Estudo Eurocare do Instituto Superior de Saúde de Roma
Portugal ocupa a terceira posição ao nível da sobrevivência ao cancro do estômago a cinco anos, com uma taxa de 31% numa média...

Na pesquisa do Eurocare do Instituto Superior de Saúde de Roma foram analisados 9 milhões de doentes diagnosticados com cancro entre 2000 e 2007. Entre 27 países europeus, Portugal posiciona-se acima da média na sobrevivência dos cancros da mama e colo rectal.

Ainda de acordo com este estudo, Portugal ocupa a quinta posição na incidência do cancro da próstata e situa-se abaixo da média na sobrevivência ao cancro do pulmão (19ª posição) e do melanoma (20ª posição).

Quanto aos tumores malignos do cólon e do recto, o nosso País encontra-se nas 11ª e 13ª posições desta tabela europeia relativa à sobrevivência ao cancro.

Problemas neurológicos
Resultados de um estudo norte-americano indica que há uma relação entre o uso continuado de “omeprazol” e o défice de vitamina...

Investigações prévias já tinham encontrado uma relação entre a ingestão prolongada de fármacos como o “omeprazol”, um dos medicamentos mais consumidos em Portugal, e a deficiência de vitamina B12, mas sem a amplitude de um ensaio realizado pela Kaiser Permanente, provedora de serviços de saúde nos EUA.

O estudo da Kaiser Permanente avaliou a relação entre a toma continuada, por mais de dois anos, de doses elevadas de “omeprazol”, na ordem dos 40 miligramas diários, e a falta de vitamina B12, que pode levar a problemas neurológicos graves, como a demência, ou anemias. O cansaço é um sinal de alerta.

Um grupo de 25.956 doentes com um diagnóstico de défice de vitamina B12 foi comparado com um de 184.199 pessoas sem este tipo de transtorno, durante 14 anos, entre 1997 e 2011. O ensaio, publicado na revista Journal of the American Medical Association, concluiu que as pessoas que tomaram “omeprazol” ou similar durante dois ou mais anos tinham 65% mais de probabilidades de ter níveis baixos de vitamina B12.

A Kaiser Permanente apurou, também, que tomar uma dose de 1,5 comprimidos por dia está associado a um risco 95% superior quando a dose era reduzida para metade.

“A mensagem deste estudo é que deve baixar-se a dose tanto quanto se puder, por exemplo de 40 para 20 mg, e parar o tratamento ao fim de algum tempo, ou pelo menos fazer algumas pausas, já que com isto se recupera a absorção da vitamina B12”, recomendou José Luis Llisterri, presidente da Sociedade Espanhola de Médicos de Cuidados Primários.

A absorção da vitamina B12, presente sobretudo em produtos de origem animal, como a carne, requer o funcionamento normal do estômago, pâncreas e intestino delgado. O ácido gástrico é fundamental, pois liberta a vitamina e permite que esta se associe a certas proteínas, para ser absorvida pelo organismo.

Estudo revela
Os genes influenciam mais as notas dos estudantes do ensino secundário do que “os professores, as escolas ou a família”,...

Os autores do estudo analisaram a importância da genética no êxito escolar e, para isso, utilizaram como amostra as notas de mais de 11 mil exames de alunos de 16 anos do ensino secundário.

Em disciplinas como inglês, matemática, ciência, física, biologia e química, os cientistas descobriram que os genes influenciam mais nas notas (em 58%), enquanto em matérias de humanidades, como arte e música, os genes contam 42%.

Apesar de destacar o peso dos genes no sucesso escolar, o estudo esclarece que o ambiente em que vive o aluno também é importante, pois influencia as notas em 36%, referindo também a importância das escolas.

“A pergunta a que estamos a tentar responder é: porque é que há diferenças entre os alunos nos exames do fim do secundário? Pensamos imediatamente: são as escolas. Mas se as escolas fossem o único factor, os alunos da mesma turma teriam todos as mesmas notas”, salientou Robert Plomin, autor do estudo.

Para resolver a questão, os autores do estudo analisaram as notas obtidas num exame para o Certificado Geral de Educação Secundária (GCSE, na sigla em inglês) por dois gémeos que partilhavam 100% dos seus genes e outros dois que partilhavam apenas metade dos genes. Os quatro gémeos cresciam num ambiente similar.

Distúrbios alimentares
A bulimia nervosa é um transtorno alimentar marcado por episódios de ingestão compulsiva de alimento
Mulher a vomitar para sanita

A bulimia é uma perturbação do comportamento alimentar que afecta sobretudo mulheres jovens, principalmente no final da adolescência. Esta doença é caracterizada por momentos de voracidade alimentar, ou seja, de ingestão de grandes quantidades de alimentos num curto espaço de tempo. Alimentos esses que são, na sua maioria, compostos por hidratos de carbono. Seguidos de comportamentos compensatórios, como períodos de jejum prolongado, vómito provocado, uso de laxantes e prática de exercício físico exagerado como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar. No entanto,estas técnicas compensatórias são inicialmente usadas para combater os ataques vorazes aos alimentos mas posteriormente, passa a ser feita de forma descontrolada, criando o ciclo bulímico.

Tipos de bulimia nervosa

Tipo purgativo

A pessoa recorre regularmente à auto-indução do vómito ou ao uso de medicamentos;

Tipo não purgativo

A doente não recorre ao vómito ou medicamentos e utiliza outros comportamentos como o excesso de exercício físico ou jejuns.

Em qualquer dos casos, as doentes acham o seu próprio comportamento repulsivo e vergonhoso, por isso, procuram mantê-lo em segredo. A provocação repetida do vómito é uma manifestação frequente, que pode ter consequências muito graves. Habitualmente leva a que glândulas salivares aumentem, o que se pode verificar através de pequenos inchaços visíveis na base das orelhas, ou mesmo debaixo do queixo. Pode levar a esofagite (inflamação do esófago), que é um factor de risco para cancro do esófago e pode acontecer que durante o episódio haja hemorragia ou mesmo ruptura esofágica (com risco muito elevado de morte).

Quem sofre de bulimia nervosa tem, normalmente, comportamentos paradoxais. Ou seja, se por um lado "controlam” aquilo que comem, usando para isso o vómito, por outro, têm crises de voracidade alimentar totalmente descontroladas. As bulímicas vivem sob o medo constante de não poder controlar esses ataques de fome, o que acentua a doença, passando a dominar todas as suas experiências emocionais.

Existe a ideia errada que a bulimia é o contrário da anorexia. Em rigor o contrário da anorexia seria o indivíduo achar que está muito magro e precisa engordar, ganhar peso, tornar-se obeso e continuar a achar que está magro, continuando a comer. Isso seria o oposto da anorexia, mas esse quadro psiquiátrico não existe.

Na bulimia o doente não quer engordar, mas não consegue conter o impulso para comer por mais do que alguns dias. O doente com bulimia, tipicamente, não é obeso porque usa recursos extremos para eliminar o excesso ingerido.

Sinais de bulimia nervosa

Pessoas com bulimia têm vergonha do seu problema, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. O doente reconhece o absurdo do seu comportamento, mas por não conseguir controlá-lo sente-se inferiorizado, incapaz de se conter a si mesmo, por isso procura esconder dos outros o seu problema para não o desprezarem também. À medida que a doença se desenvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.

De notar que a bulimia não constitui uma completa perda do controlo, uma vez que o doente consegue conscientemente planear os seus episódios de ingestão compulsiva, vómito, exercício físico, etc..

Apesar de a bulimia estar, na maioria das vezes, associada a uma fraca auto-estima e auto-confiança, são os comportamentos dos bulímicos que denunciam o seu transtorno alimentar ao exterior:

- Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos;
- Vómito auto induzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganhar peso;
- Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal;
- Depressão;
- Obsessão por exercícios físicos;
- Comer em segredo ou escondido dos outros;
- Mentir sobre o que comeram;
- Esconder-se atrás de roupas largas e soltas;
- Demonstrar preocupação profunda em relação ao peso, forma do corpo e aspecto em geral;
- Queixas frequentes em relação a dores de garganta (causadas pelos repetidos vómitos);
- Queixas frequentes em relação a problemas dentários (também causados pelos vómitos).

