O que são?
Os antioxidantes ajudam a combater o envelhecimento precoce provocado por doenças cardiovasculares o
Frutos vermelhos

São substâncias que ajudam a combater os radicais livres que se formam durante os processos celulares.

Quando se tem hábitos de vida saudáveis e se faz uma alimentação que inclui uma variedade de alimentos frescos, sobretudo hortícolas e frutos, há maior probabilidade de o organismo estar protegido contra esses elementos nocivos. Nesta situação, as substâncias antioxidantes que ingerimos juntamente com as que o organismo produz poderão ser suficientes para minimizar o seu efeito nefasto. Mas, com a quantidade de poluentes a que estamos sujeitos, com a alimentação desequilibrada e excessiva a que nos sujeitamos, a que muitas vezes se junta o consumo de tabaco, alcoól e gorduras, a quantidade de radicais livres que se forma é muito superior aos antioxidantes que o organismo consegue produzir, conduzindo ao seu excesso. Em sumo, quanto maior for o número e prevalência destes factores de oxidação, maior deverá ser a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes.

Onde existem?

Embora os possamos encontrar na forma de suplementos, o ideal será ingeri-los através dos alimentos para obviar algum risco de sobredosagem com riscos para a saúde. No grupo dos antioxidantes encontramos as vitaminas A, C e E, selénio, zinco e polifenóis.

O vinho tinto, as uvas, o chá verde, o cacau, o azeite e as azeitonas são alguns exemplos de alimentos ricos em polifenóis. As vitaminas encontram-se sobretudos em produtos hortícolas e frutos, a vitamina A encontra-se predominantemente em frutos ou alimentos de cor amarela ou laranja e nalguns peixes e a C predomina em frutos e hortícolas vermelhos ou verde-escuros. Podemos encontrar a vitamina E no azeite e óleos vegetais e em frutos oleaginosos como as nozes, amêndoas, etc. O zinco encontra-se nos frutos secos bem como em cereais integrais e marisco, e o selénio no ovo e cereais pouco refinados.

Que quantidades devemos ingerir?

Para que a alimentação seja equilibrada, o que significa consumir nas quantidades recomendadas todos os nutrientes indispensáveis à manutenção da vida e da saúde, não devemos privilegiar um grupo específico de alimentos. Aconselhamos a consulta da Nova Roda dos Alimentos para, de uma forma graficamente simples, se percepcionarem as quantidades em que cada grupo deve ser consumido diariamente. A receita, no que toca ao consumo de antioxidantes, diz que, do grupo dos frutos e legumes, devemos consumir, no mínimo, cinco porções por dia, o que equivale a três peças de fruta e 200 g de legumes ou 300 g de legumes e duas peças de fruta.

O grande segredo está em variar, mesmo dentro de cada grupo. Não devemos cair no erro de privilegiar um ou dois alimentos em detrimento dos outros, sob pena de podermos vir a ter, em simultâneo, excesso de uns nutrientes e carência de outros.

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Dicionário de A a Z
O fígado é o maior órgão do corpo humano e pesa cerca de 1,5 Kg.

Localiza-se na porção superior do abdómen, à direita, debaixo das costelas. O fígado normal é liso e mole. Funciona como uma fábrica que produz e armazena produtos químicos. Tem múltiplas funções:

• Produção de proteínas, bílis e factores fundamentais na coagulação do sangue;

• Armazenamento de energia importante para os músculos;

• Regulação de muitas hormonas e vitaminas;

• Eliminação de medicamentos e toxinas incluindo o álcool;

• Mantém a concentração de açúcar no sangue dentro dos valores normais;

• Filtra o sangue proveniente do estômago e intestinos;

• Tem um papel fulcral na defesa do organismo contra as infecções.

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Estudo
Uma vacina anti-gripe é, geralmente, menos eficaz nos homens do que nas mulheres, um fenómeno aparentemente ligado aos níveis...

Além do caso da gripe, a comunidade científica sabia que o sistema imunitário masculino não responde tão vigorosamente como o das mulheres às vacinas contra a febre amarela, o sarampo e a hepatite.

O novo estudo, publicado na edição semanal dos Anais da Academia de Ciências Norte-Americana, revela que as mulheres tiveram uma resposta dos seus anticorpos à vacina da gripe geralmente mais forte do que os homens.

Contudo, a reacção imunitária média dos homens com baixos níveis de testosterona foi mais ou menos similar à das mulheres, precisam os investigadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e do Instituto Nacional da Saúde e Investigação Médica, em França.

A investigação abrangeu 34 homens e 53 mulheres, mas não demonstra a relação directa entre a testosterona e a menor resposta imunitária.

Segundo Mark Davis, professor de imunologia da Universidade Stanford, o que parece é que a reacção do sistema imunitário é reduzida pela activação de um grupo de genes ligado ao nível elevado de testosterona.

Quando existe urgência e esforço em simultâneo:
Calcula-se que a incontinência urinária afecte cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo e cerc
Placas de wc a ilustrar incontinência urinária

A perda involuntária de urina - incontinência urinária - é um sintoma que define um problema de saúde pública com um impacto social e económico considerável. É uma condição que pode afectar homens e mulheres e existe em todos os grupos etários. Nas mulheres jovens e em idade adulta a prevalência é de 20-30 por cento aumentando progressivamente com a idade podendo no idoso atingir 30-50 por cento.

