Inteligência Artificial
O departamento de Imagiologia do Hospital CUF Infante Santo acaba de disponibilizar, de modo pioneiro em Portugal, a...

Tiago Baptista, Neurorradiologista no Hospital CUF Infante Santo, assinala que “a CUF acaba de trazer para Portugal os primeiros passos de Inteligência Artificial na área da radiologia aplicada à esclerose múltipla e às demências, apostando assim na vanguarda da tecnologia”.

“Até agora fazíamos uma avaliação semiqualitativa, visual: comparávamos os exames antigos e recentes, e tentávamos perceber se tinha ocorrido uma modificação em número ou em volume das lesões cerebrais e, assim, identificar o agravamento da doença. Para além de ser uma validação morosa, é passível de não ser correta, pois a nossa capacidade de avaliar um volume ou alteração mínima não é tão precisa como a de um computador. Este algoritmo supera este risco e acelera o processo: analisa as imagens obtidas através da Ressonância Magnética e vai precisar, numericamente, se há actividade da doença, ou se, por outro lado, as lesões estão estáveis. Assim, conhecemos a evolução da doença” explica Tiago Baptista.

Utilizando algoritmos aplicados à imagem, é possível apoiar com maior precisão o diagnóstico de demência, e, no caso de pessoas que têm esclerose múltipla, permite antecipar a necessidade de ajustar a terapêutica, possibilitando optimizar a qualidade de vida do doente.

O neurorradiologista da CUF exemplifica: “Se um doente apresenta um exame estável ao longo do tempo, tendemos a manter a terapêutica. Por outro lado, se se verificar uma alteração no volume e no número de lesões, significa que a terapêutica instituída pode não estar a ser eficaz e, assim, é possível ajustar a terapêutica mais precocemente. Sem recurso a este software, esta alteração poderia ser feita apenas mais tarde. Isto corresponde, segundo o European Journal of Neurology, a uma redução em cerca de 2 anos em regimes terapêuticos não optimizados.”

Trata-se de um software muito recente e que em Portugal ainda só está disponível no Hospital CUF Infante Santo (também já pode ser solicitado pelos profissionais do Hospital CUF Descobertas).

Opinião
A Terapia de Bowen foi desenvolvida na Austrália por Tom Bowen, na segunda metade do século passado

A Terapia consiste numa determinada série de manipulações, de grande precisão anatómica, extremamente suaves, realizadas em músculos, tendões, nervos e fáscia. Considerada a mais suave e segura das terapias manuais, a Terapia de Bowen não utiliza qualquer tipo de instrumento (agulhas, cremes, pomadas ou óleos) e não são realizadas manipulações forçosas nem ajustamentos estruturais ou mecânicos. 

A fáscia, também chamada de tecido conectivo ou conjuntivo, é o tecido menos estudado do corpo humano. Embora tenha sido descrito com grande precisão pela anatomia no século XIX, a sua função era praticamente desconhecida até há poucos anos, motivo pelo qual foi totalmente esquecido pela anatomia e, consequentemente, pela prática médica. Ao longo da última década, a fáscia foi alvo de vasta investigação e estudos científicos aprofundados por parte de médicos, terapeutas, investigadores e cientistas, nomeadamente por um grupo de investigadores da faculdade de medicina da Universidade de Ulm - The Fascia Reserch Group - e pela ortopedista e professora de Anatomia e Fisiologia da Faculdade de Medicina de Pádua, Carla Stecco. 

Hoje sabe-se que a fáscia é um tecido altamente enervado e repleto de recetores, com um papel fundamental, existindo num contínuo em todo o corpo humano quer em camadas mais superficiais, logo abaixo da pele, quer em camadas mais profundas. A fáscia envolve os nossos músculos, tendões, nervos e órgãos internos e é também responsável pela ligação e sustentação dos nossos ossos e é fundamental na manutenção do nosso equilíbrio e bem-estar.

O conhecimento e o estudo da fáscia são de grande importância no entendimento da causa da dor e de diversas patologias. Permitindo perceber porque é que um problema no joelho ou num tornozelo pode provocar dores nas costas ou nos ombros e porque muitas vezes problemas ao nível dos dedos dos pés podem provocar dores na cervical, levando-nos a analisar o corpo humano na sua forma global. Este conhecimento transformou este tecido desconhecido, num tecido maravilhoso ao ponto de a fáscia e os fluídos que nela circulam já terem sido considerados o maior órgão do corpo humano. Através da compreensão coletiva da fáscia é possível contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde convencionais e complementares.

A Terapia de Bowen pode ser aplicada a todas as pessoas: atletas, recém-nascidos, bebés, crianças, jovens, adultos, idosos e grávidas. Em média a Terapia de Bowen é desenvolvida em sessões de 45 minutos a 1 hora, podendo ir até 1 hora e 30 minutos. Esta terapia é aplicada com grande eficácia na dor causada por problemas e lesões esquelético-musculares, problemas de postura e dor com origem em doenças autoimunes. Além de eficaz no alívio da dor, interfere positivamente, por exemplo, em problemas de tiroide, digestivos e hormonais e no reequilíbrio geral do nosso corpo, contribuindo para o aumento do bem-estar e melhorar de forma generalizada a qualidade de vida.

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III Jornadas de Investigação
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos promove o Workshop “Medicina baseada na narrativa: A Espessura do Cuidado”, nas...

A workshop "Medicina Baseada na Narrativa: a Espessura do Cuidado decorre, a partir das 9 horas, no dia 26, no Instituto Politécnico de Beja e conta com as presenças da Dra. Susana Teixeira Magalhães, Profª. Auxiliar na Universidade Fernando Pessoa e Investigadora no Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, do Dr. Rui Carneiro, assistente hospitalar em medicina interna e especialista em cuidados paliativos, no Hospital da Luz - Arrábida e da Dra. Catarina Simões, enfermeira especialista em cuidados paliativos, bioética e ética médica, Instituto Português de Oncologia do Porto.