Causas da bulimia nervosa

Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma perturbação que tem origem numa mescla de factores biológicos, psicológicos, familiares e culturais.

Assim, a influência cultural sobre a aparência física tem um papel importante. Problemas familiares, baixa auto-estima e conflitos de identidade também são factores envolvidos no desencadeamento destes quadros. Estudos apontam para uma forte predisposição genética.

Diagnóstico da bulimia nervosa

O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo. Por isso, é frequente não se perceber que alguém tem bulimia nervosa.

Apesar de a bulimia ser um transtorno alimentar e, como tal, devastar a saúde física, é diagnosticada de acordo com critérios de saúde mental. É necessário haver correspondência com cinco critérios padrão para que a bulimia seja diagnosticada, incluindo:

- Comer compulsivamente;
- Purgar - vómito provocado, uso impróprio de laxantes;
- Uso impróprio de diuréticos;
- Uso impróprio de clisteres;
- Passar fome e/ou excesso de exercício.

Para além disso, considera-se estar perante um doente bulímico quando existe um ciclo de compulsão alimentar e vómito pelo menos duas vezes por semana durante três meses – alimentando um medo profundo em relação ao aumento de peso –, ideias irrealistas relacionadas com o peso ideal e a ausência de anorexia.

A bulimia nervosa do tipo purgativo é diagnosticada quando um bulímico provoca o vómito para libertar o corpo da comida, ao passo que a bulimia nervosa do tipo não-purgativo é diagnosticada quando o doente faz exercício ou jejua em excesso após comer compulsivamente.

Tratamento da bulimia nervosa

Não existe uma cura única e reconhecida para a bulimia mas há uma variedade de opções de tratamento. A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa, e inclui psicoterapia individual ou em grupo, terapêutica medicamentosa e abordagem nutricional.

A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum". Já a orientação e/ou terapia familiar é de extrema necessidade, uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do doente.

Consequências da bulimia

Os repetidos episódios de auto-indução do vómito geram problemas noutros sistemas do corpo. Ao se vomitar não se perde apenas o que se comeu, mas os sucos digestivos também. Isso pode acarretar desequilíbrio no balanço dos electrólitos no sangue, afectando o coração, por exemplo, que precisa de um nível adequando dessas substâncias para ter seu sistema de condução eléctrica funcionante.

As repetidas passagens do conteúdo gástrico (que é muito ácido) pelo esófago acabam por feri-lo podendo provocar sangramentos. Casos extremos de rompimento do estômago devido ao excesso ingerido com muita rapidez já foram descritos várias vezes. O intestino grosso pode sofrer consequências pelo uso repetido de laxantes como constipação crónica, hemorróidas, mal-estar abdominal ou dores.

Danos no tracto digestivo, boca, dentes e glândulas salivares são comuns entre bulímicos e o ciclo "alimentação compulsiva – purga” constante significa que os bulímicos raramente retêm vitaminas e minerais suficientes para se manterem saudáveis.

Confira as consequências mais comuns:

- Sangue: desidratação, alterações dos iões sanguíneos, anemia;
- Sistema cardiovascular: arritmias, alterações cardíacas, tonturas;
- Alterações psiquiátricas: ansiedade, depressão, auto-agressividade, baixa auto-estima;
- Ginecológicas: ciclo menstrual irregular ou ausente;
- Sistema intestinal: prisão de ventre, dores, inchaço, esofagite, cancro esófago, ruptura do esófago, aftas, úlceras;
- Boca: aumento das glândulas salivares, cáries e corrosão dos dentes, sensibilidade dentária, mau hálito;
- Pele e músculo: fadiga muscular, escoriações nos dedos, pele seca.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
As diferentes causas
A dor de barriga na criança pode ter várias causas.

A dor de barriga é uma queixa muito frequente entre as crianças e como se trata de uma dor algo subjectiva, é sempre difícil aos pais conseguirem ter uma dimensão real da situação.
Por isso, é importante aprender a identificar outros sintomas ou sinais associados, bem como a conhecer a própria "resistência" da criança à dor, de forma a perceber qual o motivo por trás da dor de barriga.

Nos bebés até aos três meses são frequentes as cólicas abdominais que tanto assustam os pais. Surgem habitualmente durante a alimentação ou algum tempo depois, na maioria das vezes ao fim do dia ou durante a noite. O bebé fica vermelho, estica e recolhe as pernas sobre a barriga e, principalmente, chora muito.

Nas crianças mais velhas, as causas para as dores de barrigas podem ser muitas e, por isso, o primeiro passo é tentar perceber o que poderá estar a provocar todas aquelas queixas.

Na grande maioria dos casos são cólicas muitas vezes associadas a diarreia ou a vómitos, provocadas por um vírus ou uma bactéria. São as gastroenterites. No entanto, noutras crianças as cólicas devem-se ao facto de sofrerem de obstipação. São crianças que não têm dejecções todos os dias (ou com regularidade) e começam com dores.

Uma outra causa frequente nos casos de crianças mais velhas é a toma de alguns medicamentos. Ou seja, crianças a quem são dados remédios por tudo e por nada, ou alguns medicamentos em particular e devido à irritação que todos esses medicamentos causam no estômago e nos intestinos provocam dores de barriga.

Há, por outro lado, causas mais óbvias como a criança que sofreu um traumatismo da barriga: uma queda, um pontapé, uma bola, etc.., mas também causas mais preocupantes como a apendicite, ainda que rara antes dos quatro anos. Nestes casos, a criança queixa-se de dores mal localizadas mas com preferência para a região do umbigo e só mais tarde a dor se torna mais forte e cada vez mais dirigida para o lado direito da barriga. Apresentam febre, mal-estar e falta de apetite.

As infecções urinárias são outra das causas preocupantes de dores de barriga e devem ser pesquisadas e excluídas quando as queixas se mantêm e não se encontra uma causa que as justifique, principalmente nas crianças mais pequenas. As mais velhas queixam-se habitualmente de ardor ao urinar.

Por fim, em alguns casos, não existe qualquer causa para a dor. Isto é mais frequente nas crianças acima dos quatro anos, quando a dor é uma queixa que já dura há muito tempo, que vai e vem, mas que não impede a criança de levar uma vida normal, de brincar e de dormir. A sua causa é, na maioria dos casos, psicológica em crianças que vivem situações de stress em casa ou na escola.

Tratamento das dores de barriga nas crianças

O tratamento da dor de barriga deve ser dirigido para aquilo que a está a provocar. Se a criança tem uma gastroenterite devem ser tratados os vómitos e a diarreia. A dor pode ser aliviada com um analgésico como o paracetamol.

Se a criança sofre de obstipação, é esta que deve ser tratada, com medicamentos adequados e sempre receitados pelo médico pediatra. Se perceber que a causa mais provável terá sido a toma de remédios em excesso dados por sua iniciativa, pare com essa medicação e consulte o pediatra.

Em qualquer um dos casos procure em manter a criança hidratada com a ingestão constante de líquidos.

Quando contactar um pediatra?

- O bebé ou criança está constantemente a chorar, sem interrupção;
- Existir, para além da dor, vómitos ou diarreia que se agravam de hora para hora;
- A criança, para além das dores, está com um aspecto doente - pálida ou com manchas na pele;
- Existe sangue juntamente com as fezes;
- A criança não consegue andar;
- A dor é muito localizada em alguma zona da barriga;
- Ocorreu traumatismo importante na zona da barriga;
- Há dúvidas se a criança tomou alguma substância ou medicamento que possa ser a causa das dores;
- Existem queixas sugestivas de infecção urinária.

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Saiba o que são
Chamam-se "dores de crescimento" mas em nada têm que ver com o crescimento.

As dores de crescimento são o mais frequente motivo de dor nos membros inferiores em idade pediátrica. As causas são indeterminadas, uma vez que não há explicação científica estabelecida para a sua origem. A verdade é que apesar de se chamarem "dores de crescimento” não estão relacionadas com o crescimento, na medida em que não se iniciam, nem têm maior incidência nas fases de maior crescimento (nos dois primeiros anos de vida e na puberdade), e também porque não se referem às zonas de crescimento ósseo, uma vez que ocorre de uma forma muito lenta e progressiva.

