Doença Renal
A DaVita Portugal, em parceria com a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, vai realizar um curso de nutrição, dedicado...

A iniciativa, orientada pela nutricionista Inês Moreira e apoiada pelo chefe de cozinha Rui Lopes, tem como objetivo a promoção de uma alimentação saudável, equilibrada e adequada às necessidades nutricionais das pessoas com doença renal.

Cada pessoa com doença renal tem preferências alimentares e necessidades nutricionais diferentes, mas é importante que as escolhas sejam adaptadas para que seja possível manter a qualidade de vida à medida que a doença progride.

A doença renal crónica carateriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

O curso vai ter uma duração de três horas, das 10h às 13h, e vai ser constituído por uma introdução teórica, que está a cargo de Inês Moreira; pela confeção de uma refeição completa, com a orientação do chefe Rui Lopes, que vai apresentar receitas práticas e nutricionalmente ricas; e por um momento final de convívio e degustação do menu.

A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia através do email [email protected] ou do telefone 21 837 16 54. Os participantes deverão ser doentes renais, independentemente do local onde façam tratamento e poderão fazer-se acompanhar por uma pessoa.

Principais conselhos
Os acidentes de mergulho são uma das principais causas de lesão na coluna vertebral provocando um im

As lesões em mergulho ocorrem geralmente quando a cabeça bate no solo ou numa rocha. Além da baixa profundidade do local (seja praia ou piscina), os acidentes de mergulhos podem estar relacionados com a adoção de comportamentos de risco e com uma postura incorreta durante a execução do mergulho.

Se presenciares um acidente e/ou suspeitares de uma lesão da coluna, deves contactar de imediato o 112 e chamar uma ambulância. Não deves mover a pessoa, uma vez que qualquer movimento numa coluna já danificada pode causar danos permanentes.

Para prevenir riscos para a sua saúde, toma em conta os seguintes conselhos:

  1. Não mergulhes numa zona que desconheces e em lugares não vigiados ou não iluminados;
  2. Mantém-te sempre na zona supervisionada;
  3. Verifica a profundidade do local e não mergulhes em águas rasas (com menos do dobro da tua altura);
  4. No mar, “não te atires de cabeça”. Entra sempre primeiro a andar;
  5. Na piscina, escolhe o local onde vais mergulhar de acordo com as indicações de profundidade do local, respeitando sempre a sinalização;
  6. Assegura-te de que não existem obstáculos no local onde vais mergulhar, como rochas ou bancos de areia;
  7. Mergulha com os braços em extensão e mãos à frente, de modo a proteger a cabeça;
  8. Evita comportamentos de risco, como mergulhar de costas ou em corrida;
  9. Não bebas bebidas alcoólicas antes de mergulhar;
  10. Nas piscinas, não mergulhes perto de outras pessoas.

Dr. Miguel Casimiro - neurocirurgião e presidente da SPPCV

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Presidente da Associação Portuguesa de Bioética lança desafio
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Rui Nunes, desafia os partidos políticos a colocarem no programa eleitoral...

No entender do professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, “é fulcral que os partidos debatam publicamente a proposta de realização de um referendo nacional sobre a prática da eutanásia”. Depois de na Legislatura que agora está a chegar ao fim terem sido votadas no Parlamento várias propostas sobre este tema, Rui Nunes defende que, agora, “os partidos candidatos às Legislativas de Outubro têm a obrigação de submeter as suas propostas e ideias ao escrutínio dos portugueses em ato eleitoral ao invés do que sucedeu na atual legislatura”.

No entender do médico portuense “dada a forma como o tema da Eutanásia foi debatido neste ciclo legislativo, com propostas avulsas discutidas e votadas na Assembleia da República, os portugueses não tiveram qualquer possibilidade de se pronunciar sobre este tema”. “Nem sequer se contribuiu para que fossem devidamente esclarecidos sobre o que está em jogo com uma medida desta natureza”, acrescenta.

“A verdade é que mesmo entre os deputados da Nação o tema é polémico e gerador de divisões. Sinal disso mesmo é o facto de as propostas para a legalização da Eutanásia terem sido chumbadas na Assembleia da República por margens muito curtas”, recorda Rui Nunes. Também por este motivo o presidente da Associação Portuguesa de Bioética entende que “é importante lançar desde já as bases para realizar o Referendo Nacional sobre a Eutanásia”.

 

Estudo
Um estudo coordenado por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC)...

No estudo, publicado na conceituada revista cientifica Acta Neuropathologica, a equipa de investigação avaliou o papel da proteína CYP46A1 (responsável pelo processo de transformação do colesterol em excesso, denominado de hidroxilação) na ataxia espinocerebelosa do tipo 3 – enfermidade hereditária, conhecida como doença de Machado-Joseph (DMJ), que é causada pela acumulação da proteína ataxina-3 mutante. Quando a função da proteína CYP46A1 se encontra diminuída, isso leva à acumulação excessiva de colesterol (uma molécula determinante na transmissão de mensagens entre neurónios), situação associada ao aparecimento de doenças neurodegenerativas. Por isso, o estudo procurou avaliar se o excesso de colesterol no cérebro poderá estar relacionado com a acumulação de ataxina 3 mutante, causadora da DMJ.

