Relacionamentos
As relações entre pais e filhos têm vindo a sofrer alterações muito vincadas ao longo dos tempos.
Adolescente sentada no parapeito interior da janela

Os contextos sociais e as realidades actualmente presentes, influenciaram naturalmente a relação já de si complexa que existe entre os membros do agregado familiar.

Apesar das modificações é necessário nunca esquecer os laços emocionais e afectivos que devem reger estes relacionamentos. A partir daqui é possível suplantar outros problemas que existam. Não existindo esses laços afectivos e permitindo um certo facilitismo entre a forma como se encara esta relação entre pais-filhos, isto implica, a longo prazo, um determinado distanciamento. Os pais acabam por ceder aos filhos, como forma de colmatar o tempo que não conseguem passar com eles, muitas vezes por motivos profissionais e acabam por desresponsabilizá-los em muitos elementos da vida, principalmente na altura em que estes estão a desenvolver o seu carácter. Como sabemos este facto pode provocar mutações profundas na forma de pensar de um jovem e na forma como este encara tanto os problemas como as responsabilidades da vida, seja a nível familiar, como indivíduo social e socializável, nos estudos, ou "no respeito pelo próximo”.

Os pais devem então ensinar os seus filhos a assumir a responsabilidade pelos seus actos, atribuir-lhes funções e cargos dentro da família, tarefas que só eles deverão desempenhar. No apurar da realização destas tarefas, os pais não podem nem ser autoritários, nem adoptar a postura de amigos, pois aí estarão a colocar-se ao nível dos filhos e esta responsabilização não irá acontecer. Ser autoritário não equivale a exercer autoridade neste caso. O pai tem que ser uma figura de autoridade, com um papel educativo e de modelo de responsabilidade e conhecimento, não autoritário com uma imposição de regras e valores pelo medo e pela força.

Ao longo do crescimento dos filhos, os pais têm que se aperceber que aqueles não serão crianças para sempre. Por exemplo, a nível da sexualidade, os pais devem acompanhar o desenvolvimento dos filhos e procurar estimular a maturidade e conhecimento destes face ao que são relações sexuais e o que pode estar adjacente à prática destas. É ainda necessário que, por exemplo quanto às saídas nocturnas, pais e filhos possam ter uma boa relação. Quer isto dizer que é importante que os pais saibam quem são os amigos dos filhos, que saibam onde estes vão, que sítios frequentam. Por outro lado é necessário que os filhos percebam que existem horas de chegada, horas de saída e que as regras de casa têm de ser obedecidas.

Estes meios de responsabilização e de bom relacionamento estão relacionados com questões de postura da família. Esta deve funcionar como a área onde ambos, pais e filhos, se sentem bem. Os pais devem ouvir a opinião dos filhos. É fundamental para o bom desenvolvimento de uma criança, ou adolescente que os pais questionem a opinião dos seus filhos, seja em matérias mais ligeiras, seja em matérias mais relevantes ou que digam respeito ao núcleo familiar. Com isto fazem com que os seus filhos se sintam relevados facilitandoa comunicação e permitindo que crianças e jovens se sintam também mais à vontade para partilhar com os pais experiências e opiniões que digam respeito a acontecimentos sobre a sua vida.

Os filhos embora digam que os pais não os compreendem, sentem uma enorme necessidade de perceber que os pais se preocupam com eles. Conseguindo esta harmonia no diálogo familiar, em que a opinião de cada membro deste núcleo é ouvida e respeitada, esta vai ajudar muito na fase da adolescência, altura em que, normalmente, os jovens têm muita dificuldade em aceitar opiniões diferentes da sua. Ao ver que a sua opinião é respeitada e ouvida com atenção, os adolescentes tendem a perder a relutância em ouvir opiniões contrárias à sua.

Não podemos esquecer que existem sempre alguns elementos da vida que não podem ser partilhados, mas, adoptando esta técnica, consegue-se na maioria dos casos um ambiente familiar mais harmonioso.

A fórmula não resulta em todos os casos, mas famílias que conversam mais, que passam mais tempo juntas, em tempo de qualidade entre os membros, onde cada um está efectivamente com o outro, ou outros membros e que se sentem próximos, amados e preocupados têm mais hipóteses de sucesso e de criar laços fortes entre os membros.

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Quais os perigos?
A internet é sem dúvida uma ferramenta de grande utilidade para todos, contudo há que ter algum cuid

Quais os principais perigos de comprar medicamentos na internet sem segurança?
Quem aposta a sua saúde na internet, comprando medicamentos fora dos canais licenciados, corre riscos desnecessários. Eis alguns:

Mesmo que o site tenha uma aparência credível, isso não significa que esteja autorizado a vender medicamentos pela internet, não estando garantida a segurança, qualidade e eficácia dos medicamentos.

  • Os medicamentos podem ser falsificados ou contrafeitos, terem a composição alterada, estarem fora do prazo ou terem sido transportados sem quaisquer precauções; como consequência, podem não fazer o efeito pretendido ou causar efeitos secundários inesperados.
  • Muitos sites vendem medicamentos sem que haja a intervenção de um profissional de saúde, sem considerarem a história clínica ou a existência de outras doenças, aumentando o risco para quem os toma.
  • O medicamento encomendado pode não chegar a ser enviado ou ficar retido na Alfândega.
  • Alguns sites não garantem a confidencialidade dos dados pessoais.

Como comprar medicamentos na internet em segurança?
Para não arriscar a sua saúde, saiba como pode usar a internet para encomendar medicamentos:

  • Em Portugal, só as farmácias e os locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica que estejam registados no Infarmed podem aceitar encomendas de medicamentos através da internet.
  • O facto de um site estar sediado em Portugal ou ser escrito em português não significa que esteja autorizado a utilizar a internet para receber encomendas de medicamentos.
  • A compra através dos sites registados no Infarmed garante que a dispensa dos medicamentos é feita pelos profissionais habilitados daqueles estabelecimentos; garante ainda que o transporte dos medicamentos é feito em condições controladas e que, no acto de entrega, são prestadas as informações necessárias à toma do medicamento.

Para saber quais os sites registados, consulte a lista de farmácias e locais de venda autorizados no site do Infarmed.

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Gestão da qualidade
A gestão da qualidade do ar interior implica uma correcta gestão das fontes de poluentes, a partir d

Deverá existir ventilação adequada, de modo a eliminar as fontes de poluição do interior do edifício, bem como uma correcta instalação e manutenção de filtros para o ar exterior.

Existem algumas medidas preventivas que deverão ser adoptadas nos locais de trabalho, no sentido de melhorar a qualidade do ar no interior de edifícios, tais como: boa concepção dos edifícios e do sistema de ventilação, tendo em atenção o número de ocupantes previsto para cada espaço e os locais onde é efectuada a tomada de ar do exterior; instalação de equipamento poluente em compartimentos isolados e com ventilação adequada; criação de áreas próprias destinadas a fumadores; manutenção periódica dos sistemas de ar condicionado; colocação do mobiliário de escritório de forma a não dificultar a circulação do ar; manutenção das instalações em perfeito estado de limpeza; armazenamento de géneros alimentícios em locais adequados para o efeito; despejo frequente dos contentores de lixo, de modo a dificultar a multiplicação microbiológica; realização da vigilância periódica da qualidade do ar interior.

Relativamente ao radão (um gás nobre), a solução passa por uma ventilação adequada das habitações. As concentrações anuais de radão interior apresentam normalmente uma variação sazonal, sendo mais elevadas no Inverno, quando há maior tendência para manter janelas fechadas, diminuindo a ventilação dos edifícios. As recomendações internacionais estabelecem valores limite para as concentrações anuais de radão os valores de 400 Bq/m3 para edifícios existentes e de 200 Bq/m3 novos edifícios. O Departamento de Protecção Radiológica e Segurança Nuclear do Instituto Tecnológico e Nuclear presta um serviço de medição das concentrações de radão em habitações e locais de trabalho, podendo ser contactado para o efeito.

Nas construções futuras poderão ser implementadas medidas adicionais de precaução, de natureza simples, mas eficazes, como a impermeabilização do chão com telas ou a construção de almofadas de ar sob os edifícios para ventilar o radão para o exterior antes de este poder penetrar nas habitações.

Uma escolha cuidadosa dos materiais de construção terá também grande impacto na redução dos níveis de radioactividade no interior das habitações.

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Doença do comportamento
A anorexia nervosa é uma doença comportamental complexa que envolve aspectos psicológicos, fisiológi
Mulher anorética a ver-se ao espelho

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por uma rígida e insuficiente dieta alimentar e que traduz em baixo peso corporal. É uma doença complexa que envolve os componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. As pessoas que sofrem deste transtorno estão constantemente na busca implacável pela magreza e leva os doentes a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. Para além disso, as pessoas anorécticas apresentam um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição e em 90 por cento dos casos acomete mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos.