Por não haver uma explicação científica quanto à causa da dor, acredita-se que muitas vezes, os sintomas estão associados a distúrbios emocionais ou situações próprias da idade, como a entrada na escola, o nascimento de um irmão, um conflito familiar, entre outros. A questão emocional não é causa da dor, mas predispõe ao seu aparecimento, assim como o facto de os pais terem sentido na sua infância dores crónicas semelhantes.

Ocorrem principalmente em crianças entre os três e os cinco anos e, mais tarde, entre os oito e os 12 mas podem acontecer em qualquer idade. Calcula-se que cerca de 30 por cento das crianças apresentam estas queixas.

São crianças saudáveis que subitamente se queixam de dores que tão depressa vêm como vão. Não têm dores em outros locais, não têm febre, não estão associadas a qualquer inflamação ou vermelhidão, nem equimoses. Não existem outros sinais ou sintomas clínicos.

São dores benignas intermitentes (diárias ou esporádicas), vespertinas (final da tarde) ou nocturnas (normalmente na primeira metade da noite), nunca de manhã ao acordar. Têm uma duração inferior a 30 minutos, sem relação directa com o esforço, e ocorrem durante vários meses ou anos. Regra geral, a maioria das crianças deixa de apresentar crises no prazo máximo de dois anos.

A principal preocupação dos pais é, na maioria dos casos, o de não saberem da possibilidade de ocorrência destas queixas. E para quase todos os pais, se a criança se queixa de dores é porque é grave. No entanto, estas dores não estão associadas a qualquer doença.

Contudo, se se registarem queixas de dor, inchaço ou rigidez pela manhã ou ao levantar, se existirem outros sintomas para além da dor, se a dor for bem localizada e a criança a conseguir apontar com o dedo, se for referida sempre e apenas no mesmo membro, se surgir durante o esforço, se a queixa for contínua ou se a massagem exacerbar a dor, então será prudente recorrer ao médico assistente.

Uma vez que não existe nenhum exame que permita efectuar o diagnóstico da dor de crescimento, o exame físico geral e o exame do aparelho locomotor, em especial, são normais, assim como o exame radiológico e as provas laboratoriais.

Normalmente uma massagem ou calor local, com ajuda, por exemplo, de um saco de água quente, é suficiente para aliviar os sintomas. Por vezes, pode ser necessário um analgésico, contudo, e dado que a dor é de curta duração, o interesse deste é questionável pois, na maior parte dos casos, a dor desaparecerá antes de o fármaco surtir efeito. Se as queixas forem nocturnas e muito frequentes, poderá dar-lhe o analgésico (nomeadamente paracetamol) ao adormecer.

Principais características
As principais características destas dores, chamadas "de crescimento" são:

Local
Ocorrem sempre na parte anterior das coxas, ou nas pernas. Podem manifestar-se um dia numa perna mas no dia seguinte na outra perna, o que baralha (e muitas vezes assusta) os pais.

Frequência
São intermitentes. Um dia a criança queixa-se, no outro não. Algumas crianças podem ocasionalmente ter queixas todos os dias, outras apenas uma vez por semana, outras uma vez por mês.

Horário
Ocorrem no fim do dia ou durante a noite, depois de um dia agitado em que a criança gastou muita energia. De manhã a criança levanta-se sem qualquer dor.

Duração
Geralmente não ultrapassam os 20 minutos. Muitas vezes duram menos tempo.

Outras queixas
Não existem outras queixas ou sinais de doença como febre ou mal-estar.

Alterações locais
Não existem quaisquer alterações na zona onde a criança se queixa. Não está inchada ou vermelha ou quente ao toque.

Alívio
Dobrando o pé para cima para distender os músculos da perna e com massagem suave sobre os músculos. A criança agradece a massagem e fica mais calma. Também pode ocorrer algum alívio com a aplicação de calor (como uma toalha embebida em água morna). Só em casos mais raros pode ser necessário dar um analgésico.

Quando procurar o especialista
Em alguns casos surgem dúvidas sobre a inocência das queixas dolorosas da criança. Deve, por isso, contactar o pediatra para que este observe a criança se:
- As dores ocorrem em outras zonas do corpo como o pescoço, braços, dedos ou costas;
- As dores ocorrem sempre na mesma zona da mesma perna;
- As dores ocorrem sobre o joelho ou outras articulações;
- A criança coxeia;
- As queixas ocorrem tanto de dia como de noite, principalmente se a criança se queixa logo pela manhã;
- A dor é demorada, ultrapassando uma hora de duração;
- A criança tem febre, mal-estar, falta de apetite ou perde peso; 
- Existem alterações no local onde a criança se queixa como inchaço, vermelhidão ou a zona está mais quente que o resto da perna;
- Nada parece aliviar as queixas e, principalmente, se a criança se queixa ainda mais quando tentamos massajar a perna ou pegar-lhe ao colo;

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Dicionário de A a Z
Há já muito tempo que o consumo de ovos tem vindo a ser mistificado.
Ovos

Possuem em primeiro lugar um alto valor nutricional, tendo presentes 13 nutrientes essenciais para o corpo humano que ajudam ao bom funcionamento do corpo humano. Nesta lista estão incluídos o ácido fólico, o ferro, o zinco e ainda proteínas de alto valor biológico. Tudo isto com apenas 75 calorias.

Os ovos são muito importantes em dietas para perda de peso ou para aumento de massa muscular.

Na sua constituição podemos encontrar normalmente entre 5g a 7g de proteínas, dependendo do tamanho e em que quase metade estão presentes na gema. Dando-nos 7% da gordura que necessitamos diariamente, somente um terço deste valor representa gordura saturada.

Sendo as proteínas presentes de elevada qualidade, a sua ingestão permite manter uma sensação de energia e saciedade prolongadas, o que assim sendo permite um melhor controlo do peso. Estas proteínas ajudam ainda como já foi referido as dietas de aumento de massa muscular, permitindo até em pessoas idosas a prevenção da perda de massa muscular.

Existem outros benefícios no consumo de ovos tais como ajudar à função cerebral, fornecem antioxidantes essenciais à visão e podem ainda ajudar o sistema nervoso central a obter os nutrientes necessários para o seu correcto funcionamento.

Ainda assim quantos de nós não ouvimos que comer demasiados ovos faz mal? Ou que não se pode repetir o consumo de ovos mais que uma ou duas vezes por semana por serem pesados para o nosso organismo?

Na verdade não existe nenhuma recomendação que vise a limitação do consumo de ovos por pessoas saudáveis.

É pior consumir gorduras saturadas do que gorduras insaturadas e de facto o ovo apresenta índices muito baixos de gorduras saturadas na sua composição.

Não existe uma relação causa/efeito que envolva o consumo de ovos e a predisposição a doenças cardíacas em pessoas saudáveis. Mas fruto destes mitos, muitas são as pessoas que limitam o consumo deste alimento e que se estão a privar dos seus benefícios.

A ciência tem vindo a demonstrar que o consumo de um ou mais ovos por dia não aumentou o risco de doenças coronárias e que pode até estar relacionado com uma diminuição da pressão sanguínea. Um estudo realizado e reportado no "Medical Science Monitor” e que envolveu 9.500 pessoas demonstrou isto mesmo.

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Dicionário de A a Z
Branca, amarela, avermelhada ou roxa, a batata-doce é mais doce que a batata comum e é um alimento q

A batata-doce é rica em calorias, hidratos de carbono, Vitaminas A, B1, B5 e C e sais minerais (cálcio, ferro, fósforo, sódio e potássio). A sua cor alaranjada deve-se ao índice de beta-caroteno, um importante antioxidante que tem presente.

A batata-doce possui uma quantidade elevada vitamina A, indispensável para a boa saúde dos olhos, da pele e do aparelho respiratório.

Já as vitaminas do complexo B têm como função regular o sistema nervoso, coração, contração muscular, saúde dos olhos, pele, boca e cabelos, bem como o aparelho digestivo.

No caso do ácido ascórbico ou vitamina C, ajuda na imunidade, atuando como antioxidante.

No caso dos minerais, estes contribuem para a formação dos ossos e dos dentes, auxiliam no metabolismo das proteínas, auxiliando a regeneração sanguínea e a imunidade.

Deve ser confeccionada com casca, uma vez que contém muitas propriedades antioxidantes concentradas na pele, aproximadamente 3 vezes mais do que a sua polpa.

