Cientistas americanos revelam:
Tal como o stress, também a solidão enfraquece o sistema imunitário, deixando o corpo mais vulnerável a infecções, revela um...
Na investigação, cujas conclusões foram apresentadas na reunião anual da Sociedade para a Personalidade e a Psicologia Social, em Nova Orleães, os cientistas descobriram que as pessoas que se sentem sós revelam sinais de elevada reactivação do vírus latente do herpes e produzem mais proteínas associadas a inflamação do que as pessoas socialmente mais activas, noticia a LUSA.
 
Estas proteínas são um sinal da presença de inflamação e a inflamação crónica está ligada a numerosas doenças, como a doença cardíaca coronária, a diabetes tipo 2, a artrite ou o Alzheimer.
 
A reactivação de um vírus latente do herpes está associada ao stress, o que sugere que a solidão funciona como um factor de stress crónico que produz uma resposta imune deficitária.
 
"Fica claro, de investigações anteriores, que más relações estão ligadas a um número de problemas de saúde, incluindo mortalidade precoce e outras doenças graves. As pessoas que se sentem sozinhas sentem-se claramente como se estivessem em relações de má qualidade", disse a investigadora que liderou o estudo, Lisa Jaremka, do Instituto para a Investigação em Medicina Comportamental da universidade do Ohio.
 
Para a cientista, esta investigação é importante porque permite perceber "como a solidão e as relações afectam largamente a saúde".
 
"Quanto mais percebermos o processo, mais potencial existe para contrariar os efeitos negativos – para intervir. Se não percebermos os processos fisiológicos, o que vamos fazer para mudá-los?", questionou.
 
Os resultados baseiam-se numa série de estudos em duas populações distintas: um grupo de adultos saudáveis de meia-idade com excesso de peso e outro de sobreviventes de cancro da mama.
Estudo divulga:
A Universidade de McGill e o Instituto Universitário Douglas de Saúde Mental afirmam que a hiperactividade infantil e o...

A Universidade e o Instituto avançam que variação de um gene específico se relaciona com o aparecimento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH) em crianças e a maior propensão para o consumo de cigarro em pessoas adulta, escreve o Diário de Notícias.

O estudo canadiano examinou 454 crianças dos 6 aos 12 anos com quadro de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperactividade, bem como os seus familiares directos, de modo a perceber se haveria alguma relação hereditária.

Através de amostras de sangue, os investigadores combinaram cinco sequências de ADN de diferentes genes associados ao hábito de fumar, sendo que uma das variações foi mais facilmente encontrada em crianças com TDAH.

"Esta evidência indica que apenas um alelo pode conseguir exteriorizar comportamentos e déficits cognitivos específicos que se começam a manifestar na infância e que representam uma continuidade para o consumo de tabaco na vida adulta", considera Marta Andrade, terapeuta de Cessação Tabágica da Facilitas Healthcare.

29 Setembro: Dia Mundial do Coração
Apesar dos enormes progressos diagnósticos e terapêuticos que têm ocorrido nas últimas décadas, as d

A prevenção das doenças cardiovasculares deve assentar num estilo de vida que inclua uma alimentação saudável, actividade física regular e uma vida sem tabaco, o que por si só pode evitar a grande maioria de eventos cardiovasculares, como o enfarte do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).

Em Portugal, de um total de 110.000 mortes anuais, ocorrem cerca de 40.000 óbitos por doenças cardiovasculares, dos quais 26.000 por acidente vascular cerebral e 10.000 por enfarte do miocárdio.

As doenças cardiovasculares só na mulher são responsáveis por mais de 22.000 óbitos por ano, devidos essencialmente ao acidente vascular cerebral e à cardiopatia isquémica. Na realidade, morrem mais 4000 mulheres que homens por ano, em Portugal, por doenças cardiovasculares, constituindo estas, ao contrário do que se pensa, a principal causa de morte das mulheres portuguesas. A título de exemplo, saliente-se que morrem, todos os anos, nove vezes mais mulheres por doenças cardiovasculares que por cancro da mama.

Por isso, existe necessidade de sensibilizar a mulher para a importância das doenças cardiovasculares, notadamente para a relação que existe entre os factores de risco, como o tabagismo, a hipertensão, o colesterol elevado, a diabetes e a patologia cardiovascular, bem como para a importância vital de um estilo de vida saudável e protector.

Nos últimos anos tem-se desenvolvido uma nova ameaça para a população portuguesa, em particular para os jovens, em resultado do abandono progressivo da nossa tradicional dieta mediterrânica, que está a ser substituída pela denominada “fast food”, alimentação rica em calorias, gorduras saturadas, sal e açúcares, e em contrapartida, pobre em fibra vegetal e micronutrientes essenciais.

O que está a acontecer, hoje em dia, é que a dieta mediterrânica é celebrada e consumida cada vez com maior entusiasmo nos países do Norte da Europa e nos Estados Unidos, enquanto entrou em declínio nos países do Mediterrâneo, o que não podemos deixar de lamentar vivamente. Daí os apelos da Fundação Portuguesa de Cardiologia para que a alimentação mediterrânica seja novamente adoptada em Portugal, não só como um acto de respeito pela nosso património cultural, mas também por ser uma opção inteligente e saudável.

Por outro lado, estudos recentes mostram que as crianças portuguesas são as segundas da Europa com mais excesso de peso e obesidade, o que leva a prever futuros problemas de saúde. Este drama da obesidade infantil é também explicado por outros estudos que mostram que a população portuguesa é a mais sedentária da Europa.

Esta epidemia de obesidade infantil, em desenvolvimento, arrisca desencadear uma constelação de factores de risco como a hipertensão arterial, o colesterol elevado e diabetes, que irão provocar complicações cardiovasculares, responsáveis por uma potencial futura redução de esperança de vida das novas gerações.

Não podemos continuar a ser os campeões da Europa, nomeadamente em inactividade física, hipertensão arterial, obesidade infantil e acidentes vasculares cerebrais. Os portugueses merecem o benefício do melhor que a ciência médica tem para oferecer neste novo século.

Fundação Portuguesa de Cardiologia, 29 de Setembro de 2012

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde de A-Z não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

Páginas