A sessão de trabalho interativa pretende explorar os fundamentos e a prática dos cuidados de saúde baseados na relação que constituem a essência da Medicina Narrativa e dos Cuidados Paliativos e dar resposta a questões como: O que narra a evidência sobre medicina narrativa?; Qual a anatomia e semiologia da medicina narrativa: como introduzir elementos narrativos na prática clínica diária?; A narrativa do profissional: como eu cuido, sou cuidado e me cuido?; Que metodologias utilizar na investigação em Medicina Narrativa?.

“A espessura do cuidado está ancorada em três pilares, que designo como os três R's da Saúde, a Relação, a Responsabilidade e o Reconhecimento da Vulnerabilidade de quem é cuidado e de quem cuida.

Os avanços tecnológicos e científicos permitem um cuidado mais personalizado, mas não necessariamente mais centrado na Pessoa. Para que os cuidados de saúde possam dar resposta ao sofrimento subjacente à experiência de doença é necessário integrar a narrativa (verbal e não verbal) no diagnóstico, na terapia, nas relações entre todos os envolvidos no processo terapêutico”, explica a Professora Dra. Susana Teixeira Magalhães, oradora no Workshop.

“A Medicina Narrativa e os Cuidados Paliativos são sinérgicos, na medida em que as duas áreas promovem cuidados de saúde baseados na relação, assumindo que as narrativas dos vários intervenientes são parte da terapia, são uma resposta essencial à necessidade de dar qualidade ao tempo que escasseia no contexto dos cuidados de saúde, são elemento fundamental para a adesão à terapia por parte dos doentes, são condição essencial para reduzir o burnout dos cuidadores formais e informais”, conclui o Dr. Duarte Soares, presidente da APCP.

Os participantes deste workshop terão a oportunidade de: 

  • adquirir conhecimentos sobre princípios e fundamentos da Medicina Narrativa;
  • explorar as sinergias entre Cuidados Paliativos e Medicina Narrativa; 
  • obter as ferramentas necessárias para que os conhecimentos adquiridos possam ser verdadeiramente integrados na sua prática profissional.

Para mais informações sobre as III jornadas aceda em:

https://www.apcp.com.pt/noticias/iii-jornadas-de-investigacao-de-2019.html

Alimentação evita progressão da doença renal
A DaVita Portugal, em parceria com a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, vai realizar um curso de nutrição, dedicado...

A iniciativa, orientada pela nutricionista Inês Moreira e apoiada pelo chefe de cozinha Rui Lopes, tem como objetivo a promoção de uma alimentação saudável, equilibrada e adequada às necessidades nutricionais das pessoas com doença renal.

Cada pessoa com doença renal tem preferências alimentares e necessidades nutricionais diferentes, mas é importante que as escolhas sejam adaptadas para que seja possível manter a qualidade de vida à medida que a doença progride.

A doença renal crónica carateriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

O curso vai ter uma duração de três horas, das 10h às 13h, e vai ser constituído por uma introdução teórica, que está a cargo de Inês Moreira; pela confeção de uma refeição completa, com a orientação do chefe Rui Lopes, que vai apresentar receitas práticas e nutricionalmente ricas; e por um momento final de convívio e degustação do menu.

A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia através do email [email protected] ou do telefone 21 837 16 54. Os participantes deverão ser doentes renais, independentemente do local onde façam tratamento e poderão fazer-se acompanhar por uma pessoa.

Entre 22 a 26 de julho
A exposição “A Minha Esclerose Múltipla Invisível” apresenta 12 painéis sobre os sintomas invisíveis mais comuns da Esclerose...

De 22 a 26 de julho a exposição estará na Galeria Comercial do Lagoas Park, antes de seguir viagem para o sul do país onde permanecerá durante o mês de agosto na região do Algarve. No dia de inauguração no novo local, 22 julho, pelas 11h30 vai estar presente um representante da Direção da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, a Vereadora Teresa Bacelar em representação da Câmara Municipal de Oeiras e ainda um representante do Lagoas Park.

Os sintomas representados nestes 12 painéis são possíveis de controlar e atenuar, outros provocam grandes constrangimentos na vida do doente e prejudicam a sua qualidade de vida. Por este motivo as associações de doentes – Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), e Todos com Esclerose Múltipla (TEM) – uniram-se nesta iniciativa para dar a conhecer os desafios dos doentes.

Algumas das experiências que os visitantes poderão vivenciar, de acordo com a realidade de um doente com esclerose múltipla, prendem-se com tentar pegar numa caixa de cereais mais pesada que o normal, abotoar uma camisa com luvas de borracha, usar umas barbatanas para caminho ou procurar ler o rótulo de uma embalagem com letras distorcidas. Cada exposição procura colocar em destaque um dos 12 sintomas e durante a estadia no Lagoas Park o sintoma em destaque será dos Espasmos Musculares.

A exposição foi inaugurada a 30 de maio de 2019, no Dia Mundial da Esclerose Múltipla, no Instituto Superior Técnico de Lisboa, e desde então já passou pelo Centro de Reabilitação de Alcoitão. A partir do dia 26 de julho a exposição seguirá para o próximo destino na região do Algarve, onde permanecerá durante o mês de Agosto.

“A Minha Esclerose Múltipla Invisível” é uma exposição itinerante que vai percorrer 12 distritos de Portugal, até maio de 2020 e que permitirá aos visitantes para além da compreensão de cada sintoma, conhecer testemunhos na primeira pessoa de doentes com EM, e ainda experienciar o que sente um doente.

