Malo Clinic
Atualmente a Medicina Estética deixou de ser uma área reservada exclusivamente a uma pequena franja

Uma das áreas que reflete melhor a democratização da Estética é a Medicina Dentária, que ao longo dos anos passou de uma área exclusivamente médica, onde o objetivo era o tratamento de uma doença, para um conceito multidisciplinar em que o resultado estético é determinante.

As pessoas em geral têm hoje maiores exigências e sabem concretamente o que querem mudar ou melhorar quando nos procuram. Por outro lado, com a evolução dos materiais dentários e tecnologia, as expectativas em relação aos resultados em Medicina Dentária são cada vez mais elevadas. Daí que a articulação entre a Medicina Dentária e a área da Medicina Estética, seja uma realidade cada vez mais frequente.

Um sorriso agradável é aquele em que o tamanho, a forma, a posição e a cor dos dentes, estão em harmonia com os tecidos circundantes e a simetria é mantida. Para a perceção da estética de um sorriso, a dentição é apenas parte de um todo onde, o tecido gengival, o espaço intermaxilar, os lábios e finalmente a face, assumem um papel relevante. Com o envelhecimento, a derme perde espessura devido à redução das fibras elásticas e do colagénio. Essas alterações são também responsáveis pelo enrugamento, apesar dos grandes sulcos poderem decorrer também da resposta do organismo ao meio envolvente como o frio, o calor e a exposição solar.

A reabilitação oral é muitas vezes o momento de viragem no que diz respeito à preocupação do indivíduo face à sua aparência, sendo impulsionadora de mudanças de hábitos e geradora de autoestima. Com o intuito de atenuar as marcas do tempo, cada vez mais pessoas recorrem a novas soluções no âmbito da Medicina Estética, sendo a região perioral (em redor da boca), um dos principais alvos destes tratamentos.

Com o aparecimento dos materiais de preenchimento usados na Cirurgia Estética é possível alterar a aparência das zonas periorais sem recorrer à cirurgia dita convencional. Tratamentos com injetáveis têm sido vastamente utilizados em tratamentos de preenchimento labial, uma vez que permitem a obtenção de resultados praticamente imediatos (de trinta minutos a duas horas), sem as complicações subjacentes a uma intervenção cirúrgica. Os tipos de injetáveis mais utilizados são o ácido hialurónico, a hidroxiapatite e o colagénio que são infiltrados diretamente nas rugas para preenchimentos peri-labiais, peri-oculares, nos lábios e contorno mandibular que teima em ser o primeiro a descair depois dos 40 anos. Estes procedimentos podem não recorrer à anestesia e os materiais utilizados são absorvidos pelo organismo, variando a sua duração de semanas a meses. Esta característica é vantajosa, uma vez que para o paciente é sempre uma possibilidade reversível.

Em alguns casos, nomeadamente no combate ao envelhecimento facial, pode ser necessário recorrer a cirurgia plástica propriamente dita como os liftings faciais, temporais, cervicais, as blefaroplastias (redução das pálpebras) e mentoplastias (redução do queixo).

Tratamentos com infravermelhos, radiofrequência, luz pulsada e laser podem também ser utilizados com a finalidade de melhorar o contorno, a flacidez, as manchas, as rugas superficiais e as cicatrizes de acne. Por fim, o tratamento com injeção de Toxina Botulinica (Botox) é amplamente utilizado com a finalidade de paralisar os músculos que provocam as rugas da testa e os pés de galinha, enquanto injeções de ácido poli-L-láctico em pontos estratégicos da face, visam estimular o colagénio e a elastina a formar uma rede de sustentação de toda a pele da face, contrariando a flacidez e evitando que as convexidades se transformem em concavidades.

Para que um plano de tratamento resulte plenamente terá de ser elaborado por uma equipa multidisciplinar que articule as várias áreas do conhecimento para atingir um resultado de excelência.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Fique a conhecer
As crianças, entendidas, de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, como "todo o s
Criança com óculos de aviador a brincar aos aviões

 

1. Deve ser avaliado o crescimento e desenvolvimento e registar, nos suportes próprios, nomeadamente no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil, os dados do desenvolvimento físico, bem como parâmetros do desenvolvimento psicomotor, escolaridade e desenvolvimento psicossocial.

 

2. Estimular a opção por comportamentos saudáveis, entre os quais os relacionados com:
- A nutrição, adequada às diferentes idades e às necessidades individuais, prevenindo práticas alimentares desequilibradas;
- A prática regular de exercício físico, a vida ao ar livre e em ambientes despoluídos e a gestão do stress;
- A prevenção de consumos nocivos e a adopção de medidas de segurança, reduzindo assim o risco de acidentes.

3. Promover:
- O cumprimento do Programa Nacional de Vacinação;
- A suplementação vitamínica e mineral, nas idades e situações indicadas;
- A saúde oral;
- A prevenção de acidentes e intoxicações;
- A prevenção dos riscos decorrentes da exposição solar;
- A prevenção das perturbações da esfera psicoafectiva.
 
4. Os pais, educadores e profissionais de saúde devem estar atentos para a detecção precoce de situações que possam afectar negativamente a vida ou a qualidade de vida da criança e do adolescente, como:
- Malformações congénitas (doença luxante da anca, cardiopatias congénitas, testículo não descido);
- Perturbações da visão, audição e linguagem;
- Perturbações do desenvolvimento estaturoponderal e psicomotor;
- Alterações neurológicas, alterações de comportamento e do foro psicoafectivo.
 
Aos profissionais de saúde cabe:
 
a) Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades, nomeadamente reforçando o papel dos pais e alertando para os sinais e sintomas que justificam o recurso aos diversos serviços de saúde;
b) Sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem como promover a eficaz articulação com os vários intervenientes nos cuidados a estas crianças;
c) Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado;
d) Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de violência ou negligência, qualquer que seja o seu tipo;
e) Promover a auto-estima do adolescente e a sua progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde;
f) Prevenir situações disruptivas ou de risco acrescido;
g) Apoiar e estimular a função parental e promover o bem-estar familiar.

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Estudo demonstra:
Um grupo de cientistas suíços demonstrou que o consumo de cobre, metal presente na água potável, acelera o crescimento de...

Um estudo realizado por especialistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) na Suíça testou os níveis máximos de cobre permitidos na rede de provisão pública da água. “A nossa maior surpresa foi constatar que acrescentando uma pequena quantidade de cobre à água potável, acelerávamos o desenvolvimento de tumores nos ratos, o que demonstra que este metal é um nutriente essencial para as células cancerígenas”, explicou a autora principal do estudo, Seiko Ishida.

Os cientistas da EPFL descartaram que o cobre possa produzir cancro, já que os ratos com boa saúde expostos aos mesmos níveis de cobre na água potável que os ratos com cancro não desenvolveram a doença. “Os tumores, ao contrário dos tecidos, são particularmente sensíveis aos níveis de cobre”, afirmou Ishida, que descreveu este facto como uma “observação desconcertante” que incitou a equipa científica a investigar o problema.

Neste sentido, o estudo sugere que níveis inferiores de cobre nos pacientes com cancro poderiam ajudar no tratamento desta doença. O estudo conclui que se for possível limitar as duas maneiras nas quais as células produzem energia em forma de ATP (respiração e glucólisis), seria possível fazer as células cancerígenas “morrerem de fome”. Para se multiplicarem, tanto as células sãs com as cancerígenas necessitam de energia, que pode ser produzida por “respiração”, para a qual necessitam de oxigénio, ou por “glicólise”, para o qual necessitam de glicose.

A forma mais eficaz de conseguir energia para uma célula é por respiração, processo com o qual a célula armazena a energia numa molécula chamada ATP e que necessita de uma enzima que é activada com o cobre. Os cientistas comprovaram que um menor fornecimento de cobre obstaculiza a actividade da célula de cima implicada no processo de respiração, e que as células cancerígenas compensavam esta apatia com o processo da glucólise, o que mantinha os níveis de ATP mais baixos e parava o crescimento dos tumores. No estudo, dirigido pelo investigador da EPFL Douglas Hanahan, foram utilizados ratos geneticamente modificados portadores de cancro do pâncreas.

Esclareça-se
Conheça as respostas às perguntas mais frequentes sobre as alergias nas crianças.
Alergias nas crianças

O que é a alergia?

A alergia é uma resposta inadequada e exagerada do mecanismo de defesa do nosso organismo, o sistema imunológico, a substâncias que normalmente são inofensivas. Estas substâncias, que normalmente não provocam qualquer reacção mas que podem desencadear respostas alérgicas em pessoas mais susceptíveis, são chamadas alergénios.

O que é que acontece no nosso corpo quando ocorre uma reacção alérgica?

Quando um alergénio entra em contacto com o organismo de uma pessoa predisposta a alergias, ocorre uma série de reacções que levam à produção de anticorpos específicos para esse alergénio - as imunoglobulinas E (IgE). Estes anticorpos colam-se a células chamadas mastócitos, que se encontram em maior quantidade no nariz, olhos, pele, pulmões e intestino. Da próxima vez que a pessoa entrar em contacto com essa substância, o alergénio é reconhecido e capturado pela IgE, o que leva à libertação súbita de mediadores, como a histamina, a partir dos mastócitos. São estes mediadores os responsáveis pelos sintomas da reacção alérgica.

Quais são os alergénios mais frequentes?

Os alergénios mais frequentes são os que existem no ar e que podem ser inalados (pólen das árvores ou gramíneas, ácaros do pó, pelo e dejectos dos animais domésticos, esporos de bolores) ou os que podem ser ingeridos nos alimentos (leite de vaca, ovo, peixe, marisco, amendoim) ou em certos medicamentos (antibióticos). O veneno da picada de insectos (abelha, vespa e mosquito) também pode provocar reacções alérgicas.

Quais são as doenças alérgicas mais frequentes e os seus sintomas?

Nas crianças as principais doenças alérgicas são a dermatite/eczema atópico (pele muito seca, vermelha e a descamar, comichão, pequenas borbulhas em certas regiões), a alergia alimentar (vómitos, diarreia, inchaço da língua, lábios e olhos, manchas na pele, falta de ar, chiadeira), a asma (tosse, falta de ar, chiadeira) e a rinite e conjuntivite alérgicas (obstrução nasal com corrimento, comichão nasal, espirros, olhos vermelhos, inchados e com lágrimas, comichão ocular). No primeiro ano de vida predominam a dermatite/eczema atópico e a alergia alimentar. A asma e a rinite/conjuntivite surgem mais tarde.