Existem variados tipos de incontinência urinária mas grosso modo existem três tipos: incontinência urinária de esforço que se caracteriza pela perda de urina relacionada com o esforço, sem sensação de vontade de urinar ou de bexiga cheia, que pode ocorrer predominantemente na mulher jovem e em idade adulta; a incontinência urinária de urgência definida como a perda de urina acompanhada ou imediatamente antecedida por uma vontade súbita ou urgência miccional, que é mais frequente na mulher idosa. Por fim, a incontinência urinária mista uma combinação das duas condições anteriores.

Esta é uma condição socialmente não aceite, rodeada de estigma e de mitos, não só pela falta de conhecimento das pessoas, mas também pelas ideias erradas, preconceitos e intolerância. Numa fase mais avançada pode mesmo levar ao isolamento pessoal e ao constrangimento social, agravados pelo adiamento em procurar ajuda profissional adequada.

É por isso uma condição sub-diagnosticada e, por consequência, sub-tratada, uma vez que os dados disponíveis apontam para que apenas uma em cada quatro mulheres sintomáticas (com perdas) procure ajuda médica. Para além da vergonha, acredita-se, de forma errada, que a incontinência urinária é uma consequência natural da idade, sem tratamento eficaz. Daí que este seja considerado um importante problema de saúde pública, quer pela sua elevada prevalência, quer pelo impacto físico, psíquico e social na vida dos doentes.

Por menos frequentes que sejam os episódios ocasionais de perda de urina, estes originam alterações significativas na qualidade de vida da mulher e do homem, provocando situações de desconforto, e originando, assim, um problema social e/ou higiénico.

São vários os factores que contribuem para o desenvolvimento da incontinência urinária e que vão desde a fraqueza dos músculos do pavimento pélvico, alterações na transmissão dos sinais da bexiga para o cérebro, a obesidade, a gravidez e/ou parto por via vaginal, a obstipação, traumas na região pélvica, a menopausa, entre muitos outros.

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história clínica do doente, embora possa ser confirmado por meios auxiliares de diagnóstico. Devem ser excluídas outras doenças antes de lhe ser diagnosticado o tipo de incontinência, incluindo qualquer lesão na cabeça, no pescoço ou nas costas ou outras condições relevantes como sejam a diabetes, existência de actividade desportiva constante, paridade, historial familiar, análise dos sintomas urinários e exames físicos. 

Incontinência urinária mista

Este tipo de incontinência caracteriza-se pela existência, simultaneamente, de incontinência urinária de esforço e de urgência.

Ou seja, coexistem sintomas de perda de urina quando tosse, faz esforços, espirra, levanta objectos pesados ou executa qualquer manobra que aumente bruscamente a pressão dentro do abdómen, mas também de uma urgência e vontade forte e inadiável de urinar, associada à hiperactividade do músculo detrusor da bexiga, que produz uma vontade súbita para urinar, praticamente sem aviso, muitas vezes acompanhada de perda de urina.

Uma vez que a incontinência urinária mista comporta dois tipos diferentes de incontinência, o tratamento deve ter em conta a (s) causa (s), a gravidade da condição e o doente em questão. Pode, por isso, comportar terapia comportamental com mudança/adaptação do estilo de vida e treino de hábitos de micção e da bexiga, terapêutica farmacológica e/ou cirurgia.

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Universidade do Minho cria
A nova bebida é um destilado, como uma aguardente transparente, com 40% de etanol e aroma a café. A revista “Time” considerou a...

Uma investigação da Universidade do Minho permitiu criar, a partir da borra do café, uma bebida com um teor alcoólico que a torna tão forte como vodka ou aguardente e que foi considerada pela revista Time uma das 25 melhores invenções do ano.

Em comunicado, a UMinho explica que aquela é a primeira bebida destilada directamente da borra de café e que, por se basear no aproveitamento daqueles resíduos, tem “elevado potencial comercial”.

Solange Mussatto, responsável pela investigação, lembra que os resíduos do café são “muito ricos”, desde logo porque “a borra representa cerca de 80% do grão”.

“A nova bebida foi identificada como café alcoólico mas, na verdade, é um destilado, como uma aguardente transparente, com 40% de etanol e aroma a café”, refere a investigadora.

O resultado é “diferente do que existia até agora”, pois a nova bebida é obtida dos resíduos, ao contrário dos licores actuais, que são produzidos a partir dos grãos de café.

A nova bebida foi obtida em laboratório, depois de os resíduos secos de café serem fervidos em água e de esta ter sido coada, tendo-lhe sido adicionados açúcar e levedura para catalisar a fermentação.

“Num formato de produção em contexto industrial, apesar de o processo ser relativamente simples e barato, a recolha de grandes quantidades de borra de café necessita de um sistema com alguns cuidados, já que estes resíduos têm humidade e outros factores de fácil contaminação”, realça a investigadora.

A patente já foi registada, aguardando agora os responsáveis por alguém que se interesse pelo produto, numa vertente comercial.

Entretanto, foi feito um estudo para chegar às melhores condições para a produção da bebida, desde a extracção do aroma da matéria-prima, fermentação e destilação. Também já foi caracterizado o produto final para apurar se reunia a composição adequada para consumo, que tem regras europeias quanto a compostos voláteis para uma bebida alcoólica, “tendo sido comprovado ser regulamentar para consumo”.

Equipa francesa
Uma equipa médica francesa realizou em Paris um transplante que utilizou, pela primeira vez, um coração artificial elaborado a...

De acordo com a Carmat, a operação foi realizada com sucesso no hospital Georges Pompidou, na capital francesa, e foi concretizada no âmbito de um “ensaio clínico”, referiu a empresa num comunicado acrescentando que, esta prótese, que funciona de forma autónoma, reduz o risco de rejeição.

