Lançado a 1 de Fevereiro
No dia 1 de Fevereiro é lançado o site informativo sobre Esclerose Múltipla nextcare.pt, uma ferramenta de comunicação criada a...

Com o objectivo de ajudar os doentes e os seus cuidadores a lidar da melhor forma com a Esclerose Múltipla, uma doença auto-imune, crónica e muitas vezes incapacitante, é lançado a 1 de Fevereiro um site informativo, o nextcare.pt.

O site será apresentado numa reunião durante a qual doentes e especialistas na área da saúde debaterão a importância das novas tecnologias da informação e da e-health numa melhor gestão de uma doença que afecta mais de 5.500 doentes. Este lançamento acontece às 10:00, na Casa Ferreirinha, em Vila Nova de Gaia.

Para além de alguns capítulos informativos e educativos sobre a Esclerose Múltipla (EM), o seu diagnóstico e tratamento, este novo site disponibilizará informação e conteúdos dinâmicos e positivos, relacionados com a qualidade de vida, hábitos de vida saudável, dicas práticas sobre como viver melhor com a EM, entre outros.

O site nextcare.pt integra-se num programa homónimo desenvolvido pela Biogen Idec que contempla a prestação de apoio aos doentes com EM através de uma equipa de profissionais de saúde competente e disponível, que fornece aconselhamento e esclarecimento de dúvidas sobre a doença, sintomas e tratamento, apoio de enfermagem para administração da medicação e outras ajudas técnicas. No seu todo, o programa Nextcare® oferece várias possibilidades ao doente para descobrir como diminuir o impacto da EM na sua vida familiar e social, usufruindo de um dia-a-dia com mais qualidade.

O evento de lançamento do site é aberto ao público através de inscrição, que pode ser efectuada junto das associações de doentes, Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM) e Todos Com A Esclerose Múltipla (TEM).

Esclarecer e sensibilizar a comunidade para a doença
Debates, sessões de esclarecimento e projecção de um documentário compõem o programa do evento de sensibilização para a...

O Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Associação Viver a Ciência promovem esta quinta-feira um dia dedicado à Paramiloidose para esclarecer e sensibilizar a comunidade para a doença.

Conhecida como “doença dos pezinhos”, a Paramiloidose é uma doença genética rara de grande incidência em Portugal que se manifesta na idade adulta, normalmente por volta dos 30 anos.

A iniciativa tem como ponto central a tripla projecção de “A história de um erro”, documentário realizado por Joana Barros, da Associação Viver a Ciência, e estreado em Julho de 2013 no Festival Curtas Vila do Conde.

Nele se conta a história desde a descoberta da doença por Corino de Andrade até aos dias de hoje, com referência à investigação que ainda decorre, com base em depoimentos de alguns investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular, como Jorge Sequeiros e Maria João Saraiva.

Além disso, o evento conta com debates e sessões de esclarecimento, a decorrer no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto.

As sessões são abertas ao público e vão decorrer entre as 10h30 e as 19h30. Os interessados devem inscrever-se no site do Instituto de Biologia Molecular e Celular. A inscrição é gratuita.

A Paramiloidose ou “doença dos pezinhos” chama-se assim porque começa por causar a atrofia dos membros inferiores. É uma doença quase sempre fatal, com tratamento, mas sem cura.

A paramiloidose foi descrita em 1952 pelo neurologista do Hospital de Santo António do Porto Mário Corino de Andrade, que observara um padrão de formigueiro e adormecimento das pernas em doentes da Póvoa do Varzim.

25 de Janeiro, Serra de Sintra
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal organiza no próximo dia 25 de Janeiro, entre as 9h30 e as 14h30, uma caminhada...

A caminhada promovida pela Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), em colaboração com a WeGoAdventures e a CliVip, tem como ponto de partida a Capela da Malveira da Serra, às 9h30, e consiste num percurso circular que conta com a passagem pela barragem do Rio da Mula, pela Quinta do Pisão e pela Fundação S. Francisco de Assis. No total, são cerca de 14km a um nível de dificuldade III, numa escala de I a V. Para os participantes que têm maiores dificuldades nas caminhadas, existe a possibilidade de fazer metade do percurso (7km).

“O exercício físico é importante pois acarreta consigo benefícios para a melhoria da qualidade de vida dos jovens que vivem com a diabetes. A prática de desporto contribui para a melhoria da sensibilidade à insulina, da tolerância à glicose, permite um melhor controlo glicémico, melhora a circulação sanguínea e a condição física. Estas iniciativas também são importantes do ponto de vista social, pois potenciam o convívio entre os jovens e levam à aprendizagem de novas experiências que os podem ajudar a enfrentar o estigma associado à diabetes”, explica o presidente da AJDP, Carlos Neves.

A AJDP apela ao uso de equipamento adequado à actividade desportiva, nomeadamente, roupa confortável, botas de montanha ou ténis, corta-vento ou impermeável, água, lanche e almoço e também material de prevenção para hipoglicémias (sumo, açúcar, bolachas).

Para inscrições e mais informação sobre a caminhada, contactar: [email protected], indicando o nome, um contacto, o número de pessoas a participar e o percurso a realizar.

Projecto vencedor do concurso “Call For Papers”
A José de Mello Saúde vai testar, na clínica CUF Cascais, o projecto “VITHEA: Terapeuta Virtual Para o Tratamento da Afasia”. O...

A plataforma está desenhada para doentes e profissionais de saúde. Aos doentes permite o acesso a sessões virtuais de terapia da fala, através de actividades 3D e animação com uma personagem. Os terapeutas podem criar, editar e apagar conteúdos e acompanhar a evolução dos doentes.

Este projecto, desenvolvido por uma equipa liderada por Alberto Abad, engenheiro do INESC-ID Lisboa, e por J. Fonseca, do Laboratório de Estudos de Linguagem da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, é um dos quatro seleccionados no concurso “Call For Papers” lançado no âmbito das Conferências Saúde CUF.

A afasia é um distúrbio da comunicação causado por lesões em áreas do cérebro que controlam a linguagem falada e escrita. A afasia surge na sequência de AVC, de tumores cerebrais, de infecções e de acidentes. A dificuldade em lembrar-se das palavras é um dos efeitos mais comuns nestes doentes. Para mais informações consulte: http://conferenciassaudecuf.com

Concluída a primeira fase do EpiReumaPT
Está concluída a primeira fase do estudo EpiReumaPT que pretende traçar o retrato epidemiológico das doenças reumáticas em...

10.666 entrevistas realizadas e 3.886 consultas efectuadas em 254 centros de saúde nacionais foram o resultado de 27 meses de trabalho no terreno por parte de uma equipa constituída por 194 entrevistadores, 95 reumatologistas, sete enfermeiros, oito investigadores, três técnicos de radiologia e cinco motoristas que, com o apoio de uma unidade móvel, percorreu milhares de quilómetros de norte a sul do país, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Está assim concluída a primeira parte do estudo, cuja missão é traçar o retrato epidemiológico das doenças reumáticas em Portugal. Agora está em curso o tratamento estatístico dos dados recolhidos.

Jaime Branco, investigador principal e coordenador do projecto, "o EpiReumaPT, afirma, na edição de Dezembro da Newsletter informativa sobre o estudo, que o êxito da conclusão desta primeira fase se deve “à colaboração, dedicação e empenho de mais de três centenas de pessoas" e que "muito trabalho é ainda necessário para extrair os resultados tão desejados”.

O reumatologista do Hospital de Egas Moniz acredita que “a enorme quantidade de dados e a sua representatividade populacional constituem já um acervo único no panorama científico nacional, que será constantemente ampliado com a continuada construção e seguimento das coortes”. O especialista não tem dúvidas de que o património científico e social “utilizado de acordo com as regras de ética recomendadas” estará na origem de muitos trabalhos de grande qualidade.

O EpiReumaPT surge na sequência da publicação do Programa Nacional contra as Doenças Reumáticas, em 2004, contudo, “só após sete anos de aturadas tarefas de construção processual, de programação de procedimentos e de busca de meios financeiros e estruturais”, foram reunidos todos os instrumentos para o arranque dos trabalhos no terreno. Assim, a recolha de dados teve início em Setembro de 2011 e foi concluída, como previsto, em Dezembro de 2014.

Aguardam-se agora os resultados finais que darão conta do número de portugueses portadores de doenças reumáticas.

Campanha da Liga Portuguesa Contra o Cancro
“Dê a cara contra o HPV” é o nome de uma campanha que a Liga Portuguesa Contra o Cancro está a promover no Facebook. Tem como...

No seu site a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) indica que com esta acção pretende chamar à atenção e informar sobre as doenças causadas pelo papilomavírus humano (HPV) e apelar a todas as pessoas que se envolvam na prevenção das doenças causadas por este vírus, que não escolhe sexo nem idade. Para participar basta aceder à página da Liga no Facebook e literalmente dar a cara, através de uma aplicação disponibilizada.

O HPV manifesta-se através de lesões chamadas papilomas. Existem diferentes tipos de HPV que podem levar a diferentes resultados. Uma das formas de transmissão é através do contacto sexual (vaginal, oral e anal).

A maioria das pessoas infectadas com o HPV não tem sintomas, nem sinais óbvios. Por vezes, surgem verrugas, mas que não estão visíveis por se encontrarem numa parte interna do corpo, ou por serem muito pequenas. Existe tratamento destas verrugas, mas as infecções podem persistir.

