Investigação espanhola
Investigadores afirmam ter descoberto o papel de um dos genes envolvidos na esquizofrenia.

Uma investigação do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) espanhol descobriu o papel de um dos genes envolvidos na esquizofrenia, uma desordem neurológica caracterizada por distúrbios na percepção da realidade e uma profunda deterioração cognitiva, noticia o Destak.

Trata-se do gene Erbb4, cuja missão no cérebro é descrita num artigo publicado na revista Neuron, informou o CSIC.

O Erbb4 codifica um receptor da família das proteínas de tirosina quinase e expressa-se de modo muito específico numa população concreta de neurónios inibitórios.

Opinião da maioria dos peritos em dor
A dor é um fenómeno complexo que independentemente da causa pode e deve ser tratada.
Tratar a dor

As pessoas respondem de forma diferente à dor. Por exemplo, uma mulher em trabalho de parto consegue suportar melhor a dor, enquanto uma pessoa com lombalgias pode desesperar se a dor não aliviar e há doentes que aprender a gerir e a suportar melhor a dor. Há a considerar ainda que há doentes muito queixosos e outros pouco, uns pretendem alívio rápido e outros são mais tolerantes.

A dor é um fenómeno complexo e com variantes multidimensionais (biofisiológicas, bioquímicas, psicossociais, comportamentais e morais), sendo que são inúmeras as causas que podem influenciar a existência e a intensidade da dor no decurso do tempo, a primeira das quais é a que se identifica como presumível resultado duma agressão ou lesão.

Trata-se de um sintoma que acompanha, de forma transversal, a generalidade das situações patológicas que requerem cuidados de saúde e independentemente da causa, a dor pode e deve ser tratada.

Tendo sido verificado que a maioria dos casos de dor estão mal controlados qualquer que seja o país e conhecendo-se as implicações da dor, a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2007 publicou os resultados de um estudo no sentido de se avaliar da necessidade da criação de guidelines (recomendações) que orientem os profissionais nas suas intervenções efectivas para o controlo da dor.

Resumem-se as principais conclusões deste estudo:

1. Todos os respondentes concordaram que a OMS deve ter um papel activo na criação e revisão de guidelines para o controlo da dor;

2. As guidelines da OMS para a dor do cancro em adultos e crianças são largamente utilizadas. Estas guidelines chamam à atenção para o uso de opióides e têm promovido mudanças de abordagem terapêutica. Considera-se importante a sua actualização para a inclusão dos novos opióides e outros analgésicos, adjuvantes da terapêutica da dor, diferentes abordagens e novas modalidades terapêuticas não farmacológicas;

3. Tal como na dor oncológica também os outros tipos de dor devem ser tratados efectivamente sendo necessário mudar a opinião da sociedade, dos profissionais, dos políticos e a regulamentação da abordagem da dor. As novas guidelines devem dirigir-se a outros tipos de dor e a todos os profissionais (clínicos gerais, enfermeiros, farmacêuticos), políticos, agências reguladoras e administrativas, para legitimar o uso de opióides e melhorar a prática clínica. Salienta ainda, a necessidade de chamar à atenção entre o uso adequado de opióides e a prevenção do seu abuso garantindo o acesso adequado;

4. As guidelines da OMS são essenciais para ajudar os governos e o desenvolvimento do uso de opióides e não opióides assim como da terapêutica adjuvante. São necessários mais esforços da OMS e do International Narcotics Control Board (INCB) para garantir a disponibilidade legal de analgésicos opióides em todo o Mundo;

5. As guidelines da OMS devem ser baseadas nos seguintes princípios:

a. Todos os tipos de dor: nociceptiva, neuropática, psicogénica, considerando todas as dimensões (física, psicológica, emocional e espiritual);

b. Grupos etários: orientando a abordagem para recém-nascidos/crianças, adultos e idosos, dadas as suas diferenças quanto ao tipo de dor, avaliação, efectividade e escolha do fármaco ou abordagem não farmacológica;

c. Categorias da dor: as guidelines devem abranger a dor aguda, crónica maligna e crónica não maligna, incluindo ainda situações clínicas específicas e de recursos limitados;

d. Número de guidelines: pelo menos em número de três para o adulto considerando aspectos específicos para as crianças;

e. Guidelines para doentes com cancro e HIV: devem ser específicas para estes doentes e também abranger outras situações de risco de vida, integradas numa abordagem holística e em articulação com os especialistas;

f. Processo operacional: deve ter em atenção a disponibilidade e os custos;

g. Uso de guidelines existentes: havendo guidelines criadas por organizações de referência em cada país, elas podem ser utilizadas;

h. Documento único: os respondentes ao questionário que deu origem a estas orientações consideram que as guidelines da OMS devem estar num único documento que envolva todos os tipos de dor, grupos etários, abordagens e tipos de doentes;

6. As guidelines da OMS devem ser actualizadas regularmente, devem ser flexíveis e expansíveis para a inclusão de novas abordagens terapêuticas e de acordo com os diferentes níveis de cuidados de saúde, encorajando o uso de terapêutica de custo reduzido;

7. Devem envolver todos os profissionais de saúde para que sejam consideradas propriedade de todos. O papel do farmacêutico e do enfermeiro é crucial e devem ser considerados nas guidelines da OMS. Todos os profissionais devem ser educados quanto às boas práticas de controlo da dor;

8. Devem abordar as barreiras para a aplicação das guidelines e a forma de as ultrapassar;

9. Abordar ainda os cuidados a seguir no armazenamento dos medicamentos para garantir a sua estabilidade e a distribuição legal e segura de substâncias sujeitas a controlo;

10. Devem ainda incluir estratégias de aplicação das guidelines e para a aderência dos profissionais.

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Saiba converter
A temperatura é uma grandeza que diz respeito ao "estado de aquecimento" de um sistema.
Celsius e Fahrenheit

A escala de temperatura usada quotidianamente é, por isso, uma escala relativa: são convencionados dois pontos fixos, a temperatura de fusão do gelo e a temperatura de ebulição da água à pressão normal (1 atm). Na escala Celsius atribui-se o valor de 0ºC à primeira e 100ºC à segunda. A escala é centesimal, admitindo-se que entre 0ºC e 100ºC há 100 intervalos, cada um deles correspondendo a 1ºC.

Contudo, em alguns países é usada uma outra escala, a escala Fahrenheit. Nesta escala, à temperatura de fusão do gelo é dado o valor arbitrário de 32ºF e à temperatura de ebulição da água é atribuído o valor de 212ºF. Entre estes dois valores há 180 intervalos, cada um deles equivalente a 1ºF.

Repare-se que, por conseguinte, 1ºF corresponde a um intervalo menor do que 1ºC, uma vez que a variação de temperatura entre o ponto de fusão do gelo e o ponto de ebulição da água equivale a um intervalo de 180ºF na escala Fahrenheit e a um intervalo de 100ºC na escala Celsius. A partir desta comparação é possível deduzir uma expressão que permite converter a temperatura expressa numa escala na outra.

Quer a escala Celsius quer a escala Fahrenheit datam do século XVIII, tendo sido a primeira proposta por Andres Celsius, astrónomo sueco, e a segunda por Daniel Fahrenheit, fabricante alemão de termómetros.

Tabela de conversão das temperaturas

Fahrenheit (F)→ Célsius (C) Célsius (C) → Fahrenheit (F)
30 F -34.444 C -30 C -22 F
-20 F -28.889 C -20 C -4 F
-10 F -23.333 C -10 C 14 F
0 F -17.778 C 0 C 32 F
10 F -12.222 C 10 C 50 F
20 F -6.667 C 20 C 68 F
30 F -1.111 C 30 C 86 F
40 F 4.444 C 40 C 104 F
50 F 10 C 50 C 122 F
60 F 15.556 C 60 C 140 F
70 F 21.111 C 70 C 158 F
80 F 26.667 C 80 C 176 F
90 F 32.222 C 90 C 194 F
100 F 37.778 C 100  212 F

 

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Resultados de estudo:
O consumo moderado de cerveja ajuda a prevenir doenças de coração, osteoporose e diabetes, diz estudo Beer&Calories: A...