Todas as crianças com sintomas precisam de fazer testes para as alergias?

Não. Devem fazer testes para as alergias aquelas crianças com sintomas persistentes ou recorrentes que perturbem a sua vida diária, ou seja, que as incomodem no sono, na escola, e aquelas que necessitem de tratamento. 

O que posso fazer para controlar a doença?

O primeiro passo é a evicção dos alergénios, ou seja, evitar a exposição aos alergénios que foram identificados nos testes. Por vezes isso é impossível, como evitar por completo o pólen das árvores ou ácaros do pó, no entanto, devem ser tomadas medidas para reduzir ao máximo o contacto com esses alergénios.
Se necessário, devem ser utilizados medicamentos que controlam os sintomas, embora não curem a doença. Os anti-histamínicos bloqueiam a acção da histamina, um dos principais mediadores libertado durante a reacção alérgica e assim diminuem os sintomas. Os corticosteroides são usados para tratar a inflamação em situações crónicas. Outros medicamentos são receitados dependendo da doença alérgica em causa, emolientes para a dermatite/eczema atópico, descongestionantes nasais para a rinite alérgica e broncodilatadores para a asma. O tratamento das doenças alérgicas deve ser individualizado para cada doente e orientado por um médico experiente. 

O que são as vacinas para a alergia?

A imunoterapia alérgica é uma forma de tratamento que tem como objectivo diminuir a sensibilidade aos alergénios alterando a resposta imunológica do organismo. Consiste na injecção subcutanêa de quantidades crescentes de alergénios de modo a criar tolerância. O tratamento tem uma longa duração, geralmente 3 a 5 anos. Devido ao risco de reacções adversas deve ser efectuado sob vigilância médica. A imunoterapia é eficaz na asma, rinite e conjuntivite alérgicas e na alergia à picada de insectos. Não é útil no tratamento da dermatite/eczema atópico ou alergias alimentares. Só é recomendada para crianças a partir dos 5 anos de idade.

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As crianças e as alergias

Bronquiolite na criança

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Saiba quais:
Antes de viajar certifique-se das precauções a ter durante a viagem, que lhe podem poupar alguns dis
Cuidados viagem

Calor e humidade
Em caso de exaustão ou sudação excessiva, o consumo de alimentos ou bebidas ricos em sais minerais ajuda a repor os electrólitos. Os viajantes mais idosos devem ter particular cuidado em ambientes quentes, ingerindo mais líquidos do que o habitual, uma vez que o reflexo da sede diminui com a idade. Também as crianças mais jovens merecem um cuidado especial para não sofrerem desidratação, devendo, para o efeito, beber líquidos em quantidade suficiente.

A adição de um pouco de sal de mesa à comida ou à bebida (excepto se contra-indicado por qualquer razão médica) pode ajudar a prevenir a fraqueza ou a exaustão, principalmente durante o período inicial de adaptação.

Radiação Ultravioleta
Evitar a exposição ao sol no período da 12 às 16 horas, quando a intensidade da radiação UV é maior, é de extrema importância, bem como, a aplicação de um protector solar nas áreas do corpo não protegidas por vestuário, renovando a aplicação com frequência. O protector deve ser de largo espectro e com um factor de protecção (SPF) adequado ao tipo de pele.

Deve igualmente, utilizar óculos de sol protectores dos raios ultravioleta, um chapéu de aba larga e vestuário que proteja os braços e as pernas, tendo sempre particular atenção com as crianças, verificando se estão bem protegidas.

Para os viajantes que tomam medicação, é recomendado verificar se os medicamentos não afectam a sensibilidade à radiação UV. Por outro lado, se anteriormente já tiverem ocorrido reacções dermatológicas adversas, evitar qualquer exposição ao sol e a produtos que tenham estado na origem dessas mesmas reacções.

Água e Alimentos
- Evitar alimentos cozinhados que tenham sido mantidos à temperatura ambiente durante várias horas;
- Ingerir apenas alimentos que tenham sido completamente cozinhados e, se possível, que ainda estejam quentes;
- Evitar alimentos crus, excepto frutos e vegetais que podem ser descascados ou desinfectados; evitar igualmente frutos cujo exterior não esteja intacto;
- Evitar pratos que contenham ovos crus ou mal cozidos;
- Evitar alimentos adquiridos junto de vendedores ambulantes;
- Evitar gelados cuja proveniência não é de confiança, incluindo os dos vendedores ambulantes;
- Informar-se, antecipadamente ou junto das autoridades locais de saúde, sobre peixe e marisco que possam conter biotoxinas venenosas;
- Ferver sempre o leite não pasteurizado antes de o consumir;
- Ferver a água de beber sempre que a sua salubridade for duvidosa; quando não for possível, utilizar um filtro certificado, com manutenção adequada, e/ou um agente desinfectante;
- Evitar o gelo, excepto se produzido com água devidamente desinfectada;
- Evitar lavar os dentes com água não potável;
- As bebidas frias engarrafadas ou empacotadas são em geral de confiança, desde que seladas; também as bebidas quentes são geralmente seguras.

Águas de recreio ou lazer
- Adoptar comportamentos seguros em todas as águas medicinais ou de recreio;
- Evitar o consumo de álcool antes de quaisquer actividades em águas recreativas ou nas proximidades;
- Evitar temperaturas extremas. Isto é particularmente importante para os utentes com patologia médica pré-existente, grávidas e crianças pequenas;
- Evitar o contacto com águas contaminadas;
- Aplicar anti-séptico nas feridas e abrasões cutâneos provocados por corais;
- Evitar engolir qualquer água contaminada;
- Utilizar calçado aquando de caminhadas em zonas costeiras, margens de rios e terreno lamacento.

Animais
Evitar o contacto directo com animais domésticos em zonas onde exista raiva e com todos os animais selvagens ou em cativeiro e garantir que as crianças não se aproximam, tocam ou provocam qualquer animal. Em caso de mordedura animal, e a existir risco significativo de exposição à raiva, deve lavar imediatamente com desinfectante ou sabão e consultar um médico.

Dependendo do local para onde viaja, deve aconselhar-se junto das autoridades locais sobre a existência, na área, de cobras, aranhas e escorpiões venenosos. É aconselhável evitar andar descalço ou com sandálias abertas em terreno onde possam existir esse tipo de animais. Usar calçado fechado e calças compridas e examinar a roupa e o calçado antes de os utilizar, são medidas aconselhadas.

Deve usar repelente de insectos e reaplicar o repelente a cada 3-4h, especialmente em climas quentes e húmidos. O repelente de insectos quando aplicado na roupa tem um efeito mais duradouro do que se for aplicado na pele.

Se for caso disso, deve usar redes mosquiteiras para protecção pessoal durante o sono. O ar condicionado é um meio muito eficaz para manter os mosquitos e outros insectos fora do quarto. Pode, em alguns casos, ser necessário tratar a divisão com um spray insecticida uma vez que ajuda a evitar o contacto com insectos.

Altitude
Se planear uma escalada ou deslocação para grandes altitudes, é necessário um período de adaptação progressivo, bem como especial cuidado de o viajante tem doença pré-existente do foro pulmonar ou cardiovascular. Se assim for, deve procurar aconselhamento médico antes de decidir viajar para estas zonas e, em altitude, se desenvolver dificuldade respiratória de agravamento progressivo com tosse e cansaço e/ou ataxia (falta de coordenação dos movimentos) e alteração do estado de consciência.

Independentemente de ter doença pré-existente qualquer viajante deve evitar grandes esforços físicos, tomar bebidas alcoólicas nas primeiras 24 horas a altitude elevada e reforçar o consumo de água.

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Nas crianças
A desordem por défice de atenção e hiperactividade é uma perturbação do desenvolvimento que afecta o
Hiperactividade

É diversificada a terminologia pela qual é conhecida a Desordem por Défice de Atenção e Hiperactividade (DDAH), sendo que a mais comum é simplesmente hiperactividade. No entanto, DDAH parece ser a expressão generalizada, por tradução directa da expressão Attention Déficit Disorder with Hiperactivity, utilizada pela Associação Americana de Psiquiatria, no seu Manual de Diagnóstico Estatístico de Desordens Mentais, para referir indivíduos que apresentam comportamentos hiperactivos, que têm dificuldade em prestar atenção às tarefas e que têm a tendência para ser impulsivos.

Assim, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, a DDAH caracteriza-se por um "padrão persistente de falta de atenção e/ou impulsividade-hiperactividade, com uma intensidade que é mais frequente e grave que o observado habitualmente nos sujeitos com um nível semelhante de desenvolvimento".

Em termos práticos, diríamos que uma criança com DDAH manifesta na sua actividade diária padrões comportamentais em que a actividade motora é muito acentuada e inadequada ou excessiva. São crianças que têm muita dificuldade em permanecer no seu lugar, que se mexem ou baloiçam continuamente, que mantêm um relacionamento difícil com os colegas (intrometem-se nas suas brincadeiras), não prestam atenção e precipitam as respostas, etc.. Nenhuma destas manifestações deve ser confundida com má educação ou faltas de comportamento ocasionais.
A verdade é que a DDAH é uma problemática que começa por criar dificuldades na aprendizagem e na adaptação do indivíduo ao meio nos seus primeiros anos de vida e que, na maioria dos casos, se prolonga pela sua vida adulta, não podendo, pois, ser considerada apenas uma condição do ser criança que se ultrapassa com o amadurecimento.

Trata-se, portanto, de uma perturbação do desenvolvimento que afecta o comportamento, a atenção e o autocontrolo. Tem uma base essencialmente neuropsicológica e os factores genéticos conjugam-se com as experiências do indivíduo no seu meio ambiente, para moldar o seu comportamento e a forma como enfrenta e se integra na vida em sociedade.

Estima-se que de 3 a 5 por cento das crianças em idade escolar sofrem de DDAH e que outros 5 a 10 por cento apresentem sintomas em menor número mas que continuam, mesmo assim, a perturbar o curso normal da aprendizagem e o sucesso educativo.

Esta desordem é muito mais comum nos rapazes do que nas raparigas, uma vez que cerca dos 80 a 90 por cento dos casos são diagnosticados no sexo masculino.

Classificação da DDAH
A American Psychiatric Association distingue três subtipos de DDAH de acordo com o predomínio dos sintomas da falta de atenção e da hiperactividade-impulsividade:

  • DDAH do Tipo Predominantemente Desatento;
  • DDAH do Tipo Predominantemente Hiperactivo-Impulsivo;
  • DDAH do Tipo Misto.