Até 30 de setembro
O PO ISE (Programa Operacional Inclusão Social e Emprego) anuncia a abertura de candidaturas para Formação de Profissionais do...

Esta formação destina-se a técnicos e outros profissionais e colaboradores dos serviços de saúde e pretende melhorar a qualidade da prestação de cuidados, desenvolver competências, modernizar os serviços e utilizar os sistemas de informação específicos deste setor. Tem também como finalidade o cumprimento dos objetivos que constam do Plano Nacional de Saúde.

São admitidas ações de formação associadas ao desenvolvimento de competências dos profissionais de saúde ou outros da área da saúde. Estas devem respeitar as prioridades formativas, definidas de acordo com as orientações provenientes do setor, bem como, com os princípios de atuação associados às reformas em curso no âmbito do Ministério da Saúde.

O período de apresentação de candidaturas decorre até o dia 30 de setembro, e devem ser efetuadas através da submissão de formulário eletrónico no Balcão do Portugal 2020 (Balcão 2020) em https://www.portugal2020.pt/Balcao2020/.

ESEnfC
Oito projetos foram apresentados na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, no âmbito da 16ª edição do concurso de ideias e...

Uma ideia de negócio na área da saúde que visa a criação de uma solução tecnológica capaz de tratar, de modo mais prático e eficiente, as feridas cavitárias venceu a fase regional do 16º Concurso Poliempreende, realizada na última quinta-feira (dia 11 de junho) na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).

Ana Luísa Quaresma Amaral, Daniela Catarino Cravo e Maria João de Azinheira Reguenga (finalistas de Enfermagem da ESEnfC) são as promotoras deste projeto, intitulado “CaviClean”, para o qual contaram com a colaboração, enquanto tutor, do professor José Hermínio Gomes.

Este projeto inovador, que vem oferecer uma resposta no tratamento a feridas cavitárias que ainda não existe no mercado e que utiliza o menor número de recursos materiais possível, terá ainda de ser patenteado.

Em setembro, o projeto “CaviClean” vai concorrer com os principais projetos de vocação empresarial de cada um dos institutos politécnicos do país, que se vão defrontar na final do Poliempreende (etapa nacional), a decorrer em Tomar.

Oito projetos de ideias de negócio, envolvendo cerca de três dezenas de estudantes e docentes da ESEnfC, foram apreciados por um júri constituído por Rogério Clemente Rodrigues (Presidente do Conselho Pedagógico da ESEnfC), Lourdes Carvalho Simões (Banco Santander), Nuno Barbosa (Vygon - Portugal) e Patrícia Marques (JP Cruz).

Em 2019, os prémios atribuídos aos três primeiros classificados (“CaviClean”, “MOVER” e “AgBAC™”) na fase regional do 16º Poliempreende na ESEnfC (respetivamente, nos valores de 2000, 1500 e 1000 euros), são integralmente patrocinados pela escola de Coimbra.

O projeto “MOVER”, classificado na 2ª posição, visa lançar uma aplicação móvel que tem por objetivo assistir e incentivar a recuperação da mulher submetida a cirurgia da mama por doença oncológica.

Já o terceiro classificado – projeto “AgBAC™” – consiste num marcador dermográfico com uma recarga de tinta que tem por finalidade localizar o local exato de administração subcutânea de insulina em doentes portadores de diabetes mellitus insulinodependentes.

Aos restantes cinco projetos submetidos a concurso na ESEnfC foram atribuídas menções honrosas.

O Poliempreende é um concurso que engloba a comunidade escolar das instituições de ensino superior politécnico portuguesas, incluindo escolas superiores não integradas (Enfermagem de Coimbra, Hotelaria e Turismo do Estoril e Escola Náutica Infante D. Henrique) e escolas politécnicas das universidades, que tem por objetivos fomentar a promoção do espírito empreendedor e o desenvolvimento de competências que contribuam para o enriquecimento pessoal e profissional.

A 16ª edição do Concurso Regional Poliempreende na ESEnfC é coordenada pelo professor José Hermínio Gomes.

Opinião
O verão é uma época típica de férias, descanso e diversão, mas é também uma altura do ano em que o s

Com medidas gerais muito simples, como atenção à alimentação e à hidratação, manutenção de bons hábitos de higiene e uso responsável de medicamentos, é possível evitar ou minimizar os danos que as doenças mais comuns desta época possam causar na sua saúde.

Mas quais são as doenças que apresentam um maior número de casos no verão, e como evitá-las?

As doenças relacionadas com os fatores ambientais, como as queimaduras, a desidratação ou o golpe de calor podem ser prevenidas através da ingestão de líquidos, principalmente água em quantidades generosas e em intervalos regulares, mesmo que não tenha sede, e através da limitação da exposição solar aos horários adequados, isto é, evitando o período das 11 às 16 horas, usando sempre o creme protetor.

Existem também situações que se associam a fatores comportamentais, que podem ser minimizadas se se tiver uma atitude responsável, como nos casos de intoxicação alimentar ou alcoólica e das doenças sexualmente transmissíveis, estas preveníveis com o uso de preservativo.

No verão é preciso ter cuidado, também, com algumas infeções sazonais, mais prováveis durante os meses de junho, julho e agosto, como por exemplo a febre da carraça, que habitualmente causa febre alta e, em alguns casos, pequenas manchas avermelhadas no corpo. Se esteve exposto a animais que possam ser portadores de carraças, procure-as, durante o banho, em zonas mais escondidas, como debaixo dos braços, na virilha e atrás das orelhas e, se tiver animais de estimação, faça a prevenção com desparasitantes externos. Outra infeção que é mais comum nesta época é a leptospirose, que resulta do consumo de águas não tratadas, que se podem encontrar contaminadas por urina de rato, o vetor da doença.