Para manter as qualidades nutritivas deve ser colocada em lugar fresco, seco e arejado, longe da luz solar.

Apresenta muitos benefícios para a saúde:

·combate a obesidade (sendo um hidrato de carbono complexo com baixo índice glicémico, torna a sua absorção mais lenta, o que não estimula muito a hormona insulina, que é responsável pelo aumento da fome e pelo acumular de gorduras, ajudando a emagrecer);

·combate a arteriosclerose e a hipertensão arterial;

·auxilia a irrigação sanguínea;

·aumenta as necessidades energéticas (consumida antes de atividade física, com baixo índice glicémico, é lentamente absorvida, o que proporciona energia estável durante todo o exercício).

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Mesmo nos níveis recomendados
Os europeus expostos à poluição de longo prazo provocada por particulas emitidas por veículos e indústrias têm um maior maior...

Publicado na revista The Lancet, o artigo apontou para o perigo das finas partículas de fuligem e pó, cujas emissões também representam um problema de saúde em algumas regiões da Ásia, principalmente na China.

Cientistas liderados por Rob Beelen, da Universidade de Utrecht University, na Holanda, analisaram 22 estudos publicados anteriormente que monitoraram a saúde de 367.000 pessoas em 13 países da Europa ocidental.

Os indivíduos, recrutados nos anos 1990, foram acompanhados durante quase 14 anos. Durante o período do estudo, 29.000 pessoas morreram, segundo os dados.

A equipe de Beelen acompanhou todas as áreas de estudo para obter leituras da poluição emitida pelo trânsito entre 2008 e 2011. Para isso, usaram esses dados como base para calcular a exposição de longo prazo de moradores a dois tipos de partículas e dois tipos de emissões de gases.

Levaram em conta fatores como hábitos tabágicos, posição socioeconómica, índice de massa corporal e educação.

A maior fonte de preocupação foi o PM2.5, partículas medindo menos de 2,5 mícrons ou 2,5 milionésimos de um metro. Uma investigação anterior já tinha revelado que o PM2.5 é tão pequeno que pode se alojar nos pulmões, provocando problemas respiratórios e podendo, inclusive, ir parar à corrente sanguínea.

Segundo o estudo, o risco de morte prematura subiu 7% a cada aumento de 5 microgramas de PM2.5 por metro cúbico.

As directrizes da União Europeia estabelecem uma exposição máxima ao PM2.5 de 25 microgramas por metro cúbico. Mas, mesmo em locais onde os níveis de poluição estavam abaixo disso, houve casos mais recorrentes do que o normal de morte prematura.

Fique a saber
As disfunções sexuais podem surgir em qualquer idade, no homem e na mulher e por diferentes motivos.
Mulher sentada na cama com ar chateado e homem a dormir ao lado

As dificuldades sexuais podem afectar consideravelmente as pessoas e as suas relações íntimas. O funcionamento sexual não implica apenas determinadas respostas fisiológicas, mas todo um conjunto de variáveis situacionais, pessoais e relacionais. É por isso que é importante identificar o problema e procurar ajuda.

Tratar uma disfunção sexual passa, em primeiro lugar, por determinar a sua origem principalmente para apurar se o problema é de origem orgânica ou de causa psicológica, já que a estratégia terapêutica varia de caso para caso. Deve-se ter em conta que, por vezes, não é fácil determinar se o problema tem uma origem totalmente orgânica ou psicológica, já que existem inúmeros casos em que ambos os tipos de factores se combinam e se sobrepõem.

Portanto, uma terapêutica eficaz deve ser definida após um correcto diagnóstico, que se deve basear em questões individuais e do casal. Certo é que as várias disfunções sexuais dispõem, actualmente, de diferentes possibilidades de tratamento.

Habitualmente, nos casos em que a origem das alterações é orgânica recorre-se à administração de medicamentos ou até à cirurgia, através da qual se obtêm, na maioria dos casos, amplas expectativas de êxito. Todavia, esta situação não é a mais comum.

Há uma elevada prevalência de disfunções sexuais que envolvem factores emocionais, psicológicos e de comunicação, ao mesmo que têm uma base orgânica. Estes problemas não podem ser resolvidos apenas com medicamentos ou com a realização de uma intervenção cirúrgica, na medida em que os factores psicossociais que contribuem para as dificuldades permanecerão. Nestes casos, deve-se recorrer a outras técnicas que se englobam no conceito de "terapêutica sexual", cujo principal objectivo passa por tentar aumentar o grau de satisfação do paciente e da parceira. Este tipo de terapêutica inclui um nível individual e um outro de participação de ambos os membros do casal.

Algumas sugestões

  • O ambiente: apesar de por vezes não darmos muita importância ao ambiente em que ocorre a actividade sexual, ele é bastante importante. Quando a pessoa está num ambiente agradável para ela, em que se sente bem, relaxada e confortável, será mais fácil ficar excitada e terá mais sensações agradáveis.
  • Aspectos que afectam a excitação sexual: para além do ambiente pode pensar noutros aspectos que sente que afectam a sua excitação sexual (por exemplo, a hora do dia) e seleccionar as alturas em que é mais propício para se envolver em actividades sexuais.
  • Pensamentos positivos: as atitudes e expectativas negativas podem afectar o funcionamento sexual dos indivíduos. Estes pensamentos negativos podem distraí-lo das pistas eróticas e poderá não conseguir ficar excitado. Tente pensar em coisas boas, positivas.
  • Postura exploratória: uma postura exploratória, sobretudo no início de uma relação, abre espaço para o conhecimento do prazer do outro e do próprio, diminuindo o foco no desempenho e na performance.
  • Informação: muitas vezes pensa-se que já se sabe o suficiente sobre o funcionamento sexual para se ter relações sexuais satisfatórias. Muito pelo contrário, verifica-se que crenças falsas, expectativas irrealistas e a falta de informação sobre o funcionamento sexual podem ter um papel importante no aparecimento e manutenção das dificuldades sexuais. Por isso: procure informação e desmistifique ideias que podem não estar correctas.
  • Inovação: uma das ideias erradas que muitas vezes está associada à relação sexual é que o sexo se resume à penetração. Nos casos em que existe esta ideia, se houver alguma dificuldade neste sentido (por exemplo, dificuldades em ter uma erecção) poderá significar a ausência de intimidade física para o casal. Por isso, tente ampliar os seus "horizontes” e descobrir que há mais formas de satisfação sexual para além da penetração. Por vezes a actividade sexual também pode perder a excitação por se tornar uma rotina com pouca novidade. Assim, também se pode reinventar a vida sexual incluindo fantasias sexuais. Tente inovar, explorar e partir para a descoberta.
  • Comunicação: o funcionamento sexual não é um processo automático e intuitivo e é importante falar sobre ele. Muitas vezes as pessoas não se sentem confortáveis em falar sobre o sexo e costumam existir sentimentos de vergonha associados. A melhoria da comunicação permite eliminar mal-entendidos e aliviar ressentimentos que podem estar a contribuir para as dificuldades a nível sexual.
  • (Re)aprender a tirar prazer: quando as dificuldades a nível sexual existem níveis elevados de frustração entre o casal. Os dois sentem-se pressionados a que tudo "funcione” a 100 %, focam-se demasiado em questões de desempenho que impedem o casal de desfrutar de um dos objectivos principais da actividade sexual: o prazer.Embora o principal objectivo da sexualidade humana seja a procriação, não é o único, pois também constitui uma fonte de prazer, serve para estabelecermos relações interpessoais íntimas e oferece-nos a oportunidade de comunicarmos de maneira muito especial com outras pessoas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Como entender:
O ciclo menstrual das mulheres caracteriza-se por ter fases muito diferenciadas. Conheça-as.
Tampões e calendário com o ciclo menstrual

A duração do ciclo da mulher é variável, sendo a mais comum entre os 23 e os 35 dias. Qualquer variação na duração do ciclo é mais provável que ocorra na fase anterior à ovulação (a chamada fase folicular). A maioria das mulheres tem um ciclo de 12 a 16 dias entre a ovulação e o início do período menstrual seguinte (a chamada fase lútea).

