Alergias
Conheça as principais causas e sintomas da rinite alérgica, assim como algumas estratégias de preven

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), cerca de 22% da população portuguesa tem rinite alérgica[1]. Ainda que seja um problema transversal a todos, as crianças entre os 3 e os 5 anos são o principal grupo de risco. Esta é, tradicionalmente, uma doença subdiagnosticada e subtratada. A melhor forma de contrariar esta tendência é saber identificar e estar atento aos sintomas mais frequentes, assim como conhecer as principais causas e formas de prevenção.

Com particular incidência na mucosa nasal, é uma doença inflamatória que surge na sequência de uma exposição a determinadas substâncias ou estímulos alergénicos. Como resposta a esse processo inflamatório, o sistema imunológico reage através de espirros e tosse. Por outro lado, o nariz também é bastante afetado, seja por entupimento, comichão ou corrimento. As perturbações ao nível dos olhos, nomeadamente prurido, lacrimejo e vermelhidão[2] são igualmente frequentes.

Segundo a SPAIC, é comum que a rinite alérgica preceda o aparecimento de asma. De facto, é mesmo considerada um risco independente para o seu desenvolvimento. A relação entre estas duas patologias é de tal ordem que quase metade dos doentes com rinite alérgica tem asma. A percentagem de asmáticos com rinite alérgica é ainda mais elevada, estimando-se que esse seja um quadro comum em 80% dos casos[3].

Os ácaros do pó doméstico, assim como fungos, pelos de animais e poeiras estão entre as causas mais comuns de rinite alérgica. Outros dos gatilhos são os pólenes, cujas concentrações se verificam com maior incidência na primavera e no verão[4]. No que toca aos fatores de risco, o facto de ter outras alergias ou asma, dermatite atópica ou ser parente direto de alguém que possua alguns destes problemas, aumenta a possibilidade de ter rinite alérgica. Viver ou trabalhar em ambientes constantemente expostos a alérgenos como pelos de animais, ácaros ou fumo do tabaco, principalmente nos primeiros 12 meses de vida, eleva a possibilidade de vir a ter rinite alérgica.

A variação dos graus de intensidade da rinite alérgica está diretamente relacionada com a gravidade e consequências da doença. Caso se trate de uma situação ligeira e controlada, não existem grandes problemas para o doente. Mas, perante um quadro cujos sintomas se prolonguem ou alternem a cada quatro ou mais dias durante a semana, ou durante um mês seguido, podem registar-se problemas de sono e perturbações das atividades quotidianas, assim como no rendimento escolar ou laboral. Estes estados, definidos como moderados ou graves, podem dar lugar ao aparecimento de asma, sinusite e otites no ouvido médio, em especial nas crianças[5].

A confirmação de rinite alérgica surge através da verificação do historial clínico ou, se necessário, após a realização de exames como análises sanguíneas e testes cutâneos. O objetivo desses exames é verificar se existe alguma reação alérgica a determinada(s) substância(s)[6].
A melhor forma de contrariar uma crise de rinite alérgica é evitar o contacto com alergénios identificados. Caso se trate de um tipo de alergia sazonal, deve evitar-se as atividades ao ar livre, principalmente quando os índices de pólen na atmosfera atinjam valores elevados. Pode verificar esses valores nos boletins polínicos disponíveis no site da Rede Portuguesa de Aerobiologia[7].

Se se provar que a rinite é uma reação aos ácaros do pó, deve ter o cuidado de ventilar bem a casa, com especial atenção ao quarto de dormir. Além disso, deve lavar os lençóis, a temperaturas acima dos 60°C, assim como aspirar bem o chão e o colchão. Desaconselhável será o contacto com elementos que acumulem pó como as alcatifas, tapetes ou livros. Além disso, as crianças devem evitar o contacto com peluches.

É comum a toma de anti-histamínicos, anti-inflamatórios ou descongestionantes, orais ou tópicos[8]. Existem mesmo casos em que pode ser recomendada a toma de vacinas antialérgicas ou a realização de sessões de imunoterapia. A par disso, deve avaliar-se a eficácia do tratamento e manter o médico informado da frequência e intensidade das crises de rinite alérgica.

 


 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde e bem-estar
Mais de metade da população mundial tem animais de estimação. Cães e gatos estão entre os preferidos e os benefícios para a...

 

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 6,2 milhões de animais, entre os quais 36% cães e 22% gatos, em mais de 2 milhões de lares portugueses [1]. No mês em que se celebram os dias a eles dedicados - Dia Internacional do Gato, a 8 de agosto, e o Dia Internacional do Cão, a 26 -, a APIFVET relembra seis benefícios de ter a companhia de um amigo de quatro patas.

 

  1. Estudos demonstram que os donos de animais de estimação sofrem menos de pressão arterial, têm melhores níveis de colesterol e menos alergias
  2. Existem evidências de que a convivência com um animal de estimação no primeiro ano de vida de uma criança protegem-na de futuras alergias
  3. Na vida adulta, os animais ajudam os seus donos a combater o stress e a ansiedade. Na verdade, estudos comprovam que os donos de cães têm uma menor probabilidade de vir a sofrer de depressões e doenças cardíacas, estas últimas a primeira causa de morte no mundo
  4. Estes amigos de quatro patas ajudam a combater a solidão dos mais idosos. Sabe-se que 95% destes fala com os seus animais
  5. Os cães ajudam os seus donos a serem mais ativos, com os passeios obrigatórios, que além das caminhadas, envolvem normalmente um tempo reservado a brincadeiras
  6. Os animais são “facilitadores sociais”, ou seja, ajudam os seus donos a criar laços com outras pessoas

Contudo, assegurar o bem-estar do animal é uma responsabilidade dos donos. Entre os cuidados essenciais estão uma boa higiene, as visitas regulares ao médico-veterinário e uma alimentação adequada, que permita um peso saudável do animal.

[1] Estudo GfK “Track.2.Pets” 

 

Candidaturas até 30 de setembro
A Associação RESPIRA, em parceria com a Linde Saúde, lançou o Prémio Luísa Soares Branco, no valor de 2.500 euros, para...

Esta iniciativa pretende prestar uma homenagem a Maria Luísa Soares Branco, primeira presidente e principal fundadora da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas e em simultâneo reconhecer instituições públicas e privadas (hospitais, clínicas, centros de reabilitação) que se destaquem na prestação de serviços e cuidados de saúde a doentes respiratórios crónicos.

