar e opressão torácica - se gravam progressivamente, não sendo atenuados pela medicação habitual, diz-se que se encontram em "crise asmática". Este constitui a manifestação mais grave e perigosa da asma. São necessários cuidados médicos apropriados e imediatos para evitar uma insuficiência respiratória. Na maioria dos casos, a "crise asmática" é evitável, quando o doente e o médico trabalham em estreita colaboração num programa de tratamento benéfico para o primeiro.

O que é a asma de exercício ou esforço?

Pode verificar-se um ataque agudo de asma em alguns doentes, quando estes praticam exercícios ou esforços físicos superiores à sua capacidade por mais de cinco minutos. A asma provocada pelo exercício é evitável, cumprindo a medicação prescrita pelo médico antes de iniciar uma actividade fatigante.

Os exercícios respiratórios são úteis?

A apreciação dos efeitos a longo prazo dos exercícios respiratórios não revelou qualquer alteração notável da função respiratória. Contudo, os benefícios de um programa geral de exercícios incluindo os respiratórios - podem melhorar a saúde física e o bem-estar psicológico.

Uma criança asmática pode praticar actividades físicas?

A criança asmática deve ser encorajada a participar num programa controlado, de exercícios. A natação, a ginástica rítmica e outros desportos, não só melhoram as condições físicas, como também ajudam o doente a recuperar a autoconfiança e aptidão para superar a sua incapacidade. Um programa deste tipo deve processar-se, obviamente, sob orientação médica.

Um adulto asmático pode praticar actividades físicas?

Tal como a criança deve ser encorajada a seguir um programa controlado, de exercícios sob orientação médica, assim deve acontecer em relação ao adulto. Contudo os doentes devem evitar a fadiga, que lhes seja provocada por esforços físicos, preocupações ou falta de sono.

As perturbações emocionais podem desencadear uma crise de asma?

É possível observar-se a existência de correlação entre uma perturbação ou tensão emocional e um ataque de asma. Na realidade, a tensão nervosa e os estados emocionais podem precipitar essa crise. Por vezes, o primeiro ataque de asma verifica-se durante uma crise emocional e a doença é sempre agravada pela ansiedade e tensão nervosa. Mas, tais factores constituem apenas causas secundárias ou subsidiárias da constituição alérgica básica. Torna-se necessário uma investigar para determinar se um ataque agudo é provocado unicamente por factores emocionais.

Como sucede com qualquer doença crónica grave, a asma afecta em geral psiquicamente o doente e a sua família. A consciência deste facto constitui parte essencial do tratamento total do doente.

O fumo é prejudicial ao doente asmático?

O fumo do cigarro irrita as vias respiratórias, sendo susceptível de aumentar os sintomas de asma. Afecta ainda a actividade normal dos pulmões e favorecer a ocorrência de infecções respiratórias. Deve pois ser evitado por todos os asmáticos.

Os sintomas da asma desaparecem sem tratamento?

Aos primeiros sintomas de obstrução das vias aéreas, o doente deve cumprir a medicação prescrita pelo médico, a fim de obter um alívio rápido Não deve descurar os primeiros minutos de tratamento, durante os quais a medicação produz maiores benefícios. Sem uma terapêutica imediata, a falta de ar pode agravar-se, tornando-se a sua normalização consideravelmente mais lenta.

Podem evitar-se os ataques de asma?

O próprio doente pode contribuir em larga medida para evitar as crises de asma. Assim, deve:
- Evitar o contacto com substâncias causadoras;
- Seguir uma alimentação equilibrada e beber diariamente líquidos em abundância;
- Evitar o excesso de peso;
- Evitar a fadiga excessiva - dormir o número de horas suficiente (nem de menos nem de mais);
- Evitar mudanças de ambiente extremas - temperatura, humidade e ar muito seco;
- Evitar o contacto com pessoas sofrendo de infecções respiratórias;
- Cumprir a medicação de acordo com as instruções do médico;
- Seguir um programa de exercícios diários;
- Evitar o fumo (cigarros, lareiras, oficinas, etc.).

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Asma e actividade física

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Atualizado a 31 de julho de 2017
O Plano Nacional de Vacinação é o calendário de toma de vacinas recomendado pelas autoridades de saú
Vacinas

O Programa Nacional de Vacinação (PNV) recomenda as vacinas que devem ser tomadas numa base de rotina, bem como as respectivas idades de vacinação.

As vacinas incluídas no PNV são administradas universal e gratuitamente ao maior número possível de cidadãos, não existindo barreiras para a sua administração, excepto, evidentemente, no caso em que um indivíduo tenha contra-indicações médicas. As recomendações do PNV são revistas pela Comissão Técnica de Vacinação, sempre que tal é julgado necessário, ou por solicitação das autoridades de saúde. A história do PNV remonta a Outubro de 1965, ano em que o PNV teve início oficial em Portugal com a vacina da poliomielite.

Presentemente, o PNV inclui vacinas para 13 agentes etiológicos de doenças graves, distribuídas por idades, como pode verificar em baixo. O PNV é da responsabilidade do Ministério da Saúde e integra as vacinas consideradas mais importantes para defender a saúde da população portuguesa. De referir que as vacinas que fazem parte do PNV podem ser alteradas de um ano para o outro, em função da adaptação do programa às necessidades da população, nomeadamente pela integração de novas vacinas.