Este último é o que é mais frequentemente diagnosticado e combina a hiperactividade com a impulsividade e a falta de atenção.

Sintomas
Para um correcto diagnóstico desta perturbação a American Psychiatric Association descreve nove sintomas de falta de atenção e nove sintomas de hiperactividade-impulsividade.

A falta de atenção
A atenção é um requisito fundamental para o processo de aprendizagem, devendo ser selectiva e contínua, isto é, orientada para um estímulo relevante de entre outros e manter-se nele por um período de tempo alargado.

A atenção de uma criança com esta problemática dispersa-se facilmente com estímulos irrelevantes para a tarefa que está a realizar. A criança tem problemas em orientar a sua atenção de acordo com um processo organizado de prioridades a conceder aos estímulos que o meio lhe vai fornecendo.

Os sintomas que são indicadoras de falta de atenção, a qual adquirirá características patológicas se, com frequência, forem verificados pelo menos seis deles, são os seguintes:

  • Não prestar atenção suficiente aos pormenores ou cometer erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou noutras actividades lúdicas;
  • Ter dificuldade em manter a atenção em tarefas ou actividades;
  • Parecer não ouvir quando se lhe dirigem directamente;
  • Não seguir as instruções e não terminar os trabalhos escolares ou outras tarefas;
  • Ter dificuldade em organizar-se;
  • Evitar as tarefas que requerem esforço mental persistente;
  • Perder objectos necessários a tarefas ou actividades que terá de realizar;
  • Distrair-se facilmente com estímulos irrelevantes;
  • Esquecer-se com frequência de actividades quotidianas ou de algumas rotinas.

A hiperactividade
Problemas no controlo dos movimentos do corpo, uma excessiva actividade motora e uma necessidade de estar em constante movimento, são as manifestações essenciais da criança hiperactiva.

Assim, uma criança hiperactiva deverá apresentar persistentemente os seguintes sintomas:

  • Movimentar excessivamente as mãos e os pés e mover-se quando está sentado;
  • Levantar-se na sala ou noutras situações em que se espera que esteja sentado;
  • Correr ou saltar excessivamente em situações em que é inadequado fazê-lo;
  • Ter dificuldade para se dedicar tranquilamente a um jogo;
  • Agir como se estivesse ligado a um motor;
  • Falar em excesso.

A impulsividade
A impulsividade tem manifestações a nível emocional e cognitivo. A falta de controlo emocional leva a criança a agir sem reflectir e sem avaliar as consequências dos seus actos, numa busca imediata de satisfação do desejo sentido. Por outro lado, a baixa tolerância à frustração conduz a manifestações de irritabilidade, em consequência das tensões criadas pelos comportamentos imprevisíveis, e à labilidade afectiva com reflexos na auto-estima.

A nível cognitivo, as manifestações de impulsividade afectam sobretudo o desempenho escolar. Um comportamento cognitivo impulsivo leva a criança a responder aos estímulos sem um processo adequado de análise da informação percebida. Assim, pode apresentar dificuldades nas tarefas como a leitura, a escrita e a matemática.

Uma criança impulsiva deverá apresentar persistentemente os seguintes sintomas:

  • Precipitar as respostas antes que as perguntas tenham acabado;
  • Ter dificuldade em esperar pela sua vez;
  • Interromper ou interferir nas actividades dos outros (intrometer-se nas conversas ou nos jogos).

Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra. O diagnóstico pode ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, principalmente em casos duvidosos, como em adultos, mas mesmo em crianças, para o acompanhamento adequado do tratamento.

No entanto, o diagnóstico baseia-se na avaliação dos sintomas, sendo que muitos dos sintomas descritos podem, em algum momento, ser observados em qualquer criança, fruto da sua natural irrequietude, o que não quer dizer que ela sofre de qualquer perturbação.

Um correcto diagnóstico deve, por isso, seguir os seguintes critérios:

Quantidade - Devem estar presentes pelo menos seis dos sintomas de falta de atenção ou de hiperactividade-impulsividade;
Duração - Tiverem persistido por um período mínimo de seis meses com uma intensidade que é simultaneamente desadaptada e inconsistente com o nível de desenvolvimento do indivíduo;
Início - Tiverem início antes dos sete anos de idade (antes da idade escolar)
Contexto - Acontecerem em dois ambientes ou contextos diferentes (escola e casa, por exemplo);
Provas - Existirem provas claras de um défice claramente significativo do funcionamento social e académico ou laboral;Exclusão - Ter a certeza que os sintomas não são devidos a outra perturbação mental.

Causas
As causas exactas que conduzem à DDAH não são conhecidas, apesar de existirem evidências claras da existência de alterações neurológicas e neuroquímicas (ao nível dos neurotransmissores - dopamina) do cérebro, nomeadamente alterações nas áreas frontais do cérebro, responsáveis pelas funções executivas.

Vários são os estudos sobre esta matéria que apontam diferentes hipóteses de causas, como sendo um provável peso da hereditariedade e de características bioquímicas, bem como de factores pré-natais, como o uso de álcool e drogas durante a gravidez ou complicações intra-uterinas, e peri-natais.

Outros estudos ainda debruçaram-se sobre a influência da dieta alimentar na DDAH e que permitiram descobrir correlações, embora não tenham sido capazes de explicar com clareza o seu mecanismo de funcionamento. Na verdade, parece que alguns açúcares, corantes e conservantes têm alguma relação com as DDAH.

Embora o conhecimento das causas que conduzem à DDAH permita o diagnóstico mais rigoroso desta problemática e possibilite a adopção de medidas preventivas, os pais e educadores devem preocupar-se menos com a busca das causas (já que é tão imprecisa a sua determinação) e mais com as medidas que reduzam o impacto desta desordem na vida das crianças.

Tratamento
O processo de intervenção da DDAH deve englobar várias metodologias e estratégias de intervenção, como sejam a farmacológica e a comportamental.

Se por um lado, a intervenção farmacológica pode ser essencial, sobretudo nos casos de maior gravidade em termos de frequência e intensidade dos comportamentos disruptivos, por outro lado, se não for complementada com uma intervenção comportamental, os seus benefícios poderão ser apenas residuais.

O tratamento comportamental deve basear a sua linha de actuação em três vertentes: o treino dos pais, o tratamento centrado na criança e a intervenção centrada na escola, com o objectivo de reduzir a frequência de comportamentos inadequados e aumentar a frequência de comportamentos desejados.

Adultos informados e conhecedores dos sintomas da DDAH, serão capazes de estruturar os ambientes de tal forma que o comportamento da criança se torne adequado e sinta sucesso. Desta forma, em vez de se esperar que seja apenas a criança a modificar-se, é o ambiente onde ela interage que se deve modificar e ajustar por mediação do adulto. Ao adulto compete, ainda, providenciar encorajamento para que os comportamentos adequados se repitam.

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Princípios de saúde
Uma boca saudável na idade adulta depende dos cuidados que forem mantidos desde criança.

Ter dentes sãos é fundamental para desfrutar de uma infância saudável. Na criança os dentes são essenciais não só para a alimentação, mas também para uma aprendizagem correcta da fala e o desenvolvimento da sua autoconfiança. Por isso é importante motivar e incentivar a criança no que diz respeito ao cuidado dos dentes.

Está nas mãos dos pais dar um bom exemplo, tanto na hora de ensinar a lavar os dentes como em os levar com regularidade ao dentista. Faça a sua criança ver que uma visita ao profissional de saúde oral é uma experiência positiva. Explique que ajuda a manter uma boa saúde. Ao incentivar uma atitude positiva, aumenta as hipóteses da sua criança visitar regularmente o profissional de saúde oral ao longo da vida e reduz a necessidade de tratamentos mais invasivos e potencialmente geradores de medo e ansiedade.

Dentição de leite
Os primeiros dentes a romper são os quatro incisivos (dois inferiores e dois superiores), entre os seis meses e o primeiro ano. Frequentemente a aparição destes dentes implica dor e sensibilidade nas gengivas que ficam com um aspecto avermelhado ou inflamado. Pode ajudar a diminuir a dor esfregando as gengivas com o dedo, uma dedeira especial para esse efeito ou um anel de borracha refrigerado. Também existem géis e produtos farmacêuticos para aliviar o desconforto provocado pela erupção dos dentes do bebé.

Se a sua criança tiver febre quando os dentes estiverem a erupcionar, pode ser um processo natural de reacção do organismo. Contudo, se a febre persistir, será melhor contactar o seu médico para ajudar a prevenir qualquer outro problema, pois é um período particularmente sensível na interacção do corpo do seu bebé com o meio ambiente.

Aos três anos de idade, a maioria das crianças já tem 20 dentes, ou seja a dentição de leite completa. Estes dentes vão ser substituídos pelos dentes definitivos, mas mesmo assim há que cuidar deles tão bem como dos dentes definitivos. Se não forem tomados cuidados, eles terão de ser removidos, o que implica que os outros dentes ocupem espaços indevidos e a dentição definitiva aparecerá mal posicionada.

Os dentes de leite têm tanta importância para o correcto desenvolvimento das crianças como qualquer outro órgão ou sistema. A principal função será permitir à criança a correcta mastigação dos alimentos. Mas outras funções estão-lhe associadas, nomeadamente o estímulo para o correcto crescimento da face e a manutenção do espaço necessário para o nascimento dos dentes definitivos ou permanentes.

Dentição definitiva
Aproximadamente aos seis anos, a criança começa a perder os dentes de leite. O processo de substituição dos dentes de leite pelos definitivos dura até aos 12-13 anos de idade.

A dentição definitiva está completa aos 18 anos quando nascem os dentes do siso, ficando com 32 dentes definitivos.

Placa bacteriana
A placa bacteriana é uma capa aderente de bactérias nocivas, que se forma continuamente sobre os dentes e que ao acumular-se pode dar origem a cáries ou a gengivite.

Como a substituição dos dentes de leite pelos definitivos é gradual, manter todos os dentes limpos é difícil, a criança terá dentes grandes (dentes definitivos) e ao lado dentes mais pequenos (dentes de leite). Estas irregularidades deixam espaços nos quais se vai acumulando comida e placa bacteriana.

De todos os grupos etários as crianças são as que têm mais tendência a cáries, não só pela alimentação mas também pela falta de destreza manual para lavar a boca. Assim, ensine o seu filho a não comer alimentos doces ou bebidas açucaradas, oferecendo-lhe lanches saudáveis, tais como pão e fruta.