“Já existiam evidências de que a redução da CYP46A1 estava associada a outras doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Huntington, e que se caracterizam pela acumulação de proteínas mutantes. Com este estudo queríamos verificar se o mesmo se observaria em ataxias espinocerebelosas, particularmente na doença de Machado-Joseph (com a acumulação da ataxina-3 mutante)”, explica um dos coordenadores do estudo, Luís Pereira de Almeida, investigador do CNC-UC e docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. “Ao verificarmos que esta proteína estava diminuída em cérebros de doentes e de modelos animais da doença, quisemos avaliar se, ao repô-la, conseguiríamos ‘limpar’ tanto o colesterol em excesso como a ataxina-3 mutada e, assim, reduzir a neurodegenerescência associada”, acrescenta o investigador que liderou o projeto, a par com Nathalie Cartier (do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale, de França) e Sandro Alves (Institut du Cerveau et de la Moelle Epinière, também de França).

No estudo, os investigadores observaram que, ao remover a CYP46A1 em animais saudáveis, se verificava uma neurodegenerescência (perda progressiva das estruturas ou das funções neurológicas) semelhante à que ocorre na doença de Machado-Joseph. Ao repor a proteína, verificaram uma melhoria ao nível do funcionamento dos neurónios (associada à redução dos agregados tóxicos de ataxina-3) e na capacidade motora dos animais. “Conseguimos aliviar os sintomas da doença em dois modelos diferentes”, refere o investigador. “Observámos um papel ativador da CYP46A1 na autofagia (o principal processo de limpeza das nossas células), cuja ativação tínhamos demonstrado anteriormente ser extremamente importante para a limpeza dos aglomerados de ataxina-3 mutante”, refere ainda o investigador e professor universitário.

O próximo passo da equipa de investigação será tentar perceber melhor como é que a limpeza do colesterol em excesso e a autofagia se relacionam com a acumulação de ataxina-3 mutante. A compreensão destes processos poderá ter um grande impacto clínico em várias doenças neurodegenerativas. “Poderemos ter uma estratégia terapêutica mais geral, que – se não puder curar – possa pelo menos possa aliviar estas doenças, recorrendo a processos mais simples e económicos (do que as estratégias direcionadas para os genes causadores de doenças do cérebro) ”, conclui Luís Pereira de Almeida.

O artigo “Restoring brain cholesterol turnover improves autphagy and has therapeutic potential in mouse models of spinocerebellar ataxia” [disponível para consulta em https://doi.org/10.1007/s00401-019-02019-7] conta ainda com Liliana Mendonça (investigadora do CNC-UC) e Clévio Nóbrega (colaborador do CNC-UC e atual coordenador do Centro de Investigação Biomédica (CBMR) da Universidade do Algarve) como primeiros autores. Nele participaram também Sandra Tomé e Carlos Matos, do CNC-UC, assim como outros investigadores da CBMR da Universidade do Algarve e de centros de investigação franceses e holandeses.

O estudo foi financiado pela Comissão Europeia (programa JPND co-fund), pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), pelo COMPETE 2020, pela Fundação pela Ciência e Tecnologia (FCT), pelo NeuroATRIS, pelo Fundo de Investigação para a Doença de Machado-Joseph de Richard Chin e Lily Lock, pela Fundação Nacional de Ataxias e pela Fundação para a Investigação Médica de França.

Doença cardíaca
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) anunciou que os doentes com estenose aórtica, uma doença fatal que...

“O implante da válvula aórtica percutânea (VAP) é um procedimento minimamente invasivo, por cateter, que em muitos doentes tem vantagens em relação à cirurgia de peito aberto, constituindo nalguns a única opção uma vez que diminui os riscos relacionados com o tratamento. Esta técnica é considerada o grande avanço da cardiologia da última década”, refere Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção e coordenador do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI).

O uso das válvulas aórticas percutâneas tem sido restrito a doentes com estenose aórtica grave com risco cirúrgico aumentado, usualmente com mais de 70 anos, o que corresponde a cerca de 5 mil portugueses. No entanto, estudos apresentados, em março deste ano, evidenciam que a VAP possa ser realizada em doentes, até com menor risco, com uma idade média de 74 anos.

Segundo os dados do RNCI, em 2018, foram realizados 640 TAVI (62 procedimentos por milhão de habitante). Esta técnica é atualmente considerada madura, tendo evoluído muito desde os primeiros implantes nacionais em 2007, em Gaia. Atualmente, em Portugal, fazem-se procedimentos VAP  em seis centros do Serviço Nacional de Saúde (Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Hospital de São João, Hospital de Santa Marta, Hospital de Santa Cruz, Hospital de Santa Maria e Hospital do Funchal) e em vários centros privados. Prevê-se uma duplicação das necessidades nos próximos dois anos e há enorme preocupação com a falta das salas de hemodinâmicas e recursos humanos necessários.

Para aumentar a consciencialização para a estenose aórtica, a APIC está a promover a campanha Corações de Amanhã. “Acreditamos que com esta iniciativa, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, temos a oportunidade de unir esforços entre todos, que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas acima dos 70 anos”, afirma João Brum Silveira, presidente da APIC.

