Terceiro dia de protesto
Metade dos 42 enfermeiros que estavam escalados para o atendimento da Linha Saúde 24 aderiu à paragem convocada para ontem, 3º...

Márcia Silva sublinhou que os níveis de adesão dos trabalhadores do turno na manhã (08:00 às 16:00) se mantiveram, face ao dia anterior, e adiantou que se registaram chamadas perdidas e em espera, embora actualmente apenas a administração da empresa e os supervisores tenham acesso à informação do call center.

Questionada sobre a intenção da empresa que gere a Linha Saúde 24 ter em funcionamento, em Abril, um serviço específico para apoio aos idosos e um canal específico para a gripe já a partir de hoje, Márcia Silva respondeu que a linha “tem potencial”, mas “não vai ter capacidade de resposta” porque “está a substituir elementos válidos”.

“Penso que nunca conseguirão manter a linha sem contratar mais enfermeiros, mesmo não ampliando os serviços”, salientou. Em declarações anteriores, Márcia Silva afirmou que cerca de uma centena de trabalhadores “foi despedida porque não quis aceitar a redução de salário”.

Os responsáveis da Linha Saúde 24 já disseram que estão a contratar enfermeiros para estes serviços personalizados e anunciaram que vão pedir uma audiência urgente à Ordem dos Enfermeiros para expor o que dizem ser situações de falta de ética de alguns profissionais que perturbam um serviço público.

Márcia Silva contesta: “A comissão (informal de trabalhadores) não decide seja o que for. As decisões são discutidas com os colegas e tomadas em conjunto”.

Já no dia 4 de Janeiro os funcionários tinham parado durante 24 horas, em protesto contra os despedimentos em curso, que consideram ser uma “retaliação clara por parte da empresa por estes trabalhadores não terem aceitado a redução salarial e exigirem um contrato de trabalho em vez do ilegal falso recibo verde”.

O boicote à Linha que se iniciou na sexta-feira prolongou-se até às 08:00 do dia de hoje.

Infarmed
As vacinas da gripe são o principal foco da fiscalização nacional do Infarmed, mas a sua investigação já se está a alargar ao...

A Autoridade do Medicamento (Infarmed) está a investigar o circuito legal de todas as vacinas no âmbito da acção nacional desencadeada após a descoberta do esquema de importação ilegal de vacinas da gripe. Na mira desta entidade está também o controlo de qualidade e do cumprimento das regras de comercialização de outras vacinas como, por exemplo, a da varicela.

Estudo
Investigadores da Nova Zelândia consultaram 40 estudos para tentar estabelecer a importância da vitamina D na prevenção de...

A toma de vitamina D não tem qualquer efeito protector significativo contra as doenças cardiovasculares, o cancro e as fracturas ósseas, segundo um estudo publicado numa revista médica britânica.

Para verificar a importância da vitamina D os investigadores estabeleceram que esta teria de diminuir os riscos das doenças em 15%.

Os resultados do estudo, publicados na revista Lancet Diabetes Endocrinology, revelam que o suplemento de vitamina D resultou numa diminuição do risco de doenças cardiovasculares, cancro e fracturas inferior ao limite estabelecido de 15%.

Apenas as pessoas idosas que vivem em instituições têm beneficiado da vitamina D em combinação com o cálcio, observando-se uma redução no risco de fracturas superiores a 15%.

“Tendo em conta estes resultados, é pouco justificável a prescrição da vitamina D para prevenir enfartes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), cancro ou fracturas “, sublinham os autores do estudo, adiantando que metade dos adultos americanos toma vitamina D.

A vitamina D desempenha um papel importante na mineralização óssea, estimulando a absorção intestinal de cálcio e a sua fixação no osso.

Esta vitamina é produzida principalmente pelo corpo sob a acção dos raios ultravioleta (UV) na pele, mas também pode ser fornecida através de medicamentos.

Vários estudos, muitas vezes contraditórios, têm sido realizados nos últimos anos sobre a importância da vitamina D, que é suposto ter um efeito protector sobre a saúde e a mortalidade.

Em Março de 2013, investigadores britânicos demonstraram que a ingestão de vitamina D em mulheres grávidas não teve impacto na saúde dos ossos dos seus filhos.

Mas em Novembro de 2012, outros investigadores estabeleceram uma ligação entre a carência de vitamina D observada nas mulheres que vivem em áreas geográficas menos ensolaradas e um risco aumentado de esclerose múltipla nas crianças.

Confira a data prevista para o seu parto
Veja como apurar a data prevista para o parto.

Como usar a tabela: veja, na linha amarela a data do primeiro dia da sua última menstruação. A seguir, procure na linha laranja, logo abaixo, a data prevista para o parto.

Por exemplo: se sua última menstruação foi dia 10 de Janeiro, a data prevista do parto será dia 17 de Outubro do mesmo ano. Calcule com uma margem de erro de 20 dias, sendo 10 antes da data prevista e 10 depois. Ou seja, as hipóteses para a data do nascimento do seu bebé, oscilam entre o dia 7 e o dia 27 de Outubro.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba como
O período fértil feminino é o momento ideal para a mulher engravidar.
Mulher com teste de gravidez a calcular o período fértil

Sinais e sintomas do período fértil

Algumas mulheres sentem pontadas durante a ovulação, mas muitas há que não sentem nada e não há mais nenhum sinal que indique que está em curso a ovulação . No entanto, há outros sinais característicos que pode identificar, embora isso implique estar atenta ao seu corpo e suas transformações. Algumas mulheres têm sintomas particulares como uma pequena dor no baixo ventre, ou uma dor de cabeça, algumas têm alteração do apetite…

Habitualmente, o muco cervical (corrimento) é uma secreção transparente, sem cheiro, semelhante à clara do ovo. Se estiver atenta verifica que ao longo do ciclo menstrual o corrimento vai tendo características diferentes conforme a fase em que se encontra: espessura, cor e odor. Para além disso, outro sinal a que pode estar atenta é a temperatura corporal que se encontrará ligeiramente elevada na fase de oovulação.

Como calcular o período fértil

Existem três factores que devem ser associados para se calcular o período fértil:

1º - O dia da ovulação ocorre de 12 a 16 dias antes da menstruação, uma média de 14 dias. Então é necessário saber qual será a data aproximada da próxima menstruação, subtrair 14 dias e aí teremos o dia aproximado da ovulação. Exemplo: uma mulher tem o ciclo menstrual de 30 dias. Se a menstruação vier no dia 15 de Dezembro, a próxima menstruação será no dia 15 de Janeiro, então 15 menos 14 dá 01, o dia da ovulação será dia 01 de Janeiro. De salientar que o dia da ovulação varia consoante a duração do seu ciclo menstrual.

2º - O muco cervical que é uma secreção transparente, semelhante à clara do ovo, que alguns dias antes da ovulação já começa a ser eliminado via vaginal. Esta secreção deve ser colocada entre os dedos indicador e polegar e esticada ao máximo sem que se rompa, no dia em que ela estiver mais longa é o dia da ovulação. A capacidade de esticar chama-se filância, então no dia de maior filância temos o dia da ovulação.

3º - Deve fazer a curva da temperatura basal medindo diariamente, pela manhã antes de se levantar da cama, a temperatura sublingual, vaginal ou rectal, durante 4 minutos e anotá-la. A temperatura tem uma pequena variação diária, mas no dia da ovulação desce ligeiramente e após a ovulação costuma subir cerca de meio grau em relação aos outros dias. A temperatura pode subir se teve relações sexuais na noite anterior, se está gripada ou se ingeriu bebidas alcoólicas, porém, isso não significa que já ovulou.

Associando estes três factores conseguirá saber qual é o dia da ovulação. O período fértil é o período em que pode engravidar, o que não corresponde somente ao dia da ovulação, pois o espermatozóide permanece vivo 48 horas após o acto sexual dentro da mulher, portanto se tiver uma relação sexual 2 dias antes da ovulação a gravidez pode acontecer. O óvulo por sua vez pode permanecer vivo de 12 a 24 horas após a ovulação, portanto uma relação sexual um dia após a ovulação pode resultar numa gravidez.É a fase do mês em que a mulher está a ovular. Habitualmente, o período fértil ocorre, em média, 14 dias antes da menstruação, numa mulher que tenha menstruações regulares a cada 28 dias. 