O coração implantado, segundo explicou a empresa, gera uma circulação sanguínea de forma autónoma a nível fisiológico.

O doente, cuja identidade não foi divulgada, encontra-se sob vigilância, acordado e a comunicar com a família, indicou a mesma nota informativa.

O director-geral da Carmat, Marcello Conviti, pediu prudência face aos resultados deste primeiro implante porque “seria prematuro tirar conclusões quando se trata de um único transplante” e porque o período pós-operatório “é ainda muito curto”.

A Carmat apresentou há quatro anos esta prótese com tecidos biológicos como uma solução para “dezenas de milhares” de doentes com insuficiência cardíaca e que não tinham acesso a um dador natural.

Apesar do carácter revolucionário desta técnica, a empresa só conseguiu obter em finais do verão passado a autorização necessária das autoridades sanitárias francesas para realizar o primeiro implante num ser humano.

A empresa acredita que o coração artificial que desenvolveu imita na perfeição o funcionamento de um órgão natural, adaptando-se de forma autónoma ao ritmo da pessoa que recebe a prótese, sem necessidade de um controlo externo.

O coração artificial, desenvolvido a partir de componentes de origem animal, está equipado com sensores electrónicos e um complexo sistema electromecânico que detecta, por exemplo, a posição em que se encontra o doente (de pé, sentado ou deitado) e adapta a frequência cardíaca e o fluido às diferentes situações do quotidiano.

A concepção desta prótese, cujo estudo durou mais de 15 anos, é fruto de um trabalho de uma equipa multidisciplinar que envolveu o professor Alain Carpentier, cofundador da Carmat, e engenheiros do consórcio aeronáutico europeu EADS, proprietário do construtor de aviões Airbus.

Uma semana antes da menstruação
O período que antecede a menstruação apresenta-se para muitas mulheres como uma semana de irritabili

A síndrome pré-menstrual (SPM), também designada por tensão pré-menstrual (TPM), é um termo usado para descrever uma vasta série de sintomas que afectam muitas mulheres durante a segunda metade do ciclo menstrual. Evidencia-se pelo surgimento de um conjunto de sinais e sintomas que têm carácter cíclico: precedem a menstruação uma semana (ou alguns dias) e desaparecem espontaneamente, para voltar no ciclo seguinte.

A SPM inclui diversos sintomas e estima-se que até 75 por cento das mulheres sofram um ou mais desses sintomas todos os meses. Esses sintomas podem incluir: peito sensível, estado depressivo, ansiedade, dores de cabeça, cansaço, irritabilidade e agressividade, abdómen inchado e desejo de certos alimentos.

Os sintomas da SPM são mais notados por mulheres entre os 20 e os 30 anos, embora todas as mulheres menstruadas sejam susceptíveis à SPM. Para a maioria das mulheres, os sintomas causam apenas dificuldades ou desconforto suave a moderado, embora a SPM possa ser grave em alguns casos. A esses casos chama-se transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).

Ainda não são totalmente conhecidos os factores que provocam a SPM, parece, no entanto, haver uma relação desta síndrome com a progesterona resultante da ovulação, embora a sua acção não é isolada. Ou seja, é a resposta do organismo à alteração dos níveis hormonais associada ao ciclo menstrual. Há especialistas que apontam que a SPM pode também ter a ver com alterações químicas no cérebro e que uma dieta pode ter algum impacto (sobretudo alimentos salgados e bebidas com cafeína).

Existe, ainda, o factor predisposição individual, eventualmente ligado à hereditariedade. Há uma susceptibilidade individual que parece decorrer de influência familiar. A obesidade e o sedentarismo podem, também, contribuir para o surgimento da síndrome pré-menstrual, sendo esta mais frequente nas mulheres jovens obesas e que praticam menos exercício físico.

Há várias maneiras de diagnosticar a SPM, mas não há nenhum teste definitivo para tal. Por isso valerá a pena manter um diário durante 3 ou 4 meses onde sejam anotados todos os sintomas físicos e mentais que vá sentindo no dia-a-dia, juntamente com as datas dos períodos menstruais. Decorrido esse tempo, é provável que já consiga reconhecer um padrão de sintomas, ainda que o padrão possa variar de ciclo para ciclo, é um princípio.

Como aliviar os sintomas

Há uma série de opções à sua disposição para aliviar os sintomas, mas pode ter de fazer algumas experiências e enganar-se algumas vezes, até encontrar o método ideal para o seu organismo. Especialistas apontam para os benefícios da conjugação das técnicas de gestão de stress com o aumento da actividade física.

Alguns dos procedimentos mais directos que têm mostrado ser uma boa ajuda, são beber muita água e fazer uma dieta equilibrada. É boa ideia ingerir muita fruta e vegetais frescos e diminuir o consumo de sal, açúcar e alimentos processados. Deve-se, igualmente, evitar a cafeína (que entra na composição de chá, café e cola) e o álcool. Banir da ementa refeições pesadas é fundamental para não agudizar a síndrome pré-menstrual, daí que seja importante dar atenção aos excessos alimentares, que são frequentes nas mulheres com este tipo de sintoma.

Praticar exercício físico regular também pode ajudar, principalmente porque o exercício reduz o stress e a tensão e pode levantar a moral. Se sofre de SPM, verá que andar a pé, nadar e correr reduz os sintomas – experimente fazê-lo durante 30 minutos, 3 vezes por semana.