Raparigas oriundas de meios socioeconómicos e culturais mais elevados e diferenciados têm uma maior incidência desta perturbação. Têm muitas vezes características obsessivas, com tendência para o perfeccionismo intelectual e, frequentemente, outros membros da família já tiveram sintomas semelhantes.

Por outro lado, é comum a anorexia ter início nas vulgares dietas que as adolescentes fazem e o quadro avança para anorexia quando a dieta e a perda de peso subsistem até que a pessoa atinge níveis de peso muito inferiores aos esperados para a sua idade, perdendo a autocrítica sobre a situação. Ou seja, a preocupação com o peso e a forma corporal leva a adolescente a iniciar uma dieta progressivamente mais selectiva, evitando ao máximo alimentos de alto teor calórico.

Mesmo depois de apresentar um peso abaixo do considerado normal, a pessoa continua a sentir-se gorda e acaba por se tornar escrava das calorias e de rituais em relação à comida. Isola-se da família e dos amigos, ficando cada vez mais triste, irritada e ansiosa. Dificilmente, a pessoa admite ter problemas e não aceita ajuda de forma alguma. Por vezes, a família demora a aperceber-se que alguma coisa de errado se passa. Em consequência disso, há muitas doentes com anorexia nervosa que podem não receber tratamento médico, ou o recebam tardiamente quando já estão perigosamente magras e desnutridas.

Sintomas

Raramente um anoréctico reconhece o seu transtorno alimentar e procura ajuda, portanto cabe muitas vezes a familiares e amigos que suspeitam de anorexia nervosa procurar ajuda de profissionais. Muitos dos sinais que indicam anorexia incluem:

- Perda de peso num curto espaço de tempo;
- Exercícios físicos em excesso;
- Depressão, ansiedade e irritabilidade;
- Períodos menstruais irregulares ou mesmo inexistentes;
- Interesse exagerado por alimentos;
- Comer em segredo e mentir a respeito de comida;
- Progressivo isolamento da família e amigos;
- Acreditar que se está gordo, mesmo estando excessivamente magro;
- Obsessão com o peso corporal;
- Negação quando questionado sobre o transtorno;
- Contagem obsessiva de calorias;
- Saltar refeições;
- Brincar com a comida no prato em vez de comer;
- Ingerir apenas um determinado tipo de comida;
- Vestir (para esconder o corpo) roupa larga ou disforme;
- Reduzido ou inexistente apetite sexual;
- Baixos níveis de energia.

Diagnóstico

Um diagnóstico de anorexia só pode ser feito por um médico qualificado, habitualmente um psiquiatra. Para diagnosticar anorexia têm de surgir quatro critérios de diagnóstico. Os critérios padrão para o diagnóstico de anorexia incluem a recusa do indivíduo em manter um peso corporal apropriado para a sua altura e idade (normalmente 15 por cento abaixo da média), um medo intenso de ficar "gordo" ou com excesso de peso, mesmo quando magríssimo, uma falta de auto-confiança relacionada com uma auto-imagem distorcida e a perda de períodos menstruais durante pelo menos três meses (obviamente não incluído no diagnóstico masculino). Se a anorexia é diagnosticada de acordo com critérios de doença mental, um anoréctico também precisará de um exame físico completo para determinar a extensão da doença ou da injúria que foi causada por esta transtorno alimentar.

Ainda segundo alguns investigadores é também importante juntar a estes critérios a existência de, pelo menos, dois dos seguintes sinais:

- Amenorreia (falta da menstruação);
- Lanugo;
- Bradicardia (menos de 60 batimentos por minuto);
- Hipotermia;
- Hiperactividade física;
- Vómitos;
- Episódios bulímicos (ocorrem em cerca de 1/3 dos casos).

O quase desaparecimento do tecido adiposo, uma atrofia muscular considerável, uma pele seca acompanhada de problemas de micro circulação, acrocianose (coloração azulada persistente e indolor em ambas as mãos), lanugo disseminado e uma hipotensão arterial (diminuição da pressão arterial) são alguns dos factores que contribuem para um diagnóstico de gravidade da doença. Por outro lado, a desnutrição e desidratação, a anemia, intolerância ao frio, motilidade gástrica diminuída, amenorreia, sinais de osteoporose e infertilidade são outros sinais de gravidade.

Causas

A anorexia habitualmente tem início na adolescência, mas pode ter início na infância ou, posteriormente, dos 20 aos 40 anos de idade.

Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa e são apontados factores biológicos, psicológicos, familiares e culturais para o seu desenvolvimento. Alguns estudos/autores chamam atenção para que a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais pode estar fortemente associada à ocorrência destes quadros.

Tratamento

O tratamento da anorexia nervosa costuma ser demorado e difícil. A negação do problema é frequente, logo o percurso pode ser longo até à recuperação. As recaídas são comuns e, por isso, o doente deve permanecer em acompanhamento, mesmo após melhora dos sintomas.

O objectivo primordial do tratamento é a recuperação do peso corporal através de uma reeducação alimentar com apoio psicológico. Em geral, é necessária psicoterapia para ajudar o doente a lidar com sua doença e com as questões emocionais subjacentes. Por isso o tratamento deve ser realizado por uma equipa multidisciplinar formada por diferentes especialistas (psiquiatra, clínico, nutricionista..) em função da gravidade da situação, uma vez que existe nesta doença uma complexa interacção de problemas emocionais e fisiológicos.

Há, portanto, recurso a grupos de apoio ou terapia de grupo, planeamento nutricional e do tipo de exercício físico desenvolvido, bem como, a terapêutica medicamentosa. Havendo risco de vida, o doente é habitualmente hospitalizado.

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Doença de pele
A rosácea é uma doença inflamatória crónica que afecta principalmente os adultos após os 30 anos de
Pele afetada por rosácea

A rosácea é uma doença vascular inflamatória crónica e frequente da pele que afecta sobretudo a face e que se caracteriza, inicialmente, por vermelhidão episódica e, posteriormente, por vermelhidão persistente e lesões inflamatórias, como edemas e pápulas podendo ser acompanhados por pústulas e nódulos.

Afecta principalmente pessoas adultas entre 30 e 50 anos de idade, embora possa surgir na adolescência, e é mais frequente nas mulheres com quadros mais extensos e moderados. Já as formas mais localizadas e graves - o rinofima - são encontradas mais comummente nos homens.

A rosácea foi observada com maior frequência em doentes de pele clara, principalmente os tipos célticos da Europa setentrional, pelo que é conhecida popularmente como "a maldição dos celtas." Por isso, raramente é observada em pessoas de raça negra.

Com frequência a doença manifesta-se por exacerbações episódicas pelo que é importante que o doente saiba como lidar com os surtos agudos. Em primeiro lugar deve tentar descobrir o que a poderá ter causado, por exemplo experimentou novos cosméticos, frequentou sauna, ingeriu álcool, etc., para poder minorar os sintomas. 

Causas

A verdadeira causa da rosácea é desconhecida. Ao longo dos anos suspeitou-se da implicação de diversos factores no seu surgimento, mas em nenhum caso houve confirmação. Entre eles o parasita Demodex folliculorum, presente nos folículos pilo-sebáceos, parece estar envolvido no desenvolvimento da doença apenas de forma oportunista. Também os factores hereditários e ambientais, alterações hormonais, como as da gravidez, a menstruação ou a pré-menopausa, as enxaquecas, alterações gastrointestinais são hipóteses levantadas pelos especialistas como podendo ser a causa da rosácea.

Além disso, vários factores relacionados com os hábitos de vida podem desencadear um surto em pessoas afectadas por rosácea. Por exemplo, certos alimentos podem piorar o quadro em alguns pacientes (café, bebidas alcoólicas, picles, pimenta e molhos quentes). Além disso, frio e calor intenso, assim como a exposição solar, podem estar implicados na piora das lesões. A pele danificada pelo sol ao longo dos anos também pode predispor ao surgimento da doença. 

Sintomas

A doença atinge principalmente a região central da face. O quadro inicia-se por vermelhidão, a princípio transitória, mas que depois torna-se persistente. Com a progressão da doença, surgem também pequenos vasos sanguíneos dilatados (telangiectasias), lesões avermelhadas e elevadas (pápulas) e pústulas (pontos amarelos), que parecem espinhas, daí a denominação acne rosácea, pela semelhança com a acne.

Casos mais graves podem atingir áreas extensas da face, com inflamação e edema da pele, formando placas avermelhadas e nódulos. Em alguns pacientes podem ocorrer alterações oculares inflamatórias, como conjuntivite ou inflamação da córnea, pálpebra e íris.

Nos homens, o quadro pode ser mais grave e a evolução da doença pode levar ao surgimento do rinofima, quando ocorre o aumento do volume do nariz, cuja pele se apresenta infiltrada, com os poros dilatados e com elevações na superfície. 