Como lavar os dentes
A limpeza dos dentes deve iniciar-se logo após a erupção do primeiro dente do bebé. Quanto mais cedo se iniciar o hábito diário de higiene oral, melhores perspectivas há de evitar as doenças orais. Por isso, crie junto da sua criança o hábito de higiene oral desde a erupção do primeiro dente. No início, quando há poucos dentes erupcionados, pode utilizar-se uma gaze, dedeira específica para o efeito ou escova de dentes.

Aos três/quatro anos a criança deverá ser capaz de limpar os dentes, sozinha ainda que sob o controlo de um adulto. No entanto, enquanto isso não acontece, tenha em atenção os seguintes conselhos:   

- Quando escovar os dentes do seu filho, faça-o da mesma maneira como escova os seus dentes. Geralmente é mais fácil situando-se atrás da criança e inclinando-lhe a cabeça ligeiramente para trás;
- Utilize uma escova suave especial para crianças e uma pasta com flúor (entre 1000 a 1500 ppm de flúor);
- Comece por limpar as superfícies dos molares, realizando um movimento de trás para a frente;
- Para limpar a superfície exterior dos dentes, coloque a escova de dentes num ângulo de 45º em relação à linha das gengivas;
- Faça movimentos suaves e curtos levando a escova de trás para a frente;
- Para limpar as zonas interiores, coloque a escova para baixo e faça movimentos suaves de cima para baixo com a ponta da escova;
- Não se esqueça de escovar a linha das gengivas e os dentes posteriores;
- Mude de escova a cada três meses, ou antes se os filamentos começarem a ficar gastos;
- Cada criança deve ter a sua própria escova de dentes e não a deixe partilhar ou fazer trocas;
- É importante dedicar especial atenção aos dentes posteriores (molares) onde mais facilmente se desenvolvem cáries;
 
Quando ir ao dentista
É importante que a primeira ida ao dentista seja quando a criança tenha completado a dentição de leite (20 dentes). Isto sucede entre os dois anos e meio e os três anos. O dentista examinará os dentes, as gengivas e os maxilares da criança para verificar a existência de eventuais problemas e ensinar o modo correcto de cuidar e limpar os dentes.
 
Há casos excepcionais de crianças mais novas que desenvolvem cáries precoces e que devem ser vista e tratadas.
A primeira consulta de uma criança deve ser uma experiência agradável, para criar uma atitude favorável ao tratamento dentário durante toda a sua vida.
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dicionário de A a Z
Resumidamente, referem-se alguns aspectos particulares de cada vacina.

Vacina contra a tuberculose (BCG)
Administra-se sob a pele do braço (intra-dérmica) e, embora não seja muito eficaz na prevenção da tuberculose pulmonar, é muito eficaz na prevenção de tuberculoses disseminadas por outros órgãos (que são as mais graves), tendo também efeito na prevenção da lepra, de alguns cancros e leucemias.

Vacina contra a hepatite B (VAHB)
Administra-se no ombro (intra-muscular) e é muito eficaz na prevenção desta doença, que tem vindo a aumentar em todo o Mundo, sobretudo após a adolescência, devido à promiscuidade sexual, à toxicomania, etc.

Vacinas contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa (DTP/DT/Td/VAT)
Para estas doenças existem vacinas trivalentes (com os 3 componentes - DTP), bivalentes (com dois componentes, por exemplo difteria e tétano - DT ou Td) e monovalentes (com um componente, por exemplo tétano - VAT). Estas vacinas são administradas no braço ou na coxa (intra-muscular) e permitem evitar aquelas doenças ou, pelo menos, diminuir a gravidade dos seus sintomas e complicações.

A difteria é uma doença muito contagiosa e grave, por vezes mortal; é mais frequente em crianças e afecta primeiro a garganta e o nariz, depois o coração e o sistema nervoso.

A tosse convulsa (coqueluche ou pertussis) é uma doença essencialmente infantil que se manifesta através de acessos de tosse constantes e muito intensos; embora seja menos grave que a anterior também pode ser mortal, sobretudo quando contraída por crianças debilitadas, por exemplo, crianças com má nutrição.

O tétano é outra doença muito grave, frequentemente mortal, que pode atingir qualquer pessoa em qualquer idade. Como os recém-nascidos também podem ser infectados, todas as mulheres grávidas devem estar correctamente vacinadas contra esta doença.

Vacina contra as doenças provocadas pelo Haemophilus influenzae serotipo b (Hib)
Deve ser administrada na coxa (intra-muscular), e permite evitar algumas meningites, pneumonias, otites e doenças graves da garganta, especialmente nas crianças.

Vacina contra as doenças provocadas pela Neisseria meningitidis serotipo C (MenC)
Permite evitar infecções pelo meningococo C. Deve ser administrada na coxa, por via intra-muscular.

Vacina contra a poliomielite (VAP/VIP)
É uma vacina muito eficaz e pode contribuir para a erradicação/desaparecimento da doença. A poliomielite, ou "paralisia infantil", era muito frequente e provocava, principalmente nas crianças, paralisia dos membros inferiores, podendo, nos casos mais graves originar a morte por paralisia dos músculos respiratórios.

Vacina contra o sarampo, a papeira e a rubéola (VASPR/VAR/VAS)
Para estas doenças existem vacinas trivalentes (contra os 3 vírus - VASPR), bivalentes (por exemplo, contra o sarampo e a rubéola - VASR) e monovalentes (por exemplo, contra o sarampo - VAS). No PNV administra-se a vacina trivalente, ou tríplice (VASPR - vacina conjunta contra as 3 doenças), que é aplicada no braço, numa só injecção subcutânea. É uma vacina muito eficaz e importante para o controlo e erradicação das doenças alvo, permitindo também reduzir a gravidade dos seus sintomas e complicações.

O sarampo pode originar pneumonias graves, por vezes mortais, nas crianças mais pequenas, bem como doenças neurológicas graves e mortais em adolescentes e adultos.

A papeira ou parotidite epidémica pode originar meningites, causar doenças dos testículos nos rapazes, e doenças dos ovários nas raparigas.

A rubéola pode causar defeitos congénitos graves nos recém-nascidos de mães não vacinadas (infectadas durante a gravidez).

Em Janeiro de 2006 foi incluída no PNV uma vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis do serogrupo C − Meningite C (MenC). A vacina oral contra a poliomielite (vírus vivo atenuado) foi substituída pela vacina injectável (vírus inactivado). A vacina de "célula completa" contra a tosse convulsa (DTP) foi substituída pela vacina "acelular" (DTPa), que origina menos efeitos colaterais.

O novo PNV inclui ainda duas vacinas tetravalentes (DTPaHib e DTPaVIP) e uma vacina pentavalente (DTPaHibVIP), que permitem reduzir o número total de inoculações ("injecções"). Além de protegerem contra doenças como a difteria, o tétano e a tosse convulsa, a vacina DTPaHib confere imunidade contra o Haemophilus influenzae b, e a vacina DTPaVIP previne a poliomielite; a vacina DTPaHibVIP confere imunidade contra as cinco doenças acabadas de referir.

Em Setembro de 2008 foi incluída no PNV uma vacina contra infecções pelo Vírus do Papiloma Humano (VPH). Esta vacina é dada a raparigas a partir dos 13 anos de idade.

Fora do âmbito da gratuitidade do PNV existem outras vacinas disponíveis em Portugal. Recomenda-se a administração da vacina contra a gripe − virus Influenzae − a determinados grupos de risco (por exemplo, idosos e crianças com problemas respiratórios crónicos); a aplicação desta vacina deve ser anual, nos meses de Setembro ou Outubro (início do Outono).

Todas as vacinas mencionadas têm muito poucas contra-indicações, podendo ser administradas durante tratamentos com antibióticos ou durante períodos de doença ligeira, como por exemplo constipações, más disposições, diarreia ou febre inferior a 38,5ºC.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde de A-Z não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Na criança
A febre - aumento da temperatura corporal - é um sintoma que pode ser causado por uma grande varieda

A febre é uma elevação da temperatura do corpo para a defesa do organismo. É normalmente uma resposta a uma situação infecciosa benigna de curta duração.

É habitual a temperatura subir ao final da tarde e que no pico febril a criança fique prostrada (com actividade diminuída) e sem apetite.
 
 
 
Como medir a temperatura
Os locais de medição de temperatura podem ser vários, no entanto, considera-se febre acima dos 38˚C de temperatura rectal.
 
Temperatura axilar
O termómetro deve ser colocado na axila, mantendo o braço firmemente apertado junto ao tórax durante quatro minutos ou até o termómetro dar sinal sonoro. Corresponde a 1˚C abaixo do valor rectal.
 
Temperatura rectal
Introduzir o termómetro no recto da criança durante dois minutos
 
Temperatura timpânica
Tem a vantagem da comodidade e da rapidez. Requer um termómetro próprio. O valor corresponde a 0,5˚C abaixo do valor rectal.
 
Medidas gerais
 
  • Avaliar a temperatura regularmente;
  • Manter temperatura do ambiente entre os 18˚C e os 20˚C com local arejado sem correntes de ar;
  • Dar antipirético prescrito – medicamento para baixar a temperatura, como por exemplo, o paracetamol – se a temperatura acima dos 38,5˚ C rectal ou conforme recomendação do seu médico;
  • Avaliar temperatura 30 minutos depois de dar antipirético;
  • Se após os 30 minutos a temperatura não baixar: arrefecer a criança com uma toalha molhada em água morna, friccionando com suavidade a pele (após 30 minutos voltar a avaliar a temperatura);
  • Oferecer líquidos à temperatura ambiente para evitar a desidratação; Bebés com amamentação exclusiva mantêm a amamentação.

Agasalhar ou despir
Na subida de temperatura quando a criança está com calafrios e extremidades frias deve-se aquece-la após a administração do antipirético.

Já no arrefecimento há que permitir a libertação de calor despindo gradualmente a criança.

Quando consultar o médico

  • Criança com menos de três meses de idade;
  • Quando a febre se mantém após três dias, apesar da medicação e das medidas gerais;
  • Febre acompanhada de vómitos repetidos, dificuldade respiratória e manchas na pele;
  • Se surgir algum dos sinais de alerta.