O estudo Beer & Calories: A scientific review não nega a ideia de que qualquer tipo de bebida alcoólica consumida em excesso conduz ao aumento de peso e a doenças associadas, provocadas pelo consumo abusivo de calorias.

No entanto, a ideia de que o consumo de cerveja faz ganhar peso foi desmistificada por cientistas britânicos que, inclusivamente, alegam que a bebida traz mais benefícios do que desvantagens para a saúde. Afinal, o conceito "barriga de cerveja” pode ser um mito urbano.

A investigação assevera que beber cerveja de forma moderada pode contribuir para o enriquecimento nutricional do metabolismo humano e ainda prevenir doenças de coração, osteoporose e diabetes.

Os cientistas revelaram que a cerveja tem um valor calórico mais baixo do que a maioria das bebidas alcoólicas existentes, como é o caso do vinho e das bebidas brancas ou mesmo de uma chávena de capuccino.

Para chegar a estas conclusões, o estudo cruzou dados de 16 investigações diferentes que envolveram 200 mil pessoas. Os resultados mostraram ainda que a cerveja reduz em 31% o risco de ter uma doença cardíaca. Para além disso, mostra que a bebida pode aumentar os níveis de lipoproteína de alta densidade no sangue, o chamado "bom colesterol”, sendo aconselhado o consumo de uma caneca de cerveja por dia.

Para além destes benefícios, as propriedades da cerveja podem ainda garantir ossos mais fortes devido aos altos níveis de silício presentes na bebida, elemento essencial para a formação dos ossos e cartilagem.

Doença infecciosa
A tuberculose é uma infecção contagiosa, potencialmente mortal, causada por uma bactéria que se enco
Evolução da tuberculose no pulmão

O que é a tuberculose?

A tuberculose é uma doença infecciosa, grave e potencialmente mortal quando não tratada. A doença é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, M. bovis ou M. africanum. O Myobacterium tuberculosis é também conhecido por bacilo de Koch, por ter sido identificado por Robert Koch.

Como se transmite a tuberculose?

É uma doença transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do corpo, mas especialmente os pulmões, que constituem a porta de entrada do microrganismo no indivíduo e o ponto inicial da doença.

Em Portugal a incidência da tuberculose é ainda muito alta, superior à maioria dos países com o nosso desenvolvimento económico. Calcula-se que em Portugal surjam anualmente mais de 3 mil novos casos da doença, sendo que a esmagadora maioria cura-se e a mortalidade é baixa. É, no entanto, a doença mais frequente entre as pessoas de idade avançada.

Os seres humanos padecem de tuberculose desde a Antiguidade. Ela converteu-se num imenso flagelo na Europa durante a Revolução Industrial, quando as cidades se povoaram de forma exagerada e representou então mais de 30% dos óbitos.

Com o desenvolvimento dos antibióticos, a batalha contra a tuberculose parecia ganha. Contudo, em meados da década de 80, o número de casos em alguns países começou novamente a aumentar. A SIDA, juntamente com o excesso populacional e as más condições sanitárias de muitas zonas urbanas, os albergues para pessoas sem casa e as prisões, fez com que voltasse a ser um problema grave de saúde pública.

Actualmente nos países desenvolvidos, a tuberculose só se transmite inalando ar contaminado com Mycobacterium tuberculosis num ambiente fechado. Para que o ar se contamine, uma pessoa com tuberculose activa terá de expelir as bactérias com a tosse e estas poderão permanecer no ar durante várias horas.

No entanto, um feto pode adquirir tuberculose através da mãe, antes ou durante o nascimento, por respirar ou engolir líquido amniótico infectado, e um lactente pode contrair a doença, depois de nascer, ao respirar ar que contenha gotículas infectadas.

Sintomas da tuberculose

De início, uma pessoa infectada pode simplesmente não se sentir bem ou ter uma tosse que é atribuída ao tabaco ou a um episódio recente de gripe. A tosse pode produzir uma pequena quantidade de expectoração verde ou amarela pela manhã. A quantidade de expectoração aumenta habitualmente à medida que a doença progride. Finalmente, a expectoração pode surgir raiada de sangue.

Outro dos sintomas mais frequentes é o facto de se acordar durante a noite empapado num suor frio que obriga a pessoa a mudar de roupa ou mesmo a trocar de lençóis. Este suor é devido à descida da ligeira febre de que o doente se não apercebe.

A dificuldade em respirar pode indicar a presença de ar (pneumotórax) ou líquido (derrame pleural) no espaço da pleura.

Estes sintomas concorrem habitualmente para uma deterioração do estado de saúde geral, que deve fazer pensar no diagnóstico de tuberculose. São também estes os sintomas que caracterizam a forma mais comum de doença activa – a doença pulmonar.

As formas de doença extrapulmonar são menos frequentes e não são contagiosas, sendo mais comuns nas crianças e nos indivíduos imunodeprimidos. Os sintomas de tuberculose extrapulmonar podem ser muito variados de acordo com a localização da doença e a sua gravidade.

Diagnóstico da tuberculose

Em geral, o primeiro indício de tuberculose é uma radiografia do tórax anormal, efectuada no contexto de uma avaliação para diagnosticar uma doença com sintomas muito vagos. Na radiografia, a doença manifesta-se como zonas brancas irregulares que contrastam com o fundo normalmente escuro, embora outras infecções e o cancro possam dar as mesmas imagens. Também pode revelar a presença de derrame pleural ou mesmo um aumento da silhueta do coração (pericardite).

O diagnóstico depende dos resultados da prova cutânea da tuberculina e do exame da expectoração, no qual se pesquisa o Mycobacterium tuberculosis.

Factores de risco da tuberculose

A tuberculose pode afectar qualquer pessoa, embora haja circunstâncias que favorecem o seu aparecimento, como, por exemplo, os extremos de idade – as crianças muito jovens e os idosos constituem grupos particulares de risco.

Há ainda uma outra série de factores muito diversos – que vão desde a susceptibilidade genética à toma de certas medicações, ou à presença de certas doenças e comportamentos – que podem favorecer a infecção ou contribuir para debilitar a imunidade.

As imunodeficiências – nomeadamente a SIDA, a diabetes, a doença renal crónica, as doenças oncológicas, a silicose ou as doenças do tecido conjuntivo – são bons exemplos de doenças que podem comprometer a imunidade, aumentar o risco de tuberculose e influenciar, pela negativa, o sucesso do seu tratamento.

A toma prolongada de corticóides, o uso de agentes imunossupressores ou citotóxicos e a terapêutica com agentes biológicos que influenciem a resposta imune podem criar condições favoráveis à reactivação de uma tuberculose latente.

Qualquer indivíduo que, por razões pessoais, profissionais ou humanitárias apresente contactos frequentes, prolongados ou muito próximos com pessoas doentes ou com grupos populacionais em que a prevalência de tuberculose é elevada tem um maior risco de infecção e de doença. Tal pode verificar-se em ambientes tão díspares como o contacto domiciliário ou o que se verifica nas instituições de saúde, nas prisões ou em campos de refugiados.

Tratamento da tuberculose

Em quase todas as situações os antibióticos curam mesmo os casos mais avançados de tuberculose. Os antibióticos que se podem utilizar são vários e a sua eficácia é tal que uma só bactéria em cada milhão escapa ao seu efeito. Como consequência, é necessário administrar pelo menos dois fármacos com mecanismos de acção diferentes que, associados, possam destruir virtualmente todas as bactérias. O tratamento deve continuar inclusivamente muito depois de o doente se sentir completamente bem, porque leva muito tempo até conseguir eliminar aquelas bactérias de crescimento lento e reduzir a possibilidade de recaída quase a zero.