Durante o período fértil o óvulo maduro sai do ovário para as trompas de falópio, em direção ao útero, encontrando-se disponível para ser fertilizado pode ser penetrado por um espermatozóide dando início a uma gravidez. Este é o momento da concepção. Quando o óvulo não é fecundado, é eliminado pelo organismo através do fenómeno que conhecemos como menstruação, geralmente duas semanas após o início do processo da ovulação. A parede do útero fica mais espessa e coberta com uma mucosa protectora para se preparar para fertilizar o óvulo. Se não existir fecundação a mucosa da parede uterina irá ser expulsa. A expulsão do óvulo não fertilizado com a mucosa uterina é a fase da menstruação.

O ciclo da ovulação divide-se em duas partes:

1ª Fase - A primeira fase da ovulação é chamada a fase folicular. Esta fase inicia no primeiro dia do último período menstrual e continua até à altura da ovulação. A primeira parte do ciclo muda muito de mulher para mulher, podendo durar de 7 até 40 dias.

2ª Fase - A segunda fase do ciclo é chamada a fase lútea. Esta fase dura desde o dia da ovulação até ao primeiro dia do próximo período menstrual. A fase lútea tem uma linha de tempo mais precisa e dura, habitualmente, 12 a 16 dias depois do dia da ovulação. O dia da ovulação acaba por determinar a duração deste ciclo. Isto também significa que factores como o stress, doença, e mudanças drásticas na rotina diária poderão mudar o dia da ovulação e afectar a fase posterior.

Determinar o período fértil é a forma de saber quando a ovulação irá decorrer, e isto inclui estudar o muco cervical e a temperatura através de um termómetro basal. O fluído cervical transforma-se numa substância húmida e escorregadia que se assemelha à clara de ovo, imediatamente antes da ovulação ocorrer e até a ovulação terminar. O termómetro basal ajuda a detectar o aumento da temperatura do corpo, altura em que a ovulação acabou de ocorrer, apesar de ser algo muito falível pois a temperatura do corpo pode alterar-se em variadíssimas circunstâncias.

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Modificados geneticamente
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Ketchup, pizza, massas com molho de tomate são vulgarmente associados a uma alimentação menos saudável. Mas podem futuramente beneficiar da mudança genética do tomate para ter propriedades anticancerígenas, anti-inflamatórias ou mesmo de prevenção nas doenças cardiovasculares.

Os frutos transgénicos, de cor modificada, foram desenvolvidos pelo John Innes Centre em Norwich, resultando da transferência de um gene da planta boca-de-leão (Antirrhinum majus), que dá início a um processo de modificação no tomate. Nessa altura, passa a produzir antocianinas, compostos que dão a cor a plantas, mas também a frutos como os mirtilos ou amoras, e que têm efeitos antioxidantes, protegendo as células.

As mais comuns
Durante a gravidez são muitas as alterações a que a mulher está sujeita, seja a nível físico e/ou ps
Doenças durante a gravidez

Dor nas costas
O desenvolvimento do bebé pode provocar pressão sobre as articulações das costas e da pélvis, o que pode causar dor nas costas. Para prevenir este problema a grávida deverá:
• Evitar levantar objectos pesados;
• Flexionar os joelhos e manter as costas direitas quando levantar algo do chão;
• Usar sapatos baixos, pois permitem que o peso seja distribuído uniformemente;
• Sentar-se com as costas direitas e bem apoiadas.

 

Obstipação
A obstipação ocorre devido às alterações hormonais que ocorrem no organismo da grávida. Podem adoptar-se algumas mediadas preventivas, a grávida deverá:
• Deverá aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras, como pães integrais, cereais integrais, frutas e verduras, e leguminosas como feijões e lentilhas;
• Deverá praticar exercício regular;
• Deverá beber muita água.

Dores de cabeça
Muitas mulheres têm dores de cabeça com maior frequência durante a gravidez. Para aliviar dores de cabeça a grávida deverá:
• Descansar regularmente;
• O paracetamol na dose recomendada é considerado seguro.

Prurido
O prurido leve é comum na gravidez devido ao maior fornecimento de sangue à pele. A grávida pode evitar o prurido vestindo roupas soltas e evitando materiais sintéticos.

Náuseas e enjoo matinal
A náusea é muito frequente nas primeiras semanas de gravidez. As alterações hormonais nos primeiros três meses são provavelmente a causa. Numa pequena minoria das grávidas estes sintomas levam à desidratação e perda de peso que necessitem de hospitalização.

O início da náusea acontece quatro semanas após a última menstruação, na maioria dos casos. Sessenta por cento dos casos é resolvido no final do primeiro trimestre. As náuseas e vómitos são menos comuns em mulheres mais velhas, multíparas e nas fumadoras, o que tem sido atribuído ao menor volume placentário dessas mulheres.

O curso clínico de náuseas e vómitos durante a gravidez está estreitamente relacionado com o nível de gonadotrofina corionica humana (hCG). Pensa-se que a hCG pode estimular a produção de estrogénio pelos ovários, o estrogénio é conhecido por aumentar as náuseas e vómitos.

Outra teoria é que a deficiência de vitamina B pode contribuir para o aumento da incidência de náuseas e vómitos. Embora tenha sido sugerido que a náusea e o vómito podem ser causados por factores psicológicos, não há dados que suportem esta teoria.

Para evitar este problema deve:
• A mulher grávida deve levantar-se lentamente. Se possível, deve comer algo como torrada ou um biscoito simples, antes de se levantar;
• Deve comer pequenas quantidades de alimentos, muitas vezes;
• Deve beber líquidos em abundância.

Indigestão e azia
A indigestão é causada pelas alterações hormonais que ocorrem durante gravidez e pelo crescimento do útero que pressiona o estômago. A azia provoca um desconforto maior que a indigestão. Surge como uma sensação de queimadura no peito.

Para evitar indigestão a grávida deverá:
• Deverá fazer refeições menores com mais frequência;
• Deverá evitar fritos ou alimentos muito condimentados.

Para evitar a azia a grávida deverá:
• A azia surge muitas vezes na posição horizontal. A mulher grávida deve dormir bem apoiada com almofadas;
• Deverá evitar comer e beber algumas horas antes de ir para a cama.

Anemia
De entre as doenças associadas à gravidez, a anemia é de longe a mais frequente. Mesmo durante a gravidez não complicada, surge uma diminuição da concentração de hemoglobina.

Em todo o mundo, a ferropenia é a causa mais frequente de anemia na grávida, particularmente em casos de gravidez múltipla, multíparas, adolescentes, ou quando intervalos intergenésicos interiores a 2 anos. O rastreio da anemia na grávida deve ser efectuado na 1.ª consulta e na 28.ª semana de gestação.

Infecções urinárias
A infecção urinária constitui a causa mais frequente de infecção bacteriana com a prevalência de 5 a 10 por cento. Ela reagrupa 3 entidades clínicas distintas: a bacteriúrica (prevalência 4 a 10 por cento), a cistite (1 a 4 por cento) e a pielonefrite aguda (1 a 2 por cento).

A bacteriúrica assintomática, se não tratada, evolui em cerca de 20 a 30 por cento para pielonefrite aguda. O seu eficaz tratamento diminui este risco para 1 a 2 por cento. Além disso, a bacteriúrica assintomática é uma das causas de parto pré-termo e de recém-nascido de baixo peso para a idade gestacional. Dada a alta prevalência desta doença na população, bem como as suas implicações clínicas, nomeadamente o aumento da morbilidade materna e parental, torna-se premente o seu rastreio com consequente eficaz e atempado tratamento.

