Conferência
O envelhecimento é, uma fase da vida com cada vez mais impacto e importância na sociedade em que estamos inseridos. Certamente...

Neste sentido, no próximo dia 21 de março, às 16h30, nos Montes Claros, em Lisboa, terá lugar a Conferência Astellas 2019, que pretende discutir a “Medicina Humanizada – Envelhecimento ou Longevidade?”. A discussão tem como objetivo refletir sobre uma das questões mais humanistas da vertente da medicina: a saúde e o doente dos dias de hoje.

A iniciativa irá contar com especialistas de várias áreas e com diferentes experiências, que darão o seu parecer através de reflexão sobre o nosso futuro como pessoa, futuro como ser humano, e a contribuição da medicina para o aumento da longevidade, bem como as necessidades de adaptação na saúde.

Júlio Machado Vaz, Professor Universitário Aposentado e Psiquiatra, modera a sessão olhando para os desafios do envelhecimento e que mais-valias traz a longevidade. Tiago Reis Marques, psiquiatra e investigador em neurociência, vai explicar de que forma conseguiremos alcançar a longevidade, e proteger o nosso cérebro de um envelhecimento mais acelerado.

Joana Santos Silva, farmacêutica e professora na Universidade Católica, aborda quais os avanços tecnológicos existentes na medicina que nos permitirão viver muito mais anos e com mais saúde.

Júlio Isidro, reconhecido como um dos mais bem-sucedidos profissionais da televisão portuguesa, vai participar no Debate da Conferência, onde falará na primeira pessoa de que forma é que a Humanização da Medicina está ligada ao aumento da longevidade.

“O nosso objetivo com esta iniciativa é promover o debate sobre um tema que nos toca a todos - o envelhecimento, percebendo quais os principais avanços que estão a ser realizados na saúde e qual o impacto na longevidade da sociedade. Para discutirmos esta ideia vamos juntar várias pessoas, todas com diferentes experiências e conhecimentos para que nos possam mostrar de que forma é que a humanização da medicina está ligada com o aumento da longevidade”, refere Filipe Novais, General Manager da Astellas Farma em Portugal.

A conferência vai juntar vários profissionais de saúde, personalidades da área saúde, associações de doentes, sociedades científicas, diretores hospitalares e das principais universidades de Medicina em Portugal.

Sem autorização do Governo
É hoje publicado em Diário da República o despacho que permitirá “agilizar a contratação de profissionais de saúde que venham...

No entanto, ficam de fora os médicos, cuja contratação, ainda que temporária, continua a depender da autorização dos Ministérios da Saúde e das Finanças.

Muitos dos pedidos de substituição temporária de profissionais de saúde estão ligados ao gozo de licença de parentalidade prolongada.

“Perante a urgência das substituições, a ministra da Saúde autoriza [os hospitais EPE] a celebrar contratos de trabalho a termo resolutivo incerto, para substituição dos trabalhadores temporariamente ausentes, previsivelmente por período igual ou superior a 120 dias”, refere fonte da tutela.

De acordo com o novo despacho, a Administração Central do Sistema de Saúde, passa a ter competência para autorizar estas contratações, podendo ainda delegar nas administrações regionais de saúde.

Segundo a notícia avançada pelo Sapo 24, prevê-se ainda que o mesmo despacho autorize a contratação de 400 assistentes operacionais e de 450 enfermeiros por parte dos hospitais EPE.

Atualmente, os hospitais não têm autonomia de contratação, estando dependentes de autorização do Governo.

No entanto, o Ministério da Saúde já fez saber que este ano vai avançar um projeto de autonomia para 11 hospitais, com financiamento adequado, dotando-os de maior autonomia para sua gestão.

 

Campanha "Ossos Fortes"
Em Portugal, a osteoporose está na origem de cerca de 40 mil fraturas por ano, as quais têm um impacto negativo importante na...

Estima-se ainda que cerca de 40 a 50% dos doentes com mais de 70 anos vão necessitar de assistência e de apoio social, o que implica um investimento socioeconómico relevante.

Num estudo português publicado em 2016, estimou-se que a prevalência da osteoporose na população adulta em Portugal era de cerca de 10%, sendo mais frequente nas mulheres que nos homens. Num outro estudo recentemente publicado em 2018, sobre dados da população portuguesa, estimou-se uma prevalência de osteoporose de 50% na população feminina com mais de 65 anos, sendo que a prevalência de fraturas de fragilidade neste escalão etário foi de 21%.

Luís Cunha Miranda, presidente da SPR, alerta ainda que “20% das mulheres que sofrem uma fratura da anca acabam por falecer um ano após a fratura e, como tal, temos de promover a implementação de boas práticas que ajudem a melhorar a qualidade de vida dos doentes e diminuir a morbilidade e mortalidade na Osteoporose”. As fraturas da anca em pessoas com Osteoporose representam uma totalidade de 10 mil fraturas anuais.

Num esforço para dar a conhecer a doença e os riscos que acarreta, aAssociação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e a Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM), com o apoio da Amgen e da Infraestruturas de Portugal, uniram-se para contribuir para educação da população sobre a Osteoporose e o risco de fraturas.

A campanha “Impeça a Osteoporose de quebrar a sua rotina” procura dar à população uma ferramenta de apoio para este problema de saúde pública, com o lançamento da plataforma de educação “Ossos Fortes”. Esta plataforma abordará problemas como a falta de adesão à terapêutica, a carência de vitamina D, entre outros temas pertinentes, e suas implicações na saúde e bem-estar das pessoas com Osteoporose.

Viviana Tavares, presidente da APOROS, refere a importância da plataforma www.ossosfortes.pt que partilha histórias reais, informação sobre como prevenir a osteoporose, um questionário de auto-avaliação sobre risco de fraturas, cuidados para evitar as quedas e as fraturas e medidas para um envelhecimento ativo”.

Vai ser ainda realizada uma ação de rua que pretende sensibilizar a população para esta problemática, a decorrer entre as 9h e as 13h, de dia 16 de março, no Mercado da Ribeira e na Estação Ferroviária do Cais do Sodré.

Tiago Amieiro, Diretor-Geral da Amgen, declara ainda que “o nosso principal objetivo é que possam ser identificados os casos de Osteoporose pós-menopáusica de maior risco atempadamente e tratá-los para contrariarmos a elevada incidência de fraturas nestes doentes e todos os problemas sociais que daí podem resultar”.

