Seminário de apresentação
Seminário de apresentação e discussão dos resultados finais do projecto de investigação “Envelhecimento e Violência” (PDTC/CS...

O evento conta com a participação da equipa de investigação do Departamento de Epidemiologia (DEP) do INSA, das entidades parceiras do projecto (APAV; INMLCF IP; ISS IP; GNR e CESNOVA/FCSH) e de oradores nacionais de reconhecido mérito. O evento será encerrado pelo Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde.

Pretende-se, com esta iniciativa, promover o debate e reflexão sobre a violência contra as pessoas idosas em contexto familiar, tendo em vista a identificação de recomendações e de propostas de intervenção pública para prevenção e combate do fenómeno, bem como a sensibilização dos decisores e legisladores nesta matéria.

A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia.

Confirmação de presença, até 18 de Fevereiro de 2014, para: [email protected].

Dia Mundial de Luta Contra o Cancro
O café Majestic recebe, no dia 4 de Fevereiro, às 18 horas, uma tertúlia para esclarecer dúvidas e mitos sobre o cancro. A...

O IPO-Porto volta a sair às ruas da cidade para ir ao encontro das dúvidas da população sobre o cancro. ’O que quer saber sobre o cancro? O IPO-Porto responde’, segunda edição, realiza-se no Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, a 4 de Fevereiro, pelas 18h00 no Magestic Café. A entrada é livre.

Enfermeiros:
O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros reclamou das instituições de saúde uma dignificação da especialidade de cada profissional...

O Enf.º Germano Couto, que proferiu a Conferência de Abertura do 2º Encontro dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica, expressou o compromisso de continuar a pressionar o poder político para resolver esse problema.

Na sua perspectiva, há carência de enfermeiros especialistas nas instituições de saúde, nomeadamente nos serviços em que esses cuidados diferenciados fazem mais falta, mas na maioria das situações a organização do capital humano não tem em conta a formação pós-graduada.

Tal atitude – sublinhou - “testemunha a ausência de consideração pelas mais-valias e ganhos de saúde que os enfermeiros especialistas trazem aos serviços” e ao próprio e ao Serviço Nacional de Saúde.

“Não podemos continuar a admitir que, devido a um erro estratégico e a imperativos economicistas, a desmotivação e o desinteresse se impregnem – tal como um vírus oportunista num organismo com imunidade deficitária -, minando o esforço feito pelos colegas e desaproveitando o investimento feito em prol da saúde dos portugueses”, afirmou.

Para o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, “torna-se igualmente imperativo” elaborar um guia de dotações seguras relativamente às várias especialidades.

“Cuidados especializados significam cuidados mais dirigidos às necessidades das pessoas, quer sejam abordadas enquanto indivíduos, famílias ou uma comunidade. Significam uma reorganização da oferta, potenciando as capacidades de cada um dos profissionais que compõem uma equipa multidisciplinar”, observou.

Na sua conferência, subordinada ao tema “O Enfermeiro Especialista na prática clínica: Importância política, estratégica e para a qualidade dos cuidados”, disse ter já alertado o ministro da Saúde para a necessidade de rever, o quanto antes, a legislação da carreira de Enfermagem que não considera a existência da categoria de Enfermeiro Especialista.

“Isso faz com que o poder discricionário dos conselhos de administração das estruturas de saúde privilegie competência de cuidados gerais em detrimento das competências especializadas, desprestigiando, desvalorizando e desregulando a prestação de cuidados de qualidade e a sua adequação às necessidades dos cidadãos”, considerou.

Na Abertura Solene do Encontro, que antecedeu a Conferência do Bastonário da OE, o presidente do Colégio da Especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enf.º José Carlos Martins, aludiu à sua importância enquanto espaço de partilha de conhecimentos e de criação de redes, no sentido de uma procura contínua de saber, e da sua aplicação no quotidiano da prestação de cuidados aos cidadãos.

Sobre o Encontro, a presidente do Conselho Directivo Regional da Secção Regional do Centro da OE, Enf.ª Isabel Oliveira enalteceu na sessão o forte envolvimento do Colégio da Especialidade com as associações profissionais de enfermagem.

Cientistas da Novartis vêm a Portugal falar
No âmbito da inauguração do novo edifício do Grupo em Portugal, a Novartis realiza no próximo dia 5 de Fevereiro, pelas 15h00,...

A conferência: Innovation: Delivering the Promise, coloca lado a lado cientistas e investigadores da Novartis com rostos nacionais que lideram a investigação em saúde em Portugal, num debate sobre inovação centrada no doente.

Agenda:

15:00 Abertura

15:15 THE RIGHT TREATMENT

Innovation in Therapeutics - Addressing the unmet needs of patients by David Morris, Global Head Development Franchise Primary Care, Novartis Pharmaceuticals

Comentários de:

Carmo Fonseca, Director of the Institute of Molecular Medicine, Professor of Cell and Molecular Biology at University of Lisbon Medical School

Purificação Tavares, Specialist in Medical Genetics, Member of the Board of Medical Genetics of the Portuguese Medical Association. CEO of CGC Genetics, Inc in USA, and CEO of CGC Genetics SA in Spain and Portugal

 

15:45 FOR THE RIGHT PATIENT

Targeted Therapies and Bio-markers: The emergence of Personal Cancer Treatment by Paul Manley, Novartis Leading Scientist Oncology Research, Novartis Institutes of Biomedical Research

Comentários de:

João Gonçalves, Associate Professor at University of Lisbon School of Pharmacy. Group Leader at Institute of Molecular Medicine, University of Lisbon Medical School

Cláudio Sunkel, Director of the Institute for Molecular and Cell Biology, Professor of Molecular Biology at the Institute of Biomedical Sciences Abel Salazar, University of Porto.

 

16:15

Innovation in Results – Maximizing Outcomes focusing on patients leveraging cutting edge innovation by Melvin Olson, Global Head Health Economics & Outcomes Research, Neuroscience and Ophthalmology

Commentários de:

Luís Almeida, Professor of Pharmaceutical Medicine at University of Aveiro. Founder and Managing Partner of Blueclinical. CEO of Luzitin SA

Manuel Delgado, CEO of IASIST Portugal

 

16:45 – 17:15 – Coffee Break

 

17:15 DEBATE: “Momento Expresso” como é que diferentes players como a Universidade, os Empreendedores, a Industria Farmacêutica, os Financiadores e a Sociedade podem interagir de forma a fomentar uma agenda de inovação e empreendedorismo na saúde em Portugal?