O pé de atleta e outras micoses cutâneas são também mais comuns no verão. É essencial a utilização de chinelos em piscinas e balneários públicos. Para reduzir o risco de conjuntivites e otites externas, use óculos de natação e tampões para os ouvidos.

Por fim, se for de férias para um destino tropical, é essencial que vá a uma consulta do viajante.

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Estudo
“Cerca de dois terços das pessoas com diabetes tipo 2 em Portugal apresentam fígado gordo, uma condição que compromete em...

O mais recente estudo nacional da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) nesta área, referente a 2018, integrou 700 pessoas com diabetes, avaliadas pela tecnologia mais moderna (elastografia), e concluiu que 2/3 dessas pessoas apresentava igualmente fígado gordo. Dados de um estudo nacional também realizado pela APDP em 2014 apontavam que mesmo em pessoas sem diabetes nem pré-diabetes, 1/3 dos indivíduos apresentavam fígado gordo.

“Além de contribuir para agravar as complicações de saúde associadas à diabetes, o fígado gordo é um fator acelerador da doença em pessoas com pré-diabetes e mesmo em pessoas saudáveis. Por isso, é muito importante estarmos alerta para esta condição, ainda subdiagnosticada e subvalorizada”, acrescenta Rogério Ribeiro, investigador da APDP e docente da Universidade de Aveiro. “Entre as pessoas com hepatite “gorda” assiste-se também ao forte surgimento da diabetes, afetando 1 em cada 3 dessas pessoas, segundo dados internacionais”, acrescenta o investigador.

Dados dos EUA apontam para que as pessoas com fígado gordo e diabetes tenham entre 3 a 4 vezes maior risco de desenvolver cirrose ou carcinoma hepático, face às pessoas com fígado gordo e sem diabetes.

A propósito do Dia Mundial das Hepatites, que se assinala a 28 de julho, o presidente da APDP, José Manuel Boavida, recorda a importância “do diagnóstico precoce e do apoio estruturado à luta contra o excesso calórico alimentar e a obesidade. Em vez de se esperar por novos fármacos há que reforçar a capacidade de mudança de hábitos das pessoas com diabetes identificadas com fígado gordo”.

A APDP tem apostado em investigação em conjunto com outras instituições europeias na procura de ferramentas de identificação e tratamento da doença, dada a dificuldade de diagnóstico e a inexistência de um tratamento eficaz. O fígado gordo pode evoluir para fibrose, cirrose ou até cancro hepático.

IPMA
Programa GelAvista, do Instituo Português do Mar e Atmosfera (IPMA), continua a receber muitos avistamentos de diversas...

Trata-se de um fenómeno, de crescimento rápido naturais e sazonais das espécies, que ocorre anualmente, motivados por condições oceanográficas e ambientais favoráveis à sua reprodução. O ano de 2019 tem sido caracterizado por um período mais longo e intenso de arrojamento destas espécies, detetadas desde o final de Janeiro.

Os dados do programa GelAvista indicam que a abundância destes organismos é já menor do que no final de Maio e início de Junho, mas é preciso aguardar a evolução dos fatores oceanográficos locais para perceber como poderá progredir o transporte destas espécies. É previsível que a abundância diminua gradualmente ao longo do tempo.

Para o mês de Julho, os avistamentos da Caravela-Portuguesa recebidos pelo GelAvista deram-se nas seguintes praias:

  • Lisboa: Praia da Areia Branca (Lourinhã), Praia da Peralta (Lourinhã), Praia de Porto Dinheiro (Lourinhã), Praia de S. Lourenço (Mafra), Praia do Giribeto (Sintra), Praia de Carcavelos
  • Algarve: Praia da Amoreira (Aljezur), Praia de Faro
  • Leiria: Praia da Gambôa (Peniche)
  • Açores: Praia do Varadouro (Faial), Praia das Milícias (São Miguel), Silveira (Terceira), Zona balnear das Cinco Ribeiras (Terceira), Serretinha (Terceira); Cais da Calheta (Santa Cruz da Graciosa)

A Caravela-Portuguesa caracteriza-se por um flutuador em forma de “balão", com tentáculos que podem chegar aos 30 metros de comprimento e são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras. É a espécie que requer maior cautela por parte dos banhistas nas águas Portuguesas.

Recomenda-se que se evite o contacto com os organismos, relembrando os procedimentos adequados em caso de contacto com a Caravela-Portuguesa:

  • Lavar a zona afetada com água do mar, sem esfregar!
  • Remover os tentáculos que ainda permaneçam na pele com uma pinça.
  • Aplicar vinagre e bandas (ou água) quentes.
  • Consultar assistência médica.

Avistamentos de qualquer espécie de organismos gelatinosos poderão ser comunicados ao programa GelAvista através de [email protected] ou da aplicação GelAvista para sistemas Android. O seu contributo é muito importante!

Site GelAvista: http://gelavista.ipma.pt/

Estudo
Um estudo recente realizado a profissionais de saúde europeus revelou a existência de alguns equívocos sobre o valor...

O sumo de laranja 100% contém hesperidina

Embora o sumo de laranja 100% seja reconhecido por ser uma fonte de vitaminas e minerais, é uma das poucas fontes naturais que contém o flavonoide hesperidina. A hesperidina é um polifenol que aparece na casca branca e na membrana das frutas cítricas e está associada  a uma ação  antiinflamatória2, com impacto positivo na elasticidade dos vasos sanguíneos2.