A plataforma “Ossos Fortes” estará disponível no próximo dia 16 de março em: www.ossosfortes.pt

Estudo
As lesões de esforço são as que mais afetam os profissionais de saúde, conclui investigação do Instituto de Saúde Pública da...

O estudo, publicado na revista “PLOS ONE”, pretendeu caracterizar melhor o diagnóstico de lesão resultante de acidente de trabalho em profissionais de saúde e perceber qual o seu impacto no absentismo laboral.

Os investigadores caracterizaram 824 casos de lesão musculosquelética por acidente de trabalho, ocorridos no Centro Hospitalar de São João (CHSJ), durante o período de janeiro de 2011 a dezembro de 2014.

Verificou-se que os diagnósticos de lesão mais frequentes foram os traumas diretos dos membros inferiores e superiores e a lesão por esforço da coluna vertebral. “Destes três grupos de diagnóstico, o que se associou a um maior período de absentismo laboral foi o corresponde às lesões por esforço da coluna vertebral”, refere João Amaro, primeiro autor do estudo, coordenado por Pedro Norton.

“Constatámos que havia uma elevada incidência de lesões de esforço entre os profissionais de saúde. Este tipo de lesões resulta, por exemplo, do posicionamento de doentes dependentes em camas e da aplicação de cuidados de higiene, e afetam particularmente a coluna lombar, a coluna cervical e os ombros. Trata-se do grupo de diagnóstico responsável por um período de ausência ao trabalho mais prolongado”, diz o investigador.

Observou-se que “as lesões por esforço da coluna vertebral estão associadas a um risco cinco vezes maior de absentismo laboral por um período superior a 20 dias, algo que não esperávamos”, sublinha.

O estudo verificou também que os profissionais de saúde mais suscetíveis ao desenvolvimento de lesão por esforço são mulheres em idades mais jovens (até aos 35 anos). Infelizmente este tipo de lesões são frequentemente subtratadas e pouco acompanhadas na fase aguda.

Para João Amaro, os resultados do trabalho realçam que “as lesões de esforço devem ser seriamente tidas em conta nos esforços de prevenção de sinistralidade laboral, dado o impacto negativo que têm na saúde dos funcionários e nos períodos elevados de ausência ao trabalho”.

Alternativa mais barata
De acordo com o relatório de Monitorização do Consumo de Medicamentos do Infarmed relativo a 2018, o consumo de medicamentos...

O mesmo relatório aponta que, no total de 161 milhões de embalagens dispensadas independentemente de terem ou não correspondente em genérico, 48,4% da quota de mercado de unidades são genéricos, tendo-se registado uma subida de 1,1% em relação a 2017. Em 2010 este valor de quota de mercado era de 31,4%.

Em média, a despesa do cidadão com medicamentos, incluindo genéricos e de marca, em 2018 foi de 72,60€ per capita.

Os medicamentos genéricos constituem uma alternativa com a mesma eficácia e segurança mais barata ao medicamento de referência, contribuindo simultaneamente para o controlo da despesa do Estado e maior acessibilidade ao medicamento, assegurando assim melhores cuidados de saúde à população.

 

A decisão foi do Governo e estabelece um regime excecional de comparticipação do Estado no preço de medicamentos, alimentos e...

De acordo com a informação divulgada pela Autoridade Nacional do Medicamento, este diploma prevê que a prescrição apenas possa ser realizada por médicos especialistas em Pediatria, devendo para o efeito mencionar a portaria n.º 76/2018, que estabelece este regime excepcional.

Os produtos abrangidos têm, no entanto, limitação temporal de prescrição variável. As receitas têm de ser, por enquanto, manuais.

A dispensa só pode ser feira em farmácia de oficina.

A inclusão de alimentos e suplementos alimentares neste regime excecional carece ainda da avaliação do pedido de comparticipação feito pelas empresas responsáveis pela sua comercialização.

 

Nota positiva
O Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe (LNRVG) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge voltou a...

Todos os anos os laboratórios nacionais de referência para a gripe são avaliados pela OMS, de acordo com os critérios de referência estabelecidos. Na época gripal 2017/2018, esta entidade  considerou que o LNRVG do Instituto Ricardo Jorge teve, mais uma vez, desempenho positivo, pelo que concedeu a extensão do reconhecimento, continuando este laboratório a fazer parte Rede Mundial de Vigilância da Gripe (Global Influenza Surveillance and Response System – GISRS), rede estabelecida em 1952 e da qual o instituto faz parte desde 1953.

Os laboratórios nacionais de referência devem demonstrar, anualmente, que cumprem os termos de referência estabelecidos com a OMS, nomeadamente constituir o ponto de contato entre a OMS e o país de origem relativamente à vigilância da gripe e reportar os dados nacionais da vigilância da gripe, com atualizações semanais, e detetar vírus da gripe emergentes e surtos da doença. Estes laboratórios são ainda responsáveis por enviar estirpes do vírus da gripe ao laboratório de referência da OMS, participar nos programas de avaliação externa da qualidade organizados pela OMS e garantir o envolvimento em processos de acreditação, de acordo com normas nacionais ou internacionais.

A rede GISRS inclui atualmente 143 instituições, onde estão localizados os Laboratórios Nacionais de Referência para a Gripe, distribuídas por 113 Estados-membros da OMS. Na Europa existem 52 laboratórios de referência para o vírus da gripe, estando os restantes laboratórios distribuídos pelas regiões de África, América, Mediterrânio, Ásia e Pacífico, sendo que além dos laboratórios de referência nacionais existem seis centros de referência designados por WHO Collaborating Centres.

Os dados gerados pelos Laboratórios Nacionais de Referência para o Vírus da Gripe são críticos para o esclarecimento da duração e dispersão das epidemias anuais do vírus da gripe e para avaliar a contribuição de diferentes vírus para a morbilidade e mortalidade. Os vírus da gripe partilhados com o laboratório de referência da região europeia contribuem para a seleção anual das estirpes do vírus da gripe que integram a vacina antigripal, para a deteção de vírus da gripe emergentes e para a monitorização das resistências aos antivirais.

Alerta a bastonária
O tema não é novo mas a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos voltou a alertar para uma realidade que acontece em todo o país....

“Tem havido frequentes notas recentes a propósito dessa necessidade, é um processo no qual estamos empenhados e de que não desistiremos até estar concluído”, disse a ministra da Saúde, Marta Temido, aos jornalistas, no final da cerimónia da tomada de posse da bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, que formalizou no Centro Cultural de Belém o arranque do seu segundo e último mandato.