 

O ciclo menstrual

A menstruação

O primeiro dia do seu ciclo menstrual é o primeiro dia da sua menstruação. Geralmente, a partir daí a menstruação prolonga-se por cerca de 3 a 7 dias. Provavelmente, já reparou que as dores menstruais, se as tiver, são mais fortes no primeiro dia da menstruação. Isso deve-se ao facto de as hormonas do organismo estarem a forçar o útero a libertar o revestimento interior que se formou no ciclo anterior.

Preparação para a ovulação

No início do ciclo, o seu organismo envia um sinal ao cérebro para que comece a produzir a hormona estimuladora dos folículos (FSH), a principal hormona envolvida na produção de óvulos maduros. Os folículos são as cavidades cheias de líquido existentes nos ovários. Cada folículo contém um óvulo imaturo. A FSH estimula uma série de folículos a desenvolverem-se e a iniciarem a produção de estrogénios. No primeiro dia do período menstrual, os estrogénios estão no seu nível mais baixo. A partir daí, começam a aumentar.

Normalmente, um folículo torna-se dominante e o óvulo amadurece dentro do folículo à medida que ele se torna maior. Simultaneamente, a quantidade crescente de estrogénios no organismo garante o engrossamento do revestimento interior do útero com sangue e nutrientes.

Assim sendo, se realmente engravidar, o óvulo fertilizado terá todos os nutrientes e apoio de que necessita para crescer. Os níveis elevados de estrogénios estão também associados ao aparecimento de muco cervical (corrimento esbranquiçado semelhante à clara de ovo). Este muco pode aparecer sob a forma de corrimento fino, escorregadio, num branco baço. O esperma move-se com maior facilidade neste muco e pode sobreviver nele durante vários dias.

Ovulação

O nível de estrogénios no organismo continua a aumentar e, finalmente, provoca uma subida rápida da hormona luteinizante. Este pico dá ao óvulo maduro o empurrão final necessário para que ele termine o seu amadurecimento total e se liberte do folículo. Este processo é conhecido como ovulação.

Muitas mulheres pensam que fazem a ovulação no 14º dia do ciclo menstrual, mas nem sempre isso acontece. Ou seja, o dia da ovulação varia consoante a duração do seu ciclo. Algumas mulheres sentem "alguns sinais” durante a ovulação, mas muitas há que não sentem nada e não há mais nenhum sinal que indique que está em curso a ovulação. Como o ciclo menstrual varia de mulher para mulher, avalie primeiro o seu.

Anote, durante vários meses, a data de início da menstruação e conte os dias que dura o ciclo. Depois, subtraia o valor 11 ao ciclo mais longo e 18 ao mais curto. O resultado corresponderá ao seu período fértil, que se baseia nos tempos de vida do óvulo e do espermatozóide. Siga o exemplo: uma mulher com ciclos menstruais entre 25 e 30 dias; 25 - 18 = 7, mas se o ciclo tiver 30 - 11 = 19. Assim, o período fértil – ovulação - será do 7º ao 19º dia do ciclo.

Após a ovulação

Depois de se soltar, o óvulo (ou óvulos) move-se ao longo da trompa de Falópio em direcção ao útero. O óvulo pode sobreviver até 24 horas. A sobrevivência do esperma é mais variável mas é, normalmente, de 3-5 dias, pelo que os dias que conduzem à ovulação e o dia em que ocorre a própria ovulação são os seus dias mais férteis – aqueles em que tem mais hipóteses de engravidar. Logo após a ovulação, o folículo começa a produzir outra hormona: progesterona.

A progesterona tem agora a missão de engrossar o revestimento interior do útero, preparando-o para um óvulo fertilizado. Entretanto, o folículo vazio começa a encolher, mas continua a produzir progesterona e inicia igualmente a produção de estrogénios. Nesta fase, pode notar sintomas de tensão pré-menstrual (TPM), como peito sensível, inchaço, letargia, depressão e irritabilidade.

Preparação para o próximo período...

À medida que o folículo vazio encolhe, se o óvulo não for fertilizado, os níveis de estrogénio e progesterona diminuem porque estas hormonas deixam de ser necessárias. Sem os elevados níveis de hormonas para ajudar a mantê-lo, o espesso revestimento interior do útero começa a subdividir-se e o organismo liberta-o. Este é o início do seu período e também do seu próximo ciclo.

…Ou para a gravidez

Se tiver sido fertilizado, o óvulo pode implantar-se com sucesso no revestimento interior do útero. Isto ocorre, normalmente, cerca de uma semana depois da fertilização.

Após a implantação do óvulo fertilizado, o organismo começa a produzir a hormona da gravidez, a gonadotrofina coriónica humana (GCh), que mantém activo o folículo vazio. Continua a produzir estrogénios e progesterona para impedir que o revestimento interior do útero seja libertado, até que a placenta (que contém todos os nutrientes necessários ao embrião) esteja suficientemente madura para manter a gravidez.

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Opte correctamente
Está provado por diversos estudos que exercícios adequados às mudanças fisiólogas, morfológicas que
Mulher grávida a fazer exercício

É de extrema importância que a gestante passe por uma consulta com o seu médico, para ser avaliada e autorizada a prática de exercícios.

As mulheres já habituadas a um dado nível de actividade física e que nunca sofreram aborto espontâneo devem apenas adequar os movimentos, a intensidade e o ritmo das práticas ao seu estado e, se não houver nenhuma contra-indicação, podem continuar as actividades.

Já mulheres que não praticavam nenhuma actividade antes de engravidarem devem iniciar os exercícios somente após a 12.ª semana de gestação, ou seja, após o primeiro trimestre, considerado o mais delicado para o feto. Depois do parto, é necessário aguardar no mínimo 30 dias para retomar a prática.

Os exercícios de baixo risco são os mais indicados para a grávida, tais como:

Caminhada

Costuma ser o exercício mais indicado, já que se revela muito benéfico na preparação para o parto, melhorando a capacidade cardio-respiratória e favorecendo o encaixe do bebé na bacia da mãe. O ideal é caminhar três vezes por semana, cerca de 30 minutos de cada vez.

Alongamentos

Ajudam a manter a musculatura relaxada e beneficiam o controlo da respiração.

Hidroginástica

É a ginástica mais indicada para as gestantes, pois favorece o relaxamento corporal, reduz as dores nas pernas e o inchaço dos pés e mãos. Deve ter-se cuidado com a temperatura da água, que deve estar entre 28.º C e os 30º C.

"Yoga"

Tai Chi Chuan

Natação

Atenção

A prática de exercício deve ser interrompida de imediato caso a grávida sinta dor de qualquer tipo, contracções uterinas, hemorragia vaginal, dificuldades respiratórias, vómitos, edema generalizado, perda de liquído amniótico, desmaios, tonturas, palpitações, taquicardia, distúrbios visuais, diminuição da actividade fetal. Ou seja, perante qualquer indício de sofrimento fetal, a prática de actividades físicas deve ser interrompida imediatamente e a grávida deve procurar o médico com urgência.

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Estudo indica
Um estudo médico mostra que os jogos de computador activos podem ajudar a controlar a diabetes tipo 2.

Os investigadores do Centro para a Saúde e Diabetes na Alemanha dividiram 220 doentes diabéticos em dois grupos: a um deles, foi pedido que usassem a consola de jogos Wii Fit, com exercícios de fitness, força e equilíbrio, durante meia hora diária.

Ao fim de 3 meses, os jogadores perderam peso e baixaram o nível de glicose. Foi feito então, o mesmo pedido aos restantes doentes diabéticos e o resultado foi o mesmo.

Os especialistas lembram que a actividade física, seja ela qual for, é benéfica para a saúde e os jogos de computador activos podem ser uma alternativa para manter as pessoas em movimento.

O exercício físico é especialmente importante para quem sofre de diabetes, já que o corpo usa a insulina de forma mais eficiente.

O mais difícil poderá ser manter a actividade física: um terço dos participantes no estudo desistiu, depois de concluída a investigação.

Crónica ou aguda?
A diarreia caracteriza-se por um aumento do número de evacuações.

Quando algo perturba o equilíbrio natural do sistema digestivo, os movimentos intestinais podem tornar-se mais acelerados e há uma alteração da absorção dos alimentos. Isto leva a que, tanto os alimentos como a água sejam absorvidos em menor quantidade pelo intestino, originando a formação de dejecções mais frequentes de fezes moles e aquosas, conhecidas como diarreia.