Moderador: Nicolau Santos, Director Adjunto do Expresso

 

Participantes:

José Fernandes e Fernandes, Director da Faculdade de Medicina Universidade de Lisboa

Daniela Couto, Co-fundadora e CEO da Cell2B

Santiago Salazar, Administrador da Busy Angels

Cristina Campos, Presidente do Grupo Novartis, Portugal

Pedro Oliveira, Professor Associado, Universidade Católica Portuguesa

 

18:15 Encerramento

 

A Novartis possui um historial de longa data de liderança na investigação farmacêutica, tendo actualmente um dos pipelines mais promissores da indústria farmacêutica. Inovação na Novartis significa, não apenas o desenvolvimento célere e criterioso de medicamentos eficazes e dirigidos a necessidades específicas, mas também a garantia de que essas terapêuticas chegam aos doentes que delas necessitam e cumprem a promessa de melhoria da sua qualidade de vida. Os avanços nas áreas da biologia e da informática estão a possibilitar uma análise sem precedentes dos genes e proteínas humanas. Estes avanços ajudam a identificar os doentes que podem responder de forma positiva a determinadas terapêuticas, utilizando novas ferramentas de diagnóstico. Por outro lado, é também fundamental medir os resultados clínicos, tanto em desenvolvimento como nas fases pós introdução de um novo medicamento no mercado, tornando o seu benefício mensurável para os sistemas nacionais de saúde.

Esses serão alguns dos temas abordados num encontro que tem também como objectivo promover a partilha de experiências e o desenvolvimento de sinergias entre o que a Novartis está a fazer a nível mundial na investigação farmacêutica e a investigação realizada em Portugal.

Para mais informações e confirmação de presença: Gabinete de Comunicação Novartis

Patrícia Adegas | Tlf.: + 351 21 000 8753 | Email: [email protected]

 

 

Dia 1 de Fevereiro na Curia
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia promove, no dia 1 de Fevereiro, a 2.ª Reunião sobre Doença Renal Crónica e Alterações do...

Abordar as mais recentes inovações e progressos no tratamento e diagnóstico dos problemas ósseos relacionados com a doença renal crónica é um dos objectivos da 2.ª Reunião sobre Doença Renal Crónica e Alterações do Metabolismo Mineral que tem lugar no próximo dia 1 de Fevereiro, no Curia Palace Hotel, em Cúria.

Osteodistrofia na pré-diálise, alterações do metabolismo mineral na população em diálise e doença óssea pós-transplantes são os principais temas em análise.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), “a perda da função renal origina, muitas vezes, alterações ósseas e do metabolismo mineral. É fundamental estarmos atentos a estes distúrbios, nomeadamente, quando se trata de uma população envelhecida como é a população portuguesa”.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação. Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Existem actualmente, em Portugal, cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Para mais informações consulte: http://www.spnefro.pt/.

Formação prepara Enfermeiros
Saber detectar para intervir precocemente nas situações de violência de género em doentes e idosos é o objectivo de uma acção...

O curso ”Formação de Públicos Estratégicos – Especialização em Igualdade de Género Intervenção com Doentes e Idosos” é organizado pela Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE) e conta com o envolvimento do Instituto de Gestão e Administração Pública - IGAP

Trata-se de formação contínua com a duração de 58 horas. Destina-se a Enfermeiros de centros de saúde, hospitais, centros de dia e lares, interessados em obter formação específica em Igualdade de Género vocacionada para intervenção em doentes e idoso Para a presidente do Conselho Directivo da SRC da OE, Enf.ª Isabel Oliveira, com ela pretende-se dar resposta a uma necessidade cada vez mais premente, derivada do aumento da população idosa, e do seu número crescente entre os utentes dos Centros de Saúde. “Hoje em dia vive-se o fenómeno do envelhecimento da população, e esta é mais uma forma de capacitar os profissionais de saúde, e de lhes dar instrumentos para trabalharem nesta área e com esta população”, explica.

Para a Enf.ª Isabel Oliveira, da identificação de um determinado contexto social, pretende-se capacitar ou melhorar as capacidades dos Enfermeiros para lidar com esta problemática.

A formação começará com um diagnóstico aos formandos para aferição das necessidades específicas, e pela observação dos seus comportamentos atencionais e de participação espontânea. Ao longo do processo formativo ser-lhe-á exigida a apresentação de propostas estratégicas para melhoria da intervenção em Igualdade de Género.

No final cada participante terá de ser capaz de enquadrar conceptualmente, social e juridicamente estas temáticas, identificar mecanismos nacionais e internacionais de promoção da Igualdade de Género, bem como saber aplicar as metodologias e elaborar sugestões de operacionalização nos contextos da prática profissional, nomeadamente em lares e instituições hospitalares.

O envelhecimento activo, a sexualidade e o corpo, conceito de dependente, violência contra população dependente, papéis sociais de género e seus paradigmas e estereótipos, direitos sexuais e reprodutivos e democracia paritária são algumas das temáticas a abordar.

O curso, já em segunda edição, será ministrado nas instalações da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, em Coimbra, e terá como formadores Ana Costa, Rafael Amorim e Aurora Silva, esta última profissional de enfermagem.

Informação mais detalhadas sobre o evento, e o seu programa, está disponível em:

http://www.ordemenfermeiros.pt/sites/centro/agenda/Paginas/Forma%C3%A7%C3%A3odeP%C3%BAblicosEstrat%C3%A9gicos-Especializa%C3%A7%C3%A3oemIgualdadedeG%C3%A9nerointerven%C3%A7%C3%A3ocomDoenteseIdososEdi%C3%A7%C3%A3oII.aspx

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
As dádivas de sangue estão a cair: no último ano a redução foi de 50 mil doações, o que corresponde a uma quebra de 12%.

O fim de alguns benefícios dos dadores (como a isenção de taxas moderadoras), o envelhecimento da população e a actual conjuntura económica são alguns dos factores que têm contribuído para a diminuição de dádivas de sangue.