Sinais de alerta

  • Convulsão;
  • Manter prostração após a toma do antipirético;
  • Sinais de desidratação;
  • Dificuldade respiratória;
  • Manchas na pele.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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A incontinência urinária tem um impacto directo negativo na qualidade de vida do idoso e está associ
Incontinência urinária

A incontinência urinária caracteriza-se pela perda incontrolável da urina, e pode manifestar-se em qualquer idade, embora as causas sejam diferentes dependendo desta. A verdade é que a incidência global da incontinência urinária aumenta progressivamente com a idade. É, por isso, um problema muito frequente na população idosa, uma vez que os dados apontam para que mais de 50 por cento dos idosos com mais de 80 anos são incontinentes.

O problema agrava-se quando os doentes por embaraço, medo ou por vergonha, ou mesmo por achar que se trata de uma inevitabilidade do avançar da idade, não procuram ajuda médica, e muitas vezes da família, e preferem isolar-se acabando em complicados estados depressivos e pode até constituir um motivo para a institucionalização. Segundo os dados disponíveis entre 35 a 50 por cento da população internada sofre de incontinência urinária.

Para além do impacto directo na qualidade de vida, a incontinência urinária, predispõe a dermatoses genitais, úlceras de pressão, infecções do tracto urinário, quedas e fracturas ocorridas, frequentemente, no caminho para a casa de banho.

É certo que com a idade surgem naturalmente alterações que por si só não provocam incontinência mas podem predispor para ela. Podem ser tão simples como a diminuição da mobilidade, a qual, associada a uma dificuldade em retardar a micção - urgência miccional - relativamente frequente no idoso, impede que a pessoa se desloque até à casa de banho a tempo. Com a idade perde-se também a destreza manual e o simples acto de desapertar os botões das calças pode tornar-se numa complicada e morosa tarefa. A bexiga do idoso perde algumas propriedades tornando-se frequentemente hiperactiva, isto é, obriga a micções mais frequentes, de pequeno volume e acompanhadas de urgência miccional.

Com o avançar da idade são também muito frequentes, quer no homem como na mulher, as micções nocturnas. São várias as causas desta situação que designamos por noctúria. Em condições normais os rins não produzem urina durante o sono graças à secreção de uma hormona (hormona anti-diurética), mas com a idade ou por interacção de algumas doenças como a obstrução causada pelo aumento da próstata, infecções urinárias, a insuficiência cardíaca, a diabetes, entre outras, esta situação altera-se e as pessoas idosas têm que se levantar 2 ou 3 vezes durante a noite. Se tiverem tomado comprimidos para dormir têm mais dificuldade em despertar para urinar.

Um outro factor importante, e que pode ser contornado, é a acção de alguns medicamentos, que podem tornar o idoso menos reactivo ao ponto de não se aperceber da vontade de urinar.

Existem ainda factores mais complicados como as alterações do estado mental, em que o grau de consciência se vai deteriorando, começando por poder causar uma falta de motivação até chegar à completa perda do controlo voluntário da micção.

Os tipos de incontinência urinária

Incontinência urinária transitória

Os tipos de incontinência que afecta a população idosa classificam-se essencialmente em dois tipos: transitória ou crónica. No primeiro caso, normalmente, é reversível mas tudo depende das causas que estão na sua origem, de um modo geral, fora do aparelho urinário. Contudo, embora chamada transitória, esta forma de incontinência pode tornar-se definitiva, se não for tratada.

Existe, na língua anglo-saxónica, uma mnemónica, "DIAPPERS", para descrever as causas da incontinência transitória e cujo significado, em português, é fraldas. Cada letra é a inicial de uma possível causa:

D - Delirium (Delírio);
 I - Infection (Infecção);
A - Atrophic urethritis/vaginitis (Vaginite ou uretrite atrófica);
P - Pharmacologic (Farmacológica);
P - Psychologic (Psicológica);
E - Excess urine output (Excesso de produção de urina);
R - Restricted mobility (Mobilidade restringida);
S - Stool impactation (Fecalomas);

Incontinência urinária crónica

A incontinência crónica subdivide-se em quatro tipos de incontinência: causada por hiperactividade do detrusor, por esforço, por regurgitação e funcional.

Hiperactividade do detrusor

A prevalência da hiperactividade do detrusor situa-se, nos idosos que se queixam de incontinência, entre os 40 e 70 por cento. As principais queixas são a imperiosidade miccional, que se descreve como uma vontade de urinar súbita e irreprimível que os impele a dirigirem-se rapidamente ao quarto de banho, e a perda involuntária que se segue se não chegam a tempo.

A imperiosidade é causada por um contracção forte ou muito forte do detrusor e que ocorre sem que a bexiga ainda esteja cheia; esta contracção leva a um aumento da pressão intra vesical e, se esta for superior à pressão de encerramento uretral, dará origem a incontinência. Pode ser parte de doenças que afectam o sistema nervoso central em que este não consegue inibir sinais sensoriais aferentes provenientes da bexiga dando-se, por isso uma contracção involuntária. Nos casos, em que a hiperactividade do detrusor está associada a uma doença neurológica, dá-se o nome de hiperreflexia do detrusor.

Há ainda outras situações, em que, embora não exista qualquer deficiência do sistema nervoso central, o mesmo não é capaz de inibir, de maneira eficaz, os sinais aferentes sensoriais vesicais por estes serem em número muito superior ao normal como, por exemplo, nos casos de cistites, uretrites atróficas ou prolapsos uterinos, na mulher, e hipertrofia benigna da próstata, no homem.

A hiperactividade do detrusor existe fisiologicamente, nos idosos, em dois subtipos. Num deles a função contráctil da bexiga está mantida e no outro está comprometida; este último subtipo é o mais comum e representa a coexistência de duas situações, hiperactividade do detrusor e flacidez vesical e não duas entidades separadas. Desta situação pode resultar, por um lado, retenção urinária por causa da flacidez vesical e por outro, incontinência, nos casos em que as contracções involuntárias do detrusor são despoletadas ou ocorrem ao mesmo tempo que aumentos da pressão intra-abdominal e são muito fracas para serem detectadas.

Incontinência urinária por esforço

A incontinência de esforço é a causa mais comum de perda de urina nas senhoras menopáusicas e ocorre por relaxamento do pavimento pélvico causado geralmente por partos múltiplos e pelo envelhecimento. É rara nos homens e, nestes casos, é geralmente iatrogénica, sendo consequência de lesões do esfíncter uretral feitas no decorrer de manobras ou intervenções cirúrgicas urológicas.

A sua sintomatologia é muito típica e consiste na perda involuntária de urina resultante do aumento da pressão intra-abdominal; este aumento de pressão, que é fisiológico e se desencadeia quando um indivíduo tosse, ri, espirra, se dobra ou se levanta, transmite-se à urina que está no interior da bexiga e, se for superior à pressão de encerramento da uretra, permite uma passagem involuntária de urina. Pode ser causada por hipermobilidade da uretra, deficiência intrínseca do esfíncter uretral ou mista.

A incontinência por hipermobilidade da uretra, a mais vulgar, manifesta-se quando existe enfraquecimento do pavimento pélvico, o qual permite que, com o aumento da pressão intra-abdominal, exista abaixamento e deslocamento do colo vesical para fora da cavidade abdominal; deste facto resulta um aumento desproporcionado da pressão intra-vesical em relação à pressão uretral e consequente perda de urina.

A incontinência por deficiência intrínseca do esfíncter manifesta-se quando existe fraqueza do esfíncter interno que, por se encontrar entreaberto (hipotónico e/ou rígido), permite a saída de urina quando aumenta a pressão intra-abdominal. Tanto a hipermobilidade da uretra como a deficiência intrínseca do esfíncter têm manifestações clínicas idênticas.

Incontinência urinária por regurgitação

A incontinência por regurgitação é sobretudo nocturna e é a causa de cerca de 10 por cento das incontinências dos idosos. Desenvolve-se quando há retenção urinária crónica completa, na qual a pressão de encerramento da uretra é superior à pressão intra-vesical. Pode, portanto, aparecer nas situações em que existe uma obstrução por barragem infra-vesical ou, em alternativa, quando há uma bexiga hipocontráctil.

Este fenómeno pode ser causado por obstrução uretral com origem numa hipertrofia benigna da próstata, em neoplasias da próstata ou da uretra, estenoses da uretra, grandes prolapsos uterinos, fecalomas, ou então por hipocontratilidade do detrusor resultante de neuropatias diabéticas ou alcoólicas, lesões da medula, ou uso de medicamentos com efeito anticolinérgicos como alguns neurolépticos, narcóticos, antidepressivos e relaxantes musculares.

Incontinência urinária funcional

A incontinência funcional é a que tem por causa dificuldades crónicas das funções cognitivas e/ou da mobilização e que interferem nos hábitos normais de higiene. Ou seja, estes doentes, em princípio, são continentes mas, devido a essas dificuldades, não conseguem alcançar o quarto de banho a tempo. A dificuldade de mobilização pode ser devida a artrites graves, a contracturas musculares, ou mesmo a debilidade generalizada. As perturbações cognitivas podem ser devidas a medicação tomada pelos doentes ou resultante de estados de delírio ou demência. Normalmente estes doentes não têm qualquer tipo de alteração no seu aparelho urinário e a incontinência é resultante de factores externos.

Tratamento da incontinência urinária

O tratamento da incontinência urinária implica uma cuidada avaliação de todos os factores que possam estar directa ou indirectamente relacionados com a doença. Nos casos em que exista indicação, é instituída terapêutica medicamentosa e/ou intervenção cirúrgica.

Contudo, é possível começar por medidas práticas que facilitem a acessibilidade do idoso. Tentar motivá-lo para se mobilizar proporcionando facilidades em se levantar para ir à casa de banho ou colocando um urinol a seu lado. Tentar melhorar estados confusionais que podem estar ligados a medicação. Alguns sedativos têm acção muito prolongada e por um efeito de acumulação deprimem demais o estado de consciência do idoso, deixando-o demasiado sonolento ou mesmo confuso.

Por vezes tenta-se "aligeirar" a última refeição do dia só à custa de líquidos e/ou fruta o que irá aumentar a necessidade de urinar durante a noite o que não é prático nem para o idoso nem para quem o assiste.Por fim pode haver necessidade de recorrer às fraldas e à algaliação (sempre o último recurso).

São alguns exemplos que podem ajudar mas na maioria das situações é necessária apurar as causas com uma cuidada observação médica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Para cancro do colo do útero
Depois de ser conhecida a relação directa entre os hábitos tabágicos e o cancro do pulmão, vários estudos recentes vieram...

