Doentes encontra-se em remissão
Um homem que estava infetado com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) tornou-se no segundo caso conhecido a nível mundial...

O paciente recebeu, há quase três anos, um transplante de medula óssea proveniente de um dador resistente ao VIH, fruto de uma rara mutação genética. A agência Reuters cita os médicos que acompanharam este caso e que explicam que o paciente em questão não tomava medicamentos antirretrovirais há mais de 18 meses. Submetido a uma série de teste altamente sensíveis, o homem não revelou qualquer traço da infeção VIH.

"Não há qualquer vírus que possamos medir. Não conseguimos detetar nada", disse à Reuters Ravindra Gupta, professor e biólogo especialista no VIH, que liderou a equipa de médicos responsáveis pelo tratamento. Este caso estabelece-se como uma prova do conceito de que, um dia, os cientistas conseguirão erradicar o vírus da SIDA. Ainda assim, alertam os médicos, este cenário não significa que foi encontrada a cura para o VIH.

Gupta descreve o homem como "funcionalmente curado" e "em remissão", mas ainda assim avisou que "é demasiado cedo para o considerar curado."

O homem não identificado é conhecido apenas como o "paciente de Londres, em parte devido às semelhanças entre o seu caso e o de um outro no qual foi observada uma cura funcional do VIH num homem americano, Timothy Brown, que ficou conhecido como o paciente de Berlim - o homem tinha sido submetido a um tratamento semelhante em 2007, na Alemanha, com resultados semelhantes.

Brown, que vivia em Berlim, mudou-se entretanto para os Estados Unidos e, de acordo com os especialistas, continua livre do VIH.

Estima-se que, em todo o mundo, existam 37 milhões de pessoas infetadas com VIH, sendo que a SIDA já vitimou cerca de 35 milhões de pessoas, desde que foi descoberta na década de 1980. Nos últimos anos, a investigação científica levou ao desenvolvimento de várias combinações de fármacos que permitem à maioria dos pacientes não apresentar sintomas. 

Especialista apela a cuidados redobrados
Gengivite ou periodontite são algumas da doenças que podem atingir as mulheres durante a gravidez, “caso não existam hábitos de...

O especialista do BQDC começa por explicar que “a principal causa da gengivite (inflamação das gengivas) na gravidez é a existência de placa bacteriana, e não a alteração hormonal como se pensa popularmente. A gengivite, se não for tratada pode evoluir para uma periodontite que, por sua vez, pode provocar a perda dentária. Durante a gravidez, pode também aumentar a sensibilidade dentária, uma vez que a cavidade oral é mais exposta ao ácido gástrico, devido ao aumento da possibilidade de refluxo gastro esofágico e vómitos. A presença dos sucos gástricos na boca (ácidos) potência a erosão do esmalte dentário e, consequentemente, favorece o aparecimento da cárie dentária.”

Para evitar problemas maiores, uma mulher deve ter cuidados orais em toda a sua vida mas nesta fase tem de existir um reforço. João Braga dá alguns conselhos importantes a este nível: “deve consultar o seu médico dentista (antes de engravidar e durante a gravidez) para um diagnóstico e tratamento completo, escovar os dentes no mínimo duas vezes por dia durante, pelo menos, dois minutos, usar o fio dentário, fazer uma dieta equilibrada e (no pós parto) é importante evitar a partilha da colher com o bebé para que não haja transmissão de bactérias”.

O especialista termina ao explicar que, “se tiver de fazer algum tratamento médico-dentário, mesmo com anestesia, não tem nada que temer. É apenas aconselhado que não faça radiografias sem a devida proteção do abdómen e, no primeiro trimestre, devem-se evitar procedimentos demasiado invasivos. A melhor atitude é sempre a prevenção e o diagnóstico precoce para evitar males maiores e de mais difícil resolução.”

Estudo
Mais comum entre as mulheres e entre aqueles que têm menos estudos, estima-se que quase 40% dos portugueses, entre os 25 e os...

Um estudo publicado na revista científica da Ordem dos Médicos, assinado por vários investigadores do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, sublinha que "a presença de múltiplas doenças crónicas, em simultâneo, na mesma pessoa é um problema de saúde reconhecido".

De acordo com os responsáveis por esta análise, estes doentes “têm necessidades de saúde acrescidas, o que representa um ónus elevado para os cuidados de saúde".

O estudo detetou uma prevalência de 38,3% de portugueses com idades entre os 25 e 74 anos que têm duas ou mais doenças crónicas. 28% têm mesmo três ou mais doenças deste tipo.

A diferença entre os sexos assinala-se pela prevalência da multimorbilidade em 43,4% das mulheres e 32,7% dos homens.

A hipertensão é a patologia mais comum em ambos os sexos (25,1% nos homens e 26,1% nas mulheres), seguida da hipercolesterolemia (23,7% e 25,7%). Em terceiro lugar surge a artrose (20,6%) nas mulheres e as alergias (11,4%) nos homens.

A tendência, de acordo com os autores do estudo, é que o número de portugueses com várias doenças crónicas aumente mais nos próximos anos com o envelhecimento, previsível, da população.

Guilherme Quinaz Romana, um dos investigadores do estudo, explica que estes números são relevantes para perceber como se devem organizar os serviços de saúde pois estes são, por norma, doentes com maior complexidade e que devem procurar mais o Serviço Nacional de Saúde.

Distinção
Joana Chora, bolseira de doutoramento no Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do...

O artigo “Analysis of publicly available LDLR, APOB, and PCSK9 variants associated with familial hypercholesterolemia: application of ACMG guidelines and implications for familial hypercholesterolemia diagnosis” apresenta ainda um sistema específico de classificação das variantes que irá facilitar o diagnóstico da hipercolesterolemia familiar. Além da inscrição no IX Congresso Novas Fronteiras em Cardiologia, que decorreu dia 23 de fevereiro e onde apresentou o trabalho premiado, Joana Chora recebeu ainda uma inscrição no Curso Cetera “Clinical Research: What’s it all about? – a focused training for busy investigators and study team”, a realizar durante 2019.