No seu discurso na sessão, Ana Paula Martins deixou alguns recados ao Governo, em relação à falta de farmacêuticos nas farmácias hospitalares, mas também em relação às dificuldades económicas que algumas farmácias atravessam.

MartaTemido respondeu com o reconhecimento da necessidade de reforçar o pessoal nas farmácias hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e com a provisão no Orçamento do Estado para 2019 de verbas para um reforço em recursos humanos, mas recordou que o SNS não são só farmacêuticos e defendeu que o “grande desafio é encontrar a combinação virtuosa” entre as necessidades do SNS, cada vez mais procurado, e os “meios limitados” que tem para gerir.

“É uma combinação que temos que fazer com muita prudência, muita ponderação e o envolvimento de todos”, disse.

A bastonária dos farmacêuticos reconheceu “passos em frente” dados pelo Ministério da Saúde, autorizando contratações que, no entanto, continuam por concretizar, dependentes da autorização do Ministério das Finanças.

“A questão que se coloca é sempre a mesma. Cada vez que chegamos ao que chamamos a zona vermelha, a zona limite, mesmo que haja a vontade dos agentes políticos para solucionar a questão, estas questões depois não se solucionam do dia para a noite. É para isso que temos vindo a alertar. Há muito tempo que atingimos essa linha vermelha. A devolução das 35 horas ia acrescentar a estas profissões que trabalham por turnos problemas adicionais aos que já existiam e esses problemas, tanto quanto sabemos, mantêm-se”, disse Ana Paula Martins.

A bastonária sublinhou os alertas por parte da Ordem dos Farmacêuticos em relação a esta situação, mais preocupante a norte do país, onde os serviços noturnos não têm condições para ser assegurados e lembrou que brevemente a Ordem será ouvida na Assembleia da República, tendo Ana Paula Martins adiantado que se fará acompanhar dos diretores de serviço da região norte para “clarificar a situação” que “continua com muitas dificuldades em termos de recursos humanos”.

Ana Paula Martins referiu o caso do Hospital de São João, no Porto, para o qual a ministra já autorizou a contratação de quatro farmacêuticos, mas que ainda não se concretizou.

Insónia é o distúrbio do sono que atinge mais portugueses
Não há dúvida de que precisamos dormir!

Durante o sono, o cérebro desliga-se do ambiente exterior, de forma a restabelecer o equilíbrio bioquímico do organismo e a reorganizar a estrutura emocional. Através do sono, a memória organiza a informação acumulada no dia a dia, de modo a ser catalogada e armazenada, para que mais tarde possa ser recuperada. Para pensarmos, trabalharmos, agirmos ou termos capacidade para decidir, é importante um regime de descanso saudável.

No entanto, a espiral de trabalho diário em que nos encontramos, as exigências, as preocupações advindas de problemas do quotidiano, os distúrbios emocionais, tais como a depressão e a ansiedade, provocam insónias ou um tipo de sono quase consciente, em que parece que estamos em alerta para os barulhos e sensações que nos rodeiam. Este tipo de sono não nos ajuda a recuperar a nossa energia levando-nos, muitas vezes, à privação de sono.

Quando sofremos de privação do sono, um dos maiores fatores de stress para o homem, podemos estar sujeitos a alterações psíquicas e à própria imunidade do corpo. O facto de não dormirmos prejudica gravemente os processos cognitivos, nomeadamente, a atenção, a concentração, o raciocínio e a resolução de problemas. A perda cognitiva, associada à privação de sono, contribui para que, por exemplo, o tempo de reação seja menor, face a estímulos que nos possam pôr em perigo.

A insónia é o distúrbio de sono mais comum em Portugal, é definida como uma experiência subjetiva de sono inadequado ou de qualidade limitada, com prejuízo para o funcionamento profissional, social e execução de atividades diurnas no geral. É o distúrbio de sono mais frequente no adulto e está associado a graves consequências, como o aumento da mortalidade, causada por doenças cardiovasculares, distúrbios psiquiátricos, acidentes e absentismo laboral.

No Modelo Psicoterapêutico HBM (Human Behaviour Map) denominamos dois tipos de insónias, as insónias relativas e as insónias absolutas. As insónias relativas, podem ir de ligeiras a moderadas, causadas por pequenos problemas do dia a dia, ainda por resolver e que causam preocupação, ou por problemas graves, para os quais ainda não temos solução, e cujos riscos, avaliamos como elevados. Geralmente, na base destas insónias estão a ansiedade generalizada, associadas ao medo em falhar, medo de que algo não corra bem, preocupações iminentes, e estados depressivos. São um tipo de insónias que advêm de experiências quotidianas que nos preocupam e que provocam em nós um estado permanente de pensamento e vigilância. As insónias absolutas, são caracterizadas por ausência de sono. As pessoas não conseguem dormir nem descansar, por pouco tempo que seja. Este tipo de insónias está associado ao Síndroma do Pânico.

Os distúrbios do sono, quer sejam decorrentes dos estados emocionais negativos (ansiedade e ou depressão) ou pela falta de cuidado com as horas de descanso, decorrentes das solicitações diárias, do trabalho, da família, etc. provocam consequências nefastas a nível psíquico e físico.

Alguns conselhos como, procurar ajuda psicoterapêutica, a fim de eliminar a depressão e a ansiedade, diminuindo os estados de alerta, na hora do sono, advindos das preocupações e, adotar hábitos de higiene de sono, são fundamentais para promover um sono reparador e regenerador.  Apesar dos especialistas recomendarem sete a oito horas de sono, cada pessoa deve dormir aquilo de que precisa. Nem todos precisamos de dormir as mesmas horas. E o sono varia de noite para noite. 

Algumas dicas como, criar um horário de sono, deitar mais ou menos à mesma hora todos os dias; manter o quarto calmo e isento de estímulos visuais ou sonoros, com uma temperatura adequada; evitar a ingestão de álcool e bebidas com cafeína a partir da tarde; tomar um banho quente e relaxante, podem ajudar a pessoa a relaxar e a dormir melhor. Podemos sempre ler um livro, relaxar todo o corpo e ir desligando dos problemas diários. Dormir é fundamental!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Insuficiência renal
Em Portugal, mais de 750 doentes fazem diálise peritoneal no domicílio, dos quais 180 beneficiam atualmente de...