Se estas simples mudanças de estilo de vida não a ajudarem a gerir a SPM, o seu médico pode receitar-lhe uma pílula contraceptiva que tem dado resultado. O seu médico pode também considerar outras terapêuticas hormonais e, no caso de SPM extremo, prescrever-lhe antidepressivos.

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Contracepção de emergência
A pilula do dia seguinte, é um método de emergência, que permite inibir ou atrasar a ovulação e, por
Pílula do dia seguinte

 

Também pode impedir a fertilização ou impedir que o ovo se implante no útero e inicie a gravidez, dependendo da altura do ciclo menstrual em que é tomada a contracepção de emergência. Este método não interrompe uma gravidez que já se tenha iniciado (isto é, se o ovo estiver implantado no útero).

 

Modo de utilização

A contracepção de emergência pode ser utilizada nas 72 horas que se seguem a uma relação sexual não protegida, se:

Advertências ao uso de contracepção de emergência

  • A contracepção de emergência deve ser utilizada como recurso excepcional, dado que:
  • Não previne a ocorrência de uma gravidez em todas as situações;
  • A sobredosagem hormonal não é recomendável para uso regular;
  • Não pode substituir um contraceptivo regular;
  • Não é um método de interrupção da gravidez.

A contracepção de emergência não é abortiva. Actua de várias formas para prevenir uma gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em que é tomada. Assim:

  • Pode impedir ou atrasar a ovulação (saída do óvulo do ovário da mulher);
  • Pode impedir a fertilização (encontro com o espermatozoide);
  • Pode impedir a implantação de um ovo na parede do útero, que corresponde segundo a ciência médica ao início da gravidez.

Se a mulher já estiver grávida, isto é se o ovo já estiver implantado no útero, a contracepção de emergência é totalmente ineficaz, embora não tenha qualquer efeito nocivo sobre o feto ou a gravidez.

Conceitos relativos à contracepção de emergência

A contracepção de emergência pode prevenir 3 a 4 gravidezes não desejadas, evitando gravidezes reduz o recurso ao aborto.

  • Não protege das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), deve, por isso, utilizar-se sempre preservativo, simultaneamente, para prevenir uma gravidez e uma DST.
  • Não é um método de uso frequente: a contracepção de emergência pode ter efeitos desagradáveis, incluindo náuseas e vómitos. Algumas mulheres também referem dores de cabeça, tensão mamária ou retenção líquida. Embora todos estes efeitos não tenham qualquer gravidade do ponto de vista médico, desencoraja-se a utilização repetida da contracepção de emergência como contracepção habitual.
  • A contracepção de emergência é também menos eficaz para prevenir uma gravidez e é mais cara do que a maior parte das formas habituais de contracepção habitual.

Cuidados adicionais

  • Se não deseja uma gravidez, não deve ter relações sexuais não protegidas. Deve usar sempre um método contraceptivo;
  • Deve ir anualmente ao médico de família, ginecologista ou consulta de planeamento familiar;
  • Se estiver a tomar outros medicamentos deve informar-se sobre possíveis interacções;
  • Os pais de adolescentes devem procurar informar os filhos sobre a contracepção;
  • A responsabilidade da contracepção é do casal e não somente da mulher.

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Recrutados 10.661 portugueses
Após dois anos no terreno, o primeiro Inquérito Nacional Sobre Doenças Reumáticas realizado em Portugal, o ReumaCensus, chega...

O ReumaCensus iniciou a primeira fase do projecto – recrutamento e entrevistas – no dia 19 de Setembro de 2011 e a segunda fase – consulta com o reumatologista – no dia 30 de Setembro do mesmo ano. No dia 8 de Dezembro terminou a fase de recrutamento que, durante vinte e sete meses, com a ajuda da equipa de 194 entrevistadores do CESOP contactou 28.364 domicílios em 366 localidades, de Norte a Sul do país, incluindo os Arquipélagos da Madeira e dos Açores.

No dia 20 de Dezembro [hoje] realiza-se a última das cerca de 3.850 consultas com o médico reumatologista, em Linda-a-Velha no Minho, a última região a receber o ReumaCensus, depois da Ilha da Madeira.

O estudo promovido pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia, com o alto patrocínio da Presidência da República e com o apoio de diversas Instituições, nomeadamente da Direcção-Geral da Saúde, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade Católica Portuguesa, vai estimar a prevalência das diferentes doenças reumáticas em Portugal.

Uma equipa constituída por pelo menos um médico especialista, uma enfermeira, uma técnica de Radiologia e um motorista percorreram, na Unidade Móvel construída para o efeito, todo o território de Portugal Continental. Nas Ilhas a equipa deslocou-se sem Unidade Móvel, mas seguindo os mesmos procedimentos.

Nos próximos meses seguir-se-á a análise dos resultados que permitirá determinar quais são as doenças reumáticas mais prevalentes em Portugal (nas diversas regiões do país, por classe etária, profissional, etc.). Vai ser também possível identificar os factores socioeconómicos, sociodemográficos e clínicos associados ao diagnóstico de cada patologia, determinar o impacto das doenças reumáticas na qualidade de vida, função e capacidade laboral e ainda investigar o acesso aos cuidados de saúde destes doentes.

Eleita pela Science
O uso da imunoterapia para combater o cancro foi o avanço científico mais significativo em 2013, revela o “ranking” anual da...

Diversos ensaios clínicos de imunoterapia - um tratamento que actua sobre o sistema imunitário, incluindo os linfócitos T, para que ataque os tumores - revelaram-se muito promissores, sobretudo contra os cancros agressivos, como o melanoma, segundo os responsáveis da última edição deste ano da revista, que sai hoje para as bancas.