A hipercolesterolemia familiar (FH) é uma doença genética e hereditária, caraterizada por elevados níveis de colesterol desde o nascimento, que levam ao aparecimento de aterosclerose e doenças cardiovasculares precoces. Apesar de estar presente desde o nascimento, esta patologia não apresenta sintomas até aos 30-40 anos, altura em que a doença cardiovascular aparece, sendo o diagnóstico molecular a única forma de confirmar a suspeita clínica da doença.

Considerada uma das doenças genéticas mais frequentes e a que mais se associa ao aumento do risco cardiovascular, a FH surge devido a uma alteração num gene responsável pela remoção do colesterol do sangue, apresentando os indivíduos com esta alteração um risco muito elevado de sofrerem uma doença cardiovascular prematura. No entanto, se as pessoas afetadas forem identificadas em idade jovem e, desde logo, receberem aconselhamento e tratamento adequado, o seu risco cardiovascular poderá diminuir prevenindo eventos cardiovasculares, particularmente enfarte agudo do miocárdio e morte súbita.

 

Terapeuta explica
É sempre difícil falar de uma profissão que me dá tanto todos os dias e que o seu campo de atuação é

O Terapeuta da Fala, é um profissional de saúde, com competências para intervir desde o nascimento, i. é, intervém em recém-nascidos, na área da alimentação e no desenvolvimento de competências comunicativas, junto dos seus pais e equipa multidisciplinar nas Unidades de Cuidados Neonatais; com crianças em idade pré-escolar, centrando-se na prevenção, diagnostico e intervenção na promoção das competências linguísticas, vocais e de comunicação assim como na intervenção das suas perturbações.  Por sua vez, em crianças e jovens em idade escolar a nossa intervenção centra-se nas perturbações da leitura e da escrita, patologia vocal, na potencialização da comunicação e na gaguez. Sendo que nos dois últimos grupos etárias é essencial desenvolvermos o nosso trabalho junto dos educadores, professores, médicos e da família.

Finalmente, na idade adulta, o nosso campo  de atuação é maioritariamente em perturbações da linguagem adquiridas, após acidente vascular cerebral (AVC), demências, tumores, Parkinson ou traumatismo crânio encefálico (TCE), patologias vocais e da deglutição (dificuldade a beber e/ou engolir líquidos), sendo que mais uma vez o trabalho em equipa multidisciplinar é essencial.

É importante que as pessoas estejam atentas a vários sinais de alerta, para que seja possível, ao Terapeuta da Fala, avaliar e diagnosticar precocemente possíveis patologias e intervir adequadamente.

Existem algumas ideias preconcebidas que oiço diariamente, e que levam a que o diagnóstico seja feito tardiamente e que inviabilize o sucesso da intervenção. Ou seja, a intervenção precoce ajuda a prevenir problemas que podem comprometer uma aprendizagem saudável, um normal desenvolvimento, uma comunicação eficaz assim como a qualidade de vida da pessoa.

Ao contrário do que muitas vezes é sugerido podemos recorrer a um Terapeuta da Fala, mesmo quando ainda não sabemos falar, se a criança tem dificuldades em mastigar ou fazer uma boa sucção devemos pedir uma avaliação por um Terapeuta da Fala; se troca sons ao falar ou se aponta para fazer pedidos, junto da família ou dos seus pares na escola, não se deve rotular como “preguiçosa” ou “trapalhona” e uma avaliação atempada é essencial.

Há, ainda, a ideia de que antes dos 5 anos não vale a pena pedir uma avaliação contudo, se esta ideia não é aceitável aos 3 anos está completamente errada aos 5 anos. Há guidelines que apontam os indicadores linguísticos e comunicativos e os fatores de risco para cada etapa de desenvolvimento e que nos permitem identificar e diagnosticar uma perturbação e/ou orientar a família a estimular adequadamente a criança. Se a criança não se faz entender com os seus pares ou se os pais não percebem o que ela diz com 3 anos é um sinal de alerta importante, assim como ter dificuldade em ter interesse para os sons do ambiente ou para o seu nome. Nem todas as crianças ficam em intervenção direta precisamente porque temos conhecimentos técnicos que nos permitem realizar uma prevenção primária e secundária para cada caso. Muitas vezes não irá ser trabalhado logo a fala, mas sim um conjunto de competências essenciais ao desenvolvimento da comunicação e da linguagem, que irão preparar a criança para produzir sons e usar as palavras. Pedir ajuda quando uma gaguez que já dura há mais de um ano também não é aconselhado. Uma rouquidão que dura há mais de 15 dias não é normal, e aqui também devemos pedir uma avaliação por um Otorrinolaringologista.

Como se verificou, o campo de atuação de um Terapeuta da Fala é muito vasto e simplificar corremos o risco de tornar leviano o problema. Há muitas questões que não foram abordadas e patologias concomitantes que podem levar a dificuldades na Comunicação Humana, seja ela verbal ou não-verbal.

Neste dia Europeu da Terapia da Fala, gostaria de enaltecer que a idade não é o fator determinante para procurar ou não a opinião de um Terapeuta da Fala, mas sim as dificuldades que a criança ou o adulto poderá apresentar. Eu costumo dizer que não há que ter medo dos diagnósticos, eles não são permanentes assim como a terapia da fala não é para sempre. Não fazer nada é que não é solução.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Intolerância ao glúten atinge apenas 5% da população
A moda dos alimentos sem glúten e sem lactose fez disparar o seu consumo nos últimos anos, mas os nutricionistas alertam que...

Se este crescimento pode ser visto como um sinal de que a população está mais preocupada em ter uma alimentação saudável, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, alerta para o facto de haver "muita confusão e muito falso conceito" à volta desta procura.

Para a bastonária, a procura de "mais saúde para viver melhor" não implica retirar da alimentação qualquer tipo de alimento ou de nutriente.

"Pelo contrário, eliminar um determinado nutriente ou alimento sem uma patologia que o justifique, por uma crença ou por alguma passagem de informação que porventura não é credível", ou por modas, "até pode aumentar o risco de vir a ter uma deficiência de algum nutriente", adverte em declarações à Lusa.