O Prémio Luísa Soares Branco resulta de uma parceria entre a Associação Respira e a Linde Saúde, empresa líder de mercado mundial nos cuidados respiratórios no domicílio, é de âmbito nacional (incluindo as Regiões Autónomas) e terá uma periodicidade bienal.

A instituição vencedora será selecionada por um júri formado por  Maria João Vitorino, Homecare Business Manager, e João Tiago Pereira, Senior Product & Business Development Manager, ambos representantes da Linde Saúde, José Albino, presidente da Associação RESPIRA, Cristina Bárbara, João Munhá e Paula Simão em representação de três serviços de pneumologia de hospitais portugueses. O júri será presidido pelo Professor Dr. Carlos Robalo Cordeiro, pneumologista e secretário-geral da Sociedade Europeia de Pneumologia. O Prémio, e possível menção honrosa, vai ser entregue no âmbito do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, que se assinala a 20 de novembro.

“O Prémio Luísa Soares Branco é o reflexo do trabalho desenvolvido desde sempre pela RESPIRA, onde a sua principal fundadora, Maria Luísa Soares Branco, teve um papel primordial, e à qual prestamos novamente uma homenagem. É com grande satisfação que atribuímos este prémio e destacamos as boas práticas na área dos cuidados respiratórios. Pretendemos com este tipo de reconhecimento evidenciar e reforçar a importância de prestar os melhores cuidados de saúde às pessoas com esta condição, para que tenham uma melhor qualidade de vida”, sublinha Isabel Saraiva, vice-presidente da RESPIRA.

“Para a Linde Saúde faz todo o sentido apoiar a RESPIRA na criação do Prémio Luísa Soares Branco, não só pela homenagem que prestamos à fundadora da associação, mas também porque sabemos que iniciativas como esta permitem não só reconhecer e premiar as boas práticas na área dos cuidados respiratórios, mas também dar um novo alento às entidades que, tal como nós, se esforçam todos os dias para oferecer os melhores cuidados aos doentes que acompanham”, destaca Maria João Vitorino, Homecare Business Manager da Linde Saúde. 

As candidaturas abriram em maio e podem ser realizadas até 30 de setembro através do site da Respira.

Estudo
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, está a desenvolver um...

Os dados obtidos com este trabalho vão servir de base à implementação de medidas destinadas a minimizar a exposição a produtos químicos considerados perigosos.

Denominado de «INSEF-ExpoQuim», o estudo tem como principal objetivo “caracterizar a exposição ambiental atual da população portuguesa”, entre os 20e 39 anos, a produtos químicos considerados prioritários, “utilizando procedimentos que permitam a comparação com dados de outros países europeus e a utilização destes dados para produzir informação agregada a nível europeu”.

De acordo com o Instituto, “pretende-se, igualmente, contribuir para reduzir o impacto na saúde da população residente em Portugal resultante da exposição a químicos ambientais, através da produção de dados de alta qualidade sobre a exposição da população portuguesa, de forma a apoiar o desenvolvimento e implementação de medidas políticas destinadas a minimizar a exposição a produtos químicos perigosos”.

A investigação está a ser desenvolvida no âmbito da Iniciativa Europeia de Biomonitorização Humana (HBM4EU), sendo este um dos vários trabalhos que estão atualmente a ser preparados, em diversos países da União Europeia, para avaliação da exposição em toda a Europa.

O HBM4EU é um consórcio europeu que tem por objetivo utilizar a biomonitorização humana para avaliar a exposição humana a substâncias químicas, com vista a uma melhor compreensão dos seus efeitos na saúde bem como a melhoria da avaliação e gestão de risco das substâncias químicas.

Os participantes no INSEF-ExpoQuim podem ter acesso aos seus resultados e a sua participação não terá qualquer custo. O estudo contará com a participação de 450 pessoas, entre os 28 e os 39 anos, residentes em todo o território nacional. Para além de uma amostra de urina, os participantes têm de fornecer alguns dados sobre a sua saúde.

 

Saúde infantil
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno em exclusivo durante os primeir

O leite materno é um alimento adequado às necessidades energéticas, nutricionais e hídricas do recém-nascido. Rico em água, em proteínas, em lípidos, em glícidos, em vitaminas e em minerais, o leite materno está perfeitamente adaptado ao recém-nascido, fornecendo-lhe todos os nutrientes de que ele precisa nos primeiros meses de vida para um desenvolvimento adequado.

Para além dos benefícios a nível nutritivo e imunológico, existem outras vantagens no aleitamento materno não só para o bebé, mas também para a mãe, quer a curto quer a longo prazo.

Algumas das vantagens do leite materno para o bebé são:

  • Melhor digestibilidade;
  • Melhor biodisponibilidade dos nutrientes;
  • Prepara o bebé para a introdução de novos alimentos na sua alimentação, uma vez que o leite materno resulta da alimentação da mãe. Assim, mais tarde, com a introdução de novos alimentos, o bebé estará familiarizado com diferentes sabores;
  • Reforça o sistema imunitário da criança;
  • Reduz a incidência de infeções gastrointestinais, respiratórias e de alergias;
  • Reduz o risco do aparecimento na idade adulta de hipertensão arterial, obesidade, diabetes, entre outras doenças crónicas.

As fórmulas artificiais não contêm os anticorpos encontrados no leite materno. No lactente, o maior risco de carência de minerais é em ferro. O leite materno aumenta a absorção de ferro comparativamente às fórmulas artificiais (40-50% vs 4-7%).

No caso das fórmulas artificiais, existem riscos acrescidos na sua utilização. Por exemplo, contaminação microbiológica das fórmulas ou utilização de água imprópria ou de equipamentos não esterilizados.

Além de todas as vantagens para o lactente, o aleitamento materno promove ainda uma recuperação rápida do corpo da mãe após o parto, uma recuperação no tamanho do útero, reduzindo assim o risco de hemorragia. Retarda, também, o aparecimento da menstruação após o parto (impedindo nova gravidez) e contribui para uma menor incidência de algumas patologias no futuro, tais como o cancro da mama e do ovário, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto.

O aleitamento materno fortalece, ainda, o vínculo entre a mãe e o filho. Também, permite poupar tempo e recursos, pois é uma opção económica, prática e conveniente, uma vez que não necessita de preparação prévia, aquecimento e utilização de biberões.

Amamentar é também considerado um ato ecológico pois elimina a necessidade de utilização de vários produtos não biodegradáveis, tais como as latas das fórmulas artificiais e os biberões de plástico.

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Amamentação, como começar bem!