Veja aqui quais as vacinas recomendadas e em que idades:

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0 meses (nascimento)

VHB (1ª dose) - Hepatite B

2 meses

VHB (2ª dose) - Hepatite B

Hib (1ª dose) - doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b

DTPa (1ª dose) - Difteria, Tétano, Tosse Convulsa

VIP (1ª dose) - Poliomielite

Pn13 (1ª dose) - Streptococcus pneumoniae1

1Aplicável apenas aos nascidos ≥ 2015

4 meses

Hib (2ª dose) - doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b

DTPa (2ª dose) - DifteriaTétano, Tosse Convulsa

VIP (2ª dose) - Poliomielite

Pn13 (2ª dose) - Streptococcus pneumoniae1

1Aplicável apenas aos nascidos ≥ 2015

6 meses

VHB (3ª dose) - Hepatite B

Hib (3ª dose) - doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b

DTPa (3ª dose) - Difteria, Tétano, Tosse Convulsa

VIP (3ª dose) - Poliomielite

12 meses

Pn13 (3ª dose) - Streptococcus pneumoniae1

MenC - meningites e septicemias causadas pela bactéria meningococo

VASPR (1ª dose) - Sarampo, Parotidite, Rubéola

1Aplicável apenas aos nascidos ≥ 2015

18 meses

Hib (4ª dose) - doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b

DTPa (4ª dose) - Difteria, Tétano, Tosse Convulsa

VIP (4ª dose) - Poliomielite

5 anos

DTPa (5ª dose) - Difteria, Tétano, Tosse Convulsa

VIP (5ª dose) - Poliomielite

VASPR (2ª dose) - Sarampo, Parotidite, Rubéola

10 anos

HPV (1ª e 2ª doses) - Infecções por Vírus do Papiloma Humano2

Td - Tétano e Difteria4

2Apenas a raparigas com esquema 0, 6 meses

4De acordo com a idade da pessoa, devem ser aplicados os intervalos recomendados entre doses, tendo como referência a data de administração da dose anterior. A partir dos 65 anos recomenda-se a vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥ 10 anos; as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos.

25 anos

Tdpa (grávidas) - Tétano, difteria e tosse convulsa3

Td - Tétano e Difteria4

3Apenas a grávidas, em qualquer idade; uma dose em cada gravidez.

4De acordo com a idade da pessoa, devem ser aplicados os intervalos recomendados entre doses, tendo como referência a data de administração da dose anterior. A partir dos 65 anos recomenda-se a vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥ 10 anos; as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos.

45 anos

Tdpa (grávidas) - Tétano, difteria e tosse convulsa3

Td - Tétano e Difteria4

3Apenas a grávidas, em qualquer idade; uma dose em cada gravidez.

4De acordo com a idade da pessoa, devem ser aplicados os intervalos recomendados entre doses, tendo como referência a data de administração da dose anterior. A partir dos 65 anos recomenda-se a vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥ 10 anos; as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos.

65 anos

Td - Tétano e Difteria4

4De acordo com a idade da pessoa, devem ser aplicados os intervalos recomendados entre doses, tendo como referência a data de administração da dose anterior. A partir dos 65 anos recomenda-se a vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥ 10 anos; as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos.

10 em 10 anos

Td - Tétano e Difteria4

4De acordo com a idade da pessoa, devem ser aplicados os intervalos recomendados entre doses, tendo como referência a data de administração da dose anterior. A partir dos 65 anos recomenda-se a vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥ 10 anos; as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
O que é permitido e o que é proibido
A doença celíaca é uma doença que danifica o aparelho digestivo, intestino delgado, interferindo co
Prato com massa sem glúten

Quando as pessoas com doença celíaca ingerem alimentos ou usam produtos com glúten, o sistema imunológico, responde danificando as vilosidades do intestino delgado, que são responsáveis pela absorção dos nutrientes dos alimentos para a corrente sanguínea.

A doença celíaca é genética e não tem cura. Por isso, os doentes com esta doença devem ter cuidados redobrados com a alimentação. Fique a saber quais os alimentos proibidos, os permitidos e aqueles com os quais deve ter cuidado.

Alimentos proibidos

  • Farinhas e amidos de: trigo e variantes (Triticale, espelta, kamut, etc.), de aveia, centeio, cevada e malte e extracto de malte;
  • Pão;
  • Bolos e bolachas;
  • Massas;
  • Iogurtes com cereais;
  • Farinheira e alheira;
  • Sopas de pacote;
  • Panados;
  • Delícias do mar;
  • Pizza;
  • Lasanha e canelones.

Alimentos que podem conter glúten

  • Broa de milho;
  • Queijos industriais;
  • Iogurtes de aromas/pedaços;
  • Leites achocolatados, maltados e aromatizados;
  • Produtos pré-congelados e ultra-congelados;
  • Salsichas em lata;
  • Enlatados;
  • Fiambre, presunto e chouriço;
  • Patês;
  • Polpa de tomate;
  • Caldos de carne e de peixe;
  • Outros temperos industriais (ketchup, maionese, mostarda, etc.);
  • Sobremesas instantâneas;
  • Gelados comerciais;
  • Compotas de fruta;
  • Chocolates em tablete ou pó;
  • Frutas em calda /cristalizada;
  • Gelatinas;
  • Produtos de soja;
  • Natas;
  • Manteigas e margarinas;
  • Banhas industriais;
  • Batatas fritas de pacote;
  • Refrigerantes;
  • Sumos concentrados;
  • Whisky;
  • Açúcar glacê.

Apesar destas restrições, as pessoas com doença celíaca podem comer uma dieta bem equilibrada com uma grande variedade de alimentos.

Alimentos permitidos

  • Batata;
  • Arroz;
  • Amaranto;
  • Quinoa;
  • Milho;
  • Mandioca;
  • Tapioca;
  • Carne;
  • Peixe;
  • Ovos;
  • Marisco
  • Fruta;
  • Vegetais;
  • Leguminosas (grão, feijão, ervilhas, favas, etc.);
  • Leite natural gordo, meio gordo e magro;
  • Queijo fresco e requeijão;
  • Iogurtes naturais;
  • Azeite e óleos vegetais;
  • Água;
  • Vinho;
  • Chá;
  • Café puro;
  • Especiarias (noz moscada, pimenta em grão, cravinho, etc.);
  • Ervas aromáticas (salsa, coentros, orégãos, etc.).

Conselhos úteis

  • Pessoas com doença celíaca devem ser cautelosas quando fazem alguma refeição fora de casa, quando compram alimentos no supermercado, nas festas, …
  • Comer fora pode ser um desafio. Quando uma pessoa com doença celíaca estiver com dúvidas sobre um algum item de um menu, deve perguntar sempre ao empregado qual os ingredientes no prato.
  • O glúten além dos alimentos pode ser encontrado em produtos de uso doméstico e em alguns medicamentos, pelo que a leitura de rótulos dos produtos é de extrema importância. Se os ingredientes não estão explícitos no rótulo, o fabricante deve fornecer uma lista, mediante solicitação;
  • O doente celíaco nunca deve abdicar da dieta em situação alguma, pode sentir-se melhor mas não está curado;
  • Em caso de dúvida não deve ingerir o alimento.