Profilaxia das infecções urinárias
As infecções urinárias constituem um dos problemas médicos mais prevalentes e as mulheres representam aproximadamente 80 a 90 por cento de todos os casos. O aparelho urinário durante a gravidez sofre profundas alterações fisiológicas e anatómicas que propiciam o desenvolvimento de infecções. Assim, torna-se relevante identificar grupos de maior risco, permitindo a adopção de medidas profiláticas adequadas, que diminuam a incidência de infecções urinárias nessa população.

A profilaxia baseia-se fundamentalmente na instituição de antibioterapia empírica de baixa dosagem e de longa duração, que permita uma esterilização da urina com alteração mínima da microflora vaginal. As seguintes medidas não têm evidência científica comprovada: hábitos e higiene, aumento da ingestão de líquidos, micções frequentes e micção pós-coital.

Outras infecções na gravidez
As infecções na gravidez são as principais causas de morbilidade e mortalidade materna e fetal. Podem ocorrer infecções no recém-nascido por via transplacentária, perinatal (de secreção vaginal ou sangue), ou pós-natal (a partir de leite materno ou de outras fontes). As manifestações clínicas da infecção neonatal variam de acordo com o agente infeccioso e idade gestacional na exposição. O risco de infecção é geralmente inversamente proporcional à idade gestacional de aquisição.

As infecções mais frequentemente associadas a efeitos teratogenicos são a toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus. Outros vírus já conhecidos por causar infecções congénitas incluem o parvovírus B19 (B19V), vírus varicela-zoster (VZV), vírus do Nilo Ocidental, o vírus do sarampo, enterovírus, adenovírus, vírus da imunodeficiência humana. Igualmente importante é o vírus da hepatite E por causa da alta taxa de mortalidade associada à infecção em mulheres grávidas. Mundialmente, a infecção por VIH congénita é hoje uma das principais causas da mortalidade infantil Com preocupações emergentes decorrentes da possibilidade de uma pandemia de gripe, a atenção também já foi direccionada para os efeitos da gripe em mulheres grávidas.

Conhecidas as repercussões fetais de algumas infecções durante a gravidez, é de todo o interesse sistematizar o rastreio de infecções a efectuar, quer à grávida, quer à mulher que pretende engravidar.

Algumas medidas que irão reduzir o risco de infecção na gravidez possíveis de serem veiculadas nas farmácias:

1. Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente:
• Quando usar casas de banho públicas;
• Se tocar em carne crua, ovos crus ou vegetais não lavados;
• Quando preparar alimentos;
• Após actividades de jardinagem ou se tocar no solo;
• Após o tratamento de animais de estimação;
• Quando estiver em contacto com pessoas doentes;
• Após cuidar e brincar com as crianças;
• Após trocar fraldas;
• Se o sabão e água corrente não estiverem disponíveis, a grávida pode usar um gel à base de álcool.
2. Tentar não partilhar garfos, copos e alimentos com crianças pequenas. Lavar frequentemente as mãos, quando em contacto com crianças. A saliva e urina podem conter um vírus (ex. CMV), provavelmente inofensivo para eles, mas perigoso para a grávida;
3. Cozinhar bem a carne. As carnes mal cozidas e as carnes processadas podem conter bactérias nocivas para a grávida (ex. Listeria);
4. Evitar leite não pasteurizado e alimentos feitos a partir dele. Não comer queijos macios como feta, brie e queijo fresco, a ser não que tenham no rótulo a indicação de pasteurizados. Produtos não pasteurizados podem conter bactérias nocivas (ex. Listeria);
5. Evitar contacto com os detritos de gatos, podem conter um parasita prejudicial (ex. toxoplasmose);
6. Fazer o teste de doenças sexualmente transmissíveis, como VIH e hepatite B;
7. Evitar contacto com fontes de infecções, como a varicela ou rubéola;
8. Perguntar ao médico assistente sobre o rastreio de estreptococos do grupo B.

Infecção por toxoplasma gondii
A toxoplasmose é uma infecção causada por um parasita. Se uma mulher contrai toxoplasmose grávida, há 40 por cento de hipótese de o feto ser infectado. O parasita da toxoplasmose pode ser encontrado em fezes de gatos, solos e em carne infectada. Os gatos podem contrair toxoplasmose após comerem aves infectadas ou roedores, e a infecção pode transmitir-se aos humanos através do contacto directo com fezes de gato ou com solos.

Se a infecção ocorrer no início da gravidez a probabilidade de o feto sofrer consequências graves na sua saúde, que podem incluir cegueira, surdez, convulsões e atraso mental, são superiores. Muitas vezes, as crianças infectadas parecem normais ao nascimento, mas desenvolvem sintomas meses ou anos depois.

A toxoplasmose é facilmente evitada tomando algumas precauções simples, como evitar o contacto com a "areia” dos gatos, cozinhar bem as carnes e lavar as frutas e legumes antes de comer, usar luvas enquanto se faz jardinagem e lavar as mãos.

O tratamento da infecção pelo Taxoplasma Gondii continua a ser a única arma disponível para evitar a afecção fetal, uma vez confirmada a infecção através do doseamento do PCR no líquido amniótico (LA).

Infecção materna com varicela
O vírus da varicela acarreta riscos para a mãe e para o feto durante a gravidez. A varicela primária durante a gravidez é considerada uma emergência médica. A síndrome da varicela congénita resulta em aborto espontâneo, coriorretinite, catarata, atrofia dos membros, atrofia cortical cerebral, e/ou deficiência neurológica. O aborto espontâneo tem sido relatado em 3 a 8 por cento das infecções no primeiro trimestre.

A aquisição de infecção pela mãe no período perinatal, especificamente cinco dias antes do parto ou dois dias depois, representa um risco de varicela neonatal grave, o que acarreta uma mortalidade de 30 por cento. Deve ser dada particular atenção à infecção no 1.º trimestre (pelo risco de síndrome de varicela congénita) e no final do 3.º trimestre da gravidez (por risco de infecção do recém-nascido). Não parece haver qualquer risco para o feto quando a infecção materna ocorre durante o 2.º trimestre da gravidez.

Infecção congénita por citomegalovírus (CMV)
A seropositividade para CMV aumenta com a idade. A localização geográfica, classe socioeconómica, e exposição no trabalho são outros factores que influenciam o risco de infecção. A transmissão de CMV requer contacto íntimo através da saliva, urina e/ou outros fluidos corporais. As possíveis vias de transmissão incluem o contacto sexual, o transplante de órgãos, transmissão transplacentária, a transmissão através do leite materno, e transfusão de sangue (raro).

A reactivação, a infecção primária ou infecção recorrente por CMV pode ocorrer durante a gravidez e pode levar a infecção congénita por CMV. A infecção transplacentária pode resultar em restrição de crescimento intra-uterino, perda auditiva neurossensorial, calcificações intracranianas, microcefalia, hidrocefalia, hepatoesplenomegalia, retardo no desenvolvimento psicomotor e/ou atrofia óptica. A transmissão vertical de CMV pode ocorrer em qualquer fase da gravidez, no entanto, as sequelas graves são mais comuns ocorrem se a infecção acontecer no primeiro trimestre, enquanto o risco global de infecção é maior no terceiro trimestre. O risco de transmissão para o feto na infecção primária é de 30 a 40 por cento.

A infecção por CMV é a infecção congénita mais frequente, com mortalidade e morbilidade significativas. É a principal causa infecciosa de atraso mental na infância. A prevalência de infecção congénita na população é cerca de 0,2-2,2 por cento. A infecção ocorre em cerca de 1-2 por cento das grávidas e a infecção ocorre em cerca de 1-3 por cento, mas a primeira apresenta uma probabilidade de infecção congénita superior (30-50 por cento versus 0,2-2 por cento).

Rastreio e tratamento da sífilis
A sífilis é uma doença sistémica causada por Treponema pallidum, na maioria dos casos de transmissão sexual. O risco de contágio aumenta durante a gravidez, sendo este período um momento ideal para a realização do seu rastreio. A doença tem um período de incubação entre os 14 e os 30 dias.