A decisão de eliminar o glúten ou a lactose deve ser tomada de "forma consciente e orientada por um nutricionista", ou seja, deve haver "uma razão clínica" para o fazer.

"As pessoas com intolerância ao glúten representam cerca de 5% da população. Todos os outros não devem estar a excluí-lo até porque não há evidência científica que suporte os benefícios para a saúde de uma dieta isenta de glúten", defende a bastonária.

Uma posição corroborada pelo diretor da Faculdade de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, Pedro Graça, que defende que as pessoas que receiam ter doença celíaca ou serem intolerantes à lactose devem contactar o médico de família.

A doença celíaca, uma patologia autoimune causada por reação ao glúten, muito presente no trigo, pode surgir em qualquer idade e tem efeitos penalizadores a nível gastrointestinais, sendo fundamental um diagnóstico atempado porque "o único tratamento disponível é uma dieta sem glúten para toda a vida", disse o nutricionista.

De acordo Pedro Graça, as pessoas que não são intolerantes ao glúten e à lactose, mas que, por moda, começam a consumir produtos sem esses nutrientes arriscam-se a ficar com intolerância.

"A digestão da lactose necessita de uma enzima que está no intestino (lactase). Se as pessoas abandonam totalmente o consumo de produtos lácteos por receio de serem intolerantes à lactose, mas não forem, o que pode acontecer" é que essa enzima deixa de ser estimulada e pode ter tendência a desaparecer.

Por esta razão, só se deve eliminar a lactose e o glúten depois de o médico confirmar, através de testes específicos, que há intolerância, defende Pedro Graça.

Mulheres sofrem cada vez mais eventos cardíacos
Internamentos por ataque cardíaco aumentam junto da população feminina e ataques cardíacos são cada vez mais frequentes em...

De acordo com um estudo publicado recentemente numa edição especial da revista Circulation para a Go Red For Women, uma iniciativa da American Heart Association para reduzir as doenças cardiovasculares e os AVC nas mulheres, a ocorrência de enfartes do miocárdio, vulgarmente denominados ataques cardíacos, está a tornar-se mais comum em mulheres jovens. Para assinalar o Dia da Mulher, a 8 de março, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia lança um apelo e junta-se ao movimento "Go Red For Women".

As doenças cardiovasculares continuam a ser a ameaça número um da saúde das mulheres, com mais de dois milhões de mortes prematuras por ano. O risco de morte ou incapacidade devido a estas patologias é largamente subestimado nas mulheres, sendo superior ao risco de morte por cancro (morrem, todos os anos, nove vezes mais mulheres por doença cardiovascular do que por cancro da mama). No entanto, importa salientar que cerca de 80% dos eventos cardíacos podem ser prevenidos.

Os investigadores analisaram dados de internamentos hospitalares e verificaram que os internamentos por enfarte agudo do miocárdio ("ataque cardíaco"), entre os 35 e os 54 anos aumentaram de 27% em 1995-99 para 32% em 2010–14. O acréscimo foi mais pronunciado nas mulheres, que tiveram uma subida de 10% nas taxas de admissão em comparação com 3% para os homens. O estudo também constatou que as mulheres jovens internadas em consequência de enfarte agudo do miocárdio, eram mais propensas a ter ascendência africana, hipertensão arterial, doença renal crónica, diabetes e outras condições médicas conhecidas por aumentar o risco de enfarte.

Segundo a publicação, esta população tinha também menor probabilidade de receber tratamento adequado, incluindo procedimentos invasivos para abrir artérias obstruídas e menor utilização de medicamentos recomendados, tais como anticoagulantes, betabloqueadores, fármacos para reduzir o colesterol e terapias para diminuir o risco de futuros enfartes. “Não é o primeiro estudo que revela que as mulheres são de certa forma negligenciadas no tratamento do enfarte. Os profissionais de saúde devem reconhecer esse facto e desencadear estratégias para contrariar essa tendência", comenta José Ferreira Santos, Secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Cardiologia. 

Para este especialista, "algumas das diferenças detetadas podem estar relacionadas com o facto de as mulheres apresentarem sintomas menos típicos de enfarte do miocárdio, ou seja, muitos dos sinais que as pessoas conhecem, como a dor torácica, são mais comuns nos homens, enquanto os elementos do sexo feminino tendem a manifestar sintomas como cansaço extremo, pressão intermitente no peito e dor nos braços, costas, pescoço, maxilares ou estômago”.

Embora seja consensual que as mulheres tendem a sofrer mais de doenças cardiovasculares, principalmente após a menopausa, as mulheres que tiveram enfartes, AVC e outras doenças cardiovasculares continuam a apresentar taxas de mortalidade desproporcionalmente mais altas que os homens", comentou o Prof. Joseph A. Hill, editor-chefe da Circulation.

Para assinalar o Dia da Mulher, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia apela todas as mulheres para que possam estar atentas ao seu coração adotando 6 formas de manter um coração saudável:

Praticar atividade física

30 minutos de atividade por dia podem ajudar a prevenir enfartes e AVC. Tente fazer do exercício uma parte regular da sua vida, por exemplo, usando as escadas em vez do elevador ou descendo do autocarro algumas paragens antes e fazendo o resto do caminho a pé; 

Deixar de fumar e proteja-se do fumo do tabaco

O risco de doença das artérias coronárias reduz para metade um ano após deixar de fumar e retornará ao nível basal após vários anos. Evite ambientes repletos de fumo: a exposição ao fumo passivo aumenta significativamente o risco de enfarte;

Manter um peso saudável

A manutenção de um peso adequado e a diminuição da ingestão de sal ajuda a controlar a pressão arterial e diminui o risco de doença cardiovascular e de AVC;

Conhecer os seus números

Avalie regularmente os seus níveis de pressão arterial, colesterol e glicose. A hipertensão arterial é o fator de risco número um para AVC e um fator importante para todas as doenças cardíacas. Níveis elevados de colesterol e glicose no sangue também aumentam o risco;

Seguir uma alimentação saudável

Coma muita fruta e legumes frescos, uma grande variedade de grãos integrais, carne magra, peixe, ervilhas, feijões, lentilhas e alimentos com baixo teor de gorduras saturadas. Desconfie de alimentos processados, que geralmente contêm altos níveis de sal. Bebe 1,5 l de água por dia;

Estar familiarizado com os sinais de alerta

Habitualmente, os ataques cardíacos manifestam-se de maneira diferente nas mulheres. Aprenda os sinais de alerta pois quanto mais cedo for solicitada ajuda médica, maiores são as hipóteses de uma recuperação completa.