“Saúde Renal para Todos em Qualquer Lugar” foi o mote do Dia Mundial do Rim, que se assinala todos os anos, 14 de março. O lema deste ano pretendia alertar para a importância de eliminar barreiras geográficas com destaque para a prevenção e diagnóstico atempado, assim como para a necessidade de tornar universal o acesso a um melhor acompanhamento e tratamento da doença renal crónica (DRC).

Em Portugal, cerca de cerca de 200 doentes fazem atualmente diálise peritoneal no domicílio com monitorização remota, num projeto que se estende a 15 hospitais do país, e que permite garantir que estes doentes, independentemente do local onde vivem, têm acesso a um tratamento individualizado com vigilância médica e de enfermagem diárias.

A Doença Renal Crónica (DRC) afeta cerca de 850 milhões de pessoas e é a 6.ª causa de morte mais comum em todo o mundo, de acordo com os dados da Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN). A falta de acesso ao tratamento e a cuidados de saúde adequados continua a ser uma realidade em alguns países e regiões menos favorecidas, contribuindo para uma maior prevalência e uma progressão mais rápida da doença renal crónica, com necessidade precoce de terapêutica de substituição renal, o que se traduz em consequências na qualidade de vida do doente e dos seus familiares.

A diálise peritoneal com telemonitorização permite ao doente realizar o tratamento enquanto dorme ou faz tarefas simples, gerindo o seu tempo e a sua rotina diária.

“Diminuir a carga da DRC só é possível se todos os doentes, independentemente do sítio onde vivem, idade ou condição socioeconómica, tiverem acesso aos melhores cuidados de saúde, a um tratamento adequado e acompanhamento permanente por parte do seu médico nefrologista”, lembra Ana Vila Lobos, médica nefrologista e Diretora do Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT).

“A diálise peritoneal com telemonitorização vai mais longe pois ao tornar ubíquo um tratamento domiciliário em termos de vigilância contínua da equipa de saúde, a equidade no tratamento fica assegurada quer o doente viva ao lado do hospital ou a 150 Km do mesmo”, acrescenta a especialista.

Filipe Granjo Paias, Country Lead da Baxter Portugal, companhia líder em cuidados renais, responsável pelo desenvolvimento da plataforma de telemonitorização em diálise peritoneal, lembra que “atualmente, a monitorização remota possibilita o tratamento domiciliário a mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo, em mais de 40 países de quatro continentes. Isto torna real o nosso compromisso com a cada vez maior equidade no acesso aos cuidados de saúde e com a sustentabilidade e eficiência das unidades do Serviço Nacional de Saúde”.

Esta tecnologia bidirecional permite à equipa de cuidados de saúde monitorizar e gerir remotamente a terapêutica a partir do hospital, incluindo a possibilidade de ajustar a prescrição de modo a otimizar a terapêutica sem a necessidade de o doente ir ao Hospital com tanta frequência. Esta monitorização da terapêutica no domicílio permite também agir de forma atempada em caso de dúvidas sobre o tratamento. Ao doente, permite-lhe ainda saber que a sua adesão ao tratamento está a ser avaliada, tornando-o mais consciente da importância dessa adesão e criando condições para obter ganhos em saúde.

Sobre a Diálise Peritoneal Automática (DPA)

A Diálise Peritoneal utiliza uma membrana natural como filtro - o peritoneu. O fluido de diálise é introduzido na cavidade peritoneal através dum pequeno tubo flexível, que foi previamente implantado no abdómen de forma permanente, numa intervenção cirúrgica menor. Uma parte deste tubo, o cateter, permanece fora do abdómen e permite a conexão às bolsas de solução de diálise. O cateter fica escondido por baixo da roupa. A Diálise Peritoneal Automática efetua-se normalmente em casa, durante a noite, enquanto o doente dorme. Um monitor (cicladora) controla o tempo para efetuar as trocas necessárias, drena a solução utilizada e introduz a nova solução de diálise na cavidade peritoneal. No início do tratamento, é necessário preparar as linhas e as soluções, ligar a máquina e conectar o cateter do doente. A cicladora efetua as trocas programadas, normalmente durante 8 a 10 horas. De manhã, o doente só tem que se desligar do aparelho. As máquinas de Diálise Peritoneal Automática são seguras, fáceis de gerir e podem ser utilizadas em qualquer lugar com acesso à eletricidade. São a opção de tratamento ideal para as pessoas que trabalham, para as crianças em idade escolar e para as pessoas que desejam autonomia.

Petição
O Seminário “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS” decorre no dia 20 de Março, na Assembleia da República. A organização é da...

O evento tem como objetivo promover o debate sobre o contributo da Farmácia para o sistema de saúde e a coesão territorial. O programa inclui uma conferência sobre o tema, a cargo de Miguel Gouveia, professor da Universidade Católica Portuguesa. Prossegue com um painel de debate, com a participação de João Dias (deputado do PCP), António Sales (deputado do PS), Fátima Ramos (deputada do PSD), Jorge Falcato (deputado do BE) e representante dos grupo parlamentar do CDS-PP.

Na sessão de abertura vão estar presentes José Matos Rosa (presidente da Comissão de Saúde), Paulo Cleto Duarte (presidente da ANF), João Catarino (secretário de Estado da Valorização do Interior) e Francisco Ramos (secretário de Estado da Saúde). O encerramento está a cargo de Ana Paula Martins (bastonária da Ordem dos Farmacêuticos) e de Jorge Lacão (vice-presidente da Assembleia da República).

Este seminário constitui mais uma etapa na petição nacional “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS”, que arrancou a 11 de Fevereiro, Dia Mundial do Doente, e se prolonga até 30 de Março. À data de hoje, estima-se que mais de 100 mil cidadãos subscreveram a petição, onde se pode ler que «neste momento, 675 farmácias enfrentam processos de penhora e insolvência, o que corresponde a quase 25% da rede». Os subscritores pedem à Assembleia da República medidas para que o direito à Saúde continue a ser igual em qualquer ponto do território.

Formação
No dia 30 de março, das 10h às 12h, médicos de Medicina Geral e Familiar poderão participar no webinar “LUTS/HBP: Diagnóstico e...

Sob a forma de webinar, este curso interativo é dividido em três módulos: classificação dos sintomas do trato urinário inferior (LUTS - Lower Urinary Tract Symptoms), prevalência e diagnóstico; tratamento e critérios de referenciação e discussão de casos clínicos. A formação será transmitida em direto, via webinar, necessitando para tal de se registar no website do evento.