A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, sobretudo acima dos 70 anos, limitando as suas capacidades e qualidade de vida. Se não for detetada atempadamente, esta doença pode ter um desfecho fatal, uma vez que a válvula aórtica vai tornar-se cada vez mais estreita, impedido o fluxo sanguíneo para fora do coração. Os sintomas são cansaço, dor no peito e desmaios.

Candidaturas já estão abertas
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) acabou de lançar um Prémio de Jornalismo, no montante de 1.500€,...

O Prémio de Jornalismo agora divulgado destina-se a distinguir o jornalista cujos trabalhos realizados nos dois últimos anos foquem a sua análise nesta doença súbita. “Devem contribuir para um correto e maior conhecimento geral do problema, causas da doença e para a difusão, quer da prevenção, quer da atuação em caso de manifestação da doença surgir. Podem ainda evidenciar os recursos existentes para tratamento, os apoios sociais, as redes de familiares e amigos e toda a dinâmica social do AVC, entre outros temas com este relacionados e que retratem a realidade da doença no contexto atual ou que dela façam uma perspetiva história”, pode ler-se no regulamento do prémio.

O presidente da Direção da SPAVC, Prof. José Castro Lopes, explicou que “este prémio reflete o reconhecimento do papel da comunicação social e, em particular, dos jornalistas, enquanto arautos nesta missão de prevenção da doença e de promoção da saúde”. Assim, as candidaturas estão abertas para todos os jornalistas residentes em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Acores, cuja peça jornalística tenha sido publicada/disseminada num meio de comunicação, nos formatos impresso, televisivo ou radiofónico.

Dirigindo-se diretamente aos destinatários desta distinção, o médico neurologista apelou: “Juntos, podemos reduzir o peso do AVC no nosso país. Cabe a cada um de vós fazer a ponte entre a comunidade científica e a população, transmitindo mensagens de alerta para este problema de saúde pública que representa, em Portugal, a principal causa de mortalidade e incapacidade no nosso país”.

O trabalho a concurso deve ser enviado à SPAVC em formato eletrónico ([email protected]) até ao dia 10 de janeiro de 2020. O prémio será posteriormente entregue na cerimónia de encerramento do 14.º Congresso Português do AVC, mais concretamente no dia 8 de fevereiro de 2020, pelas 12h30.

O prémio conta com o apoio da Daiichi-Sankyo Portugal, que considera tratar-se de uma iniciativa de “extrema importância”, nas palavras do Country Manager da companhia farmacêutica, Pedro Sequeira, incentivando, por um lado, “uma comunicação social mais informada acerca do AVC e pró-ativa no desenvolvimento de informação sobre a patologia, e, por outro, uma maior consciencialização da população sobre a principal causa de morte em Portugal”.

O envolvimento da companhia farmacêutica neste projeto parte do seu objetivo de “encontrar formas novas e inovadoras de cuidar dos doentes, mas também da sua missão de deixar uma marca positiva em termos sociais”, sublinhou.

Diabetes
O Projeto Geração Saudável concluiu mais um ano letivo, abrangendo mais de 16 mil jovens, professores e encarregados de...

A iniciativa desenvolvida pela Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos, com o apoio da farmacêutica Novo Nordisk, visa a educação e promoção da saúde junto das faixas etárias mais novas, estimulando a adoção de hábitos mais saudáveis e alertando para as patologias associadas a estilos de vida mais sedentários, bem como para a problemática das dependências e comportamentos aditivos e do uso responsável do medicamento.

“Esta edição do Projeto Geração Saudável permitiu, mais uma vez, consciencializar mais de 16 mil jovens e crianças para a importância de um estilo de vida saudável e ativo. É muito importante alertar todos envolvidos neste projeto, sejam alunos, professores ou famílias, de que, por exemplo, a diabetes é uma patologia cuja incidência tem aumentado junto da população mais jovem. Aliás, estima-se que a prevalência da diabetes no território nacional seja de 13,3%, sendo que cerca de 44% da população portuguesa ainda não estará diagnosticada”, refere Luís Lourenço, Presidente da Direção da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos.

Ao longo do último ano letivo, o projeto Geração Saudável realizou mais de 600 sessões de formação sobre a Diabetes, o Uso Responsável do Medicamento, e aos Dependências e os Comportamentos Aditivos.

Esta iniciativa pretende consciencializar para o facto de a diabetes estar associada a outras patologias como, por exemplo, patologias renais e cardiovasculares, que são significativamente responsáveis pelos casos de morbilidade e mortalidade na sociedade europeia. Através do diagnóstico precoce, acompanhamento dos doentes e acesso aos tratamentos adaptados às necessidades de cada doente é possível reduzir o risco de complicações e melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes.

“O papel do farmacêutico na sociedade também foi um tema abordado nestas sessões, pois é necessário olhar para estes profissionais de saúde como intervenientes ativos na saúde pública, próximos das comunidades, e alguém a quem se pode recorrer. Em suma, este foi um ano muito positivo para o projeto, pois conseguimos ter mais 83 novos formadores e aumentámos tanto o número de escolas interessadas em receber as nossas palestras, como o número de alunos que realizaram as nossas formações”, conclui Luís Lourenço.

Investimento
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) estima canalizar 3,1 milhões de euros (M€) para equipamentos médico...