Nas mulheres, o teste citológico de rotina – colpocitologia ou Papanicolau – é uma importante ferramenta de rastreio, pois não há forma de saber previamente em que pessoa o vírus vai persistir ou evoluir para cancro. E como forma de prevenção, a administração da vacina contra o HPV em raparigas jovens a partir dos 12 anos. Também é recomendável a prática de sexo seguro, com recurso ao preservativo.

Já em vigor
Quem estiver em situação de incompatibilidade tem agora 30 dias para regularizar a situação.

Os membros das comissões, grupos de trabalho ou júris de concursos do sector da saúde passam a ficar impedidos de exercer funções remuneradas em empresas farmacêuticas ou de dispositivos médicos, segundo um diploma hoje publicado.

O decreto-lei hoje publicado em Diário da República visa “identificar situações concretas de conflitos de interesses” e prevenir incompatibilidades nos membros de comissões, grupos de trabalho, júris de procedimentos de concursos e consultores, contribuindo para “assegurar e garantir a imparcialidade e independência nas decisões”.

O diploma aplica-se a membros de comissões ou grupos de trabalho constituídos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e do Ministério da Saúde em matérias relacionadas com: determinação de preços ou regimes de comparticipação de medicamentos; escolha para compra de dispositivos médicos; emissão de pareceres sobre terapêuticas e emissão de orientação clínicas.

Quem actualmente integra comissões ou grupos de trabalho e está em situação de incompatibilidade tem um prazo de 30 dias para regularizar a sua situação.

Assim, os membros de comissões, grupos ou júris não podem ser proprietários nem exercer funções remuneradas em empresas de medicamentos ou dispositivos médicos.

Aqueles membros também ficam impedidos de pertencer aos órgãos sociais de sociedades científicas ou associações que tenham recebido um financiamento de empresas produtoras ou distribuidoras de fármacos superior a 50 mil euros por ano, tendo em conta os cinco anos anteriores.

No início de funções num grupo de trabalho, comissão ou júri passa a ser obrigatório apresentar uma declaração de inexistência de incompatibilidades, que devem ser actualizadas no início de cada ano e que passam a constar da página na Internet do serviço ou organismo em causa.

As infracções a este novo regime de incompatibilidades passam a ser sancionadas com coimas de 2.000 a 3.500 euros e de 500 a 2.000 euros no caso de não ser entregue a declaração que comprova a ausência de conflito de interesses.

Enfermeiros exigem
Funcionários da Saúde 24 acusaram esta a administração de ter despedido já um total de 69 trabalhadores, em Lisboa e no Porto,...

Em comunicado, a comissão informal de trabalhadores da Saúde 24 “exige a intervenção urgente do Ministro da Saúde e da Direcção-Geral da Saúde (DGS), perante a total irresponsabilidade do Conselho de Administração da LCS, empresa concessionária da linha, que na actual situação demonstra claramente que não tem condições de assegurar a linha e que deve ser afastada”, revela o Jornal de Notícias Online.

“Após o despedimento sumário de 16 trabalhadores como represália por exercerem o seu direito de organização e de livre expressão, a LCS reitera a ilegalidade e represálias para com os seus trabalhadores, e demonstra cabalmente o desrespeito para com os utentes e para com o contrato de concessão que tem, despedindo um total de mais de cerca de 65 trabalhadores, apenas no call center de Lisboa (de um total de 200) em pleno pico da gripe”, acrescenta o comunicado.

A comissão informal de trabalhadores considera que o conselho de administração “demonstrou publicamente a sua disponibilidade para reprimir direitos fundamentais dos trabalhadores e para delapidar de forma decisiva o serviço da Linha Saúde 24, tendo as suas acções conduzido a perdas de chamadas diárias na ordem das mil pessoas desde há cerca de uma semana, bem como a tempos de espera para o atendimento da ordem dos 10 minutos”.

Os mesmos trabalhadores associam o recente congestionamento das urgências hospitalares à actual condição da Linha Saúde 24, que tem como uma das principais funções desviar das urgências os casos que não são realmente urgentes.

“Não pode haver uma dissociação de ambas as situações, quando a administração da Saúde 24 está a sabotar ela própria o serviço da Linha, que contribui para que não exista uma alternativa viável ao recurso às instituições de saúde já congestionadas”, afirmam.

No comunicado, os trabalhadores consideram ainda que “o silêncio do ministro Paulo Macedo torna-o cúmplice das ilegalidades na Saúde 24” e “torna-o cúmplice de uma empresa privada que delapida o serviço público”.

As remessas dos emigrantes portugueses a trabalhar em países lusófonos ultrapassou em Outubro os 268 milhões de euros, devendo fechar 2013 com um valor superior ao do total do ano anterior: 289,3 milhões de euros.

Dolutegravir, da ViiV Healthcare
A Comissão Europeia aprovou o medicamento dolutegravir, um inibidor da integrase, indicado, em combinação com outros...

Foi aprovado pela Comissão Europeia um novo medicamento para o VIH, um inibidor da integrase, indicado, em combinação com outros medicamentos anti-retrovirais, para o tratamento de adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade infectados com o VIH. O programa de desenvolvimento clínico de dolutegravir foi um programa abrangente que incluiu pessoas infectadas pelo VIH sem tratamento prévio (naive), bem como indivíduos que já tinham sido tratados com outros medicamentos para o VIH (experientes) e ainda indivíduos infectados por um vírus que desenvolveu resistências aos inibidores da integrase previamente disponíveis. O processo de submissão que suportou a aprovação incluiu dados de quatro ensaios clínicos de Fase III, que envolveram 2.557 adultos tratados com dolutegravir ou com um comparador. Incluiu, igualmente, dados de um quinto estudo, realizado em crianças com mais de 12 anos de idade.

“A aprovação de dolutegravir constitui um avanço importante e abre a porta a novas associações terapêuticas para pessoas afectadas pelo VIH na Europa. O programa de desenvolvimento clínico de dolutegravir só foi possível graças às parcerias estabelecidas com as pessoas afectadas pelo VIH e com os profissionais de saúde que nele participaram. O nosso objectivo consiste em continuar a desenvolver novos avanços, conjuntamente com os nossos parceiros, com base num compromisso absoluto para com a resposta global ao VIH/SIDA”, referiu Dominique Limet, CEO da ViiV Healthcare.

A aprovação de dolutegravir é a autorização regulamentar Europeia para comercializar o medicamento em cada um dos estados membros da União Europeia. Dolutegravir ficará disponível em cada um destes países, logo que os processos de avaliação do pedido de preço e de comparticipação estejam concluídos, com disponibilidade prevista para um futuro imediato, em alguns dos primeiros países.

A eficácia do medicamento dolutegravir – como ‘terceiro agente’ – foi estatisticamente superior à do seu comparador, em dois estudos de Fase III e não inferior num estudo com um terceiro comparador. Em ensaios clínicos, as taxas de descontinuação devidas à ocorrência de acontecimentos adversos, observadas com dolutegravir, foram baixas (1-3%), tanto em doentes sem tratamento prévio (naïve) como em doentes com experiência de tratamento.

O medicamento dolutegravir inibe uma enzima usada pelo vírus VIH durante o seu ciclo de replicação, conhecida por integrase. Ao ligar-se ao local onde actua a integrase, bloqueia o passo “transferência de cadeia” do processo de replicação do VIH – impedindo o ADN viral de formar um novo vírus. A dose recomendada de dolutegravir para a maioria dos doentes é de 1 comprimido de 50 mg, uma vez ao dia. Para doentes com resistência documentada ou clinicamente suspeita à classe dos inibidores da integrase, ou quando dolutegravir é administrado concomitantemente com determinados medicamentos, a dose recomendada é de 50 mg, duas vezes ao dia.

Em Coimbra
Três centenas de enfermeiros especialistas em enfermagem médico-cirúrgica participam num encontro nacional para partilhar os...

Tem lugar, em Coimbra, nos próximos dias 24 e 25 de Janeiro o encontro nacional de enfermeiros especialistas em enfermagem médico-cirúrgica, uma iniciativa do Colégio da Especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Ordem dos Enfermeiros (OE.

Para o Presidente da Mesa do Colégio da Especialidade da OE, este “é um momento propício ao crescimento dos enfermeiros”, por ser uma oportunidade de partilha daquilo que vêm produzindo, e de transferência dos novos conhecimentos para os contextos clínicos.

“Os enfermeiros envolvem-se frequentemente em investigação, em projectos inovadores, mas também frequentemente os resultados deste desenvolvimento ficam reduzidos a um relatório para uma escola, a uma tese de mestrado, a um relatório para um hospital, e este saber não se traduz em resultados se não houver transferibilidade para a prática”, observa o Enf.º José Carlos Martins.

Neste encontro os participantes irão debater temas como a segurança do utente e qualidade dos cuidados, sistemas de informação e continuidade dos cuidados, relação, comunicação e informação, gestão dos cuidados, formação para melhores práticas, a prática especializada à pessoa em situação crítica e a prática especializada à pessoa com doença crónica e em fim de vida.

O 2º Encontro dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica está organizado em cinco painéis temáticos e três conferências, integrando ainda uma reunião com associações e sociedades de enfermagem e, na tarde do dia 25, a Assembleia do Colégio da Especialidade da OE.

A Conferência Inaugural está a cargo do Presidente do Conselho de Enfermagem da OE, Enf.º José Carlos Gomes, que abordará a passagem para o novo Modelo de Desenvolvimento Profissional (MDP), que prevê o surgimento de duas novas especialidades, a Especialidade à Pessoa em Situação Crítica e a Especialidade da Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica e Paliativa.