Um grande número dos avanços em imunoterapia do cancro remonta à descoberta, no final dos anos 80, por investigadores franceses, de um receptor nas células T, que as impede de atacar os tumores cancerígenos com toda a sua força.

Testes com ratinhos
Cientistas australianos e norte-americanos conseguiram reverter o envelhecimento muscular em ratos na Universidade de Harvard,...

A equipa liderada por David Sinclair, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), e que realizou esta investigação na Universidade de Harvard, desenvolveu um composto químico que poderá permitir que uma pessoa de 60 anos se sinta como uma de 20 anos.

Esse composto químico deu maior energia aos ratos, tonicidade aos músculos, reduziu as inflamações e melhorou significativamente a sua resistência à insulina.

“Estudo o envelhecimento a nível molecular há quase 20 anos e nunca pensei constatar que o envelhecimento se pode reverter. Pensava que teria sorte se o conseguisse desacelerar um pouco”, disse Sinclair. De acordo com este cientista, a investigação, publicada na revista Cell, permitiu verificar em ratos velhos com problemas de saúde relacionados com a idade um retrocesso dos mesmos “em uma semana”.

A pesquisa favoreceu ainda a identificação de uma nova causa do envelhecimento, nomeadamente dos músculos, que é a comunicação entre os cromossomas do ADN do núcleo da célula e os do ADN das mitocôndrias, responsáveis por fornecer a maior parte da energia necessária para a actividade celular.

“O que descobrimos é que no processo de envelhecimento estes cromossomas não comunicam”, precisou Sinclair.

Os investigadores contrariaram esta situação com uma molécula que elevou nos ratos os níveis de nicotinamida adenina dinucleótido (NAD), que se mantém em níveis altos na idade jovem com uma dieta adequada e exercício, mas diminui com o envelhecimento até 50%, como se verificou nos ratos. A equipa de Sinclair espera realizar testes clínicos em humanos no final de 2014.

As fontes
Fontes importantes de poluição do ar interior incluem, para além do ar exterior, o organismo humano.

A sobre-ocupação do local de trabalho, deficiências no sistema de ventilação, o fumo de tabaco, a emissão de fibras a partir de materiais de construção (amianto, lã de rocha, lã de vidro), o mobiliário de escritório, a utilização de plásticos e produtos sintéticos (tintas e vernizes), a presença de alcatifas, cortinados, fotocopiadoras, impressoras e computadores saõ alguns exemplos de fontes de poluição do ar. Diversos compostos orgânicos voláteis, tais como o formaldeído, contribuem também para a contaminação do ar interior, podendo ser libertados durante a utilização e armazenamento de produtos de limpeza.

Outro factor de risco relativo ao ar interior prende-se com uma questão que, por natureza, escapa aos sentidos humanos, a radioactividade. A crosta terrestre contém naturalmente pequenas quantidades de elementos radioactivos. A sua actividade depende das características do solo, podendo ser elevada em regiões graníticas. Nestas regiões, forma-se radão, um gás que, apesar de não apresentar directamente uma ameaça por ser inerte, decai para descendentes radioactivos no estado sólido que podem ser inalados e depositar-se nos pulmões. Como gás emanado do solo, o radão pode facilmente infiltrar-se nos edifícios através de fissuras, podendo acumular-se e atingir níveis de actividade elevada em recintos mal ventilados.

A falta de controlo da radioactividade na origem das matérias-primas dá também azo a que sejam utilizados materiais de construção ricos em isótopos radioactivos. Se isto não apresenta um problema grave para construções de baixo factor de ocupação, pode revelar-se um factor de risco importante nas habitações, pois vai aumentar a exposição dos ocupantes a radiações ionizantes.

Outro aspecto importante é a ventilação das casas. Algumas habitações possuem divisões interiores (sem janelas), cujo arejamento é dificultado. Actualmente, para melhor aproveitamento da energia despendida em aquecimento/arrefecimento, procura-se que as janelas sejam mantidas devidamente fechadas e calafetadas. Esta medida, por um lado eficaz em termos de poupança de energia, prejudica muito a qualidade do ar interior que assim não é renovado, originando diversos problemas relacionados com condensações.

A ventilação é considerada inadequada quando ocorre uma insuficiente entrada e distribuição de ar do exterior para o interior. No caso de não haver renovação do ar dentro do edifício, irão ocorrer situações de estagnação e contaminação do ar. A falta de manutenção dos filtros e limpeza dos sistemas de ventilação (climatização) poderá favorecer a acumulação de poeiras, que irão provocar a contaminação do ar interior.

A bactéria do género legionella encontra-se normalmente em lagos, rios ou albufeiras. A partir destes reservatórios poderá colonizar os sistemas artificiais de água, tais como redes prediais e sistemas de climatização que usem água para arrefecimento do ar, principalmente aqueles aos quais estejam associadas torres de arrefecimento. Do ponto de vista da qualidade do ar interior, a problemática da legionella só fará sentido se o ar transportar aerossóis (microgotículas contaminadas com a bactéria). Esta situação só se poderá verificar no caso de existirem torres de arrefecimento posicionadas junto às entradas de ar do sistema de climatização e desde que exista libertação de aerossóis contaminados que entram no sistema, o que é pouco provável.

Os animais domésticos, quando vivem no interior das casas, influenciam a qualidade do ar interior e podem provocar algumas doenças como asma e alergias.

Uma fonte bastante importante para a poluição do ar interior é o fumo do tabaco no interior das habitações, que leva por vezes populações mais frágeis, tais como crianças e idosos a tornarem-se fumadores passivos.