Estudos indicam que3,4 o consumo regular de sumo de laranja pode ajudar a proteger o DNA de danos e da peroxidação lipídica e modificar enzimas antioxidantes. Indicam ainda que a hesperidina pode ser responsável por diminuir a pressão arterial e melhorar as propriedades das células endoteliais, melhorando assim o efeito de proteção vascular.

Vitamina C, Potássio e Folato

Dados divulgados pela SGF International confirmam que, em média, um copo pequeno (150 ml) de sumo de laranja fornece 67,5 mg de vitamina C, que é mais de 80% do Valor Diário de Referência de Nutrientes (VDR), a quantidade diária recomendada. Esta porção fornece ainda 16% do VDR para o folato e 13% do VDR para o potássio. Significa isso que o sumo de laranja 100% contém quantidades suficientes de vitamina C, folato e potássio (≥ 7,5% de VDR por 100ml) para permitir que as alegações nutricionais sejam feitas.

Cada um destes nutrientes tem um conjunto de alegações de saúde autorizadas na União Europeia5. A vitamina C ajuda o sistema imunológico a funcionar corretamente, contribuindo para a redução do cansaço e da fadiga e ajudando à proteção das células de stress oxidativo; o folato ajuda numa normalização da função psicológica; e o potássio suporta a manutenção da pressão arterial estável e contribui para o normal funcionamento dos músculos.

Sumo 100%, é 100% sumo, sem nada adicionado

A lei europeia proíbe a adição de açúcares nos sumos de fruta 100%6 - ou seja, nada é acrescentado e nada é retirado. Isto inclui açúcar, conservantes, corantes, estabilizadores ou aromatizantes. Assim, quando um rótulo indica "sumo de laranja 100%", somente sumo feito de laranjas inteiras está dentro da embalagem. As vitaminas, minerais, teor de água e açúcares naturais são apenas aqueles que vêm das frutas originais.

 

Dia 21 de julho
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) organiza, no próximo dia 21 de julho pelas 8h45, uma caminhada pelo Cabo...

Neste percurso de 10km será possível descobrir uma das maiores aldeias pré-históricas desta área, percorrer a Serra da Azoia e ainda desfrutar de praias “secretas” da Serra da Arrábida. O ponto de encontro, para este percurso de nível 4, será no Campo de Futebol do Grupo Desportivo União da Azoia.

Esta caminhada está integrada a iniciativa da AJDP “Caminhar pela diabetes” e tem como objetivo incentivar a prática de atividades física e mostrar que a diabetes não limita a adoção de um estilo de vida saudável e ativo.

“Esta iniciativa vem mostrar que viver com diabetes não nos impede de fazer uma caminhada de 10km e com um nível de dificuldade mais elevado. Com os níveis de glicémia controlados, é possível levarmos um estilo de vida saudável e ativo”, destaca Paula Klose, presidente da AJDP.

As caminhadas da AJDP são abertas a toda a população e são uma oportunidade para promover a saúde, prevenir a diabetes tipo 2 e incentivar o convívio e a partilha de experiências entre jovens que vivem com diabetes e respetivas famílias.

A participação nesta atividade tem o custo simbólico de 2,00€, para o seguro, e as inscrições devem ser feitas através do email [email protected] ou do número de telemóvel 966 228 860. Os participantes devem levar roupa confortável, roupa de banho, lanche e almoço. No caso de viverem com diabetes é importante levar um kit para as hipoglicémias, como sumo, açúcar ou bolachas, e com o material de controlo da diabetes. Para mais informações pode consultar a página de Facebook da AJDP.

 

Cirurgia íntima
É cada vez mais crescente a preocupação das mulheres portuguesas com a estética das suas regiões íntimas. Muitas vezes a...

Neste sentido, ao nível da cirurgia íntima da mulher, é possível realizar aperfeiçoamentos e ter como resultado final uma harmonização da zona genital. Consequentemente, devido a este rejuvenescimento vaginal, também a vida íntima da mulher acaba por melhorar dado que passam a sentir-se melhor com o aspecto da sua região genital, podendo inclusive retirar maior prazer na sua relação sexual.

Segundo o cirurgião plástico Dr. David Rasteiro “O tamanho excessivamente grande dos pequenos lábios vaginais ou uma assimetria visível e desconfortável entre os mesmos são exemplos de deformidades que se podem solucionar com uma labioplastia. São casos bastante comuns nas mulheres portuguesas que acabam por culminar em problemas de autoconfiança”.

Para a correção da hipertrofia (aumento) dos pequenos lábios ou assimetrias, recorremos à labioplastia que não carece de ausência laboral. O Dr. David Rasteiro refere ainda que “no caso de uma assimetria pode ser possível diminuir um dos lábios para que se equipare ao outro”. A labioplastia é uma cirurgia que dura cerca de uma hora na qual um cirurgião recorre a anestesia local em regime ambulatório.

Importa referir que os resultados da labioplastia são vitalícios e por se tratar de uma mucosa a cicatrização dos lábios é fácil e quase impercetível.

Os cuidados a ter no pós-operatório passam pelo cuidado com a higiene da região. Para uma recuperação plena, uma paciente deverá pausar atividade sexual de quatro a seis semanas e poderá retomar findo este período. A restrição da atividade desportiva é curta - apenas 10 dias.

Outra zona passível de correção são os grandes lábios vaginais. Por vezes os grandes lábios são demasiado volumosos, outras vezes os grandes lábios estão com alguma atrofia e é possível fazer a sua reconstrução estética.  Para o Dr. David Rasteiro “dependendo do caso podemos aumentar ou reduzir os grandes lábios. O objetivo é harmonizar a região íntima da mulher e que os grandes lábios cubram os pequenos lábios corretamente”.