Tratamento

Não há tratamento curativo para a rosácea. Contudo, existem vários tratamentos que reduzem eficazmente os sintomas e, inclusivamente, que os suprimem. É importante que a doença seja tratada precocemente para não piorar ou evoluir para formas mais difíceis de tratar. Para além disso, a progressão da doença pode desfigurar o rosto, o que em muitos doentes provoca perda de auto confiança e, inclusive, depressão.

A consulta com um especialista é, portanto, importante para que lhe possa prescrever um tratamento eficaz, habitualmente com medicamentos que são utilizados isoladamente ou de forma combinada. Na rosácea ligeira ou moderada deverá aplicá-los directamente sobre a pele (tratamento por via tópica), enquanto nas formas intensas, por vezes, é indispensável um tratamento sistémico que consiste na toma de comprimidos.

É importante também que evite todos os factores que desencadeiam exacerbações episódicas. 

Subtipos da doença

Em geral, a rosácea tem um longo período de evolução. Inicialmente, pode manifestar-se como uma tendência a corar com facilidade e um subtil avermelhamento do rosto, estado que poderá descrever-se como fase de pré-rosácea. De acordo com a classificação da National Rosacea Society dos Estados Unidos, a doença pode dividir-se em quatro subtipos. 

Subtipo 1

Caracteriza-se por vermelhidão facial persistente (eritema) acompanhada de episódios de rubor (crises de vermelhidão com sensação de calor e ardor) e aumento do tamanho dos vasos sanguíneos (telangiectasias). 

Subtipo 2

Existe um rubor persistente ao qual se somam alterações inflamatórias características denominadas pápulas ou pústulas. Durante esta fase da doença em concreto, a rosácea pode parecer-se com a acne, mas, ao contrário desta, não existem pontos negros nem brancos. 

Subtipo 3

Nos casos intensos, como o subtipo 3, aparecem grandes nódulos inflamatórios acompanhados por um espessamento da pele, o que, por sua vez, pode derivar nas "fimas" da rosácea, localizadas geralmente no nariz (rinofima), mas também por vezes na testa e no queixo. 

Subtipo 4

Caracteriza-se pelo surgimento de lesões oculares, que afectam aproximadamente 50% das pessoas que sofrem de rosácea (rosácea ocular). Os sintomas mais frequentes são ardor ou comichão, sensação de corpo estranho e secura ocular, assim como intolerância à luz. É frequente que o oftalmologista não identifique estas perturbações, mas devem ser tratadas, pois podem conduzir a complicações oculares ainda mais graves.

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Estudo
Um estudo realizado pela empresa de Neuromarketing Labs concluiu que os aficcionados de séries sentem os mesmos sintomas de...

Produtos televisivos como The Walking DeadBreaking Bad, A Teoria do Big Bang ou Guerra dos Tronos podem criar síntomas físicos de adição como suores, pulsação acelerada e descida da temperatura corporal.

O relatório da Neuromarketing Labs assegura que, quando um espectador está a assistir a uma dessas séries, o corpo segrega uma conjunto de hormonas que têm ainda um efeito "calmante". Isto porque, revela o mesmo estudo, o cérebro humano é masoquista, na medida em que prefere as séries que despertam emoções mais fortes - sejam elas positivas ou negativas - e por isso mesmo precisa de algo que contraponha de imediato esse efeito.

Saiba o que fazer
A Organização Mundial da Saúde e a Comissão da União Europeia consideram de grande importância todas

Aspectos valorizados:

  • A autonomia é uma vertente central do envelhecimento saudável. Promover a autonomia das pessoas idosas, o direito à sua autodeterminação, mantendo a sua dignidade, integridade e liberdade de escolha;
  • A aprendizagem ao longo da vida é um outro aspecto que muito contribui para se envelhecer saudavelmente, porque contribui para que se conservem as capacidades cognitivas;
  • Manter-se activo mesmo após a reforma é uma das formas que mais concorre para a manutenção da saúde da pessoa idosa nas suas diversas componentes, física, psicológica e social.

O envelhecimento saudável depende do equilíbrio entre o declínio natural das diversas capacidades individuais, mentais e físicas e a obtenção dos objectivos que se desejam.

A satisfação pessoal está relacionada com a aptidão para seleccionar objectivos apropriados à realidade circundante e à sua possibilidade de concretização.

A pessoa idosa precisa fazer a adequação entre o que deseja e o que devido aos recursos individuais e colectivos acessíveis e disponíveis é possível alcançar e querer.

Todos podemos contribuir para que qualquer pessoa idosa tenha objectivos de vida realistas e concretizáveis e desse modo encontre a satisfação que irá ter uma influência muito positiva na sua saúde.

Prevenção da doença
A prevenção das doenças, atrasando o seu aparecimento ou diminuindo a sua gravidade é uma componente fundamental do envelhecimento saudável.

De seguida salientamos alguns aspectos relacionados com a prevenção das doenças mais comuns das pessoas idosas.

Doenças cardiovasculares e Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Para prevenção destas doenças é conveniente:

  • Fazer actividade física regular e adequada à idade e ao estado de saúde da pessoa idosa;
  • Dar atenção à alimentação, evitando o consumo excessivo de sal, de gorduras, açúcar e aumentando a ingestão de frutas e vegetais;
  • Tentar diminuir o excesso de peso;
  • Diminuir ou cessar os hábitos tabágicos;
  • Fazer o controlo médico da tensão arterial, dos níveis de glicose e colesterol do sangue.

Cancro
Para prevenção destas doenças é conveniente:

  • Alguns cuidados a ter na prevenção do cancro são coincidentes com os das doenças cardiovasculares e AVC, como a prática da actividade física, os cuidados com a alimentação, a diminuição do excesso de peso e não fumar.
  • Deve evitar a exposição demorada ou excessiva ao sol;
  • É importante fazer os rastreios periódicos:

1.       Do cancro do colo do útero;

2.       Do cancro da mama;

3.       Do cancro do cólon e do recto.

Solidão
A promoção do envelhecimento saudável tem como uma das suas principais vertentes a prevenção do isolamento social e da solidão das pessoas idosas.

A qualidade de vida, o bem-estar, a manutenção das qualidades mentais estão directamente relacionadas com a actividade social, o convívio, o sentir-se útil a familiares e/ou à comunidade.

  • As pessoas idosas devem participar em actividades de grupo, de preferência intergeracionais, actividades de aprendizagem e de conhecimento de novos lugares.
  • É também indispensável participar em grupos de suporte para pessoas isoladas, viúvas/os, pessoas idosas com deficiência, motora, cognitiva ou outra e, em certos casos, procurar o aconselhamento por profissionais de saúde mental, serviço social ou terapeutas ocupacionais.

Medicação
As pessoas idosas têm com alguma frequência vários medicamentos para tomar.

  • Como é importante não trocar o horário em que se devem tomar os diferentes medicamentos, tenha consigo uma folha de papel com a informação detalhada das horas a que deve tomar os diferentes medicamentos para que não existam enganos.
  • Caso por qualquer razão não tenha esta informação solicite-a ao seu médico. Porque tomar os medicamentos de forma diferente do que o médico aconselhou pode trazer problemas.

Depressão
A depressão é uma das afecções mais comuns das pessoas idosas com grande influência no seu bem-estar. A tristeza e o isolamento, em geral acompanham este problema.

Se sente que possa estar com depressão procure apoio psicoterapêutico falando com o seu médico ou psicólogo.

  • Numa perspectiva de promoção da saúde mental, a depressão pode ser evitada ou pode melhorar com as actividades de ar livre e de grupo que podem ser uma das formas principais de terapia para a depressão das pessoas idosas.

Funções mentais e cognitivas
As funções mentais e cognitivas têm uma enorme importância na autonomia da pessoa idosa.

Estas capacidades têm tendência a diminuir com a idade, mas pode ser feita a prevenção desse enfraquecimento com actividades de vários tipos, que devem ser fomentadas.

  • Em especial, são promotoras das capacidades cognitivas, a leitura, os treinos da memória, a aprendizagem de novos conhecimentos, as actividades com as mãos, o convívio com outras pessoas, de preferência de várias gerações.

Sociabilidade
Conviver, é fundamental para a prevenção de diversos problemas das pessoas idosas e para a promoção do envelhecimento saudável.

Todas as estratégias que sejam possíveis de desenvolver e que promovam o convívio e a sociabilidade são de grande valia para as pessoas idosas, tendo um efeito na sua saúde, qualidade de vida e bem-estar.

O trabalho voluntário pode ser um instrumento essencial para a promoção da sociabilidade, porque desenvolve o sentido de pertença a uma comunidade, o sentimento de ajuda e de se sentir útil, com efeitos positivos na auto estima e na saúde, em suma é uma excelente forma de promover o envelhecimento saudável.