Em Portugal, foi estimada uma incidência de cancro do colo do útero de 12,2/100.000 mulheres em 2008 e uma mortalidade no mesmo ano de 3,6/100.000 mulheres, correspondendo a cerca de 950 casos novos e a cerca de 345 mortes, ou seja, todos os dias morre uma mulher em Portugal vítima de cancro do colo do útero.

Teresa Fraga, ginecologista do Hospital CUF Descobertas, especialista no tratamento de lesões pré-malignas no colo do útero explica que “na prática clínica diária conseguimos observar que as mulheres que fumam e que estão infectadas pelo HPV têm maior probabilidade de desenvolver cancro do colo do útero do que as mulheres não fumadoras que sofram da mesma infecção”.

No entanto, existem outros factores de risco para o desenvolvimento desta doença, na qual a infecção por HPV tem um papel preponderante. A não realização de exame de rastreio (citologia e/ou teste de HPV) com regularidade, ser portadora de VIH (vírus que provoca a sida) ou sob medicação inibidora do sistema imunitário (por exemplo em pessoas com transplantes de órgãos), ter mais 40 anos de idade; ter vários parceiros sexuais; tomar contraceptivos orais durante períodos iguais ou superiores a 10 anos ou mesmo o número de partos que a mulher teve são outros dos factores conhecidos que potenciam o aparecimento do cancro do colo do útero.

O cancro do colo do útero é a segunda neoplasia mais frequente nos países desenvolvidos em mulheres entre 15 e 45 anos, resultando num significativo impacto sobre as famílias, emprego e comunidade. No entanto, é importante recordar que quando as lesões precursoras desta doença são diagnosticadas e tratadas numa fase inicial, apresentam uma taxa de cura próxima dos 100%, pelo que a sua detecção precoce se reveste da máxima importância.

Teresa Fraga defende que “as estratégias de rastreio que melhorem a eficiência e reduzam o número de procedimentos desnecessários e simultaneamente reduzam o risco de progressão para cancro do colo útero têm o potencial para diminuir os custos directos e indirectos, bem como o fardo social desta doença”.

Estudo explica a razão:
Um estudo norte-americano aponta que o cérebro de adolescentes tem mais dificuldade em conter impulsos, levando jovens a...

O cérebro adolescente teria, segundo os autores do estudo conduzido pelo Weill Cornell Medical College, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, uma peculiaridade funcional em comparação com cérebros de crianças e adultos.

Para chegar à descoberta, investigadores submeteram 83 pessoas com idades entre 6 e 29 anos a uma experiência que se baseava na resposta impulsiva a imagens exibidas num ecrã.

Os cientistas usaram como base o conhecimento de que adolescentes envolvidos em crimes geralmente cometem-nos em situações de stresse emocional, de conflito.

Assim, aos participantes a experiência consistia em ver rostos com expressões neutras ou ameaçadoras no ecrã e apertar um botão apenas quando a face exibida fosse neutra.

Os participantes também tiveram a sua actividade cerebral monitorizada durante os testes.

Adolescentes apresentaram 15% mais erros do que os adultos e crianças envolvidos no teste, pressionando o botão também ao ver faces ameaçadoras, numa atitude impulsiva.

Segundo os pesquisadores, os adolescentes que conseguiram conter o impulso de pressionar o botão erroneamente demonstraram uma grande actividade numa área do cérebro chamada córtex pré-frontal ventromedial (VMPC), directamente ligada ao autocontrolo.

Isso poderia explicar, segundo os peritos, a razão de criminosos adolescentes terem pouca probabilidade de reincidirem em crimes, já que apenas o desenvolvimento natural do cérebro, decorrente da maturidade, permite uma maior actividade desse córtex.

«A conclusão sugere que o cérebro adolescente é altamente impulsivo ao deparar-se com uma situação de ameaça e indica que uma actividade pouco usual do VMPC possa ter uma relação biológica com isso», afirma o cientista do City College of New York Jon Horvitz na divulgação do estudo. “É uma descoberta empolgante”.

 
14 de Novembro
Com a população a envelhecer, a comer cada vez pior e com estilos de vida sedentários, a diabetes vai continuar a aumentar...

As estimativas são norte-americanas, mas valem para todos os países desenvolvidos, incluindo Portugal. O alerta é do coordenador do Programa Nacional da Diabetes, da Direcção-Geral da Saúde, José Manuel Boavida.

“Temos de sensibilizar para o risco enorme de a sociedade vir a ter 30% de diabéticos”, afirmou, ao Jornal de Notícias, José Manuel Boavida, a propósito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala hoje – 14 de Novembro.

Em Portugal, os últimos números (relativos a 2011) apontam para uma prevalência de 12,7% (cerca de um milhão de portugueses têm a doença). No próximo dia 26, serão apresentados os dados de 2012. O director do Programa Nacional da Diabetes recusa antecipá-los, embora adiante que não espera surpresas.

 

Dieta rica em proteínas animais aumenta risco de diabetes

Alimentos ricos em proteínas animais e, portanto, acidificantes, podem aumentar consideravelmente o risco de diabetes tipo 2, a mais comum, revelou um estudo publicado por cientistas do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica (Inserm).

“Este é o primeiro estudo a estabelecer um vínculo entre a carga ácida da alimentação e um aumento significativo do risco de diabetes tipo 2”, comentou Guy Fagherazzi, um dos autores do estudo publicado na revista Diabetologia, da Associação Europeia de Estudo do Diabetes.

A acidez do nosso organismo depende directamente daquilo que comemos e alguns alimentos teriam um efeito acidificante, enquanto outros teriam um efeito basificante ou alcalinizante uma vez absorvidos pelo nosso organismo. A acidez é medida pela escala Pral (sigla em inglês para carga ácida renal potencial), que permite classificar os alimentos em função da sua carga ácida ou básica.

Segundo Fagherazzi, as carnes, sobretudo aquelas processadas industrialmente, assim como os queijos e os produtos derivados de leite fazem parte dos alimentos mais acidificantes, enquanto as frutas e os legumes, ao contrário, são alcalinizantes.

Os cientistas do Inserm estudaram a alimentação de 66 mil mulheres filiadas ao plano de saúde dos professores franceses MGEN (Mutuelle Générale de l'Education nationale) durante um período de 14 anos, durante o qual 1.372 das estudadas desenvolveram diabetes tipo 2.

Ao comparar a composição da sua alimentação e ao ajustar os resultados para eliminar outros factores de risco (especialmente obesidade, sedentarismo e tabagismo), descobriram que 25% que seguiam a dieta mais acidificante apresentavam um risco 56% maior de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com as 25% de mulheres que seguiam uma alimentação mais alcalinizante.

O risco aumentou 96% em mulheres de constituição física normal e que ingeriam alimentos com carga ácida maior, enquanto a alta foi claramente menor (28%) nas obesas ou com excesso de peso, o que leva a crer que “nas mulheres que já apresentam riscos, o efeito da alimentação seria menor”, revelou Fagherazzi.

Para explicar o fenómeno, o cientista levantou a hipótese de que uma dieta acidificante “ocasionaria um aumento do risco de resistência à insulina, ou seja, a incapacidade do corpo de segregar insulina quando precisa para regular a glicemia”.

O médico admitiu, contudo, que outros trabalhos serão necessários para confirmar os resultados deste primeiro estudo sobre o tema. Uma pesquisa anterior, publicada em 2011, já tinha evocado a existência de um vínculo entre a resistência à insulina e a carga ácida da alimentação.

Fique a saber
A prevalência da asma tem vindo a aumentar a nível mundial, nos últimos anos, especialmente nas cria
Mulher a utilizar bomba de asma

Isto é asma?

Considere o diagnóstico de asma em presença de qualquer um dos seguintes sinais ou sintomas:

  • Pieira;
  • Tosse com agravamento nocturno;
  • Pieira recorrente;
  • Dificuldade respiratória recorrente;
  • Aperto torácico recorrente.

 

Não se esqueça que:

  • Eczema, rinite alérgica ou história familiar de asma, ou de doença atópica, estão frequentemente associados a asma;
  • Uma observação torácica normal não exclui a hipótese de asma.

Pontos chave:

1.Os sintomas de asma ocorrem, ou agravam-se, à noite, acordando o doente e, também, na presença de exercício, infecção viral, animais com pêlo, ácaros domésticos (nos colchões, nas roupas de cama, nas alcatifas, nas almofadas, nas carpetes, na mobília acolchoada), fumo (tabaco, lenha), pólen, alimentos, alterações da temperatura, emoções fortes (riso, choro), aerossóis de produtos químicos e de fármacos (aspirina, bloqueantes beta).

2.As crianças com infecções respiratórias cujo sintoma principal é a tosse, ou a pieira, são com frequência erradamente diagnosticadas como tendo bronquite, ou pneumonia, ou infecção respiratória aguda e medicadas, de forma deficiente, com antibióticos ou antitússicos. O tratamento com medicamentos antiasmáticos pode ser benéfico e auxiliar ao diagnóstico.

3.Muitos lactentes e crianças que têm pieira com as infecções respiratórias a vírus, podem não desenvolver asma que persista durante a infância, mas podem beneficiar de fármacos anti-asmáticos nos episódios de pieira.

4.Não há uma forma segura de prever quais as crianças que vão ter asma. No entanto, alergia, história familiar de alergia ou de asma e uma exposição intensa a fumo de tabaco e a alergénios, no período pré e pós-natal, estão fortemente associados a asma persistente.

5.A asma deverá ser considerada em doentes que apresentem um quadro de resfriados de repetição, que “desça” para o tórax ou que leve mais de 10 dias a melhorar, ou nas situações de melhoria em caso de administração de medicamentos antiasmáticos.

6.Os fumadores e doentes idosos sofrem com frequência de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que causa sintomas semelhantes aos da asma. No entanto, estes doentes podem sofrer de asma. Nestes casos, uma melhoria do Peak Expiratory Flow (PEF), após tratamento com medicamentos antiasmáticos, tem valor diagnóstico.

7.Os trabalhadores expostos a substâncias químicas ou alergénios inalados no local de trabalho, podem desenvolver asma e serem erradamente diagnosticados como sofrendo de DPOC. São essenciais o diagnóstico precoce através de medições do PEF, em casa e no emprego, a evicção da exposição aos factores de agravamento e o tratamento instituído numa fase inicial.

Limitação reversível e variável do fluxo aéreo, através de medições do Peak Expiratory Flow – PEF (Débito Expiratório Máximo Instantâneo) com Peak Flow Meter (Debitómetro) ou Espirometria.

- O PEF aumenta mais de 20%, (ou 60 L/min) 15 ou 20 minutos após inalação de um agonista-β2 de curta acção.