Caberá ao Bastonário da OE, Enf.º Germano Couto, proferir uma conferência subordinada ao tema “O Enfermeiro Especialista na prática clínica: Importância política, estratégica e para a qualidade dos cuidados”, que terá lugar após a Abertura Solene, marcada para as 11:45 do dia 24.

Na sessão de abertura participarão ainda como oradores, além do Bastonário, os Presidentes do Conselho de Enfermagem e do Colégio da Especialidade, bem como a Presidente do Conselho Directivo Regional da Secção Regional do Centro, Enf.ª Isabel Oliveira, e a Presidente do da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Maria da Conceição Bento.

A Assembleia do Colégio da Especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica, um dos maiores da OE, com cerca de 2.200 membros, além da aprovação do plano e relatório de actividades, irá discutir planos formativos e padrões de qualidade das especialidades do novo MDP.

Na reunião com as associações e sociedades profissionais da enfermagem, o Colégio pretende perspectivar trabalho conjunto e melhores resultados para os utentes, sublinhou o seu presidente, Enf.º José Carlos Martins.

Para mais informações e consultar programa, aceder ao seguinte endereço:

http://www.ordemenfermeiros.pt/eventos/Paginas/2EncontrodosEnfermeirosEspecialistasemEnfermagemMedicoCirurgicasubmissaodetrabalhoslivresate17denovembrode2013.aspx

Comissão Parlamentar de Saúde
Ministro anuncia concurso para mais 200 médicos de medicina geral e familiar nos centros de saúde.

O ministro da Saúde anunciou a abertura de um concurso para a contratação de 200 médicos especialistas em medicina geral e familiar que deverão em breve ir trabalhar nos centros de saúde. Paulo Macedo fez este anúncio na Comissão Parlamentar de Saúde. Segundo o ministro, o concurso que deverá ser aberto ainda durante este mês não obriga estes profissionais a terem vínculo ao Serviço Nacional de Saúde.

Preço dos medicamentos nos dispositivos móveis
O Infarmed disponibiliza uma aplicação mobile gratuita, que permite aos utentes, entre outras funcionalidades, o acesso aos...

A aplicação “Poupe na Receita”, disponível a partir de ontem [21 de Janeiro] permite ao utente poupar no custo da sua receita, através da identificação prévia (ou no momento da aquisição), dos medicamentos mais baratos para a substância activa prescrita pelo médico. O objectivo é facilitar ao utente, simular, ou confirmar, o total da sua despesa na compra de um ou mais medicamentos. Esta aplicação está disponível para utilizadores de telemóveis smartphones (sensivelmente 4 milhões em Portugal).

Para além destas vantagens, a aplicação permite também visualizar o folheto informativo do medicamento, consultar as novidades e alertas sobre medicamentos e produtos de saúde, localizar farmácias na proximidade do utilizador e criar um plano de tomas de medicamentos com um sistema de alertas.

A aplicação permite também, ler códigos de barras nas receitas médicas (medicamentos e substâncias activas) ou nas embalagens dos medicamentos, para aceder no imediato à informação.

A nova aplicação mobile ficará disponível para sistemas iOS e Android e funciona quer em modo on-line, no qual é possível obter o maior benefício das funcionalidades instaladas, quer em modo off-line, caso o utente não usufrua de pacote de dados no tarifário do seu telemóvel.

O download da aplicação “Poupe na Receita” está já disponível para Iphone na App Store da Apple e muito em breve na Play Store da Google.

ANF alerta
As farmácias não conseguiram aviar 5 milhões de embalagens de medicamentos em Dezembro. Um problema que segundo a Associação...

O problema da falta de medicamentos nas farmácias está a agravar-se. Em Dezembro, os estabelecimentos farmacêuticos não conseguiram ter disponíveis cerca de 5 milhões de embalagens de fármacos e muitos eram genéricos, adiantou ao Publico o secretário-geral da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Nuno Flora.

“Foi o pior mês de sempre”, afirma Nuno Flora, para quem a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) devia efectuar “uma monitorização quase diária” dos produtos que efectivamente estão no mercado para evitar que este problema persista.

Os medicamentos faltam nas farmácias porque os laboratórios não produzem em quantidade suficiente, ou porque se desinteressam de fabricar alguns produtos devido à constante diminuição dos preços, e ainda porque preferem exportar para outros países.

Um dos medicamentos que estão em falta desde Novembro e que tem sido muito procurado é a vacina contra a gripe, situação que tem gerado “uma pressão enorme” sobre as farmácias, frisa Nuno Flora. O problema fica a dever-se a um insuficiente abastecimento das farmácias que, na época vacinal 2013/2014, receberam 530 mil doses, contra as cerca de 950 mil que tinham recebido na época anterior, explica o responsável da ANF.

Nos últimos anos, o número de doses de vacina contra a gripe que vêm para Portugal tem diminuído (são os laboratórios farmacêuticos que decidem anualmente a quota a atribuir a cada país). Em 2013, a quota de importação ficou-se por 1,6 milhões de unidades (menos 100 mil do que em 2012 e menos 200 mil do que no ano anterior) e a Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu ficar com 1,157 milhões para distribuição gratuita pelos grupos de risco, como as pessoas com mais de 65 anos, os residentes em lares e outras instituições, os profissionais de saúde e alguns doentes crónicos. Uma estratégia que permitiu um resultado “inédito na história de Portugal”, que conseguir imunizar mais de 60% dos idosos, sublinha o director-geral da Saúde, Francisco George.

Foi neste cenário de falta generalizada de vacinas contra a gripe que no final da semana passada foram detectadas numa farmácia de Aljezur várias doses provenientes de Espanha. Nesta terça-feira, o ministro da Saúde esclareceu que estas vacinas estavam fora do circuito legal, mas não eram falsificadas. “Dos indícios que temos, não se trata de qualquer contrafacção, mas sim de uma compra de uma farmácia (portuguesa) a uma outra entidade em Espanha”, disse Paulo Macedo, citado pela Lusa. Sem especificar o número de vacinas detectadas, o ministro garantiu apenas que o mesmo “não é significativo”. Acrescentou que os indícios de que tem conhecimento apontam para inexistência de perigo para a saúde pública, mas não assegurou que quem recebeu as vacinas não corre riscos. O processo de investigação prossegue.

Especialistas do Sleep Research Centre
Trabalhar de madrugada pode provocar um “caos” no corpo humano e causar danos à saúde a longo prazo, afirma um estudo conduzido...

A pesquisa, realizada por especialistas do Sleep Research Centre, da Universidade de Surrey, revelou como os turnos de trabalho nocturnos podem alterar o metabolismo e prejudicar o bom funcionamento molecular.

Segundo os autores do estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, a descoberta sobre a rapidez e gravidade dos danos causados por ficar acordado até tarde foi “uma surpresa”.

Explicaram que o corpo humano segue um ritmo natural próprio e que o relógio biológico é programado para ficar activo durante o dia e dormir à noite.

As mudanças podem causar sérios efeitos colaterais, como alterações hormonais, do humor, da actividade cerebral, da temperatura corporal e do desempenho dos atletas.

Os investigadores acompanharam 22 pessoas que trabalhavam durante o dia e que foram transferidas para turnos nocturnos. Exames de sangue mostraram que, em média, 6% dos nossos genes são programados para ficar mais ou menos activos, agindo em sintonia em momentos específicos do dia. Uma vez em que os voluntários passaram a trabalhar à noite, essa sintonia genética “perdeu-se”.

“Quase todos os genes ficaram fora de sintonia por causa da falta de sono”, afirma Simon Archer, um dos autores da pesquisa. “E isso explica porque nos sentimos tão mal quando ficamos com jet lag ou se temos de trabalhar em turnos alternados”, disse.

O professor Derk-Jan Dijk acrescentou que todos os tecidos do corpo têm o seu próprio ritmo durante o dia, mas que ao ficarem “acordados” à noite, perdiam a sua sincronia, podendo causar danos mais sérios a longo prazo, como aceleração dos batimentos cardíacos e alterações no funcionamento dos rins e do cérebro.

“É um caos. É como viver numa casa onde há um relógio em cada assoalhada e cada um a marcar uma hora diferente”, disse o professor. Estudos anteriores já haviam indicado que dormir a horas diferentes do dia aumenta os riscos de diabetes tipo 2 e obesidade.

Outras análises sugeriram que as pessoas que trabalham à noite têm mais probabilidades de sofrer de ataques do coração.

Estudo norte-americano diz
Mulheres respondem melhor à vacina contra a gripe do que os homens. Já entre eles, quanto maior o nível de testosterona, menor...

“Os homens não são tão resistentes como pensam. As mulheres são superiores”, diz Mark Davis, um dos autores do estudo e professor de imunologia da Universidade de Stanford (EUA) que revela que as mulheres respondem melhor à vacina conttra a gripe do que os homens. A descoberta é um importante passo para a compreensão das diferenças imunológicas entre homens e mulheres e de como elas podem ter impacto nos tratamentos.

Estudos epidemiológicos já haviam demonstrado que as mulheres são mais susceptíveis às doenças auto-imunes, como lúpus, e os homens têm menos imunidade para infecções em geral. “Percebemos claramente que as doenças infecciosas são mais frequentes em homens. Desde as infecções nos ouvidos na infância até às pneumonias que pedem hospitalizações”, diz o médico Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

O sistema imunológico dos homens também não responde com a mesma força que o das mulheres para as vacinas contra o sarampo, a hepatite e a febre-amarela. Mas os mecanismos envolvidos nesses fenómenos até então eram desconhecidos.

“O nosso estudo é o primeiro a mostrar que, entre os homens, essa resposta imunológica à vacina depende do nível de testosterona e da actividade dos genes envolvidos na imunossupressão”, disse Davis.