Prevenção da transmissão vertical da infecção por HIV
Conhecida que é a transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana, está recomendado o rastreio universal desta doença durante a gravidez. A orientação clínica das grávidas seropositivas difere de acordo com a carga vírica (VL) e com a quantidade de linfócitos CD4 em circulação. Com medidas adequadas de prevenção é possível diminuir a taxa de transmissão vertical para valores inferiores a 1 por cento.

Diabetes gestacional
A insulino-resistência própria da segunda metade da gravidez pode desencadear em certas grávidas, tidas até então como normais, o aparecimento de formas variáveis de diminuição da tolerância oral à glicose denominadas de diabetes gestacional. Para a sua identificação foram implementados programas de rastreio e diagnóstico para posterior, adequada e atempada vigilância/terapêutica.

Doenças hipertensivas na gravidez
A hipertensão arterial (HTA) crónica na gravidez tem uma prevalência de 1-5 por cento estando associada ao aumento da morbi-mortalidade materno-fetal. As complicações maternas mais frequentes são a pré-eclampsia (25 por cento) e o descolamento prematuro de placenta normalmente inserida (2,3 por cento), estando o seu risco substancialmente aumentado nos casos de HTA crónica de alto risco. As complicações fetais e neonatais (morte fetal e perinatal, prematuridade, restrição de crescimento fetal) estão intimamente relacionadas com as complicações maternas. Na maioria das situações, a HTA crónica é de baixo risco e a evolução materno-fetal é idêntica à da população em geral.

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Como melhorar?
A resistência é um elemento muito importante para a boa prática desportiva.

Para fazê-lo não existem grandes segredos. O esforço deve ser contínuo.

Correr ou remar, de bicicleta ou de patins… não interessa grandemente os exercícios aeróbicos que escolhemos. O importante é praticar regularmente exercício físico no mínimo durante 30 minutos sem pausas.

Podemos começar aos poucos, melhorando um bocadinho de cada vez. Após alguns meses de trabalho regular, o seu corpo já terá ganho um novo bem-estar relativo ao esforço que implica ser exercitado. Músculos e órgãos do sistema cardio-respiratório só têm a ganhar.

Desengane-se se está à espera de melhorar a sua resistência correndo apenas um dia por semana, ou passando vários dias sem praticar exercício!

Deverá treinar regularmente durante 30 minutos. O ideal será fazê-lo pelo menos 3 vezes por semana.

Ao fim de alguns meses os seus músculos estarão melhor habituados ao esforço, o seu sistema imunitário estará reforçado, a sua respiração melhorará, tal como o seu coração ganhará resistência.

Lembre-se, a prática de desporto é aconselhada ao longo de todo o ano. Para ficar em forma pode fazê-lo ao ar livre ou em ginásios ou até mesmo em casa. O importante é que pratique desporto e mantenha hábitos saudáveis.

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Estudo:
Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association revela que uma dieta mediterrânea à base de azeite ajuda a...

As novas conclusões vêm dar a conhecer novos benefícios deste tipo de alimentação para a saúde. Entre os efeitos anteriormente conhecidos, sabia-se que a dieta mediterrânea, rica em azeite, ajuda a prevenir problemas cardiovasculares e a diabetes. Agora, o novo estudo aponta para uma redução em mais de metade do risco de enfarte do miocárdio, problemas circulatórios e também de acidentes vasculares cerebrais.

O mesmo foi feito com base nos hábitos alimentares de uma amostra de cerca de 7.500 cidadãos espanhóis e tem vindo a decorrer desde 2003, pelo nome 'PREDIMED'. Os homens participantes apresentavam idades entre os 55 e os 80 anos, enquanto as mulheres iam desde os 60 aos 80 anos de idade. Nenhum possuía diagnóstico de problemas cardíacos, mas apresentavam risco 3.

Os mesmos foram divididos em três grupos: um incumbido de cumprir uma dieta mediterrânea rica em azeite extra virgem, outro uma dieta rica em frutos secos e um último, de controlo, cujo regime alimentar era baixo em gorduras, quer vegetais, quer animais.

“Verificámos que houve uma redução de 66% dos casos de má circulação entre as pessoas que seguiram uma dieta tipicamente mediterrânea, ou seja, que consumiram uma maior quantidade de azeite”, afirma Martínez-González, líder da investigação e professor de Medicina Preventiva da Universidade de Navarra, em Pamplona.

As doenças causadas por má circulação tendem a afectar cerca de 5% da população mundial com idade superior a 50 anos, nomeadamente fumadores, diabéticos ou pessoas com problemas de tensão ou colesterol.

Especialista alerta:
Cerca de 40% dos diabéticos em Portugal não estão diagnosticados, disse João Jácome de Castro, presidente da comissão...

Mais de 700 médicos nacionais e estrangeiros deverão participar, entre hoje e domingo num hotel de Vilamoura, no XV Congresso Português de Endocrinologia, que coincide com a 65.ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo.

Segundo João Jácome de Castro, presidente da comissão organizadora do congresso, o diagnóstico tardio da doença pode conduzir a complicações - acidentes vasculares cerebrais, cegueira, insuficiência renal, amputações e enfarte agudo de miocárdio -, razão pela qual é fundamental fazer os rastreios da doença, mesmo sem sintomas desde que estejam presentes os factores de risco.

O especialista referiu que se estima que entre 5% e 10% da população portuguesa tenham doenças da tiroideia e mais de um milhão sofram de diabetes, o que o leva a considerar insuficientes os 200 endocrinologistas existentes em Portugal.

“Para tratarmos mais cedo, temos de diagnosticar, temos de saber que a pessoa tem diabetes e esse é o grande desafio”, observou, defendendo a colaboração entre médicos de clínica geral e familiar e médicos endocrinologistas, para garantir um tratamento uniforme em qualquer ponto do país.

No caso do tratamento da diabetes, o especialista destacou a recente aprovação de um fármaco que permite controlar a diabetes, não provoca hipoglicémia - baixa de açúcar no sangue -, e o peso dos doentes.

“Portugal era o único país da Europa que ainda não tinha este remédio aprovado e comparticipado”, comentou João Jácome de Castro, que acredita trata-se de um medicamento que vai ter um impacto significativo.

 

Endocrinologistas debatem importância do iodo na gravidez

A importância de se tomar iodo durante a gravidez para reduzir o risco de lesões cerebrais nos bebés é um dos temas que estará hoje em debate na abertura do congresso.

O tema vai ser aprofundado pelo especialista dinamarquês e ex-presidente da Sociedade Europeia da Tiroide, Peter Laurberg, que apresenta a conferência “Iodo, doenças da tiróide e o risco de lesões cerebrais nos fetos”, em Vilamoura.

João Jácome de Castro explicou que a norma recentemente emitida pelo Ministério da Saúde, que recomenda a administração de iodo a grávidas, surgiu após um estudo que revelou que 80% das grávidas portuguesas apresentam défice deste elemento.

“A Organização Mundial de Saúde considera que o défice de iodo é a principal causa evitável de atraso mental”, reforçou aquele especialista, acrescentando que o tratamento é simples e custa menos de dois euros por mês.

João Jácome de Castro defendeu a divulgação desta matéria junto da população como forma de sensibilização e para que as grávidas possam falar com os seus médicos.

Estudo
O uso de telemóvel durante o caminhar, sobretudo a escrita e leitura de mensagens de texto, altera a postura e o equilíbrio.

Segundo um estudo da Universidade de Queensland, Austrália, a troca de mensagens de texto (sms) tornou-se numa das formas mais populares de comunicação, mas são poucos os estudos sobre o seu impacto na vida das pessoas.

Para o estudo, os cientistas observaram os movimentos c e concluíram que o uso de telemóvel durante o caminhar, sobretudo a escrita e leitura de mensagens de texto, altera a postura e o equilíbrio.

Estudos concluem:
As mulheres têm menos acidentes de trabalho mas estão mais sujeitas a doenças profissionais e à dificuldade do seu...

“Os homens são mais vítimas de acidentes de trabalho, mas as mulheres têm, pelo tipo de exposição a certos riscos, mais doenças profissionais. Os dados estatísticos nacionais e europeus mostram claramente esta diferença”, adiantou Marianne Lacomblez, professora da Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto e coordenadora do Seminário “Eles e Elas no emprego e no trabalho: questões de justiça e de saúde”.