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Saiba tudo
A infecção urinária na criança é frequente na prática clínica diária ocupando o segundo lugar entre

Até ao primeiro ano de vida há um predomínio das infecções urinárias no sexo masculino e a partir desta idade tornam-se mais frequentes no sexo feminino por razões anatómicas, já que as meninas têm uma uretra mais curta, facilitando a passagem de bactérias do exterior para o interior da bexiga. No sexo masculino, a fimose (aperto do prepúcio, que é a pele que envolve a extremidade do pénis), ou as aderências do prepúcio associadas a uma higiene deficiente desta região, podem também favorecer as infecções urinárias por via ascendente, mas em número inferior às que afectam as meninas.

As infecções urinárias englobam um grupo de situações em que há um crescimento significativo de colónias de microrganismos no aparelho urinário. Estes agentes são, na sua maioria, bactérias que colonizam o intestino e que sobem pelo aparelho urinário até à bexiga ou até ao rim causando infecção. No entanto, as infecções urinárias podem surgir de duas formas distintas, uma através de bactérias que contaminam o sangue e infectam secundariamente o aparelho urinário (via hematogénea), e outra, mais frequente, a partir de bactérias presentes na região do períneo (zona que rodeia o ânus e os genitais), que a partir da abertura da uretra infectam outras zonas do aparelho urinário (via ascendente).

A primeira forma de infecção (via hematogénea) é característica do 1º mês de vida, enquanto depois dessa idade a grande maioria das infecções urinárias se faz por via ascendente. A possibilidade de infecção por via ascendente está associada não só a deficiente higiene do períneo (onde se encontram microrganismos da flora intestinal transportados nas fezes), como a proliferação de bactérias se existem condições que facilitam a permanência prolongada da urina na bexiga (tais como o esvaziamento pouco frequente ou incompleto da bexiga ou a existência de anomalias do aparelho urinário).

Sintomas
Os sintomas são variáveis e frequentemente inespecíficos, tornando-se mais específicos à medida que aumenta a idade da criança, nomeadamente na sua capacidade de localização da infecção à bexiga (cistite) ou ao rim (pielonefrite). Na criança mais velha e no adolescente a sintomatologia é perfeitamente sobreponível à descrita para o adulto e com alguma facilidade permite distinguir a localização da infecção.

Assim, no caso de a infecção estar confinada à bexiga os sinais e sintomas mais frequentes são: dor e ardor ao urinar, urinar às "pinguinhas”, dor ou desconforto abdominais, incontinência, emissão de urina com cheiro ou impossibilidade de controlar a saída da urina (enurese). Para dificultar o quadro, as meninas têm frequentemente irritação da região genital (vulva), que pode causar também ardor durante a micção sem que haja infecção. Se a infecção se localizar no rim podem estar presentes sintomas como: febre elevada, náuseas e vómitos, mal-estar geral, dor lombar e ocasionalmente diarreia.

No recém-nascido e nos lactentes torna-se praticamente impossível identificar queixas como a dor ou o ardor ao urinar pelo que suspeita-se da infecção urinária na presença de febre, gemido, vómitos, recusa alimentar, irritabilidade ou perda de peso.

Factores de risco
São vários os factores de risco, sendo o principal o facto de pertencer ao sexo feminino. Nas raparigas as infecções urinárias ocorrem frequentemente no início do treino vesical, ou seja, quando a criança começa a deixar as fraldas. Nesta fase há uma tentativa de reter a urina para permanecer seca, contudo, a bexiga pode apresentar contracções originando um fluxo urinário turbulento ou um incompleto esvaziamento da mesma. Deste modo aumenta a probabilidade de multiplicação de agentes infecciosos na urina e, portanto, de infecção urinária.

Outros factores de risco são a não circuncisão dos rapazes, a colocação de algália ou da realização de exames complementares de diagnóstico, a obstipação que causa uma disfunção do esvaziamento de urina, higiene dos genitais feita de trás para a frente nomeadamente nas raparigas ou a utilização de roupa interior apertada.

Também a patologia do aparelho urinário com obstrução à passagem do fluxo urinário ou no refluxo da urina que se encontra na bexiga para o rim, a bexiga neurogénica com disfunção do funcionamento do músculo da bexiga.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito após suspeita clínica. A confirmação faz-se através da análise da urina (urina II) e da urocultura. O especialista pode ainda considerar importante a realização de análises de sangue para identificar a localização da infecção urinária.

Tratamento
As infecções urinárias tratam-se com a administração de antibiótico, aumentando a ingestão de líquidos e corrigindo os factores que predispõem à infecção.

Têm indicação para serem tratadas todas as infecções urinárias sintomáticas e todos aqueles em que são identificadas bactérias na urina, mesmo sem apresentarem quaisquer sintomas, se existirem doenças nefro-urológicas ou doenças crónicas que condicionem susceptibilidade aumentada às infecções.

A escolha do fármaco deve ter em conta os agentes infecciosos mais frequentes, a idade e os antecedentes da criança, as resistências antibióticas locais, a gravidade da situação clínica e se houve ou não tratamento recente com antibiótico.

Há situações em que o especialista pode considerar a hipótese de instituir um tratamento preventivo, nomeadamente quando a infecção urinária ocorre no primeiro ano de vida, quando há infecções de repetição ou foram diagnosticadas anomalias do aparelho urinário (por ex. refluxo vesico uretral).

O objectivo do tratamento profilático é evitar as re-infecções, que podem deixar cicatrizes renais e causar complicações tardias graves, como a hipertensão arterial de causa renal ou a insuficiência renal.

Isto porque embora a maioria das infecções urinárias precocemente diagnosticadas e correctamente tratadas evoluam para a cura sem complicações, sabe-se 5 a 10 por cento das crianças com infecção urinária sintomática acompanhada de febre ficam com cicatrizes renais.

As infecções repetidas, incorrectamente tratadas ou de maior gravidade, podem originar complicações tardias e as que têm envolvimento renal (pielonefrite) podem provocar uma disseminação das bactérias através do sangue causando uma infecção generalizada e grave (sepsis). A probabilidade de isto suceder é bastante superior nos três primeiros meses de vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Malo Clinic
Durante a gravidez o bem-estar da mãe e do futuro bebé deve ser sempre a prioridade.

Em geral existe a ideia de que o surgimento de alguns problemas dentários, como a perda de dentes, deve-se à gravidez, pela diminuição da concentração de cálcio nos dentes. Contudo, não existe nenhuma evidência histológica, química ou radiográfica que suporte esta suposição. Na verdade, o cálcio presente nos dentes encontra-se sob uma forma sólida cristalina, não estando, de forma alguma, disponível para as necessidades do feto. O cálcio que o bebé necessita provém da dieta e, se insuficiente, o corpo da mãe irá fornecer esse mineral através do armazenado nos ossos. Ter uma dieta equilibrada é assim fundamental para que sejam ingeridos os nutrientes necessários à mãe e ao feto, uma vez que o que é ingerido durante os nove meses de gravidez afetará o desenvolvimento do feto, incluindo os dentes.

Um dos problemas mais vulgares na saúde oral durante a gravidez é a gengivite gravídica (inflamação gengival), sendo bastante comum entre os 2 e os 8 meses de gestação. Pode originar gengivas avermelhadas, sensíveis ou o aumento do volume com tendência a sangrar aquando a escovagem. Estas alterações gengivais estão muitas vezes associadas a alguma falta de atenção com a higiene oral, bem como aos irritantes locais, nomeadamente a placa bacteriana. Todavia, as alterações hormonais consequentes da gravidez poderão exacerbar esta inflamação gengival. São por isso indicadas consultas de higiene oral mais frequentes durante o segundo trimestre ou início do terceiro, de forma a evitar o aparecimento de complicações futuras. Podem também aumentar os fatores cariogénicos, devido ao aumento de apetite e em alguns casos uma dieta mais desequilibrada (muitas vezes o desejo por algo doce), o que associado a menores cuidados com a higiene oral, pode aumentar o risco de aparecimento de lesões de cárie, tendo estas que ser controladas e/ou tratadas.

As infeções dentárias, como por exemplo abcessos, devem igualmente ser tratadas. Cada situação, após um correto diagnóstico, deve ser alvo do tratamento adequado de forma a manter a saúde da mãe e do bebé, evitando assim possíveis riscos para o feto. Os tratamentos deverão ser efetuados preferencialmente durante o segundo trimestre de gravidez e a primeira metade do terceiro. As urgências deverão ser sempre tratadas, uma vez que poderão causar o aumento de stresse na mãe, colocando desta forma o feto em perigo. Nos tratamentos que exijam sedação ou prescrição de medicamentos que levantem incertezas, deverá ser contactado o obstetra.