Em termos de recursos humanos, a unidade hospitalar contratou 219 profissionais de saúde durante 2018 (26 médicos, 110 enfermeiros, 17 técnicos superiores de diagnóstico e 66 assistentes técnicos, assistentes operacionais e técnicos superiores) e 47 no primeiro semestre de 2019 (seis médicos, 22 enfermeiros, três técnicos superiores de diagnóstico e 20 assistentes técnicos, assistentes operacionais ou técnicos superiores), explica.

“Foram também atribuídas 37 vagas ao CHVNGE, no âmbito do Processo Simplificado de Seleção de Médicos Especialistas (Despacho n.º4947-E/2019)”, acrescenta o centro hospitalar.

Quanto à questão das obras, a unidade de saúde esclarece estarem a decorrer na Unidade 1 (Hospital Eduardo Santos Silva), devendo o internamento do serviço de urologia ser transferido para as novas instalações em 22 de agosto.

Além disso, prevê-se a transferência do serviço de urgência para o novo edifício hospitalar e a instalação total do serviço de imagiologia nesta área no início do próximo ano, concluindo assim a Fase B do projeto. Em simultâneo, decorrem obras de ampliação e melhoria do serviço de patologia clínica.

Neste momento está ainda a decorrer a análise funcional da Fase C da empreitada, o que permitirá avançar com o procedimento de concurso público, sustenta.

A Fase C prevê a transferência de todos os serviços associados à Unidade 2, localizada no centro de Gaia (Unidade da Mulher e Criança), assim como um novo internamento do serviço de ortopedia e neurocirurgia.

No âmbito do Plano de Reabilitação Integrado do CHVNGE, as intervenções necessárias não se esgotam com a Fase C, tendo já sido lançados os concursos públicos para oftalmologia (requalificação da consulta externa) e otorrinolaringologia (requalificação e reorganização do espaço), conclui o responsável.

Contratação
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abriu um procedimento concursal com vista à contratação de 25 enfermeiros, em...

Após contratação, o Instituto passa a contar 198 Enfermeiros no seu mapa de pessoal.

Os 25 enfermeiros vão constituir um reforço fundamental na prestação de cuidados de saúde a doentes urgentes e emergentes na área de atuação dos meios de suporte imediato de vida (SIV) das Delegações Regionais Norte e Sul do INEM, em que serão integrados.

As ambulâncias SIV têm por missão garantir cuidados de saúde diferenciados, tais como manobras de reanimação, até à chegada de uma equipa com capacidade de prestação de suporte avançado de vida. Estão equipadas com uma carga semelhante às ambulâncias de emergência médica, acrescidas de um monitor-desfibrilhador e diversos fármacos. O equipamento das SIV permite ainda a transmissão de eletrocardiograma e sinais vitais.

A tripulação destas ambulâncias do INEM é composta por um enfermeiro e um Técnico de Emergência Pré-hospitalar.

Dez dos novos enfermeiros a contratar vão desempenhar funções na área geográfica abrangida pela Delegação Regional do Norte do INEM. Os restantes 15 vão ficar afetos à área geográfica da Delegação Regional do Sul (Lisboa, Alentejo e Algarve).

Os candidatos devem, entre outras condições, ser detentores de vínculo de emprego público por tempo indeterminado, título profissional de enfermeiro e cédula profissional atualizada emitida pela Ordem dos Enfermeiros.

 

Calor
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro divulga que, tendo em atenção o aumento das temperaturas verificado no dia de...

O Plano de Contingência Saúde Sazonal, Módulo Verão – Região Centro apresenta as orientações estratégicas e referenciais que permitem comunicar o risco e a gestão desse risco à população e aos parceiros do setor da saúde, bem como capacitar os cidadãos para a sua proteção indivdual e a adequação dos serviços de saúde para uma resposta pronta e eficaz ao aumento da procura ou a uma procura diferente da esperada.

O objetivo principal deste Plano, que vigora entre 1 de maio e 30 de setembro, consiste em prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor extremo na saúde da população em geral e dos grupos de risco em particular (idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e pessoas que trabalham ao ar livre, por exemplo).

 Ao mesmo tempo, pretende-se minimizar outros fenómenos com impacto na saúde cuja frequência pode aumentar no verão, como os incêndios, afogamentos, acidentes ou toxinfecções alimentares coletivas.

 

IPMA
Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e Açores apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação...

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13 horas em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

A radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde, se o nível exceder os limites de segurança. O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o «baixo» e o «extremo», sendo o máximo o 11. Assim:

Quando o índice é considerado «alto», entre 6 e 7, é aconselhável utilizar óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt e protetor solar;

Em regiões com índice de radiação «muito alto», entre 8 e 10, recomenda-se a utilização de óculos de sol com proteção UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol;

Quando o índice é igual ou superior a 11, as recomendações vão no sentido de evitar o mais possível a exposição ao sol e aproveitar para descansar em casa.

 

 

Campanha de sensibilização
O retinoblastoma é um tipo de tumor raro que atinge a retina. Cerca de 90% dos casos ocorrem em crianças abaixo dos 5 anos de...

No âmbito desta campanha, intitulada «Pare e olhe nos olhos», vão ser distribuídos panfletos por todos os centros de saúde e serviços de pediatria a nível nacional, que alertam para a necessidade de um diagnóstico precoce do retinoblastoma, um tumor que é exclusivamente tratado no Centro de Referência Nacional de Onco-Oftalmologia, no CHUC, que funciona desde 2015.