Em causa estão “lesões músculo esqueléticas” provocadas por “trabalhos repetitivos” e ainda “dificilmente reconhecidas pelas empresas”, pelo que o objectivo do encontro na Faculdade de Psicologia é reunir profissionais de várias áreas em torno desta abordagem “pouco trabalhada e valorizada” da desigualdade de género, explicou a docente.

“O problema maior é que existe um estereótipo que diz que as mulheres têm trabalhos com menos arriscados. Não é verdade. Não são os mesmos riscos, mas também há riscos importantes no trabalho das mulheres. Isso vê-se também com as doenças”, alertou Laurent Vogel, responsável pela investigação sobre temas de saúde laboral do Instituto Sindical Europeu (ETUI -- European Trade Union Institute).

O representante do ETUI explica que, analisando as doenças das trabalhadoras, se encontram “muitas coisas relacionadas com o seu trabalho", nomeadamente “muitos transtornos músculo esqueléticos”. “Estamos a falar de dores ou patologias das articulações devido a movimentos repetitivos. É muito comum nas trabalhadoras”, descreveu.

De acordo com Laurent Vogel, “muitas vezes as instituições negam” as doenças femininas. “Reconhecem mais facilmente a doença de um homem que trabalhou na construção civil do que de uma enfermeira ou trabalhadora da limpeza”, afirmou.

“A tendência geral na Europa é que a divisão de trabalho entre homens e mulheres nunca é neutra. Essa divisão significa, em geral, uma invisibilidade dos problemas de saúde das mulheres. E isso significa menos prevenção para as mulheres”, vincou.

Também Marianne Lacomblez alerta que, para elas é “particularmente difícil dar a ver os riscos que correm e avançar com os processos de declaração de doença profissional”.

“Os casos de reconhecimento de doença profissional são inferiores à realidade”, afiançou.

Daí a realização de um seminário com o objectivo de “reunir pesquisadores, docentes, estudantes e representantes de organizações sindicais e profissionais da área da saúde ocupacional que pretendem estar mais atentos à exposição diferenciada dos homens e das mulheres aos riscos profissionais”, esclareceu Marianne Lacomblez.

“Temos sobretudo homens no sector da construção civil e mulheres na indústria ou sectores que recorrem a um trabalho repetitivo, com ritmos intensivos que provocam lesões músculo esqueléticas”, descreveu.

Conheça:
O sistema reprodutor da mulher é responsável pela produção de hormonas sexuais femininas que mantêm

O aparelho reprodutor feminino é o sistema de órgãos da mulher envolvidos na reprodução. É constituído por dois ovários, duas trompas de Falópio, um útero, uma vagina e uma vulva, e localiza-se (o aparelho reprodutor) no interior da cavidade pélvica.

Quando se inicia a puberdade começa a produção de estrógenio e de progesterona que controlam grande parte da estrutura e funções dos órgãos do sistema reprodutor, nomeadamente:

- O crescimento de órgãos sexuais

- O aparecimento de caracteres sexuais secundários

- Produção de ovócito II

- Transformações no endométrio.

Os ovários correspondem às gónadas femininas, já que é neles que as células hormonais reprodutoras e as hormonas sexuais femininas são produzidas. Cada um destes órgãos tem a forma de uma amêndoa, sendo responsável pela produção de células reprodutoras – ovócitos – e pela secreção de hormonas sexuais, o estrogénio e a progesterona.

Em cada ovário,por altura da puberdade, existem cerca de 400 000 folículos (células germinativas), que irão desenvolver-se até ao final da fase reprodutora da mulher. Os folículos são estruturas que se localizam na parte periférica dos ovários e contêm uma célula no seu interior, que originará o ovócito II. Assim,por volta dos 13 anos e até aos 50 aproximadamente, apenas cerca de 450 destes folículos se desenvolvem de maneira satisfatória; os restantes degeneram.

Na maioria das mulheres, mensal e alternadamente em cada ovário, um desses folículos amadurece; a sua parede externa e a parede do ovário são rompidas por acção de substâncias e liberta-se o ovócito II – diz-se que ocorreu a ovulação. O ovócito II, isto é, o óvulo não fertilizado, é recolhido pelas trompas de Falópio e, posteriormente, passa para o útero.

As trompas de Falópio são canais que ligam os ovários ao útero; recolhem o ovócito II que sai do ovário mensalmente. É também o local onde ocorre a fecundação.

O útero é uma cavidade musculosa com cerca de 9 cm, em forma de pêra invertida, coberta por uma mucosa – o endométrio – na qual se fixa o embrião, em caso de gravidez. Aparte inferior do útero, mais estreita denomina-se colo do útero ou cérvix. A vagina é um canal musculoso que estabelece a comunicação entre o útero e o exterior do corpo.

Ao conjunto dos órgãos genitais externos dá-se o nome de vulva. Esta é constituída pelos pequenos e grandes lábios, que são pregas membranosas de função protectora; o clitóris, órgão eréctil, importante na excitação sexual; e o orifício da vagina.

O funcionamento do sistema reprodutor feminino é cíclico, pois engloba um conjunto de processos, nomeadamente o ciclo ovárico (nos ovários), o ciclo uterino (no útero) e ao conjunto destes dá-se o nome de ciclo sexual ou ciclo menstrual.

Ciclo ovárico

É no ciclo ovárico que ocorrem transformações nos ovários que depois levam à formação e libertação do ovócito II (14ºdia).

Durante o ciclo ovárico, produzem-se hormonas que estimulam o endométrio. Mas na ausência de fecundação, o corpo amarelo sofre regressão e ocorre a menstruação. Termina assim um ciclo e inicia-se um novo ciclo sexual.

O ciclo ovárico divide-se em três fases:

1-FaseFolicular: É a fase inicial do ciclo ovárico e tem a duração aproximada de 14 dias. Os folículos ováricos começam a desenvolver-se. Um dos folículos completa o desenvolvimento produzindo um óvulo.

2-Ovulação: Corresponde à libertação do óvulo do folículo. Ao14º dia, o folículo rompe-se, à superfície do ovário, dando-se a libertação, do óvulo imaturo, que vai ser recolhido pelo pavilhão da trompa de Falópio e encaminhado para o útero.

3-Fase corpo amarelo: após a saída do óvulo as restantes células do folículo, formam uma estrutura amarela denominada corpo amarelo. Se não houver fecundação, o corpo amarelo degenera. No caso de haver fecundação, mantém-se no ovário cerca de três a quatro meses.

 

Ciclo uterino

Conjunto de mudanças que afectam mensalmente (28 dias) o endométrio (parede interna/esponjosa do útero que permite a fixação do embrião).

Ocorre paralelamente às transformações sofridas no ovário em grande parte porque as hormonas produzidas pelo ovário (estrógenio e progesterona) na fase folicular regulam as alterações ocorridas no útero.

A sua principal finalidade é a preparação da camada mais interna do útero, o endométrio para a chegada do óvulo.

Fases do Ciclo Uterino

1º- Fase Menstrual - Caso não haja fecundação, o endométrio entra numa fase de descamação acompanhada de hemorragias, devido ao rompimento dos vasos sanguíneos que se tinham desenvolvido. O produto da descamação e a respectiva hemorragia saem através da vagina e é mais comummente conhecida por menstruação.

2º- Fase Proliferativa - O endométrio inicia o aumento da espessura, através da proliferação de células, e os vasos sanguíneos reconstituem-se. Leva 9 dias a ocorrer a reconstituição do endométrio e dos vasos sanguíneos.

3º- Fase Secretora - Dura cerca de14 dias e é a fase em que se verifica o maior desenvolvimento do endométrio, acompanhado pelo desenvolvimento de numerosas glândulas, preparando o útero para a recepção do embrião no final desta fase. A parede de uterina atinge a sua máxima espessura.