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Saiba quais são:
Actualmente fala-se com maior abertura e naturalidade de sexo e de sexologia.

A nossa sociedade é, ainda, muito marcada por mitos e crenças relacionados com a sexualidade, que foram resistindo ao passar dos anos, apesar dos muitos estudos que já foram feitos, mostrando que não passam de opiniões deturpadas e de conceitos falsos. A verdade é que se para uns não passam de crenças inofensivas, para outros podem ter repercussões graves nas vivências e no desenvolvimento dos indivíduos e do casal.

Certo é que esses mitos são reflexo de uma tradição social que se foi construindo ao longo do tempo, tradição essa que os tornou em verdades indiscutíveis. Se algumas dessas representações se evidenciam como inocentes para o ser humano, outras revestem-se de tal gravidade que necessitam ser constantemente questionadas e divulgadas, de forma a poderem ser desmitificadas. Fique a conhecer alguns:

Mitos da sexualidade masculina
- Um homem de verdade não se preocupa com coisas como sentimentos e comunicação;
- Tem sempre interesse por sexo e está sempre pronto para ter relações sexuais;
- Um homem a sério tem sempre um bom desempenho na relação sexual;
- Homens de verdade não têm problemas sexuais;
- Maior é melhor, o tamanho é decisivo;
- Se um homem souber que poderá não ter uma erecção, é injusto para ele iniciar a actividade sexual com o/a seu/sua parceiro/a.

Mitos da sexualidade feminina
- Mulheres normais têm sempre um orgasmo quando têm relações sexuais;
- Todas as mulheres conseguem ter orgasmos múltiplos;
- Se uma mulher não consegue ter um orgasmo de forma rápida e fácil, então algo está errado com ela;
- Uma mulher é frígida quando não quer ter relações sexuais e "fácil” quando quer;
- A contracepção é da responsabilidade da mulher e ela apenas está a inventar desculpas quando questões relacionadas com a contracepção a inibem sexualmente.

Mitos sobre a sexualidade feminina e masculina
- Nós somos pessoas liberais que estão muito confortáveis com o sexo;
- Todo o toque é sexual e deve levar a relações sexuais;
- Sexo corresponde à penetração;
- Bom sexo requer o orgasmo;
- Pessoas que se amam devem saber automaticamente o que o seu parceiro deseja. O sexo deve ser espontâneo, sem planeamento e sem falar. Não é romântico perguntar ao seu parceiro o que gosta;
- Demasiada masturbação é prejudicial;
- Quando uma pessoa tem um parceiro sexual não se masturba;
- Fantasiar sobre outras coisas significa que a pessoa não está feliz com o que tem.

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Trate de si
A pele é um dos órgãos que mais alterações sofre durante a gravidez.
Barriga de grávida

Durante a gravidez a pigmentação da pele também muda. O corpo torna-se mais quente e, portanto, as grávidas tendem a transpirar mais, o que pode ser controlado com desodorizantes e antitranspirantes, banhos mornos (devem evitar-se temperaturas elevadas, banhos turcos e saunas durante a gestação) e uso de roupas de algodão. As unhas e os cabelos, geralmente, crescem mais rapidamente do que o normal.

As grávidas podem apresentar manchas escuras na pele do rosto durante a gestação. Isto acontece por causa de um melasma, uma máscara gravídica que surge em função da alteração da hormona reguladora da pigmentação. A incidência é maior nas mulheres que se expõem ao sol. Para prevenção, tenha sempre à mão um protector solar de factor 15, no mínimo, e que bloqueie as radiações UVA e UVB, mesmo não estando sob o sol ou em dias nublados. Além disso, é frequente o surgimento de uma linha escura vertical no meio do abdómen, chamada linea nigra.

Como evitar estrias

As estrias, na maioria dos casos, estão profundamente ligadas a uma questão de hereditariedade, aumento de peso e acção das hormonas. Quando aparecem devido ao aumento de peso, o que ocorre é que a pele é esticada. Desse modo, a estria é o dilaceramento da fibra elástica e do colagénio que sustentam a derme, ou seja, a pele é esticada além do seu limite de elasticidade e acaba por se romper, surgindo "linhas" nesse lugar.

As áreas mais comuns para o aparecimento das estrias são o abdómen, as mamas, as nádegas e as coxas. Inicialmente, surgem linhas rosadas que depois adquirem uma cor mais do tom da pele ou ligeiramente branca. Porém, não aparecem de um dia para o outro e muitas vezes podem ser prevenidas com uma boa alimentação, acompanhamento pré-natal adequado e uso diário de hidratantes e emolientes de boa qualidade.

Prefira cremes e emolientes simples, cuja fórmula de composição se baseie na água, ou no óleo com alto nível de lípidos, assim como ingredientes de efeito humidificante, que têm a capacidade de absorver e reter a humidade na epiderme.

Como evitar o aparecimento ou agravamento da celulite

Durante a gestação, ocorre uma significativa alteração hormonal no organismo, incluindo o aumento de estrogénio, que provoca retenção de líquidos e problemas de microcirculação local.

Para combater ou evitar a celulite, o mais indicado é a prática de exercícios físicos leves, como natação, caminhadas ou mesmo ginástica localizada suave. Outra medida eficiente pode ser a massoterapia com cremes. É importante referir que a maioria dos cremes para combater a celulite tem cafeína na sua composição pelo que deverão ser evitados.

