Oncologia
Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) assinaram um Protocolo de...

A cerimónia oficial de assinatura decorreu no passado dia 28 de agosto, em Lisboa, e contou com a presença do Secretário de Estado e Adjunto da Saúde, Francisco Ramos. “Os desafios na área da oncologia são enormes nos próximos anos. Devemos fazer coisas que têm impacto no quotidiano”, defendeu o dirigente na sua intervenção. “Esta parceria com uma sociedade científica é relevante e é uma fórmula a repetir tantas vezes quantas formos capazes”, salientou.

Este serviço especializado, disponível 24 horas por dia, terá como finalidade triar, aconselhar e, se necessário, encaminhar os utentes oncológicos em tratamento para os serviços de saúde mais adequados, consoante os seus sintomas e grau de toxicidade.

Integrado no Serviço de Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento, já existente no Centro de Contacto do SNS – SNS 24, este novo serviço terá algoritmos específicos para os doentes oncológicos em tratamento de quimioterapia e imunoterapia.  De acordo com as diferentes situações clínicas, os utentes poderão ser aconselhados a dirigirem-se ao serviço de urgência, a aguardarem o contacto pelo serviço de oncologia do hospital assistente, a permanecerem em autocuidados ou a chamada poderá ser transferida para o Instituto Nacional de Emergência Médica.

A rede de atuação do serviço será constituída pelo SNS 24, hospitais (serviços de oncologia) e institutos portugueses de oncologia que vierem a aderir ao projeto.

Os principais objetivos desta iniciativa centram-se na diminuição da utilização inadequada dos serviços de urgência, no encaminhamento dos doentes oncológicos em tratamento, de acordo com os seus sintomas e grau de toxicidade, para o nível de cuidados mais adequado e na promoção da utilização do SNS 24 como front office do SNS em situação aguda, antes do acesso a qualquer serviço de saúde presencial.

A criação desta parceria interinstitucional surge, assim, na sequência de a maior parte dos hospitais não dispor da especialidade de oncologia em permanência no serviço de urgência, pelo que, fora do horário de funcionamento desta especialidade, os doentes são avaliados por outras especialidades médicas.

Dores de costas
Luís Teixeira, médico ortopedista deixa a lista de conselhos para os pais orientarem os seus filhos
Criança com mochila às costas

No âmbito do regresso às aulas, Luís Teixeira, médico ortopedista e presidente da Associação sem Fins Lucrativos “Spine Matters”, lembra a importância das consequências de uma carga desadequada e contínua durante o período escolar: "Todos sabemos que as nossas crianças continuam a transportar cargas excessivas nos dias de aulas. Os números mostram que há muitos alunos a suportar 15% ou mais do seu peso corporal na carga escolar, uma percentagem já muito elevada e prejudicial para a coluna". As mochilas das crianças não devem exceder esta percentagem sob pena de provocarem mudanças nos ângulos dos ombros, coluna e membros inferiores.

Partindo deste alerta o especialista deixa uma lista de dicas para os pais seguirem no período de regresso às aulas, nomeadamente na compra das mochilas.

Para além das consequências posturais, o excesso de peso nas mochilas tem vindo a ser apontado como responsável a longo prazo por dores de costas frequentes e consequente falta de concentração nas aulas. “A explicação é simples e reside no esforço, nem sempre consciente, que a criança faz de forma regular. O excesso de carga numa fase de crescimento poderá condicionar uma sobrecarga da coluna que se poderá manifestar anos mais tarde”.

As dores nas costas são vulgarmente desvalorizadas, contudo esta é uma situação que deve ser prioritária. Neste sentido, o especialista deixa 8 dicas imprescindíveis aos pais nesta altura do ano:

  1. Ensine o seu filho a moderar o peso da mochila. Quando for preparar a mala para o dia de escola seguinte, procure ensinar ao seu filho a distinguir prioridades. Tudo o que for acessório e não estritamente imprescindível deverá ficar em casa ou nos cacifos, de forma a aliviar o peso transportado.
  2. Pese as mochilas dos seus filhos antes de saírem de casa. Certifique-se que o peso da mochila não excede 15% do seu próprio peso. Ex. Numa criança com 30kgs, a carga não deve exceder os 4,5kgs. Esta é uma recomendação que deve ser respeitada de forma rigorosa, gerindo o horário da criança de forma o mais atenta possível.
  3. Procure mochilas de duas alças e com um bom suporte, em que o peso possa ser suportado uniformemente. Por outro lado, quando impossível de contornar esta a medida, a opção pontual deve ser por meio de uma mala com rodas. Ao contrário do que muitas vezes se pensa, esta não é uma solução que resolva o problema, pois apenas o minimiza. No dia-a-dia o controlo da carga transportada é fundamental. Se a mochila tiver um cinto, deve incentivar a criança a colocá-lo.
  4. Malas compartimentadas, de alças largas e confortáveis, adequadas ao tamanho da criança. Desta forma, poderá distribuir o peso uniformemente, proporcionando, um maior conforto ao seu filho. Além das alças, tente que a traseira da mochila fique em contacto com as costas da criança, melhorando o seu conforto.
  5. Objetos mais pesados devem ficar no centro da mochila. Tente dividir o peso, colocando os livros maiores no centro. Já os objetos mais pequenos devem ficar nas bolsas laterais e/ou frontais.
  6. Corrija os seus filhos se a mochila estiver a ser transportada com as alças muito soltas: quando se encontra já perto do fim das costas, a pressão causada na coluna é muito elevada. Todas as mochilas devem ter as alças apertadas e justas para que não haja oscilação de peso.
  7. Esteja atento aos sintomas. Caso repare que o seu filho tem uma postura diferente, marcas das próprias alças da mochila, ou dores de costas recorrentes, consulte um especialista.
  8. Dê o exemplo no seu regresso ao trabalho! Enquanto modelo a seguir e, simultaneamente, a fazer o bem por si mesmo, dê prioridade às mochilas para transporte do computador, em detrimento das malas a tiracolo ou das tradicionais malas de mão. Se o fizer, a criança terá muito maior motivação e vontade de o seguir, e as suas costas também estarão mais resguardadas.

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Solidariedade
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) organiza no dia 23 de outubro o concerto solidário “Todos por uma Casa”, no...

Os fundos angariados neste concerto solidário revertem para o apoio à construção da Casa Porto Seguro, um projeto da APCL que permitirá a doentes hemato-oncológicos deslocados e com carências económicas e respetivos familiares ficarem alojados numa casa, onde poderão receber todo o apoio que necessitam durante o período de tratamentos.

“A Casa Porto Seguro é já um sonho antigo da APCL, para que possamos prestar um maior apoio aos doentes que nos procuram e é, por isso, muito importante conseguir erguer esta casa. Este concerto vai poder ajudar-nos a ficar mais perto do nosso objetivo e em simultâneo criar uma noite com valor artístico e animada para todos os espectadores”, afirma Carlos Horta e Costa, vice-presidente da APCL.

O concerto será no Campo Pequeno e vai ter início pelas 21h15. Os bilhetes estão à venda na ticketline e os preços variam entre 38€ e 60€. O valor será revertido na totalidade para a construção da Casa Porto Seguro.