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Riscos viagem

Quando planeia uma viagem deve ter em conta determinados pontos-chave fundamentais para determinar os riscos a que está exposto. Deve começar por analisar o destino, a duração da estadia, o objectivo da viagem, os padrões de alojamento e de higiene alimentar, bem como o comportamento de quem viaja

Os destinos com padrões elevados de alojamento, de condições de higiene e de qualidade da água, de cuidados sanitários e de assistência médica, apresentam riscos mínimos para a saúde do viajante, excepto se este for portador prévio de uma doença.

É o que acontece com os viajantes de negócios e com os turistas que visitam cidades e os principais centros turísticos, que ficam geralmente alojados em instalações de boa qualidade.

Pelo contrário, os destinos com alojamentos de baixa qualidade, inadequadas condições de higiene ou sanitárias, sem assistência médica ou água potável indisponível, podem apresentar sérios riscos para a saúde dos viajantes. É o que acontece com algum pessoal das agências humanitárias que trabalha em projectos de emergência ou de desenvolvimento, assim como com os turistas que se aventuram em zonas remotas.

Nestes casos devem ser tomadas precauções estritas para evitar infecções e doenças. A duração da estadia, o comportamento e o estilo de vida do viajante (também) são importantes na determinação da probabilidade de exposição a muitos agentes infecciosos.

Estes factores, por sua vez, influenciam a decisão relativa à necessidade de certas vacinações ou medicação antimalárica, por exemplo. A duração da estadia pode igualmente determinar se o viajante vai estar sujeito a alterações expressivas de temperatura e de humidade ou a uma exposição prolongada, por exemplo, a poluição atmosférica.

O objectivo da viagem é um aspecto crítico relativamente aos riscos para a saúde. Uma viagem de negócios a uma cidade, em que o viajante permanece no hotel ou num centro de conferências de elevada qualidade, ou uma viagem de turismo para uma estância bem organizada, envolvem riscos mínimos ou inexistentes.

Pelo contrário, uma viagem que tenha por objectivo visitar uma área rural remota, independentemente de esta se efectuar por prazer ou em trabalho, comporta riscos potencialmente acrescidos para a saúde.

Nestes casos, o comportamento do viajante é outro aspecto importante. Por exemplo, sair para a rua no momento em que os mosquitos transmissores da malária estão mais activos (ao entardecer), numa área endémica de malária, sem tomar as devidas precauções, pode resultar numa infecção por malária.

A exposição a certos insectos, roedores ou outros animais, assim como a ingestão de alimentos ou água contaminados, associados à ausência de assistência médica apropriada nalgumas regiões, torna as viagens para este tipo de zonas remotas particularmente perigosas.

O estojo médico e os artigos de higiene pessoal

Definidas as condições anteriormente referidas, deve levar consigo os suplementos médicos de acordo com as possíveis necessidades e duração da viagem.

Assim, viajar com um estojo médico para todos os destinos onde possam existir elevados riscos para a saúde, nomeadamente a maioria dos países em vias de desenvolvimento e/ou locais onde seja difícil adquirir medicamentos de qualidade garantida, é fundamental.

Este estojo deve incluir medicamentos básicos para o tratamento de afecções comuns – febre, dores de cabeça, diarreia, etc. - artigos de primeiros socorros e alguns medicamentos mais específicos, que possam ser necessários ao viajante.

Determinadas categorias de medicamentos, obrigatoriamente prescritos pelo médico, devem ser acompanhados de um certificado médico, assinado pelo clínico, que ateste a necessidade de o viajante precisar da medicação em causa para uso pessoal. Alguns países exigem não só uma assinatura do médico, mas também a assinatura da administração nacional de saúde do país de origem.

Todos os medicamentos devem ser transportados na bagagem de mão para minimizar o risco de perda dos mesmos durante a viagem. Um fornecimento de reserva na bagagem é uma precaução de segurança em caso de perda ou roubo.

Os artigos de higiene pessoal também devem ser transportados em quantidade suficiente para toda a estadia a não ser que a sua disponibilidade esteja assegurada no destino (não esquecer os artigos necessários para os cuidados dentários, da pele, da higiene pessoal e para os olhos, nomeadamente lentes de contacto ou óculos).

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Estudo revela:
Uma dieta vegetariana acompanhada por um rigoroso programa de exercício físico, ioga e meditação travou o envelhecimento...

O impacto de uma profunda mudança de estilo de vida no combate ao envelhecimento foi comprovado por um estudo da Universidade da Califórnia, hoje divulgado na publicação científica Lancet Oncology.

Os resultados são significativos pois mostram mesmo uma inversão do processo, embora tenham por base uma reduzida amostragem, e os especialistas advirtam que são necessários mais dados para conclusões mais firmes.

O estudo teve por base na observação de 35 homens, 10 dos quais efectuaram a profunda alteração de estilo de vida, que consistiu na adopção de uma dieta vegetariana e de um rigoroso programa de exercício físico, complementado por técnicas de relaxação como ioga e meditação, revela a edição online do Expresso.

Ao fim de cinco anos, os cientistas constataram significativas diferenças entre os dois grupos quanto ao envelhecimento celular em termos genéticos.

A informação genética protegida pelos telómeros

As mudanças foram detectadas nas cápsulas protectoras situadas na ponta dos cromossomas chamadas telómeros - estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e ADN não codificante que formam as extremidades dos cromossomas.

Os telómeros protegem a perda de informação genética durante a divisão celular, mas à medida que se envelhece e as células se dividem os telómeros vão ficando mais pequenos, enfraquecendo a integridade da estrutura e levando a que as células parem de dividir-se e morram.

No grupo dos que adoptaram o novo estilo de vida, os telómeros aumentaram em média 10%, enquanto nos restantes foi registado uma diminuição média de 3%.

Entre os problemas relacionadas com o envelhecimento e a diminuição dos telómeros surgem doenças cardíacas e diversos tipos de cancro.

Investigação da Universidade de Coimbra:
Investigadores de Coimbra estão a desenvolver um estudo sobre o impacto da exposição a nanopartículas de prata, muito...

A investigação, que está a ser feita no Mitolab, "laboratório de referência internacional no estudo da mitocôndria”, pretende avaliar "se a exposição continuada a nanopartículas de prata, muito utilizadas em equipamentos militares, é prejudicial à saúde humana”, afirma a Universidade de Coimbra (UC).

Para analisarem a evolução do nível de toxicidade no interior das células, os investigadores recorreram a "um conjunto de modelos animais (ratinhos)”, que foram expostos a "diferentes concentrações de nanopartículas de prata, durante dez semanas”, adianta a UC.

O contacto permanente dos animais com nanopartículas de prata "permite apurar se há bioacumulação e quais os seus efeitos junto das células de órgãos vitais do organismo como rins, coração, fígado e pulmões”, refere Carlos Palmeira, líder da investigação, sublinhando que a investigação visa "perceber quais as células afectadas (se há algum tipo de especificidade), e em que medida, de forma a estudar medidas profiláticas”.

Esta pesquisa surge na sequência de um estudo realizado em 2008 e 2009 "em linhas celulares, após um exigente processo de verificação das condições técnicas e de segurança do Mitolab”, por parte de cientistas daquele departamento da Força Aérea norte-americana, e que concluiu que "o contacto continuado com nanocompostos de prata afecta a capacidade da mitocôndria de exercer a sua função de produção de energia, necessária para a manutenção das funções vitais celulares”.

Face aos resultados estão obtidos, foi diligenciada esta nova investigação, agora em modelos animais, no sentido de "decifrar em que medida a função da mitocôndria fica comprometida e quais os danos gerados nos principais órgãos do organismo”.

Com essa informação, será possível "acautelar os cuidados necessários ao uso deste tipo de material na construção de equipamentos”, sublinha Carlos Palmeira.