Proteção contra a diarreia infantil 

Ana Rita Lopes - Nutricionista, coordenadora da Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa

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Estudo
Três em cada cinco médicos são a favor da legalização da Eutanásia em Portugal, avança um estudo desenvolvido por...

O trabalho, conduzido por investigadores portugueses, quis saber qual a opinião dos médicos de algumas especialidades – como Anestesiologia, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Oncologia e Psiquiatria - quanto à prática e legalização da eutanásia. Para tal, foram ouvidos profissionais de seis hospitais e de 15 centros de saúde da região Norte do país.

Na sua grande maioria os médicos disseram ser a favor da legalização da eutanásia. Os mais novos, com menos experiência profissional e sem crenças religiosas são, na generalidade, os que mais concordam com a prática, no entanto, o estudo permitiu demonstrar que a opinião dos médicos é fortemente influenciada pelos cenários concretos que lhes são apresentados. “O apelo a um caso concreto é determinante para promover a aceitação da eutanásia”, explica Miguel Ricou, investigador do CINTESIS na área da Bioética e Ética Médica e docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

55% dos inquiridos concordam com cenários de eutanásia voluntária “em circunstâncias em que está explícita a vontade do adulto com doença incurável/terminal, incapacitante, com dor ou sofrimento insuportável”), menos de 40% concordam com cenários de eutanásia involuntária e apenas 20% aceitam a eutanásia num “adulto com doença terminal que ainda goza de boa qualidade de vida”.

“Estes resultados evidenciam que o sofrimento manifestado pelo doente, em consequência da doença, é, para os médicos, um critério mais relevante que o respeito pela autonomia, ainda que esta última seja condição. Por exemplo, nos cenários em que eutanásia ocorre a pedido da família, isto é, de terceiros, o procedimento é tido como inaceitável pela maioria dos participantes”, afirma o investigador do CINTESIS.

Segundo os autores, este estudo reforça a ideia de que, independentemente da evolução aparente do conceito de “boa morte”, “a eutanásia é um tema ainda controverso, representando um problema médico e social em Portugal, sendo necessários mais estudos sobre este tema”.

 

Projeto-piloto arrancou em Abril
A avaliação do risco nutricional vai ser disponibilizada a todos os doentes internados nos hospitais do Serviço Nacional de...

A identificação do risco nutricional teve início em abril com duas experiências-piloto, na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) e no Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), senod agora alargada às restantes unidades de saúde. 

Na ULSAM foram avaliados 461 doentes e no CHULC, só durante os primeiros 15 dias do projeto-piloto, foram avaliados 154. Após esta fase, os doentes que necessitaram (entre 40% e 54%) tiveram acesso a intervenção nutricional e foram monitorizados de sete em sete dias no mínimo.

Este piloto vem confirmar as estimativas já conhecidas, que apontam para uma prevalência de 20% a 50% de doentes internados em risco nutricional. Os dados reforçam a importância desta medida do Ministério da Saúde para identificar e intervir o mais precocemente possível, para promover o suporte nutricional adequado à recuperação.

Esta medida, que tem potencial para envolver cerca de 800 mil doentes por ano, é um passo essencial na implementação de uma estratégia de combate à desnutrição hospitalar, promovendo a recuperação dos doentes e o aumento da qualidade de vida, tal como o despacho 6634/2018 determina.

Através desta intervenção, são esperados ganhos em termos de qualidade de vida e na recuperação do estado de saúde, podendo ainda contribuir-se para reduzir úlceras de pressão e reduzir custos, uma vez que a desnutrição está associada a internamentos mais longos, afetando sobretudo cidadãos mais idosos.

Este desenvolvimento tem sido trabalhado pelo Ministério da Saúde, através da Secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, em articulação com a Direção-Geral da Saúde (através da Diretora do Programa Nacional para Alimentação Saudável, Maria João Gregório) e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, bem como com a Ordem dos Nutricionistas, através da sua Bastonária, Alexandra Bento.

Estes desígnios estão alinhados com a Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS) que, numa lógica da saúde em todas as políticas, tem promovido ganhos em saúde resultantes de intervenções nos variados determinantes de alimentação.

Cuidados a ter
Para muitas famílias esta é a época do tão aguardado descanso que permite “desligar” do ano de trabalho. As rotinas, os...

Luís Pedro Ferreira explica que em primeiro lugar “deve ser efetuada, como medida preventiva, uma visita ao médico dentista no período prévio às férias para que possam viajar descansados e evitar dissabores que possam alterar o plano de viagem. Para quem esteja em tratamento poderá estar indicado levar medicamentos ou produtos que possam ser necessários em caso de urgência.”

Em segundo lugar “todos os produtos de higiene oral utilizados durante o ano também são imprescindíveis na mala nas férias. Nunca esquecer a escova de dentes em bom estado, pasta dentífrica, fio dentário e colutório. Um kit de bolso será uma boa opção para viagens longas permitindo assim uma adequada higiene oral, no mínimo após o pequeno-almoço e antes de dormir.”

Uma vez que esta época é típica de algumas extravagâncias alimentares, como ingestão de refrigerantes e gelados, nomeadamente nos intervalos das refeições o que aumenta o risco de agressão ao esmalte dentário e gengivas aumentam, o especialista explica que é importante “optar por frutas na hora do lanche em detrimento aos alimentos cheios de açúcar, uma alternativa bem mais saudável.” E para as crianças que passam muito tempo no campo de féria em desportos radicais: “devem ser utilizados protetores bucais e capacete de forma a prevenir acidentes mais graves.”

O especialista alerta ainda que “no caso de ocorrer um traumatismo dentário é conveniente ir ao dentista pois um tratamento precoce minimiza o risco de complicações posteriores. No caso dos dentes temporários estes podem afetar diretamente a formação dos definitivos na forma, cor e direção de erupção. Se um dente permanente for acidentalmente removido é importante procurar rapidamente um dentista, conservando o dente em soro, leite ou saliva, ou inserindo-o cuidadosamente na sua posição inicial, segurando pela coroa e mantendo-o no local pedindo que morda uma gaze, até chegar ao profissional.”

“Prevenção significa saúde, inteligência e investimento. Pessoas inteligentes investem na prevenção e boa saúde,” recomenda ainda o especialista.

 

Opinião
Os pés passam cerca de 2/3 da nossa vida fechados, razão pela qual lhes damos pouca importância.
Pés descalços na praia à beira mar

O aumento da temperatura, o excesso de transpiração, o calçado aberto ou a sua ausência nas praias e zonas de banho são motivo para o aparecimento de algumas patologias dos pés mais típicas de verão.