A “Casa Porto Seguro” será construída na rua Dom Luís de Noronha, num edifício cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, a 1 km do Instituto Português de Oncologia e a 2km do Hospital de Santa Maria, as duas Unidades de Transplante de Medula óssea de Lisboa e o grande objetivo é conseguir albergar até 16 pessoas (8 famílias) de cada vez. 

 

Infeção Viral
Embora se trate de uma doença geralmente benigna, em alguns casos, o sarampo pode ser grave e até fa
Criança com termómetro a medir a febre

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, provocada por um vírus – designado por Morbillivirus - que se transmite de pessoa para pessoa, por via aérea através de gotículas ou aerossóis. Tossir ou espirrar é suficiente para propagar a doença, por isso todo o cuidado é pouco.

Quais os sintomas?

Esta doença tem um período de incubação que pode variar entre 7 a 21 dias, o que significa que pode ser portador do vírus sem o saber. O contágio ocorre mais tarde, durante o curso da doença, sendo que as primeiras manifestações desta infeção viral são a febre (que pode ser alta) e mal-estar, seguidas de corrimento nasal, conjuntivite e tosse.

Em alguns casos, e imediatamente antes da erupção cutânea que a caracteriza, podem surgir pequenos pontos brancos no interior da bochecha.

O exantema surge inicialmente no rosto e só depois se propaga pelo tronco e membros.

O período de contágio ocorre entre seis dias antes e quatro dias depois do surgimento das primeiras placas avermelhadas na pele. No entanto, em doentes imunodeprimidos este período pode ser mais prolongado.

Quais as complicações?

O sarampo tem habitualmente uma evolução benigna, mas pode desencadear complicações como otite média, pneumonia, convulsões febris e encefalite. No caso de infeção cerebral, estima-se que esta ocorra em 1 caso entre 2000, pelo que não é assim tão frequente embora seja a complicação mais grave associada ao Sarampo.

Qual o tratamento?

Não existem medicamentos específicos para a doença. O seu tratamento consiste no alívio dos sintomas que cursam com a infeção, como a febre, as dores musculares e a tosse, resolvendo-se ao fim de 2 a 3 semanas.

Como prevenir a doença?

A vacinação é a principal medida de proteção contra o sarampo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, entre 2000 e 2015, foi possível prevenir cerca de 20 milhões de mortes, em todo o mundo, com a vacinação.

Em Portugal, a vacina contra o sarampo é gratuita e está incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV), devendo ser administrada em duas doses: aos 12 meses e aos 5 anos.

Embora não seja uma vacina obrigatória (porque não há vacinas obrigatórias em Portugal), é altamente recomendada pelas autoridades de saúde, médicos e pediatras, devendo ser cumpridas as duas doses nas idades indicadas no Programa de Vacinação.

O que é a imunização?

A imunização pode ocorrer naturalmente (quando as pessoas são expostas a bactérias ou vírus) ou ocorrer através da vacinação. Quando as pessoas são imunizadas contra uma doença, elas normalmente não contraem a doença ou contraem apenas uma forma leve da mesma (já que nenhuma vacina é 100% eficaz). Em todo o caso, a imunização possibilita ao corpo defender-se melhor contra a infeção.

Em Portugal, estima-se que a taxa de imunização contra o sarampo se situe nos 95%. Embora a vacina tenha sido incluída no PNV (com uma dose) apenas em 1974 (a 2ª dose foi introduzida em 1990), considera-se que a maioria das pessoas nascidas antes desta data está protegida por ter tido a doença e aquelas que nasceram após a sua introdução no PNV estão protegidas por terem sido vacinadas.

O que acontece se houver um surto?

Durante um surto, algumas pessoas vacinadas podem vir a contrair a doença, por diminuição, ao longo do tempo, da proteção conferida pela vacina.

No entanto, o sarampo em pessoas já vacinadas é mais ligeiro, a probabilidade de haver complicações clínicas é muito menor e o doente é menos contagioso para os outros.

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Papeira

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Medidas preventivas
Todos anos, 12 mil pessoas, na sua maioria homens (80%), sofrem lesões vertebro-medulares nos EUA, uma de muitas estatísticas...

“Os dias internacionais são celebrados para marcar aspetos importantes da história ou da vida humana. Neste caso, falamos de uma patologia que tem um impacto tremendo na qualidade de vida dos pacientes, estando normalmente associada a limitações profundas como paraplegia, necessidade de utilizar cadeira de rodas ou outros aparelhos de locomoção e nalguns casos, dependência total ou parcial de um cuidador. Este dia pretende, portanto, sensibilizar o grande público, na expetativa que contribua para melhorar a inclusão de pessoas com esta patologia na sociedade, e para prevenir o aparecimento de novos casos, já que podem resultar em grande parte de comportamentos de risco”, começa por explicar Luís Teixeira, médico especialista nas lesões da coluna e presidente da Associação sem fins lucrativos “Spine Matters”.

A paralisia dos membros, a incapacidade motora e o funcionamento parcial do sistema nervoso são apenas algumas das consequências que podem advir de uma lesão da coluna vertebral e medula espinhal, interferindo no desempenho das mais simples atividades rotineiras e na qualidade de vida, não só do paciente, mas também do seio familiar.

A principal causa desta lesão está, na grande maioria dos casos, relacionada com os acidentes de viação. De acordo com as estatísticas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, esta tendência tem vindo a aumentar cerca de 20% ao ano, desde 2016, passando de 127 mil registos para 132 mil, causando cerca de 2.100 feridos graves só no ano passado. Os números revelam ainda que 1 em cada 100 portugueses está envolvido neste tipo de sinistros.

De forma a prevenir acidentes nas estradas nacionais, sobretudo nesta época do regresso às rotinas laborais, o médico especialista deixa alguns conselhos práticos:

De mota / bicicleta / trotineta elétrica: utilize sempre capacete, mesmo em distâncias curtas ou em propriedades privadas: uma queda aparentemente pequena, mesmo a baixa velocidade, pode provocar uma lesão vertebro medular irreversível.

É importante regular a inclinação do banco para um ângulo entre 100 a 120º. Uma inclinação excessiva pode ser prejudicial, mas também um banco demasiado reto, exerce tensão e desconforto muscular, podendo ser igualmente perigoso. Certifique-se de que a sua coluna esta totalmente apoiada no encosto do banco e nunca conduza só com um braço, uma vez que leva a uma maior tendência de inclinação do corpo, o que no momento do embate pode ser muito prejudicial.

A distância do assento deve ser ajustada de forma a que a coluna esteja totalmente apoiada no banco, com as pernas e braços levemente fletidos. Ao pressionar os pedais de travagem e embraiagem, os joelhos devem permanecer ligeiramente fletidos. Este pormenor é muito importante uma vez que se os joelhos estiverem esticados no momento do impacto a energia pode provocar fraturas graves ao nível das pernas, bacia ou mesmo na coluna vertebral. No entanto, a flexão exagerada dos joelhos, poderá potenciar uma má circulação do sangue, o que é negativo quando conduz muitas horas seguidas, podendo igualmente contribuir para lesões graves numa colisão.