Segundo o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), os hospitais não sentem ainda “problemas de reserva de sangue”. Francisco Ferro, director do Serviço de Imuno-hemoterapia do Hospital de Évora, diz que no hospital foram registadas, em 2013, menos 700 doações. “Em 2012 tivemos cerca de 7 mil dádivas. O ano passado pouco mais de 6 mil”.

O problema está também relacionado com a falta de técnicos. Em Aveiro, já foram canceladas duas colheitas. “Foi suprimida pelo Centro Regional do Sangue de Coimbra por falta de recursos humanos”, explicou Joaquim Carlos, presidente da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro.

Apresentado na Associação Americana para Pesquisa em Cancro
Dormir bem pode reduzir em até 75% o risco de uma pessoa desenvolver o tipo avançado de cancro da próstata, aponta um estudo da...

A pesquisa relacionou o risco de ocorrência da doença com os níveis de melatonina, hormona que regula o sono e é produzido no período da noite. Os cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard acompanharam 928 homens durante oito anos, entre 2002 e 2009. Os participantes tiveram amostras de urina recolhidas para que os cientistas verificassem os níveis de melatonina que tinham no organismo ao acordar. Eles ainda responderam a questionários sobre os seus hábitos de sono.

A investigação mostrou que um em cada sete homens relatou ter problemas para adormecer, 1/5 tinha dificuldades em manter o sono e 1/3 disse tomar medicamentos para dormir. Os homens que relataram esses obstáculos tinham níveis mais baixos de melatonina do que aqueles sem impedimentos durante o sono.

Ao longo do estudo, 111 homens foram diagnosticados com o tumor de próstata. Cruzando os dados recolhidos com a incidência da doença, os investigadores observaram que os participantes que tinham níveis de melatonina superiores à média tiveram uma redução de 75% no risco de desenvolvimento de cancro da próstata avançado.

Foi observada uma redução de risco da doença em geral (não só o tipo avançado), mas esses resultados não foram estatisticamente significativos, segundo os estudiosos.

De acordo com a coordenadora do estudo, Sarah Markt, a perda do sono é um dos factores que pode influenciar a quantidade de melatonina produzida e o aparecimento de problemas de saúde, incluindo o cancro. "Os nossos resultados requerem réplicas, mas dão suporte à indicação da importância de manter os ciclos claro-escuro e sono-vigília estáveis", disse.

O estudo foi apresentado numa conferência da Associação Americana para Pesquisa em Cancro, em São Diego.

Conclusões de estudo:
Um estudo liderado por médicos americanos mostrou que o chamado bom colesterol também tem um lado perigoso, podendo aumentar o...

A lipoproteína de alta densidade (HDL na sigla em inglês), conhecido por colesterol bom, normalmente ajuda a manter as artérias limpas e faz bem para a saúde do coração. Mas uma equipa de médicos do centro médico académico Cleveland Clinic, no estado de Ohio, mostrou que o HDL pode tornar-se anormal e entupir as artérias.

Os cientistas dizem que as pessoas devem continuar a comer de forma saudável, mas que a história do “bom” colesterol é mais complexa do que se pensava.

A lipoproteína de baixa densidade (LDL na sigla em inglês) é “má” porque é depositada nas paredes das artérias e causa a formação de placas duras que podem causar entupimentos, resultando em AVC e enfartes.

No caso do HDL, é um colesterol “bom” porque é enviado para o fígado.

A evidência hoje é de que ter uma proporção maior do bom colesterol em relação ao mau faz bem à saúde.

No entanto, os investigadores da Cleveland Clinic dizem que testes clínicos com o objectivo de aumentar os níveis de HDL “não tiveram sucesso” e que o papel do bom colesterol é claramente mais complicado.

No estudo, divulgado na publicação científica Nature Medicine, os investigadores mostraram como a lipoproteína de alta densidade pode tornar-se anormal. Um dos cientistas, Stanley Hazen, disse que o HDL estava a ser modificado nas paredes das artérias. “Nas paredes das artérias o HDL está a agir de forma bastante diferente de como age na circulação. Pode tornar-se disfuncional e contribuir para o desenvolvimento de doenças do coração”. “Estes dados não mudam a ideia de que devemos comer de forma saudável”, explicou Hazen.

As descobertas serão usadas para desenvolver novos testes para o HDL anormal, e pesquisar medicamentos que ajudem a bloquear a sua formação.

Shannon Amoils, um investigador da organização de caridade britânica voltada para problemas cardíacos, a British Heart Foundation, disse que “embora tradicionalmente se pense no HDL como colesterol bom, a realidade é muito mais complexa”: “Nós hoje sabemos que diante de certas condições, o HDL pode tornar-se disfuncional e pode ajudar a entupir artérias”. “Esta interessante pesquisa mostra a exacta mudança química que torna o bom colesterol em mau”.

“Este conhecimento pode permitir que cientistas monitorizem a doença arterial coronária mais de perto ou até mesmo ataquem o colesterol mau com medicamentos”.

Estudo indica:
A musicoterapia pode ajudar os jovens a lidarem com os efeitos secundários do tratamento do cancro, concluiu um estudo norte...

Publicada na revista científica Cancer, a investigação de um grupo de pesquisadores da Indiana University School of Nursing, em Indianapolis, acompanhou um grupo de doentes oncológicos entre os 11 e 24 anos, que estavam a receber tratamento. O projecto envolvia a criação de letras de músicas, a gravação dos temas e a selecção de imagens para um videoclipe.

As conclusões do estudo mostraram que os pacientes que realizaram a musicoterapia começaram a tornar-se mais fortes relativamente ao stress e aos efeitos secundários, melhorando também os seus relacionamentos com amigos e família.

“As relações protectoras com a família e os amigos influenciam a forma como os jovens lidam com o cancro e ajudam a ganhar esperança durante toda a jornada”, destacou Joan Haase, que liderou a investigação.

Os participantes foram acompanhados por musicoterapeutas profissionais durante três semanas. No final, os doentes partilharam os videoclipes. A Organização Não-Governamental britânica Cancer Research UK lembra que a musicoterapia pode diminuir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida de pessoas com cancro.

Direcção-Geral da Saúde
Surto de poliomielite na Síria preocupa as autoridades sanitárias de todo o mundo. Por isso, a Direcção-Geral da Saúde...