A xerose cutânea, conhecida por pele seca, é uma das principais complicações de verão devido à exposição dos pés ao ar, ao calor, às areias, ao excesso de transpiração e à permanência excessiva dentro de água, nas praias ou piscinas. Esta patologia provoca pele seca, por vezes áspera e com fissuras nas zonas da planta dos pés e nos calcanhares, que podem representar riscos elevados para a pele e para o organismo. As fissuras ou gretas são a porta de entrada para os microrganismos responsáveis por algumas infeções da pele e tecidos como as celulites ou outras com elevado risco para o doente.

As infeções da pele dos pés são também muito frequentes, pela vulnerabilidade da pele seca e fissurada e pelo contacto com zonas contaminadas, como sejam as de acessos às piscinas, bares de praia e casas de banho ou chuveiros.

As infeções podem ser provocadas por diversos micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus. O aparecimento de dermatomicoses, panarícios, verrugas plantares, entre outras são frequentes nesta época do ano. O cuidado preventivo é fundamental, assim como o diagnóstico precoce e o tratamento especializado pelo podologista são determinantes para o sucesso da recuperação.

As queimaduras solares nos pés são muito frequentes, devido à negligência e à indiferença das pessoas por esta zona do seu corpo. A colocação de protetor solar no dorso dos pés e nos dedos é um gesto simples e recomendável, que evita queimaduras e pode também prevenir o cancro da pele.

Os cuidados diários com os pés são fundamentais para permitir um melhor estado geral de saúde da pessoa, funcionalidade e estabilidade do pé e da marcha. A “boa” saúde dos pés garante uma melhor qualidade de vida, melhor produtividade laboral e performance desportiva.

Lavar os pés diariamente com um sabão de pH neutro, promover uma secagem eficaz sem fricção e aplicar um creme hidratante são ações fundamentais para manter uma boa integridade da pele. No caso de existir hiperidrose, excesso de transpiração, deve ser usado um antitranspirante de forma controlar a perda de água e xerodermia.

Não andar descalço em locais públicos, usar chinelos em instalações como piscinas, balneários e saunas é fundamental para prevenir e evitar o contacto com bactérias e fungos. Este gesto evita, quase na totalidade, a contaminação por microrganismos responsáveis por algumas infeções, assim como os traumatismos do pé e da pele.

As unhas têm como função proporcionar o efeito de alavanca durante o caminhar e de proteção da zona distal dos dedos. São suscetíveis a microtraumatismos provocados pelo calçado apertado e vulneráveis a infeções fúngicas e a processos de onicocriptoses (unhas encravadas).

O cuidado com as unhas é igualmente importante, começando com um corte ungueal de forma correta. Perante lesões dermatológicas, o autotratamento está contraindicado já que o uso de material não adequado e, na maioria dos casos não esterilizado, associado às limitações individuais, origina um risco elevado de erro. Atendendo às características das unhas e à sua composição, é igualmente recomendável a hidratação e a preservação da sua morfologia. Não devem ser retiradas as “cutículas”, porque estas significam uma proteção e barreira para as infeções. O corte das unhas deve ser feito com alicate individual e de forma reta.

Desde que as unhas estejam em condições de saúde normal, sem qualquer alteração, podem ser pintadas durante períodos de tempo curto. Não se deve manter as unhas impermeabilizadas e sem luz mais que 7 dias, correndo o risco de ocultar alguma alteração na fase inicial. Sempre que existem alterações da unha esta não deve ser pintada, mas sim tratada.

O uso de peúgas é importante para um melhor controlo da humidade nos pés e para evitar as forças de atrito e fricção entre a pele e o calçado, como bolhas, queimaduras ou feridas. O calçado, para além de ser estável e protetor, deve ser de material natural com caraterísticas de respirabilidade e sem compromissos de traumatismo. Deve ter-se atenção ao calçado tipo sandália com tiras, que podem provocar compromissos de circulação e risco vascular, se forem demasiado apertadas.

Consulte um podologistas sempre que exista qualquer sinal ou sintoma de patologia nos pés, ou no caso de não existir qualquer alteração nos pés deverá realizar uma consulta de podologia 1 vez por ano como medida preventiva.

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A idade aumenta e os cuidados a ter com os pés também

Cuidados com os pés na infância previnem problemas na idade adulta

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Drª Diana Aguiar Sousa
A Dr.ª Diana Aguiar Sousa, médica neurologista no Hospital de Santa Maria e membro da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular...

Nas palavras da Dr.ª Diana Aguiar Sousa, pertencer ao quadro diretivo da ESO “é uma honra e simultaneamente uma responsabilidade”. Neste mandato, a especialista espera poder “contribuir para o crescimento da organização e para a concretização dos seus objetivos, em particular para a melhoria dos cuidados prestados aos doentes afetados pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC) na Europa”. Representar as preocupações dos jovens médicos que se dedicam ao AVC é ainda uma aspiração avançada pela médica, que é membro da ESO desde 2012.

Ao longo dos anos e até à atualidade, a neurologista tem vindo a colaborar de forma estreita e progressiva nas atividades promovidas pela ESO. “Tive oportunidade de participar nas diversas ações formativas promovidas pela ESO, nomeadamente na ESO Summer School, ESO Winter School e ESO European Stroke Science Workshop, e também nas conferências anuais organizadas pela sociedade (ESOC). Em termos organizacionais, faço parte da comissão Young Stroke Physicians and Researchers Committee, inicialmente como membro e, mais recentemente, como coordenadora. Em 2016 fiz parte do grupo de trabalho que, em colaboração com a European Association of Neurology (EAN), a European Society for Minimally Invasive Neurological Therapy (ESMINT) e a SAFE, desenvolveu um inquérito pan-europeu sobre os cuidados prestados aos doentes com AVC agudo” (aceder ao inquérito aqui: http://dx.doi.org/10.1177/2396987318786023).

O Board of Directors da ESO inclui os membros da Comissão Executiva e 15 outros membros, sendo os seus elementos eleitos por períodos de 4 anos. Segundo a especialista nacional recém-eleita para o quadro diretivo, “este órgão está encarregue da determinação e verificação da estratégia da organização e a supervisão do trabalho realizado pela Comissão Executiva”, referiu, detalhando que “entre outras funções, inclui-se também a aprovação dos comunicados públicos, do relatório financeiro e a realização de nomeações para os cargos de Presidente, Presidente-eleito, Tesoureiro e Secretário Geral da ESO”.