As radiografias podem ser necessárias tanto para os tratamentos dentários rotineiros como em situações de emergência que não possam aguardar até ao nascimento do bebé. Apesar das radiações provenientes das radiografias dentárias serem extremamente baixas, no entanto, deverão ser tomadas todas as precauções necessárias para minimizar a exposição à radiação. O avental de chumbo minimiza a exposição à radiação e deverá ser utilizado em qualquer radiografia.

A anestesia local na dose adequada, muitas vezes indispensável para efetuar tratamentos dentários, não comporta qualquer risco para o futuro bebé. Contudo, a quantidade de anestesia deverá ser a mínima possível, mas sempre a suficiente para manter a mãe confortável uma vez que a redução do stresse é benéfica para ambos.

A gravidez é um momento especial, durante a qual devem existir cuidados adequados de forma a proporcionar uma vida saudável à mãe e ao seu bebé.

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Estudo
Não fumadores e ex-fumadores são menos depressivos do que aqueles que ainda fumam.

Estudos recentes estão a terminar com o mito de que o cigarro pode funcionar como "calmante" em momentos de ansiedade e nervosismo.

O hábito de fumar, na verdade, pode tornar as pessoas mais infelizes e levar à depressão, aponta um estudo feito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, Brasil. A investigação, publicada no 'British Journal of Psychiatry' e apresentado numa conferência nos EUA, foi realizada com 1.021 pacientes e comparou grupos de fumadores, ex-fumadores e pessoas que nunca fumaram.

Os resultados mostraram que os primeiros atingiram, em média, 50% mais pontos do que os demais numa escala usada para medir o grau de depressão.

Entre o grupo de tabagistas, os que fumavam mais cigarros por dia e por mais tempo apresentaram quadros de depressão mais profundos.

Para o pneumologista José Miguel Chatkin, coordenador do estudo, os resultados reforçam a noção de que a nicotina ou outras substâncias inaladas no fumo do cigarro podem ser causadores de ansiedade e depressão."Inúmeros trabalhos têm mostrado que o grau de ansiedade e de depressão em fumadores são maiores. Não fumadores e ex-fumadores são mais felizes em vários aspectos da vida, como satisfação com a posição profissional e com a vida pessoal", explica o mesmo médico.

O estudo não constatou diferenças significativas entre homens e mulheres. Também mostrou que ex-fumadores apresentavam um grau de ansiedade ou depressão praticamente igual ao do grupo de pessoas que nunca fumou, resultado considerado importante para orientar o trabalho de especialistas no tratamento de pacientes que desejam abandonar o vício. 

Estudo
Um estudo internacional, liderado por investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), revelou que as...

"Até agora, o nitrito era sinónimo de molécula altamente tóxica associada ao cancro do estômago e os polifenóis símbolo de antioxidantes", mas a investigação desenvolvida por aqueles especialistas demonstrou que a reacção destes compostos no estômago "pode evitar o desenvolvimento de úlceras pépticas", anunciou hoje a Universidade de Coimbra (UC).

A pesquisa revelou que «a dieta mediterrânica contém nitritos em quantidades elevadíssimas» (existentes nos vegetais verdes), assim como os polifenóis (presentes nos vegetais, na cebola, no vinho e na maçã, entre outros produtos), que, "em conjunto, produzem óxido nítrico (NO), molécula essencial para proteger o estômago de algumas patologias, através da regulação celular".

Estudo
Uma equipa de cientistas australianos criou um rim do tamanho de um feto de cinco semanas a partir de células estaminais.

"É mais pequeno do que um rim de um adulto. Essencialmente trata-se de um pequeno rim em desenvolvimento", explicou a cientista Melissa Little, do Instituto de Biociências Moleculares da Universidade de Queensland.

Os cientistas utilizaram um molde para a criação do órgão e destacaram que ainda são necessárias várias décadas para que se possam produzir órgãos para transplantes.

A curto prazo, esta conquista será útil para os testes de novos medicamentos de combate a doenças que afectam os rins e no futuro para melhorar os tratamentos médicos.

Este estudo foi publicado na revista científica "Nature Cell Biology".

Conheça os sintomas e saiba preveni-los
A obstipação, vulgarmente conhecida como prisão de ventre, é um problema com múltiplas causas.

 

Uma elevada percentagem da população portuguesa sofre, sofreu ou virá a sofrer de obstipação alguma vez na vida. Nessa altura reconhecerá os sintomas clássicos deste problema, também conhecido como prisão de ventre.

 

 

 

Estes incluem, entre outros:

  • Fezes duras que causam dor ao evacuar;
  • Ir à casa de banho com menos frequência do que o normal, não evacuando as vezes suficientes;
  • Dificuldades em defecar, apesar de ir à casa de banho com alguma regularidade;
  • Sensação de não ter "esvaziado" tudo depois de ir à casa de banho;
  • Dores de estômago ou inchaço.

Trata-se de uma situação benigna mas muito embaraçosa, inconveniente e até dolorosa.

A obstipação afecta cada indivíduo de forma diferente, uma vez que a motilidade intestinal reage aos hábitos de vida de forma diferente de pessoa para pessoa. Também por que as causas da obstipação são várias e podem incluir uma dieta pobre em fibras, ingestão insuficiente de líquidos, falta de exercício físico, entre muitas outras. Por isso, alterar os seus hábitos pode ser a melhor forma de evitar ficar obstipado.

Os alimentos, ou melhor os seus resíduos, vão sendo transformados em fezes conforme passam do estômago para o cólon. Se permanecerem demasiado tempo no cólon, podem secar e endurecer, o que resulta em fezes duras difíceis de evacuar. Isto é causado por:

  • Alimentação esporádica ou em porções muito pequenas;
  • Não ir à casa de banho quando sente necessidade;
  • Exercício físico insuficiente ou problemas de saúde;
  • Desidratação ou ingestão insuficiente de líquidos;
  • Falta de alimentos ricos em fibras;
  • Stress.

Em alguns casos, a obstipação é causada por medicação ou mesmo pela existência de doença intestinal. Na dúvida, consulte o seu médico ou farmacêutico. Deve também consultar o seu médico se sofrer de obstipação durante um período prolongado, se aparecer sangue nas fezes, se estiver com obstipação e perder peso repentinamente ou sentir dores agudas de estômago. Isto porque a saúde ou falta de saúde do seu cólon e sistema digestivo em geral, também podem ter uma grande influência no aparecimento da obstipação. Assegure-se que tem um cólon e sistema digestivo saudáveis para reduzir o risco de vir a sofrer desta afecção.

Obstipação crónica
A obstipação crónica ou funcional pode durar meses ou anos. É muitas vezes o resultado de dietas de fraca qualidade, falta de exercício e/ou líquidos e ignorar regularmente a vontade de ir à casa de banho.

Na verdade, não há uma definição única de obstipação crónica, mas o American College of Gastroenterology (AGG) caracterizou-a como "defecação insatisfatória que resulta em evacuação pouco frequente, passagem difícil de fezes ou ambas". Uma maneira fácil de entender a definição de obstipação crónica é uma frequência de evacuação inferior a três vezes por semana e que perdure vários meses. Conforme referido anteriormente, deve consultar o seu médico se sofre deste problema.

Como prevenir a obstipação

1. Exercício físico
Recomenda-se praticar 30 minutos de exercício físico diariamente para aumentar a mobilidade do intestino

2. Beber Água
Beber 1,5/2 litros de água por dia para obter uma hidratação suficiente das fezes e ser mais fácil expeli-las

3. Ingerir fibras
Uma dieta rica em fibras ajuda a regularizar os intestinos. Exemplos de alimentos ricos em fibras são cereais integrais, nozes, frutas e legumes

4. Ir à casa de banho com regularidade
Manter hábitos regulares para ir à casa de banho ajuda a evitar a obstipação. Procure manter uma hora certa todos os dias para ir à casa de banho, mesmo que não tenha vontade de evacuar. Demore o tempo que for preciso e criará uma rotina intestinal.

5. Contacte o seu médico
Contacte o seu médico imediatamente se detectar sangue nas fezes. Também pode obter informação sobre as diversas opções para tratar a obstipação junto do seu médico ou do seu farmacêutico. Existem, diferentes produtos que ajudam a diminuir os sintomas da obstipação, principalmente nos casos de obstipação crónica. São fáceis de tomar e de eficácia comprovada.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba como evitar
A fadiga afecta o conforto e a capacidade de desempenho.

A palavra fadiga, ou cansaço, é utilizada diariamente para descrevermos uma série de males físicos ou psíquicos provocados por diversos factores. O stress é actualmente a causa mais apontada para o estado de fadiga e cansaço que provoca um grande desconforto nas pessoas, mas existem muitos factores que podem contribuir para a fadiga. É natural sentir-se cansado ao fim de um dia de trabalho, ou até depois de uma noite mal dormida, no entanto, se esse cansaço persistir durante semanas pode ser um sinal de alerta para hábitos de rotina errados ou mesmo para problemas físicos ou psicológicos que devem ser avaliados.