Fecundação e nidação

Após uma relação sexual, os espermatozóides atingem a trompa de Falópio, apesar de somente um penetrar na parede do ovócito II. Ao processo de junção entre a célula sexual feminina e a célula sexual masculina dá-se o nome de fecundação. Daqui resulta um ovo (ou zigoto), uma célula que rapidamente se divide continuando a avançar pela trompa até ao útero. Uma semana depois fixa-se na parede do endométrio. A este processo dá-se o nome de nidação.

Após a ocorrência da nidação, o ciclo sexual é interrompido durante a gravidez. A parede do útero continua a ser estimulada pelas hormonas o váricas, para se manter espessa de forma a garantir a nidação. Ao longo do tempo vai-se formando a placenta (revestimento do embrião que selecciona a passagem de substâncias).A placenta faz a comunicação com o embrião através do cordão umbilical. É através deste cordão que o embrião recebe oxigénio e nutrientes indispensáveis,ao mesmo tempo que envia à mãe dióxido de carbono e outros produtos de excreção, para que sejam eliminados.

Só a partir das oito semanas de gestação, se passa a denominar-se de embrião e nas seguintes semanas de feto. Após 40 semanas, o feto está preparado para a sua grande entrada no mundo exterior.

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Iniciativa contará com a presença de 400 profissionais de saúde
A Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor promove o seu 12º convénio e as 21ªs Jornadas da Unidade de Dor do...

O 12º convénio e as 21ªs Jornadas da Unidade de Dor do Hospital Garcia de Orta têm como objectivo criar um espaço de informação, debate e discussão de ideias no âmbito da dor crónica e aguda e dos tratamentos que mais se adequam a cada uma. A iniciativa é promovida pela Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor (ASTOR) e em destaque estarão temas como a dor orofacial e a dor miofascial.

A alimentação nos doentes com dor crónica será um dos temas que estará em discussão, pela primeira vez, nesta iniciativa. Existem alimentos e associações entre eles que podem ajudar a minimizar a dor, aliviar a inflamação, drenar líquidos em excesso ou ajudar a perder peso.

No decorrer do convénio será atribuído o prémio “Grünenthal/ASTOR” que irá galardoar trabalhos originais em língua portuguesa sobre aspectos de investigação clínica no âmbito do tratamento da dor no adulto e na criança.

No dia 30 de Janeiro, integrado nesta iniciativa, irá decorrer o curso de Ecografia em Anestesia Regional e Medicina da Dor “ Hands on”. Este curso destina-se a profissionais de saúde e pretende formar sobre a aplicação de ecografia no tratamento da dor aguda e crónica.

Para mais informações consulte: http://www.cast.pt/astor/Localizacao.html

Estudo aponta
O aviso é feito por uma investigação da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa sobre a importância da alimentação nos...

O estudo “Intervenção nutricional individualizada é importante benefício para pacientes com cancro colo-rectal: acompanhamento de longo prazo de uma experiência controlada de terapia nutricional”, desenvolvido por um grupo de investigadoras da Unidade de Nutrição e Metabolismo do Instituto de Medicina Molecular, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foi o trabalho distinguido na 4ª edição do prémio da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, que vai ser hoje entregue.

Os investigadores que avaliaram o benefício de planos alimentares adequados a tratamentos oncológicos notam que há, nessa matéria, pouco cuidado dos hospitais portugueses.

O estudo acompanhou a evolução de 111 doentes com cancro colo-rectal. Primeiro em 2005, depois em 2012.

A primeira análise já tinha provado os efeitos positivos de um plano individual feito à medida de cada doente. Por exemplo, uma maior tolerância aos tratamentos e a atenuação dos sintomas.

Campanha da Sociedade Portuguesa de Hipertensão
O 8.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, a decorrer entre 20 e 23 de Fevereiro, em Vilamoura,...

Com o carimbo científico da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, a acção visa informar o grande público sobre a importância e necessidade de controlar a tensão arterial e prevenir a hipertensão.

“Cerca de 42% da população portuguesa sofre de hipertensão arterial (isto é, pressão arterial acima de 140/ 90 mm Hg). Trata-se do maior factor de risco para o acidente vascular cerebral (AVC), que é, por sua vez, a principal causa de morte em Portugal, e um importante factor de risco para doença cardíaca e insuficiência renal. Importa, por isso, controlar a pressão arterial, mantendo a sistólica (chamada de “máxima”) inferior a 140 mmHg, e a diastólica (“mínima”) inferior a 90 mmHg”, esclarece Fernando Pinto, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

“A detecção precoce de uma pressão arterial elevada e o seu controlo adequado podem reduzir o risco de incidência de doença cerebrocardiovascular, e, assim, os números de incapacidade e mortalidade”, refere o especialista, justificando a campanha informativa “Eu Escolho”, lançada em breve pela SPH.

A acção de awareness é apadrinhada por dez embaixadores conhecidos dos portugueses – o escritor José Luís Peixoto, as apresentadoras Leonor Poeiras, Cláudia Borges e Ana Rita Clara, os atores Pedro Lima, José Wallenstein, Delfina Cruz e Andreia Diniz, a jornalista Maria Elisa e o cantor Carlos do Carmo.

A campanha "Eu Escolho" é uma campanha multimeios. Será veiculada online, nas redes sociais, em televisão, imprensa e outdoor. É composta pelo site www.euescolho.pt que disponibilizará informação sobre como se pode controlar melhor a tensão arterial, causas, tratamento, e pelo kit digital com o filme e o cartaz da campanha para ser divulgado pelos internautas, pela página de facebook, e pelas restantes redes sociais instagram, youtube, google +, contando ainda com anúncios de imprensa e outdoor e com o spot oficial da campanha.

A Campanha conta com o patrocínio do Laboratório Abbott e da marca de medidores de pressão arterial PIC Solution, é activada pela empresa de comunicação para a saúde S Consulting e vai para o ar no dia 17 de Maio, Dia Mundial da Hipertensão.

Controlar a tensão arterial é escolher a vida. Eu Escolho.

Mamãaaaaa!!!
Ouve-se a meio da noite por entre gritos e choros.

O seu filho estava a dormir e na cabecinha dele o Artur bateu-lhe, ou a mãe foi embora, ou havia mesmo um cão muito grande lá em casa. Por isso acalme-o, faça-o ver que está em segurança e o que quer que o tenha assustado já foi embora. Está em casa, está protegido!

Os sonhos refletem os nossos maiores receios e os das crianças não são excepção. Claro está que relativizando os problemas a cada uma das experiências de vida.

Para a criança o facto de ter perdido a roda de um carrinho corresponde a uma multa de estacionamento para si. Por isso não deve minimizar um problema que para ele é de extrema importância, mas sim ajudar a resolvê-lo.

Assim, se a criança teve um dia mais agitado na escola ou se aborreceu com algum amigo, à noite pode reviver esse episódio exagerando-o.

Não permita que crianças pequenas vejam cenas violentas na televisão, ou se acontecer, minimize o sucedido explicando-lhe de uma forma que ela entenda.

Mas atenção, deve ter atenção ao comportamento da criança e à frequência destes pesadelos. Por vezes significam que algo de errado de passa. Bullying, ameaças, abusos sexuais, entre outros episódios traumáticos são muitas vezes refletidos nos sonhos e no comportamento da criança.

Pergunte, na escola, se durante o dia ela participa normalmente nas actividades, verifique se há algum local ou alguma pessoa que ela evite ou que a deixa extremamente nervosa, não subvalorize hematomas ou arranhões e tente saber sempre a sua causa.

Se de facto o pesadelo não passar de um "sonho mau" faça tudo para que o acordar sobressaltado seja bom. Dando um pouco de leite quente, virando-o para o lado contrário, pondo uma música relaxante até ele adormecer, dê-lhe o peluche preferido. Mas acima de tudo, faça-o sentir que está presente!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Um guia para as mulheres
O treino dos músculos do pavimento pélvico pode ser uma maneira eficaz de minimizar ou prevenir a pe

 

O que é o pavimento pélvico?
O pavimento pélvico é composto por uma fina camada de fibras musculares e tecido conjuntivo que encerram a cavidade pelvica na sua parte inferior, entre osso púbico o anteriormente e o sacro posteriormente. 