As eleições para o Board of Directors seguem os procedimentos estabelecido nos estatutos da ESO. Inicialmente, são recolhidas nomeações, as quais podem ser feitas por membros da sociedade ou do próprio Board of Directors. Os elementos nomeados são depois sujeitos a um processo eleitoral, por votação eletrónica, aberta a todos os membros. Cerca de 400 membros participaram este ano nas eleições para os órgãos da ESO.

O presidente da Direção da SPAVC, Prof. Castro Lopes, considera esta eleição “mais um exemplo de como Portugal está muito bem posicionado internacionalmente a nível científico na área da doença vascular cerebral”, com “profissionais extremamente empenhados na melhoria dos cuidados prestados aos doentes com AVC, reconhecidos além fronteiras, ao desempenharem funções de alta responsabilidade, como é o caso da integração da jovem especialista Dr.ª Diana Aguiar Sousa no quadro diretivo da ESO, constituindo um estímulo para que a sociedade portuguesa em geral colabore e se empenhe verdadeiramente no combate ao AVC", concluiu.

Opinião
O enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, resulta da obstrução de uma das artérias do coraçã
Mulher ao telemóvel a prestar auxílio a mulher desmaiada no chão

Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.

Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. Não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios porque este poderá ser um centro sem capacidade para realizar o tratamento mais adequado. Esta situação não acontece quando se liga para o 112 porque a equipa de emergência confirma a suspeita de um enfarte  e ativa a via verde coronária que permite encaminhar os doentes para hospitais com laboratórios de hemodinâmica.

Não se esqueça, no enfarte agudo do miocárdio cada segundo conta. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) - o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco "perdido", o que leva a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que voltem a ter uma vida "normal".

Para promover o conhecimento e compreensão sobre esta doença, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, vai realizar o 1.º Encontro Nacional de Sobreviventes de Enfarte Agudo do Miocárdio, no dia 18 de setembro, no Auditório do Hospital Geral de Santo António, no Porto. As inscrições, gratuitas e obrigatórias, são feitas através do email [email protected]. Para mais informações consulte: www.apic.pt.

A APIC está também a promover a campanha Cada Segundo Conta que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt

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Do enfarte agudo do miocárdio ao assumir da doença

Factores de risco cardiovascular

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Investigadores
Investigadores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) participam num projeto europeu que visa criar um programa...

CPU: Care of Pressure and Venous Ulcers in Simulation Environment (Cuidar de úlceras de pressão e de úlceras venosas em ambiente de simulação) é o nome do projeto liderado pela Tallinna Tervishoiu Kõrgkool (Estónia) e no qual participam, ainda, instituições de ensino superior da Finlândia (Turku University of Applied Sciences), da Hungria (Semmelweis Egyetem) e da Turquia (Istanbul University).

Com a duração de três anos (setembro de 2018 - agosto de 2021), o projeto deverá resultar num curso online de e-learning que abordará as opções para a prevenção de feridas crónicas, as respetivas causas, a avaliação e os cuidados a ter com as úlceras venosas e de pressão.

O programa de aprendizagem à distância a construir será baseado nos resultados mais recentes da investigação científica realizada nesta área, bem como na experiência prática dos investigadores e docentes envolvidos no projeto.

De acordo com as instituições parceiras neste projeto, «o uso de tecnologias digitais e animações torna o curso inovador, aprimora as pedagogias e favorece a aquisição de novos conhecimentos e habilidades».

Cofinanciado pelo programa da União Europeia Erasmus+ (ação-chave Cooperação para a inovação e intercâmbio de boas práticas. Parcerias Estratégicas para o Ensino Superior), o projeto Care of Pressure and Venous Ulcers in Simulation Environment está inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, centro de pesquisa acolhido pela ESEnfC, que é avaliado, acreditado e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Participam neste projeto, pela ESEnfC, os professores Luís Paiva e Verónica Coutinho, bem como os estudantes de licenciatura Márcia Silva Coelho e Rafael Ferreira Ramalho.

 

Federação Portuguesa dos Dadores Benévolos de Sangue
A Federação Portuguesa dos Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) apela à recolha de sangue e medula óssea. O apelo tem como...

Em Lisboa para além dos cinco centros de doação permanente - Hospital de Santa Maria, Hospital de São José, IPO de Lisboa, Hospital Dona Estefânia, Serviços Centrais do IPST Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa - é, também, possível doar sangue nas unidades móveis.

“Estamos cientes de que, mesmo nos meses mais quentes e de descontração, é possível ajudar os outros. Através de um gesto simples, como a dádiva de sangue, podemos salvar a vida de muitas pessoas!”, comenta Alberto Mota, presidente da FEPODABES.

O verão é uma altura bastante sensível para a dádiva de sangue. Há muitas pessoas que estão de férias, o que diminui a afluência dos dadores e de novos dadores aos centros de doação permanente. Desta forma, a FEPODABES reforça que todos os dias existem pessoas a precisar da ajuda dos dadores e, por isso, todos os dias são bons dias para dar sangue.

 “É importante que todas as pessoas entre os 18 e os 65 anos e com mais de 50kg se juntem à dádiva de sangue. Uma colheita dura apenas 10 minutos e pode ajudar a salvar a vida de 3 pessoas, pois o sangue é separado em três componentes com diferentes funções terapêuticas”, explica o presidente.

O facto de a cada dois segundos existir uma pessoa a precisar de sangue e de a população dadora estar muito envelhecida são as principais preocupações da FEPODABES. Chegar aos jovens é, também, uma prioridade, pois apenas 14,35% dos jovens portugueses estão inscritos para dar sangue e a principal faixa etária de dadores se situa entre os 25 e os 44 anos.

“Neste período relembramos que dar sangue é um gesto simples. Salvar uma vida não tem preço e são gestos como estes que fazem a diferença na sociedade.” Reforça o presidente.

Estudo
O inquérito, feito em 14 países a uma amostra de 3.594 utilizadoras da App Pregnancy+ (disponível também em português como...

Os resultados da pesquisa indicam que praticamente todas as mães entrevistadas querem que os seus parceiros se envolvam em todos os aspetos do cuidado com o bebé. Globalmente, 65% das mães querem que os seus parceiros as ajudem na preparação do biberão e 63% esperam ajuda para alimentar o recém-nascido durante a noite.