Problemas como a falta de sono, deficiente ou má alimentação e nutrição, infecções várias, gripes e constipações, doenças oncológicas, a SIDA, a obesidade, a anemia, o alcoolismo e o abuso de drogas são, entre outros, os mais propensos causadores da fadiga. Os sintomas mais frequentes são o cansaço físico que se traduzem em dores musculares, dores de cabeça, cãibras e mal-estar geral, mas também o cansaço intelectual com falhas de memórias, baixo estado de ânimo, ansiedade, depressão ou défice de concentração.

A chegada do Outono e do Inverno costuma ser uma época muito referida para o aparecimento destes sinais. A diminuição de luz (com os dias mais pequenos), o regresso ao trabalho após o período de férias de Verão estão entre as explicações dos especialistas para o aparecimento dos sintomas. É importante identificar a causa desse estado para a remediar. Habitualmente, pequenas mudanças no estilo de vida e na dieta podem ajudá-lo a melhorar os sintomas de fadiga ou mesmo interrompê-la. Se a fadiga persistir, então é importante procurar o aconselhamento de um profissional de saúde, médico e/ou farmacêutico.

Anemia
Se a causa do seu cansaço for anemia ferropénica, então é necessário consumir quantidades adequadas de ferro. O ferro é necessário ao corpo para ajudar a formar a hemoglobina, uma parte dos glóbulos vermelhos do sangue. A hemoglobina ajuda a transportar o oxigénio por todo o corpo, assim, uma ausência de ferro diminui a capacidade de transportar oxigénio no organismo. Sem oxigénio suficiente a fadiga surge de forma relativamente rápida.

Os alimentos ricos em ferro, como carnes magras, frutos do mar, feijão, vegetais de folhas verdes, gema de ovo, nozes, fígado, alcachofras e cereais enriquecidos com ferro devem ser consumidos regularmente. No entanto, se ainda assim tem dificuldades em manter as quantidades adequadas de ferro no seu corpo, o médico poderá recomendar um suplemento de ferro. Consulte o seu médico antes de iniciar qualquer regime de tratamento com suplementos nutricionais para verificar dosagens e contra-indicações.

Dieta saudável
Uma boa maneira de manter os níveis de energia é distribuir as refeições saudáveis em várias vezes e em menor quantidade. Intercalar uma pequena refeição entre as principais refeições do dia (café da manhã, almoço, jantar) manterá a fome à distância e manterá os seus níveis de energia. Lembre-se que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia. Depois de uma boa noite de sono o seu corpo precisa de um bom “combustível” para começar e funcionar melhor durante o dia.

As pequenas refeições intercalares ajudam a evitar que coma em grande quantidade nas principais refeições do dia, aquelas que levam mais tempo a serem digeridas o que faz com que nos sintamos mais cansados, uma vez que o organismo gasta mais energia para decompor os alimentos. É por isso que nos sentimos mais cansados e sonolentos depois de uma refeição abundante.

Evite alimentos processados
Os alimentos ricos em açúcares, ou todos processados, causam um aumento rápido do nível de açúcar no sangue, seguido de um decréscimo igualmente acentuado. Esta situação fará com que sinta uma repentina falta de energia e um aumento da necessidade de consumir mais alimentos processados para aumentar o seu nível de açúcar no sangue novamente. É um círculo vicioso, por isso deve evitar a ingestão destes alimentos. Já os alimentos integrais são hidratos de carbono complexos, ricos em fibras e libertam energia de forma mais lenta, saciam e evitam que sinta fome antes da próxima refeição.

Pratique exercício físico
O exercício regular também pode ajudar a combater a fadiga, uma vez que a sua prática faz com que o corpo liberte endorfinas que nos fazem sentir bem. É recomendável fazer pelo menos 30 minutos de exercício por dia e pode optar por fazer caminhadas, natação, hidroginástica, ou mesmo tarefas domésticas vigorosas. Quanto mais exercício realizar melhor se vai sentir.

Durma bem
Para ajudar a combater a sensação de cansaço é importante descansar e ter um sono de qualidade. Uma rotina de descanso e dormir o suficiente são muito importantes. Apesar de o número de horas de sono variar de pessoa para pessoa, os especialistas recomendam sete a oito horas de sono. Uma boa noite de sono é fundamental para repor os níveis de energia e manter o funcionamento do sistema imunológico em plena forma.

Toma de vitaminas
Em muitos casos, tomar um multivitamínico pode contribuir para a obtenção dos nutrientes necessários que o corpo precisa. Tomar mais vitamina C e ácido gordo ómega 3, bem como cápsulas de óleo de fígado de bacalhau também pode ajudar a manter a saúde do sistema imunológico e ajudar a melhorar o humor.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Tenha em atenção
O planeamento da gravidez é um factor fundamental para o sucesso da concepção.

A promoção da saúde no período pré-concepcional é uma forma de contribuir para todo o processo de gravidez, porque muitos dos factores que condicionam negativamente o futuro de uma gestação podem ser detectados, modificados ou eliminados, antes que a mulher engravide. O período de maior sensibilidade ambiental para o feto situa-se entre os 17 e 56 dias após a fecundação. É neste período que começa a organogénese, antes mesmo que muitas mulheres reconheçam que estão grávidas ou tenham a oportunidade de iniciar os cuidados pré-natais.

É importante reforçar que as actividades de promoção da saúde e os cuidados antecipatórios, dirigidos para o período antes da concepção têm reconhecidos ganhos em saúde.

Os riscos biológicos associados à gravidez, os cuidados pré-concepcionais, considerados parte integrante dos cuidados primários em saúde reprodutiva, são dirigidos às mulheres em idade fértil. No entanto, é importante contemplar, também, a participação dos homens nas questões de saúde sexual e reprodutiva, não apenas como interlocutores daquelas, mas enquanto verdadeiros parceiros nestes domínios, na qual têm semelhante intervenção.

Perante a decisão de uma futura gravidez, aconselha-se a realização de uma consulta específica sobre esta temática no médico assistente da utente. Tendo como base as medidas aconselhadas pela Direcção-Geral da Saúde, os cidadãos devem estar alertas sobre as vantagens do aconselhamento pré-concepcional, nomeadamente para:
• A determinação do grupo sanguíneo e factor Rh;
• O rastreio das hemoglobinopatias;
• A determinação da imunidade à rubéola e a vacinação, sempre que necessário
• A determinação do estado de portador de hepatite B e a vacinação;
• A vacinação anti-tetânica de acordo com o PNV 2006;
• O rastreio da toxoplasmose, da sífilis, da infecção por VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) e por Citomegalovírus (CMV);
• O rastreio do cancro do colo do útero, se o anterior foi efectuado há mais de um ano;

Revestem-se ainda de particular importância as seguintes medidas:
• O registo do calendário das menstruações;
• A suplementação com ácido fólico, a iniciar pelo menos dois meses antes da data de interrupção do método contraceptivo;
• A realização, pelo futuro pai, do rastreio da sífilis, da infecção por VIH e do estado de portador de hepatite B;

A avaliação pré-concepcional tem também como vantagem a identificação de indivíduos e famílias em risco genético e a oportunidade de os referenciar, antes da gravidez, para aconselhamento especializado de casais que tenham história familiar de anomalias congénitas, como por exemplo síndroma de Down, síndromas polimalformativos, defeitos do tubo neural e atraso mental e outras.

Para além das advertências sobre os perigos associados às doenças infecciosos e relativos aos riscos genéticos, a mulher também deve estar sensibilizada sobre a possibilidade de exposição a agentes teratogénicos no trabalho e em casa, em particular, solventes orgânicos, pesticidas, metais pesados como o mercúrio e o chumbo, monómeros de vinil utilizados no fabrico de plásticos, para além de certos tipos de trabalhos pesados ou com longa permanência em pé, que têm sido associados a parto pré-termo ou a baixo peso ao nascer.

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Ossos vulneráveis
A osteoporose é uma doença óssea sistémica e assintomática que se não for prevenida ou tratada preco
Osteoporose

A osteoporose é uma doença do esqueleto, podendo atingir qualquer porção do mesmo. Caracteriza-se pela diminuição da resistência óssea, tornando os ossos mais vulneráveis a fracturas.

O osso é constituído por minerais, dos quais se salienta o cálcio, e por matéria orgânica rica em proteínas, entre as quais o colagéneo, a proteína mais abundante do nosso organismo. A quantidade de massa óssea é adquirida, quase na totalidade, até aos 20 anos. Entre os 20 e os 30 anos atingimos o auge em termos de massa óssea a que se chama capital ósseo, e vai diminuindo a partir dos 40/45 anos de uma forma contínua em ambos os sexos. No caso das mulheres de uma forma abrupta e mais rápida depois da menopausa. Contudo, existem casos em que a osteoporose pode ser acelerada por certas doenças ou medicamentos.