Envolvendo uma equipa de sete investigadores da UC, liderada pelo catedrático Carlos Palmeira, o trabalho para o Departamento de Investigação Científica da Força Aérea Americana (US Air Force Office of Scientific Research) é financiado pelo European Office of Aerospace Research and Development (EOARD), "elo de ligação entre a comunidade científica e a Força Aérea, a nível mundial”.

Estudo
Um estudo elaborado a pedido da Ordem dos Médicos revela que em 2025 vão ser necessários menos 400 médicos especialistas, o que...

O Estudo de Evolução Prospectiva de Médicos no Sistema Nacional de Saúde (SNS), elaborado pela Universidade de Coimbra para a Ordem dos Médicos, aponta para uma "ligeira redução do número de médicos necessários para suprir as necessidades de funcionamento do sistema de saúde em 2025".

Os autores apuraram a necessidade, em 2025, de "menos cerca de 400 médicos especialistas (menos 1,6 por cento do efectivo profissional em idade activa existente em 2011)".

Cientistas identificam:
Uma equipa de pesquisadores norte-americanos identificou uma ligação genética para o risco de desenvolvimento de leucemia...

Um grupo de investigadores, formado por membros do Centro Oncológico Memorial Sloan-Kettering, da Universidade de Washington, do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude e de outras instituições norte-americanas identificou uma ligação genética para o risco de desenvolvimento de leucemia linfoblástica aguda, um tipo de tumor que afecta o sangue e que é frequente em idade pediátrica. As conclusões foram publicadas na revista Nature Genetics.

O artigo onde é descrito o estudo indica que os profissionais de saúde descobriram uma ligação genética depois de terem identificado uma mutação em duas famílias não relacionadas entre si, tratadas em diferentes hospitais.

A mutação herdada surge associada a um gene conhecido como PAX5, sobre o qual já tinham recaído suspeitas de ligação a alguns tipos de cancro que afectam as células B, tais como a leucemia linfoblástica aguda. A pesquisa mostra que a mutação interfere com a forma como o gene actua normalmente. Ao estudar os indivíduos com a mutação, a equipa descobriu que uma das duas cópias do PAX5 não estava presente; em vez disso, cada participante tinha apenas a versão que sofreu a mutação.

Kenneth Offit, um dos autores do estudo, do Memorial Sloan-Kettering, disse que a descoberta pode ajudar as famílias afectadas a impedirem o desenvolvimento da leucemia nas gerações futuras.

Embora os resultados do estudo tenham identificado uma base genética para este tipo de leucemia na infância, os investigadores sublinham a necessidade de descobrir agora a percentagem de doentes que têm uma mutação PAX5.

Começa a ser testada em humanos
Investigadores da Universidade Harvard anunciaram o início dos testes em seres humanos de uma nova vacina desenvolvida para...

Vai começar a ser testada em humanos uma nova vacina desenvolvida para tratar o melanoma, o tumor de pele mais mortal. A vacina usa uma técnica inovadora de implante que pode levar ao desenvolvimento de diversos tratamentos contra outros tumores. A maioria das vacinas terapêuticas contra cancro que estão sendo desenvolvidas hoje em dia envolve a retirada de células do sistema imunológico dos voluntários. Em laboratório, os médicos modificam essas células para serem capazes de identificar e atacar os tumores e as reintroduzem no sangue do paciente. A vacina desenvolvida na Universidade Harvard, no entanto, pretende fazer essa alteração nas células imunológicas sem retirá-las do corpo, revela o RCM pharma.

Os investigadores desenvolveram uma pequena esponja em forma de disco que pode ser implantada sob a pele do doente. Ali, ela é capaz de recrutar e reprogramar as células do sistema imunológico — sem a necessidade de levá-las até um laboratório.

A nova abordagem já foi testada em camundongos em 2009, em um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. Após a aplicação de duas doses da vacina, houve regressão dos tumores em 50% dos camundongos.

Os investigadores afirmam que só foi possível chegar tão rápido aos testes clínicos em seres humanos graças à equipa multidisciplinar que trabalha na tecnologia, que inclui cientistas, engenheiros e médicos. "É raro vermos uma nova tecnologia testada em laboratório chegar tão rapidamente à fase de ensaios clínicos humanos. Estamos muito animados com essa velocidade e com o potencial da vacina”, disse Glenn Dranoff, investigador da Universidade Harvard.

O recrutamento de participantes para a primeira fase dos ensaios clínicos já começou e deve durar até 2015. Não deverá envolver um grande número de voluntários e vai servir para avaliar a segurança da vacina em seres humanos. Depois disso, ainda deve passar por mais estudos, para que possa chegar aos consultórios médicos.

Agudos e transitórios
Ideias delirantes, alucinações, perturbações das percepções e desorganização do comportamento são al
Psicose

Uma psicose (ou transtornos psicóticos) é definida como a incapacidade de distinguir entre a experiência subjectiva e a realidade externa, ou seja, existe uma perda de contacto com a realidade. Assim, os transtornos psicóticos indicam uma perda de contacto com a realidade, o real. Existem vários subtipos de psicoses no entanto, de uma forma geral a pessoa que atravessa uma crise psicótica pode ter alucinações, delírios, mudanças comportamentais e pensamento confuso. O grau desta perda de contacto com a realidade depende da intensidade da psicose.

Os sintomas estão aliados a uma carência de visão crítica que leva o indivíduo a não reconhecer o carácter estranho de seu comportamento. Assim, ele tem sérias dificuldades nos relacionamentos sociais e em executar as tarefas quotidianas.

Contudo, quando não estão em crise, os doentes cuidam de si mesmos, preocupam-se com sua qualidade de vida, alimentam desejos sexuais, desempenham bem seus papéis sociais, interagindo com o outro sem problemas.

A psicose pode ter início quando a pessoa começa a relacionar-se com objectos irreais, modificando as suas atitudes, ideias e visões do mundo em função desse relacionamento. A partir daí a realidade vai perdendo significado e passa a cismar com situações absurdas ou com pessoas que não existem, embora continue a viver no mundo real.

Uma reacção psicótica pode ser provocada por uma grande quantidade de agressores do sistema nervoso. As pessoas podem passar por experiências transitórias de alucinações, por exemplo, sem que se caracterize uma psicose permanente, com consequências para a vida toda.

Segundo o DSM – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, guia de diagnósticos utilizado amplamente nos EUA -, a psicose é considerada um sintoma de uma perturbação mental, mas não como uma doença em si mesma. De acordo com este mesmo manual, a psicose é dividida em dois tipos – funcional, como a esquizofrenia e as doenças afectivas, e orgânicas, como resultado de uma demência ou de intoxicações.

Vários tipos de transtornos psicóticos

Transtorno esquizofreniforme

Os doentes com transtorno esquizofreniforme apresentam um quadro clínico muito parecido com a esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem. Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os doentes não devem ultrapassar seis meses com o quadro.

A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais curto for o episódio, melhor é o prognóstico. O prejuízo social ou ocupacional em função dos seus sintomas pode estar presente ou não. Os doentes que persistem com os sintomas psicóticos por um período superior a seis meses podem vir a ter o diagnóstico de esquizofrenia.

Mais ou menos metade destes doentes é mais tarde diagnosticada com esquizofrenia. Este transtorno ocorre mais comummente naquela pessoas que têm familiares com esquizofrenia ou transtorno afectivo bipolar (ou transtorno maníaco depressivo) e muitos, inclusive, depois de acometidos pelo transtorno esquizofreniforme, mantém o diagnóstico de bipolaridade.

A causa exacta desta doença é desconhecida e o tratamento é similar ao da esquizofrenia, geralmente necessitando de hospitalização para a realização de diagnóstico e tratamento mais adequados.