Ajuste do volante: quando existe essa opção no veículo, o volante deve ser posicionado de forma a que o condutor tenha visibilidade total do painel de controlo sem ter que mover a cabeça para ler a sua informação. No entanto, o mesmo não deve tocar nas coxas. Deve ainda segurar o volante com as duas mãos. O condutor deve ainda estar posicionado corretamente de forma a que o encosto de cabeça absorva o impacto causado pelo efeito chicote ao nível da coluna cervical no caso de uma colisão.

Faça pausas a cada duas horas: válido para todas as viagens longas, mas também para quem trabalha sentado o dia todo – a possibilidade de hérnia discal é maior, pela sobrecarga lombar.

Evite o excesso de velocidade; utilize um sistema de GPS com alerta para as velocidades máximas em cada troço ou defina o cruise control / limitador de velocidade de forma evitar ultrapassar os limites legais.

Não use o telemóvel enquanto conduz: a maioria dos smartphones já possuem modo ‘Não incomodar’, oferecendo a possibilidade de esconder as notificações e enviar mensagens automáticas com o texto ‘estou a conduzir’.

Para além dos acidentes rodoviários, deve ter em atenção as seguintes situações, de forma a evitar estas lesões:

Não arrisque: não faça saltos para a água de alturas elevadas, em especial quando desconhece a sua profundidade.

Seja cuidadoso: sempre que tiver que subir a um telhado, não o faça sozinho. Utilize uma escada robusta e peça a ajuda de alguém para garantir que está bem fixa; afaste-se das bermas, use calçado adequado, capacete e arnês de segurança. Sempre que sente que o risco é demasiado grande, peça ajuda a um profissional.

Dicas
Deitar o seu bebé nem sempre é fácil, e ninguém gosta de passar uma hora a tentar acalmar um bebé a
Bebé de fralda a dormir

Os bebés aprendem através de ações antes de começarem a entender o significado das palavras. Por isso, ter uma rotina de dormir previsível ajuda os bebés a aprender através dessas ações que é hora de dormir. Esta rotina não precisa de ser elaborada, pelo contrário, o ideal é torná-la o mais simples possível para que seja fácil repetir a qualquer hora e em qualquer lugar. Desta forma, uma rotina de dormir, para além de ajudar o seu bebé a dormir melhor, também ajuda os pais a relaxar e facilita os períodos de transição do bebé, como cólicas ou outras anomalias, que podem prejudicar o padrão normal do sono.

Estas rotinas devem ser implementadas desde cedo para que comecem a surtir efeito no sono do bebé o mais rápido possível. No entanto, os recém-nascidos não seguem um horário de sono fixo, pelo que, antes das 5 ou 6 semanas de idade, tentar implementar uma rotina de dormir pode ser um trabalho em vão. O ideal será esperar que o bebé complete as 6 semanas e, até lá, aproveitar para ir conhecendo os hábitos do bebé e perceber o que o acalma e relaxa.

Quando o bebé vai para casa pela primeira vez, é normal os pais fazerem tudo para garantir que recebe todo o cuidado, amor e sono de que precisa. Mas, às vezes, isso significa que estamos a habituar o bebé a certos hábitos que depois se tornam complicados de manter, como adormecer sempre ao colo ou amamentá-lo até que adormeça. Se o bebé está habituado a estes auxílios, tentar que ele comece a dormir sozinho pode ser complicado. Nesse sentido, criar uma rotina de sono também pode ser uma boa ferramenta para reduzir a necessidade destes auxílios para dormir e, eventualmente, eliminá-los.

Por outro lado, quando se tem um recém-nascido em casa, deixamos de lado as nossas próprias rotinas e passamos a guiar-nos pelas necessidades do bebé. Isso pode ser um problema quando, por exemplo, os pais voltam ao trabalho e precisam de reorganizar a sua vida. Também nesta situação, implementar uma rotina de dormir para o seu bebé pode ser um bom aliado para recuperar alguma organização.

A hora a que se deve começar a rotina antes de dormir depende de bebé para bebé. Mas uma rotina ideal para dormir poderá durar entre 1 hora e quinze minutos. Este intervalo de tempo vai depender do temperamento do bebé e, até mesmo, do tipo de dia que teve. Se nas horas antes de ir para a cama receberam visitas ou o bebé esteve muito tempo a brincar, pode demorar um pouco mais para se acalmar.

Tendo em conta todas estas variantes, uma equipa de especialistas na área do sono desenhou uma rotina que poderá servir de base e ser adaptada para o seu bebé:

  • 45 minutos a 1 hora antes de dormir: dê banho ao bebé, troque a fralda e passe loção;
  • 30 a 45 minutos antes de deitar: massaje o bebé para relaxar, vista o pijama e envolva-o. Coloque um som ambiente e baixe as luzes;
  • 15 a 30 minutos antes de dormir: aproveite para quaisquer cuidados extra que sejam precisos, como alimentar o bebé ou outras atividades calmantes;
  • 10 a 15 minutos antes de dormir: leve o bebé para o seu quarto, se ainda não o fez;
  • 5 minutos antes de dormir: nesta altura o bebé já deve estar com sono. Coloque-o no berço antes de adormecer.

Assim que o bebé adormecer, saia do quarto sem fazer barulho e deixe-o dormir nas nuvens.

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A constipação comum nos bebés

Acidentes domésticos com bebés

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Curso para especialistas
A Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) vai realizar um curso dedicado à dor crónica nos próximos dias 13 e 14 de...

Segundo Paulo Reis Pina, formador deste curso e internista com competências em Medicina da Dor, Medicina Paliativa e Geriatria pela Ordem dos Médicos, “esta atividade formativa tem como objetivo dotar os participantes de conhecimentos ao nível da classificação da dor crónica, mecanismos e vias de transmissão da dor, indicações terapêuticas e técnicas não farmacológicas usadas neste âmbito, bem como capacitá-los para a correta avaliação e gestão terapêutica da dor”.

No que respeita à importância deste curso, o formador acrescenta que “o controlo da dor deve ser encarado como uma prioridade ao nível da continuidade de cuidados, transversal a todas as tipologias, de modo a tornar-se um fator decisivo para a indispensável humanização dos cuidados prestados”.

 

Sintomas
A evolução do hipotiroidismo tem sinais e sintomas inespecíficos, comuns a outras condições, como a
Mulher com ar pensativo junto a uma janela

As disfunções da tiroide são muitas vezes doenças silenciosas e afetam mais de um milhão de pessoas em Portugal, embora exista um elevado número de pessoas por diagnosticar.

É importante salientar que, embora as doenças da tiroide possam afetar ambos os sexos e todas as idades, as mulheres têm uma probabilidade 10 vezes maior de ter uma tiroide hiperativa ou hipoativa.

Quais são os principais sinais e sintomas das disfunções da tiroide?

  • alterações súbitas de peso
  • cansaço excessivo
  • irritabilidade
  • aumento de peso
  • obstipação
  • queda de cabelo
  • fadiga
  • depressão
  • alterações menstruais
  • intolerância ao frio

A ansiedade e a depressão passam muitas vezes despercebidas, devido à sua inespecificidade e ao facto de facilmente se confundirem com consequências do estilo de vida ou até com o envelhecimento.