Todos os grupos de imigrantes, refugiados ou asilados que cheguem a Portugal de países de risco em relação à poliomielite devem ser imediatamente vacinados com uma dose suplementar da vacina contra a doença, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com uma norma publicada no site da DGS, os viajantes provenientes de países de risco “devem ser imediatamente vacinados com uma dose suplementar de vacina inactivada contra a poliomielite”, se não tiverem prova de terem levado a vacina nas seis semanas antes da viagem.

Também devem ser vacinados contra o sarampo segundo as recomendações do Programa Nacional de Vacinação ou de acordo com outros esquemas, que serão decididos em função do risco.

A DGS lembra que ocorreu recentemente, em finais do ano passado, um surto de poliomielite na Síria, país com graves problemas sociais devido à guerra civil e com consequente descida das coberturas vacinas nos últimos dois anos.

No final do ano passado, as autoridades portuguesas afirmavam estar atentas ao risco de novos casos de poliomielite na sequência do surto na Síria, tendo garantido que os refugiados sírios acolhidos em Portugal foram vacinados segundo o programa nacional, que inclui a vacina contra a doença.

De acordo com a norma da DGS, há ainda evidência de transmissão do vírus selvagem da poliomielite em Israel e na Palestina, embora sem casos da doença, enquanto Afeganistão, Nigéria e Paquistão estão identificados como países com poliomielite endémica.

A poliomielite é uma doença do sistema nervoso, causada por um vírus, que pode provocar paralisia permanente e levar até à morte, caso afecte os músculos envolvidos no sistema respiratório.

A transmissão do vírus está associada a más condições de higiene. As autoridades consideram que a poliomielite, à semelhança do que ocorreu com a varíola em 1980, é uma doença passível de ser erradicada e tem vindo a ser progressivamente eliminada em vastas regiões do mundo.

Rede de Cuidados Continuados
Relatório da Rede Nacional de Cuidados Continuados relativo a Junho do ano passado avisa que é preciso aumentar as respostas na...

No final do primeiro semestre de 2013, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) tinha 5988 camas contratadas, mais 77 do que no final do ano anterior. No entanto, este ligeiro aumento das vagas foi acompanhado por um crescimento da lista de espera, para mais do que o dobro, noticia a edição electrónica do jornal Público.

Segundo um relatório da RNCCI relativo ao primeiro semestre do ano passado, ao qual a Lusa teve acesso, em Junho estavam contratadas 887 camas para convalescença (para estabilização e reabilitação), 1838 em Unidades de Média Duração (para internamento até três meses) e 202 para cuidados paliativos (destinadas a doentes incuráveis e terminais). As restantes 3061 estavam inseridas em Unidades de Longa Duração e Manutenção (para internamentos superiores a três meses), área em que se registou o maior aumento de vagas em comparação com 2012, com 30 das 77 novas camas.

“As 30 camas da tipologia Unidade de Longa Duração e Manutenção representam 39% do total das novas camas contratadas e situam-se todas em Lisboa e Vale do Tejo”, lê-se no relatório. Só nesta região e no Algarve (com mais 20 vagas) é que houve aumento do número de camas para convalescença.

O documento revela ainda que, do total de camas disponíveis, 4099 (cerca de 68% da oferta), são disponibilizadas através de acordos de cooperação com Instituições Particulares de Solidariedade Social.

 

Lista de espera mais do que duplica

Mas o aumento do número de camas não fez diminuir o número de pessoas em lista de espera, pelo contrário. Em Junho de 2013 havia 1538 pessoas à espera de vaga, mais do que o dobro das que aguardavam em Dezembro de 2012. A maioria, 42%, estava na região de Lisboa e Vale do Tejo, que tem “a menor cobertura populacional em todas as tipologias, excepto em Unidades de Cuidados Paliativos, apresentando, no entanto, o maior número de utentes a aguardar vaga para esta tipologia, representando 72% dos utentes a nível nacional”, lê-se no relatório.

As preocupações em relação à região de Lisboa e Vale do Tejo não se ficam por aqui. O relatório revela que existem 428 pessoas à espera de uma vaga para uma Unidade de Longa Duração e Manutenção. Segundo a análise feita, estas 428 pessoas “representam 90,7% dos referenciados na região para esta tipologia, situação que pode considerar-se insustentável”. O documento sustenta a “necessidade de crescimento de respostas”.

Contudo, Lisboa e Vale do Tejo é a região do país que absorveu a maior fatia das despesas da RNCCI. No primeiro semestre de 2013, a Rede gastou um total de quase 50 milhões de euros (dos quais mais de 37 milhões saíram do orçamento do Ministério da Saúde), sendo que quase 14 milhões de euros ficaram em Lisboa.

No ano passado, um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revelou que Portugal é, depois da Grécia, o segundo país que menos dinheiro público gasta nos cuidados continuados de saúde.

 

Utentes são sobretudo idosos

O Alentejo é a zona do país com maior cobertura global da RNCCI, bem como ao nível do número de camas em Unidades de Longa Duração e Manutenção e Unidade de Cuidados Paliativos. A zona do país com maior cobertura ao nível de camas em Unidades de Convalescença é o Algarve, sendo o Centro aquela que tem mais camas em Unidades de Média Duração e Reabilitação.

Em relação à referenciação dos utentes, o relatório mostra que a população da RNCCI "é muito envelhecida". "A percentagem de utentes com idade superior a 65 anos tem tido valores próximos de 80%, sendo em 2013 de 82,7%. A população com idade superior a 80 anos tem vindo também a aumentar e em 2013 a percentagem de utentes referenciados com mais de 80 ano é de 44,1% (42,1% em 2012)", lê-se no documento.

O relatório aponta, por outro lado, que o crescimento do número de camas na RNCCI deve ser acompanhado com o aumento do número de respostas institucionais a nível social, bem como de maior apoio dos cuidadores e do fortalecimento dos serviços domiciliários integrados de saúde e de apoio social.

Em Julho do ano passado, o primeiro-ministro prometeu investir seis milhões de euros em 800 novas camas de cuidados continuados em todo o país, confirmando o que tinha sido anunciado pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, um mês antes. O montante a aplicar nesta área em 2014 seria de 15 milhões, disse na altura Passos Coelho.