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Assintomática ou atípica: doença celíaca apresenta uma variedade de sintomas

85% dos doentes celíacos não sabe que tem a doença

Fonte: 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Longa mas interessante
A doença celíaca é uma doença que danifica o aparelho digestivo, intestino delgado, interferindo com

Há cerca de 10 000 anos, os povos verificaram que era possível semear a terra e obter colheitas de cereais como o trigo, por exemplo. A partir de então o seu rendimento era tal que lhes permitiu viverem no mesmo sítio sem necessidade de andarem constantemente à procura de alimentos. Uma consequência desta descoberta foi a civilização, outra foi o risco de ter a doença celíaca.

No séc. II um grego, Aretaeus da Capadócia, descreveu doentes com um determinado tipo de diarreia usando a palavra ‘Koiliakos’ (aqueles que sofrem do intestino). Tudo leva a crer que já nessa altura ele se referia àquilo que em 1888 Samuel Gee, um médico de Londres, observou em crianças e adultos e que designou por "afecção celíaca", aproveitando também o termo grego. No seu escrito, Gee previa com grande intuição que “controlar a alimentação é a parte principal do tratamento...a ingestão de farináceos deve ser reduzida...e se o doente pode ser curado, há-de sê-lo através da dieta”.

Nos anos que se seguiram, vários médicos, particularmente pediatras, dedicaram-se a observar e a tentar compreender as causas desta doença, embora poucos avanços  tenham sido obtidos.

Durante a 2ª Guerra Mundial o racionamento de alimentos imposto pela ocupação alemã reduziu drasticamente o fornecimento de pão à população holandesa. O Prof. Dicke, de Utrech, verificou então que as crianças com “afecção celíaca” melhoravam da sua doença apesar da grave carência de alimentos. Associou este facto com o baixo conteúdo da dieta em cereais. Esta associação seria confirmada mais tarde em Birmingham por Charlotte Anderson e, trabalhos de laboratório viriam a demonstrar finalmente que o trigo e o centeio continham a substância que provoca a doença: o glúten!

J. W. Paulley, um médico inglês, observara entretanto num celíaco operado que a sua mucosa intestinal não tinha o aspecto habitual; este facto, confirmado por outros investigadores, foi extremamente importante pois essas alterações passariam a permitir um diagnóstico com bases seguras. A importância desta descoberta aumentou quando nos anos 50 um oficial americano, Crosby e um engenheiro, Kugler, desenvolveram um pequeno aparelho com o qual se podiam efectuar biópsias do intestino sem necessidade de operar o doente. Este aparelho, a cápsula de Crosby, ainda hoje, com pequenas modificações, é usado para fazer o diagnóstico da doença celíaca.

Ao longo do tempo esta doença tem sido chamada de muitas maneiras, como celiaquia, enteropatia sensível ao glúten, sprue celíaco, sprue não tropical, etc. Todos estes nomes se referem à mesma situação mas alguns deles foram utilizados por investigadores que estavam convencidos de que se tratava de um problema diferente.

Para terminar com este estado de coisas, a Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica (ESPGAN) propôs em 1969 um certo número de critérios que permitissem um diagnóstico e tratamento correctos. Assim, quando se fala em doença celíaca, referimo-nos a uma situação de intolerância permanente ao glúten que se acompanha de lesões do intestino mais ou menos características, lesões estas que melhoram quando o glúten é retirado da alimentação e voltam a agravar-se quando ele é reintroduzido.

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Dicionário de A a Z
O glúten é uma proteína composta pela mistura das proteínas gliadina e glutenina, que se encontram n

Para algumas pessoas, como os doentes celíacos, a ingestão de glúten provoca danos na parede do intestino delgado, acarretando prejuízos para a saúde.

O glúten encontra-se no endosperma dos grãos de amido. A sua capacidade de absorção de água e a sua viscosidade conferem à massa de farinha as propriedades que a tornam apta para a panificação. Como subproduto na obtenção do amido, é usado no fabrico de rações e alimentos ricos em proteínas e para a produção da glutamina.

Quando ingerido em excesso, o glúten pode provocar a diminuição da produção da serotonina, o que leva a um quadro de depressão mesmo nos indivíduos que não possuem nenhum problema de hipersensibilidade a essa proteína.

É muito frequente surgir em determinadas embalagens de produtos alimentícios a frase: "Contém glúten". É um alerta para os doentes intolerantes ao glúten não consumirem aquele produto.

 

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Estudo revela:
Pessoas que consomem uma porção diária de oleaginosas, como castanhas e nozes, têm uma redução de 20% no risco de morrer de...

Resultados de um estudo conduzido por cientistas do Instituto de Cancro Dana-Farber, do Brigham and Women's Hospital, e da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos EUA revelam que as pessoas que consomem uma porção diária de oleaginosas, como castanhas e nozes, têm uma redução de 20% no risco de morrer de qualquer doença e ainda tendem a ser mais magras.

Trata-se do maior trabalho desse tipo já publicado: os investigadores analisaram dados de 76.464 mulheres no período de 1980 a 2010 e de 42.498 homens entre 1986 to 2010.

“O benefício mais óbvio foi a redução em 29% de mortes decorrentes de doenças do coração”, afirmou o médico Charles Fuchs, do Dana-Farber, um dos autores do trabalho. “Mas também observamos uma redução significativa - de 11% - nas mortes por cancro”. Os cientistas não conseguiram determinar quais os tipos de oleaginosas mais benéficas para a saúde - a redução na mortalidade foi similar entre consumidores de amendoim, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, pistáchio, noz comum e noz pecan.