A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imunológica melhor à vacina, similar à das mulheres.

Na vida prática, porém, essas diferenças sobre a eficácia da imunização entre homens e mulheres ainda precisam de ser comprovadas. O trabalho, feito com 34 homens e 53 mulheres, foi publicado na revista da Academia de Ciências dos EUA.

Saiba tudo
O Planeamento Familiar é o meio de proporcionar informação às pessoas que lhes permita decidir o núm
Planeamento familiar

O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso a informação, a métodos de contracepção eficazes e seguros, a serviços de saúde que contribuem para a vivência da sexualidade de forma segura e saudável. A prática do planeamento familiar permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter filhos, assim como programem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas.

O direito ao Planeamento Familiar é garantido a todos pela Constituição da República Portuguesa, pela Lei n.º3/84 e reforçado pela Lei n.º 120/99. Esta Lei determina, por exemplo, que os métodos contraceptivos sejam fornecidos gratuitamente nos centros de saúde e hospitais públicos. Todas as pessoas têm direito independentemente do estado civil.

As consultas de Planeamento Familiar servem para esclarecer dúvidas sobre a forma como o corpo se desenvolve e o modo com funciona em relação à sexualidade e à reprodução tendo em conta a idade da mulher; Informa-se sobre a gravidez; Prestam-se informações Informa-se sobre anatomia e fisiologia da sexualidade humana e função reprodutiva; Faculta-se informação completa, isenta e com fundamento científico sobre todos os métodos contraceptivos; É feito acompanhamento clínico e na escolha do método contraceptivo; Fornecem-se, gratuitamente, os métodos contraceptivos; Prestam-se esclarecimentos sobre as consequências de uma gravidez não desejada; Presta-se ajuda na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. Efectua-se o rastreio do cancro da mama e do cancro do colo do útero; Faz-se o acompanhamento da gravidez e a preparação para o parto.

De uma forma geral, são actividades e serviços que existem nos Centros de Saúde e nos Gabinetes de Atendimento a Jovens ou Centros de Atendimento Jovens das Direcções Regionais do Instituto Português da Juventude, I.P.

Assim, os objectivos do planeamento familiar são:

  • Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;
  • Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva;
  • Reduzir a incidência das infecções de transmissão sexual as suas consequências, nomeadamente a infertilidade;
  • Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
  • Permitir ao casal decidir quantos filhos quer, se os quer e quando os quer, ou seja, planear a sua família;
  • Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável;
  • Melhorar a saúde e o bem-estar da família e da pessoa em causa.

E para evitar uma gravidez indesejada existem actualmente vários métodos contraceptivos, sendo que o único método 100 por cento eficaz para evitar a gravidez é a abstinência, isto é, não ter relações sexuais.

Mas os métodos contraceptivos ajudam a prevenir a gravidez não desejada, permitindo a vivência da sexualidade de forma saudável e segura. O grau de eficácia varia de método para método e em alguns casos, como com a pílula e o preservativo, o grau de eficácia depende, também, da forma mais ou menos correcta e continuada de utilização do método. Alguns têm contra-indicações e efeitos colaterais. Assim, antes de optar por um método contraceptivo, deve marcar uma consulta de planeamento familiar ou consultar o seu médico, pois há alguns factores que devem ser ponderados e analisados pelo médico ou profissional de saúde, como, por exemplo, a idade e o estilo de vida, se tem ou pretende ter mais filhos, o estado da saúde em geral, a necessidade de protecção contra infecções de transmissão sexual, etc. E, sobretudo, lembre-se que a responsabilidade pela prevenção da gravidez não desejada cabe sempre aos dois parceiros.

Métodos contraceptivos disponíveis

Actualmente, existem vários métodos contraceptivos, embora nenhum pode ser considerado "o ideal", uma vez que todos têm vantagens e inconvenientes. Antes de optar por um deles, deve, como já foi dito, procurar aconselhar-se sobre qual o mais adequado ao seu caso, tendo em conta o grau de protecção proporcionado, a forma de utilização, as precauções, efeitos secundários, etc.

1. Métodos físicos ou de barreira

Diafragma
Preservativo masculino
Preservativo feminino
Espermicida

2. Métodos hormonais

Anel vaginal
Implante subcutâneo
Injectáveis
Orais

3. Métodos intra-uterinos

DIU

4. Métodos cirúrgicos

Laqueação das trompas
Vasectomia

5. Métodos naturais/comportamentais

Calendário – Ogino-Knaus
Temperatura basal
Muco cervical – Billings
Sinto-térmico
Coito interrompido

6. Contracepção de emergência

 

1. Métodos físicos ou de barreira

Diafragma
O diafragma consiste numa membrana de borracha flexível reforçada na extremidade livre com um aro metálico, o qual mantém o seu contorno circular, devendo ser colocado no fundo da vagina, de modo a revestir o cérvix e impedir a entrada no útero do sémen proveniente da ejaculação. De qualquer forma, como a adaptação da membrana ao colo do útero não é perfeita, podendo até ser alterada ao longo do acto sexual, recomenda-se a utilização simultânea de algum produto espermicida para que a adaptação seja mais conveniente. Como existem diafragmas de várias medidas, com diâmetros que variam entre os 50 e os 100 mm, deve ser o médico a recomendar as dimensões mais adequadas após comprovar, através de um exame vaginal, as do colo do útero.

Método de utilização:
O diafragma deve ser colocado até 6 horas antes do coito, após a aplicação de gel ou creme espermicida na parte côncava e nas extremidades, devendo ser colocado nas mesmas posições utilizadas para se inserir um tampão: por exemplo, de cócoras ou apoiando-se uma perna sobre uma cadeira. Após a ejaculação, o diafragma deve ser mantido durante, no mínimo, 6 horas, mas nunca mais de 24 horas. Caso se efectuem vários coitos, antes de cada um deve-se proceder à colocação de espermicida no fundo da vagina com a ajuda de um aplicador.

Uma vez retirado, deve ser lavado com água e sabonete suave, deixando-o secar antes de o guardar numa caixa fechada e, caso se deseje, pode-se envolvê-lo com algodão para que se conserve melhor até à sua próxima utilização.

Vantagens e inconvenientes:
Em relação às vantagens, deve-se destacar que, se o diafragma for bem utilizado, constitui um método contraceptivo inofensivo que em nada altera o funcionamento do aparelho genital. Para além disso, caso seja associado a espermicidas, também proporciona uma certa protecção, embora menor do que a do preservativo, face às doenças sexualmente transmissíveis.

Entre os inconvenientes, deve-se ter em conta que necessita de prescrição médica e que a sua utilização deve ser ensinada por um médico que comprove a correcta colocação por parte da utilizadora. Para além disso, deve-se respeitar as normas de cuidado mencionadas após cada utilização. Por último, algumas mulheres não consideram conveniente terem de colocar o dispositivo antes do início da relação ou o facto de ter de o deixar colocado várias horas após o coito.

Eficácia:
Caso esteja associado a um espermicida, o diafragma tem uma taxa de insucesso anual de 5 a 10 por cento, embora as falhas sejam proporcionadas especialmente por uma má utilização. Caso seja utilizado correctamente, esta taxa de insucesso anual pode diminuir para 2 por cento.

Preservativo Masculino
O preservativo masculino consiste numa membrana cilíndrica de látex que deve ser colocada sobre o pénis em erecção, de modo a revesti-lo e a reter no seu interior o sémen emitido na ejaculação. Embora o mercado seja, actualmente, constituído por uma grande variedade de modelos de preservativos (de diferente espessura, com a superfície mais ou menos rugosa, alguns lubrificados para favorecer a sua colocação, etc.), em relação à sua forma existem dois tipos básicos: uns têm a extremidade plana e arredondada, enquanto outros são constituídos na ponta por uma protuberância para reter o sémen no seu interior após a ejaculação.

Método de utilização:
O preservativo apenas deve ser colocado quando o pénis estiver em erecção e antes de qualquer contacto do mesmo com os genitais femininos. Caso se deseje, pode-se aplicar um lubrificante hidrossolúvel ou um gel espermicida sobre a superfície do preservativo, embora se deva, por outro lado, evitar a utilização de vaselina, já que o material plástico pode deteriorar-se. Após a ejaculação, deve-se retirar do pénis antes que se perca a erecção, segurando o preservativo na base para se evitar que o sémen entre em contacto com a vagina.

Todos os preservativos utilizados devem ser inutilizados. Caso se deseje continuar a relação sexual, deve-se evitar o contacto genital até se alcançar uma nova erecção e colocar outro preservativo, com as mesmas precauções mencionadas.

Vantagens e inconvenientes:
Entre as vantagens da utilização do preservativo, deve-se destacar o facto de se tratar de um método simples, muito fácil de aprender a utilizar e que não necessita de controlo nem prescrição médica. Para além da sua função de contraceptivo, caso o preservativo seja bem utilizado, é muito útil para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, por isso, deve ser utilizado, sobretudo, para as relações sexuais esporádicas.

Como inconveniente, há quem opine que a sua utilização diminui a sensibilidade do pénis. Por outro lado, há quem não goste deste método devido ao facto de a colocação do preservativo provocar a interrupção da relação sexual, na altura em que o pénis alcança a erecção, embora este acto seja, para muitos casais, mais um componente do jogo sexual.

Eficácia:
A eficácia do preservativo depende da forma de utilização. Caso seja utilizado sozinho, calcula-se que a taxa de insucessos anuais é de 10 a 15 por cento, sobretudo devido à sua incorrecta utilização. O método é muito mais eficaz, caso seja associado à utilização de espermicidas, e se for bem utilizado a taxa de insucessos diminui para os 0 a 3 por cento.