Como evitar o aparecimento ou agravamento das varizes

As varizes podem surgir durante a gravidez, por causa da compressão, efectuada pelo bebé, dos vasos abdominais (veia cava), dificultando o retorno venoso e, consequentemente, a circulação do sangue nas pernas da mãe, o que provoca uma dilatação das veias nessa região.

Podem surgir as varizes propriamente ditas, que aparecem sob a forma de cordões mais espessos, ou os chamados derrames, que são as telangiectasias, causadas pela dilatação de pequenos vasos e que se revelam linhas finas e avermelhadas.

O modo mais eficiente de evitar o surgimento de derrames ou das varizes é usar as meias de descanso nos primeiros cinco meses e de média compressão até ao final da gravidez, tentar evitar estar de pé por longos períodos de tempo, não se sentar com as pernas cruzadas, não aumentar muito de peso, tentar dormir com as pernas mais elevadas do que o resto do corpo. Por último, exercícios como a caminhada e a natação são muito benéficos e indicados para activar a circulação dos membros inferiores e podem ser feitos durante pelo menos 15 minutos duas vezes por dia.

Cabelo

A acção das hormonas durante a gravidez tem um efeito imprevisível sobre os cabelos. Podem ocorrer modificações na textura, com os cabelos crespos tornarem-se lisos, ou vice-versa. Na maioria dos casos, o cabelo da grávida torna-se mais abundante. Após o nascimento do bebé, é comum acontecer uma queda excessiva e com reposição mais lenta. Este é um processo normal e reversível.

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Como evitar?
Apesar do risco de cair em casa ser grande, muitos acidentes devido a queda podem ser prevenidos.

Boas práticas baseadas na evidência mostram que é possível reduzir as lesões nos idosos em 38 % através de métodos com custos eficazes. A redução de lesões pode melhorar a qualidade de vida e reduzir os gastos dos serviços de saúde devido a lesões nesta faixa etária.

O primeiro passo é compreender as suas causas. Nas pessoas idosas a diminuição da massa muscular, a osteoporose, a diminuição da visão e da audição, assim como a falta de condições de segurança da casa e do jardim aumentam a probabilidade de cair.

As quedas podem ser prevenidas fazendo pequenos ajustamentos na casa e no estilo de vida, mas, promover a segurança, é também, garantir que as pessoas idosas se alimentam convenientemente e se mantêm fisicamente activas.

Quando falamos de segurança, é importante conhecer e utilizar os dispositivos de segurança que facilitem a vida diária quando a autonomia e o bem-estar estão em causa.

Manter a segurança é uma questão de tomar medidas de protecção, de algum bom senso, de muita prudência e precaução que, com convicção, se vão fazer sentir na redução dos acidentes domésticos e de lazer com pessoas idosas.

Alguns factores de risco de quedas:

  • Viver sozinho.
  • Tomar medicamentos, em especial medicamentos psicotrópicos.
  • Doenças crónicas tais como artroses, depressão, doença pulmonar crónica.
  • Mobilidade reduzida e balanço.
  • Dificuldades cognitivas e demência.
  • Redução da acuidade visual.
  • Calçado e vestuário inadequado.
  • Uso de bengalas ou andarilhos.
  • Subir para escadotes, cadeiras, bancos, árvores, autocarros.
  • Pisos escorregadios ou irregulares, pavimentos degradados.

Prevenir as quedas em toda a casa é uma questão de bom senso:

  • Mantenha uma boa iluminação em toda a casa e uma luz acesa na entrada principal.
  • As lâmpadas devem ser de fácil manutenção e substituição.
  • Nunca deixe fios eléctricos e de telefone desprotegidos. Prenda-os à parede.
  • Evite tapetes soltos no chão, principalmente nas escadas. Se usar, fixe-os ao chão.
  • Pinte de cores diferentes ou faça marcas visíveis no primeiro e no último degrau das escadas. Elas devem ter degraus com piso antiderrapante. Converse com o seu médico sobre a necessidade de colocar barras de apoio (corrimão).
  • Use sapatos com saltos largos e calcanhares reforçados, para evitar que o pé se movimente. Não use chinelos. Prefira os sapatos fechados.
  • Cuidado para não errar a dosagem dos remédios.
  • Não use camisolas e roupões compridos, para evitar tropeçar, principalmente se tiver que se levantar no meio da noite.
  • Ao dormir, deixe a luz do corredor acesa para auxiliar a visão, caso acorde no meio da noite.
  • Se cair e tiver dores, procure assistência médica. Deixe o telefone num local de fácil acesso, se necessitar de pedir ajuda.
  • No quintal, evite a acumulação de folhas e flores húmidas no chão.

Os profissionais de saúde podem ajudar as pessoas idosas a prevenir as quedas:

  • Identificando factores reversíveis e sugerir intervenções baseadas na evidencia.
  • Investigando o risco de osteoporose, tratando e encorajando os doentes a usarem protectores de anca.

Os prestadores de serviços a pessoas idosas podem ajudar a prevenir as quedas:

Prevenir as quedas no quarto é uma questão de prudência:

  • Procure utilizar uma cama larga, com altura suficiente para que, sentado, consiga apoiar os pés no chão, evitando tonturas. Ao deitar-se, utilize sempre um travesseiro para apoiar a cabeça.
  • Use uma mesa-de-cabeceira, de preferência, com bordas arredondadas e procure fixá-la ao chão ou à parede, para evitar que se desloque caso necessite apoiar-se nela.
  • Mantenha uma cadeira ou poltrona no quarto, para que possa sentar-se para calçar meias e sapatos.
  • Os interruptores devem estar ao alcance da mão quando estiver deitado na cama, para evitar levantar-se no escuro.
  • Evite prateleiras muito altas ou muito baixas, para diminuir o esforço físico ao procurar algum objecto e evitar quedas.