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Investigadora propõe
Uma investigadora do Porto propõe utilizar um material natural, em micro esferas, para eliminar a bactéria do estômago...

Inês Gonçalves, do Instituto de Engenharia Bioquímica, da Universidade do Porto, explicou que o objectivo “é arranjar uma forma alternativa aos antibióticos para eliminar a helicobacter pylori, uma bactéria que existe no estômago e, se a infecção for persistente, pode levar ao aparecimento de cancro gástrico”.

O projecto proposto por esta investigadora pretende “utilizar um biomaterial, compatível com o corpo [humano], sob a forma de micro-esferas feitas de um material natural compatível o corpo”. Depois de administradas oralmente, “as micro esferas deverão chegar ao estômago, ligar a bactéria e remove-la pelo trato gastrointestinal”, referiu Inês Gonçalves, apontando que já foi pedida patente internacional e que o passo seguinte é criar condições para fazer testes em animais e depois em humanos.

A 10.ª edição das “Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência” destacou ainda dois outros projectos.

O projecto de Joana Tavares, 34 anos, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto, que trabalha na área da malária desde o seu doutoramento no Instituto Pasteur, em Paris. Nessa altura mostrou que, numa fase inicial, quando é inoculado no organismo humano pelo mosquito portador, o parasita da malária fica retido nos sinusóides hepáticos (vasos sanguíneos que levam o sangue até à veia central dos lóbulos do fígado), o que acaba por lhe permitir instalar-se no fígado. O objectivo deste projecto é identificar as moléculas responsáveis por esse fenómeno e a seguir interferir com essa etapa da infecção. Por último, a cientista tenciona avaliar se esta estratégia de ataque ao parasita poderia eventualmente dar origem a uma futura vacina contra a doença.

E ainda o de Luísa Neves, 32 anos, cientista da Rede de Química e Tecnologia (Requimte) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, quer saber se é possível reciclar o gás anestésico administrado durante as cirurgias retirando-lhe o dióxido de carbono vindo da respiração da pessoa anestesiada. Para isso, tenciona desenvolver um dispositivo compacto dentro do qual um líquido biocompatível e uma determinada enzima, ao entrarem em contacto com a corrente gasosa contaminada pelo CO2, o irão remover.

Para além de permitir diminuir certos custos hospitalares através da reutilização do gás anestésico, o processo permitiria capturar o CO2, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global.

O prémio distingue anualmente jovens investigadoras até aos 35 anos cujos projectos são relevantes para a saúde e o ambiente – e cada premiada recebe 20 mil euros de apoio ao seu trabalho futuro. O júri foi presidido por Alexandre Quintanilha, ex-director do IBMC.

Estudo defende
Um estudo realizado no centro de inovação Biocant, em Cantanhede, conclui que o uso excessivo de químicos pode alterar as...

“Nas vinhas, há um equilíbrio entre microrganismos bons e maus”, explicou à agência Lusa a investigadora responsável pelo estudo, Ana Catarina Gomes, citada no Diário de Notícias, afirmando que, quando se “exagera nos químicos”, aquando do tratamento de doenças nas vinhas, destroem-se também os organismos que são benéficos para a planta.

O estudo identificou e localizou o microbioma da vinha (a comunidade de microrganismos - fungos e bactérias - que se encontram na planta), observando, segundo Ana Catarina Gomes, um equilíbrio entre os organismos existentes.

Os investigadores do Biocant “recolheram amostras de folhas de videira numa vinha piloto instalada na região da Bairrada, durante todo o seu ciclo vegetativo”.

Para a investigadora do Biocant, é necessário “preservar o equilíbrio” entre os microrganismos, sublinhando que os produtores de vinho não devem usar “os químicos de forma indiscriminada”, pois, ao destruir os organismos benéficos, “estes são mais lentos” a desenvolverem-se, ao contrário dos organismos prejudiciais para a planta.

“Este é um alerta para se olhar para este micro-ecossistema como um dos factores de equilíbrio, fundamental para uma agricultura mais sustentável”, afirmou.

O estudo está inserido na linha de investigação do Biocant dedicada à vinha e ao vinho, sendo que, em torno dos resultados obtidos, serão feitas sessões de esclarecimento junto dos produtores de vinho, em colaboração com a Adega Cooperativa de Cantanhede.

Esteja atento
A Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer elaborou uma lista de dez sin
Lápis com ponta de borracha a apagar desenho de cérebro

1. Perda de memória

É normal esquecer ocasionalmente reuniões, nomes de colegas de trabalho, números de telefone de amigos, e lembrar-se deles mais tarde.

Uma pessoa com a doença de Alzheimer esquece-se das coisas com mais frequência, mas não se lembra delas mais tarde, em especial dos acontecimentos mais recentes.

2. Dificuldade em executar as tarefas domésticas

As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno e só se lembram de as servir no final da refeição.

O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição ou esquecer-se de que já comeu.

3. Problemas de linguagem

Toda a gente tem, por vezes, dificuldade em encontrar a palavra certa.

Porém, um doente de Alzheimer pode esquecer mesmo as palavras mais simples ou substituí-las por palavras desajustadas, tornando as suas frases de difícil compreensão.

4. Perda da noção do tempo e desorientação

É normal perdermos - por um breve instante - a noção do dia da semana ou esquecermos o sítio para onde vamos.

Porém, uma pessoa com a doença de Alzheimer pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.

5. Discernimento fraco ou diminuído

As pessoas podem por vezes não ir logo ao médico quando têm uma infecção, embora acabem por procurar cuidados médicos.

Um doente de Alzheimer poderá não reconhecer uma infecção como algo problemático e não ir mesmo ao médico ou, então, vestir-se inadequadamente, usando roupa quente num dia de Verão.

6. Problemas relacionados com o pensamento abstracto

Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos.

Mas, alguém com a doença de Alzheimer pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário.

7. Trocar o lugar das coisas

Qualquer pessoa pode não arrumar correctamente a carteira ou as chaves.

Um doente de Alzheimer pode pôr as coisas num lugar desajustado: um ferro de engomar no frigorífico ou um relógio de pulso no açucareiro.

8. Alterações de humor ou comportamento

Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando.