Preservativo Feminino
O preservativo feminino consiste numa espécie de bolsa cilíndrica de poliuretano que deve ser introduzida na vagina, de modo a reter no seu interior o sémen emitido na ejaculação. O dispositivo é constituído por um grande anel de plástico com a extremidade aberta, de modo a ser colocado à volta da vulva, e outro anel de tamanho mais reduzido e ligado à extremidade fechada do fundo, para que seja inserido à volta do colo do útero.

Método de utilização:
O preservativo feminino deve ser colocado de maneira semelhante a um tampão, devendo ser introduzido na vagina para que o anel pequeno fique à volta do colo do útero e o anel grande revista parcialmente a vulva. Pode-se aumentar a sua eficácia através da aplicação de um gel espermicida na sua superfície externa, que após a colocação do dispositivo ficará em contacto com a vagina e o colo do útero. Para se retirar o preservativo feminino, após a ejaculação, deve-se exercer tracção sobre o anel que reveste a vulva, verificando-se que não produz nenhum contacto do sémen retido no seu interior com os genitais femininos.

Vantagens, inconvenientes e eficácia:
As vantagens e inconvenientes do preservativo feminino são semelhantes ao do masculino, embora tenha a seu favor o facto de não ser necessário que o pénis esteja em erecção para ser colocado e contra, o facto de a sua forma de utilização ser um pouco mais incómodo. Embora a eficácia de ambos os métodos seja igualmente semelhante, a taxa de insucessos do preservativo feminino é ligeiramente superior devido a falhas de utilização.

Espermicida
Os espermicidas são agentes químicos utilizados para desactivar os espermatozóides presentes na vagina antes que penetrem no útero. São comercializados sob várias formas farmacêuticas e com vários tipos de aplicação - geles ou cremes - e colocados com a ajuda de um aplicador presente na embalagem - aerossóis ou espumas - cuja embalagem é igualmente constituída por um aplicador, e óvulos vaginais, supositórios ou comprimidos de consistência sólida, que devem ser directamente introduzidos na vagina com um dedo, unindo-se no seu interior.

Método de utilização:
O produto espermicida, qualquer que seja a sua variedade, deve ser sempre colocado antes de cada coito, seguindo-se as instruções indicadas na embalagem. A colocação na vagina é simples, independentemente de ser com um dedo, em caso de comprimidos e supositórios vaginais, ou como acontece com os cremes e geles, com a ajuda de um aplicador semelhante a uma seringa. Devem ser colocados com uma certa antecedência do coito, variável em cada caso, pois embora os aerossóis, geles e cremes se distribuam rapidamente ao longo da vagina e apenas necessitem de alguns minutos de espera, os supositórios e os comprimidos levam entre 5 a 10 minutos para se derreterem e formarem uma película sobre o cérvix. Cada produto tem um período de tempo limitado, de meia hora a duas horas, tendo que se proceder a uma nova aplicação, caso o coito não seja efectuado dentro desse período de tempo.

Vantagens e inconvenientes:
Como vantagens, os espermicidas são simples de utilizar, embora seja extremamente importante seguir as instruções indicadas em cada caso na embalagem, não necessitando de prescrição ou vigilância médica. Para além disso, não têm efeitos secundários locais, nem gerais, embora algumas espumas produzam uma sensação de calor transitória.

Como inconvenientes, deve-se mencionar que devem ser aplicado antes de cada coito e que necessitam de um tempo de espera que não pode ser reduzido. Em alguns casos raros, provocam reacções alérgicas que impossibilitam a utilização do produto.

Eficácia:
Caso sejam utilizados isolados, os espermicidas têm uma taxa de insucesso anual de 10 a 15 por cento, sobretudo por incumprimento das normas de utilização. Por outro lado, caso estejam associados a outros métodos, têm uma eficácia muito mais elevada, já que combinados com o diafragma evidenciam uma taxa de insucesso anual de 5 a 10 por cento e, em associação com o preservativo, de 0 a 3 por cento.

2. Métodos hormonais

Anel Vaginal

A colocação deste dispositivo de material plástico no fundo da vagina, de maneira semipermanente, proporciona a libertação de substâncias hormonais, cuja absorção é feita pela mucosa vagina para a circulação sanguínea. Este processo origina um efeito contraceptivo durante um período que, de acordo com o tipo de anel, varia entre as 3 semanas e os 6 meses.

Nos modelos em que o anel liberta estrogénios e progestagénios em quantidades suficientes para inibir a ovulação, deve ser colocado na vagina durante 3 semanas consecutivas seguindo-se um intervalo de 7 dias, de modo a proporcionar uma hemorragia semelhante à menstruação.

A sua eficácia é semelhante às tradicionais pílulas contraceptivas combinadas. Os modelos de anéis vaginais que apenas libertam gestagénios em doses baixas podem ser utilizados ininterruptamente durante três a seis meses. O mecanismo de acção e a sua eficácia são, no mínimo, equivalentes às das minipílulas. 

Implante subcutâneo
Este sistema consiste na implantação de um pequeno bastonete que é inserido no braço sob a pele. Embora se trate de um procedimento simples efectuado sob anestesia local, realizado em pouco mais de 15 minutos, o implante deve ser colocado pelo médico. O implante contraceptivo existente no mercado é eficaz durante um período de 3 anos, sendo que após este período perde lentamente a sua eficácia, pelo que será necessário substituí-lo ou utilizar outro método. O implante liberta uma hormona que evita a ovulação e evita que o esperma alcance o útero. Está indicado para contracepção a longo prazo de mulheres saudáveis entre os 18 e 40 anos.

Efeitos secundários e eficácia:
Os efeitos secundários do implante subcutâneo são muito semelhantes aos provocados pelas minipílulas, nomeadamente irregularidades menstruais e, por vezes, perda de peso, dores nos seios e acne. Nos casos raros em que se produz uma infecção na zona do implante, deve-se proceder ao seu oportuno tratamento antibiótico, o que obriga, excepcionalmente, à extracção do implante.

A sua eficácia é elevada, superior a 99 por cento, proporcionando uma protecção contraceptiva que começa no dia seguinte à sua inserção e que se prolonga durante 3 anos. Após a extracção do implante, a mulher recupera imediatamente a sua fertilidade, podendo ficar grávida no primeiro ciclo menstrual. 

Injectáveis
Trata-se de um método contraceptivo que consiste numa injecção intramuscular profunda de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A solução vai-se introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, inibe a ovulação e age sobre a mucosa do útero, tornando as secreções do colo do útero mais espessas, constituindo assim uma barreira contra os espermatozóides. Cada injecção tem um efeito até 3 meses (12 semanas) e tem um elevado nível de eficácia (cerca de 99 por cento) 0,0 a 1,3 gravidezes por ano em cada 100 mulheres.

Vantagens e desvantagens:
É um método que não requer rotina diária logo evita esquecimento. Por outro lado, não interfere no prazer sexual, tem elevada eficácia e é de cómoda administração. Apesar de tudo, a principal desvantagem é que não previne contra as doenças sexualmente transmissíveis, mas também porque tem de ser aplicado/administrado por um especialista, leva ao ganho de peso e alterações no ciclo menstrual. 

Adesivo
O adesivo contraceptivo é um adesivo impregnado de hormonas semelhantes à da pílula e que são libertadas continuamente através da pele para a corrente sanguínea. Cada adesivo tem efeito durante 7 dias e ao fim da terceira semana é feito um período de descanso. O adesivo como método hormonal impede a ovulação e pode ser utilizado na parte de fora do braço, na parte superior do tronco (costas), no abdómen ou na nádega. Poder-se-á seleccionar um local diferente cada semana, mas seja qual for o local escolhido, o adesivo tem de permanecer nesse local durante 7 dias. Pode-se utilizar no mesmo local, todas as semanas. No entanto, deve evitar-se colocá-lo exactamente no mesmo ponto. O adesivo não deve ser aplicado em pele vermelha, irritada ou com cortes. Deve aplicar-se na pele limpa e seca, sem cremes, óleos ou loções.

Orais
Esta é a principal forma de contracepção hormonal, utilizada por dezenas de milhões de mulheres em todo o mundo, corresponde à administração de compostos hormonais de diversa composição por via oral. Consoante a sua composição, é possível distinguir dois tipos fundamentais de contraceptivos orais: as pílulas combinadas, compostas por estrogénios e progestagénios (produtos sintéticos com acções semelhantes às da progesterona natural), e as minipílulas, apenas constituídas por gestagénios.

Pílulas combinadas
Constituída pela combinação de dois derivados sintéticos do estrogénio e da progesterona. De acordo com o teor de cada um destes derivados, as pílulas combinadas podem ser classificadas em monofásicas ou multifásicas. As primeiras utilizam uma associação em doses baixas e fixas de estrogénio e progestagénio ao longo de todo o ciclo. Já as multifásicas: também chamadas de bifásicas e trifásicas, utilizam uma associação de estrogénio e progestagénio de baixa dosagem, das quais a dose deste último varia em duas ou três fases ao longo do ciclo, respectivamente. Foram desenvolvidas com o objectivo de reduzir os efeitos secundários dos contraceptivos orais, incluindo hemorragia durante o ciclo e amenorreia, associados a níveis elevados de hormonas.