Embora 8 em cada 10 homens desempenhem tarefas como acalmar o bebé, menos de metade estão envolvidos na limpeza dos acessórios de aleitamento ou pesquisa acerca do mesmo. Isto significa que há vários aspetos do cuidado com os recém-nascidos que estão sobretudo a cargo das mulheres e que existe a necessidade de treino e formação dos parceiros. Aliás, 76% das entrevistadas consideram que faz falta mais informação para que os seus parceiros as ajudem no processo de aleitamento materno. Há cada vez mais evidências de que a formação dos pais acerca dos benefícios da amamentação pode duplicar a probabilidade de que os bebés sejam alimentados exclusivamente a leite materno durante os primeiros seis meses de vida.

O apoio aos pais que querem promover a amamentação é essencial, sobretudo quando as mulheres têm cada vez menos tempo e devem compatibilizar a maternidade com a carreira profissional. Os seus parceiros podem ter um papel mais ativo no aleitamento e, felizmente, muitos afirmam querer fazê-lo, de acordo com a pesquisa. Vários estudos indicam que as mulheres que recebem apoio dos seus parceiros estão mais propensas a iniciar e manter o aleitamento materno por mais tempo. Paralelamente, a participação ativa dos pais na alimentação do bebé favorece os laços afetivos entre os dois no pós-parto, o que se traduz em vários benefícios para o recém-nascido, como maior ganho de peso em crianças prematuras.

Campanha alerta
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover uma campanha de sensibilização para o risco de...

“Há saltos que podem mudar a tua vida. Protege a tua coluna!” é o mote desta iniciativa que está disponível nas redes sociais através de um vídeo que apresenta os dez conselhos que as pessoas devem seguir para prevenir este tipo de acidentes.

Para Miguel Casimiro, neurocirurgião e presidente da SPPCV, “o principal objetivo com o lançamento desta campanha é de alertar a população para os comportamentos de risco que podem levar a acidentes de mergulho, uma das principais causas de lesão na coluna vertebral, sobretudo nos jovens com menos de 35 anos”.

Sobre a escolha de um vídeo para redes sociais como a principal plataforma de divulgação desta iniciativa, o especialista refere que “é a opção mais óbvia, pois não só é uma forma dinâmica de levar o público-alvo desta campanha a pensar sobre o tema e, sobretudo, a reter as nossas recomendações que, quando seguidas, podem fazer toda a diferença na sua saúde, uma vez que uma vítima de um acidente de mergulho pode sofrer uma lesão modular grave, a qual pode levar a incapacidade ou à morte”.

As lesões na coluna derivadas de mergulhos ocorrem geralmente quando a cabeça bate no solo ou numa rocha. Além da baixa profundidade do local ou dos comportamentos de risco, estes acidentes podem estar relacionados com uma postura incorreta durante a execução do mergulho.

Em caso de presenciar um acidente e/ou suspeitar de uma lesão da coluna, a SPPCV alerta para a necessidade de contactar de imediato o 112 e de não mover a pessoa, pois qualquer movimento na vítima pode causar danos maiores e permanentes.

Oncologia
No último ano, vários estudos mostraram que os doentes oncológicos que têm mutações nos genes BRCA no seu ADN germinativo ...

sta investigação foi demonstrada, por exemplo, num relatório recente da Dra. Kathleen Moore, publicado pela "The Lancet Oncology", realizado em mulheres com cancro do ovário que receberam múltiplos tratamentos de quimioterapia. Ou, também,  numa investigação conjunta feita por cientistas do Institute of Cancer Research (ICR), em Londres, e do Instituto Gustave Roussy, em França, que sugere que estes poderiam ser combinados com tratamentos de imunoterapia para melhorar a sua eficácia.

É decisivo para o doente detetar as mutações BRCA1 / 2 o mais rápido possível para receber esses inibidores de PARP que lhes permitirão superar a sua doença. Por essa razão, a OncoDNA, empresa especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico de cancro, expandiu o seu teste genómico OncoSTRAT&GO, que agora inclui o perfil de mutações germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2, bem como alterações semelhantes. noutros genes, como o chamado fenótipo BRCAness, que também pode ser atacado por inibidores da PARP.

Uma análise mais completa

A equipa de I&D da OncoDNA incorporou neste teste um painel específico que contém o estudo de vários genes envolvidos na reparação do ADN das células cancerígenas. Especificamente, 32 genes são revistos e selecionados pelo seu impacto clínico e terapêutico. Recomenda-se em casos de cancro da mama triplo negativo, ovário, próstata e pâncreas saber se o fenótipo BRCAness está presente e se os inibidores de PARP vão ser eficazes.

“O teste analisa esses genes de forma mais sensível do que outras técnicas, permitindo detetar todos os tipos de alterações genéticas, como mutações pontuais ou grandes deleções ou duplicações do gene”, explica Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA em Espanha e Portugal.

Este perfil molecular, que a empresa belga com escritórios em Valência utiliza há varios anos, vem a melhorar ao longo do tempo. Hoje, a OncoSTRAT&GO tornou-se a única solução teranóstica no mercado que combina a análise de biópsia sólida e líquida de tumores sólidos no estadio IV. O OncoSTRAT&GO tem uma abordagem integrada: utiliza um painel de 313 genes de biópsia sólida, uma análise de proteína tumoral (IHQ) e uma análise de biópsia líquida ou sanguínea.

O perfil sanguíneo pode concentrar-se no ADN do tumor circulante (40 genes para decifrar a heterogeneidade do tumor) ou no ADN das células sanguíneas (32 genes para estudar alterações genéticas germinativas específicas relacionadas ao fenótipo BRCAness, difíceis de detetar em amostras sólidas).

Através do OncoSTRAT&GO, é estabelecido um perfil genético completo do tumor, que pode ser utilizado para identificar a sensibilidade ou resistência a tratamentos personalizados, quimioterapias e imunoterapias, aprovadas ou em fase experimental. Além disso, pode ser personalizado para tumores de origem primária desconhecida.

Doença degenerativa
Trata-se de uma doença degenerativa da mácula, pouco conhecida, mas que atinge mais de 300 mil portu
Homem sénior com óculos de ver

Estima-se que 30% da população com mais de 70 anos virá a sofrer de Degenerescência Macular da Idade (DMI) – uma doença degenerativa que afeta a área central da retina, que depois de instalada e, sobretudo, quando não tratada, evolui de forma rápida nas idades mais avançadas.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, esta doença afeta atualmente cerca de 355 mil portugueses. “A forma mais precoce da doença contribui com cerca de 85% a 90% dos casos”, avança a SPO.