Transtorno esquizoafectivo

O transtorno esquizoafectivo é uma doença de grave comprometimento cerebral, onde o doente apresenta tanto a esquizofrenia como o distúrbio bipolar, ao mesmo tempo ou alternado. Ou seja, estes doentes apresentam sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomas da doença bipolar (antigamente conhecida como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. Os sintomas podem surgir juntos ou alternadamente.

Ocorre na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução mais benigna que a esquizofrenia. O tratamento consiste em internamento hospitalar, medicação e intervenções psico-sociais. A terapêutica medicamentosa utilizada é a mesma que a usada no tratamento da depressão e da doença bipolar, assim como antipsicóticos.

Transtorno delirante

A característica essencial do transtorno delirante é a presença de um ou mais delírios não bizarros que persistem pelo menos por um mês. Normalmente o funcionamento social destes doentes não está prejudicado, apesar da existência do delírio, habitualmente interpretativos, egocêntricos, sistematizados e coerentes. Pode ser de prejuízo, de perseguição ou de grandeza, impregnado ou não de tonalidade erótica ou com ideias de invenção ou de reforma. Também é frequente o delírio de ciúme, mais frequente nas mulheres.

Estes doentes diferem dos esquizofrénicos por não serem tão gravemente comprometidos no seu comportamento e linguagem.

Antigamente este transtorno recebia o nome de paranóia, associando o nome da doença aos delírios persecutórios. Porém, hoje sabe-se que esses pacientes podem apresentar outros tipos de conteúdo delirante, dividindo o diagnóstico em diferentes subtipos:

Tipo erotomaníaco

Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo doente. Este delírio geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma união espiritual do que propriamente uma atracção sexual;

Tipo grandioso

Delírios de possuir um grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem divina;

Tipo ciumento

Delírios de que está a ser traído pelo cônjuge;

Tipo persecutório

Delírios de que está ser alvo de algum prejuízo;

Tipo somático

Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física;

Tipo misto

Delírios anteriormente citados misturados;

Tipo inespecífico

Delírios diferentes dos descritos.

O tratamento destes casos é feito com medicamentos antipsicóticos e psicoterapia. No entanto, pode haver necessidade, em algumas situações, de recorrer a internamento hospitalar, principalmente em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, exposição moral).

Transtorno psicótico breve

O transtorno psicótico breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a esquizofrenia ou com o transtorno esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações e linguagem ou comportamento desorganizado. Esta é uma perturbação cujos sintomas podem ir de apenas um dia até a um mês, melhorando completamente dentro desse período sem deixar sintomas residuais.

Esta perturbação pode ocorrer na adolescência ou no inicio da idade adulta, acontecendo em média ao final da década dos 20 ou início dos 30. Um diagnóstico deste tipo obriga à identificação completa de todos os sintomas e um retorno ao nível pré-mórbido de funcionamento no espaço de um mês após o início da perturbação.

O tratamento inclui medicamentos antipsicóticos e pode, eventualmente, ser necessário internamento hospitalar em casos mais graves. A evolução destes quadros costuma ser benigna com total remissão dos sintomas.

Transtorno psicótico compartilhado (Folie à Deux, co-dependência)

Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico.

Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicamentos antipsicóticos. A psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção.

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Perguntas e respostas
Conheça a resposta às perguntas mais frequentes sobre Hepatite C.
Hepatite C

 

O que é a hepatite C?
A hepatite é uma inflamação do fígado acompanhada por lesão das suas células, causada pelo vírus da hepatite C, que é constituído por ácido ribonucleico (RNA), e possui pelo menos seis tipos ou genótipos.

 

 

Qual é a sua frequência?
Estima-se que existam cerca de 150 mil portugueses que sofrem de hepatite C crónica, no entanto, a maioria não sabe que tem a doença. Calcula-se que apenas 20 a 30 por cento dos doentes estejam identificados.

Como se transmite o vírus da hepatite C?
A transmissão do vírus da hepatite C ocorre principalmente através de sangue contaminado. Durante muito tempo a transfusão de sangue foi a responsável pela contaminação de muitos indivíduos, antes de se iniciar o rastreio do vírus da hepatite C, que começou a realizar-se de forma sistematizada em 1992.

Outro meio fortemente contagioso do vírus é a toxicodependência, devido à partilha do material habitualmente usado no consumo intravenoso de drogas: agulhas, seringas, algodão ou a própria colher onde é preparada. Aqueles que “snifam” através do mesmo tubo podem contrair esta forma de hepatite, se houver contacto com lesões das mucosas nasais.

De um modo geral, todo o material partilhado não devidamente esterilizado, pode ser um veículo de transmissão do vírus, nomeadamente: lâmina de barba, escova de dentes, piercing, tatuagem, acupunctura, depilação ou material médico. A hepatite C não se dissemina pela saliva nem através dos alimentos. A via sexual é um meio possível mas raro (cerca de 2 a 5 por cento). A transmissão vertical, isto é, de Mãe para filho, é rara durante a gravidez e acontece provavelmente no parto. Este risco está aumentado se a Mãe estiver infectada pelo vírus HIV. Não há evidência que o aleitamento materno seja um modo de contaminação do vírus.

Quem deve fazer o rastreio do vírus da hepatite C?

Têm indicação prioritária para serem rastreados em relação ao vírus da hepatite C:

- Todos aqueles que tenham a suspeita clínica de uma hepatite;

- Todas as pessoas que tenham realizado um transfusão de sangue antes de 1992;

- Aos toxicodependentes e aos ex-consumidores (de drogas endovenosas);

- A todos aqueles que lidam com doentes infectados com o vírus da hepatite C (companheiro, parceiro sexual e filhos);

- Pessoas que apresentem persistentemente transaminases (TGO e TGP) isto é enzimas do fígado elevadas, sem causa conhecida;

- Reclusos ou ex-reclusos.

Também devem ser submetidos ao rastreio:

- Indivíduos seropositivos para o HIV;

- Aqueles que foram submetidos algum procedimento médico ou outro com a suspeita de utilização de material reutilizável não devidamente esterilizado, nomeadamente piercing, tatuagens, acupunctura, etc;

- Profissionais de saúde com história de acidente de picada com objectos cortantes.

O que significa a carga viral (RNA-HCV quantitativo)?
A carga viral corresponde à quantidade de partículas víricas em circulação. Os seus níveis no sangue são habitualmente estáveis durante a evolução da infecção, permitindo saber quais os doentes que recidivaram após o tratamento, com os níveis de RNA-HCV a voltarem aos valores anteriores depois de uma negativação transitória. Cerca de 20 por cento dos pacientes que se submetem ao tratamento não têm êxito. Aqueles que têm menor carga vírica têm maior probabilidade de sucesso terapêutico.

Quando se considera que a hepatite C é crónica?
Define-se infecção crónica por vírus da hepatite C, quando o RNA-HCV se mantém positivo em duas determinações consecutivas com um intervalo mínimo de seis meses. Se o RNA-HCV for negativo, não se pode diagnosticar uma hepatite crónica, apesar de o anticorpo (anti-HCV) ser positivo.

Quais os factores que agravam a evolução da hepatite C crónica?
O álcool e a idade em que se contrai a doença são os principais factores agravantes da evolução da hepatite C. O álcool favorece a replicação do vírus e diminui as defesas imunitárias. Quanto mais idoso for o doente no momento do contacto com o vírus mais rapidamente progride a doença.

Qual é a diferença entre hepatite crónica ligeira e hepatite crónica activa?
Mais de metade dos pacientes que apresentam a cronicidade da hepatite C, não desenvolvem a actividade da doença, isto é, sofrem de hepatite crónica ligeira. Apenas em 35 por cento dos pacientes a hepatite progride (hepatite crónica activa), verificando-se nestes casos um aumento das transaminases e queixas de cansaço. Destes indivíduos, 20 por cento evolui para cirrose. Contudo a hepatite crónica ligeira pode tornar-se activa, sendo o contrário menos frequente.