Muitos das situações acima descritas são também comuns a outras condições como a gravidez ou a menopausa. Estas situações atrasam o diagnóstico desta doença e, consequentemente, o início do seu tratamento!

A gravidade dos sintomas está relacionada com o grau de disfunção da tiroide e com a diminuição progressiva do metabolismo do organismo. Quando não são devidamente tratadas, estas patologias podem ter graves consequências.

O hipotiroidismo que apresenta manifestações graves chama-se mixedema. Neste caso, ocorre uma falência multiorgânica, particularmente quando é de longa duração e ocorre em idosos que apresentam patologias cardíacas, pulmonares, neurológicas, renais ou infeciosas.

Se o hipotiroidismo não for tratado corretamente, ou caso deixe de tomar a medicação como indicado pelo médico, pode progredir levando ao aparecimento de complicações, como problemas cardiovasculares.

A monitorização é muito importante para prevenir o agravamento desta patologia!

É fundamental sensibilizar e informar as pessoas para que estejam alerta e para que procurem ajuda especializada junto dos profissionais de saúde.

O diagnóstico precoce é essencial para o controlo e tratamento das doenças da tiroide e evita o aparecimento de complicações.

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«Son(h)o de Uma Noite de Verão»
Ao contrário do que desejamos, as férias nem sempre são sinónimo de descanso. Aparentemente representam uma oportunidade para...

Alguns estudos sugerem que no Verão dormimos menos e pior. De acordo com Susana Sousa e Sílvia Correia, representantes da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, vários motivos podem explicar este “fenómeno”: “A temperatura atmosférica mais elevada, a ausência de regras relacionadas com a pressão dos horários escolares ou laborais, as atividades de férias com maior número de distrações noturnas podem prejudicar o sono nas férias de verão, assim como o facto de dormirmos num colchão diferente e com uma almofada à qual não estamos habituados”. Por outro lado, e para quem opta viajar para zonas mais distantes, a própria diferença de horários pode alterar os hábitos de sono.

No entanto, um sono de qualidade e em quantidade deve ser uma prioridade ao longo de todo o ano e isso inclui o período de férias. “Este alerta é válido para adultos e para crianças e adolescentes que apresentam maior tendência a perturbações do ritmo circadiano”, adiantam as duas pneumologistas que, na sua atividade clínica, se dedicam em especial à patologia respiratória do sono.

Para que possamos regressar ao trabalho e à escola com baterias renovadas, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia recomenda oito digas que podem ajudar a dormir mais e melhor no verão, sobretudo no período de férias:

  1. Manter os horários regulares próximo da rotina
  2. Evitar os jantares pesados tardios, com álcool e cafeína
  3. Preparar o quarto e adequar a temperatura (temperaturas muitos quentes prejudicam o sono)
  4. Exercício físico regular – sobretudo ao ar livre – aproveitar o bom tempo para uma atividade física que junta o exercício e a exposição a luz solar será o ideal.
  5. Exposição a luz no início da manhã pode ajudar a regular o ciclo de sono-vigília
  6. Evitar a exposição a luz azul a noite (a ausência de pressão do horário de despertar com o horário escolar de manhã facilita a utilização de videojogos durante o período da noite por crianças e jovens)
  7. Dormir 7-8h de sono, para que consiga usufruir das férias da melhor forma possível.
  8. Evitar dormir com telemóveis ou outros dispositivos móveis na mesa-de-cabeceira.

 

Como prevenir
Segundo dados da Direção Geral de Saúde (DGS) a diarreia do viajante pode afetar até 50% das pessoas que viajam para o...

A diarreia do viajante está associada, sobretudo, a culturas gastronómicas e técnicas culinárias diferentes das nossas e especialmente com condições sanitárias e de higiene menos rigorosas na manipulação e preparação dos alimentos.

Segundo Vitória Rodrigues, microbiologista clínica do grupo SYNLAB, “esta é uma infeção intestinal que altera temporariamente e desequilibra a microbiota intestinal, um conjunto de microrganismos que coloniza o nosso intestino e que tem um papel fundamental na nossa saúde e no nosso bem-estar, protegendo-nos de infeções. A diarreia do viajante ocorre quando as pessoas são expostas a bactérias ou, com menor frequência, a vírus ou parasitas contra os quais não desenvolveram imunidade porque nunca tiveram contato com eles. Por isso as pessoas originárias de países mais desenvolvidos têm um risco mais elevado.”

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de contrair diarreia do viajante é mais elevado nos países ou locais em vias de desenvolvimento: Ásia, Médio Oriente, África, América Latina são os destinos onde a probabilidade de ter este problema é maior. Por sua vez, Europa de Leste, Europa do Sul e algumas ilhas das Caraíbas são países onde o risco é moderado, sendo também necessário ter alguma precaução. Pode ocorrer mesmo no nosso país.

Os sintomas começam geralmente de forma súbita, com aumento da frequência de idas à casa de banho (com fezes líquidas, por vezes, com sangue e/ou acompanhadas de febre) acompanhadas de cólicas abdominais, náuseas e vómitos. O maior risco associado a este problema de saúde é a desidratação em particular, nos grupos mais vulneráveis como crianças, grávidas, idosos e doentes crónicos.

A maior parte dos casos de diarreia do viajante não são graves e os sintomas desaparecem num curto espaço de tempo (3 a 5 dias), sem ser necessário tratamento. No entanto, devem ser realizados exames laboratoriais ao sangue e às fezes nos casos de diarreia persistente ou aguda acompanhada de febre e/ou fezes com sangue e ainda em indivíduos mais suscetíveis ou que estiveram numa região geográfica onde se verificou a presença de cólera. “Os exames laboratoriais permitem a identificação do agente infetante conduzindo ao tratamento específico e dirigido, ao mesmo tempo que permitem identificar os agentes infeciosos circulantes em determinado local e ainda a presença de surtos”, afirma a especialista Vitória Rodrigues.

Para prevenir este tipo de situações são necessários cuidados de higiene pessoal, que passam por lavar as mãos antes de comer e numa seleção e escolha de certos tipos de bebidas e alimentos, bem como os locais onde vamos comer: “Prevenir significa nem sempre comer quando, onde e o que se quer. Mesmo os viajantes que evitam beber a água local podem-se infetar ao escovar os dentes com a água da torneira, sendo recomendado utilizar água engarrafada para esse efeito. Colocar gelo feito com água local em qualquer bebida, ou ingerir alimentos crus, manuseados incorretamente ou lavados com a água local também constitui um risco.”

Doença pulmonar
Morreu um paciente que foi hospitalizado com doença pulmonar grave associada à utilização de cigarros eletrónicos. O caso...

Esta morte parece ser a primeira entre uma série de doenças pulmonares misteriosas ligadas a estes dispositivos e que estão agora sob investigação. De acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), um organismo do Departamento de Saúde norte-americano, foram registados 193 casos de doença pulmonar, em 22 estados, muitos deles em adolescentes e adultos jovens.

No estado de Illinois, onde ocorreu esta morte, “pelo menos 22 pessoas, com idades entre 17 e 38 anos”, foram hospitalizadas após usarem e-cigarros ou «vaping», avançam as autoridades.