À medida que a idade avança, o processo contínuo e obrigatório de remodelação óssea (indispensável e desejável num osso normal) realiza-se de uma forma desequilibrada. Ou seja, o osso destruído é sempre superior ao osso formado. Isto conduz a uma estrutura óssea composta por travessas muito finas a que se chama trabéculas, que se tornam mais frágeis e descontínuas. Apesar de o nosso esqueleto estar preparado para suportar cargas em diversos sentidos e de diversas formas, o osso osteoporótico torna-se frágil, quebradiço, incapaz de suportar cargas, mesmo que mínimas.

Sintomas
A osteoporose é frequentemente chamada de "ameaça oculta” porque o primeiro sinal ou sintoma é o da fractura que ocorre no decurso de um traumatismo mínimo ou na ausência do mesmo. Quer isto dizer que podem decorrer muitos anos de uma forma insidiosa sem que o doente se aperceba que sofre de osteoporose.

As fracturas que mais vezes decorrem no decurso desta doença são a das vértebras, do colo do fémur (anca) e do antebraço (punho). São também frequentes fracturas das costelas e bacia, embora possam ocorrer fracturas em qualquer porção do esqueleto.

As fracturas da anca e do pulso são, evidentemente, fáceis de reconhecer. As fracturas vertebrais, pelo contrário, são bastante mais discretas clinicamente (pensa-se que 50 por cento não tenham tradução na clínica). Uma compressão ou uma fractura vertebral, que resulta de um passo em falso ou de um movimento efectuado ao levantar um objecto pesado, manifesta-se por uma dor aguda. Várias fracturas vertebrais podem levar a um quadro doloroso crónico, perda de estatura corporal, aumento da cifose (curvatura) das costas e, in extremis, a diminuição da capacidade respiratória. No conjunto, isto acarreta dor e perda de qualidade de vida e há diversos estudos que indicam que uma osteoporose fracturária pode aumentar o risco de mortalidade.

Grupos de risco
A osteoporose pode afectar tanto os homens como as mulheres, mas estas são atingidas em maior número, em particular após a menopausa. Isto porque o osso masculino tem uma biologia um pouco diferente do feminino, devido ao ambiente hormonal durante a puberdade, a fase onde é adquirida a maior parte do capital ósseo. O osso masculino, habitualmente, é de maiores dimensões do que os femininos, sendo por conseguinte menos susceptível a fracturas.

O capital ósseo adquirido na adolescência é determinado geneticamente em 70 a 80%. Pode ser optimizado por medidas inerentes ao estilo de vida, como sejam uma alimentação adequada, suficiente absorção de cálcio e de vitamina D, exercício físico, e evitar o consumo de substâncias como café, álcool e tabaco. Estas condições não garantem, contudo, que a osteoporose não se manifeste, dado que existe uma predisposição familiar.

Factores de risco

Reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde os mais pertinentes factores de risco são:
· Sexo - sobretudo o feminino;
· Idade - à medida que a idade avança maior a probabilidade de osteoporose;
· Baixo peso e estatura - baixo índice de massa corporal;
· Existência de fracturas de baixo impacto depois dos 40 anos;
· Existência de fracturas da anca por parte dos pais;
· Ingestão elevada de álcool;
· Tabagismo;
· Artrite Reumatóide.

Factores de risco indicadores da presença de osteoporose:
· Sofreu uma fractura depois dos 50 anos;
· Tem dificuldade em manter-se de pé;
· A sua mãe ou a sua irmã sofreram uma fractura depois dos 50 anos;
· Entrou na menopausa antes dos 45 anos de idade;
· É magra;
· Praticou muito pouco exercício físico, ou ficou acamada durante meses;
· Tomou/toma corticosteróides (como por exemplo a cortisona);
· Consome muito poucos produtos lácteos;
· Fuma.

Doenças ou intervenções cirúrgicas que aumentam o risco de Osteoporose:
· Foi submetida a uma ooferectomia (remoção dos ovários) antes dos 50 anos;
· Sofre de anorexia nervosa;
· Sofre de reumatismo;
· Sofre de diarreia crónica (por exemplo, doença de Crohn);
· Sofre de uma perturbação da tiróide ou paratiróide;
· Já foi submetida a um transplante de órgãos.

Factores que aumentam o risco de queda e, por isso, de fractura:
· Não tem força nas pernas;
· Tem problemas de equilíbrio;
· Vê mal;
· É epiléptico/a.

Diagnóstico
O diagnóstico da osteoporose é baseado na história clínica do doente e se o médico considerar que existem provas indicativas de que tem, efectivamente, predisposição para a osteoporose, solicitará a realização de exames complementares (densitometria óssea, radiografias e/ou análises sanguíneas).

A densitometria óssea é o exame mais importante para o diagnóstico da doença, uma vez que permite medir a densidade do osso que está directamente relacionada com a massa óssea. Este exame é indolor e rápido, utilizando raio-X em dose muito menor do que o utilizado numa radiografia de tórax, por exemplo, sendo também muito fiável. Este exame está recomendado para mulheres depois dos 65 anos e nos homens depois dos 70, ou em ambos os sexos depois dos 50 anos se existirem factores de risco.

Prevenção da doença
O provérbio "Mais vale prevenir do que remediar” aplica-se perfeitamente à osteoporose, uma vez que poderá fazer algo para a evitar em todas as fases da sua vida. A ingestão suficiente de cálcio e de vitamina D, bem como a prática de exercício físico, assumem uma importância vital para a saúde dos seus ossos em todas as etapas da nossa vida.

Deve, por isso, ter em atenção o seguinte:

Zelar por uma alimentação saudável, rica em cálcio
As crianças necessitam de cerca de 600 a 800 mg de cálcio por dia. No caso dos adolescentes, a quantidade varia entre 900 e 1200 mg. Nos adultos, a quantidade de cálcio recomendada situa-se entre os 800 e 1000 mg por dia. Os produtos ricos em cálcio são os produtos lácteos (magros) como o leite, o iogurte e o queijo; os legumes verdes, os cereais e o pão completo. Existem, presentemente, inúmeros produtos enriquecidos com cálcio. Evite bebidas gaseificadas e regimes alimentares com poucas proteínas, pois é necessário algum teor em proteína para assegurar a produção de colagéneo no osso.

Pratique suficiente exercício físico
Também neste caso, comece o mais cedo possível e não espere pelos 50. Todas as formas de exercício físico que solicitam as pernas contribuem para a solidez dos ossos. A marcha ou jogging são perfeitos. A natação tem uma acção relaxante e melhora o desempenho muscular, mas não estimula o metabolismo ósseo.

Passe regularmente algum tempo no exterior, ao sol
Os raios solares asseguram a síntese da vitamina D no organismo. Esta vitamina é indispensável para uma boa absorção do cálcio nos intestinos (a exposição ao sol deve ser moderada para evitar lesões cutâneas).

Consuma álcool com moderação e deixe de fumar
O excesso de álcool e nicotina exerce uma influência negativa sobre o osso.

Evite as quedas
É habitualmente depois de uma queda que ocorrem as fracturas, nomeadamente do punho e da anca. Assim, siga alguns conselhos:
· Evite locais mal iluminados e pavimentos molhados ou derrapantes;
· Prefira calçado com revestimento em borracha, anti-derrapante;
· Retire os tapetes ou faça-os aderir ao chão com material próprio;
· Não se levante da cama durante a noite sem recorrer a iluminação;
· Discuta com o seu médico sobre medicação que possa perturbar o equilíbrio;
· Em caso de haver insuficiência, tente melhorar a sua visão e audição;

Tratamento
Infelizmente, o cumprimento de algumas regras de vida não impede na totalidade a ocorrência de fractura osteoporótica. Em especial, devido ao facto de essas medidas serem instituídas, muitas vezes, em fases tardias da vida.

Perante uma osteoporose instalada e adequadamente diagnosticada, é necessário, na maioria das vezes, recorrer a medicamentos, co-adjuvados de cálcio e vitamina D, podendo estes elementos vir da dieta ou de suplementos. Os medicamentos vão actuar em diferentes mecanismos do metabolismo ósseo. A maioria dos medicamentos vai inibir a reabsorção/perda ósseas, embora existam outros medicamentos que estimulam a formação óssea e ainda outros que, eventualmente, actuam sobre ambos os mecanismos.

Além do mecanismo de acção, também estes medicamentos podem ser administrados de forma diferente: oral, diária, semanal, mensal ou injectável diária ou anual. Os medicamentos, se bem que concebidos para o mesmo fim, têm mecanismos de acção diferentes, sendo mais adequados para determinado perfil de doentes. Por isso o médico especialista deve institui-lhe o tratamento mais adequado ao seu caso.