Estudos anteriores já tinham associado o elevado consumo de oleaginosas à diminuição do risco de doenças como diabetes tipo 2, cancro do cólon, cálculo biliar e doenças do coração. O facto também foi vinculado à redução do colesterol, do stresse oxidativo e dos níveis de inflamação, adiposidade e resistência à insulina. Mas nenhum deles envolveu tanto tempo e um número tão grande de pessoas.

Os cientistas usaram duas grandes bases de dados em que os participantes respondiam a questionários sobre hábitos alimentares e saúde em intervalos de dois a quatro anos. A porção de oleaginosas declarada era de mais ou menos 29 gramas, quantidade que geralmente é oferecida em saquinhos vendidos em máquinas nos EUA. Quanto mais frequente era o consumo, maiores os benefícios notados.

Uma análise mais detalhada permitiu concluir que os consumidores de oleaginosas têm características que também contribuem para a redução de doenças: são mais magros, menos propensos a fumar e a beber, fazem mais exercício, consomem mais frutas e legumes e usam suplementos. Mas os resultados foram confirmados mesmo com esses factores isolados na análise.

Os autores avisam que o estudo não tem como comprovar a causa e efeito. Mas lembram que a conclusão é compatível com outros estudos que mostram os benefícios do consumo de oleaginosas. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine.

Equipa no Instituto de Medicina Molecular
Uma vacina contra a malária está a ser concebida por portugueses desde 2010.

Miguel Prudêncio, investigador e líder de uma equipa no Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, recebeu 100 mil dólares da Fundação Bill & Melinda Gates depois de concorrer a um financiamento de Fase I do programa Grand Challenges Explorations. Agora, passados três anos, o investigador volta a ser premiado pela fundação, desta vez com 902 mil euros, para continuar o projecto. Se tudo correr bem, daqui a dois anos começarão os primeiros ensaios clínicos em humanos para testar uma candidata a vacina, cuja ideia nasceu em Portugal, avança o jornal Público.

O conceito de Miguel Prudêncio é simples. É preciso um parasita da malária de roedores, que não causa a doença em humanos, mas interage o suficiente com o sistema imunitário para provocar a imunização. Depois, é preciso inserir um gene do parasita humano no parasita de roedores, para criar uma imunização dirigida à malária humana. A ideia funcionou. O novo financiamento da fase II vai servir agora para fazer as últimas experiências preliminares, desenvolver um método de produção in vitro do parasita de roedores e vai ajudar a fazer a aplicação do pedido para a realização de ensaios em humanos na Holanda. Miguel Prudêncio está esperançoso, mas o investigador sabe que ainda há muitos desafios para ultrapassar, ou não fosse esta uma doença muito complexa.

O parasita da malária começa por se multiplicar no fígado e vai depois para o sangue, onde causa os sintomas. A única vacina que funcionou até hoje, testada na década de 1970, utilizou parasitas atenuados por radiação, que entravam nas células do fígado, mas não conseguiam multiplicar-se. Esta técnica foi aplicada a militares norte-americanos, que tinham de ser picados pelos mosquitos, um método impossível de ser massificado, mas que resultava. Os soldados quando eram depois infectados pelo Plasmodium falciparum – a espécie de parasita que causa a malária mais violenta – não ficavam doentes.

Sabe-se hoje que a fase no fígado provoca a activação do sistema imunitário do hospedeiro humano. A proteína circunsporozoito, que durante este estádio do parasita preenche a sua membrana externa, é a principal responsável pela imunização. Infelizmente, durante a infecção natural da doença, há algo que impede o desenvolvimento da imunidade observada nos militares americanos. “Pensa-se que durante a fase da doença no sangue haja algo que destrua o processo de imunidade, que foi desenvolvido durante a fase do fígado”, diz Miguel Prudêncio ao PÚBLICO. É mais um dos mistérios da malária.

Dicionário de A a Z
O álcool é a substância química mais utilizada pela humanidade.

Quase todos os países do mundo, onde o consumo é aceite, possuem uma bebida típica da qual se orgulham.

O álcool é uma substância lícita que possui uma variedade incontável de bebidas em todo o mundo, obtidas por fermentação ou destilação da glicose presente em cereais, raízes e frutas. É consumido exclusivamente por via oral. O consumo de álcool é medido por doses. Uma dose equivale a 14 gramas de álcool. Para obter as doses-equivalentes de uma determinada bebida, é preciso multiplicar a quantidade da mesma pela sua concentração alcoólica. Tem-se, assim, a quantidade absoluta de álcool da bebida. Em seguida, é feita a conversão: 1 dose para cada 14g de álcool da bebida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Crianças
A pneumonia pediátrica adquirida na comunidade continua a ser uma das principais causas de morbilida
Pneumonia pediátrica adquirida na comunidade

A pneumonia é uma infecção nos pulmões e caracteriza-se pela presença de febre e/ou sintomas e sinais agudos do tracto respiratório inferior. Chama-se pneumonia adquirida na comunidade (PAC) quando a infecção é adquirida fora do ambiente hospitalar, isto é, se a criança não esteve internada nos sete dias que precedem o diagnóstico, ou este é feito nas primeiras 48 horas de internamento.
A PAC tem elevada prevalência nas crianças e pode transmitir-se vários modos, dependendo da causa. No caso de se tratar de um microrganismo, a transmissão pode ocorrer por inalação de gotículas respiratórias contaminadas ou micro aspiração de secreções contaminadas da faringe. Continua a ser uma das principais causas de morbilidade/mortalidade em idade pediátrica. Em Portugal, a incidência anual de internamentos em Pediatria, por PAC é de cerca de 30/1000.

A PAC pode ocorrer em todas as idades no entanto, existem microrganismos diferentes dependendo da idade e também da sua condição geral de saúde. Por exemplo, os recém-nascidos, as crianças imunodeprimidas, com doenças crónicas ou internadas, constituem um grupo à parte, podendo ser infectadas por microrganismos diferentes. Além disso, em idades mais precoces (até aos 3 meses) a gravidade da pneumonia é habitualmente superior à de uma criança mais velha.