Esta formação tem como objetivo reforçar o conhecimento dos médicos de medicina geral e familiar (MGF) na abordagem e tratamento dos doentes com sintomas do trato urinário inferior (LUTS) e será orientada por Vanessa Vilas Boas - urologista e vogal do conselho diretivo da Associação Portuguesa de Urologia (APU) a desempenhar funções no Hospital de Vila Franca de Xira - e Paulo Príncipe – urologista no Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto e responsável pela coordenação da Unidade de Cirurgia Reconstrutiva/Funcional em Urologia e membro da Unidade de Doença Renal/Transplantação de Rim.

Os estudos demonstram que a sintomatologia do foro urológico tem uma elevada prevalência e impacto na qualidade de vida dos doentes que recorrem à consulta de MGF. Por isso, esta formação tem uma agenda de formação centrada no doente e no médico de MGF e orientada para a prática clínica diária, de forma a proporcionar ferramentas úteis na abordagem deste tipo de patologia.

“A criação deste curso em parceria com a Associação Portuguesa de Urologia resulta do nosso compromisso de promover e apoiar a formação médica contínua, apostando nas novas tecnologias, de forma a facilitar o acesso à informação, proporcionando assim novas oportunidades de aprendizagem e de troca de experiência entre os médicos de medicina geral e familiar com o apoio especialistas de urologia”, destaca Maria João Marques, especialista em MGF e Medical Manager na Astellas Farma.

No final do curso será concedido um certificado de conclusão aos formandos que completem o webinar.

As inscrições são gratuitas e devem ser efetuadas aqui. Depois de realizada e validada a inscrição, os inscritos receberão um e-mail com o link para acederem ao webinar, que deverá ser visualizado num local em que o conteúdo não seja visível nem audível por pessoas que não sejam Profissionais de Saúde.

15 de março | Dia Mundial do Sono
46% dos portugueses com idade igual ou superior a 25 anos dormem menos de 6 horas por dia, 21% dizem que demoram mais de 30...

Estes são dados de um questionário realizado online pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e pela Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho que abrangeu uma amostra de 643 portugueses com idade igual ou superior a 25 anos e que são agora divulgados no âmbito do Dia Mundial do Sono.

Perante estes resultados, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia divulgou um vídeo onde as médicas Susana Sousa e Sílvia Correia alertam para os riscos das noites mal dormidas e para os maus hábitos de sono repetidos ao longo da vida e deixam algumas recomendações para que os portugueses possam dormir melhor.

“Apesar da crescente divulgação sobre a importância do sono e das doenças relacionadas com o sono, a maioria dos portugueses mantem maus hábitos de higiene do sono e não lhe atribui a mesma importância do que a uma nutrição saudável ou a prática de exercício físico regular”, afirmam as médicas pneumologistas. “A má higiene do sono afeta negativamente a qualidade de vida em termos de perda de memória, sonolência acentuada, défice de concentração, irritabilidade e alteração do humor. A sonolência associada a esta má higiene do sono aumenta o risco de acidentes de viação e de acidentes de trabalho. Se o número de horas de sono for inferior ou igual a 5 horas, o risco cardiovascular também aumenta” 1 acrescentam Susana Sousa e Sílvia Correia.

10 recomendações para uma melhor noite de sono:

- Evite cafeína, álcool e nicotina 4 a 6 horas antes de dormir

- Mantenha a temperatura do quarto a 18/19 graus

- Mantenha o seu quarto escuro e livre de ruídos

- Tenha um colchão e uma almofada confortáveis

- Dê preferência à leitura e não utilize tablets, telemóveis ou outros dispositivos eletrónicos antes de dormir

- Tome um banho de imersão cerca de duas horas antes de ir para a cama

- Pratique exercício físico mas evite o final do dia (pelo menos 3 horas de intervalo antes de dormir)

- Mantenha horários regulares de sono evitando variações na hora de dormir e acordar

- Mantenha-se à luz solar de manhã mas evite a exposição à luz intensa durante a noite

- Evite refeições pesadas ou picantes ao jantar

Associação Portuguesa do Sono
A Associação Portuguesa do Sono volta a juntar-se às comemorações do Dia Mundial do Sono, uma organização da World Sleep...

Para assinalar esta data, e à semelhança do ano passado, em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), há um vasto conjunto de atividades, como sessões em escolas, unidades de saúde e autarquias, e ainda a divulgação de um pequeno vídeo de sensibilização.

A mensagem que se pretende transmitir é de que o bem estar físico, mental e social é maior se se dormir bem, não importa a idade. A qualidade do sono é um dos pilares fundamentais da saúde, a que se juntam a estabilidade emocional, alimentação adequada e a prática de exercício físico. A campanha pretende enfatizar que dormir mal causa várias doenças e terá consequências na qualidade de vida presente e futura.

São muitos os lugares onde a Associação Portuguesa do Sono (APS) e o CNC vão estar a apelar aos portugueses para dormirem bem, com destaque para o evento que decorre no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra.

“Dormir bem, envelhecer melhor" em Coimbra
Na sessão de abertura do evento que decorrerá em Coimbra, marcada para as 14h30, vão ser entregues os prémios do concurso "Dormir bem, envelhecer melhor", que a Associação Portuguesa de Sono promoveu, numa parceria com o CNC, junto dos alunos das escolas de todo o país. Concorreram alunos, desde o 1.º ciclo até ao ensino secundário, com imagens a ser enviadas desde a Madeira até Vila Real de Santo António. Os vencedores de cada um dos ciclos de ensino recebem prémios e vão ver os seus desenhos transformados em postais. Segue-se  uma conversa entre as especialistas Maria Helena Estêvão, Ana Allen Gomes e Ana Rita Álvaro, que vão abordar os cuidados que se devem ter desde a infância até à idade sénior.

Numa perspetiva artística, às 16 horas, a companhia Marionet / Laboratório do Desconhecimento apresenta a performance teatral “A máquina dos sonhos”, inspirada na Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono.

A forma como os Livros das Grandes Religiões Proféticas (a Tora do Judaísmo, a Bíblia do Cristianismo e o Alcorão do Islamismo) sublinham a importância de dormir é o pretexto para a conversa sobre sono e religião que vai encerrar esta iniciativa. No Auditório do Conservatório de Música de Coimbra, vão estar o líder da comunidade muçulmana, Sheik David Munir, um crente e estudioso de teologia católica, Isaías Hipólito, um crente hebraico, José Levy Domingos, o presidente da Associação Portuguesa do Sono, Joaquim Moita, e uma cientista do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra, Cláudia Cavadas.