"As crianças aparecem tardiamente e este é um tumor que quanto mais precoce" maiores são as probabilidades de sobrevivência do olho e da não utilização de tratamentos mais evasivos, explicou o Diretor do Centro de Referência Nacional de Onco-Oftalmologia, Joaquim Murta

O responsável pela área da oftalmologia no Centro de Referência, Guilherme Castela, referiu que, em quatro anos de funcionamento, foram tratados 36 crianças com este tumor, 23 das quais portuguesas.

"80% chegam em fase tardia e tivemos que retirar, em 11 doentes, o olho, porque já chegaram mais tarde", disse, salientando que, num diagnóstico precoce, para além de se salvar o olho, é também possível manter a visão.

Diagnóstico precoce pode ter influência decisiva na vida das crianças

Este tumor, que pode matar, pode ser facilmente diagnosticado. Um dos sintomas é a existência de um reflexo branco na pupila, notado em ambientes de pouca luz ou numa fotografia tirada com flash e sem a câmara estar configurada com a remoção automática do olho vermelho.

De acordo com Sónia Silva, oncologista pediátrica do CHUC, Direção-Geral da Saúde deixou já promessa de incluir orientações em torno deste tumor no boletim de saúde infantil e juvenil.

Para o presidente do CHUC, Fernando Regateiro, "é fundamental sensibilizar a população para detetar situações em que, havendo uma atuação precoce, poderão ser tratadas com melhores resultados".

A campanha tem como público-alvo fundamentalmente os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos de medicina geral e familiar e os pediatras, e conta com o apoio da Direção-Geral da Saúde, Comissão do Plano Nacional para as Doenças Oncológicas, Colégio da Especialidade de Oftalmologia da Ordem dos Médicos e da Acreditar (Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro).

Obesidade caiu 3,3%
A Ordem dos Nutricionistas congratula-se com os dados anunciados hoje do COSI Portugal 2019, que revelam que a prevalência de...

Para a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, esta redução é marcante e revela um esforço conjunto do país na melhoria do estado nutricional das crianças. Portugal atingiu, assim, a meta da Organização Mundial da Saúde, com vista a limitar o crescimento da prevalência de excesso de peso e obesidade na população infantil.
 
“Estamos no bom caminho, mas é necessário dar continuidade às medidas de saúde pública que Portugal tem vindo a implementar, bem como às que prevê adotar. É precisamente nestas faixas etárias que devem ser direcionados os maiores esforços, sendo a escola o local privilegiado onde as crianças e adolescentes podem adquirir conhecimentos e competências para a adoção de comportamentos alimentares mais saudáveis”, reforça Alexandra Bento.
 
Recorde-se que, em fevereiro de 2018, a Ordem dos Nutricionistas apresentou uma proposta à Secretária de Estado Adjunta e da Educação, alertando para a necessidade de integrar nutricionistas nas escolas em todo o país. Estes profissionais seriam responsáveis pela garantia do controlo da qualidade e quantidade das refeições escolares, nomeadamente ao nível da oferta alimentar e da higiene e segurança alimentar, assegurando simultaneamente a adequação alimentar e nutricional da oferta e a respetiva monitorização e fiscalização. Até ao momento a Ordem dos Nutricionistas ainda não recebeu qualquer resposta sobre esta proposta.
 
De acordo com o COSI Portugal 2019, o sistema de vigilância nutricional das crianças em idade escolar (dos seis aos oito anos), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, em articulação com a Direção-Geral da Saúde, a prevalência de excesso de peso e de obesidade infantil na última década tem diminuído em Portugal. Entre 2008 e 2019, a prevalência de excesso peso infantil caiu de 37,9% para 29,6% e a de obesidade nas crianças baixou de 15,3% para 12,0%.
 

Iniciativa APCL
A Bolsa de Investigação em Neoplasias de Células B Maduras acaba de ser atribuída a um projeto que pretende estudar a relação...

Esta é uma iniciativa da Associação Portuguesa contra a Leucemia (APCL) em parceria com a Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH) e com o apoio da biofarmacêutica Gilead. A bolsa de 15.000€ é atribuída a um projeto de investigação com a duração de um ano.

Encontrar novos fatores prognósticos e a carência de uma terapêutica orientada para as necessidades dos doentes com Linfoma Linfoplasmocítico/Macroglobulinémia de Waldenström foram as principais necessidades detetadas pelos investigadores que, durante o próximo ano, se vão dedicar ao estudo da relação entre as transformações genéticas e celulares na célula maligna assim como alterações no sistema imunológico envolvente, particularmente o compartimento de células B, em doentes com Linfoma Linfoplasmocítico/Macroglobulinemia de Waldenström.

Sara Duarte, médica interna de Hematologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e coordenadora do projeto vencedor explica que “apesar dos avanços, nos últimos anos, no conhecimento das alterações genéticas subjacentes ao desenvolvimento do Linfoma Linfoplasmocítico/Macroglobulinémia de Waldenström, não existe ainda uma terapêutica orientada para estes doentes, que acabam por ser tratados com recurso a terapêuticas conceptualizadas para linfomas mais agressivos e para o Mieloma Múltiplo. Com os nossos estudos pretendemos contribuir com uma melhor caracterização não só molecular, mas também celular da doença assim como das alterações no microambiente com o objetivo último de identificar potenciais alvos terapêuticos”.