Por um lado, podemos recorrer ao lipofilling para aumentar os grandes lábios. A gordura aumenta o volume em casos em que os grandes lábios estejam atrofiados. Em caso de um excesso de pele ou volume é então indicada a cirurgia de redução dos grandes lábios. Mais uma vez o pós-operatório é importante com atenção na higiene da região. A paciente deverá abster-se de relações sexuais por quatro a seis semanas.

Existem outros procedimentos cirúrgicos complementares como a clitoriopexia (redução do capuz clitoriano se excesso de pele sob o clitóris), a vaginoplastia para redução do introito vaginal (entrada do canal vaginal) ou a colporrafia para redução do canal vaginal.

Já a cirurgia de redução do monte de Vénus é indicada para pacientes que tenham gordura acumulada na região púbica que se consegue retirar através de lipoaspiração. Realizada sob anestesia local ou geral, dura aproximadamente 45 minutos onde é feita uma pequena incisão de 5mm abaixo da linha do biquíni, tornando-se discreta, e podendo ficar mesmo impercetível. Não necessita de internamento e apenas deverá retomar a atividade física uma a duas semanas após a cirurgia.

Não obstante, existem algumas alternativas não cirúrgicas para rejuvenescimento vaginal e reabilitação do pavimento pélvico que melhoram a elasticidade e tonicidade desta área. A radiofrequência é uma aliada neste sentido e que se complementa com a cirurgia íntima.

DiabPT United
A equipa DiabPT United, constituída por membros do Núcleo Jovem da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (NJA) e da...

Este ano a equipa é constituída pelos atletas Bernardo Rodrigues, Bruno David, Celso Freitas, Francisco Patatas, João Carrasco, João Nabais, Leandro Andrade, Luis Metrogos, Pedro Magalhães, Rafael Carias e Sandro Almeida. Juntos estes atletas têm 150 anos de vivência com a diabetes e querem mostrar que a diabetes, quando bem tratada, não é uma barreira para atingir os sonhos de cada um.

Todos os participantes deste campeonato vivem diariamente com diabetes e têm como principal objetivo desmistificar a ideia de que a diabetes é limitadora dos estilos de vida. A equipa portuguesa é uma das onze equipas participantes, que somam mais de 200 jogadores, mostrando que a diabetes não os impede de representar o seu país num campeonato internacional.

Bruno Fuzeiro, treinador da equipa, explica que: “com uma gestão correta da doença estes jovens podem ser atletas, viajar e competir a nível internacional. Ao contrário do que se pensa, o desporto ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e é por isso uma mais valia para todas as pessoas que vivem com diabetes”. Para além do treinador, a equipa será ainda acompanhada pelo enfermeiro Manuel Esteves Cardoso, que dará apoio em qualquer necessidade que possa surgir.

“A participação da DiabPT United neste campeonato é uma excelente forma de promover o desporto e de mostrar que a diabetes não impede a adoção de um estilo de vida saudável. Para além disso, esta é uma forma de promover a troca de experiências entre atletas nacionais e internacionais. Esperamos que Portugal possa chegar o mais longe possível neste campeonato!”, afirma Paula Klose, presidente da AJDP.

Alexandra Costa, coordenadora do NJA, acrescenta que: “a realização deste campeonato é muito importante, pois permite que os jovens e adultos que vivem com diabetes tenham oportunidade de partilhar experiências com pessoas de outros países que têm a mesma doença e, independentemente do resultado, poder participar num evento desta dimensão, é por si só uma vitória.  Esta é ainda uma forma de fomentarem valores de inclusão, força de vontade e trabalho em equipa”.

Para mais informações consulte a página de Facebook da equipa.

20 de julho | Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação
Há muito que a Sociedade Portuguesa de Transplantação reclamava um dia para celebrar, destacar e dar mais visibilidade à...

Um dia que servirá ainda para “salientar o esforço de todos os profissionais de saúde para manter os programas de doação e transplantação, apesar dos escassos recursos humanos”, um problema para o qual a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT)  gostaria que fosse dada atenção, “dado que é notória a exaustão de algumas equipas.

Os dados vieram mostrar que, com a possibilidade de doação em paragem cardiocirculatória não controlada, veio aumentar o número de doações e consequente incremento do número de transplantes. Pensamos ser importante ponderar e abrir a discussão à abertura da doação em paragem cardiocirculatória controlada, o que já acontece noutros países, nomeadamente na vizinha Espanha, o que permitiria aumentar ainda mais o número de transplantes”.

Há 11 anos que, no dia 20 de julho, a SPT comemora o Dia do Transplante, agora oficializado, através de um evento que inclui os profissionais de saúde desta área, os doentes submetidos a transplante e as instituições envolvidas neste processo, ao qual tem associado um mote”.

Este ano, a celebração é dupla, uma vez que assinalam 50 anos sobre o primeiro transplante realizado em Portugal e 40 anos do Serviço Nacional de Saúde. “Teremos, como habitualmente, um convívio com os doentes transplantados e haverá uma cerimónia oficial organizada em conjunto com o Conselho de Administração dos Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, no sentido de homenagear o professor Linhares Furtado, pioneiro da transplantação no nosso país. Em colaboração com o Instituto Português do Sangue e Transplantação e os CTT será lançado uma edição de um postal comemorativo dos 50 anos sobre o primeiro transplante em Portugal”, refere Susana Sampaio.

Obesidade
No que toca ao excesso de peso, quase sempre a culpa recai sobre a alimentação.
Rapariga triste sentada

Considerada uma epidemia a nível mundial, a obesidade tem vindo a aumentar de ano para ano, sobretudo, nos países desenvolvidos. Um sinal de alerta que, de acordo com Natália Mendes, psicóloga da Unidade de Obesidade do Instituto CUF Porto, nos deve levar a repensar “a forma como vivemos e a readequar o nosso estilo de vida”.