A iniciativa é aberta ao público em geral, a entrada é livre e podem os interessados escolher a qual dos momentos assistir e/ou participar.

Saúde
Decorreu em Lisboa, a sessão pública “Contributos para a Implementação de um Business Intelligence no SNS”, promovida pela...

O encontro revelou as principais conclusões de um trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho para a Gestão da Informação em Saúde da APAH focado na tendência de aumento do volume de dados existentes nas organizações de saúde em Portugal, nos problemas que advêm da sua gestão ineficiente e nos contributos da implementação de um Business Intelligence no SNS.

O Business Intelligence (BI), que surge definido como o uso de informação e de ferramentas de análise especializada, é atualmente reconhecido pelos benefícios que traz para as organizações de saúde em diversas áreas. Além de aumentar a eficiência e ajudar no controlo de custos, contribui para uma melhor qualidade na prestação de cuidados e, consequentemente, melhores resultados em saúde.

De acordo com o presidente da APAH, Alexandre Lourenço, “O setor da saúde está ainda muito atrasado em relação a outros setores da economia. Este trabalho é o primeiro passo para o longo caminho que temos diante de nós na criação de sistemas de informação que nos permitam trabalhar, colaborar e gerir melhor todas as nossas interações na área de saúde, para bem de todos.”

Durante a sessão foi ainda apresentado, por Afonso Pedrosa, o caso prático de um BI Hospitalar o “HVITAL” onde foram destacados os inúmeros benefícios deste sistema que se constitui como uma ferramenta de gestão hospitalar criada no Centro Hospitalar de São João (CHSJ) e que é reconhecida a nível nacional e internacional.

No dia-a-dia das organizações de saúde, os principais problemas estão relacionados com a má qualidade e cruzamento dos dados, a dificuldade de acesso aos mesmos e a incapacidade de realizar benchmarking entre as entidades. Todos estes fatores contribuem, segundo a APAH, para a necessidade de desenhar a estrutura de um BI para o SNS.

Estudo
Segundo o estudo, o dinheiro, problemas de saúde, preocupação com crianças e pais idosos e a utilização das redes sociais, são...

Amanhã, dia 15 de março, celebra-se o Dia Mundial do Sono. Novas pesquisas revelam que, a nível mundial, são as mulheres que têm mais problemas em dormir por causa dos seus parceiros, do aumento das responsabilidades familiares e do stress, enquanto os homens dormem pacificamente.

O estudo global feito pela Sanofi na Austrália, EUA, Japão, Polónia, Itália e França, revela que as múltiplas tarefas que as mulheres exercem diariamente podem afetar a sua capacidade de adormecer e de manter um sono contínuo.

A pesquisa aferiu que as mulheres da “sandwich generation” são quem tem mais dificuldade em dormir. Cerca de um quarto (23%) das mulheres, entre os 45-54 anos, confidenciou ter noites em branco devido à preocupação com a saúde dos progenitores, enquanto 2 em 5 mulheres (38%), aponta os filhos como a principal causa. Estes valores comparam-se respetivamente, com 13% e 18% pela população masculina.

O Professor Damien Leger, especialista mundial em sono, comenta o estudo divulgado hoje: “A luta que muitas mulheres enfrentam para terem um sono de qualidade e com o número de horas correto, é provavelmente resultado da combinação de fatores emocionais e do quotidiano. As mulheres que, depois de um longo dia de trabalho, ainda têm múltiplas tarefas domésticas a seu cargo, têm pouco tempo, ou mesmo nenhum, para desligarem o cérebro antes de irem para a cama. Não é surpresa que as mulheres têm mais propensão para andarem às voltas na cama e não terem uma noite descansada, dormindo o número de horas que precisam”.

Por sua vez, os homens adormecem com maior facilidade, tendo um sono contínuo, com 1 em cada 5 homens a confidenciarem que nada os consegue manter acordados durante a noite. Não só os homens disfrutam de mais horas de sono, como também afetam negativamente o descanso das suas parceiras, com ¼ das mulheres a apontarem o ressonar dos parceiros e as constantes voltas na cama como causas da perturbação da qualidade do seu sono.

Enquanto a maioria das mulheres não encara o problema de sono como uma questão de saúde que merece preocupação, estudos comprovam que uma noite bem dormida tem inúmeros benefícios para uma vida saudável.

O neurocientista Mathew Walker, autor do bestseller “Why We Sleep”, cita o sono como “um tratamento revolucionário que traz longevidade às pessoas… aumenta a memória, torna-nos mais atraentes… mantém-nos em forma e diminui os desejos incontrolados pela comida.” Infelizmente, parece que a maioria da população global não está a dormir o que precisa para beneficiar deste poder.

Enquanto a dificuldade em dormir prevalece, há pequenas mudanças que podem ser incluídas na rotina diária e que ajudam a um sono rápido e constante. Tenha uma noite bem dormida no Dia Mundial do Sono.

Veterinária
Nova legislação veterinária europeia traz atualizações com impactos positivos.

A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários promove, no próximo dia 19 de março, o seminário “Mais-valia das regras de ‘compliance’ na indústria farmacêutica de medicamentos veterinários”. Jorge Moreira da Silva, Presidente da APIFVET, afirma que “sendo o medicamento veterinário usado em animais de companhia, cada vez mais presentes nas famílias portuguesas, e nos animais de produção, que entram na cadeia alimentar, é muito importante realçar boas práticas para dar garantias de segurança e eficácia aos utilizadores.”

Graça Mariano, Sub-Diretora Geral da DGAV e uma das oradoras deste seminário, explica que “a compliance é o conjunto de ferramentas que permitem cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para as atividades da instituição, bem como evitar, detetar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer.” Em Portugal, a DGAV é a entidade responsável por fazer cumprir estas regras, através de um “conjunto de ações levadas a cabo para garantir a compliance, que implicam interações com os operadores do setor no ciclo de vida pré e pós autorização do medicamento veterinário, quer por inspeções, quer por supervisão do medicamento veterinário (qualidade, publicidade, dispensa).” Assim, os principais objetivos da compliance na saúde animal são, fundamentalmente, garantir a “conformidade com padrões legais e científicos estabelecidos e o tratamento de animais conforme exigido pelo público.”