A pílula combinada é uma forma muito eficaz de controlo de nascimento. Quando as mulheres a tomam correctamente, menos de 1 em 100 vai engravidar durante o primeiro ano de uso, no entanto, quase 8 em 100 utilizadoras típicas (8 por cento) vão engravidar. Isto deve-se a uma toma incorrecta (falha de um ou mais comprimidos durante o ciclo) ou a uma má absorção do comprimido (devido a vómitos, por exemplo). Quando tomada correctamente, a eficácia da pílula combinada em prevenir gravidez é de 98 a 99 por cento. 

Minipílulas
Este tipo de pílula só contém um progestagénio sendo aconselhável a mulheres para as quais as pílulas contendo estrogénios são fortemente contra-indicadas e ainda em mulheres que estejam a amamentar, uma vez que o estrogénio reduz a produção de leite. Para funcionar de forma eficaz, devem ser tomadas à mesma hora a cada 24 horas, tolerando-se um intervalo de atraso de menos de 3 horas. A sua eficácia, no entanto, é de apenas 97 a 98 por cento podendo ainda originar ciclos menstruais irregulares. 

3. Métodos intra-uterinos

DIU
Apesar de, actualmente, existir uma grande variedade de modelos de DIU, confeccionados com vários materiais plásticos, de diferentes tamanhos e desenhos, os mais utilizados são os que têm a forma de 7 ou T, com barras transversais mais ou menos curvas, constituídas com um fino filamento de cobre enrolado na sua extremidade central

O dispositivo intra-uterino deve ser colocado pelo médico depois de efectuados todos os exames para eliminar a existência de contra-indicações - infecções genitais, tumores uterinos, etc. -, de ter medido a cavidade uterina e seleccionado o modelo mais adequado. Embora se possa colocar o dispositivo a qualquer momento, este deve ser inserido durante a menstruação, período ao longo do qual se sabe com certeza que não existe uma gravidez recente e quando a sua realização é facilitada pelo facto de o canal cervical (canal que permite a comunicação entre o interior do útero e a vagina) se encontrar mais dilatado.

Dado que todo este procedimento é bastante rápido e também praticamente indolor, não necessita da aplicação de anestesia. Nos dias seguintes à inserção, a mulher não deve manter relações sexuais, sendo preferível que utilize pensos higiénicos em vez de tampões. Por precaução, convém utilizar outro método contraceptivo até à primeira consulta, ao fim de um mês, uma vez que durante esse período a eficácia do DIU não oferece garantias suficientes.

Inconvenientes e complicações:
Apesar de a utilização do DIU normalmente não provocar grandes problemas, está intimamente ligada a menstruações mais abundantes e duradouras, até mesmo um pouco mais dolorosas do que as habituais. Um possível inconveniente é a predisposição para o desenvolvimento de infecções genitais, provocadas por microorganismos com maior facilidade para aceder ao interior do útero através da ligação estabelecida pelos fios que pendem para a vagina.

A complicação mais grave é a ruptura uterina, que ocorre se o dispositivo ficar preso na parede uterina ou até atravessá-la, alcançando a cavidade abdominal. Embora se trate de um problema perigoso, felizmente é muito raro caso o DIU seja colocado por profissionais.

Uma outra complicação não tão perigosa, mas que provoca a total perda de eficácia do método, é a expulsão do DIU, que acontece até cerca de 2 por cento dos casos, existindo situações em que é praticamente indolor e outras em que se produz durante a menstruação, passando totalmente despercebida.

O aparecimento de dores abdominais, mal-estar geral, febre e fluxo vaginal anómalo são sinais que a devem alertar para procurar o seu médico.

4. Métodos cirúrgicos

Laqueação de trompas
A esterilização feminina baseia-se na realização de uma intervenção cirúrgica ao longo da qual se bloqueia a continuidade das trompas de Falópio, os canais onde se produz a união entre os óvulos libertados pelos ovários e os espermatozóides provenientes do exterior, que sobem desde o útero. A operação denomina-se "laqueação das trompas", devido ao facto de se recorrer ao corte e laqueação destes canais. Deve-se referir que a operação não altera em nada o funcionamento dos ovários, nem do restante aparelho genital feminino, pois para além de não afectar as relações sexuais ou o desejo sexual, também não modifica o ciclo menstrual normal.

Resultados e eficácia:
A intervenção provoca uma imediata e permanente esterilidade, tendo uma taxa de eficácia teórica de 100 por cento, ainda que raramente se produzam insucessos devido a uma técnica cirúrgica deficiente ou devido a uma fusão espontânea de alguma trompa. 

Vasectomia
A esterilização masculina realiza-se através de uma simples intervenção cirúrgica, denominada vasectomia, baseada no corte dos canais deferentes que impede a passagem dos espermatozóides. É feita uma pequena incisão cirúrgica em cada um dos lados do escroto, é removida uma porção de cada tubo (cerca de 1 cm), após o que as extremidades são fechadas.

O procedimento é simples, com recurso a anestesia local, pelo que o homem regressa a casa no próprio dia. 

A esterilização é garantida praticamente a 100 por cento, mas são precisos, em média, 3 meses para"limpar" os canais de todos os espermatozóides neles existentes, o que corresponde a umas 15 a 20 ejaculações. Por isso, até lá é aconselhável o uso de um método contraceptivo, até que seja feita a confirmação de azoospermia (sémen sem espermatozóides) num espermograma de controlo. 

Apesar de simples existem alguns riscos de reacção inflamatória ligeira. É, portanto, necessário estar vigilante e contactar o médico se houver febre, dificuldade em urinar, hemorragia no local da incisão, se for detectado algum nódulo no escroto (a bolsa que envolve os testículos) ou se o inchaço próprio de uma cirurgia não desaparecer ou se agravar. Um risco, ainda que raro, prende-se com a possibilidade de as extremidades dos canais deferentes se voltarem a unir. Se acontecer, o homem pode engravidar uma mulher. Fora esta excepção, após uma vasectomia os espermatozóides deixam de poder passar pelos canais deferentes e de ser expelidos com o sémen, pelo que os testículos começam a produzir menos e mesmo essa quantidade é absorvida pelo organismo.

É uma forma de contracepção definitiva, radical que inviabiliza a reprodução, mas não interfere com a vida sexual: o homem continua a manter erecções e a ejacular, não sendo igualmente afectado na libido.

5. Métodos naturais/comportamentais 

Método do calendário (método de Ogino-Knaus)
É um método que consiste em anotar durante mais ou menos 1 ano a duração dos ciclos menstruais. Uma vez feita esta contagem, tem de se subtrair ao ciclo mais curto 18 dias e ao ciclo mais longo 11 dias. A partir do momento em que estes resultados estão encontrados, o intervalo entre ambos, do menor para o maior, indica o espaço de tempo no qual a mulher se encontra no período mais fértil dos seus ciclos, onde ocorre a ovulação e é mais provável que aconteça uma gravidez.

Por exemplo, imaginemos que uma mulher contabilizou o seu ciclo mais curto com 26 dias e o seu ciclo mais longo com 30 dias. Então: 26 – 18 = 8 e 30 – 11 = 19. Quer isto dizer que os dias mais férteis desta mulher são entre o 8º e o 19º dia do ciclo, dias em que não deve ter relações sexuais ou, querendo-o, terá de utilizar um preservativo. Convém não esquecer que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia em que aparece a menstruação.

Dito de outra forma: ao monitorizar os dias de fertilidade saberá determinar as fases inférteis do ciclo menstrual. É um tipo de método contraceptivo, mas pode ser utilizada também para se facilitar a obtenção da gravidez, fazendo-se uso adequado das fases férteis.

A monitorização da fertilidade é sempre usada para identificar a fase ou período fértil da mulher, seja para obter a gravidez, seja para evitá-la ou ainda uma maneira monitorar a saúde ginecológica. Por isto há quem considere esta monitorização como não sendo propriamente um "método contraceptivo" já que pode igualmente ser utilizada para facilitar a obtenção da gravidez principalmente por casais que têm problemas para engravidar. Neste último caso seria um método conceptivo ou método concepcional, no sentido afirmativo da expressão. O método contraceptivo propriamente seria a abstinência sexual periódica que se faria valendo-se da monitorização. 

Método da temperatura basal
A observação da temperatura permite à mulher reconhecer com certeza o período infértil pós-ovulatório. A mulher deve medir a temperatura sempre em situações semelhantes: de manhã ao acordar, sensivelmente à mesma hora, antes de se levantar, com o mesmo termómetro e da mesma maneira (anal, vaginal ou bucal, debaixo da língua), durante 3 minutos, no mínimo, no caso de termómetros de mercúrio. Se, por algum motivo, algum dia não se mediu então também não se anota no gráfico nem se une os pontos, deixando em branco esse dia.

A temperatura nos dias entre a ovulação e a menstruação seguinte sobe cerca de 2 a 5 décimos de grau. Então, só três dias depois desta subida de temperatura ter acontecido, é que é menor o risco da mulher engravidar. No entanto há uma situação importante, que são as variações de temperatura que o seu corpo pode ter, como por exemplo, no caso de febre ou de alterar a sua hora de dormir.

Para usar estes métodos como contracepção tem de conhecer bem o funcionamento do próprio corpo e estes métodos não protegem das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). 