- O PEF sofre uma variação de mais de 20% comparativamente com os valores ao acordar, medidos 12 horas após a última toma de broncodilatadores, (ou uma variação superior a 10% em doentes sem tratamento com broncodilatadores).

- O PEF decresce mais de 20%, 6 minutos após o exercício ou corrida.

A espirometria é o método preferível para medir a limitação de fluxo aéreo e sua reversibilidade, a fim de estabelecer um diagnóstico de asma.

Um aumento ≥ 12% (ou ≥ 200ml) no VEMS (volume expiratório máximo no primeiro segundo), após a administração de um broncodilatador, indica limitação de fluxo aéreo reversível compatível com a asma (contudo, a maioria dos doentes com asma não apresentará reversibilidade em todas as avaliações e é recomendável repetir o teste).

Não se esqueça que:

  • As crises de asma podem ser difíceis de diagnosticar. Sintomas de asma como dispneia aguda, aperto torácico e pieira, também podem ser causados pelo "croup" (Laringotraqueobronquite), pela bronquite aguda, por problemas cardiovasculares ou pela disfunção das cordas vocais;
  • O uso da espirometria, a comprovação da reversibilidade dos sintomas com broncodilatadores e a história de crise (se está relacionada, por exemplo, com exposições que habitualmente agravam a asma) ajudam a estabelecer o diagnóstico;
  • Uma radiografia do tórax pode ajudar a afastar a hipótese de pneumonia, de lesões das vias aéreas de grande calibre, de insuficiência cardíaca congestiva, de aspiração de corpo estranho ou de pneumotórax.

Como Utilizar o Debitómetro

As medições da função respiratória indicam o grau de limitação do fluxo aéreo e auxiliam o diagnóstico e a monitorização da evolução da asma. Medições objectivas da função respiratória revelam-se de grande importância, na medida em que médicos e doentes não reconhecem, na maioria dos casos, os sintomas da asma e o seu grau de gravidade.

O estudo da função respiratória é utilizado para o diagnóstico da asma de forma semelhante à medição da pressão arterial para o diagnóstico e monitorização da hipertensão.

Os Debitómetros (Peak Flow Meters) medem o Peak Expiratory Flow - PEF, o débito mais elevado com que o ar circula nas vias aéreas durante uma expiração forçada.

O rigor das medições do PEF depende da colaboração do doente e de uma técnica correcta. Diversos tipos de Debitómetros encontram-se actualmente disponíveis no mercado, sendo a técnica de utilização semelhante em todos:

  • O doente deve manusear o Debitómetro na posição de pé sem obstruir o indicador de escala de valores. Deverá certificar-se de que o indicador se encontra na posição 0 da escala de valores.
  • O doente deve inspirar profundamente, colocar o bocal do Debitómetro na boca, apertar os lábios à volta da peça bocal e expirar rapidamente e com o máximo de força possível. O bocal não deverá estar obstruído com a língua.
  • Esta operação deve ser repetida 3 vezes, sendo registado o valor mais elevado, de manhã e á noite. A operação deverá ser repetida ao longo de 2 a 3 semanas, de modo obter-se o melhor valor pessoal.

O valor diário do PEF obtido ao longo de 2 a 3 semanas, quando disponível, é útil para o estabelecimento do diagnóstico e da terapêutica. Se durante 2 ou 3 semanas o doente não conseguir atingir 80% do valor teórico do PEF (estes valores constam de tabelas fornecidas com os Debitómetros), pode ser necessário um período de corticosteróides orais, para determinar qual o melhor valor pessoal.

A monitorização a longo prazo do PEF, acompanhado da revisão de sintomas, será de grande utilidade para a avaliação da resposta ao tratamento.

A monitorização do PEF pode, igualmente, ajudar a detectar sinais precoces de agravamento de asma antes da ocorrência de sintomas. Deve verificar-se, monitorizar-se e adaptar-se o tratamento para um controlo efectivo da asma a longo prazo.

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Asma e Gravidez

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
As mais comuns
Este tipo de lesões estão directamente relacionadas com as funções desempenhadas em cada trabalho es
Lesões trabalho

 

 

1. Tendinite da coifa dos rotadores
É uma das mais frequentes patologias do ombro e resulta da realização de actividades que exigem a elevação mantida ou repetida dos membros superiores ao nível dos ombros ou acima deles ou ainda da realização de movimentos de circundação com os braços elevados.

 

 

2. Síndrome do túnel cárpico
A síndrome do túnel cárpico é uma neuropatia, isto é, uma lesão de um nervo periférico, provocada pela compressão do nervo mediano num espaço limitado, o túnel cárpico, localizado no punho.

As posições de extensão excessiva do punho ou de hiperflexão são algumas das causas da síndrome do túnel cárpico.

3. Tendinites do punho
As tendinites do punho ou as tenossinovites do punho são desencadeadas pela realização de movimentos repetitivos de flexão/extensão do punho e dedos, mesmo quando são realizados com o manuseamento de pequenas cargas, ou pela manutenção de uma carga em postura inadequada.

4. Epicondilite e epitrocleíte

A epicondilite lateral ou a mediana (epitrocleíte) são tendinopatias que surgem como resposta à sobrecarga do cotovelo por gestos repetitivos ou pela manipulação de cargas excessivas ou de cargas mal distribuídas.

5. Raquialgias
As raquialgias, geralmente chamadas de “dores nas costas ou das cruzes”, são das queixas mais frequentemente associadas ao trabalho. Os sintomas variam de acordo com a região da coluna vertebral afectada: cervical, dorsal ou lombar. As lombalgias (ou lumbago) e as cervicalgias são as queixas mais frequentes.

As posturas prolongadas de pé, os movimentos frequentes de flexão e de extensão da coluna, o manuseamento e transporte de cargas, a permanência sentado em trabalho com computador são causas possíveis de raquialgias.

Algumas outras lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMERT):

- Síndrome do conflito ou do desfiladeiro torácico;

- Síndrome do canal radial;

- Síndrome do canal cubital;

- Bursite do cotovelo;

- Síndrome do canal de Guyon;

- Doença de De Quervain;

- Bursite patelar;

- Tendinite rotuliana;

- Tendinite aquiliana;

- Síndrome de Raynaud;

Causas das LMERT
As causas das LMERT são várias, ainda que a “sobrecarga” a nível dos tendões, dos músculos, das articulações e dos nervos constitua importante factor de risco. Essa “sobrecarga” é composta por vários elementos:

1. Relacionados com a actividade de trabalho;

2. Individuais, também chamados co-factores de risco;

3. Organizacionais/psicossociais, que, embora sejam igualmente factores de risco profissionais, são frequentemente abordados separadamente.

O que é um factor de risco (ou um “perigo”) de LMERT?
Um factor de risco é algo do trabalho que pode provocar um efeito adverso (negativo), por exemplo, nos tendões (tendinites). A exposição ao factor de risco (ou ao “perigo”) pode causar (ou não) doença ou lesão, dependendo de vários outros factores adicionais.

Por exemplo, usar um alicate em que se aplica força não significa obrigatoriamente que se venha a desenvolver uma lesão ou uma doença, mas se a utilização for amiudada (por exemplo, quatro ou mais horas diárias), a probabilidade de vir a desenvolver uma doença ou lesão aumenta. Ou ainda se a utilização do alicate exigir, ainda por cima, uma posição “esforçada” da mão, essa pode aumentar.

Exposição ao factor de risco X duração, intensidade e frequência = risco de LMERT

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Relacionadas com o trabalho
As lesões músculo-esqueléticas (LME) podem afectar diferentes partes do corpo, como, por exemplo, o

As lesões músculo-esqueléticas dos membros superiores relacionadas (ou ligadas) com o trabalho (LMEMSRT ou LMEMSLT) são as que são referidas com maior insistência em certas condições de trabalho como, por exemplo, as actividades implicando tarefas repetitivas, a aplicação de força ou o trabalho que requeira posições das articulações muito “exigentes”.

 

O que são as LMERT?
A designação “lesões músculo-esqueléticas relacionadas ou ligadas ao trabalho (LMERT ou LMELT) inclui um conjunto de doenças inflamatórias e degenerativas do sistema locomotor.

Designam-se LMERT ou LMELT (lesões músculo-esqueléticas relacionadas ou ligadas ao trabalho) as lesões que resultam da acção de factores de risco profissionais como a repetitividade, a sobrecarga e/ou a postura adoptada durante o trabalho.

As LMERT geralmente localizam-se no membro superior (LMEMSRT) e na coluna vertebral, mas podem ter outras localizações, como os joelhos ou os tornozelos, dependendo a área do corpo afectada, da actividade de risco desenvolvida pelo trabalhador.

Quais são os sintomas das LMERT?

As LMERT caracterizam-se por sintomas como:

  • Dor, a maior parte das vezes localizada, mas que pode irradiar para áreas corporais;
  • Sensação de dormência ou de “formigueiros” na área afectada ou em área próxima;
  • Sensação de peso;
  • Fadiga ou desconforto localizado;
  • Sensação de perda ou mesmo perda de força.

Na grande maioria dos casos, os sintomas surgem gradualmente, agravam-se no final do dia de trabalho ou durante os picos de produção e aliviam com as pausas ou o repouso e nas férias.

Se a exposição aos factores de risco se mantiver, os sintomas, que inicialmente são intermitentes, tornam-se gradualmente persistentes, prolongando-se muitas vezes pela noite, mantendo-se mesmo nos períodos de repouso e interferindo não só com a capacidade de trabalho, mas também, com as actividades do dia-a-dia. Quando as situações clínicas evoluem para a doença crónica, pode surgir também edema (inchaço) da zona afectada e mesmo uma hipersensibilidade a todos os estímulos, como, por exemplo, o “toque”, o esforço, mesmo que ligeiro, ou as diferenças de temperatura.

Como podemos agrupar as LMERT?

As LMERT podem ser agrupadas de acordo com a estrutura afectada:

- Tendinites ou tenossinovites são lesões localizadas ao nível dos tendões e bainhas tendinosas, de que são exemplo a tendinite do punho, a epicondilite e os quistos das bainhas dos tendões;

- Síndromes canaliculares, em que há lesão de um nervo, como acontece na Síndrome do Túnel Cárpico e na Síndrome do canal de Guyon;

- Raquialgias, em que há lesão osteoarticular e/ou muscular ao longo de toda a coluna vertebral ou em alguma parte desta;

- Síndromes neurovasculares, em que há lesão nervosa e vascular em simultâneo.