Roxanne Feller, Secretária-Geral da AnimalhealthEurope, irá marcar presença também como oradora neste seminário, apresentando uma análise sobre as principais mudanças que a nova legislação veterinária europeia, recentemente aprovada, trará consigo e que foi influenciada pela visão ‘One Health’, “um triângulo composto pela saúde animal, saúde humana e ‘saúde’ do meio ambiente”, onde “cada ângulo é essencial e interdependente com o outro”, explica. Sobre o impacto desta nova legislação no medicamento veterinário, Roxanne Feller afirma que “um dos principais objetivos da nova legislação é garantir a disponibilidade de medicamentos para manter os animais saudáveis e abordar a resistência aos antibióticos e a sua ameaça à saúde humana, entre outros.” A Secretária-Geral da AnimalhealthEurope faz ainda referência a “outras atualizações, que incluem impactos positivos para a indústria de saúde animal em termos de inovação e disponibilidade de medicamentos.”

Neste sentido, o Presidente da APIFVET afirma que “a Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários  tem vindo, ano após ano, a consolidar as boas práticas, nomeadamente, no fabrico, no armazenamento e no transporte. Esta evolução é também consequência da evolução da legislação, em que o regulamento europeu recentemente aprovado é espelho disso.” Por isso mesmo, este seminário, que terá lugar no Anfiteatro B da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, será “uma excelente ocasião para falar sobre este tema aos nossos associados e parceiros do setor”. 

Figueira da Foz
A Figueira da Foz recebe, nos próximos dias, o Congresso da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, que apresenta um programa...

O evento, organizado pela Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA), tem como mote “Fazer a diferença” e pretende realçar o importante papel da Anestesiologia em conseguir marcar a diferença na humanização e progressão dos cuidados médicos centrados no doente nas várias áreas médicas onde a especialidade atua.

Rosário Órfão, Presidente da SPA, assinala que o Congresso tem como objetivo “proporcionar formação, atualização e reflexão a todos os participantes, através do  conhecimento, saber, experiência e Ciência”. “Procurámos preparar um programa de elevado nível, que julgamos que possa ser cientificamente atrativo, atual e rigoroso, para inspirar os Anestesiologias portugueses a fazer mais e melhor”, realça.

No decorrer dos três dias de evento, que conta com o patrocínio da MSD, haverá lugar para palestras magistrais, sessões pro cons, reuniões de consensos, apresentação de posters e comunicações livres.

Serão debatidas várias temáticas relacionadas com a especialidade, tais como a Cirurgia de Ambulatório, Medicina da Dor Aguda e Crónica no adulto e na população pediátrica, Sustentabilidade e Anestesiologia, Medicina Hiperbárica, Pensamento Lean e Briefing Clínico. Destaca-se também a partilha de alguns projetos inovadores implementados pela Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, nomeadamente o lançamento do primeiro canal de podcasts de uma Sociedade Científica portuguesa e, também, dos cartões de registo da via aérea difícil que se pretendem assumir como uma ferramenta de segurança para os doentes com esta característica.

Opinião
A incontinência urinária é uma das patologias mais comuns nas mulheres pós menopausa.

Cerca de 40 por cento das mulheres que tiveram filhos vão apresentar um quadro de incontinência urinária (IU), ao longo da vida. A incontinência urinária de esforço (perda de urina com tosse, espirro, riso, pegar em pesos) é a mais prevalente, no entanto, outras incontinências urinárias como a de urgência (vontade súbita e inadiável de urinar, que a doentes não consegue inibir) podem ser ainda mais incapacitantes e afetar o bem-estar da doente.  

Existem fatores promotores do aparecimento da IU, sendo que a gravidez e o parto normal são um deles. Outros existem como a menopausa, a história anterior de histerectomia, a obesidade e a tosse crónica, sendo que os principais são os defeitos do colagénio intrínsecos à doente e, muitas vezes, hereditários. Embora o parto seja um fator promotor de IU, não existe qualquer razão para contrariar o que é natural – o parto normal, indicando uma cirurgia agressiva – a cesariana, para tentarmos evitar uma hipótese – a IU, em tempo que não sabemos definir e que pode ser corrigida com uma cirurgia minimamente invasiva.

Durante a gravidez a mulher pode e deve ser ensinada e incentivada a fazer exercícios de fortalecimento do pavimento pélvico. Estes exercícios são conhecidos como os exercícios de Kegel.

É também importante realçar que a cesariana está associada a outro tipo de incontinência urinária – a de urgência (a mulher sente uma vontade súbita e inadiável de urinar que não consegue inibir e perde ou pequenas gotas ou de forma catastrófica), e ao aparecimento de outros sintomas relacionados com alterações da inervação da bexiga que sofreu danos durante a cirurgia – noctúria (acordar com vontade de urinar várias vezes por noite), que tem efeitos muito prejudiciais na qualidade do sono destas mulheres e no descanso necessário para um dia de trabalho, aumento da frequência urinária (necessidade de ir mais do que oito vezes por dia à casa de banho).

Todos estes sintomas estão presentes num diagnóstico de bexiga hiperativa que parece ter uma prevalência de cerca de 17% das mulheres que sofrem de incontinência urinária. Sempre que a mulher manifesta sintomas de IU de esforço e de IU de urgência, estamos na presença daquilo que chamamos uma IU mista.

A IU, quando não tratada, pode ser fator de isolamento, de baixa autoestima que em último caso leva a síndromes depressivos. São mulheres que deixam de conviver até com a própria família, de executar as suas tarefas diárias, que deixam de participar nos eventos sociais ou familiares, por medo de perderem e mesmo com dispositivos de contenção (pensos) cheirarem mal. Muitas vivem em função de ter uma casa de banho por perto. Não podemos também ignorar o facto de este problema poder interferir com o relacionamento do casal. No caso particular da Bexiga Hiperativa a mulher pode por em causa o seu posto de trabalho, em determinados empregos, pelo aumento da necessidade de recorrer à casa de banho.

A IU é assim um problema de grande dimensão, que pode afetar os aspetos sociais, afetivos, laborais e económicos da mulher com este problema.

As mulheres precisam de ter conhecimento, de que a IU não é normal, nem a aceitar como uma consequência inevitável do envelhecimento. Existem tratamentos médicos, cirúrgicos, alterações de hábitos urinários e modificações da dieta que podem resolver este problema, muitas vezes conhecido como uma epidemia escondida. Para isso existem médicos que a podem aconselhar, nomeadamente os Ginecologistas especializados em Uroginecologia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde
Todos os anos surgem, em Portugal, cerca de 2 mil novos casos de insuficiência renal crónica.