Os indivíduos afetados apresentavam sintomas como tosse, falta de ar e fadiga e, em alguns casos, vómitos e diarreia, tendo piorado ao longo de vários dias ou semanas antes de serem hospitalizados.

Embora alguns dos casos pareçam semelhantes, as autoridades disseram que não sabem se as doenças estão associadas aos próprios dispositivos de cigarros eletrónicos ou a ingredientes específicos inalados através deles.

Em muitos dos casos relatados, os pacientes reconheceram o uso de produtos que contêm THC, o principal ativo da canábis.

No entanto, as autoridades de saúde afirmam que não podem para já estabelecer uma relação e admitem que estes casos de doença podem vir a acontecer há mais tempo, já que este tipo de dispositivos existem há mais de uma década.

Mitch Zeller, que dirige o Centro de Produtos de Tabaco da Food and Drug Administration (FDA), disse que a agência está a trabalhar para identificar os produtos usados, onde foram comprados, como foram usados ​​e se outros compostos foram adicionados.

“Essa informação precisa ser reunida para ver se surgem padrões”, disse.

As autoridades de saúde aconselham a que as pessoas procurem atendimento médico imediato se sentirem qualquer tipo de dor no peito ou dificuldade para respirar após a utilização do cigarro electrónico.

Quanto aos profissionais de saúde estes devem perguntar sobre o histórico de uso de vaping ou e-cigarros, sempre que estiverem perante casos de doenças respiratórias inesperadas.

Os cigarros eletrónicos têm crescido em popularidade na última década, apesar de pouca pesquisa sobre seus efeitos a longo prazo. Nos últimos anos, autoridades de saúde alertaram para uma epidemia de uso desses cigarros por adolescentes.

 

Alimentos e bebidas
A partir de outubro, a publicidade dirigida a menores de 16 anos vai sofrer alterações significativas: bolachas e leites...

A tabela que define o perfil dos alimentos e bebidas com publicidade dirigida a menores de 16 anos, cujo marketing será banido, foi publicada na quarta-feira, dia 21 de agosto de 2019, em Diário da República, num despacho que entra em vigor dentro de 60 dias.

O perfil nutricional surge no seguimento da lei aprovada em abril, destinada a restringir determinada publicidade dirigida a crianças. A lei então aprovada incumbia a Direção-Geral da Saúde (DGS) de identificar os produtos alimentares com elevado valor energético, teor de sal, açúcar, ácidos gordos saturados e ácidos gordos ‘trans’.

De acordo com uma análise da DGS, nenhum produto na categoria de bolachas e leites achocolatados e aromatizados vendidos em Portugal «está apto para publicidade dirigida a menores de 16 anos». Na lista há ainda manteiga, queijos, pão, preparados de carne e conservas.

 

O que deve saber
As feridas devem cicatrizar ao ar? E devem utilizar-se antibióticos tópicos no seu tratamento?
Rapaz a sangrar do joelho após queda de bicicleta

Mito 1 – As feridas cicatrizam melhor ao ar e devem ser mantidas secas.

Este mito persiste há décadas. Afirma-se que a cicatrização ao ar é mais rápida e que se deve arrancar a crosta.

No entanto, com a teoria da cicatrização em meio húmido de Winter dos anos 60, ficou provado, ao contrário do que se pensava, que as feridas cicatrizam de forma mais rápida e eficaz em ambiente húmido, pelo que não devem ser deixadas ao ar até estarem completamente cicatrizadas.

Mito 2 – Devemos deixar que apareça crosta na ferida.

A crosta desenvolve-se quando o leito da ferida seca, impedindo que as células neoformadas (e que têm como função reparar o tecido lesionado) cobram a ferida.

Por outro lado, a crosta leva à acumulação de tecido não viável e bactérias e, além de dificultar a cicatrização, pode levar ao desenvolvimento de infeção.

Assim, deve evitar-se a formação de crosta mantendo um ambiente húmido, protegendo a ferida com um penso apropriado.

Mito 3 – Quanto mais profunda mais dolorosa é a ferida.

Ora é precisamente o contrário! Devido ao elevado número de fibras nervosas localizadas abaixo da epiderme, as feridas superficiais – como abrasões ou queimaduras – são mais dolorosas do que uma ferida incisa profunda.

Mito 4 – As feridas pequenas não precisam de penso.

Mesmo as pequenas feridas necessitam de ser protegidas com penso que mantenha o ambiente húmido.

Mito 5 – As feridas devem ser “desinfetadas” e limpas com solutos antissépticos para prevenir a infeção.

Para além destas soluções destruírem as células (ou seja, são citotóxicas), impedem a cicatrização. De acordo com as evidências, as feridas devem ser limpas com água da torneira tépida ou com soro fisiológico para prevenir a infeção, remover tecido não viável e detritos, de modo a facilitar a cicatrização.

Na ausência de água potável, ou se houver dúvidas na sua qualidade, pode utiliza-se água fervida como agente de limpeza.

Mito 6 – As feridas devem ser tratadas com antibióticos tópicos ou antibióticos sistémicos.

Os antibióticos só estão indicados quando há sinais de infeção profunda e sistémica de acordo com a prática baseada em evidência.

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Diagnóstico e tratamento
Queixas ano-rectais são manifestações muito frequentes.
Homem de costas com a mão no rabo

As doenças benignas mais frequentes, do complexo ano-rectal, são a doença hemorroidária e as fissuras. Outras há que também podem coexistir ou ser autónomas: prurido, prolapso, fístula, infecções virais, alterações do pavimento pélvico e dor pélvica.

Porque é fácil e frequente confundirem-se sintomas - por serem parecidos ou concomitantes e referidos à mesma região anatomo-funcional - embora resultem de causas e evoluções distintas, é indispensável um diagnóstico correcto, em cada caso e em cada ocorrência. Só assim poderá haver boa resposta evitando condições crónicas muito penalizantes.

Todos os casos só devem ser tratados após observação adequada e sem prescrições cegas.

É necessário sensibilizar - cidadãos e profissionais de saúde - para a importância de olharem as alterações ano-rectais benignas como fonte de grande sofrimento e absentismo que, não tendo a gravidade do cancro, fazem sofrer e, por isso, devem impor uma avaliação e observação cuidadas para que os resultados sejam melhores.

Não!… à prescrição cega! O diagnóstico correcto é essencial.

Doença Hemorroidária

As hemorroidas são estruturas anatómicas presentes no canal anal dos humanos, constituídas por pequenas artérias e veias envolvidas por fibras elásticas, estando sujeitas a fluxos e pressões de sangue e a pressões do conteúdo fecal.

As hemorroidas têm acção mecânica no encerramento terminal do canal anal, complementar do aparelho esfincteriano e conferindo “finesse” ao processo de retenção, em particular para gases. E contribuem, em cerca de 20%, para a pressão anal em repouso.

Portanto, hemorroidas não são doença!

Por distúrbio das estruturas hemorroidárias, elas fragilizam-se, rompem-se as fibras de sustentação dos vasos sanguíneos e, sob pressão, iniciam distensão e aumento de volume, acumulam maiores quantidades de sangue e têm menor elasticidade. Assim começa a doença hemorroidária, cuja origem não é hereditária.