Método de muco cervical (método de Billings)
A base do Método de Billings é a percepção do muco produzido pela cérvix. Esta observação é feita ao longo do dia e permite à mulher estar atenta a três coisas:

Presença ou ausência: por observação ao nível da vulva ela pode ver ou não muco. É aconselhável observar-se 3 vezes por dia (de manhã, ao meio-dia e à noite), sobretudo quando se pretende escolher o sexo do bebé.
A sensação: descida espontânea que a mulher sente ao nível da vulva e da vagina. Sente o muco a escorrer na vagina sem o ver: é uma sensação de humidade.
O aspecto do muco: durante a sua presença ele vai assumindo vários aspectos, que indicam à mulher se é muco do tipo fértil ou infértil.

a) Pré-Ovulação: Muco do Tipo Infértil ("Farinha")
O muco usualmente visível é espesso e em pequena quantidade. Pode produzir uma sensação de viscosidade (ou de "pegajoso") e pode continuar dia após dia sem alteração. Este tipo de muco, ácido, aparece normalmente após a menstruação e no período pós-ovulatório. Devido às suas características ele não permite a chegada dos espermatozóides junto do óvulo, impedindo portanto, a fecundação deste

b) Período ovulatório: Muco do Tipo Fértil
Muco grosso:
A primeira indicação da mudança para o período ovulatório (momento de fertilidade da mulher) é a passagem do muco tipo pegajoso ("farinha") para o tipo grosso. Este muco é comparado a grumos de gelatina que se prende aos dedos, escorregadio mas sem fazer fio entre os dedos. Pode ser já um pouco transparente, embora tenha uma tonalidade branca (ver figura e vídeo).
Muco filante: Este muco é muitas vezes comparado a fios de clara de ovo cru, liso e escorregadio. Este muco aparecerá sempre como húmido e escorregadio, devido à sua própria estrutura e composição química (ver figura e vídeo). O último dia em que o muco se apresenta com características férteis (Muco Filante), isto é, o último dia em que ele aparece mais filamentoso e distensível, é o dia mais fértil do ciclo, ou seja, o dia da ovulação. Seria neste dia que de uma união conjugal esperaríamos, com maior probabilidade, um bebé do sexo masculino.

c) Pós-ovulação: Muco do Tipo Infértil ("Farinha")

Após a ovulação as características do interior da vagina alteram-se. Embora a consistência do muco encontrado possa ser ainda um pouco líquida, uma vez que antes esteve filante, agora passa a engrossar, tornando-se branco, espesso, consistente e pegajoso. 

Método sinto-térmico
O Método Sinto-Térmico combina vários elementos do Método da Temperatura Basal do corpo da mulher e do Método da Ovulação (Billings). Isto é, tanto a temperatura como o muco cervical são usados para entender o estado de fertilidade. Outros indicadores fisiológicos, como por exemplo, a dor, tensão dos seios e as variações do colo do útero, são também levados em conta na identificação dos períodos férteis e inférteis.

Coito interrompido
O coito interrompido é um método contraceptivo, de baixa fiabilidade, no qual, durante a relação sexual, o pénis é removido da vagina imediatamente antes da ejaculação, impedindo a deposição de sémen no interior da vagina. Este método tem sido amplamente utilizado mas as taxas de falha são muito elevadas, principalmente devido à falta do auto-controle de quem o utiliza.

Para além disso, não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis e a interrupção da relação sexual pode deixar os parceiros insatisfeitos.

6. Contracepção de emergência

A contracepção de emergência tem por finalidade impedir a ovulação ou prevenir a implantação se a relação sexual ocorreu nas horas ou dias que antecederam a ovulação. Ou seja, num momento em que existe maior probabilidade de ocorrer a fertilização. Também pode prevenir a implantação. Torna-se ineficaz logo que se inicia o processo de implantação do ovo. Este método não interrompe uma gravidez que já se tenha iniciado, por isso deve ser utilizado até 72 horas após uma relação sexual não protegida ou em caso de falha de um método contraceptivo, como o rompimento do preservativo; esquecimento da pílula contraceptiva oral para além do prazo máximo admitido após a última toma; expulsão do DIU; remoção antecipada ou deslocamento de um diafragma vaginal; relação sexual durante o período supostamente fértil quando se optou pelo método da abstinência periódica (método das temperaturas) ou em caso de violação.

Artigos relacionados

Métodos Contracetivos de emergência: Estarão os jovens informados?

Vamos prevenir a gravidez na adolescência!

Infeções Sexualmente Transmissíveis

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Relatório das Nações Unidas
A distribuição de amostras gratuitas de fórmulas e de leites de transição em unidades de saúde e a grávidas são, segundo o...

A indústria do leite infantil em Portugal viola a legislação sobre publicidade aos substitutos do leite materno, sem que haja controlo das autoridades, segundo um relatório da rede Internacional Baby Food Action Network (IBFAN, na sigla inglesa) pró-alimentação infantil que é apresentado e discutido no Comité dos Direitos das Crianças, das Nações Unidas. O estudo considera que os conselhos contribuem para que as mães abandonem a amamentação precocemente.

“O cumprimento da legislação sobre o marketing de substitutos de leite materno não é monitorizado, as violações à lei estão disseminadas e são comuns”, refere o relatório sobre Portugal.

Segundo a coordenadora da IBFAN em Portugal, Jacqueline Montaigne, durante cerca de dois anos a organização esteve atenta ao comportamento da indústria dos leites artificiais e das fórmulas infantis (leite em pó). “Vamos expor práticas chocantes, ilegais e com grande falta de ética que estão a ser usadas pelas companhias de leites artificiais”, afirmou à agência Lusa citada pelo jornal Público Online. Distribuição de amostras gratuitas de fórmulas e de leites de transição (a partir dos seis meses) em unidades de saúde ou de presentes gratuitos e material promocional a mães e grávidas são algumas das violações detectadas pela IBFAN ao Código Internacional de Substitutos de Leite Materno.

“Não há monitorização da lei a nível nacional, apesar de haver estruturas a quem reportar essas violações”, como a Direcção-geral de Alimentação e Veterinária, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e a Direcção-Geral do Consumidor, refere ainda o relatório.

Sobre a legislação portuguesa no que respeita ao marketing e publicidade destes leites, que resultou da transposição de uma directiva comunitária, a IBFAN recomenda que seja “reforçada”, de forma a estar mais alinhada com o Código Internacional, de que Portugal é signatário. “Há uma cultura de marketing agressiva e sistemática para vender e distribuir leites de transição e infantis que tem desempenhado um papel importante no consistente declínio da amamentação a partir dos seis meses”, critica o relatório.

No relatório do IBFAN mostra-se uma “significativa quebra” nas taxas de amamentação entre os quatro e os seis meses em Portugal, que é em parte atribuída às recomendações para iniciar a alimentação complementar. Enquanto entre os dois e três meses de vida de um bebé ainda são mais de 50% as mães que amamentam em exclusividade, entre os cinco e os seis meses essa percentagem desce para os 22,4%.

Em Portugal, desde Junho do ano passado, a rede IBFAN pretende “melhorar a saúde das crianças e bebés, através da promoção, suporte e protecção do aleitamento materno”. Segundo Jacqueline Montaigne, o trabalho desta rede não pretende ser “uma guerra entre mães que amamentam e mães que dão leite artificial”. “Nós também lutamos e defendemos as mães que dão leite artificial, porque têm o direito de ter informação correcta baseada em ciência e evidência sobre leite artificial”, argumenta.

Principais doenças
Os problemas da tiróide também afectam a mulher grávida. Saiba quais.
Gravidez e tiroide

Um bom funcionamento da tiróide é importante em qualquer altura da vida, mas muito mais importante durante a gravidez. Isto porque a gravidez está associada a alterações, quase sempre normais e reversíveis, quer do doseamento de hormonas tiroideias, quer das dimensões da glândula da tiróide. Ou seja, a tiróide aumenta de volume durante a gestação, normalmente entre os 10 e os 30 por cento. É por isso importante estar com atenção redobrada aos sinais de doenças da tiróide.

De um modo geral, as doenças da tiróide como o hipertiroidismo, o hipotiroidismo e o aparecimento de nódulos da tiróide, são mais frequentes nas mulheres do que nos homens. A razão não está ainda bem definida, mas parece estar dependente da acção das hormonas femininas.

Paralelamente, as mulheres têm um risco maior de padecerem de doenças auto-imunes. Duas das doenças da tiróide mais frequentes são auto-imunes: a tiroidite de Hashimoto e a doença de Graves. Este tipo de doenças é provocado por alterações no sistema imunitário.

Habitualmente, o sistema imunitário defende-nos contra germes (bactérias) e vírus, fabricando anticorpos. Nas doenças auto-imunes o organismo fabrica anticorpos contra os seus próprios órgãos. As doenças do sistema imunitário tendem a aparecer em vários elementos da mesma família.

O diagnóstico consiste na história clínica e observação física, bem como o doseamento das hormonas da tiróide no sangue. Deve contudo estar atenta a alguns dos sinais abaixo referidos.

Em 4 a 7 por cento das mulheres, a tiróide funciona mal durante os seis primeiros meses depois do parto. Todas aquelas que tenham uma história familiar de doença da tiróide, de diabetes, ou de um problema tiroideo preexistente, como uma tiróide de tamanho maior que o normal (bócio) ou uma tiroidite de Hashimoto, têm uma maior susceptibilidade. Os níveis baixos ou altos de hormona tiróide depois da gravidez costumam ser passageiros, mas podem precisar de tratamento.

Doenças da tiróide durante a gravidez

A tiróide aumenta de volume (bócio) durante a gravidez, quase sempre entre 10 a 30 por cento, mas este bócio não se traduz em qualquer problema desde que as hormonas estejam normais. Se for notado que tem um nódulo, pode fazer uma citologia (picada-biópsia) para ver a respectiva natureza.