 

 

Qual é a função dos músculos do pavimento pélvico?

  • Os músculos do pavimento pélvico contraem quando se tosse, espirra ou se faz força, ajudando a prevenir a perda involuntária de urina;
  • Ajudam a sustentar os órgãos no abdómen especialmente quando se fica em pé;
  • Ajudam a proteger os órgãos pélvicos contra lesões externas;
  • Ajudam a segurar os órgãos pélvicos, como a bexiga, na posição correcta;
  • Ajudam a controlar a saída de urina, gases e fezes;
  • Desempenham um papel importante durante a relação sexual.

Para os músculos do pavimento pélvico desempenharem correctamente as suas funções precisam de estar condicionados e terem uma força adequada, como qualquer outro músculo do corpo. 

O que poderá acontecer se os músculos meu pavimento pélvico estiverem fracos?

A fraqueza dos músculos do pavimento pélvico pode causar ou agravar vários problemas tais como:

  1. Incontinência urinária de esforço. É a queixa de perda involuntária de urina ao fazer esforços ou durante a prática de exercício físico, quando se assoa ou se tosse.
  2. Incontinência urinária de urgência. É a queixa de perda involuntária de urina associada a uma necessidade urgente de urinar.
  3. Incontinência mista (urgência e esforço). É a queixa de perda involuntária de urina associada à urgência como também ao esforço.
  4. Prolapso dos órgãos pélvicos ou prolapso genital. É a descida da bexiga, recto, ou útero, pressionando a parede vaginal, que nas formas mais graves pode ultrapassar a entrada da vagina.
  5. A perda de desejo sexual ou a percepção de que a vagina está alargada. 

O que pode causar fraqueza dos músculos do pavimento pélvico?

  1. A não utilização destes músculos. Os músculos do pavimento pélvico, tal como todos os outros músculos têm de ser exercitados para funcionarem.
    É muito importante exercitar estes músculos durante toda a vida da mulher (não apenas após ter filhos).
  2. Lesão dos músculos durante a gravidez e parto.
  3. Alterações hormonais associadas à menopausa pode implicar fraqueza da destes músculos, no entanto ainda não está comprovado cientificamente.
  4. A própria diminuição do tónus muscular associado com o processo de envelhecimento.
  5. Danos musculares provocados pelo esforço prolongado quando existe de obstipação intestinal, ou ainda associado a doentes com antecedentes de tosse crónica ou obesidade.

O papel dos exercícios de fortalecimento do pavimento pélvico
Exercícios regulares e intensos do pavimento pélvico ajudam a fortalecer e tonificar estes músculos.

Muitas mulheres perceberão uma melhoria ou até um desaparecimento dos sintomas da incontinência urinária de esforço após aprenderem fazer correctamente os exercícios, podendo assim evitar ou adiar a necessidade de uma cirurgia. 

Como exercitar os músculos do pavimento pélvico?
É importante aprender a realizar os exercícios desde o início e avaliar de vez em quando se os continua a realizar correctamente.

O seu fisioterapeuta vai poder ajuda-la a aprender e a realizar os exercícios utilizando ilustrações, desenhos e figuras.

  1. Sente-se confortavelmente com os pés e joelhos afastados. Dobre o seu tronco de modo a apoiar os cotovelos sobre os joelhos.
    Lembre-se de continuar a respirar, mantendo a barriga, pernas e coxas relaxados.
  2. Imagine que está a tentar evitar a perda de gases e urina ao mesmo tempo. Ao fazer isto deve sentir um aperto e levantar da zona à volta da vagina e ânus.
  3. Uma boa maneira de avaliar se está a fazer bem os exercícios é observar-se ao espelho.
    Pode deitar-se numa cama com um espelho colocado entre as pernas afastadas e com os joelhos dobrados.
    Ao apertar os músculos vai notar que o recto e entrada da vagina vão subir e aproximar-se.

Se notar que a sua vagina abriu, está afazer a força para baixo, que é ao contrário da contracção dos músculos do pavimento pélvico.
Além disso, se perder urina ou gases enquanto está a fazer os exercícios estará também a fazer a força em sentido contrário, em vez de estar a puxar para cima.

Poderá não conseguir fazer as contracções no início, mas não se fique decepcionada.
A maior parte das doentes aprendem a contrair e relaxar os após algum treino. 

Com que frequência devo fazer os exercícios?
Primeiro, determine a sua "série inicial". Use um diário de exercícios.

Aperte ao máximo os músculos do seu pavimento pélvico sem usar os glúteos, as coxas ou os abdominais, como já foi descrito acima.
Depois mantenha a força durante o máximo tempo possível até ao máximo de 10 segundos). 

Quando tempo consegue segurar uma contracção máxima?

______segundos

Relaxe e descanse durante pelo menos o mesmo tempo da contracção.
Repita a sequência "apertar, segurar e soltar" o número máximo de vezes que conseguir (até um máximo de 8-12 repetições).

Quantas vezes consegue repetir a contracção?

______ vezes (por exemplo 2 segundos 4 vezes)

Este será a sua "série inicial" de exercícios. Repita a sua "série inicial" 4 a 6 vezes durante o dia.
Assim, com o treino muscular regular o seu pavimento pélvico ficará mais forte e sua série de exercício poderá ser modificada, como por exemplo passar para 4 segundos 6 vezes.
Esta passará a ser sua nova "série inicial".

Esse programa vai promover a resistência deste grupo muscular. Assim os seus músculos vão conseguir contrair com mais força e por mais tempo. 

Agora faça os exercícios de fortalecimento do pavimento pélvico, apertando com mais força ainda, depois relaxe.
Isso é a chamada contracção rápida e irá ajudar os músculos a contrair rápido quando tiver que tossir, sorrir, praticar exercício físico ou carregar pesos.

Quantas contracções poderá fazer?
Tente aumentar o número de 8 a 12 repetições, 3 vezes ao dia durante pelo menos 6 meses.

Esta é uma sugestão a seguir!
O mais difícil é lembrar de fazer os exercícios! 

Aqui vão alguns conselhos a que ajudarão:
Coloque seu relógio no outro pulso.

  • Coloque adesivos em lugares que veja (por exemplo: no espelho da casa de banho, telefone, frigorifico, no volante do carro).
  • Faça exercício após esvaziar a bexiga.
  • Faça exercício em todas as posições.

Quando tempo irá demorar para ver resultados?
Não vai sentir provavelmente melhoria no controle da bexiga antes de 3 a 6 semanas, mas poderá levar até 6 meses.

No entanto, Não desista! É importante manter a força destes músculos.

Deve praticar os exercícios duas vezes por semana, 3 séries de 8-12 contracções máximas, 3 vezes ao dia deverá ser suficiente.
Tente incorporar esses exercícios nas suas actividades da vida diárias.
Se não tem a certeza de estar a fazer correctamente os exercícios, consulte um médico, enfermeiro (que seja especialista na área) ou fisioterapeuta para se aconselhar e fazer uma avaliação. 

O que posso fazer se não consigo contrair os meus músculos do pavimento pélvico?
Se não conseguir contrair os músculos, um profissional especializado na área poderá sugerir alguns tratamentos adicionais. 

Biofeedback
Tem como objectivo ajudar a mulher a identificar e contrair isoladamente os músculos do pavimento pélvico usando sinais de seu próprio corpo.

Um exemplo é sentir esses músculos com os próprios dedos.
Outro método envolve pequenos sensores, ligados a um computador, que são colocados no abdómen e coxa ou dentro da vagina ou recto.
A força e a manutenção da contracção que vai realizar podem ser assim ser visualizadas no ecrã do computador.

Eletroestimulação
Algumas vezes, os músculos do pavimento pélvico não podem contrair por causa de lesões nervosas, que poderá acontecer por exemplo, após um parto ou uma cirurgia.

A eletroestimulação irá promover uma contracção artificial desses músculos ajudando o seu fortalecimento.
Esse método não está indicado para mulheres que já conseguem contrair os músculos do pavimento pélvico. 