A hepatite C pode curar-se espontaneamente?
Calcula-se que 15 a 45 por cento dos doentes que contraírem hepatite C aguda curam espontaneamente, o que acontece muito raramente nos casos de hepatite C crónica. Os doentes que erradicaram o vírus naturalmente (sem tratamento) mantém o anticorpo (anti HCV) no sangue, distinguindo-se do portador do vírus pela negativação repetida da carga viral (RNA-HCV quantificada).

Existe vacina contra a hepatite C?
Não existe actualmente vacina disponível contra o vírus da hepatite C. A variabilidade do vírus dificulta a descoberta de uma vacina eficaz contra o vírus da hepatite C.

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Saiba quais são os factores de risco
Uma doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de trabalho.
Doenças profissionais

 

 

 

 

 

 

Doenças por agentes químicos

Tóxicos inorgânicos:

  • Chumbo e seus compostos e ligas;
  • Mercúrio e seus compostos e amálgamas;
  • Arsénio e seus compostos tóxicos;
  • Manganés e seus compostos;
  • Cádmio e seus compostos e ligas;
  • Flúor e seus compostos;
  • Fósforo e seus compostos;
  • Hidrogénio arseniado;
  • Sulfureto de carbono;
  • Óxido de carbono;
  • Ácido sulfídrico;
  • Ácido cianídrico e seus derivados tóxicos.

Tóxicos orgânicos:

  • Benzeno, tolueno, xileno e outros homólogos do benzeno;
  • Derivados nitratos e cloronitratos dos hidrocarbonetos benzénicos;
  • Derivados nitratos do tuluol e do fenol;
  • Pentaclorofenol e pentaclorofenolato de sódio;
  • Aminas aromáticas (anilinas e seus homólogos, benzidina e homólogos, fenilenadiaminas e homólogos, ami-nofenóis e seus ésteres, naftilaminas e homólogos, assim como os derivados hidroxilados, halogenados, clorados, nitrosos, nítricos e sulfonados daqueles produtos);
  • Fenilidrazina;
  • Derivados halogenados tóxicos de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos (cloreto de metileno, tricloroetano ou metilclorofórmio, dicloroetileno, tricloroetileno, tetracloroetileno, dicloro-1-2-propano, cloronaftalenos, clorobenzenos, clorobifenis e seus derivados dibenzo p-dioxinas cloradas);
  • Brometo de metilo;
  • Cloreto de metilo;
  • Hexano;
  • Tetracloreto de carbono;
  • Tetracloreto de etano;
  • Isocianatos orgânicos;
  • Cloreto de vinilo;
  • Fosfatos, pirofosfatos e tiofosfatos alquílicos, arílicos, alquiralílicos e fosfoamidas;
  • Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico;
  • Álcoois;
  • Glicóis;
  • Acetonas.

Doenças do aparelho respiratório

  • Sílica;
  • Amianto;
  • Carvão, grafite, sulfato de bário, óxido de estanho, óxido de ferro, talco, outros silicatos e sais de metais duros;
  • Cortiça, madeira, berílio e seus compostos tóxicos, sulfato de cobre, algodão, cimento, pesticidas, cereais, farinha;
  • Poeiras e aerossóis com acção imunoalérgica e ou irritante.

Doenças cutâneas

Por produtos industriais:

  • Cimentos;
  • Cloronaftalenos;
  • Crómio e seus compostos tóxicos;
  • Alcatrão de hulha, breu de hulha e óleos antracénicos;
  • Sesquissulfureto de fósforo;
  • Lubrificantes e fluidos de arrefecimento;
  • Óxidos e sais de níquel;
  • Aldeído fórmico e seus polímeros;
  • Aminas alifáticas e alicíclicas;
  • Fluoreto duplo de berílio e sódio;
  • Enzimas proteolíticas;
  • Resinas epoxi e seus constituintes;
  • Madeiras exóticas.

Por medicamentos:

  • Cloropromazina;
  • Estreptomicina e seus sais;
  • Penicilina e seus sais;

Por produtos químicos e biológicos não referidos nos números anteriores:

  • Agentes físicos, químicos e biológicos, alérgenos ou irritantes cutâneos não incluídos nos outros quadros.

Por fungos:

  • Dermatóficos;
  • Candida albicans e outras espécies do mesmo género potencialmente patogénicas;
  • Sporotricum schenckii;
  • Madurella micetomi, Monosporium apiospermum e Nocardia asteroides e outras espécies.

Doenças provocadas por agentes físicos

Por radiações:

  • Radiações ionizates;
  • Radiações infravermelhas;
  • Radiações ultravioletas;
  • Iluminação insuficiente e outros factores.

Por ruído:

  • Pressão superior à atmosférica;
  • Vibrações (transmitidas por máquinas-ferramentas ou por ferramentas, peças e objectos com elas associados);

Por agentes mecânicos:

  • Pressão sobre bolsas sinoviais devida à posição ou atitude de trabalho;
  • Sobrecarga sobre bainhas tendinosas, tecidos peritendinosos, inserções tendinosas ou musculares, devido ao ritmo dos movimentos e à posição ou atitude de trabalho;
  • Pressão sobre nervos ou plexos nervosos devida à posição ou atitude de trabalho;
  • Pressão sobre a cartilagem intra--articular do joelho devida à posição de trabalho (período mínimo de exposição: três anos).

Doenças infecciosas e parasitárias

Por bactérias e afins:

  • Bacilo tetânico;
  • Brucelas;
  • Bacilos da tuberculose e outras microbactérias;
  • Estreptococo suis;
  • Bacilo do carbúnculo;
  • Rickettsias;
  • Meningococo;
  • Estreptococos;
  • Estafilococos;
  • Shigelas;
  • Psudomonas aeruginosa;
  • Treponema pallidum;
  • Enterobacteriáceas;
  • Salmonelas;
  • Listeria monocytogenes;
  • Erysipelothrix rhusiopathiae;
  • Francisella tularensis;
  • Chlamydia trachomatis;
  • Chlamydia psittaci;
  • Borrelias;
  • Pasteurelas;
  • Leptospiras;

Por vírus:

  • Vírus da raiva;
  • Vírus da hepatite (todos os agentes): Vírus da hepatite A, Vírus da hepatite B, Vírus da hepatite C, Outros vírus;
  • Vírus da poliomielite;
  • Vírus varicela-zoster;
  • Vírus da rubéola;
  • Vírus do sarampo;
  • Vírus da parotidite;
  • Entamoeba histolítica;
  • Ancilostoma duodenal;
  • Echinococcus granulosus;
  • Trichinella spiralis.

Por parasitas:

  • Entamoeba histolítica;
  • Ancilostoma duodenal;
  • Echinococcus granulosus;
  • Trichinella spiralis.

Por fungos:

  • Cryptococcus neoformans;

Agentes biológicos causadores de doenças tropicais:

  • Plasmodium (todas as espécies);
  • Shistosomas (todas as espécies);
  • Oncocercos;
  • Tripanosomas;
  • Vibrio cholerae;
  • Vírus de Lassa, vírus de Ébola e de Marburg. Vírus do Congo-Crimeia e Hantavírus.
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Após as férias
Embora nem todas as pessoas sejam afectadas do mesmo modo pela mudança de horários, o cérebro precisa de um a cinco dias para...

O cérebro precisa de um a cinco dias para se readaptar aos horários depois das férias, porque pausas prolongadas acentuam os distúrbios do sono e do humor, afectando sobretudo as crianças até aos cinco anos e os idosos. A análise é da doutorada em psicologia clínica e professora da Universidade Internacional de La Rioja (UNIR) Blanca Tejero.

O regresso às aulas e ao trabalho permite a recuperação da rotina, com horários que põem ordem nas vidas das crianças e dos adultos, mas há pessoas que sofrem de forma extrema quando voltam ao trabalho, às aulas ou às actividades quotidianos após um período de descanso, assinala Blanca Tejero.