Entre fevereiro e abril
“HPV e Quê?” é o nome da campanha itinerante que a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a promover em 35 escolas do país...

A campanha arrancou no dia 11 de fevereiro na Escola Secundária Professor José Augusto Lucas, em Lisboa, numa ação que vai contar com a presença de Waze, o embaixador do roadshow que é também youtuber e artista português de hip-hop. Entre fevereiro e abril de 2019, a LPCC vai dinamizar atividades pedagógicas e interativas junto da comunidade escolar do 3º ciclo e secundário.

“Sabemos que a prevenção contra o HPV, responsável pelo cancro do colo do útero, é mais benéfica antes do início da atividade sexual. Nesse contexto, considerámos que o ambiente escolar seria uma boa oportunidade para sensibilizar os jovens para esta temática, promovendo desde cedo uma atitude de conhecimento, consciente e preventiva” esclarece Vítor Rodrigues, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro a propósito da iniciativa que tem como parceiros a Associação para o Planeamento da Família Associação de Planeamento Familiar (APF), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF),  a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) e a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetricia e Ginecologia (FSPOG).

O objetivo da campanha, que tem uma forte presença digital, é melhorar o conhecimento sobre as doenças e riscos associados às infeções por HPV, alertando para a importância da prevenção através da vacinação. A colaboração de Waze visa influenciar positivamente os mais jovens para a adoção de medidas preventivas, através de uma linguagem com a qual esta geração se identifica.

Uma das mais-valias desta campanha é o facto de as atividades dinamizadas facilmente motivarem os adolescentes para uma conversa em casa com os pais, que poderão saber mais sobre o tema em hpveque.hpv.pt e aconselhar-se com o seu médico assistente.

Associação Leque venceu a edição de 2018
Março marca o arranque da 7ª Edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto. O processo de candidaturas à nova edição do prémio,...

Todas as entidades que integram a economia social (art. 4º da Lei nº 30/2013), que se tenham destacado na área da responsabilidade social, poderão submeter os seus projetos através da ficha de candidatura digital que se encontra disponível no website oficial do prémio http://www.premiomariajosenogueirapinto.pt/

O Prémio Maria José Nogueira Pinto confere, anualmente, um valor pecuniário de 10.000€ ao Grande Vencedor e a cada uma das Menções Honrosas é atribuído o valor de 1.000€. Esta é uma iniciativa de Responsabilidade Social Corporativa da MSD Portugal com o propósito de apoiar e incentivar as instituições a continuar o seu trabalho, reconhecendo o seu impacto na comunidade e a sua natureza inovadora.

Em 2018, o Prémio Maria José Nogueira Pinto alcançou novamente um número recorde de candidaturas, registando um total de 125 projetos inovadores, provenientes de instituições de vários pontos do país. “EKUIzar para mudar o Mundo!”, da Associação Leque, foi o grande vencedor da 6ª Edição. Um projeto que pretende levar mais longe uma metodologia de alfabetização inclusiva única: tendo por base um baralho composto por 26 cartas, pretende ajudar as crianças a ler e a escrever, ensinando, simultaneamente, a fonética, braille, língua gestual e o alfabeto.

 

Como evitar a fadiga, o stress e o burnout?
Em Portugal, apenas 12% dos trabalhadores afirmam sentir-se “muito bem” quando acordam de manhã, segundo dados divulgados no...

A fadiga, o stress e o burnout são as consequências diretas destes problemas e da má gestão da vida profissional, que afeta a vida pessoal. Viver num estado “never offline”, devido à tecnologia, longas horas de trabalho, elevada pressão de resultados e, em certos casos, viagens frequentes, são os quatro fatores que caracterizam o atual ambiente corporativo e com os quais é necessário lidar, utilizando as melhores estratégias que o autor irá abordar na Expo RH.

«A vida profissional ocupa a maior parte do tempo ao longo da semana e é necessário encontrarmos fórmulas de preservar o nosso bem-estar, ou levaremos o nosso corpo e mente aos seus extremos. É possível, da maneira certa, ter uma boa performance e conjugar a vida profissional com a vida pessoal», refere José Soares.

Segundo o autor, tudo passa pela resposta dos “4 R’s”, uma transposição que o autor faz diretamente do mundo desportivo para o mundo corporativo. Recover, Refuel, Rethink e Reenergize são as categorias nas quais se encontram formas diversas para melhorar a performance, o bem-estar e a saúde. Atualmente, um dos problemas mais evidentes, por exemplo, é o facto de as pessoas não recuperarem, mas acumularem, o que aumenta o risco de burnout.

Doces e chocolates ajudam a dar motivação?

É verdade que chocolates e doces dão energia e são um dos fatores que pode ajudar a motivação, porque o cérebro é um órgão com um gasto energético que assenta sobretudo na glicose e, com o stress e a fadiga, surge uma sensação de menor energia e de cansaço mental. Mas isso pode constituir um perigo, pois aumenta a necessidade deste tipo de recompensas ao longo do dia-a-dia, com outras consequências para a saúde. O aumento do consumo de medicação e de estimulantes, como o café, são outras consequências da fadiga e do stress.

Evitar o multitasking, rentabilizar as reuniões de acordo com o tempo máximo de concentração (cerca de 1h); apostar na organização (categorizar em pastas e trabalhar por prioridades); consumir alimentos que potenciam a capacidade intelectual; criar um ambiente agradável (por exemplo, procurando mais luz natural); usar técnicas de relaxamento e fazer exercícios simples durante o dia são algumas formas de melhorar a performance e o bem-estar, entre outras em destaque no livro e na conferência Expo RH, na qual José Soares irá expor o tema em detalhe.