Factores de risco
A idade da criança, a frequência no infantário, o ambiente familiar e a apresentação clínica da doença são factores a ter sempre em consideração. Se os vírus respiratórios são os principais agentes infecciosos mais vezes implicados, as bactérias como o Mycoplasma pneumoniae, o Staphylococcus aureus, o Haemophilus influenzae tipo b e o Pneumococcus, (actualmente menos frequentes, devido às vacinações instituídas) são outras causas de pneumonia na criança.

Sinais e sintomas
Habitualmente a criança apresenta mal-estar, febre elevada e tosse, podendo também apresentar dificuldade respiratória, dor no tórax, perda de apetite, vómitos ou dor abdominal.

Os especialistas costumam alertar para o facto de, nem toda a criança com pneumonia tem tosse e nem toda a criança que tosse tem pneumonia.

Nas pneumonias víricas, existem muitas vezes familiares com sintomas respiratórios em casa e a criança apresenta, durante alguns dias, pingo no nariz e tosse; entretanto, surge febre, que não costuma ser muito elevada e sinais de dificuldade respiratória, mais ou menos intensos.

O quadro de pneumonia bacteriana é habitualmente mais súbito e exuberante, com febre elevada, tosse e dificuldade respiratória.

Diagnóstico
O diagnóstico etiológico (conhecer a causa) não é essencial na maioria dos casos de PAC. A decisão do tratamento impõe-se no momento do diagnóstico e baseia-se sobretudo em critérios epidemiológicos (contexto familiar de infecção, frequência de Infantário, agentes mais frequentes no grupo etário a que a criança pertence) e apresentação clínica.

O especialista pode basear-se apenas na observação da criança para concluir que se trata de uma pneumonia, sem requisitar qualquer exame. Pode inclusive acontecer que nas crianças que não têm uma pneumonia complicada e que cumprem o tratamento em casa, não necessitem de fazer outros exames de diagnóstico. No caso, de pneumonias mais graves que obrigam ao internamento, é habitual realizarem-se radiografias pulmonares e outros exames no sentido de avaliar o seu estado clínico e determinar a causa da pneumonia. Contudo, o diagnóstico da PAC pode incluir a clínica, com particular importância para a auscultação pulmonar, radiografia pulmonar e resultados laboratoriais.

Causas
A PAC é normalmente causada por microrganismos (bactérias, vírus, ...) que atingem os pulmões e que aí se instalam desenvolvendo uma infecção. Pode também ser causada por gases nocivos, aspiração do conteúdo do estômago, etc.

Os vírus respiratórios são os agentes mais frequentemente responsáveis por PAC nas crianças mais novas (até aos 5 anos), sendo cada vez menos prevalentes à medida que cresce.

São relativamente frequentes as infecções por mais que um agente (coinfecção em 8 a 40 por cento dos doentes hospitalizados). Em qualquer idade, o Streptococcus pneumoniaeé o agente mais vezes responsável por pneumonia bacteriana grave.

As infecções por Haemophilus Influenza tipo b foram virtualmente eliminadas nos países em que a vacinação é obrigatória e universal. No entanto, podem ter de ser consideradas nas crianças muito pequenas, não completamente imunizadas.

Actualmente, o Staphilococcus aureus é um agente muito raro de pneumonia, não podendo, no entanto, ser esquecido, particularmente no primeiro ano de vida.

O Streptococcus pyogenes, embora seja uma bactéria poucas vezes responsável por PAC, pode causar pneumonias graves.

Tratamento
A decisão sobre o tratamento empírico deve basear-se nos critérios de diagnóstico e que incluem a idade da criança e consideram factores epidemiológicos, quadro clínico e dados da radiografia de tórax.

O tratamento deverá incluir medidas gerais de controlo da febre, hidratação e oxigenação adequadas. De uma forma geral os medicamentos utilizados no tratamento da PAC são os antibióticos e os antipiréticos (medicamentos que baixam a temperatura) Contudo, um grande número de pneumonias em crianças são causadas por vírus e estas não são tratadas com antibióticos, portanto o tratamento é individualizado.

A maioria das crianças pode ser tratada em casa, mas cabe ao médico avaliar clinicamente o doente e decidir o local onde deve ser feito o tratamento. Habitualmente, os recém-nascidos são internados.

O prognóstico da PAC nas crianças é bom, com recuperação completa sem sequelas na maioria dos casos. Existem raras situações em que a doença é mais grave, prolongada e pode deixar sequelas.

Actualmente, existem no mercado duas vacinas que são dirigidas contra duas bactérias que frequentemente causam pneumonia ( Haemophilus influenza e Streptococcus pneumoniae). Uma delas (contra o Haemophilus influenza) encontra-se incluída no actual plano de vacinação e desde a sua introdução este agente raramente é responsável por pneumonias. A administração da outra vacina deve ser discutida com o médico assistente da criança.

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Malo Clinic
Saúde é definida pela OMS como " o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não s

O edentulismo (ausência de dentes) é um problema que afeta a população a nível mundial e não está somente relacionado com a falta de cuidados de saúde oral, traumatismos, doenças como a cárie e a doença periodontal, mas também com a idade. O edentulismo varia entre as raças, entre os povos de diferentes países, idades e condições socioeconómicas. Nova Zelândia, Reino Unido e até mesmo a Suécia, países considerados altamente desenvolvidos onde as pessoas têm uma boa assistência de saúde, apresentam elevados índices de edentulismo entre os idosos. Em termos estatísticos, segundo a Ordem dos Médicos Dentistas, em Portugal a população com mais de 65 anos tem uma taxa de edentulismo total ou parcial de cerca de 60%.

As perdas dentárias acarretam sérios problemas. Afetam a mastigação e a digestão de alimentos (dificultando cortá-los, triturá-los e moê-los) acabando por sobrecarregar o estômago e o intestino, podendo causar problemas mais graves, tais como o aparecimento de úlceras gástricas. Afetam a fonética, levando a uma dificuldade em pronunciar determinadas letras e sílabas das palavras e comprometem a imagem do indivíduo. Uma pessoa que não tem dentes tem comprometida a sua aparência o que acaba por afetar a autoestima. É bastante comum que os portadores de próteses removíveis tenham vergonha de serem vistos sem as mesmas e de mencionar que as usam. A maioria destas pessoas tem problemas em utilizá-las, quer pelo desconforto de ter um elemento instável na boca e que muitas vezes cai com a fala ou balança durante a mastigação, quer pela contínua reabsorção do osso e perda de suporte que conduzem com o tempo a uma desadaptação cada vez maior e ao aparecimento de feridas. Este processo leva a que alguns pacientes deixem de suportar por completo este tipo de próteses.