“É com muito orgulho que atribuímos esta bolsa de investigação a um projeto que pode ser uma mais-valia na cura de doentes com este tipo de Linfoma Não Hodgkin. É muito importante encontrar tratamentos que permitam ajudar cada vez mais pessoas e aumentar a esperança média de vida dos doentes com linfoma”, afirma Manuel Abecasis, presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia.

Vítor Papão, Diretor Geral da Gilead Sciences refere que “este é um projeto com potencial para trazer novidades para a área das doenças hemato-oncológicas e poder fazer a diferença na vida dos doentes. É muito recompensador para nós podermos associar-nos à atribuição desta Bolsa em conjunto com a APCL e a Sociedade Portuguesa de Hematologia”.

“É com satisfação que vemos ser atribuída esta bolsa a um projeto focado num linfoma menos conhecido e investigado, no qual as opções terapêuticas são ainda pouco satisfatórias”, comenta Aida Botelho de Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Hematologia.

O Linfoma Linfoplasmocítico/Macroglobulinémia de Waldenström é um linfoma não Hodgkin, que embora represente apenas 1-2% dos linfomas, está associado a elevada morbilidade quando sintomático. O Linfoma Linfoplasmocítico define-se por envolvimento da medula óssea e está frequentemente associado à produção aberrante de uma proteína, quase sempre a imunoglobulina-M, designando-se nestes casos, de Macroglobulinémia de Waldenström. A acumulação de imunoglobulina-M no organismo pode levar ao desenvolvimento de sintomas típicos da macroglobulinémia de Waldenström, incluindo hemorragias, alterações da visão e problemas associados ao sistema nervoso.

Risco cardiovascular
A aterosclerose é uma doença vascular crónica e progressiva que se manifesta, habitualmente, em idad

A aterosclerose é uma doença inflamatória crónica, multifatorial, de evolução lenta e progressiva, que está na origem das doenças arteriais mais frequentes, como a hipertensão, doença coronária ou doença arterial dos membros inferiores.

De acordo com Mónica Rebelo, Coordenadora da Unidade de Cardiologia Pediátrica no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, esta é uma doença das grandes artérias que se caracteriza “pela presença de lesões com aspeto de placas (ateromas) que vão estreitando o lúmen dos vasos” e que conduzem a uma redução ou bloqueio do fluxo sanguíneo. Estas lesões “resultam de agressões várias na parede dos vasos” dando origem a um processo inflamatório que torna as veias mais espessas e menos elásticas.

É, habitualmente, uma doença silenciosa, ou seja, que não qualquer sintoma até que “a quantidade de sangue que chega aos tecidos/órgãos se torna reduzida”.

Entre os principais fatores de risco estão os níveis elevados de colesterol no sangue, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo e história familiar de doença coronária numa idade precoce.

Embora a doença ocorra em idades mais avançadas, há evidências de que os fatores de risco presentes na infância – como a obesidade e o sedentarismo – são indicativos de futuro risco cardiovascular, pelo que a prevenção deve iniciar-se desde cedo.

A verdade é que, nas últimas décadas ocorreram mudanças consideráveis nos hábitos alimentares e comportamentais, em todo o mundo, com ingestão alimentar inadequada e pouca ou nenhuma atividade física. As crianças veem mais televisão, usam muito o computador, brincam menos e ingerem mais alimentos calóricos, potenciando uma maior prevalência de hipertensão, obesidade e diabetes.

“A doença é mais prevalente em doentes com excesso de peso ou obesidade e diabetes”, reforça a especialista acrescentando que também história familiar não deve ser descurada. “Os filhos de doentes com aterosclerose têm maior risco de eventos cardiovasculares, devendo ser vigiados desde cedo em consultas de risco cardiovascular”, revela apontando para o facto de que a atenção para a aterosclerose em idades pediátricas é cada vez maior. “Os pediatras e médicos de família estão mais alerta e, cada vez mais, há referência dos doentes de risco para consultas específicas, de risco cardiovascular”, afirma.

Segundo a especialista, a medição da tensão arterial deve ser realizada de forma regular a partir dos três anos, nas consultas anuais de rotina.

“O colesterol só deve ser avaliado, na infância, em doentes de risco, ou seja, com história familiar de dislipidémia ou com outros fatores de risco como a obesidade, hipertensão arterial, diabetes, doença renal crónica, cardiopatia…”, acrescenta.

Não existindo cura para a aterosclerose, o tratamento apenas reduz a velocidade da progressão da doença e “passa sobretudo pela redução dos fatores de risco”.

Prevenção é a melhor arma contra a doença

A prevenção deve iniciar-se na infância com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis, com a ingestão de alimentos saudáveis e com prática de exercício físico.