A intervenção de José Soares na Expo RH terá como base principal o livro RELOAD, no qual são também referidas abordagens que as empresas podem adotar para melhorar a performance e o bem-estar dos trabalhadores, como ter em conta a sua individualidade; a adaptação das tarefas aos momentos e ao volume de trabalho; a sobrecarga; a interdependência de volume e intensidade de tarefas (tarefas criativas são mais intensas que tarefas de precisão) e as especificidades, como trabalhar sozinho ou em equipa.

Opinião
A Medicina do Sono é uma área do conhecimento com cerca de 50 anos.

O sono é um pilar estruturante de uma vida saudável. Foram estabelecidas regras da vida quotidiana para atingir um sono repousante e eficaz. Infelizmente, e apesar da curiosidade e interesse terem aumentado nos últimos anos, ainda não há um reconhecimento social suficientemente lato da sua importância

Ora, a religião, sendo uma emanação de hábitos e culturas dos povos e da sua adaptação ao ambiente onde vivem, traz-nos múltiplos ensinamentos fascinantemente corretos sobre o sono, antecipando por milhares de anos a ciência moderna.

Nos Livros das Grandes Religiões Proféticas (Cristianismo, Judaísmo e Islamismo) a importância do sono está profusamente representada.

Compreensivelmente, e antes de mais, como sinal de grandeza de Deus e da crença do homem primitivo que Este o pode proteger dos predadores e outros inimigos no período vulnerável do sono.

Mas a necessidade de dormir, mesmo em condições de segurança, para assegurar um dia ativo, emerge como preceito nas três religiões. Todas dão importância ao ritmo do sono e vigília, à obscuridade e à luz, à harmonia com a natureza e os outros seres vivos. O conceito de que a noite precede o dia é claro.

Muito antes da neurofisiologia atual, foram identificadas diferentes fases do sono: o adormecimento, o sono profundo e o sono dos sonhos.

Normas que foram estabelecidas e praticadas ao longo dos séculos. O decúbito lateral (dormir em posição lateral), por exemplo, que, sabemos hoje, diminui os sintomas das perturbações respiratórias e cardíacas.

A sesta está patente em textos sagrados. Não apenas a sesta curta de 20-30 minutos como forma de melhorar as capacidades cognitivas, mas também períodos mais prolongados de sono diurno. Sabemos que o sono está associado ao arrefecimento corporal, o que pode constituir uma estratégia da adaptação às temperaturas elevadas das regiões de onde as religiões são provenientes.

As últimas orações, após o por do sol, representam um ponto de rutura com a atividade do dia e a preparação para o sono; o trabalho e as discussões chegam mesmo a ser interditados. Ora o relaxamento e a meditação constituem uma das atuais regras de higiene de sono.

Claro que nem tudo nos parece adequado. No verão, com noites curtas, os preceitos podem levar a sonos mais curtos do que seria desejável, mas, mesmo aí, temos de admitir que haja fatores de adaptação e compensação.

Enfim, Deus não dorme, mas cuida que a humanidade o faça.

Dr. Joaquim Moita - Presidente da Associação Portuguesa do Sono

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3ª reunião do Núcleo de Estudos de Geriatria realiza-se em Tomar
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) vai realizar a sua 3ª reunião...

Para João Gorjão Clara, internista, cardiologista e coordenador do NEGERMI, “esta reunião é direcionada a médicos de Medicina Interna e especialistas de outras áreas da saúde que perspetivem obter e partilhar conhecimentos, experiências e visões no âmbito da Medicina Geriátrica, com especial foco no acompanhamento e tratamento do idoso com doença cardiovascular”.

Em dois de eventos, sublinha ainda o especialista, “os participantes vão estar em contacto com diversos temas pertinentes, que vão desde a relação das demências e da doença renal crónica com as complicações cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca ou o acidente vascular cerebral, até à gestão de fatores de risco na doença cardiovascular e à discussão da medicina Anti-Ageing”.

A 3ª reunião do Núcleo de Estudos de Geriatria contará também com um curso pré-reunião sobre “Geriatria no Lar”, que se realizará no dia 14 de março, no mesmo local. Este curso, o segundo com este objetivo, pretende otimizar a assistência aos doentes idosos internados em lares e outras instituições.

As inscrições para a reunião estão abertas até dia 8 de março em: https://www.spmi.pt/evento/3a-reuniao-do-nucleo-de-estudos-de-geriatria/

 

Dormir bem, envelhecer melhor
No âmbito da comemoração do Dia Mundial do Sono, a Associação Portuguesa do Sono (APS), em colaboração com o Centro de...

A importância de um sono com qualidade será abordada em múltiplas dimensões: a higiene do sono das crianças e adolescentes, que foi pretexto para um concurso de desenho nacional; a síndrome da apneia do sono que é base de uma performance teatral criada pela Marionet; a importância de um bom sono para um bom envelhecimento; recomendações para todas as idades de como ter um sono saudável e até um debate sobre sono e religião. A entrada é livre.

A mensagem que se pretende transmitir é de que o bem estar físico, mental e social é melhor se dormir bem, não importa a idade. A qualidade do sono é um dos pilares fundamentais da saúde, a que se juntam a estabilidade emocional, alimentação adequada e a prática de exercício físico. A campanha pretende enfatizar que dormir mal causa várias doenças e terá consequências na qualidade de vida presente e futura.

O sono tem impacto sobre todos os aspetos da vida e a sua má qualidade pode ser responsável pelo aparecimento de várias doenças orgânicas ou psicológicas. A qualidade do sono tem impacto desde as doenças naturais, às perturbações psicológicas e sendo um pilar fundamental da saúde, vai ter consequências na energia com que se enfrenta cada dia. A importância de um bom sono está presente na necessidade de dormir bem para poder aproveitar plenamente os momentos bons da vida.

Para assinalar esta data, e à semelhança do ano passado, e novamente em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, há um vasto conjunto de atividades, como sessões em escolas, unidades de saúde e autarquias, e a divulgação de um pequeno vídeo de sensibilização. São muitos os lugares onde a APS e o CNC vão estar a apelar aos portugueses para dormirem bem, com destaque para o evento que ocorre em Coimbra.