Felizmente os maiores avanços técnicos em saúde oral têm-se registado na reabilitação destes pacientes. A utilização de implantes dentários que funcionam com “raízes falsas” veio revolucionar a Medicina Dentária na medida em que permite atualmente evitar em todas as situações a utilização de próteses removíveis e as inúmeras desvantagens associadas ao uso das mesmas.

A técnica All-on-4™ que começou a ser desenvolvida em 1993 pela MALO CLINIC é uma técnica simples mas completamente revolucionária, reconhecida pela Comunidade Científica Internacional como uma das maiores inovações dos últimos 40 anos no campo da Medicina Dentária. Antes desta técnica, para muitos pacientes o transplante ósseo era uma etapa obrigatória e limitativa do processo de reabilitação oral. Sem necessidade de enxerto ósseo, o All-on-4™ permite que o paciente tenha a “terceira dentição” colocada após uma única cirurgia com duração entre 30 minutos a 1 hora (dependendo da complexidade de cada caso) e 3 a 4 horas depois do início do processo. Rapidez e conforto são as vantagens face às técnicas tradicionais, tendo reduzido para metade os custos desta reabilitação. Esta inovadora técnica tornou realidade o sonho de muitos pacientes desdentados totais de terem dentes fixos e assim melhorarem a sua imagem, evitando demorados, desconfortáveis e dolorosos procedimentos cirúrgicos de reconstrução óssea.

Para o planeamento deste tipo de cirurgia, é necessário fazer uma avaliação da quantidade óssea disponível recorrendo a uma TAC. Nos casos mais “simples” os quatro implantes são colocados no osso do maxilar em questão. Se contudo a TAC revelar “pouco osso” recorre-se a implantes mais longos ancorados no osso zigomático aplicando o All-on-4 Híbrido™ ou All-on-4 Extra-Maxila™ permitindo de igual modo a colocação da prótese e consequentemente o restabelecimento funcional e estético no próprio dia. Estes procedimentos poderão ser realizados recorrendo a anestesia geral ou não, conforme os casos.

Com as novas tecnologias, nomeadamente as inovações de software para reconstrução tridimensional dos maxilares dos pacientes a partir da TAC (como a tecnologia NobelGuide™), consegue-se hoje, em grande parte dos casos o planeamento no computador destas cirurgias permitindo a sua a realização através de uma cirurgia minimamente invasiva reduzindo em muito o tempo cirúrgico e anulando qualquer desconforto durante e após a cirurgia.

Para além da evolução neste campo da medicina em termos de técnicas cirúrgicas, temos vindo a assistir paralelamente a grandes evoluções no processo de reabilitação protética com o aparecimento de materiais cerâmicos e acrílicos que mimetizam fielmente os dentes naturais o que nos permite reabilitar um desdentado total com dentes fixos o mais idênticos possível aos dentes naturais. Isto permite-nos afirmar que há soluções para qualquer pessoa poder voltar a falar com confiança, comer todo tipo de alimentos e voltar a sorrir.

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Mais frequente em crianças
A vacina é o método mais eficaz para evitar contrair pneumonia por Hemophilus influenzae, mais frequ
Pneumonia causada por Hemophilus influenzae

A pneumonia é uma inflamação do tecido pulmonar de origem infecciosa, constituindo uma importante causa de mortalidade entre as crianças, idosos e pessoas com defesas orgânicas reduzidas. A infecção inicia-se nos brônquios e bronquíolos para originar vários focos em vários segmentos de um ou ambos os pulmões sucessivamente.

São diversos os agentes que podem provocar pneumonia, embora os mais frequentes sejam as bactérias. A pneumonia por Hemophilus influenzae é responsável por significativa morbilidade e mortalidade em todo o mundo, especialmente em crianças com menos de 5 anos.
O Hemophilus influenzae vive na orofaringe das pessoas mas nem sempre causa doença. Ou seja, uma pessoa pode ser portadora assintomática e não apresentar sintomas. A transmissão da doença ocorre por gotículas respiratórias.

De referir que apesar do seu nome, este tipo de pneumonia causada pela bactéria Hemophilus influenzae, nada tem a ver com o vírus da influenza que causa a gripe. As estirpes de Hemophilus influenzae tipo b são o grupo mais virulento e provocam graves doenças, como a meningite, a epiglotite e a pneumonia, embora com o uso amplamente difundido da vacina com o Hemophilus influenzae tipo b, a doença grave causada por este microrganismo está a tornar-se menos frequente.

Infelizmente a vacina não está disponível para aproximadamente 75 por cento das crianças, sobretudo aquelas que vivem nos países mais pobres, onde ocorrem anualmente 3 milhões de casos de doença invasiva e pelo menos 400 mil mortes.

Por esta razão a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, recentemente, a implementação global desta vacina nos Programas Nacionais de Vacinação, excepto nos casos em que o impacto da doença fosse baixo, sem benefícios ou com fortes impedimentos à sua implementação.

Os sintomas da infecção podem ser acessos de espirros e corrimento nasal, seguidos pelos sintomas mais característicos da pneumonia, como febre, tosse que produz expectoração e dispneia.
É frequente o aparecimento de líquido na cavidade pleural (o espaço compreendido entre as duas camadas da membrana que reveste o pulmão e a parede torácica); esta afecção denomina-se derrame pleural. O tratamento deste tipo de pneumonia inclui a administração de antibióticos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Malo Clinic
Atualmente a Medicina Estética deixou de ser uma área reservada exclusivamente a uma pequena franja

Uma das áreas que reflete melhor a democratização da Estética é a Medicina Dentária, que ao longo dos anos passou de uma área exclusivamente médica, onde o objetivo era o tratamento de uma doença, para um conceito multidisciplinar em que o resultado estético é determinante.