Alguém com a doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor - da serenidade ao choro ou à angústia - sem que haja qualquer razão para tal facto.

9. Alterações na personalidade

A personalidade das pessoas pode variar um pouco com a idade.

Porém, um doente com Alzheimer pode mudar totalmente, tornando-se extremamente confuso, desconfiado ou calado. As alterações podem incluir também apatia, medo ou um comportamento inadequado.

10. Perda de iniciativa

É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as actividades profissionais do dia-a-dia ou as obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa.

Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo e necessitar de estímulos e incitamento para participar.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Envelhecimento
Disfunções na tiróide também são comuns nos idosos.

Os problemas da tiróide são frequentes em pessoas com idade superior a 60 anos. Neste grupo etário podem ter uma apresentação e evolução particulares. Por esse motivo são, por vezes, de difícil diagnóstico.

O hipertiroidismo é comum nos doentes idosos e na maior parte dos casos os sintomas são típicos: nervosismo, palpitações, hipersudorese (excesso de transpiração), tremor e perda de peso, embora haja casos em que os sintomas sejam escassos. Nos doentes idosos a apatia e a falta de forças são sintomas frequentes.

O metabolismo aumentado associado à perda do apetite que condiciona uma perda de peso marcada, pode levar à suspeita de outros problemas clínicos como uma depressão ou mesmo uma neoplasia. No entanto, as análises ao sangue vão revelar um aumenta da concentração das hormonas tiroideias e níveis baixos de TSH.

O tratamento desta doença nos doentes idosos tem particularidades, devido à coexistência de outros problemas médicos/tratamentos. Por isso, o tratamento do hipertiroidismo no idoso pode variar entre o iodo radiocativo, administração de antitiroideus ou o uso de medicamento b-bloqueador que impede algumas da acções das hormonas tiroideias no organismo diminuindo a gravidade dos sintomas.

Raramente a cirurgia é indicada no tratamento do hipertiroidismo. Pode ser necessária no caso de um aumento marcado da tiróide com sintomas compressivos - dificuldade na deglutição ou na respiração.

O hipotiroidismo é muito frequente nos indivíduos idosos e o sinal mais precoce é um aumento da TSH. Estudos de grande dimensão populacional mostraram que 1 em cada 10 mulheres com mais de 65 anos tem um valor de TSH elevado. A grande maioria não tem qualquer sintoma, no entanto pode ser o início de uma falência da tiróide. É fundamental o seguimento regular destas situações.

Os sintomas mais frequentes são a falta de forças, lentificação, voz rouca, pele seca, aumento de peso, intolerância ao frio, surdez, cãibras, formigueiros, desequilíbrio na marcha, anemia, obstipação

Contudo, alguns dos sintomas de hipotiroidismo podem ser semelhantes ao processo de envelhecimento, daí, por vezes, a dificuldade de diagnóstico, uma vez que é uma situação que se instala muito lentamente, passando despercebida. Por isso, o diagnóstico do hipotiroidismo pode ser difícil com base apenas no exame físico.

As análises ao sangue revelam um aumento da concentração de TSH, com as hormonas tiroideias - T3 e T4 baixas. Pode haver apenas um aumento da TSH com T3 e T4 normais. Frequentemente são detectados anticorpos dirigidos contra componentes da tiróide. A presença de T3 e/ou T4 diminuídas com TSH elevada requer tratamento.

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Mais frequentes
O processo de envelhecimento caracteriza-se pelo declínio das funções biológicas que ocorrem por múl
Transtorno mental idoso

A velhice caracteriza-se por uma deterioração progressiva dos vários tecidos e de todo o organismo, o que costuma provocar a diminuição da capacidade cardio-respiratória, da força muscular, da resistência dos ossos e da flexibilidade das articulações. Trata-se, portanto, de uma nova fase da vida, um período normal do ciclo vital com algumas mudanças físicas, mentais e psicológicas que não significam necessariamente a existência de doença.
No entanto, com o processo de envelhecimento chega a diminuição das faculdades - físicas e mentais - que facilita o aparecimento de transtornos mentais, muitos deles evitáveis, aliviados ou mesmo revertidos.

Para além dos factores biológicos inerentes a este processo, existem outros que predispõem os idosos a transtornos mentais. Como sejam, a perda de autonomia, a morte de amigos e/ou parentes, isolamento social, restrições financeiras, agravamento do estado geral de saúde com especial relevância para o funcionamento cognitivo (capacidade de compreender e pensar de uma forma lógica, com prejuízo na memória).

Transtornos psiquiátricos mais comuns

Demência

A demência é um problema mental grave, provocado por vários tipos de lesões no cérebro, que afecta essencialmente os idosos, perturbando todas as funções intelectuais e evoluindo de forma progressiva.

A demência é provocada por lesões nas áreas cortical e subcortical do cérebro, onde residem as funções intelectuais superiores, como a consciência, a elaboração da linguagem, a automatização dos movimentos, a memória e a aprendizagem. Como estas lesões podem ser, de acordo com as suas características, originadas por diferentes situações, existem vários tipos de demência.

As manifestações são bastante diferentes, pois dependem da localização das lesões. A manifestação inicial mais frequente é a perda de memória. Outras manifestações comuns são a dificuldade em realizar movimentos automatizados - pentear-se, barbear-se, limpar-se, vestir-se ou comer - para além de alguma instabilidade emocional e alterações progressivas da linguagem.

Demência tipo Alzheimer

Trata-se do tipo de demência mais comum, sendo que é mais frequente nas mulheres do que nos homens. Caracteriza-se por um início gradual e pelo declínio progressivo das funções cognitivas. A memória é a função cognitiva mais afectada, mas a linguagem e noção de orientação do indivíduo também são afectadas.

As alterações do comportamento envolvem depressão, obsessão e desconfianças, surtos de raiva com risco de actos violentos. A desorientação leva a pessoa a andar sem rumo podendo ser encontrada longe de casa em uma condição de total confusão. Aparecem também alterações neurológicas como problemas na marcha, na fala, no desempenhar uma função motora e na compreensão do que lhe é falado.

Demência vascular

É o segundo tipo mais comum de demência. Apresenta as mesmas características da demência tipo Alzheimer mas com um início abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Pode ser prevenida através da redução de factores de risco como hipertensãodiabetestabagismo e arritmias.