"A mudança de horários e o final das férias acentuam alterações no sono e no humor”, sublinha, sustentando que o cérebro precisa de entre um a cinco dias para se reajustar e que durante esse período se pode registar cansaço, distúrbios no sono e no estado de ânimo.

Segundo a especialista, "o desajuste ocorre devido a mudanças nos níveis de hormonas no hipotálamo, um relógio biológico interno”, que dá indicações sobre, por exemplo, a fome, a sede, o tempo de relaxação e a sensação de plenitude. Também regula a secreção das hormonas melatonina, que regula o processo de sono e de vigília, e serotonina, relacionada com o estado de ânimo.

Blanca Tejero diz que nem todas as pessoas são afectadas do mesmo modo pela mudança de horários, considerando que a readaptação é mais difícil no caso dos mais velhos e dos menores de cinco anos.

Criado teste genético
O nível de actividade de três genes vinculados ao envelhecimento permitiria prever se um cancro da próstata se desenvolverá...

Três biomarcadores genéticos usados de forma conjunta, em combinação com os testes existentes, podem ajudar os médicos a determinar melhor a evolução de um cancro da próstata de forma precoce para recomendar uma "vigilância activa" e evitar uma biópsia ou a ablação da glândula, revelam os resultados de um estudo norte-americano.

"A maior parte dos 200 mil cancros da próstata diagnosticados todos os anos nos EUA tem uma evolução lenta e permanecerá assim", afirma o doutor Cory Abate Shen, professor de urologia e oncologista da Faculdade de Medicina de Columbia, em Nova Iorque, e principal autor dos trabalhos publicados na revista americana Science Transnational Medicine."Estes marcadores genéticos poderiam permitir eliminar a incerteza actual quanto à natureza do cancro da próstata no diagnóstico e assegurar aos pacientes um tratamento adequado", acrescentou.

"O problema trazido pelos testes de detecção actuais são a sua incapacidade para identificar o fraco percentual de tumores de próstata que se tornarão agressivos e se espalharão a outros órgãos", revelou o doutor Mitchell Benson, presidente da cátedra de Urologia da Faculdade de Medicina de Columbia e co-autor do estudo.

Os três genes identificados – FGFR1, PMP22 e CDKN1A – são particularmente afectados por senescência (envelhecimento) celular, um processo conhecido por ter um papel importante na supressão do tumor e vinculado a tumores benignos de próstata em humanos e roedores. Quando estes três genes estão presentes, o risco de tumor de próstata é menor, afirmaram os investigadores.

Os cancros da próstata que dão negativo com os três genes novamente identificados são, portanto, de natureza agressiva.

Os cientistas provaram a exactidão do teste com amostras procedentes de biópsias realizadas anteriormente em tumores de próstata de 43 doentes que foram acompanhados durante pelo menos 10 anos. Todos tinham sido inicialmente diagnosticados com cancro da próstata de baixo risco. Destes 43 doentes, 14 acabaram por desenvolver um tumor avançado e todos foram identificados por este teste genético.

"Este teste preliminar conseguiu prever sem erro quais os doentes diagnosticados com um tumor canceroso da próstata de baixo risco que acabariam por desenvolver um cancro avançado", afirmou o doutor Abate-Shen.

Publicado:
Cientistas europeus publicaram um estudo sobre a variação genética em populações humanas graças à sequência do ácido...

O ácido ribonucleico é vulgarmente definido como sendo o material genético ou a molécula que dirige as fases da síntese de proteínas.

O estudo, inserido no projecto Genetic European Variation in Health and Disease, é coordenado por Xavier Estivil, do Centro de Regulação Genómica de Barcelona, e resultou de uma investigação das causas genéticas da diferenciação entre as pessoas na resistência a certo tipo de doenças, revela o JN Online.

A pesquisa, que foi publicada na revista Nature e Nature Biotechnology, oferece um maior conjunto de dados sobre o genoma humano (ADN) e a actividade funcional destes genes ao nível do ácido ribonucleico.

O estudo foi desenvolvido por 50 cientistas de nove centros de investigação europeia, entre eles espanhóis do Centro Nacional de Análises Genómicas (CNAG) de Barcelona e da Universidade de Santiago de Compostela.

Compreender como o genoma de cada um o torna, mais ou menos, susceptível de sofrer certas doenças é um dos grandes desafios científicos, pelo que os investigadores estudam os diferentes perfis genéticos e a influência que determinados genes têm no controlo de certas doenças.

Este estudo sequencial do ácido ribonucleico incidiu sobre as células de 462 pessoas, de forma a formar um inédito catálogo com 1000 genomas humanos. "A riqueza da variação genética que influi na regulação dos nossos genes surpreendeu-nos", afirmou Tuuli Lappainen, actual investigadora da Universidade de Stanford.

O conhecimento das variações genéticas responsáveis pela actividade dos genes humanos pode converter-se numa poderosa chave para o diagnóstico, prognóstico e intervenção em várias doenças, assinalou Emmanouil Dermitzakis, professor na Universidade de Genebra. Permite ainda, na opinião do investigador, compreender os mecanismos causadores das doenças e preparar tratamentos para o futuro.

Resultados de estudo:
Estudo revela que teste ao hálito pode ser uma forma rápida e não invasiva de detectar o cancro do pulmão.

O hálito pode dizer muito sobre uma pessoa. Pode ser indicador de problemas bucais ou outros, pode denunciar o consumo de um ou outro alimento e, de acordo com um grupo de investigadores da Universidade da Letónia, pode ainda ser usado como teste de diagnóstico para um dos tumores que mais mata em todo o mundo: o do pulmão.

Dizem os especialistas, que a recolha de amostras do hálito de pessoas em risco de sofrer da doença pode ser uma forma rápida e não invasiva de diagnosticar o problema. Investigações anteriores já tinham confirmado que há animais capazes de detectar a presença de doenças através do hálito.

O que os cientistas têm tentado fazer é replicar esta capacidade, traduzindo-a numa espécie de ‘nariz electrónico, com a capacidade de detectar a presença de compostos voláteis orgânicos presentes no bafo. Embora ainda não tenha sido possível identificar quais destes compostos estão ligados especificamente a uma doença, o que este estudo comprova é que é possível diferenciar entre o cancro do pulmão e outras doenças respiratórias.

Quando a resposta sexual não é satisfatória
A maioria das pessoas sente, em alguma fase da sua vida, dificuldades nas relações sexuais.
Mulher sentada na cama com o homem a dormir ao lado

As disfunções sexuais designam os vários problemas no desenvolvimento da resposta sexual humana, que se evidenciam de maneira persistente ou repetida, impedindo o desfrutar de uma vida sexual satisfatória. Quando estas dificuldades associadas ao funcionamento sexual são ocasionais, habitualmente são normais e não são de grande preocupação. No entanto, quando são persistentes e se mantêm durante muito tempo costumam causar bastante frustração e mal-estar à pessoa que tem essas dificuldades e/ou ao casal que é afectado por elas. Estas dificuldades ou problemas podem incluir, por exemplo, uma falta de interesse pelas actividades sexuais em geral, uma dificuldade de ficar excitado ou de atingir um orgasmo.

Tipo de dificuldades

Embora as alterações que possam ser consideradas como disfunções sexuais sejam várias e de difícil definição, convém classificá-las. Assim, de acordo com as classificações que normalmente regem a sexologia moderna, as disfunções são classificadas consoante o ciclo normal da resposta sexual humana e, dadas as diferenças que esta adopta em ambos os sexos, conforme se trate de problemas específicos da mulher ou do homem.

Ciclo de resposta sexual

A resposta sexual pode ser dividida em várias fases. As dificuldades e os problemas associados às relações sexuais podem ocorrer ao nível de qualquer uma destas fases ou, então, podem estar associados a sensações dolorosas durante a relação sexual.