As pessoas em geral têm hoje maiores exigências e sabem concretamente o que querem mudar ou melhorar quando nos procuram. Por outro lado, com a evolução dos materiais dentários e tecnologia, as expectativas em relação aos resultados em Medicina Dentária são cada vez mais elevadas. Daí que a articulação entre a Medicina Dentária e a área da Medicina Estética, seja uma realidade cada vez mais frequente.

Um sorriso agradável é aquele em que o tamanho, a forma, a posição e a cor dos dentes, estão em harmonia com os tecidos circundantes e a simetria é mantida. Para a perceção da estética de um sorriso, a dentição é apenas parte de um todo onde, o tecido gengival, o espaço intermaxilar, os lábios e finalmente a face, assumem um papel relevante. Com o envelhecimento, a derme perde espessura devido à redução das fibras elásticas e do colagénio. Essas alterações são também responsáveis pelo enrugamento, apesar dos grandes sulcos poderem decorrer também da resposta do organismo ao meio envolvente como o frio, o calor e a exposição solar.

A reabilitação oral é muitas vezes o momento de viragem no que diz respeito à preocupação do indivíduo face à sua aparência, sendo impulsionadora de mudanças de hábitos e geradora de autoestima. Com o intuito de atenuar as marcas do tempo, cada vez mais pessoas recorrem a novas soluções no âmbito da Medicina Estética, sendo a região perioral (em redor da boca), um dos principais alvos destes tratamentos.

Com o aparecimento dos materiais de preenchimento usados na Cirurgia Estética é possível alterar a aparência das zonas periorais sem recorrer à cirurgia dita convencional. Tratamentos com injetáveis têm sido vastamente utilizados em tratamentos de preenchimento labial, uma vez que permitem a obtenção de resultados praticamente imediatos (de trinta minutos a duas horas), sem as complicações subjacentes a uma intervenção cirúrgica. Os tipos de injetáveis mais utilizados são o ácido hialurónico, a hidroxiapatite e o colagénio que são infiltrados diretamente nas rugas para preenchimentos peri-labiais, peri-oculares, nos lábios e contorno mandibular que teima em ser o primeiro a descair depois dos 40 anos. Estes procedimentos podem não recorrer à anestesia e os materiais utilizados são absorvidos pelo organismo, variando a sua duração de semanas a meses. Esta característica é vantajosa, uma vez que para o paciente é sempre uma possibilidade reversível.

Em alguns casos, nomeadamente no combate ao envelhecimento facial, pode ser necessário recorrer a cirurgia plástica propriamente dita como os liftings faciais, temporais, cervicais, as blefaroplastias (redução das pálpebras) e mentoplastias (redução do queixo).

Tratamentos com infravermelhos, radiofrequência, luz pulsada e laser podem também ser utilizados com a finalidade de melhorar o contorno, a flacidez, as manchas, as rugas superficiais e as cicatrizes de acne. Por fim, o tratamento com injeção de Toxina Botulinica (Botox) é amplamente utilizado com a finalidade de paralisar os músculos que provocam as rugas da testa e os pés de galinha, enquanto injeções de ácido poli-L-láctico em pontos estratégicos da face, visam estimular o colagénio e a elastina a formar uma rede de sustentação de toda a pele da face, contrariando a flacidez e evitando que as convexidades se transformem em concavidades.

Para que um plano de tratamento resulte plenamente terá de ser elaborado por uma equipa multidisciplinar que articule as várias áreas do conhecimento para atingir um resultado de excelência.

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Fique a conhecer
As crianças, entendidas, de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, como "todo o s
Criança com óculos de aviador a brincar aos aviões

 

1. Deve ser avaliado o crescimento e desenvolvimento e registar, nos suportes próprios, nomeadamente no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil, os dados do desenvolvimento físico, bem como parâmetros do desenvolvimento psicomotor, escolaridade e desenvolvimento psicossocial.

 

2. Estimular a opção por comportamentos saudáveis, entre os quais os relacionados com:
- A nutrição, adequada às diferentes idades e às necessidades individuais, prevenindo práticas alimentares desequilibradas;
- A prática regular de exercício físico, a vida ao ar livre e em ambientes despoluídos e a gestão do stress;
- A prevenção de consumos nocivos e a adopção de medidas de segurança, reduzindo assim o risco de acidentes.

3. Promover:
- O cumprimento do Programa Nacional de Vacinação;
- A suplementação vitamínica e mineral, nas idades e situações indicadas;
- A saúde oral;
- A prevenção de acidentes e intoxicações;
- A prevenção dos riscos decorrentes da exposição solar;
- A prevenção das perturbações da esfera psicoafectiva.
 
4. Os pais, educadores e profissionais de saúde devem estar atentos para a detecção precoce de situações que possam afectar negativamente a vida ou a qualidade de vida da criança e do adolescente, como:
- Malformações congénitas (doença luxante da anca, cardiopatias congénitas, testículo não descido);
- Perturbações da visão, audição e linguagem;
- Perturbações do desenvolvimento estaturoponderal e psicomotor;
- Alterações neurológicas, alterações de comportamento e do foro psicoafectivo.
 
Aos profissionais de saúde cabe:
 
a) Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades, nomeadamente reforçando o papel dos pais e alertando para os sinais e sintomas que justificam o recurso aos diversos serviços de saúde;
b) Sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem como promover a eficaz articulação com os vários intervenientes nos cuidados a estas crianças;
c) Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado;
d) Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de violência ou negligência, qualquer que seja o seu tipo;
e) Promover a auto-estima do adolescente e a sua progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde;
f) Prevenir situações disruptivas ou de risco acrescido;
g) Apoiar e estimular a função parental e promover o bem-estar familiar.

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Estudo demonstra:
Um grupo de cientistas suíços demonstrou que o consumo de cobre, metal presente na água potável, acelera o crescimento de...

Um estudo realizado por especialistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) na Suíça testou os níveis máximos de cobre permitidos na rede de provisão pública da água. “A nossa maior surpresa foi constatar que acrescentando uma pequena quantidade de cobre à água potável, acelerávamos o desenvolvimento de tumores nos ratos, o que demonstra que este metal é um nutriente essencial para as células cancerígenas”, explicou a autora principal do estudo, Seiko Ishida.