Esquizofrenia e outras psicoses

Apesar de estas doenças ocorrerem com mais frequência no final da adolescência ou idade adulta jovem, elas persistem para toda a vida. Os sintomas incluem isolamento social, comportamento excêntrico, pensamento ilógico, alucinações e afecto rígido.

Transtornos depressivos

Os transtornos depressivos têm alta prevalência entre a população idosa e estão associados a um impacto negativo em seu estado de saúde e qualidade de vida. As alterações sociais - diminuição da actividade, perda de entes próximos, etc. - que ocorrem nesta fase da vida estão associados ao desenvolvimento de depressão.

Os sintomas incluem diminuição da concentração e memória, problemas de sono, diminuição do apetite, perda de peso e queixas somáticas (como dores pelo corpo).

Transtorno bipolar (do humor)

O transtorno bipolar do humor é uma doença do foro psíquico que tem cada vez mais expressão na população em geral. Caracteriza-se por desequilíbrios no humor, uma entidade maleável que se modifica de acordo com os acontecimentos da vida. Quando ocorre um transtorno do humor significa que a pessoa está a reagir de modo incompatível ou exagerado a determinada situação. Esse desequilíbrio no humor tanto pode ser positivo (estado maníaco) como negativo (estado depressivo).

Os sintomas deste transtorno nos idosos são semelhantes aos dos adultos mais jovens e incluem euforia, humor expansivo e irritável, necessidade de sono diminuída, fácil distracção, impulsividade e, frequentemente, consumo excessivo de álcool. Pode ainda haver um comportamento hostil e desconfiado. Quando um primeiro episódio de comportamento maníaco ocorre após os 65 anos, deve-se alertar para uma causa orgânica associada.

Transtorno delirante

Trata-se de um transtorno onde as ideias surgem com convicção absoluta em si mesmas, sem qualquer derivação da cultura, das crenças e das convicções do indivíduo. Habitualmente, a idade de início deste transtorno ocorre por volta da meia-idade mas também pode ocorrer em idosos.

Os sintomas mais comuns são alterações do pensamento de natureza persecutória (os doentes acreditam que estão a ser seguidos), e em relação ao corpo, como acreditar que tem uma doença fatal (hipocondria). Os doentes podem ainda tornar-se violentos e isolarem-se socialmente.

As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiátricas que devem ser descartadas como demência tipo Alzheimer, transtornos por uso de álcool, esquizofrenia, transtornos depressivos e transtorno bipolar.

Transtornos de ansiedade

A ansiedade é um sentimento incomodativo, disperso e indefinido, que pode ser acompanhado de sensações como um frio no estômago, aperto no peito, tremores e até falta de ar. Na maioria dos casos, é uma reacção normal ao stress do dia-a-dia, pois é a forma como o corpo humano o enfrenta. Portanto, as reacções de ansiedade normais não precisam de ser tratadas uma vez que elas são naturais e esperadas. No entanto, quando a ansiedade se transforma num medo irracional excessivo, pânico e desenvolvimento de fobias, ela passa a ser patológica e transforma-se num transtorno incapacitante, conhecido como transtorno de ansiedade.

Nos idosos a fragilidade do sistema nervoso autónomo pode explicar o desenvolvimento deste tipo de transtorno. Os principais sintomas são a dificuldade de concentração, desorientação e perda de memória, dores musculares, dores de cabeça e falta de ar, transpiração excessiva, fadiga, irritabilidade e tensão muscular, insónias e perturbações no sono.

Transtornos somatoformes

Este tipo de transtorno caracteriza-se por incluir sintomas físicos (por exemplo dores, náuseas e tonturas) para os quais não pode ser encontrada uma explicação médica adequada e que são suficientemente sérios para causarem um sofrimento emocional ou prejuízo significativo à capacidade do doente para funcionar em papéis sociais e ocupacionais.
Os factores psicológicos contribuem para o início, para a severidade e a duração dos sintomas.

Transtornos por uso de álcool e outras substâncias

Frequentemente os idosos podem iniciar um quadro de dependência álcoolica ou a medicamentos devido à automedicação. Por exemplo, tornar habitual beber uma dose de álcool todos os dias para relaxar, ou aliviar uma situação de maior ansiedade com a toma de medicamentos sedativos.

No entanto, a dependência de álcool, geralmente, apresenta uma história de consumo excessivo que começou na idade adulta e frequentemente está associada a uma doença médica, principalmente doença hepática. Além disso, a dependência ao álcool está claramente associada a uma maior incidência de quadros demenciais.

Já a dependência de substâncias como hipnóticos, ansiolíticos e narcóticos é comum no idosos para o alívio da ansiedade crónica ou para garantirem uma noite de sono.

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Estudo revela
Um estudo conduzido por cientistas holandeses sugere que o sistema automático de aquecimento nos domicílios pode estimular o...

Segundo os cientistas do centro médico da Universidade de Maastricht, na Holanda, 19º Célsius é a temperatura ideal e suficiente para proporcionar o equilíbrio certo ao organismo.

De acordo com o estudo, 90% das pessoas passam a maior parte do tempo em lugares fechados e, por isso, mantêm os ambientes aquecidos para maior conforto, fazendo com que o corpo não precise de trabalhar para controlar a temperatura.

"No frio ameno, a capacidade de queimar calorias aumenta em 6%. A longo prazo, pode fazer a diferença", explicou Wouter van Marken Lichtenbelt, responsável pelo estudo, citado pela BBC.

Por outro lado, Michael Daly, da Universidade de Stirling, na Escócia, defende que temperaturas altas - superiores a 23 ºC - teriam o efeito contrário. Segundo este investigador, as pessoas que moram em casas aquecidas acima dos 23 ºC tendem a ser um pouco mais magras do que as outras, porque o corpo precisa de perder calor e a transpiração aumenta a perda de energia (Sudorese).

Por outro lado, as temperaturas altas reduzem o apetite e a quantidade de comida ingerida.

Malo Clinic
A Odontopediatria é a especialidade dedicada à manutenção da saúde oral de bebés, crianças e adolesc

A nossa equipa de profissionais atua com o objetivo de evitar, diagnosticar e corrigir precocemente alguns problemas, garantindo que a criança atinja a idade adulta com uma boca saudável a nível funcional e estético. 