Sabe-se que uma criança que adquire um estilo de vida saudável desde cedo tende a mantê-lo em idade adulta, por isso o envolvimento familiar é de extrema importância. Tome nota das principais recomendações:

  • Adote uma dieta com baixo teor de gorduras e colesterol
  • Reduza a ingestão de sal
  • Previna e controle a obesidade
  • Incentive a prática de exercício físico
  • Desencoraje o uso do tabaco
  • Controle a tensão arterial nas consultas de rotina, a partir dos três anos de idade
  • Eduque e oriente a criança para a prevenção dos fatores de risco
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Conta Satélite da Saúde
O Instituto Nacional de Estatística divulgou a Conta Satélite da Saúde relativa ao ano de 2018. Os dados preliminares revelam...

As estimativas do INE apontam para um aumento da despesa corrente em saúde superior em 1,5% à variação nominal do PIB.

A segmentação entre a despesa corrente pública e privada releva também um crescimento em ambos os setores, de 5,3% e 4,6%, respetivamente. No primeiro caso, incluem-se os encargos suportados pelos agentes financiadores públicos, como o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Serviço Regional de Saúde (SRS) dos Açores e da Madeira, os subsistemas de saúde públicos e outras entidades da administração pública, como os fundos da Segurança Social.

A despesa corrente privada integra, por sua vez, os encargos da famílias e agentes financiadores privados, onde se incluem, por exemplo, as sociedades gestoras de seguros e outras e as instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.

Os dados de 2017 indicam que a despesa corrente pública aumentou em todos os agentes financiadores – 3,5% no SNS e SRS e 3,7% nas outras unidades da administração pública (+3,7%). Entre os agentes privados, foram as sociedades de seguros (13,7%) e as famílias (2,6%) que mais contribuíram para o aumento da despesa corrente.

A despesa dos hospitais (5,5%) e prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório (4,4%) cresceu a um ritmo superior aos congéneres públicos (4,1%), onde se verificaram também aumentos do consumo de produtos farmacêuticos, material de consumo clínico e com custos com pessoal.

As farmácias foram os únicos prestadores privados que registaram uma diminuição do seu peso relativo na despesa corrente, com menos 0,4% face a 2016.

Em 2017, o SNS e o SRS viram também a sua despesa aumentar 3,5% em 2017, devido ao reforço do financiamento nos hospitais privados (4,8%), nos prestadores públicos de cuidados de saúde em ambulatório (4,8%), nos hospitais públicos (4,4), nos prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório (3,4%) e nas farmácias (2,0%).

Ainda assim, refere o INE, a despesa do SNS e SRS em farmácias tem vindo a perder importância relativa desde 2009, fixando-se em 12,9% em 2017.

As famílias registaram também um ligeiro abrandamento da despesa – menos 4,7% face a 2016 –, explicado pelo decréscimo da despesa em hospitais públicos (5,6%), em farmácias (0,9%) e em prestadores públicos de cuidados de saúde em ambulatório (0,4%).

Pelo contrário, a despesa das famílias em hospitais privados aumentou 6,1% e 3,9% em prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório. Em 2018, estima-se que o financiamento das famílias tenha crescido 4,4%.

Os dados da Conta Satélite da Saúde divulgados pelo INE para o período de 2016-2018 são finais para o ano de 2016, provisórios para 2017 e preliminares para 2018.

Ensaio Clínico
Um estudo divulgado recentemente revelou que as células estaminais mesenquimais (MSC, Mesenchymal Stem Cells) preparadas em...

Neste ensaio clínico foram avaliados 23 doentes que receberam injeções locais com MSC do tecido adiposo e 24 doentes tratados com infiltrações de ácido hialurónico. Após comparação dos dois grupos, os autores verificaram que, um ano após o tratamento, os doentes tratados com MSC apresentaram um aumento significativo do volume da cartilagem danificada, contrariamente aos do outro grupo. A redução da dor e a melhoria da qualidade de vida foram outros aspetos positivos reportados por estes doentes.

O mesmo foi verificado noutro ensaio clínico, em que 12 doentes com osteoartrite do joelho, após a administração local de MSC de tecido adiposo autólogo, isto é, do próprio, apresentaram uma diminuição de 59% na escala da dor, de 54% na escala de rigidez e de 54% na escala relativa à limitação física, medidas através de um índice para avaliação do doente com osteoartrite (WOMAC).

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “Ambos os ensaios clínicos reportaram um excelente perfil de segurança relativo ao uso de células do tecido adiposo, tendo os tratamentos sido bem tolerados. Estes resultados vêm indicar que o tratamento com MSC do tecido adiposo autólogo é seguro e eficaz no tratamento desta doença, potencialmente devido às propriedades anti-inflamatórias e regenerativas destas células.”

A investigadora acrescenta ainda que “a realização de ensaios clínicos com maior número de doentes e tempo de acompanhamento mais longo é fulcral para que, futuramente, este tipo de terapia inovadora possa vir a estar disponível para o grande público.”

A osteoartrite caracteriza-se pela degeneração da cartilagem, associada a um processo inflamatório, originando sintomas como dor, inchaço e rigidez. Os tratamentos atualmente existentes para melhorar a sintomatologia e atrasar a progressão da doença incluem fármacos anti-inflamatórios e injeções de ácido hialurónico. Estima-se que, em todo o mundo, cerca de 10% dos homens e 18% das mulheres com idade superior a 60 anos sofram de osteoartrite.