Caracterizada por uma lesão renal que pode conduzir à perda irreversível da função dos rins, a Doença Renal afeta cerca de 8% da população portuguesa. E, ainda que a sua incidência seja maior nos adultos e idosos, esta patologia pode também afetar crianças, “podendo, inclusivamente, ser diagnosticada «in útero» durante a gestação, quando se documenta malformações da árvore urinária”. Nestes casos, as infeções associadas a estas anomalias da estrutura do aparelho urinário são a principal causa da doença na infância.

Na população adulta, a patologia está essencialmente associada à diabetes, obesidade e hipertensão. “No seu conjunto, estes três quadros cada vez mais prevalentes na população em geral (inclusive desde a infância/adolescência) representam cerca de 75% das causas da insuficiência renal crónica”, começa por explicar o presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, Aníbal Ferreira.

Por outro lado, o especialista salienta ainda que o aumento significativo da insuficiência renal crónica espelha o aumento da esperança média de vida “nas sociedades com cuidados médicos mais desenvolvidos”. “Tal como vemos atualmente muito mais quadros de demência, porque a população tem muito maior longevidade – e importa salientar que Portugal foi o país europeu como maior aumento da esperança médica de vida nas últimas duas décadas -, pelo mesmo motivo se observa um incremento significativo da insuficiência renal crónica”, afirma.

Tratando-se de uma patologia que raramente apresenta sintomas nas suas fases iniciais, o seu diagnóstico chega quase sempre tarde demais.

“A insuficiência renal crónica é, efetivamente, uma doença muda e que passa totalmente despercebida nas suas fases iniciais, as quais se podem prolongar por décadas de vida”, refere o especialista. Sintomas como a eliminação de espuma na urina – “como se tivesse sabão no recipiente” -, urina com sangue, diminuição significativa do volume de urina e edema – “das pernas, face ou mesmo generalizados”, devem ser sinais de alerta e o melhor é mesmo procurar um Nefrologista.

“No entanto, estes sintomas são raros e o mais relevante é jogar em antecipação e fazer rastreios, pelo menos anuais, da função renal, através de análises ao sangue e à urina”, aconselha Aníbal Ferreira.  

Diabéticos e hipertenso devem reforçar os cuidados. “De um modo geral, todos os doentes hipertensos e/ou diabéticos devem fazer estes rastreios ainda com maior frequência, visto que nestes contextos se pode observar um agravamento mais rápido da função renal”, explica o presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia.

O diagnóstico é simples e é obtido pela análise de valores de substâncias eliminadas pelos rins, como a ureia e a creatinina. “Também as análises à urina, como a quantificação de albumina e proteínas, podem ser de grande utilidade, sobretudo nos doentes diabéticos”, acrescenta ainda o especialista.

Já o tratamento depende do estadiamento da doença, no entanto, o médico destaca três opções terapêuticas, em caso de insuficiência renal crónica avançada, em que o doente já perdeu a função dos rins: “a transplantação renal que, no caso de existir um dador vivo disponível é muito rápida; a hemodiálise feita através da punção de uma veio do doente, habitualmente três vezes por semana durante quatro horas, cada sessão; e a diálise peritoneal feita pelo doente, no seu domicílio, através de um cateter implantado no abdómen”.

Sendo a obesidade, a hipertensão e a diabetes os principais fatores de risco para a doença renal crónica, Aníbal Ferreira reforça a necessidade de manter um regime alimentar saudável, com menos açúcar e menos gordura, e uma correta hidratação, ingerindo pelo menos 1,5 l de água por dia.

Em matéria de prevenção, para além dos já mencionados, e que incluem a realização de rastreios anuais, o presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, acrescenta a importância de “controlar a glicemia e a tensão arterial”. “Conseguir ter um peso equilibrado, estável e próximo do ideal para a altura e género”, acrescentando que a prática de exercício físico e a eliminação do tabagismo são medidas essenciais para o combate à doença.

Aprender a prevenir a Doença Renal 

De acordo com o enfermeiro, Bruno Costa Pinto, “Portugal, no panorama internacional, no que toca à taxa de prevalência de pessoas com Doença Renal Crónica – que traduz o número de pessoas/por milhão de habitantes com esta doença tratadas no país -, não fica muito bem na fotografia”. É que, de acordo com a base de dados americana USRDS (United States Renal Data System), em 2015, Portugal apenas era ultrapassado por quatro países, “com uma estabilização do número de pessoas que anualmente inicia a diálise.

Mas, nem tudo é mau! Tal como refere o especialista, “o que fazemos, fazemos bem e podemos afirmar que Portugal tem uma taxa de mortalidade anual das pessoas em diálise das melhores ao nível mundial, assim como um dos melhores programas de transplante renal”.

Neste contexto, a prevenção assume-se como essencial. E para isso é necessário que as pessoas conheçam a patologia.

Com o objetivo de dar a conhecer os fatores de risco e como este podem ser evitados, a ANADIAL - Associação Nacional de Centros de Diálise desenvolveu uma campanha que pretende dotar o cidadão comum de conhecimentos que permitam, desde cedo, adotar comportamentos preventivos. Para tal, a campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” tem percorrido escolas e universidades sénior, de norte a sul do país, com o objetivo de “criar uma cultura pública de consciencialização sobre a problemática da Doença Renal Crónica (…) sendo o público-alvo não só as pessoas com 65 ou mais anos, mas sobretudo os jovens, sensibilizando-os a adotar esses comportamentos saudáveis e abandonar comportamentos de risco”.

Bruno Costa Pinto é um dos técnicos de saúde que tem levado informação sobre o tema a vários pontos do país e que tem constando o quão pouco os portugueses estão familiarizados com a doença

“No decurso desta campanha, parece-nos logo à partida que esta questão é pouco conhecida na sociedade, nomeadamente, o que é a Doença Renal crónica e o que é a Diálise. Ambas são temáticas pouco conhecidas”, afiança destacando que as principais dúvidas que surgem nestas ações prendem-se ou já “com cenários em que familiares já se encontram em diálise” ou sobre o que causa as pedras nos rins. Embora esta última não esteja diretamente dentro do âmbito desta campanha, o enfermeiro explica que uma vez que “ultima análise, aquilo que denominamos por lesão renal por hidronefrose – ou seja, uma obstrução da uretra ou dos uréteres por um cálculo renal – pode levar a lesão renal irreversível e consequente entrada em programa regular de diálise”, permite que se aborde a importância de ter em conta uma alimentação saudável e correta hidratação em matéria de prevenção.

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 800 mil doentes renais. A maioria dos casos poderia ser prevenida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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