E porque a prevenção é fundamental saiba mais sobre alguns temas de interesse…    

A 1.ª Consulta
A primeira visita ao dentista deve acontecer quando surgem os primeiros dentes temporários (dentes de leite), entre os 6 meses e 1 ano.

Repita as consultas de rotina de 6 em 6 meses.

Os primeiros Dentes  
Os primeiros dentes nascem normalmente entre os 6 e os 8 meses e cerca dos 3 anos a primeira dentição já estará completa.

Irritabilidade, aumento da salivação, dificuldade em dormir e falta de apetite são alguns dos sintomas associados à erupção dos dentes. Alivie o desconforto do bebé limpando a gengiva 2 a 3 vezes ao dia com um gaze molhada ou dedeira especial.   

Chupeta e biberão
O uso da chupeta deve ser abandonado até aos 3 anos, idade em que ainda poderá ser possível a autocorreção da má oclusão sem necessidade de intervenção.

Perto de 1 ano substitua o biberão pelo copo, palhinha ou colher, e elimine o biberão noturno. O Odontopediatra poderá dar-lhe alguns conselhos para facilitar esta transição.  

A Cárie Precoce da Infância
Também conhecida por “cárie do biberão” é uma cárie aguda, agressiva e de evolução rápida, que se não for diagnosticada e tratada pode resultar na perda precoce de dentes.

Previna, iniciando desde cedo os hábitos de higiene oral e optando por uma dieta equilibrada e com açúcares controlados. Elimine hábitos como a ingestão de leite materno ou outros líquidos açucarados durante o sono.   

Sedação consciente
O Odontopediatra está preparado para lidar com o receio e a ansiedade que a visita ao dentista pode provocar na criança. É no entanto possível recorrer à sedação consciente uma técnica fácil e segura que permite tranquilizar a criança mantendo-a consciente.   

Os Dentes Definitivos 
Os dentes definitivos nascem entre os 6 e os 7 anos de idade, e inicia-se com o 1.º molar definitivo, só depois começa a troca dos dentes da frente.

Traumatismos
Sempre que um dente definitivo partir ou cair deverá contactar o dentista o mais rapidamente possível, idealmente nos primeiros 60 minutos. Eventualmente o dente ou fragmento de dente poderá ser recolocado. Para tal é importante que o dente ou o fragmento seja conservado num copo com soro ou leite ou na boca, entre a bochecha e a gengiva.

Selantes
O selante é semelhante a um verniz que protege a superfície dos dentes saudáveis prevenindo o aparecimento de cáries. Geralmente recomenda-se a sua utilização nos primeiros molares definitivos, dentes que nascem entre os 6 e os 7 anos de idade.

Aparelhos Dentários
Na altura em que nascem os dentes definitivos é importante que o Odontopediatra avalie se existe mau posicionamento dentário e se há necessidade de utilizar aparelho ortodôntico, reencaminhando a criança para o especialista em Ortodontia. 

ABC da Escovagem 
Uma boa higiene oral é fundamental para a uma boca saudável, saiba tudo sobre a escovagem adequada a cada idade.

0 Aos 3
No bebé, a seguir à amamentação limpar com uma gaze humedecida lábios, gengivas e língua. Assim que nasçam os primeiros dentes deve usar-se uma escova macia e de tamanho adequado e fazer a escovagem duas vezes ao dia, especialmente a seguir à última refeição. Não se deve utilizar pasta até que a criança consiga cuspir.  

3 Aos 6
Escovagem é progressivamente realizada para criança, sempre supervisionada pelos pais, 2 a 3 vezes ao dia usando uma pasta com fluor indicada pelo dentista. Para além do uso de uma pasta com fluor, deve também iniciar o uso de fio/fita dentária

Mais de 6
Com a supervisão dos pais, a criança deve escovar os dentes sozinha 2 a 3 vezes ao dia. Para além do uso de uma pasta com fluor, deve continuar o uso de fio/fita dentária. Normalmente entre os 8/10 a criança já tem a destreza manual necessária para esta tarefa sozinha.

Este artigo foi escrito ao abrigo no novo acordo ortográfico

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Relatório 2012
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge disponibiliza o relatório anual da Rede de Laboratórios VigLab Tuberculose,...

Em 2012 foram diagnosticados em Portugal 2480 casos de tuberculose (dados do Programa Nacional de luta contra a Tuberculose da Direcção-Geral da Saúde), dos quais 2286 correspondem a casos novos (taxa de incidência de 21,6/100.000 habitantes). A incidência de tuberculose multirresistente (TB-MR) tem vindo a diminuir representando 0,56% (14 casos) do total dos casos de TB registados em 2012. Esta é uma proporção inferior à média na UE e encontra-se praticamente circunscrita às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Do relatório de vigilância laboratorial relativo ao ano 2012, destacam-se os seguintes resultados:

  • Embora se continue a verificar a tendência decrescente do número de casos incidentes de TB em Portugal, o problema da TB-MR continua a ser uma realidade preocupante.
  • O número de casos de TB confirmados dos quais se conhece o perfil de susceptibilidade aos antibacilares tem vindo a diminuir, sendo que é cada vez mais frequente os doentes iniciarem tratamento empiricamente com base apenas em critérios clínicos e radiológicos.
  • De acordo com o último relatório do PNT, em 2012 foram notificados 1358 casos com resultados de TSA de 1ª linha. Do total de 2480 casos notificados, 45% foram tratados com base nos critérios clínicos e radiológicos.
  • A confirmação de casos de TB e estudo de TSA de 1ª linha tem vindo a diminuir no INSA e a aumentar nos laboratórios hospitalares.
  • Em 2012, houve menos casos de TB-MR notificados ao SVIG, relativamente aos casos confirmados no INSA, podendo indiciar atrasos na notificação clínica.
  • O relançamento do sistema de vigilância de base laboratorial da tuberculose contribuirá para reforçar o PNT e optimizar as políticas de saúde. Com a genotipagem das estirpes, o VigLab TB permitirá conhecer os clusters endémicos e não endémicos presentes na população e, consequentemente, o entendimento das cadeias de transmissão da doença.

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