As hemorroidas internas localizam-se no recto, sangram e, raramente causam dor. As hemorroidas externas localizam-se no ânus, estão mais à vista e tocam-se, raramente sangram, mas quando há trombose causam dor e podem sangrar.

Alertas! Perdas de sangue, perda de muco (roupa interior manchada), dor, nódulos, prurido na região anal e perianal, anemia.

Diagnóstico

  • História e observação clínicas;
  • Anuscopia

Tratamento

a) não-cirúrgico

Dieta rica em fibras, evitar alimentos e condimentos agressivos, ingestão abundante de água, disciplina intestinal, uso controlado de laxantes, posição adequada para defecar, estadia curta na sanita (a sanita não é um sofá!), híper-higiene local sem substâncias agressivas (não ao papel, sim ao chuveiro), banhos d’assento, produtos farmacêuticos, gelo.

b) cirúrgico

  • Não-operatório: Laqueação com elásticos; Esclerose; Coagulação térmica.
  • Operatório: Hemorroidectomia(dolorosa; indicações restritas); Técnicas com menos dor, mais confortáveis e rápida recuperação (op. Longo, THD, HET, HAL-RAR, Laser díodo).

Fissura Anal

É um rasgão (ferida) na parte interna e baixa do ânus, que ocorre em qualquer idade. Começa por dar manifestações dolorosas agudas, mas pode tornar-se crónica. Causada por obstipação, fezes duras, diarreia, trauma local, esfíncter muito tenso.

Pode estar relacionada com cancro, doença inflamatória intestinal, doenças malignas do sangue, doenças infeciosas, nomeadamente as sexualmente transmitidas e associadas a HPV.

Manifesta-se com dor muito intensa e sangramento vermelho vivo, especialmente durante e após a defecação. Sangra em pequena quantidade, mas com persistência. Evolui alternando crises e acalmias. Se os sintomas locais não desaparecem por completo, então haverá nova crise (surtos de dor).

Diagnóstico

História clínica e observação directa.

Importante! A observação directa é, muitas vezes, condicionada e impedida pela intensidade da dor e a não identificação pode induzir outro diagnóstico retardando o diagnóstico e tratamento correctos.

Tratamento

a) na fase aguda podem cicatrizar espontaneamente (cerca de 80%) ou podem necessitar de tratamento não-operatório.

b) se a fissura persiste e se torna crónica, ou reaparece várias vezes, então só cura com tratamento operatório. Estas fissuras anais podem originar abcessos e fístulas pelo que exigem uma exploração mais extensa e pormenorizada por um cirurgião.

A operação para o tratamento das fissuras anais crónicas – esfincterotomia anal - é de pequena monta e alivia a tensão do músculo em simultâneo com a remoção de fibrose. O alívio da dor é imediato e mais de 90% dos casos não reaparecem.

O fantasma de eventual incontinência pós-cirurgia, não cola com a realidade de uma técnica correcta.

Com muita frequência, as queixas ano-rectais suscitam confusão entre fissura e doença hemorroidária, originando tratamentos inadequados, retardando o diagnóstico e contribuindo para as complicações associadas à cronicidade. Só a observação directa permite evitar erros. Há várias perturbações anais que se confundem e o tratamento de umas não resulta com outras. É obrigatório observar o ânus e o recto. 

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Micoses
Os pés estão muitas vezes sujeitos a condições de calor e humidade, nomeadamente pelo uso de calçado
Pés de três pessoas na praia à beira mar

As micoses são infeções altamente contagiosas provocadas por fungos, que se desenvolvem e se reproduzem em ambientes quentes, húmidos e escuros. Para obter energia, estes microrganismos “alimentam-se” de queratina, uma substância presente na superfície da pele, unhas e cabelo. Em circunstâncias normais, os fungos não causam doença, no entanto, se reunidas as condições necessárias à sua proliferação, a infeção pode instalar-se.

As infeções fúngicas estão entre as principais patologias ao nível do pé e a sua incidência aumenta significativamente no verão. Com o aumento das temperaturas, a concentração de transpiração no calçado e a exposição dos pés, em especial na praia e nas piscinas públicas, estão entre os principais fatores de risco.

Ao nível do pé, podemos falar de dermatomicoses e onicomicoses (micoses nas unhas). O pé de atleta é uma das micoses mais comuns no pé e, uma vez que o seu contágio é mais frequente nas piscinas e balneários públicos, pode ser considerado a “doença do verão”. Este problema surge mais frequentemente nos espaços entre os dedos e os seus sintomas incluem vermelhidão, prurido (comichão), inflamação, mau odor e alterações da pele, podendo provocar bolhas, fissuras e descamação da pele. O contágio é favorecido pela água e areia, bem como pela pele seca e fissurada dos pés, um problema também comum nesta altura do ano.

Já a onicomicose, responsável por mais de metade das doenças que afetam as unhas, pode provocar a alteração da coloração, deformação, engrossamento da unha e dor. Em certas situações, poderá verificar-se o descolamento da unha do leito ungueal. A dor poderá ser agravada pela pressão exercida pelo calçado.

O tratamento dependerá do tipo de fungo e da gravidade da micose, tal como do estado de saúde da pessoa, sendo muitas vezes necessária a prescrição de medicamentos de uso tópico e comprimidos de ingestão via oral. No que diz respeito à onicomicose, o objetivo da terapêutica é o crescimento de uma unha saudável, que demora pelo menos 12 meses a crescer desde a raiz até à ponta. Vigiar diariamente os pés permite a deteção dos sinais de infeção e facilita a obtenção de um diagnóstico precoce. Na presença de um ou mais sintomas de micose no pé, o próximo passo é recorrer a um podologista para tratar imediatamente a infeção e evitar que toda a família seja contagiada, uma vez que as micoses podem servir como “portas de entrada” a agentes patológicos causadores de infeções graves. 

Que cuidados devo ter para prevenir o contágio e o desenvolvimento de micoses no pé?

Transpirar dos pés é uma resposta biológica e fundamental para controlar a sua temperatura e manter a flexibilidade da pele, contudo, ao contrário de outras áreas do corpo através das quais pode evaporar facilmente, o uso de sapatos e meias pode levar à retenção de suor. Como o excesso de transpiração é naturalmente mais comum nas alturas de calor, é importante prevenir a concentração de humidade no calçado, que propicia o desenvolvimento de micoses.

Para evitar a exposição aos fungos pelo contacto com superfícies contaminadas, é crucial usar sempre chinelos em locais húmidos. Embora não se possa garantir que evite a 100 por cento a probabilidade de sermos contagiados, usando-os estamos bem mais protegidos contra este tipo de infeções. Doentes com diabetes e com o sistema imunitário debilitado devem ter cuidados redobrados.