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As modificações
À medida que a gravidez evolui e o bebé se desenvolve, o corpo da mãe modifica-se, adaptando-se à no

Em determinadas fases, ver ao espelho as mudanças do corpo pode causar desagrado ou até algum sentimento de recusa. Noutros momentos, essas alterações despertam a curiosidade e criam novas expectativas.

Torna-se, por isso, importante procurar saber mais sobre o que se passa numa gravidez e esclarecer dúvidas junto de pessoas da família, do grupo de amigos e dos serviços de saúde.

É importante aprendermos a respeitar e gostar do nosso corpo, em especial durante uma gravidez.

Modificações esperadas organismo:

  • O abdómen (barriga) aumentará de tamanho, pouco a pouco, sendo já bem visível a partir do 4º/5º mês.
  • Os seios também aumentarão de volume, o mamilo estará mais sensível é comum aparecer leite antes do final da gravidez.
  • Podem ocorrer alterações da cor da pele, como manchas castanhas no rosto, maior pigmentação da aréola do mamilo ou uma linha escura na barriga, abaixo do umbigo, que desaparecem depois do parto.
  • No início da gravidez pode verificar-se uma maior sonolência e necessidade de dormir.
  • Náuseas e vómitos são habituais nos primeiros meses, sobretudo pela manhã; coma qualquer coisa assim que sair da cama e, ao longo do dia, coma com frequência, mas em pequenas quantidades.
  • Pode ocorrer obstipação (prisão de ventre); para combatê-la (ou evitá-la), beba muita água e ingira alimentos ricos em fibras, como fruta (laranjas, ameixas, kiwis), hortaliças e cereais integrais (pão de mistura, flocos).
  • Durante a gravidez será mais frequente a necessidade de urinar, inclusive durante a noite.
  • As varizes podem ser uma consequência desagradável da gravidez; para contrariar esta tendência, não deve permanecer em pé ou sentada por longos períodos. Sempre que possível, descanse com as pernas elevadas.
  • No final da gravidez podem surgir dores nas costas; procure sentar-se correctamente, com as costas apoiadas e evite carregar pesos.

A gravidez traz consigo alterações importantes, não só no corpo, mas também nos seus sentimentos, na sua disposição e na do seu companheiro, assim como na vida social, laboral e familiar.

Durante o primeiro trimestre, pode sentir emoções contraditórias, ora de alegria, ora de insegurança ou preocupação. Estará especialmente sensível. Pode notar variações de humor, sem motivo aparente. São reacções normais!

Na maior parte dos casos, o segundo trimestre da gravidez é um período de serenidade e calma. A mãe já sente o bebé e isto tranquiliza-a e anima-a.

No terceiro trimestre, pode voltar a sentir uma certa intranquilidade. Poderão surgir preocupações em relação ao parto e ao bem-estar e saúde do bebé; pode estar impaciente com a espera do nascimento.

Será de grande utilidade que, durante este processo, participe em acções informativas e actividades de preparação para a maternidade e paternidade.

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Saiba tudo
Todas as grávidas têm direito à prestação de cuidados de saúde gratuitos, quer no centro de saúde, q

Para vigiar a sua saúde e a do seu bebé, é necessário ir regularmente às consultas. É importante que não falte. Quando, por qualquer motivo, não puder ir, avise e marque nova consulta.

Vai-lhe ser entregue um livrinho verde - o Boletim de Saúde da Grávida.

Leve-o consigo sempre que for a qualquer consulta ou à urgência. Não se esqueça de o levar quando for ao hospital para o parto.

Um aspecto importante a recordar é que a gravidez diz respeito não só à mulher (mãe), mas também ao homem (pai).

Pelas mais diversas razões, o pai do bebé nem sempre está em condições de viver a gravidez junto da mãe, ou participar nas consultas de vigilância. Mas, sempre que isso seja possível, é bom que ele esteja presente, de modo a obter informações sobre a gravidez, a criança e o seu papel de pai.

Aliás, é um direito que o futuro pai tem e, ao mesmo tempo, um dever.

As consultas
Durante a gravidez é necessário verificar regularmente se tudo está a correr bem consigo e se o seu bebé está a desenvolver-se normalmente.

Para isso, nas consultas de gravidez os procedimentos de rotina são:

  • Avaliações da tensão arterial;
  • Testes à urina;
  • Palpação abdominal para medir a altura do útero e verificar a posição e o tamanho do bebé;
  • Auscultação dos batimentos cardíacos fetais;
  • Exame às pernas para eventual detecção de varizes ou edemas (inchaços);
  • Exame ginecológico no início e final da gravidez.

Durante a gravidez, o médico vai solicitar:

  • Análises ao sangue regulares, com vista a excluir anemias ou outros problemas;
  • Ecografias em cada trimestre, para avaliar o desenvolvimento e o estado de saúde do bebé.

Deve fazer os exames que lhe forem pedidos e mostrar os resultados na consulta seguinte. Não tenha medo ou vergonha de conversar com a equipa de saúde sobre as suas necessidades, os seus problemas e os seus receios.

Tome nota das suas dúvidas num papel. Assim não se esquecerá de as esclarecer na próxima consulta.

Muitos centros de saúde e hospitais oferecem aulas de ginástica de preparação para o parto.

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Em todas as idades
O nariz é a porta de entrada do nosso sistema respiratório.

Manter uma boa higiene nasal é fundamental para prevenir problemas com impacto na saúde, como fraca qualidade de sono, fadiga diurna, respiração deficitária e em última instância não filtrar o ar respirado de impurezas. A higiene é essencial para permitir que o nariz cumpra as suas muitas funções: filtrar o ar de impurezas, regular a entrada de ar para os pulmões assegurando uma velocidade, humidade e temperatura constantes (37°), para além de proteger o corpo contra vírus e bactérias presos no muco.

De um modo geral, a higiene nasal está indicada na prevenção e no tratamento das rinossinusites agudas ou crónicas, nas rinites alérgicas ou não, nos processos gripais e nos cuidados pós-operatórios. Deve-se considerar a higiene nasal como uma medida terapêutica coadjuvante, bem como um procedimento importante no manuseio das queixas e condições que afectam o sistema nasossinusal.

Nas rinites alérgicas, a higiene nasal também é recomendada para fluidificar o muco e remover os irritantes da mucosa, melhorando o fluxo de ar através do nariz e da cavidade nasal.

Na rinite atrófica, uma rinite crónica em que a membrana mucosa se torna mais fina (atrofia) e endurece, é importante manter uma higiene nasal regular e diligente, para facilitar o tratamento. Quer isto dizer que, em qualquer condição em que ocorram alterações das vias aéreas superiores, a higiene nasal desempenha um papel importante como um procedimento complementar á terapia de base. Assim, antes de qualquer medicação nasal deve-se fazer higiene, uma vez que se admite que esta permite um aumento da eficácia do fármaco que será administrado a seguir.

Existem, actualmente no mercado, produtos específicos para a limpeza nasal. Por exemplo, as soluções salinas reduzem a concentração de histamina nasal e diminuem substancialmente a concentração nasal de leucotrienos C4 (mediador inflamatório).

O mar contém inestimáveis riquezas e contribui ele próprio para a nossa saúde e bem-estar (talassoterapia, cosméticos à base de algas marinhas, alimentos…).

Embora presentes em baixa concentração no organismo, os oligoelementos contidos na solução de água do mar, comportam-se como activadores catalíticos de reacções bioquímicas na circulação, tubo digestivo, músculos e cérebro. São fundamentais para o bom funcionamento do organismo e para o seu equilíbrio. Contribuem para combater o cansaço, condições de stress e doenças infecciosas, especialmente localizadas na esfera do nariz e garganta.

Nos processos gripais e nas constipações alguns estudos demonstraram benefícios com o uso de soluções salinas isotónicas, principalmente por não produzirem a irritação nasal que ocorre com o uso de soluções hipertónicas. São vários os especialistas que recomendam este tipo de limpeza no pós-operatório de cirurgias rinossinusais com uma solução salina para ajudar a ‘amolecer’ e a remover as crostas nasais associadas à cirurgia, favorecendo a regeneração epitelial.

São portanto vários os benefícios para a saúde e bem-estar de manter uma boa e cuidada higiene nasal que se pode fazer com produtos diversos de venda livre nas farmácias ou parafarmácias.

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Dicionário de A a Z
A castanha é um fruto que geralmente apresenta uma forma arredondada, e com uma cor que pode variar

Existem várias espécies, sendo uma das mais importantes o Castanheiro Europeu. A colheita pode efectuar-se a partir de Setembro consoante as favoráveis condições climatéricas. O consumo deste fruto em Portugal ocorre por alturas do S. Martinho, em Novembro.

A castanha apresenta características nutricionais bastante interessantes: o seu valor energético é de cerca de 200 kcal por 100 g de alimento (um terço do valor calórico dos amendoins e da castanha de caju), sendo constituída por 40% de hidratos de carbono complexos (amido), 3% de proteína e 2% de lípidos.

Ao contrário das nozes, as castanhas contêm apenas um vestígio de gordura e, são também o único fruto oleaginoso que contém uma quantidade significativa de vitamina C (cerca de 50mg por 100g de alimento, o que representa, aproximadamente, 60% das necessidades diárias desta vitamina, para um adulto saudável).

Por serem ricas em vitamina C, fortalecem o sistema imunitário, mantêm os ossos, a pele e as articulações saudáveis e têm uma função antioxidante contra os radicais livres que se formam nas nossas células diariamente.

Os hidratos de carbono presentes são, na sua maioria, complexos (amido) tendo a vantagem de ser de absorção lenta, permitindo assim uma saciedade mais duradoura. Trata-se, também de um fruto rico em sais minerais, vitaminas do complexo B, fibras, cálcio, magnésio, fósforo e potássio. Para além disto, as castanhas não contêm glúten, sendo portanto um alimento bem tolerado por pessoas com doença celíaca.

No entanto, apesar de ser um fruto com bastantes benefícios para a saúde é preciso ter alguns cuidados com o seu valor calórico, uma vez que, apenas 7 a 8 castanhas equivalem a 4 colheres de sopa de arroz cozido ou a um pão de trigo (1 carcaça).

Assim, e dada a sua riqueza em hidratos de carbono, as castanhas devem ser consumidas como acompanhamento da refeição, em substituição do arroz, da massa, das batatas ou das leguminosas, ou como complemento destes, e não como substituto da fruta, como tradicionalmente se faz.

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