Associações de doentes fundamentais na capacitação de doentes, familiares e profissionais de saúde
Segundo dados apresentados pela Comissão Interministerial da Estratégia Integrada para as Doenças Raras (EIRD), os doentes...

As doenças raras são uma realidade que não pode ser ignorada e a busca de respostas a uma só voz é o objetivo da união de mais de vinte associações de doentes numa nova organização agregadora e que pretende reunir as cerca de cinquenta instituições nacionais existentes.

A nova organização conta neste momento com uma Comissão Instaladora, responsável pela conferência que decorreu ontem, Dia Mundial das Doenças Raras, no Instituto de Saúde Pública Dr. Ricardo Jorge (INSA), onde os responsáveis daquele instituto e do Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S), que acompanharam este movimento de união desde a sua génese, reiteraram o apoio à nova organização. Em representação do Sr. Secretário de Estado da Saúde e da Sra. Diretora-Geral da Saúde, esteve presente Anabela Coelho, da DGS, que referiu a importância desta nova organização e a abertura para uma colaboração mais estreita entre a Direção-Geral da Saúde e a nova organização.

Cláudia Santos, do Infarmed e membro Comissão Interministerial da EIRD, apresentou em primeira mão o Plano para 2019 da Comissão. Os principais eixos de atuação passarão por melhorar a coordenação dos cuidados prestados aos doentes, promover o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento, difundir informação clínica e epidemiológica, incentivar e promover a investigação na área e melhorar a inclusão social destes doentes. O plano foi aberto à discussão entre os presentes, entre os quais profissionais de saúde, doentes e familiares e ficará agora em consulta pública.

A cargo de Carla Pereira, da Direção-Geral de Saúde, esteve a apresentação do site Orpha.net, um projeto que teve início em França em 1997 e que a partir de 2000 passou a ser apoiado pela Comissão Europeia, e que conta, atualmente, com um consórcio de 40 países e mais de 5.800 doenças registadas. Esta plataforma, que tem uma versão nacional, reúne informação fidedigna e promove o conhecimento sobre as doenças raras, contribuindo, assim, para melhorar o diagnóstico, o cuidado e tratamento dos doentes. Na sessão ficou o apelo para o registo, na plataforma, das atividades relacionadas com as doenças raras, contribuindo assim para a partilha de informação que levará a um maior conhecimento das diferentes patologias.

Os centros de referência para o diagnóstico e tratamento das doenças raras foi outro dos temas em debate. João Lavinha, investigador do Departamento de Genética Humana, do INSA, apresentou a lista dos 31 centros de referência existentes no país, salientando que a localização cobre maioritariamente a área litoral do país. Para o interior, o investigador apresentou como solução a considerar a criação de centros de afiliação, que poderão dar uma resposta eficaz aos doentes, através de um trabalho de cooperação com os centros de referência já existentes.

Milena Paneque, Aconselhadora Genética do i3S, expôs nesta sessão a necessidade da capacitação não só dos doentes, mas também das famílias e dos próprios profissionais de saúde. Neste âmbito, a especialista destacou o papel importante das associações de doentes, uma vez que têm o conhecimento único sobre o “viver com a doença”, pela proximidade que têm com os doentes e com as famílias, podendo assim, entre outros, contribuir na implementação de projetos de intervenção comunitária, na identificação de prioridades para alocar recursos e investimentos, na identificação de lacunas na articulação dos serviços de saúde com os serviços e recursos das comunidades que servem e na promoção de uma maior consciencialização pública.

Para tal irá, certamente, contribuir a nova organização agregadora das associações de doenças raras, que pretende procurar mais e melhores respostas para estes doentes e para as suas famílias a nível nacional, não esquecendo a ponte fundamental com os organismos internacionais. Tal foi sublinhado também por Geske Wehr, Secretária-Geral da EURORDIS, ao afirmar o grande empenho daquela organização europeia no sucesso da nova entidade agregadora de associações de doenças raras em Portugal.

Estudo
Aproveitar para dormir até mais tarde ao fim de semana não resolve o problema das noites mal dormidas durante a semana, diz...

Para chegar a esta conclusão, investigadores da Universidade do Colorado, em Boulder, pegaram em dois grupos de pessoas saudáveis e privaram-nos de algumas horas de sono. Um grupo dormiu apenas 5 horas por noite durante toda a semana, incluindo os fins de semana. O segundo grupo pode dormir até mais tarde todos os sábados e domingos.

Em ambos os grupos foi possível assistir a um aumento de peso e à diminuição da idade metabólica. “Ao fim ao cabo, não observámos nenhum benefício a nível do metabolismo no grupo de pessoas que dormiu mais ao fim de semana”, afirma Chris Depner, professor de Fisiologia Integrativa nesta universidade e autor do estudo.

A investigação demonstrou que dormir pouco aumenta o risco de obesidade e diabetes tipo 2, em parte por levar à ingestão de alimentos durante a noite e à diminuição da sensibilidade à insulina ou à habilidade do organismo regular o açúcar no sangue.

Para este estudo, os investigadores tinham como objectivo descobrir o que acontece quando as pessoas tentam recuperar o sono perdido durante o fim de semana.

As conclusões desta investigação, publicadas no jornal Current Biology, vêm provar que dormir mais estes dois dias não traz qualquer benefício, reforçando a ideia de que é importante dormir o suficiente todos os dias da semana.

 

Resultados de inquérito da SPP e da SPMT revelam que os portugueses dormem mal
46% dos portugueses com idade igual ou superior a 25 anos dormem menos de 6 horas por dia, 21% dizem que demoram mais de 30...

Os portugueses não estão devidamente informados sobre a importância do sono na saúde e qualidade de vida, avisa a Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), no âmbito do Dia Mundial do Sono que se assinala no próximo dia 15 de março. “Apesar da crescente divulgação sobre a importância do sono e das doenças relacionadas com o sono, a maioria dos portugueses mantem maus hábitos de higiene do sono e não lhe atribui a mesma importância do que a uma nutrição saudável ou a prática de exercício físico regular”, afirmam Susana Sousa e Sílvia Correia, representantes da Comissão de Trabalho.