Os cientistas da EPFL descartaram que o cobre possa produzir cancro, já que os ratos com boa saúde expostos aos mesmos níveis de cobre na água potável que os ratos com cancro não desenvolveram a doença. “Os tumores, ao contrário dos tecidos, são particularmente sensíveis aos níveis de cobre”, afirmou Ishida, que descreveu este facto como uma “observação desconcertante” que incitou a equipa científica a investigar o problema.

Neste sentido, o estudo sugere que níveis inferiores de cobre nos pacientes com cancro poderiam ajudar no tratamento desta doença. O estudo conclui que se for possível limitar as duas maneiras nas quais as células produzem energia em forma de ATP (respiração e glucólisis), seria possível fazer as células cancerígenas “morrerem de fome”. Para se multiplicarem, tanto as células sãs com as cancerígenas necessitam de energia, que pode ser produzida por “respiração”, para a qual necessitam de oxigénio, ou por “glicólise”, para o qual necessitam de glicose.

A forma mais eficaz de conseguir energia para uma célula é por respiração, processo com o qual a célula armazena a energia numa molécula chamada ATP e que necessita de uma enzima que é activada com o cobre. Os cientistas comprovaram que um menor fornecimento de cobre obstaculiza a actividade da célula de cima implicada no processo de respiração, e que as células cancerígenas compensavam esta apatia com o processo da glucólise, o que mantinha os níveis de ATP mais baixos e parava o crescimento dos tumores. No estudo, dirigido pelo investigador da EPFL Douglas Hanahan, foram utilizados ratos geneticamente modificados portadores de cancro do pâncreas.

Esclareça-se
Conheça as respostas às perguntas mais frequentes sobre as alergias nas crianças.
Alergias nas crianças

O que é a alergia?

A alergia é uma resposta inadequada e exagerada do mecanismo de defesa do nosso organismo, o sistema imunológico, a substâncias que normalmente são inofensivas. Estas substâncias, que normalmente não provocam qualquer reacção mas que podem desencadear respostas alérgicas em pessoas mais susceptíveis, são chamadas alergénios.

O que é que acontece no nosso corpo quando ocorre uma reacção alérgica?

Quando um alergénio entra em contacto com o organismo de uma pessoa predisposta a alergias, ocorre uma série de reacções que levam à produção de anticorpos específicos para esse alergénio - as imunoglobulinas E (IgE). Estes anticorpos colam-se a células chamadas mastócitos, que se encontram em maior quantidade no nariz, olhos, pele, pulmões e intestino. Da próxima vez que a pessoa entrar em contacto com essa substância, o alergénio é reconhecido e capturado pela IgE, o que leva à libertação súbita de mediadores, como a histamina, a partir dos mastócitos. São estes mediadores os responsáveis pelos sintomas da reacção alérgica.

Quais são os alergénios mais frequentes?

Os alergénios mais frequentes são os que existem no ar e que podem ser inalados (pólen das árvores ou gramíneas, ácaros do pó, pelo e dejectos dos animais domésticos, esporos de bolores) ou os que podem ser ingeridos nos alimentos (leite de vaca, ovo, peixe, marisco, amendoim) ou em certos medicamentos (antibióticos). O veneno da picada de insectos (abelha, vespa e mosquito) também pode provocar reacções alérgicas.

Quais são as doenças alérgicas mais frequentes e os seus sintomas?

Nas crianças as principais doenças alérgicas são a dermatite/eczema atópico (pele muito seca, vermelha e a descamar, comichão, pequenas borbulhas em certas regiões), a alergia alimentar (vómitos, diarreia, inchaço da língua, lábios e olhos, manchas na pele, falta de ar, chiadeira), a asma (tosse, falta de ar, chiadeira) e a rinite e conjuntivite alérgicas (obstrução nasal com corrimento, comichão nasal, espirros, olhos vermelhos, inchados e com lágrimas, comichão ocular). No primeiro ano de vida predominam a dermatite/eczema atópico e a alergia alimentar. A asma e a rinite/conjuntivite surgem mais tarde.

Todas as crianças com sintomas precisam de fazer testes para as alergias?

Não. Devem fazer testes para as alergias aquelas crianças com sintomas persistentes ou recorrentes que perturbem a sua vida diária, ou seja, que as incomodem no sono, na escola, e aquelas que necessitem de tratamento. 

O que posso fazer para controlar a doença?

O primeiro passo é a evicção dos alergénios, ou seja, evitar a exposição aos alergénios que foram identificados nos testes. Por vezes isso é impossível, como evitar por completo o pólen das árvores ou ácaros do pó, no entanto, devem ser tomadas medidas para reduzir ao máximo o contacto com esses alergénios.
Se necessário, devem ser utilizados medicamentos que controlam os sintomas, embora não curem a doença. Os anti-histamínicos bloqueiam a acção da histamina, um dos principais mediadores libertado durante a reacção alérgica e assim diminuem os sintomas. Os corticosteroides são usados para tratar a inflamação em situações crónicas. Outros medicamentos são receitados dependendo da doença alérgica em causa, emolientes para a dermatite/eczema atópico, descongestionantes nasais para a rinite alérgica e broncodilatadores para a asma. O tratamento das doenças alérgicas deve ser individualizado para cada doente e orientado por um médico experiente. 

O que são as vacinas para a alergia?

A imunoterapia alérgica é uma forma de tratamento que tem como objectivo diminuir a sensibilidade aos alergénios alterando a resposta imunológica do organismo. Consiste na injecção subcutanêa de quantidades crescentes de alergénios de modo a criar tolerância. O tratamento tem uma longa duração, geralmente 3 a 5 anos. Devido ao risco de reacções adversas deve ser efectuado sob vigilância médica. A imunoterapia é eficaz na asma, rinite e conjuntivite alérgicas e na alergia à picada de insectos. Não é útil no tratamento da dermatite/eczema atópico ou alergias alimentares. Só é recomendada para crianças a partir dos 5 anos de idade.

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