Já foi dito que a tiróide aumenta de tamanho durante a gravidez, ou seja, aparece bócio, o que não significa que haja alteração da produção hormonal. No entanto, podem realmente surgir aumento ou diminuição da função tiroideia. As mulheres que engravidam podem não notar os sintomas clássicos da doença, porque muitos deles aparecem também na gravidez normal. Por exemplo, uma grávida pode sentir calor, cansaço, nervosismo ou mesmo apresentar tremor das mãos. Uma observação do seu médico e o doseamento hormonal nessa altura, permitem informar do que se está a passar.

Uma mulher grávida com doença da tiróide é tratada de uma maneira diferente do homem, ou da mulher não grávida. Por exemplo, materiais radioactivos que são vulgarmente utilizados nos exames de estudo ou no tratamento destes doentes, nunca devem ser utilizados numa mulher grávida. Também a altura de uma citologia, cirurgia, ou mesmo os medicamentos para tratar o hipertiroidismo, são especiais durante a gravidez.

Sintomas de hipotiroidismo

Os principais sintomas desta doença são a fadiga, falta de atenção e ganho de peso, que são problemas comuns durante a gravidez. Por isso o hipotiroidismo pode ser negligenciado se não analisado cuidadosamente.

Hipotiroidismo não tratado durante a gravidez

Um estudo publicado nos Estados Unidos em 1999 revelou que as mulheres que apresentam glândulas da tiróide hipoactivas durante a gravidez têm o quádruplo de possibilidades de ter filhos com baixo quociente intelectual que as mulheres com uma tiróide normal. Este resultado é muito importante, uma vez que a medicina pode tratar os problemas de hipotiroidismo se se realizar um diagnóstico precoce.

Igualmente segundo dados norte americanos, 6 em cada 100 abortos são resultado de deficiências hormonais e 1 de 50 mulheres grávidas são diagnosticadas com uma forma de hipotiroidismo. Assim, as funções da tiróide devem ser avaliadas regularmente durante o período da gravidez.

Sintomas do hipertiroidismo

Uma tiróide hiperactiva ocasiona muitas vezes nervosismo, alterações de humor e cansaço. Existem flutuações de peso, problemas com queda de cabelo, alterações intestinais e tremores.

Hipertiroidismo não tratado durante a gravidez

Se uma mulher grávida com uma tiróide hiperactiva não for diagnosticada e tratada atempadamente são vários os efeitos negativos que podem ocorrer para mãe e filho.

Uma tiróide descontrolada pode levar a insuficiência cardíaca, aumento na pressão sanguínea, aborto espontâneo, parto prematuro e baixo peso ao nascer.

Doença de Graves

A doença de Graves é provocada por anticorpos que estimulam a tiróide a produzir uma quantidade excessiva de hormona tiroideia. Estes anticorpos podem atravessar a placenta e aumentar a actividade da tiróide no feto, provocando um aumento de batimentos por minuto e um atraso no seu crescimento.

Em certos casos, a doença de Graves produz anticorpos que bloqueiam a produção de hormona tiroideia. Estes anticorpos podem atravessar a placenta e evitar que a tiróide fetal produza quantidades apropriadas de hormona tiroideia (hipotiroidismo), o que pode causar uma forma de atraso mental denominada cretinismo.

Tiroidite

A tiroidite, uma inflamação da tiróide, produz um inchaço doloroso na parte anterior do pescoço. Durante a gravidez, um aumento transitório nos níveis da hormona tiroideia provoca sintomas também transitórios que habitualmente desaparecem sem necessidade de tratamento. Nas primeiras semanas depois do parto, pode desenvolver-se, de forma súbita, uma variedade indolor de tiroidite, com um aumento na produção de hormona tiroideia, durante um determinado período. Esta perturbação pode persistir ou piorar, por vezes com crises breves e recorrentes de aumento na produção desta hormona.

As duas causas mais frequentes para a produção de baixos níveis de hormona tiroideia durante a gravidez são a tiroidite de Hashimoto, causada por anticorpos que bloqueiam a produção de hormona tiroideia, e o tratamento prévio para a doença de Graves. Muitas vezes, a tiroidite de Hashimoto adopta formas menos graves durante a gestação.

Uma mulher que tenha baixos níveis de hormona tiroideia deve fazer um tratamento substitutivo com comprimidos desta hormona. Ao fim de várias semanas, fazem-se análises ao sangue para medir os níveis e ajustar a dose, se for necessário. À medida que a gravidez avança, pode ter de se fazer pequenos ajustes na dose.

Tratamento

A gravidez não permite todo o tipo de tratamentos, porque o seu médico terá de ter em conta a segurança do seu filho. Tal como na gravidez, o iodo radioactivo não pode ser usado se está a amamentar. Poderá fazer citologias e poderá ser medicada com segurança com medicamentos (antitiroideus) usados no hipertiroidismo para parar a produção de hormonas ou com comprimidos de hormona tiroideia - medicamentos que vão fornecer ao seu organismo a quantidade certa que a sua tiróide não é capaz de fabricar.

Tiroidite pós-parto

A tiroidite pós-parto é uma forma temporária de tiroidite. Surge em 5 a 9 por cento das mulheres depois de darem à luz uma criança. Os sintomas são habitualmente pouco acentuados. No entanto, pode aparecer noutra gravidez posterior.

Os sintomas duram, normalmente, 6 a 9 meses. Com esta inflamação, a tiróide liberta primeiro todas as hormonas que tem armazenadas. Quando estas hormonas entram na circulação do sangue provocam hipertiroidismo. Pode notar que o seu pescoço está alargado (bócio), que sente o coração a bater mais rápido e que está muitas vezes ansiosa e com calor.

Alguns meses depois, tudo volta ao normal. Também pode acontecer que a tiróide não volte a trabalhar, ou seja, que fique hipotiroideia. Se isto acontecer, poderá sentir-se mais cansada que habitualmente, fraca e com frio persistente.

O tratamento da tiroidite pós-parto vai depender da decisão do especialista que a segue e será mantida em vigilância por um período prolongado, mesmo que tudo regresse à normalidade.

As doenças da tiróide no filho

Se você ou alguém da sua família tem tiroidite de Hashimoto ou doença de Graves, há uma probabilidade maior de o seu filho vir a ter uma destas doenças. Para além destas duas doenças da tiróide, há outras que também poderão estar associadas.

Mesmo que a sua tiróide seja normal, 1 em cada 4.000 crianças pode nascer com uma tiróide que não trabalha (hipotiroidismo congénito). Se o problema não é tratado, a criança pode ficar com atraso físico e mental. É portanto fundamental assegurar-se de que o seu filho fez o "teste do pezinho". Neste teste, pelo doseamento de uma das hormonas que controla a tiróide (TSH), é possível diagnosticar todas estas crianças e começar o tratamento nos primeiros dias de vida, o que garante que elas venham a crescer normalmente.

Artigos relacionados

Sintomas depressivos podem ter origem na Tiroide

Cancro da tiroide: incidência não para de aumentar

No feminino: as doenças da tiroide mais frequentes

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dados da Administração Central do Sistema de Saúde
Os mais recentes dados publicados no benchmarking dos hospitais da Administração Central do Sistema de Saúde revelam que, no...

Entre Janeiro e Dezembro do ano passado, o número de idas ao serviço de urgência nos hospitais portugueses subiu 3,4% quando comparado com os mesmos meses de 2012. Ao todo nos primeiros 11 meses de 2013, os utentes deslocaram-se às urgências 5,58 milhões de vezes.

Estes números, publicados no benchmarking dos hospitais da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) revelam que a grande maioria das idas às urgências poderia ter sido evitada. Exemplo disso é o passado mês de Novembro, no qual 42,6% dos casos foram classificados na triagem como não urgentes, recebendo pulseiras com as cores branca (não classificável), azul (não urgente) e verde (pouco urgente).

Nesse mesmo mês, apenas 10,86% das ocorrências merecerem classificação de muito urgente (fita cor de laranja) e 0,45% de emergente (fita vermelha e a mais grave na triagem).

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou no ano passado mais episódios não urgentes, cerca de 49,7%, seguindo-se o Alentejo (44,2%) e o Norte (39,8%), lê-se na mesma publicação.

Circular do Infarmed
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde voltou a informar que os cartões de desconto que as farmacêuticas dão...

Este tipo de descontos no preço dos medicamentos não é legalmente admitido desde que o Estatuto do Medicamento foi alterado.

A questão tem vindo a ser acompanha pelo Infarmed desde Maio do ano passado, quando esta entidade emitiu uma circular sobre a matéria. Nesta primeira circular, o Infarmed esclarecia o sector sobre a admissibilidade ou proibição de Programas/Acções de Promoção que tenham como consequência descontos para os utentes, mas em que a diferença seja suportada pelos titulares de autorização de introdução no mercado (AIM). Estas iniciativas passaram a ser legalmente inadmissíveis.

Assim, os programas/acções de promoção, também designados como programas de descontos/sistemas de co-pagamento, estabelecidos pelos titulares de autorização de introdução no mercado, e que consistem na concessão de uma dedução no preço dos medicamentos para os utentes (suportada por estes titulares) são considerados benefícios pecuniários e são proibidos.

Desde 15 de Fevereiro de 2013 que os titulares de autorização, ou registo, de introdução no mercado, bem como, as empresas responsáveis pela informação ou promoção de um medicamento ou os distribuidores por grosso, não podem promover as iniciativas em questão.

Os descontos concedidos pelas empresas farmacêuticas às farmácias, no âmbito do circuito do medicamento, efectuados de modo universal, relativamente a um determinado medicamento, no contexto das suas relações comerciais, são admitidos e estão excluídos das regras aplicáveis à publicidade de medicamentos.

Os descontos aos utentes apenas podem ser feitos pelas farmácias.

Páginas