Estando fortemente associada ao envelhecimento geral da população, há, no entanto, para além da idade, outros fatores de risco que podem condicionar o seu desenvolvimento. É o caso do tabagismo, algumas doenças como a hipertensão, aterosclerose ou diabetes, exposição intensa à luz solar e radiação ultravioleta.

Na maioria dos casos, e numa fase inicial da doença, a degenerescência macular afeta apenas um dos olhos pelo que o doente pode nem se aperceber de que terá algum problema a afetar a sua visão.

As queixas mais frequentes são a distorção das imagens, diminuição da acuidade visual, alteração da percepção das cores e existência de uma manha escura ou esbranquiçada no centro do campo visual. Uma vez que a visão central é afetada, com o tempo, o doente passa a ter cada vez mais dificuldade em ler e a escrever, assim como a reconhecer rostos ou ver televisão.

Na sua fase mais precoce – designada de Maculopatia da Idade – a doença pode não apresentar qualquer sintoma, caracterizando-se pela presença de alterações maculares que incluem a existência de drusas (cristais no fundo do olho que destroem os fotorreceptores e provocam proliferação anormal de vasos sanguíneos sob a retina) apenas detetadas em exame oftalmológico.

Depois de instalada, a doença assume duas formas: a DMI seca e a DMI exsudativa. Segundo as explicações da Sociedade Portuguesa de Oftlamologia, “a forma seca evolui muito lentamente”, caracterizando-se sobretudo pela dificuldade na leitura e na observação de pequenos objetos à distância. Apesar disso, a visão mantida é perfeitamente compatível com a maioria das atividades diárias. Esta corresponde a 80 a 90% de todos os casos da doença e resulta da atrofia progressiva da retina macular.

Na forma exsudativa, há o aparecimento de vasos sanguíneos anormais sob a mácula, que acabam por rebentar e dar origem a hemorragias e cicatrizes no fundo do olho. Esta forma é a mais grave e que mais rapidamente progride para a perda de visão.

Como se trata a Doença Macular da Idade?

A retina destruída pela DMI não pode ser recuperada e a perda de visão é permanente. No entanto, existem tratamentos que impedem ou retardam a progressão da doença. Estes vão desde a utilização de antioxidantes, até à cirurgia para remoção de membranas neovasculares (os tais vasos anormais que se formam sob a mácula) e à fotocoagulação por laser (usada em casos de DMI húmida).

Nas formas precoces da doença, a suplementação com vitaminas C e E, betacaroteno, Zinco e Cobre pode ser indicada para doentes com maior risco de progressão da doença. “A suplementação de xantofilas (luiteína/zeaxantina) e/ou ácidos gordos também se têm revelado eficazes, mas os estudo continuam”, avança a SPO.

Em matéria de prevenção, chama-se a atenção para alguns cuidados gerais que beneficiam, de um modo global, a saúde:

  • Não fumar
  • Usar óculos de sol devidamente certificados para proteger os olhos dos raios UV
  • Usar chapéu
  • Reduzir o consumo de gorduras saturadas e o colesterol
  • Reduzir o consumo de álcool
  • Fazer uma alimentação rica em fruta e legumes (sobretudo em alimentos ricos em antioxidantes)
  • Manter a tensão arterial baixa
  • Evitar o excesso de peso
  • Praticar exercício físico
  • Consultar o médico oftalmologista pelo menos uma vez por ano 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
01 de agosto | Dia Mundial do Cancro do Pulmão
Assinala-se a 1 de agosto o Dia Mundial do Cancro do Pulmão. Anualmente são diagnosticados cerca de quatro mil novos casos em...

O facto de a maioria dos casos de cancro de pulmão serem diagnosticados tardiamente explica o seu mau prognóstico e as elevadas taxas de mortalidade. No entanto, nas últimas décadas, temos assistido a uma evolução ao nível do seu tratamento.  “Embora no cancro do pulmão precoce as técnicas de diagnóstico e terapêutica cirúrgica se tenham desenvolvido muito permitindo alargar o número de doentes elegíveis para cirurgia, é ao nível do cancro avançado que se fizeram sentir os desenvolvimentos mais marcantes. Até há pouco tempo, o único tratamento disponível era a quimioterapia. Nos últimos anos foi possível, num número importante de tumores, identificar mutações/fusões genéticas no ADN dos tumores, driver mutations, que controlam o desenvolvimento desses tumores e bloqueá-las, obtendo excelentes resultados terapêuticos. Este tipo de mecanismo oncogénico é especialmente frequente em não fumadores. Por outro lado, o desenvolvimento recente da imuno-oncologia tem alterado de forma marcante os resultados terapêuticos do cancro do pulmão. Estes tratamentos atuam ativando o sistema imunitário do doente, desta forma, o próprio sistema imunitário ativado vai destruir e controlar o tumor. Embora nem todos os doentes beneficiem e mesmo que isso aconteça, não seja para sempre, os resultados são muito melhores que os obtidos com os tratamentos tradicionais”, esclarece Venceslau Hespanhol, pneumologista do Hospital de São João e representante da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

No que diz respeito à prevenção primária do cancro do pulmão, “o tabaco é, de longe, o fator de risco mais importante no desenvolvimento desta doença, no entanto, outros fatores como o rádon, as fibras de amianto e poluição ambiental, também podem ter um papel relevante“, afirma o médico pneumologista. Apesar destes outros fatores, “em 80% dos casos de cancro de pulmão existe história de exposição ao tabaco. É fundamental, para a prevenção deste tipo de cancro, a redução do consumo ou da exposição ao tabaco”, reforça Venceslau Hespanhol. “Quando se fala de consumo de tabaco não se fala apenas de cigarros mas também das novas formas de consumo como o cigarro eletrónico, o tabaco aquecido e, mais recentemente, o Juul. Estas novas formas de tabaco também são causa de doença e são, muitas vezes, o primeiro passo para o consumo de cigarros convencionais”, acrescenta Cristina Matos, representante da Comissão de Trabalho de Pneumologia Oncológica da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Numa altura em que o consumo dos produtos de tabaco voltou a ser atraente para os jovens, levando a um aumento da taxa de novos fumadores, sobretudo na população estudantil, as estratégias de prevenção primária passam também por “campanhas dirigidas sobretudo a estes grupos etários, de forma a evitar o início do consumo e a vontade de experimentar. É igualmente necessária a  implementação e desenvolvimento de Consultas de Apoio Intensivo aos Fumadores tanto nos Cuidados Primários de Saúde como nos Hospitais”, complementa Margarida Felizardo, também representante da Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Rastreio já é uma realidade em alguns países