De modo a prevenir infeções causadas por fungos, existem algumas recomendações a seguir no sentido de evitar o contacto direto com o fungo e, por outro lado, o desenvolvimento de condições favoráveis à sua proliferação, nomeadamente durante a estação mais quente do ano:

  1. Usar sempre chinelos nas zonas de banho, como piscinas e balneários públicos;
  2. Escolher calçado arejado e que permita a ventilação do pé;
  3. Colocar os sapatos a arejar num local ventilado e iluminado e aguardar, pelo menos 24 horas, antes de calçar os mesmos sapatos novamente;
  4. Preferir calçado em pele e meias de fibras naturais (preferencialmente de algodão);
  5. Manter uma higiene cuidada do pé, lavando os pés com sabão de pH neutro;
  6. Secar bem os pés com a toalha, especialmente os espaços entre os dedos;
  7. Fazer uma hidratação diária dos pés;
  8. Trocar de meias diariamente;
  9. Em caso de excesso de transpiração, usar antitranspirante específico para os pés;
  10. Não partilhar objetos pessoais, como toalhas, meias ou calçado.

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Recomendações
Viver com bexiga hiperativa pode ser um desafio, levando, muitas vezes, quem sofre desta síndrome a

Sentir necessidade urgente de ir à casa de banho mais de oito vezes por dia ou acordar várias vezes durante a noite para urinar são sinais que podem indicar que se sofre de bexiga hiperativa, uma síndrome que se caracteriza por contrações involuntárias que criam uma necessidade urgente de urinar, diminuindo o controlo que a pessoa tem sobre a sua bexiga.

Viver com bexiga hiperativa pode ser um desafio, levando, muitas vezes, quem sofre deste síndrome a isolar-se e a deixar de frequentar os sítios de que mais gosta. No verão, a bexiga hiperativa pode tornar-se um desafio ainda maior, uma vez que as roupas são finas e claras e os eventos sociais frequentes muitas vezes não têm acesso fácil à casa de banho. No entanto, esta estação traz também oportunidades, tais como a possibilidade de fazer exercício físico ao ar livre.

Para além de diminuir o risco de doenças, promover a saúde e bem-estar e contrariar os sinais de envelhecimento, a prática regular de exercício físico ajuda a proteger o pavimento pélvico, conduzindo a uma melhoria no controlo da bexiga e reduzindo o risco de problemas como a síndrome de bexiga hiperativa e incontinência urinária. O site Comece Hoje destaca alguns exercícios e conselhos que podem ajudá-lo a controlar esta síndrome e a aproveitar melhor o seu verão:

  1. Aconselhe-se com um fisioterapeuta – No caso de já ter o diagnóstico de bexiga hiperativa, é muito importante aconselhar-se com um fisioterapeuta para que este possa avaliar a musculatura pélvica e indicar qual a melhor forma de a proteger.
  2. Faça alongamentos – Os alongamentos promovem a flexibilidade e o equilíbrio do pavimento pélvico, ajudando a trabalhar a funcionalidade muscular.
  3. Pratique Pilates – Esta é uma atividade física que fortalece os músculos, ajudando a manter os órgãos internos na posição correta, o que poderá facilitar o controlo da vontade de ir à casa de banho.
  4. Experimente praticar Yoga – Este é um exercício que ajuda no controlo da ansiedade e, consequentemente no relaxamento do pavimento pélvico.
  5. Aposte nas caminhadas, na natação e nos passeios de bicicleta – São atividades físicas que podem ajudar a reforçar o pavimento pélvico.
  6. Aproveite para dançar – Esta é uma ótima forma de se divertir e cuidar do corpo em simultâneo. Dançar ajuda a reforçar os músculos que suportam os órgãos da região abdominal inferior. Durante as aulas de dança aprende a contrair os músculos do pavimento pélvico, um exercício que pode ir repetindo durante as tarefas do dia a dia.
  7. Faça exercícios de Kegel sempre que possível – Estes exercícios consistem na contração e no relaxamento muscular do pavimento pélvico, realizados em ciclos variáveis de cinco a dez segundos. Fazendo-os sempre que possível estará a tonificar os músculos, favorecendo um melhor controlo da uretra.

Para além destes exercícios é muito importante seguir todas as indicações dadas pelo seu médico, nomeadamente no que diz respeito à medicação prescrita.

No caso de ter algum sintoma associado a bexiga hiperativa consulte o seu médico de família ou urologista, de forma a que este possa fazer o diagnóstico, indicar o melhor tratamento e melhorar a sua qualidade de vida.

 

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Anemia gestacional
Reconhecida como um problema global de saúde pública, a anemia afeta cerca de um quarto da população mundial, com a Organização...

Tendo em conta que “a anemia ferropénica é a causa mais frequente de anemia gestacional”, a SPOMMF publica um conjunto de Normas de Orientação Clínica referentes à Anemia na Gravidez e no Puerpério, das quais fazem parte a recomendação do rastreio, que deve ser feito antes da concepção e/ou no 1º trimestre, entre as 24 e 28 semanas de gravidez, assim como no 3º trimestre de gestação. É ainda “essencial que todas as mulheres recebam aconselhamento dietético, relativamente a como aumentar a ingestão e absorção de ferro”, como forma de prevenção, lê-se no documento.

 Nesta fase da vida da mulher, o défice de ferro pode assumir várias formas, desde uma ausência de reservas de ferro ainda sem a presença de anemia, até à existência da mesma, associada à deficiência de ferro. Uma situação que aumenta o risco para as futuras mamãs, que enfrentam problemas como pré-eclâmpsia, descolamento prematuro de placenta, falência cardíaca e até morte, mas também para o feto. É que, também para este, poderão ocorrer consequências graves (parto pré-termo, restrição no crescimento do feto e até morte fetal).

As normas, agora publicadas, incluem ainda as melhores opções para tratar os diferentes tipos de anemia na gravidez, assim como a necessidade de suplementação, não só com ácido fólico, que “é uma medida universalmente preconizada para a prevenção dos defeitos do tubo neural”, mas também com ferro, em mulheres sem anemia.

 

 

Opinião
A realização do 18º Congresso Europeu de Medicina Interna em Lisboa, entre os dias 29 e 31 de agosto

O tema que escolhemos foi precisamente “Inovação nos Cuidados de Saúde: Novas Oportunidades para a Medicina Interna”. Pretendemos com esta escolha enfatizar que a evolução demográfica, o aumento das doenças crónicas, particularmente dos doentes crónicos complexos, em simultâneo com uma tendência para a hiperespecialização e o aumento progressivo dos custos na saúde exigem profundas mudanças nos sistemas de saúde, incluindo no modelo hospitalar, e para todas essas mudanças a versatilidade, a eficiência e a abordagem holística dos doentes que carateriza a Medicina Interna e que tornam a nossa especialidade a melhor preparada para liderar algumas destas mudanças. Falamos, entre outras, da criação de departamentos de Medicina onde os internistas recebam os doentes agudos e coordenem os cuidados que lhe são prestados, de programas de cogestão dos doentes cirúrgicos, que mudem o paradigma da resposta a estes doentes, que é geralmente reativa e tardia, dum melhor aproveitamento da potencialidade dos hospitais de dia, da hospitalização domiciliária, que permita que a casa dos doentes seja uma alternativa à enfermaria hospitalar e da integração dos vários níveis de cuidados, através de programas que proporcionem cuidados proativos, preventivos, integrados e centrados nas necessidades dos doentes mais complexos e com multimorbilidade.