Dentro da sua missão de promover um estilo de vida saudável – o que inclui o ensino sobre a importância do sono,  divulgando as consequências da sua má higiene e privação de forma a alertar a população – este ano a CT de Patologia Respiratória do Sono dá continuidade à campanha “Põe o teu sono na agenda” (#põeoteusononaagenda). Desenvolvida em parceria com a Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho, esta campanha tem como um dos seus principais objetivos, estudar os hábitos de sono dos portugueses, tendo sido criado, para esse efeito, um questionário que esteve acessível online e onde se constatou que 46% dos inquiridos, numa amostra de 653 portugueses com idade igual ou superior a 25 anos, dormem 6 horas ou menos por noite/dia.

Os resultados deste inquérito revelam ainda que 21% dos inquiridos tem insónia inicial, demorando mais de 30 minutos para adormecer, 32% consideram o seu sono razoavelmente mau ou mau, e 40% referem, pelo menos, um episódio, no último mês, de dificuldade em manter-se acordados enquanto conduziam, durante as refeições ou em atividades sociais. Estes dados revelam que “portugueses dormem mal e isso pode trazer consequências potencialmente graves para a saúde”, referem as pneumologistas.

“A má higiene do sono afeta negativamente a qualidade de vida em termos de perda de memória, sonolência acentuada, défice de concentração, irritabilidade e alteração do humor. A sonolência associada a esta má higiene do sono aumenta o risco de acidentes de viação e de acidentes de trabalho. Se o número de horas de sono for inferior ou igual a 5 horas, o risco cardiovascular também aumenta” 1 acrescentam Susana Sousa e Sílvia Correia.

Jorge Barroso Dias, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho, reforça ainda que “é necessário programar o tempo de sono suficiente antes do trabalho. Os jogos, televisão, internet e redes sociais também são dependências crescentes nos trabalhadores portugueses, com grande prejuízo das horas e qualidade de sono. Ir trabalhar com sonolência, além de não ser saudável, provoca erros, incompetência e mal-estar no trabalho”.

Perante esta realidade, este ano, a campanha é reforçada divulgando, junto dos portugueses, as conclusões do questionário elaborado - com o objetivo de destacar a mensagem da importância de um sono em quantidade e qualidade para uma vida saudável.

Para o celíaco cada migalha conta
De origem autoimune e sem cura, a Doença Celíaca afeta entre 10 a 15 mil portugueses.

A doença celíaca (DC) é uma patologia crónica, de origem autoimune e sem cura, que surge na sequência da ingestão de glúten em indivíduos geneticamente susceptíveis. “Composto por prolaminas e glutaminas, principais constituintes do trigo, centeio, cevada”, o glúten desencadeia no intestino delgado uma resposta inflamatória mediada pelo sistema imunitário que, ao longo do tempo, conduzirá à destruição da mucosa intestinal. De acordo com Rita Jorge, nutricionista, “esta destruição leva à diminuição da sua capacidade de absorção dos nutrientes”.

Entre os sintomas mais frequentes destacam-se as cólicas, diarreia, distensão abdominal ou emagrecimento (habitualmente, nas crianças). No entanto, há quem apresente uma sintomatologia mais diversificada e extra-intestinal, como anemia ferropénica, osteopenia/osteoporose, dermatite herpetoforme, estomatite aftosa recorrente, infertilidade e abortos recorrentes, ou alterações neurológicas, da função da tiroide ou alterações da função hepática. E há casos ainda em que os sintomas são tão ligeiros que raramente levantam suspeita.

Por outro lado, diz-se que a Doença Celíaca é assintomática quando o doente é portador do gene da patologia mas este está “adormecido”. “Por esse motivo devem ser rastreados os familiares de primeiro grau do celíaco, que têm maior probabilidade de desenvolver a doença, bem como aqueles que apresentam patologias que, reconhecidamente, se relacionam com a Doença Celíaca”, explica a especialista. É o caso da Diabetes tipo 1, tiroidite autoimune / híper ou hipotiroidismo, a dermatite herpetiforme, ataxia, Síndrome de Down, Síndrome de Turner ou de Williams e a deficiência seletiva de IgA.

É graças a esta multiplicidade de sintomas que se estima que uma percentagem elevada de casos se encontra por diagnosticar. De acordo com Rita Jorge, “em Portugal, aponta-se que existam entre 10 a 15 mil pessoas diagnosticada com a doença celíaca. Estima-se no entanto, que o número de celíacos efetivo, ao nível nacional, se situe entre os 70 e os 100 mil”.

O único tratamento conhecido para esta patologia consiste no cumprimento rigoroso, sem exceções, de uma dieta isenta de glúten. “Apenas a eliminação desta proteína da alimentação permite que o intestino regenere por completo da lesão e o organismo recupere”, reforça a nutricionista. Assim, os alimentos que contém glúten – trigo, centeio, cevada – devem ser substituídos, e podem eles ser produtos de pastelaria, massas alimentícias, sopas de pacote, panados e salgados, entre outros. São ainda proibidos ingredientes como o amido destes quatro cereais, proteína vegetal, fibras alimentares, aditivos do grupo dos E-14xx, malte, xarope ou extrato de malte.

Uma vez que “existem ainda alimentos que podem conter glúten disfarçadamente, é necessário confirmar sempre os ingredientes presentes na rotulagem”, adverte a nutricionista.

Hortícolas, fruta, lacticínios, carne, pescado e ovos devem fazer parte de uma dieta rigorosa mas saudável e equilibrada.  

Trigo-sarraceno, milho, quinoa, arroz, tapioca e batata são exemplos de ingredientes bem-vindos na dieta de um celíaco.

O não cumprimento de uma dieta isenta de glúten incidirá negativamente sobre a qualidade de vida do doente. “Enquanto um celíaco tratado, que cumpre a dieta isenta de glúten, apresenta uma esperança média de vida igual à de um cidadão comum, aquele que não sabe que é portador da DC, além de muitas vezes sofrer de sintomatologia variada que afeta negativamente a sua qualidade de vida, reduz drasticamente esse indicador, estando muito mais exposto, por exemplo, a desenvolver algumas formas de cancro”, chama a atenção a especialista.