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Estudo:
Uma equipa de investigadores portugueses descobriu que estirpes benignas da bactéria E.coli, que habita o intestino, acabam por...

Os resultados são publicados na revista PLOS Pathogens, tendo os cientistas testado in vitro e em ratinhos a resistência da bactéria Escherichia coli (E.coli) aos macrófagos, células de primeira linha de defesa do organismo contra agentes agressores.

A equipa observou que estirpes benignas da E.coli, chamadas comensais, conseguem, de uma forma ou outra, superar as barreiras do sistema imune e tornar-se patogénicas, um processo que ocorre numa fase «muito precoce», destacou Ana Margarida Sousa, uma das investigadoras do Instituto Gulbenkian de Ciência.

As estirpes patogénicas da bactéria E.coli estão na origem de infecções, sobretudo intestinais, mas também urinárias.

No caso da variante que provocou, há dois anos, centenas de infecções, algumas mortais, na Europa, a E.coli trocou material genético com outros organismos.

Na experiência da equipa de investigadores portugueses, em contrapartida, estirpes comensais da bactéria foram isoladas e, depois, postas em contacto com os macrófagos, em placas de Petri. As populações multiplicaram-se e formaram colónias, muito pequeninas ou com aspecto mucoso, típicas nos doentes.

Regra geral, as células do sistema imune “engolem” as bactérias e acabam por matá-las.

Ana Margarida Sousa explicou que “as colónias pequeninas conseguiam sobreviver mais tempo dentro dos macrófagos do que a bactéria inicial, resistir aos mecanismos que os macrófagos têm para matar rapidamente as bactérias e a uma grande bateria de antibióticos”.

As colónias de aspecto mucoso, por sua vez, conseguiam resistir “muito mais” ao entrar para o interior dos macrófagos e multiplicar-se, adiantou a investigadora, do Grupo de Biologia Evolutiva do Instituto Gulbenkian de Ciência. Depois dos testes in vitro, seguiram-se as experiências com ratinhos.

Segundo o estudo, em menos de 30 dias as bactérias “tornam-se resistentes à eliminação pelas células do sistema imune e adquirem capacidade de causar a morte em ratos”.

Os cientistas sequenciaram o genoma das bactérias que se tornaram patogénicas e descobriram que a característica adquirida se deveu, essencialmente, ao movimento de pequenos fragmentos de material genético, que “se podem copiar para novas posições do genoma, criando novas funções e desactivando as existentes”.

O estudo contou com colaboração de investigadores do Instituto de Medicina Molecular e do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, além de Ana Margarida Sousa e Isabel Gordo, também do Instituto Gulbenkian de Ciência e que coordenou a equipa.

Estudo publicado na Science
Cientistas descobriram um segundo código no ADN, contendo informações que deverão clarificar as mutações genéticas em doentes,...

Desde que o código genético foi decifrado no início dos anos 1960, os cientistas pensavam que o ADN (ácido desoxirribonucleico) das células continha apenas a informação necessária à produção das proteínas do organismo.

Segundo John Stamatoyannopoulos, um dos co-autores da investigação e professor-auxiliar de Medicina na Universidade de Washington, o genoma (estrutura de genes) usa o código genético para “escrever” duas informações em simultâneo: além da que permite fabricar proteínas, uma outra - a agora revelada -, que dá as instruções às células para determinar o controlo dos diferentes genes.

O estudo sustenta que estes dois códigos no ADN evoluíram em consonância um com o outro, sendo que o que controla as instruções genéticas parece contribuir para estabilizar certas características benéficas das proteínas e o modo como são produzidas, noticia o Jornal de Notícias Online.

“O facto de o código genético poder, simultaneamente, 'escrever' dois tipos de informação significa que numerosas alterações no ADN, que parecem modificar as sequências das proteínas, podem, de facto, causar doenças, ao perturbarem os programas de controlo dos genes e, mesmo, da produção de proteínas”, defendeu John Stamatoyannopoulos.

A investigação foi conduzida no quadro do ENCODE, projecto internacional que visa descobrir onde e como os códigos das funções biológicas estão armazenados no genoma humano.

Investigadores da Universidade do Minho
Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho descobriu uma proteína cuja acção é fulcral no tratamento da esclerose...

A proteína descoberta por uma equipa de investigadores da Universidade do Minho pode ajudar a percepcionar a rapidez com que esclerose múltipla evolui em cada doente e, dessa forma, adaptar o tipo de medicação mais preciso, avança o portal Boas Notícias, citado pelo RCM.

Os resultados do estudo, levado a cabo pela equipa liderada por João Cerqueira, foram agora publicados na revista Frontiers in Cellular Neuroscience e sugerem que a lipocalina 2 pode ser usada como marcador de diagnóstico e avaliador de prognóstico na esclerose múltipla, uma vez que a mesma aumenta nos doentes com a doença.

“Ao medir a quantidade desta proteína presente no líquido da espinal-medula, é possível saber, com alguma segurança, se o doente vai ter uma evolução mais ligeira ou agressiva da doença. Isso vai permitir um ajustamento mais adequado e eficaz da terapêutica em cada doente”, explica o neurologista de 36 anos.

Os especialistas avançam ainda que o sol e respectiva vitamina D também beneficiam o tratamento da esclerose múltipla, na medida em que ajudam ao controlo do sistema imunitário. “Há um défice endémico desta vitamina na população ocidental, que deixou de se expor ao sol em quantidades suficientes. Isso pode agravar uma série de doenças imunitárias e outras degenerativas como o Alzheimer”, avança o docente da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Minho.

A esclerose múltipla surge quando o próprio sistema imunitário se começa a agredir a si mesmo, em particular ao sistema nervoso central (cérebro e espinal medula) e à mielina, que protege os neurónios. Essa mudança interfere com as funções coordenadoras centrais como a sensibilidade, a locomoção, a cognição, a audição, a visão e a excreção.

Em Portugal, a doença afecta cerca de 5 mil portugueses, numa média de 46 casos em cada 100 mil, entre os 20 e os 40 anos de idade, dos quais dois terços são mulheres.

Equipa internacional descobre
Uma equipa de investigadores descobriu a relação de um novo gene – PLD3 – com a doença de Alzheimer e identificou no mesmo gene...

Os resultados do trabalho, liderado pelo espanhol Carlos Cruchaga, investigador na Universidade de Washington, foram publicados na revista Nature e abre a possibilidade de se testarem novas terapias.

A doença de Alzheimer é uma enfermidade que não tem cura e durante as últimas duas décadas identificaram-se variantes genéticas comuns que aumentam o risco de a desenvolver, mas estas só explicam uma parte dos casos, disse Carlos Cruchaga.

Além disso, na maioria dos casos estas não estão claramente ligadas a um gene, pelo que não se sabe qual o mecanismo pelo qual essas variantes aumentam o risco de se padecer de Alzheimer, disse o bioquímico espanhol.

“A importância deste novo estudo consiste na identificação de três raras variantes genéticas que aumentam o risco de Alzheimer e que estão todas no gene PLD3”, indicou. “O essencial é a identificação inequívoca deste gene”, sublinhou o investigador, antigo aluno da Universidade de Navarro.

O cientista informou ainda que a sua equipa está a estudar o Alzheimer em modelos celulares e animais (com e sem o gene PLD3), com o objectivo de testar novas terapias.

Para chegar a estas conclusões, os investigadores usaram as últimas tecnologias de sequenciação de ADN e estudaram todos os genes do genoma de vários doentes e familiares.

Centraram-se nas famílias – num total de 14 – que sabiam que não tinham qualquer mutação e nos genes conhecidos até ao momento para Alzheimer – APP, PSEN1 e PSEN2 – e sequenciaram o seu exoma, a parte do genoma que contém a informação para a síntese das proteínas. Depois compararam o ADN dos doentes com Alzheimer com o ADN de familiares sem a doença e identificaram duas famílias cujos membros afectados tinham a mesma variante no gene PLD3.

O passo seguinte foi estudar o ADN de mais 11 mil pessoas e verificar que a variante PLD3 duplica a possibilidade de se padecer de Alzheimer, segundo a Universidade de Navarra.

A equipa sequenciou ainda o referido gene em mais 4.000 pessoas com e sem Alzheimer, uma experiência crucial para identificar as outras duas variantes que aumentam o risco de se sofrer da doença. “Este método inovador é tão importante como ter identificado o gene PLD3”, disse Alison M. Goate, da Universidade de Washington, que também integra a equipa de investigadores.

Os doentes de Alzheimer acumulam no cérebro a proteína beta amilóide e neste estudo constata-se também que quando se modificam artificialmente os níveis de PLD3 os níveis da citada proteína também se alteram. “Quando a célula tem mais PLD3 há menos beta amilóide e o inverso”, concluiu Carlos Cruchaga.

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