No entanto, este congresso será também uma oportunidade de atualização em áreas da Medicina Interna, que vão da diabetes à autoimunidade, do AVC à insuficiência cardíaca, das síndromes autoinflamatórias às doenças raras, da anticoagulação aos fatores de risco cardiovasculares, das doenças hepáticas ao problema da infeção hospitalar e da multirresistência.

Outros temas atuais que nos preocupam serão também abordados por alguns dos maiores especialistas mundiais, como sejam a inteligência artificial, o impacto na saúde das alterações climáticas e a nossa responsabilidade enquanto médicos, a inovação de iniciativa dos doentes, o burnout e a comunicação médico-doente.

Apesar da Medicina Interna ser muito diversa no contexto europeu, sendo nos países da Europa Central e na do Norte uma especialidade que dá acesso a outras subespecialidades médicas e nos países do Sul, uma especialidade primária, nunca a necessidade de uma especialidade generalista no hospital foi tão evidente. Isso mesmo foi compreendido nos Estados Unidos da América, com o crescimento do movimento hospitalista, um modelo semelhante à Medicina Interna portuguesa, sendo a especialidade que mais cresceu nos últimos anos neste país. A caraterização e comparação destes modelos será precisamente um dos highlights do programa.

Pretendemos ainda que o 18º Congresso Europeu de Medicina Interna seja ainda uma oportunidade de networking, de divulgação da investigação desenvolvida pelos internistas e que Lisboa seja o porto de chegada dos internistas dos cinco continentes e o início da confluência da Medicina Interna mundial nos congressos europeus.

Este é já o maior congresso europeu de Medicina Interna de sempre, contanto com internistas de mais de 81 países e mais de 2 mil trabalhos apresentados. Será seguramente uma afirmação do dinamismo da Medicina Interna e uma demonstração do nosso empenho em prepararmo-nos para os desafios do futuro, para benefício dos nossos doentes e para a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

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Saúde Oral
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) inaugurou hoje o Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), uma unidade de...

A cerimónia de inauguração, contou com as presenças do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva,  e da Ministra da Saúde, Marta Temido , bem como do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisbo, Edmundo Martinho, e do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

Na ocasião, Marta Temido , destacou o esforço continuado que Portugal tem vindo a fazer no âmbito da saúde oral ao longo dos últimos anos. "Fizemos esse esforço quando lançámos em 2005 um programa nacional de prevenção da saúde oral, quando lançámos em 2008 o cheque-dentista e, mais recentemente, quando alargámos o âmbito do cheque-dentista".

A Ministra da Saúde sublinhou também a forma como equipas de saúde oral tem vindo a ser progressivamente instaladas «na capilaridade dos cuidados de saúde primários», acrescentando que 80% dos agrupamentos de centros de saúde já têm respostas de saúde oral.

"O que estamos a fazer – e este projeto vai ser muito significativo para isso – é tornar a saúde oral cada vez mais uma dimensão da nossa compreensão de saúde global da pessoa como um todo", disse.

"São os mais jovens que temos de olhar cada vez com mais atenção", continuou a governante, afirmando que a próxima fase passa por «planear a extensão do cheque-dentista para crianças entre os dois e os seis anos».

Marta Temido frisou também a importância de promover a prevenção no âmbito da saúde oral. "Ter uma melhor saúde oral exige comportamentos individuais. Não basta que pensemos na ótica do tratamento: é muito importante o conjunto de bons hábitos como a escovagem e uma boa alimentação".

A Ministra deixou também um repto aos agentes económicos, sustentando a necessidade de alinhamento com as políticas ativas da saúde no que diz respeito aos consumos de produtos com elevado teor de açúcar.

Conciliar área da saúde com área social

Por sua vez, o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, destacou a importância de promover a conciliação das intervenções na área da saúde com as da área social, sublinhando o caminho de consolidação e alargamento das funções que tem vindo a ser percorrido pela Misericórdia de Lisboa.

"A Misericórdia de Lisboa tem uma longa tradição na área social, e tem uma rede enorme de equipamentos e serviços, mas tem também uma larga tradição na área da saúde", afirmou, acrescentando a necessidade de um projeto-piloto como este para que os avanços feitos se posam depois "consolidar numa dimensão transversal".

Vieira da Silva referiu que "este projeto tem a vantagem de ser um projeto-piloto do ponto de vista do modelo, mas que integra uma profunda dimensão social com uma grande preocupação na qualidade da intervenção".

Projeto pioneiro 

A clínica, que vai funcionar no número 219 da Avenida Almirante Reis, é "um projeto único em Portugal, que tem como objectivo providenciar cuidados médico-dentários de elevada qualidade a crianças e jovens, qualquer que seja a sua condição social ou económica, desde que residam ou estudem no concelho de Lisboa", destaca a SCML.

O acesso é gratuito, excepto na área de ortodontia. Os beneficiários de abono de família estão isentos de qualquer pagamento no serviço de ortodontia, "independentemente do ato".

A equipa do SOL será composta por dez médicos dentistas, três higienistas orais e dez assistentes dentários. A partir desta terça-feira, será possível consultar no site da SCML os contactos para marcações de consultas.

A Santa Casa estima realizar 50 mil consultas por ano e diminuir, pelo menos, em 60% a prevalência da cárie dentária até 2025 no concelho de Lisboa.

De acordo com o barómetro de 2018 da Ordem dos Médicos Dentistas, mais de 30% da população em Portugal nunca vai ao médico dentista ou só vai em caso de urgência.

Requalificação
O Governo autorizou o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no qual se integra o Hospital São João, no Porto, a...

O documento autoriza o São João a “assumir o encargo até 22,5 milhões de euros” para construção e apetrechamento do Hospital Pediátrico Integrado, uma pretensão antiga que, durante cerca de 10 anos e até ao início de julho deste ano, manteve o internamento de crianças em contentores provisórios.

Para 2019, o hospital fica autorizado a assumir um encargo até 3,7 milhões de euros, o mesmo que em 2021, sendo 2020 o ano relativo ao montante mais elevado: 15 milhões de euros.

É desta forma que a portaria autoriza o hospital de São João a assumir os “compromissos plurianuais” para celebrar os contratos necessários, “pelo período de três anos”, com vista à construção e equipamento da nova ala pediátrica.

O documento estabelece que “a importância fixada para cada ano económico pode ser acrescida do saldo apurado no ano anterior”.

Os encargos devem ser “satisfeitos por verbas adequadas do Centro Hospitalar Universitário de São João”.

A portaria é assinada pelos secretários de Estado do Orçamento, João Leão, e Adjunto e da Saúde, Francisco Ventura Ramos.

O Centro Hospitalar revelou a 2 de agosto que a empresa Casais – Engenharia e Construção, S. A. foi selecionada para construir a ala pediátrica com base num projeto elaborado pela empresa Aripa Arquitectos.

Na ocasião, o hospital disse que ia proceder à adjudicação formal da obra, cujo início estava previsto para este ano e cujo prazo de execução era de 18 meses (um ano e seis meses).

A Lei do Orçamento do Estado para 2019 autorizou o hospital a recorrer a um ajuste direto na contratação da empreitada.

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