Pontos para lembrar:. O enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico causa sempre problemas no controle da bexiga.

  • Os exercícios de fortalecimento do pavimento pélvico realizados diariamente, ajudam a fortalecer os músculos e melhoram o controlo da bexiga.
  • Pergunte ao seu fisioterapeuta se está a exercitar os músculos certos.
  • Aperte ou contraia os seus músculos do pavimento pélvico antes de tossir, espirrar, saltar ou carregar pesos. Isso pode ajudar a prevenir a perda involuntária de urina, gases ou fezes, como ainda prevenir a descida dos órgãos pélvicos.
  • Tente manter o peso no limite saudável.
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Nota: 
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Homens e mulheres podem ser afectados
Incontinência urinária é a perda involuntária de urina pela uretra.

A incontinência urinária define-se pela perda involuntária de urina e é um sintoma que define um problema de saúde pública com um impacto social e económico considerável.

A incontinência urinária traz consigo o estigma de uma condição socialmente não aceite quer devido à falta de conhecimento das pessoas quer devido a apreciações erradas, preconceitos e intolerância, o que por sua vez, leva ao isolamento pessoal, ao constrangimento social e ao adiamento na procura de ajuda profissional médica.

Segundo os especialistas, cerca de 10 a 20 por cento das mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos e 40 por cento com mais de 60 anos podem ser afectadas por esta condição.

Existem variados tipos de incontinência urinária mas quando se fala de incontinência feminina, por exemplo, são referidas fundamentalmente três tipos:

Incontinência urinária de esforço - perda de urina relacionada com o esforço, sem sensação de vontade de urinar ou de bexiga cheia, que pode ocorrer predominantemente na mulher jovem e em idade adulta.

Incontinência urinária de urgência - perda de urina acompanhada ou imediatamente antecedida por uma vontade súbita ou urgência miccional, que é mais frequente na mulher idosa.

Incontinência urinária mista - incontinência que associa ambas as anteriores.

São vários os factores que podem contribuir para a incontinência urinária. Desde a gravidez e o pós-parto, um trauma obstétrico, a multiparidade, a obesidade, alterações hormonais, infecções urinárias repetidas, fraqueza dos músculos do pavimento pélvico, etc.

Para o diagnóstico da incontinência urinária é importante a história clínica e observação do doente, bem como, o resultado de vários exames que são pedidos conforme os sintomas, os dados recolhidos na consulta e a observação do doente. 

Incontinência urinária de esforço
A incontinência por esforço é uma perda incontrolável de urina ao tossir, fazer esforços, espirrar, levantar objectos pesados ou executar qualquer manobra que aumente bruscamente a pressão dentro do abdómen.

A incontinência provocada por esforço é o tipo mais frequente de incontinência nas mulheres. Pode ser provocada por debilidade do esfíncter urinário. Por vezes as causas são as alterações produzidas na uretra em resultado de um parto ou de uma cirurgia pélvica.

Nas mulheres pos-menopáusicas, a incontinência por esforço verifica-se pela falta de estrogénio, situação que contribui para debilitar a uretra, reduzindo deste modo a resistência da urina a fluir através deste canal. Nos homens, a incontinência por esforço pode aparecer depois da extirpação da próstata (prostatectomia, ressecção transuretral da próstata) quando se lesa a parte superior da uretra ou o colo da bexiga.

Seja qual for a causa, quando as perdas de urina são causadas por esforço, o defeito é do mecanismo esfincteriano, ou seja o mecanismo que impede que a urina saia da bexiga, enquanto esta vai enchendo. Este mecanismo é complexo e é constituído por músculos e ligamentos, cuja integridade é importante para o funcionamento adequado do esfíncter.

Grande parte dos casos de incontinência por esforço são por deficiência deste mecanismo, e associa-se frequentemente ao que é vulgarmente conhecido como "bexiga descaída", ou cistocele. Quando a razão das perdas ao esforço é por lesão do próprio esfíncter, o que é menos frequente, a doença é habitualmente grave e as perdas volumosas e frequentes.

Há estudos que demonstram que muitos casos de perda de suporte dos órgãos pélvicos tem a ver com a herança genética, em que o colagénio (tecido fibroso que constitui os ligamentos) e fáscias de sustentação têm uma resistência menor e com os esforços, ao longo do tempo vai cedendo. As alterações atróficas da vagina e uretra muito frequentes na mulher após menopausa são outro factor importante. Também traumatismos como, partos sobretudo complicados, cirurgias pélvicas ou acidentes com fractura da bacia, são factores de risco para incontinência de esforço. A obesidade, obstipação crónica e tabagismo também foram implicadas como factores de risco. 

Tratamento
O tratamento da incontinência urinária é possível em todos os grupos etários e tem uma taxa de cura bastante boa. No entanto, para começar, os factores potencialmente reversíveis que possam desencadear a incontinência devem ser modificados.

Para além disso, na incontinência urinária de esforço, sobretudo na ligeira, pode-se optar inicialmente por tratamento com exercícios que fortaleçam os músculos pélvicos. Os exercícios podem ser realizados pela própria doente ou com auxílio de fisioterapeutas e de técnicas específicas como biofeedback e electroestimulação.

A utilização de medicamentos na incontinência urinária de esforço tem actualmente eficácia limitada.

A cirurgia é a melhor opção para muitos casos, sendo que actualmente o tratamento cirúrgico mais utilizado na incontinência de esforço consiste na colocação de pequenas fitas, de material sintético, sob a uretra. Estas são colocadas por via vaginal, através de uma pequena incisão com cerca de um centímetro.

Como são fitas vaginais sem tensão (Tension-free Vaginal Tapes) ficaram conhecidas genericamente por "TVT" e que envolvem a uretra por baixo, e se fixavam entre o osso púbis e a bexiga. Mais recentemente têm uma fixação mais forte podendo ser mais encurtadas ainda, cabendo na palma da mão, tendo hoje em dia uma colocação quase exclusivamente dentro da vagina e tecidos imediatamente vizinhos.

A última geração destes dispositivos já não necessita de um orifício de saída, sendo colocados e fixados apenas com uma incisão vaginal, o que diminui a morbilidade da cirurgia e permite a sua execução em escassos minutos.

Também os homens submetidos a prostatectomia radical que ficaram incontinentes podem ser tratados com redes suburetrais para a incontinência urinária de esforço.

Quando estas técnicas não permitem curar a incontinência urinária de esforço, é possível proceder a colocação de aparelhos mais complexos, designados por esfíncteres urinários artificiais. O emprego deste mecanismo representa um maior desafio técnico, dado o maior risco de morbilidade associado, sendo por isso reservado para casos particulares.

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24 de Janeiro
Decorre a 24 de Janeiro a Reunião Anual da Rede Médicos Sentinela decorre, no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge,...

A reunião anual da Rede Médicos Sentinela realiza-se no dia 24 de Janeiro, no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa. A Rede Médicos Sentinela, coordenada pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, é um sistema de observação em saúde que reúne cerca de 115 médicos de medicina geral e familiar, cuja actividade profissional é desenvolvida em centros de saúde e unidades de saúde familiar de todos os distritos do continente e das regiões autónomas.

As notificações enviadas periodicamente por esta rede são processadas pelo Departamento de Epidemiologia e geram conhecimento sobre a saúde dos portugueses, seus determinantes, incluindo cuidados de saúde, e suas consequências, de grande importância para fundamentar e avaliar a saúde dos portugueses e o impacto das intervenções em saúde.

 

Temas

Desafios na abordagem da doença mental nos cuidados de saúde primários

Apresentação dos dados gerados pela Rede

Consulta relacionada com a depressão 2004 e 2012

Evolução da incidência de diabetes mellitus

Consulta relacionada com gravidez

A vigilância epidemiológica da gripe na época 2013-2014

Perspectivas futuras das Redes Sentinelas

Desafios futuros das Redes Sentinelas

Metodologia para alargamento geográfico da Rede Médicos-Sentinela

Propostas de temas para estudos-satélite em 2015

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