As principais características da diarreia são o aumento do número de evacuações e a perda de consistência das fezes, que se tornam aguadas. Já no que toca à duração a diarreia pode ser classificada como aguda ou crónica.

A diarreia aguda é súbita e de curta duração – pode ter uma duração até 2 semanas – e na maioria dos casos é possível lidar com este tipo de diarreia com facilidade com a toma de um antidiarreico à venda no mercado. Estes medicamentos ajudam o seu sistema digestivo a restabelecer o seu ritmo normal.

A diarreia crónica é mais persistente ou recorrente, pode não ocorrer todos os dias, mas ao contrário da diarreia aguda, apresenta recorrência e não parece parar. Uma das piores complicações da diarreia é a desidratação, por isso deve ingerir muitos líquidos e descansar, pois a fraqueza é outro dos sintomas frequentes.

Os sintomas de ambos os tipos de diarreia são as dejecções frequentes de fezes moles e aquosas, que podem ser acompanhadas de dor abdominal, espasmos ou distensão abdominal. O que distingue a diarreia aguda da crónica é a duração/intensidade dos sintomas.

Apesar de na maioria das vezes se tratar de uma situação benigna, a diarreia pode ser o sintoma inicial de várias outras doenças como: úlcera gastrointestinal, alguns tipos de cancro, SIDA e de outras doenças que acarretam a má absorção dos nutrientes.

Caso a diarreia continue persistente apesar de todas as medidas enunciadas, deve procurar assistência médica.

Causas

Pelo menos uma vez na vida todas as pessoas têm diarreia. A principal causa da diarreia é a intoxicação alimentar. No entanto, são vários os motivos que podem originar a diarreia:

  • Toxinas bacterianas como a do estafilococus;
  • Infecções por bactérias como a Salmonella e a Shighella;
  • Infecções virais;
  • Disfunção da motilidade do tubo digestivo;
  • Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase;
  • Efeitos secundários de alguns medicamentos;
  • Abuso de laxantes;
  • Intolerância a derivados do leite pela incapacidade de digerir lactose (açúcar do leite);
  • Intolerância ao sorbitol, adoçante obtido a partir da glicose.

Tipos de diarreia
Já referíamos a possibilidade de a diarreia ser aguda ou crónica e que se caracteriza por provocar um maior número de dejecções. Este tipo de diarreia “dito mais comum” pode estar associada a uma combinação de stress, medicamentos e alimentos. Por exemplo, excesso de gorduras, de cafeína, mudança do tipo de água ingerida ou mesmo ansiedade diante de acontecimentos importantes;

Já o caso de a diarreia ter causa infecciosa – diarreia infecciosa – pode provocar febre, perda de energia e de apetite e é, habitualmente, causada por visores e bactérias. Se não for convenientemente tratada, os sintomas podem demorar até uma semana a desaparecerem;

A amebíase é um tipo de diarreia causada por um protozoário que invade o sistema gastrointestinal transportado por água ou comida contaminada. Trata-se de uma infecção típica dos trópicos, muito frequente em viajantes e nos habitantes de regiões de clima temperado. A amebíase pode ocasionar desde uma leve dor de estômago e flatulência até febre, prisão de ventre, debilidade física e fezes aguadas com manchas de sangue.

A giardíase, também é provocada por um protozoário, a giárdia, e os seus sintomas variam da simples dor de estômago à diarreia persistente ou à presença de fezes pastosas. Outros sintomas incluem desconforto abdominal, eructação (arroto), dor de cabeça e fadiga. A giárdia espalha-se pelo aparelho digestivo através da ingestão de água e alimentos contaminados. Também pode ser transmitida por relações sexuais ou por excrementos;

Por fim, existe a diarreia que surge na sequência da intolerância à lactose. Ou seja, algumas pessoas não conseguem digerir a lactose (açúcar encontrado no leite e seus derivados), porque não produzem uma enzima chamada lactase. Entre os seus sintomas, destacam-se tanto a diarreia como a prisão de ventre, distúrbios estomacais e gases.

Recomendações
Para qualquer dos tipos de diarreia referidos deve beber muitos líquidos, 2 a 3 litros por dia, para evitar a desidratação. Como a água não repõe a perda de sódio e potássio, procure suprir essa necessidade com soro fisiológico ou outros líquidos que contenham tais substâncias. As pessoas com tensão arterial elevada, diabetes, glaucoma, doenças cardíacas ou com história de derrames devem consultar o médico antes de ingerir bebidas que contenham sódio porque correm o risco de elevar a tensão arterial;

Não deve deixar de comer, uma vez que suspender a alimentação só vai agravar mais o estado de desidratação, interrompendo o fornecimento dos nutrientes necessários para o organismo reagir. É preferível ingerir arroz, caldos de carne magra, bananas, maçãs e torradas. Estes alimentos dão mais consistência às fezes e, especialmente a banana, é rica em potássio.

Também:

  • Deve suspender a ingestão de alimentos com resíduos, tais como saladas e fibras;
  • Alguns chás, por exemplo de camomila, erva-doce e hortelã, podem ajudar;
  • Evite o café, leite, sumos de fruta e álcool;
  • Evitar alimentos muito temperados ou com alto teor de gordura (fritos, enchidos e alguns tipos de carne mais gordos, etc.) até que as fezes voltem ao normal;
  • Não utilizar adoçantes à base de sorbitol;
  • Lavar bem as mãos várias vezes por dia, em especial, antes das refeições;
  • Ferver a água de poços, rios, lagos, riachos ou mesmo a da torneira nos locais em que estas não são tratadas, antes de beber.
  • Não beber refrigerantes ou outra bebida qualquer da própria embalagem. Passe-a por água primeiro e use um copo limpo;
  • Fazer gelo apenas com água tratada ou fervida;
  • Evitar consumir leite e derivados, se tiver intolerância à lactose. 
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Saiba como
Uma cãibra muscular acontece numa área do corpo contraída involuntariamente e pode surgir sem aviso
Dor muscular no gémeo

As cãibras são contracções involuntárias e dolorosos do tecido muscular. Podem ocorrer em múltiplas e variadas zonas do corpo humano, seja nos braços, pernas, pés, abdómen, etc. e acontecem, porque as fibras musculares se contraem produzindo uma tensão, juntamente com uma sensação de opressão e irritabilidade.

A duração de um episódio vai, em média, de poucos segundos a +/-15 minutos, embora possam ter uma duração superior. É comum que o episódio se repita várias vezes durante o dia, ou mesmo enquanto dorme, principalmente após ter praticado exercício físico.

As cãibras musculares causam dor, muitas vezes severa e podem estar associadas a inflamação impedindo a utilização do músculo afectado. No momento da contracção, o indivíduo pode sentir como se tivesse um nó ou nódulo no músculo e sentir forte dor.

As causas mais frequentes das cãibras são a má circulação (com falta de oxigénio no tecido muscular), falta de hidratação, carência de vitaminas e/ou minerais e prática de exercício físico forçado ou sem prévio aquecimento.

Como evitar cãibras musculares

Existem alguns “truques” que pode adoptar para evitar o aparecimento das cãibras. Um dos mais importantes é a manter-se hidratado, já que a desidratação é a principal causa da ocorrência de cãibras musculares.

Deve ter em atenção também a alimentação e a falta de sódio e de potássio, minerais essenciais para as evitar. É sabido que a banana é uma boa fonte de potássio, pelo que se comer uma banana antes de praticar exercício físico, pode ser uma forma de prevenir o aparecimento destas contracções.

Deve, igualmente, consumir alimentos ricos em vitaminas e minerais, como as vitaminas A, D e E e minerais como magnésio e zinco, que além de prevenirem as cãibras musculares, podem ajudar a aliviar a dor. A deficiência de vitaminas pode levar directa ou indirectamente a cãibras musculares, nomeadamente a carência de vitaminas do grupo B, como por exemplo, B1, B5 e B6.