Opinião
Um dos encontros internacionais mais importantes de oncologia do mundo, o congresso da Associação Am

Uma doença problemática para a qual estão a surgir tratamentos cada vez mais eficazes e cuja solução vai passar (cada vez parece mais clara) pela oncologia de precisão e pelo uso da análise genómica para o diagnóstico e monitorização.

Entre as publicações que foram apresentadas em Chicago, podemos destacar o estudo Safirtor, do grupo francês Unicancer, desenvolvido para validar a utilidade clínica dos inibidores de mTORC1, através da análise da expressão da proteína p4EBP1, que está relacionada com um maior grau de malignidade em tumores de mama e de ovário. O estudo forneceu dados interessantes sobre a ativação deste biomarcador numa amostra metastática para prever o resultado em doentes (com ER +, HER2 negativo e MBC resistente a IA) tratados com uma combinação de everolimus e exemestane.

Esta técnica tem sido usada há algum tempo na Europa, embora agora tenha mais evidências clínicas. Por exemplo, a OncoDNA vem a realizar testes deste tipo desde 2016, usando técnicas de sequenciamento de última geração (NGS) e de imuno-histoquímica (IHQ). Os seus resultados forneceram informações extra para os oncologistas que os solicitaram, e isso ajudou-os a tomar melhores decisões sobre o tratamento que deveriam prescrever aos seus doentes com cancro de mama metastático.

Esta iniciativa envolve 60 hospitais de 12 países europeus, e entre eles estão alguns centros espanhóis, como o Instituto de Oncologia Vall d'Hebrón (Barcelona). O trabalho conjunto de todos eles já deu os seus primeiros frutos: dos primeiros 381 doentes, de um total planeado de 1.000, foram identificadas alterações moleculares presentes em excesso nas metástases, que podem estar correlacionadas com a disseminação do cancto e o aumento da resistência em tratamentos standard.

A equipa de investigação liderada pelo Dr. Philippe Aftimos, investigador principal e líder no desenvolvimento de ensaios clínicos no Instituto Jules Bordet, em Bruxelas (Bélgica), também estima que em quase 50% dos casos as alterações genómicas identificadas fornecem aos oncologistas informações adicionais úteis para os doentes. Como, por exemplo, que os seus casos sejam levados em conta ao selecionarem doentes para ensaios clínicos.

Todos eles são ótimos exemplos dos avanços que estão a acontecer na luta contra o cancro de mama metastático. São estes passos constantes, sempre para a frente, que servirão para controlar e estabilizar esta doença oncológica a médio prazo.

Dr. Jesús García-Foncillas - membro do Comité Científico da OncoDNA, e diretor do Instituto Oncológico do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz

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Iniciativa gratuita
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai promover o primeiro encontro nacional de sobreviventes de...

“Ao apresentar histórias de vida de pessoas que sobreviveram ao enfarte, acreditamos estar a contribuir para o reconhecimento da importância da atuação face aos sintomas desta doença e a reforçar o papel decisivo da mudança de estilos de vida”, explica João Brum da Silveira, presidente da APIC.

Além da partilha de testemunhos de sobreviventes, a iniciativa vai contar também com palestras sobre o enfarte agudo do miocárdio, como continuar a viver após a doença, e a alimentação como fator decisivo na prevenção da doença coronária, ministradas por médicos, enfermeiros, fisiatras e nutricionistas.

O enfarte agudo do miocárdio surge quando uma das artérias do coração fica obstruída, fazendo com que parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e de nutrientes. Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não os ignore. Ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas.

A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição para o email [email protected].

Para prevenir o enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar, reduzir o colesterol, controlar a tensão arterial e a diabetes, fazer uma alimentação saudável, praticar exercício físico, vigiar o peso e evitar o stress. Para mais informações sobre o enfarte consulte www.cadasegundoconta.pt.

 

Estudo
Mulheres, idosas e com mais tempo de internamento hospitalar são os doentes com pior prognóstico entre os que sofrem algum tipo...

Partindo de uma base de dados com cerca de 700 doentes com trauma, com idades compreendidas entre os 13 e os 100 anos, os autores deste trabalho analisaram as características de 262 sobreviventes seis meses após o trauma, com o objetivo de determinar a influência do sexo, da idade, do tipo de trauma e da duração do internamento na incapacidade, na cognição (atenção, memória e componente verbal) e na qualidade de vida (mobilidade, autocuidado, atividades habituais, dor/desconforto ansiedade/depressão).

Após esta análise, os investigadores descobriram que cerca de metade dos sobreviventes ficam com uma incapacidade marcada, com problemas cognitivos moderados a graves e com uma baixa qualidade de vida. As mulheres mais velhas e com mais tempo de internamento numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e no hospital são as que apresentam um pior prognóstico.

Neste trabalho, a equipa de investigadores do CINTESIS, em colaboração com dois investigadores do Centro Hospitalar Universitário do Porto e da Universidade de Linköping, na Suécia, desenvolveu ainda o “score” GHOST, (Global Health Outcome Score after Trauma), o primeiro capaz de identificar os sobreviventes de trauma que terão previsivelmente pior diagnóstico, independentemente do trauma sofrido.

A aplicação deste novo “score” pode permitir aos profissionais de saúde um melhor conhecimento das necessidades destes doentes e um planeamento da reabilitação mais adequada após o internamento em Cuidados Intensivos e à alta hospitalar.

 

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