Devido ao diagnóstico geralmente tardio a implementação de um rastreio eficaz que permita a identificação precoce deste tipo de cancro é algo há muito pretendido. Venceslau Hespanhol assegura que “o rastreio do cancro do pulmão é uma realidade já em alguns países, como os EUA. Na Europa ainda não está implementado de uma maneira abrangente, aguardando-se para breve os resultados de custo-eficiência. Relativamente à eficácia, o valor do rastreio de cancro do pulmão não é atualmente questionável após dois grandes estudos de rastreio - um nos EUA e outro na Europa - terem demonstrado uma redução muito significativa da mortalidade por este cancro. Para além do impacto na mortalidade, o rastreio do cancro do pulmão permitiu aprender como lidar com nódulos que acidentalmente se identificam nos pulmões. Podemos concluir que os resultados da aplicação da metodologia de diagnóstico, vigilância e tratamento utilizada no rastreio permitiu aumentar muito as expectativas de cura”.

Para assinalar o Dia Mundial do Cancro do Pulmão, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia volta a reforçar, neste curto vídeo, a mensagem de esperança e a importância da cessação tabágica, tendo em conta que a doença afeta sobretudo os fumadores.

Lentes de contacto
Viajar, apanhar sol, ou realizar atividades ao ar livre são atividades típicas na época estival e exigem uma maior liberdade de...

Com a chegada do Verão e das férias, aumenta o tempo que as pessoas dedicam à realização de atividades ao ar livre. Nesta época do ano também aumenta o uso de lentes de contacto entre as pessoas que necessitam de correção visual.

Para algumas destas pessoas, os óculos graduados tradicionais podem tornar-se numa solução pouco prática quando se trata de atividades como praticar desporto, apanhar sol ou ir ao tomar banho. As lentes, pelo contrário, podem ser utilizadas tanto com óculos de sol como com óculos de natação e, portanto, cobrem melhor a necessidade de correção visual durante as atividades.

São muitos os benefícios para a visão ao usar lentes de contacto, o campo de visão fica totalmente coberto proporcionando uma visão clara e nítida a todas as distâncias pois a lente de contacto move-se juntamente com o olho. A sua comodidade e simplicidade de uso permitem desfrutar de um estilo de vida ativo com uma grande liberdade de movimento sem risco de perda nem rotura.

De facto, existem determinadas lentes de contacto capazes de libertar agentes humidificadores à superfície ocular que se ativam em cada um dos pestanejos diários e que ajudam a estabilizar o canal lacrimal. Além disso, as melhorias nos produtos de manutenção das lentes removem os depósitos de proteínas e lípidos da lente durante a desinfeção e o armazenamento.

Conselhos de saúde ocular para os utilizadores de lentes no verão

O clima, a exposição dos olhos às radiações solares UVB e UVA, o contacto direto dos mesmos com o cloro da piscina ou com o sal da água do mar pode aumentar as possibilidades de desenvolvimento de alergias, irritações oculares e erosões da córnea, além de provocar ou agravar o problema da secura ocular.

Por isto mesmo, os especialistas recomendam que se siga algumas práticas que permitem manter uma boa saúde ocular durante estes meses:

  1. Proteger os olhos com óculos de sol aprovados que contenham o impacto das radiações ultravioleta e que reduzam o desconforto pela luminosidade excessiva.
  2. Para diminuir o impacto do excesso de cloro ou da água salgada nos olhos, recomenda-se sempre óculos de natação ou de mergulho apropriados.
  3. Nestas ocasiões é imprescindível lavar as mãos com água e sabão e secá-las antes de manipular as lentes de contacto.
  4. É importante não coçar ou esfregar a área para evitar quaisquer irritações e erosões na córnea.
  5. As lentes de contacto mensais devem ser higienizadas depois de cada utilização, no mínimo, uma vez por dia. Recomenda-se a sua lavagem com uma solução desinfetante que elimine os depósitos de proteínas e lípidos das lentes de contacto durante a desinfeção e a armazenagem.
  6. Uma vez colocadas no seu estojo, as lentes mensais ou bissemanais não devem guardar-se num lugar onde fiquem diretamente expostas ao sol ou a temperaturas demasiado elevadas. Além disso, é recomendável substituir o estojo de três em três meses.
  7. Substituir as lentes de contacto de acordo com as indicações dadas pelo profissional da visão.
Tratamento de doenças
Atualmente, há mais de 170 ensaios clínicos registados com células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical (UC...

Uma das primeiras aplicações experimentais das UC-MSC surgiu no contexto de doença do enxerto contra o hospedeiro, após transplante hematopoiético. Outras doenças nas quais a administração de UC-MSC tem alcançado resultados favoráveis, com melhoria dos sintomas, são a esclerose múltipla, lúpus eritematoso sistémico, lesões na espinal medula, artrite reumatoide, colite ulcerosa e paralisia cerebral. Além destas melhorias, estas células têm sido associadas, por exemplo, ao aumento da sobrevivência em doentes com cirrose hepática e à diminuição da necessidade de insulina em doentes com diabetes tipo 1.

Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, menciona que “estando já demonstrada a segurança do tratamento com UC-MSC, torna-se imperativo continuar a investigação nesta área, de forma a confirmar a sua eficácia, o que permitirá que, no futuro, estas células possam vir a ser úteis no tratamento de várias doenças graves, atualmente sem opções de tratamento eficazes”.

As duas principais fontes de MSC são o tecido do cordão umbilical e a medula óssea, podendo também ser obtidas a partir de sangue do cordão umbilical e de tecido adiposo. Estas células possuem propriedades com notável potencial terapêutico, designadamente capacidade de proliferação in vitro, podendo ser multiplicadas em laboratório para posterior utilização clínica, capacidade de se diferenciarem em vários tipos de células, a produção de fatores de crescimento e outras moléculas, com função de apoio ao crescimento e diferenciação de outras células, capacidade de migrar para locais de lesão/doença e, ainda, de regulação do sistema imunitário, controlando as reações imunológicas exacerbadas, por exemplo, das doenças autoimunes e da doença do enxerto contra o hospedeiro. Dados da European Society for Blood and Marrow Transplantation indicam que, no ano de 2017, foram realizados, na Europa, 418 tratamentos com MSC para o tratamento desta doença.

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