Realizar exercícios pilométricos (consistem na rápida desaceleração e aceleração dos músculos que criam um ciclo de alongamento e contracção) para melhorar a coordenação neuromuscular, uma vez que ajudam a evitar que os músculos se cansem. Realize os exercícios pelo menos duas vezes por semana. Importante lembrar que a realização de exercício físico deve começar com um aquecimento prévio e terminar com exercícios de relaxamento. Este “ritual” mantém as cãibras afastadas.

A maioria das cãibras pode ser reduzida ou eliminada se alongar o músculo. Também pode massajar suavemente o músculo, para ajudá-lo a relaxar. Muitas vezes, é conveniente aplicar calor com uma almofada de aquecimento ou um banho quente.

O tratamento das cãibras que estão associadas a condições médicas específicas, em geral, concentra-se no tratamento da condição subjacente; por isso os medicamentos adicionais específicos podem ser usados para tratar as cãibras musculares em algumas destas situações.

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O que é e qual a sua função
Sabia que cada alimento possui uma densidade de caloria específica?
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A densidade calórica é a quantidade de energia metabolicamente disponível por unidade de volume de alimento. Ou seja, a densidade calórica é a relação entre as calorias que o alimento fornece sobre o volume do mesmo. Dito de outra forma ainda: a densidade calórica é definida pelo número de calorias por grama ou mL do alimento.

Conhecer a densidade calórica dos alimentos é, especialmente, útil para quem precisa emagrecer. Existem muitas ferramentas que podem ser usadas para seleccionar correctamente os alimentos que permitem emagrecer. Pode-se levar em conta os nutrientes principais dos mesmos, como por exemplo, alimentos ricos em fibras e alimentos ricos em proteínas. Por outro lado, pode escolher os alimentos, considerando o seu índice glicémico (IG) ou a sua densidade calórica. A fórmula de densidade calórica seria: quantidade de calorias/volume (gr.). Se a quantidade de calorias excede o volume, a densidade calórica será positiva. Isto indica que esse alimento possui mais calorias do que gramas, portanto, pode causar ganho de peso. Por outro lado, se a quantidade de calorias é menor do que o volume a densidade calórica será negativa, portanto, esse alimento fornecerá menos calorias do que gramas e seria um alimento ideal para emagrecer.

Assim, considerando a densidade calórica é possível dividir os alimentos em:

  • alimentos com muito baixa densidade calórica;
  • alimentos de baixa densidade calórica;
  • alimentos com moderada densidade calórica;
  • alimentos com alta densidade calórica.

Os alimentos apropriados para emagrecer, são os que pertencem aos dois primeiros grupos (frutas frescas, vegetais, lacticínios com pouca gordura, chá sem açúcar, gelatina light, legumes, cereais integrais e carnes magras, entre outros).

No caso dos alimentos do terceiro grupo de alimentos podem ser consumidos com moderação, mas já os do quarto grupo devem ser eliminados (batatas fritas, manteiga, molhos como maionese, alguns assados e doces, refrigerantes regulares, entre outros.).

Conhecendo a densidade calórica dos alimentos, e seguindo esta regra, é importante saber que para além de perder peso, pode também reduzir a fome e a ansiedade, pois os alimentos com muito baixa ou baixa densidade calórica fornecem saciedade. É o caso das frutas e vegetais, assim como também dos cereais integrais e dos legumes.

Agora que tem toda esta informação é mais fácil colocar em prática e comer conhecendo a informação nutricional dos produtos que quer incluir na sua dieta.

No rótulo dos alimentos aparece a quantidade de calorias por porção em gramas. Basta dividir os dois números e obtêm-se um resultado numérico. Se este for positivo, ou maior do que 1, trata-se de um alimento de moderada ou alta densidade calórica e, se for negativo ou inferior a 1, trata-se de um alimento de baixa ou muito baixa densidade calórica. Finalmente, ter em mente que conhecer a densidade calórica dos alimentos pode ajudar a desenvolver hábitos saudáveis que permitem permanecer com o peso ideal ou habitual.

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Estudo
Os europeus expostos a longo prazo às partículas de poluição do tráfego rodoviário ou industrial correm um risco maior de morte...

Publicado na revista The Lancet, o estudo aponta o dedo às finas partículas de fuligem e à poeira, emissões que também estão a preocupar autoridades sanitárias em alguns países asiáticos, nomeadamente a China.

Cientistas liderados por Rob Beelen, da Universidade de Utrecht, na Holanda, observaram 22 estudos publicados que monitorizaram 367 mil pessoas em 13 países da Europa ocidental.

Os indivíduos, recrutados para os estudos nos anos 90, foram acompanhados ao longo de 14 anos. Durante esse período 29 mil morreram.

A equipa de Rob Beelen procurou no estudo obter leituras da poluição de tráfego entre 2008 e 2011.

A maior fonte de preocupação são as PM2.5, ou seja, partículas que medem menos de 2,5 mícrons (2,5 milionésimos de metro) e que podem causar problemas respiratórios e passar para a corrente sanguínea.

O estudo revelou que o risco de morte precoce subiu 7% em cada aumento de cinco microgramas de PM2.5 por metro cúbico.

"A diferença de cinco microgramas pode ser encontrada entre a uma estrada urbana ocupada e uma rua sossegada", explicou Rob Beelen.

As normas da União Europeia estabelecem valores máximos de exposição ao PM2.5 de 25 microgramas por metro cúbico.

Resultados de estudo revelam:
As células do estômago, que funcionam como uma espécie de relógio neural para reduzir o apetite durante a noite, podem ser a...

Os nervos que ficam nas paredes musculares ao redor do estômago, cuja função principal é emitir sinais para dar a sensação de plenitude, são a base do estudo de um grupo de cientistas australianos da Universidade de Adelaide.

O grupo de investigadores, liderados por Stephen Kentish, utilizou ratos de laboratório para estudar as respostas de um grupo de nervos situados nas paredes musculares ao redor do estômago durante um período de 24 horas. Os cientistas mediram a actividade dos nervos quando as paredes do estômago estavam estiradas em intervalos de três horas entre as 6 da manhã até as 3 da madrugada do dia seguinte. Assim, descobriram que os nervos eram menos sensíveis ao estiramento do estômago quando os ratos estavam normalmente acordados, enquanto eram mais sensíveis quando os animais estavam a dormir, o que permitia que o cérebro recebesse a sensação de estar saciado mais rápido, aplacando a vontade de comer.

Os cientistas observaram que as células actuam como uma espécie de relógio neural no estômago para regular a quantidade de comida necessária e obter a sensação de plenitude. Kentish e os seus companheiros sustentam que esse mecanismo existe nos seres humanos e esperam poder vincular os resultados da pesquisa ao entendimento dos hábitos alimentícios das pessoas que sofreram variações em seus relógios circadianos.

“Sabemos que as condições metabólicas como a obesidade e a diabetes são mais comuns nos trabalhadores com diversos turnos e nas pessoas que não têm um ciclo consistente de luz e escuridão”, ressaltou o cientista.

Um grave problema de saúde pública
A obesidade afecta homens e mulheres de todas as etnias e idades, reduz a qualidade de vida e consti

A obesidade é uma doença, passível de prevenção e constitui um importante factor de risco para o aparecimento e agravamento de outras doenças. O número de pessoas obesas é tão elevado que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou esta doença como a epidemia global do século XXI. De acordo com a mesma organização, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.

É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.

O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental.

Uma dieta hiperenergética, com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda. Por outro lado, existem provas científicas que sugerem haver uma predisposição genética que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulação de gordura na zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia e/ou à diminuição da actividade física.

Estudos indicam que depois do tabagismo, a obesidade é considerada como a segunda causa de morte passível de prevenção. Uma dieta alimentar equilibrada, a prática de actividade física regular e adopção de modos de vida saudável são pontos essenciais para prevenir o aparecimento da obesidade.

Diagnóstico
A obesidade e a pré-obesidade são avaliadas pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Este índice mede a corpulência, que se determina dividindo o peso (quilogramas) pela altura (metros), elevada ao quadrado.

IMC= Peso (Kg) Kg/m2
              Altura 

Segundo a OMS, considera-se que há excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 e que há obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30.