“Apesar das consequências da obesidade para a saúde física estarem bem descritas na literatura, o seu impacto na saúde mental é complexo dependendo de cada pessoa. Mesmo assim, a investigação demonstra uma associação com o humor depressivo e com as perturbações de ansiedade. Também está documentado que se associa a um risco maior de diagnóstico psiquiátrico”, revela a especialista quanto ao impacto que a obesidade pode ter na vida do doente.

O estilo de vida – associado aos maus hábitos alimentares, sedentarismo e maus hábitos de sono – está entre as principais causas da obesidade. No entanto, este não é o único aspecto que pode influenciar o peso. A genética, as doenças endócrinas (embora num menor número de casos) ou o estado emocional podem estar por detrás do excesso de peso. 

Do ponto de vista psicológico, a especialista enumera algumas causas, como as perturbações do comportamento alimentar, onde se incluem a Ingestão Alimentar Compulsiva, Bulimia Nervosa e Síndrome de Ingestão Noturna. “A utilização da alimentação como estratégia para gerir emoções também contribui para o aumento de peso”, acrescenta. “Há pessoas que comem porque se sentem aborrecidas, amedrontadas, ansiosas ou tristes (…) esta forma de lidar com as experiências internas (emoções e pensamentos negativos) pode ocorrer porque não foram aprendidas outras estratégias para lidar com estas situações, ou por mitos associados às emoções negativas”, acrescenta a psicóloga reforçando que, no entanto, não é só no caso das emoções negativa que a alimentação é usada como estratégia de gestão emocional. Fazemo-lo também no caso das emoções positivas “quando usamos a comida para nos premiarmos por alguma conquista ou como pretexto para convivermos socialmente”.

Por outro lado, algumas perturbações mentais e seus tratamentos farmacológicos podem favorecer o aumento de peso. “Uma das características mais acentuadas da Perturbação Depressiva é a falta de prazer e vontade para levar a cabo atividades do dia-a-dia, levando a que a pessoa desempenhe cada vez menos e fique mais inativa, o que poderá levar ao aumento do peso”, explica Natália Mendes.

Por tudo isto, no combate é obesidade é essencial não se colocar o foco apenas na alimentação, sob pena de estarmos a ter uma visão redutora do problema. A obesidade é uma doença complexa que exige um tratamento multidisciplinar que pode contar com a integração das especialidades de medicina, nutrição e psicologia.

“O papel da psicologia (…) é facilitar a mudança comportamental e adesão terapêutica para obtenção de um estilo de vida saudável, adequado às singularidades da pessoa e sustentável ao longo do tempo”, descreve a especialista. “Conforme descrito em vários estudos, existe uma associação entre o estado mental e obesidade. Seja porque algumas perturbações mentais implicam diretamente o comportamento alimentar, outras favorecem estados psicológicos que podem levar à inatividade, desmotivação ou dificuldade em manter o autocuidado. Cabe aos psicólogos intervir nestes quadros com uma abordagem holística e multifatorial do problema”, justifica.

De acordo com Natália Mendes, a abordagem psicoterapêutica inicia-se por uma avaliação psicológica criteriosa “que identifique aspetos psicossociais relevantes, o comportamento alimentar, a autoestima e a autoimagem e o impacto na qualidade de vida” e mantém-se mesmo após a perda de peso.

Ao longo deste processo, explica a psicóloga, “trabalham-se conceitos como a motivação, a regulação das emoções e gestão da ansiedade, imagem corporal, expectativas e objetivos realistas, comportamento alimentar e incentivo à integração da atividade física. Estando sempre adjacente o desenvolvimento de competências que permitam que a pessoa se torne autónoma na manutenção de um estilo de vida adequado e individualizado às suas contingências”.

Quando procurar ajuda especializada?

  • Quando se está perante um caso de obesidade (IMC>30.0 kg/m2)
  • Quando existe um histórico de várias tentativas de perda de peso sem sucesso
  • Quando existe Perturbação do Comportamento Alimentar
  • Quando existe um padrão psiquiátrico que favorece a obesidade
  • Quando a pessoa sente que não está em controlo do seu impulso para comer, ou sente culpa depois de comer
  • Quando a pessoa quer perder peso e se sente desmotivada

Segundo Natália Mendes, a melhor forma de iniciar um tratamento de perda de peso do ponto de vista psicológico é, desde logo, traçar objetivos realistas, lidar com as emoções e aprender a gerir a ansiedade. “ Por outro lado, aceita que não somos organismos mecânicos e por conseguinte não sentimos o mesmo apetite todos os dias, ter guidelines que guiem as escolhas e comportamentos e não regras rígidas e inflexíveis”, conclui a especialista.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista esclarece
Mulher a olhar pela janela
É ainda desconhecida para muitas e um tabu para outras. A labioplastia, também conhecida como ninfoplastia, é uma cirurgia...

Quem a procura fá-lo, sobretudo, por desconforto físico e psicológico, em idade sexualmente ativa. Contudo, há ainda muitas mulheres que desconhecem este procedimento.

A labioplastia pode ser feita apenas para tratar os grandes ou pequenos lábios, ou ambos na mesma intervenção. “Quando os lábios são muito grandes é preciso reduzi-los cirurgicamente. Quando, por outro lado, os grandes lábios estão atrofiados é preciso aumentá-los com enxerto de gordura”. Mas existem outros problemas que podem ser resolvidos com procedimentos complementares à labioplastia. “Quando há flacidez vaginal, a cirurgia pode ser combinada com uma vaginoplastia para deixar a vagina mais apertada e aumentar o prazer sexual. Outro tratamento que pode ser feito ao mesmo tempo é o enxerto de gordura no chamado Ponto G, zona erógena que também facilita o prazer sexual.”