Fases do ciclo de resposta sexual Descrição
Desejo Consiste em fantasias acerca da actividade sexual e no desejo de actividade sexual.
Excitação Consiste numa sensação subjectiva de prazer sexual acompanhada por modificações fisiológicas correspondentes.
Orgasmo Consiste num pico de prazer sexual, acompanhado da libertação da tensão sexual e da contracção rítmica de músculos e dos órgãos reprodutores.
Resolução Consiste numa sensação generalizada de relaxamento muscular e bem-estar. Durante esta fase os homens não podem ter uma nova erecção e orgasmo durante um período de tempo variável. Ao contrário, a mulher pode ser capaz de responder a uma estimulação adicional, quase imediata.

Disfunções sexuais nas várias fases

Fase do ciclo de resposta afectada Disfunções femininas Disfunções masculinas
Desejo

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Aversão sexual

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Aversão sexual

Excitação Perturbação da excitação sexual na mulher Disfunção eréctil no homem (impotência)
Orgasmo Perturbação do orgasmo na mulher

Perturbação do orgasmo no homem

Ejaculação precoce

Dor

Dispareunia

Vaginismo

Dispareunia

Perturbações do desejo sexual

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Falta ou ausência de fantasias sexuais e desejo de actividade sexual. Normalmente, nota-se que a pessoa tem pensamentos, desejos e impulsos sexuais de forma menos frequente e que não (ou raramente) aproveita as oportunidades de ter actividade sexual. Normalmente, causa acentuado mal-estar ou dificuldade interpessoal.

Aversão Sexual

Caracteriza-se por uma resposta muito negativa à actividade sexual. Na maioria das vezes envolve reacções de ansiedade, medo ou nojo/repulsa em relação à actividade sexual. Como consequência, a pessoa com este tipo de reacção evita a actividade sexual. A aversão pode ocorrer em relação a qualquer tipo de actividade sexual (pode ser generalizada a todos os estímulos sexuais, incluindo beijar e tocar). É mais frequente nas mulheres.

Perturbações da excitação sexual

Disfunção eréctil no homem (impotência)

Incapacidade persistente ou recorrente de ter ou manter uma erecção adequada até completar a actividade sexual. Existem vários padrões: sujeitos que relatam uma incapacidade de obter qualquer erecção desde a primeira experiência sexual; sujeitos que têm uma erecção adequada e perdem-na quando tentam a penetração; sujeitos que têm uma erecção suficientemente firme para a penetração, mas que a perdem antes ou depois de iniciar os movimentos sexuais; alguns homens relatam que são capazes de ter uma erecção com a masturbação ou ao acordar.

Perturbação da excitação sexual na mulher

Incapacidade persistente ou recorrente para atingir ou manter o estado de excitação (a nível fisiológico) até completar a actividade sexual. Mulheres com esta perturbação experienciam pouca ou nenhuma activação subjectiva.

Perturbações do orgasmo

Perturbação do orgasmo na mulher

Atraso persistente ou recorrente, ou ausência de orgasmo a seguir a uma fase de excitação sexual normal.

Perturbação do orgasmo no homem

Atraso persistente ou recorrente, ou ausência de orgasmo a seguir a uma fase de excitação sexual normal.

Ejaculação precoce

Início persistente e recorrente do orgasmo e ejaculação com estimulação sexual mínima, antes, durante ou imediatamente após a penetração e antes que a pessoa o deseje.

Perturbações de dor sexual

Dispareunia

Dor genital que se associa à actividade sexual. É mais habitual que ocorra durante a penetração, no entanto também pode ocorrer antes ou depois da actividade sexual.

Vaginismo

Contracção involuntária, recorrente ou persistente do terço externo da vagina quando se tenta a penetração vaginal com o pénis, dedo, tampão ou espéculo.

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Os vários tipos
A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública, constituindo o meio mais eficaz
Vacinas

As vacinas contêm antigénios, ou seja, substâncias derivadas ou quimicamente semelhantes a vírus ou bactérias que provocam doença, que quando administrada num indivíduo induz uma resposta imunitária protectora específica de um ou mais agentes infecciosos.

Ou seja, quando presentes no nosso organismo, não desencadeiam doença mas induzem o sistema imunitário a produzir proteínas de protecção (anticorpos) específicas para essas doenças. Assim, desenvolve-se protecção sem manifestação de doença. Isto é, deve desencadear uma reacção imunitária e não provocar a doença.

O antigénio da vacina é normalmente composto por microrganismos (vírus ou bactérias) completos, mortos ou atenuados, ou de um fragmento desses microrganismos, por exemplo, uma parte da parede celular de uma bactéria, uma toxina inactiva, etc. e que é apresentado em pequenas quantidades na dose da vacina, numa forma purificada, diluído num líquido estéril e, por vezes, combinado com adjuvantes, que amplificam a reacção imunitária.

Portanto, a vacina é uma medida de protecção que induz no indivíduo uma resposta imunitária como se tivesse sido realmente infectado pelo microrganismo. As vacinas são consideradas medicamentos, mas apresentam várias diferenças assinaláveis relativamente aos medicamentos clássicos. A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública, constituindo o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Além da protecção individual, a vacinação acarreta benefícios para toda a comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença.

Tipos de vacinas
Globalmente, consideram-se dois grandes tipos de vacinas:

Vacinas vivas atenuadas
O microrganismo (micróbio, normalmente bactéria ou vírus), obtido a partir de um indivíduo ou animal infectado, é atenuado por passagens sucessivas em meios de cultura ou culturas celulares. Esta atenuação diminui o seu poder infeccioso.

O microrganismo mantém a capacidade de se multiplicar no organismo do indivíduo vacinado (não causando doença) e induz uma resposta imunitária adequada. Normalmente, basta a administração de uma única dose para produzir imunidade para toda a vida (com excepção para as vacinas administradas por via oral).

As vacinas vivas atenuadas têm como desvantagem o risco de poder induzir sintomas (ainda que normalmente mais ligeiros) da doença que se pretende evitar e o risco de infecção do feto, no caso de vacinação de grávidas.

Exemplo de vacinas vivas atenuadas: BCG (vacina contra a tuberculose), vacina contra o rotavírus, vacina contra a varicela, VASPR (vacina contra o sarampo, papeira e rubéola) e vacina contra a febre-amarela.

Vacinas mortas ou inactivadas
Nas vacinas inactivadas os microrganismos são mortos por agentes químicos. A grande vantagem das vacinas inactivadas é a total ausência de poder infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no organismo do vacinado), mantendo as suas características imunológicas. Ou seja, estas vacinas não provocam a doença, mas têm a capacidade de induzir protecção contra essa mesma doença.

Estas vacinas têm como desvantagem induzir uma resposta imunitária subóptima, o que por vezes requer a necessidade de associar adjuvantes ou proteínas transportadoras e a necessidade de administrar várias doses de reforço.

Tipos de vacinas inactivadas

1. Inteiras (de vírus ou bactéria intactos)

De que são exemplo a vacina contra a hepatite A, vacina contra a encefalite japonesa, vacina contra a cólera, vacina contra a raiva.

2. Fraccionadas (contêm pequenas fracções ou porções de vírus ou bactérias)

2.1. Sub-unitárias - Exemplos: vacina antigripal, vacina contra a cólera

2.2. Toxóide - Exemplos: vacina contra o tétano, vacina contra a difteria

2.3. Polissacarídicas - Exemplos: vacina antipneumocócica de 23 serotipos

2.4. Conjugadas - Exemplos: vacina meningocócica do serogrupo C, vacina antipneumocócica, vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b

3. Novas vacinas - Existe ainda um grupo de novas vacinas que têm sido recentemente desenvolvidas por recombinação genética. Nestas vacinas, produzidas através de modernas técnicas de biologia molecular e engenharia genética, o antigénio é expresso (produzido) por outros microrganismos (por exemplo, leveduras). Exemplos destas vacinas incluem a vacina contra a hepatite B e a vacina contra o papilomavírus humano (HPV).

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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