Índice de Massa Corporal

IMC > 18 < 25 Kg/m2 Normal
IMC > 25 < 30 Kg/m2 Excesso de Peso
IMC > 30 < 35 Kg/m2 Obesidade moderada (grau I)
IMC > 35 < 40 Kg/m2 Obesidade grave (grau II)
IMC > 40 Kg/m2 Obesidade mórbida (grau III)
No entanto, em certos casos, nomeadamente nos atletas, nos indivíduos com edemas e com ascite (hidropisia abdominal), o IMC não é fiável na medição da obesidade, pois não permite distinguir a causa do excesso de peso.

Diagnóstico nas crianças
O diagnóstico de excesso de peso e de obesidade em função do IMC em crianças e adolescentes não é aplicável com as regras do adulto, devido às características dinâmicas dos processos de crescimento e de maturação que ocorrem durante a idade pediátrica.

Contrariamente ao adulto, em que é possível definir exactamente a pré-obesidade e a obesidade, na criança e no adolescente, com as velocidades de crescimento que registam, em ambos os sexos, uma enorme variabilidade inter e intraindividual, tal não é possível.

Assim, o valor do IMC em idade pediátrica deve ser percentilado e tem como base tabelas de referência:

  • Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 85 e inferiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da pré-obesidade;
  • Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da obesidade.

Tipos de obesidade

  1. Obesidade andróide, abdominal ou visceral - quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen. É típica do homem obeso. A obesidade visceral está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidémia e, a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, a doença coronária e o acidente vascular cerebral, bem como à síndrome do ovário poliquístico e à disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento interior dos vasos sanguíneos). A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não da gordura total do corpo.
  2. Obesidade do tipo ginóide - quando a gordura se distribui, principalmente, na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. É típica da mulher obesa.

Factores de risco

• Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos electrónicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;

• Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade;

• Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade;

• Factores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar;

• Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.

Consequências para a saúde

• Aparelho cardiovascular - hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e angina de peito;

• Complicações metabólicas - hiperlipidémia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota;

• Sistema pulmonar - dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndrome de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar;

• Aparelho gastrointestinal - esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon;

• Aparelho genito-urinário e reprodutor - infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;

• Outras alterações - osteoartrose, insuficiência venosa crónica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.

Para além das consequências directas para a saúde, a obesidade também provoca alterações socioeconómicas e psicossociais como a discriminação educativa, laboral e social, o isolamento social ou mesmo a depressão e perda de auto-estima.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Perguntas e respostas
Uma boca saudável na idade adulta depende dos cuidados que forem mantidos desde o berço.

Como cuidar dos dentes dos meus filhos?
Uma boa saúde oral começa no início da vida das suas crianças. Antes do nascimento do primeiro dente, alguns factores podem afectar a sua aparência e a sua saúde de forma permanente. Existem alguns medicamentos que, se forem administrados às grávidas, às mães que amamentam ou às crianças, no período em que se estão a formar os dentes, podem causar a descoloração ou alterações na formação dos dentes. Por esta razão, siga sempre as recomendações do médico. Não tome medicamentos, que não sejam indicados pelo médico.

As crianças precisam de cuidados orais especiais que todos os pais devem saber.

O que são as cáries de biberão e como posso evitá-las?
São provocadas pela exposição frequente e demorada dos dentes a soluções (líquidas ou cremosas) que contêm açúcares ou seus derivados. Nestes incluem-se o leite, as papas e sumos de fruta.

Assim, o hábito da criança andar durante muito tempo com a tetina do biberão na boca permite um contacto directo desses agentes sobre as superfícies dentárias.

Os líquidos açucarados permitem a adesão das bactérias às superfícies dentárias, depositam-se à volta dos dentes e aí permanecem durante longos períodos enquanto o bebé dorme, conduzindo à formação de cáries dentárias que têm o seu início nos dentes anteriores superiores e inferiores (incisivos e caninos). Não deve deixar que o seu bebé adormeça com o biberão de sumo ou de leite na boca.

A higiene oral começa logo após a erupção do primeiro dente do bebé. Deve ser executada pelo menos duas vezes por dia, sendo uma delas, obrigatoriamente, antes de deitar.

Qual a importância dos dentes temporários, conhecidos também por dentes de leite?
Os dentes de temporários ou decíduos, habitualmente designados por dentes de leite, têm tanta importância para o correcto desenvolvimento do bebé como qualquer outro órgão ou sistema.

A principal função será permitir à criança a correcta mastigação dos alimentos. Mas outras funções estão-lhe associadas, nomeadamente o estímulo para o correcto crescimento da face e a manutenção do espaço necessário para o nascimento dos dentes definitivos ou permanentes.

O que fazer quando os dentes de leite começarem a erupcionar?
Os dentes começam a erupcionar por volta dos 6 meses e devem terminar o seu crescimento por volta dos 30 meses. Isto faz com que muitas crianças fiquem com as gengivas muito sensíveis, o que as torna irritadas. Pode ajudar, esfregando as gengivas com o dedo, uma dedeira especial para esse efeito ou um anel de borracha refrigerado. Também existem géis e produtos farmacêuticos para aliviar o desconforto provocado pela erupção dos dentes do bebé.

Se a sua criança tiver febre quando os dentes estiverem a erupcionar, pode ser um processo natural de reacção do organismo. Contudo, se a febre persistir, será melhor contactar o seu médico para ajudar a prevenir qualquer outro problema, pois é um período particularmente sensível na interacção do corpo do seu bebé com o meio ambiente.

Como cuidar dos dentes temporários?
Passar os bons hábitos de higiene oral para as suas crianças é uma das lições de saúde mais importantes que lhes pode ensinar. Isto significa ajudá-las a escovar os dentes duas vezes por dia, limitar os lanches entre as refeições (especialmente os que contêm alimentos e/ou bebidas açucaradas como bolachas, pão achocolatado, refrigerantes) e visitar o dentista regularmente.

O médico também irá controlar o crescimento e o desenvolvimento dentário do seu filho, dando-lhe conselhos sobre o desenvolvimento dentário e respectivas condicionantes, nomeadamente a importância do flúor, como ajudar a manter uma boa higiene oral, como lidar com os hábitos orais da sua criança (por exemplo, o uso da chucha), nutrição e dieta.

Deve evitar que a sua criança ingira bebidas gaseificadas, pois estas provocam a erosão dos dentes. Se mesmo assim decidir que ela pode ingerir bebidas gaseificadas, use então “palhinhas” para evitar o contacto directo da bebida com as faces dentárias.

Faça a sua criança ver que uma visita ao dentista é uma experiência positiva. Explique que ajuda a manter uma boa saúde. Ao incentivar uma atitude positiva, aumenta as hipóteses da sua criança visitar regularmente o dentista ao longo da vida e reduz a necessidade de tratamentos mais invasivos e potencialmente geradores de medo e ansiedade.

Quanto mais cedo se iniciar o hábito diário de higiene oral, melhores perspectivas há de evitar as doenças orais, por isso, crie junto da sua criança o hábito de higiene oral desde a erupção do primeiro dente.

Qual é a melhor forma de escovar os dentes de leite?
Deve efectuar ou vigiar a escovagem das suas crianças, seguindo os passos seguintes:

A limpeza dos dentes deve iniciar-se logo após a erupção do primeiro dente do bebé. No início, quando há poucos dentes erupcionados, pode utilizar-se uma gaze, dedeira específica para o efeito ou escova de dentes.

A escova de dentes deve ser macia e ter um tamanho adequado à boca do bebé. Deve utilizar-se uma pequeníssima quantidade de dentífrico fluoretado (1.000-1.500 ppm de fluoretos), semelhante ao tamanho da unha do dedo mindinho do bebé.

Tenha atenção para ensinar a sua criança a não engolir a pasta.

Direccione os filamentos da escova de encontro às faces dentárias e execute suaves movimentos de rotação. Repita isto em todas as faces dentárias.

No final pode escovar a língua da criança. Coloque a escova sobre a língua e escove suavemente de trás para a frente (desde a base para a ponta).

Chuchar no dedo é um problema?
O reflexo de chuchar no dedo é frequente nos bebés. Contudo, o hábito de chuchar nos dedos pode causar problemas no crescimento dos maxilares e no posicionamento dos dentes.

Deve prestar particular atenção a este hábito, de modo a eliminá-lo ou evitando que ele se estabeleça. É preferível o uso de chupetas. Contudo, se o seu uso for prolongado também pode causar importantes problemas orais.

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