O especialista considera, no entanto, que existe um tabu em relação a este tipo de intervenções e a explicação está não só no desconhecimento da sua existência, mas também no facto de a maioria das mulheres não olhar para esta zona do corpo da mesma forma que olha para outras. “Muita gente nem olha para suas partes íntimas e não gosta de falar no assunto. Justamente por isso, não sabem que há tratamento para estes problemas.”

Importa, por isso, falar desta cirurgia, que não deixa cicatrizes quando é feito apenas um enxerto de gordura. Noutros casos, as cicatrizes ficam escondidas na parte interna da vagina. É um procedimento simples e que demora menos de uma hora. 

Indústria farmacêutica
Simona Skerjanec
Simona Skerjanec é a nova diretora-geral, em Portugal, da multinacional farmacêutica Suíça, Roche. Antes de assumir a...

Mestre em Farmácia pela Universidade de Ljubljana, Simona Skerjanec tem também um Executive MBA pela Fairleigh Dickinson University, nos EUA. Agora chega a Portugal, com um objetivo muito claro: “estar mais perto dos doentes e fazer a diferença na vida das pessoas, num sistema de saúde como o de Portugal.” Simona refere ainda que pretende, “liderar a equipa da Roche e trabalhar em parceria com as entidades da saúde, de forma a assegurar que os nossos medicamentos inovadores, muito importantes para o tratamento de várias doenças, estão disponíveis para todos os portugueses.” 

A possibilidade de trabalhar com a equipa da Roche em Portugal foi também um fator muito importante para a decisão da nova diretora-geral, já que “a equipa é reconhecida, internacionalmente, como sendo muito talentosa e por ter uma grande paixão pelo que faz. São pessoas calorosas, com um pensamento crítico profundo, que gostam de uma boa troca de ideias e que se preocupam umas com as outras. São já uma grande fonte de inspiração para mim”. Esta é uma equipa que Skerjanec quer ver feliz, pois acredita que “pessoas felizes criam melhores resultados”.

Na multinacional Suíça, desde 2015, Simona já passou por outras companhias farmacêuticas em diversos países, nas mais variadas funções. É casada há 30 anos e tem um filho de 23 anos. Tem tripla nacionalidade: Eslovena, Canadiana, Americana.

Inscrições abertas até 22 de julho
Cartaz do Prémio Dr.ª Maria Lutegarda
Estão abertas as candidaturas para o Prémio de Investigação Científica na área da Reabilitação Dr.ª. Maria Lutegarda da...

A Fundação AFID, em parceria com a Fundação Montepio e a Câmara Municipal da Amadora, leva a cabo a 1.ª edição do Prémio de Investigação Científica na área de Reabilitação Dra. Maria Lutegarda.

Criado em memória da antiga Diretora de Ação Social da Fundação, este prémio dedicado à Investigação Científica na área da Reabilitação, visa estimular e mobilizar investigadores, estudiosos, técnicos e a comunidade académica em geral, para a criação e desenvolvimento de trabalhos de investigação e de inovação sobre a reabilitação e intervenção junto a pessoas com deficiência.

O prazo para submissão de candidaturas decorre até 22 de julho e podem candidatar-se ao prémio, autores de trabalhos de investigação sobre a área da Reabilitação, no âmbito académico, abrangendo as ciências sociais e humanas, sociologia e educação, nos três graus de ensino superior público e privado: Licenciatura, Mestrado e Doutoramento, bem como outros investigadores individuais.

O prémio terá uma periodicidade bienal, de natureza pecuniária, e é constituído por um primeiro prémio no montante de 8.000 euros e por duas menções honrosas no valor de 1.500 euros cada.

Os projetos de investigação serão avaliados por um corpo de jurados, maioritariamente, composto por docentes Universitários, por um representante da Fundação Montepio, um representante da Câmara Municipal da Amadora e um representante da Fundação AFID Diferença.

Podem consultar o regulamento e calendário no site da Fundação AFID Diferença. 

Estudo
Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh e pelo Hillman Cancer Cente (EUA) descobriu que crianças nascidas de mães...

Através de registos de nascimento cedidos pelo estado da Pensilvânia, os cientistas encontraram uma correlação entre o índice de massa corporal (IMC) de mães na pré-gravidez e o subsequente diagnóstico de cancro infantil.

“Até ao momento, a comunidade científica não conhece muitos fatores de risco evitáveis ​​para o cancro pediátrico”, disse a investigadora principal, Shaina Stacy, em declarações ao American Journal of Epidemiology.

Os cientistas analisaram cerca de 2 milhões de registos de nascimento e cerca de 3 mil registos de cancro, que ocorreram no estado da Pensilvânia entre 2003 e 2016.

A análise mostrou que crianças nascidas de mães obesas, mais propriamente com um IMC acima de 40, tinham um risco 57% maior de desenvolver leucemia antes de completarem 5 anos.

O peso e a altura das mães também foram individualmente associados ao aumento do risco de um diagnóstico de leucemia.

“Tenho esperança que, de certa forma, os resultados desta investigação possam motivar a sociedade a perder peso”, confessou Shaina Stacy.

Esta análise vem demonstrar que o peso da mãe contribui de forma independente para o risco de a criança desenvolver cancro. De acordo com os investigadores, esse efeito está relacionado com os níveis de insulina maternos durante o desenvolvimento fetal ou com mudanças na expressão do ADN materno que são passadas para o feto.

A investigação mostra que quanto maior o IMC das mães, maior a probabilidade de as crianças desenvolverem cancro infantil. Para os cientistas, isto significa que mesmo uma pequena redução no peso se pode traduzir numa redução real do risco.

 

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