Por tudo isto, quanto mais cedo for o seu diagnóstico, melhor o prognóstico da doença celíaca. E fuja da contaminação cruzada! “Para o celíaco a migalha conta. A ingestão de qualquer quantidade de glúten, por mínima que seja, é prejudicial para o celíaco, favorecendo o aparecimento de lesões na mucosa intestinal”, sublinha Rita Jorge.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Mecanismo adicional de segurança para a saúde pública
Entrou em vigor a Diretiva Europeia que visa impedir a introdução de medicamentos falsificados no mercado. Em Portugal, os...

A falsificação de medicamentos tem sido alvo de uma constante preocupação da União Europeia, tendo, no início de fevereiro, entrado em vigor a Diretiva dos Medicamentos Falsificados, que, entre outras medidas, implica a introdução de dispositivos de prevenção de adulterações e de um identificador único nas embalagens dos medicamentos sujeitos a receita médica e alguns medicamentos não sujeitos a receita médica, e, por conseguinte, medidas adicionais de verificação da autenticidade dos medicamentos ao longo do circuito.

Em Portugal, a implementação e operacionalização do Sistema que permite verificar a autenticidade dos medicamentos é da responsabilidade da MVO Portugal, entidade criada pelas associações representativas dos intervenientes na produção, distribuição e dispensa de medicamentos. Desde a fundação que a ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos, assim como as suas associadas, colabora ativamente com a MVO Portugal para a implementação, no nosso país, do Sistema Nacional de Verificação de Medicamentos.

As novas medidas de verificação da autenticidade e integridade dos dispositivos colocados nas embalagens dos medicamentos permitem assegurar que o seu conteúdo é fidedigno, tratando-se de um mecanismo adicional de segurança para a saúde pública.

Os distribuidores farmacêuticos associados da ADIFA (Alliance Healthcare, Botelho & Rodrigues, COOPROFAR, OCP Portugal, Plural e UDIFAR) desenvolveram esforços e realizaram os investimentos necessários para adaptar os seus procedimentos e sistemas informáticos, estando, desta forma, a cumprir com as novas regras europeias e a contribuir para um circuito do medicamento mais seguro e de confiança.

Tiago Galvão, Membro da Direção da ADIFA refere que “No dia-a-dia os distribuidores farmacêuticos de serviço completo desempenham um verdadeiro serviço público, assegurando um abastecimento contínuo de todas as farmácias do território nacional, independentemente da sua localização ou dimensão, cumprindo os mais elevados padrões de segurança, eficiência e qualidade para o circuito do medicamento. Neste contexto, uma vez mais, os nossos associados corresponderam positivamente a este desafio e estão totalmente preparados, cumprindo a sua missão de proteção da saúde pública”.

Acrescenta ainda que “com a entrada em vigor da Diretiva Europeia, os distribuidores têm, em determinadas circunstâncias, a obrigatoriedade de verificar e desativar o identificador único das embalagens, como por exemplo nos medicamentos que lhes sejam devolvidos por outras entidades (verificar) ou quando abastecem entidades autorizadas a adquirir medicamentos que não estejam abrangidas pela Diretiva e que, por essa razão, não se encontrem ligadas ao repositório nacional (desativar)”.

Os medicamentos com estas novas características são introduzidos no mercado de forma gradual, sendo que os medicamentos que já se encontram em circulação, sem dispositivos de segurança, podem ser utilizados até ao final do seu prazo de validade. Não obstante, os distribuidores farmacêuticos continuam a aplicar um conjunto altamente rigoroso de procedimentos de certificação e qualificação de fornecedores e clientes, contribuindo, por si só, para a segurança do circuito do medicamento.

Médicos lá fora
Depois da Galiza, segue-se a Irlanda. O anúncio publicado na Ordem dos Médicos detalha os requisitos: os profissionais têm de...

Quanto às remunerações, os vencimentos podem variar consoante os dias de trabalho e os turnos. Sabe-se, para já que, quem fizer um turno diário de segunda a sexta-feira, poderá receber um ordenado de 2.750 euros brutos por semana, ou seja, 11 mil euros brutos por mês.

Para um turno noturno de sexta-feira a domingo, o ordenado é de 2.160 euros brutos por semana, 8.640 euros brutos por mês.

Para um turno noturno de quarta-feira a domingo, o ordenado atinge os 3.500 euros brutos por semana, 14 mil euros brutos por mês.

De acordo com a oferta publicada, estes profissionais vão ter direito a um assistente pessoal para o ajudar durante todo o processo e, se preferirem, podem candidatar-se a turnos em part time.

 

Seis bolsas de apoio no valor total de 60 mil euros
Estão abertas as candidaturas para a quinta edição das Bolsas de Cidadania Roche, uma iniciativa que reconhece projetos e...

As seis bolsas destinam-se a financiar projetos e ideias capazes de fomentar a participação dos cidadãos e dos doentes nos processos de decisão em saúde, de informar os doentes dos seus direitos de acesso à informação e ao envolvimento nas decisões individuais de tratamento.

Abertas até dia 12 de abril, as candidaturas deverão preencher os requisitos identificados no regulamento da iniciativa, disponível em https://bit.ly/2GRhah3.

A análise das candidaturas e a decisão sobre os vencedores das bolsas será feita por um júri independente e, no mínimo composto por cinco elementos.

Esta ação enquadra-se na Política de Responsabilidade Social da empresa e resulta do seu compromisso em assumir um papel ativo na sociedade apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente.

Na edição de 2018, a Roche atribui também seis bolsas no valor total de 60 mil euros às seguintes entidades e projetos: Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas (Projeto “Ver o futuro”); Alzheimer Portugal (Campanha para uma mudança social - “Amigos na Demência”); Associação Desportiva Padel Sem Barreiras (“Padel Adaptado - Prática Desportiva para TODOS e sem barreiras”); Associação Portuguesa de doentes de Parkinson (“PROGRAMA COGWEB MOVE IT”); Fundação Rui Osório de Castro (“Renovação PIPOP - Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica”); e Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras (“Corpo e Mente em Movimento”).

 

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