Prevenir as quedas na casa de banho é uma questão de sensatez:

  • O piso da casa de banho deve ser antiderrapante.
  • Evite prateleiras de vidro e superfícies cortantes, e é absolutamente proibido usar esquentador a gás dentro da casa de banho.
  • Se necessitar utilize barras de apoio no polibã ou na banheira, nas paredes próximas da sanita.
  • O espaço útil da casa-de-banho deve ser suficiente para duas pessoas. Nunca feche a porta da casa-de-banho à chave, para o caso de precisar de ajuda.
  • Certifique-se de que os interruptores e as tomadas eléctricas estão em áreas secas da casa de banho.

Prevenir as quedas na cozinha é uma questão de precaução:

  • Os armários não devem ficar em locais muito altos. Guarde os objectos que são pouco utilizados nos armários superiores e os de uso frequente, em locais de fácil acesso.
  • Instale a botija de gás, sempre, fora da cozinha.
  • Evite colocar peso nas portas do frigorífico e utilize as prateleiras que não exijam que baixe ou levante muito os seus braços.
  • Os fornos eléctricos e os microondas devem ser instalados em local de fácil acesso.
  • Lembre-se de desligar fornos, microondas e ferros de passar roupa, após o uso.

Prevenir as quedas na sala é uma questão de conforto:

  • Procure utilizar cores claras nas paredes e aumentar a iluminação, tornando-a três vezes mais forte que o normal, para compensar dificuldades visuais. Uma boa regra é completar a iluminação com candeeiros de fácil manutenção.
  • Opte por sofás e poltronas confortáveis, com assentos que não sejam demasiado macios, e que facilitem os actos de sentar e levantar.
  • Evite esquinas de vidro, metal ou materiais cortantes em mesas de apoio.
  • Não use tapete em baixo da mesa da sala jantar e deixe um espaço à volta da mesa para a movimentação das pessoas.
  • Prefira pisos antiderrapantes.
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Veias dilatadas
Mais conhecida como varizes, a doença venosa crónica afecta mais de 1/3 dos portugueses e é uma das

A Doença Venosa Crónica (DVC) atinge 3 milhões de portugueses, dos quais 2 milhões são mulheres e apenas metade recebe algum tipo de tratamento. Trata-se de uma prevalência bastante elevada e que merece uma reflexão mais cuidada, tendo em conta que é possível prevenir e travar o avanço das varizes, caso estas sejam diagnosticadas atempadamente.

O aparecimento de varizes é motivado por dificuldades de drenagem sanguínea relacionadas com o estado das veias e com a insuficiência das válvulas existentes no interior das mesmas, afectando sobretudo os membros inferiores. As mulheres são mais afectadas do que os homens, devido a acção das hormonas sexuais femininas, ao uso de anticonceptivos orais (pílula), à existência de menor massa muscular e à gravidez.

O que é a doença venosa crónica
As varizes são veias dilatadas com volume aumentado, tornando-se tortuosas e alongadas com o decorrer do tempo. No seu percurso pelo corpo, o sangue é transportado para as extremidades através das artérias. Dentro das veias existem pequenas válvulas que impedem o retorno venoso para as extremidades. Quando essas válvulas não se fecham adequadamente, o refluxo é inevitável. É, então, que a quantidade de sangue dentro das veias começa a aumentar, obrigando-as a uma dilatação.

As veias dos membros inferiores têm como função conduzir o sangue de volta ao coração. Dentro delas existem pequenas válvulas que impedem o retorno venoso para os pés, devido à acção da gravidade. Quando estas válvulas se tornam insuficientes, não fecham adequadamente e o sangue não progride. Localmente, a quantidade de sangue aumenta, fica estagnado e faz com que as veias se dilatem e deformem tornando-se visíveis e com aspecto sinuoso.

Os vários tipos de varizes
Existem dois tipos de varizes, as essenciais e as secundárias. O caso das varizes essenciais, responsáveis pela maior parte dos casos clínicos, trata-se de um problema de origem hereditária. Todavia, a predisposição genética de antecedentes familiares não significa que irá, forçosamente, ter varizes.

Por sua vez, as varizes secundárias são provocadas por tromboflebites e, mais raramente, podem surgir por fístulas arteriovenosas na consequência de hábitos prejudiciais ou, por exemplo, depois de acidentes que obrigam a pessoa a ficar muito tempo acamada sem tomar as devidas precauções profilácticas.

Dito de outra forma…
- Telangiectasias - vulgarmente chamados "derrames”. São pequenas veias que aparecem por baixo da pele e se apresentam como pequenas linhas avermelhadas e sinuosas semelhantes a ramificações de uma árvore. Aparecem sem aviso e com maior frequência nas zonas das coxas, pernas e tornozelos.
- Veias varicosas - vulgarmente chamadas varizes, são veias dilatadas, tortuosas e alongadas, de maior ou menor calibre e profundidade. Têm cor azulada/arroxeada e resultam da falência valvular e perda da tonicidade e elasticidade da sua parede.

Causas mais frequentes
Na origem da doença venosa há sempre um ou mais factores determinantes, que podem ser de origem genética ou secundária a um factor circunstancial. O factor genético é responsável pela doença venosa primária, de início insidioso e com evolução mais ou menos lenta. Ocasiona uma diminuição da resistência das paredes das veias tornando-as mais frágeis e menos resistentes.

Os factores circunstanciais são vários, entre os quais se destacam, a trombose venosa profunda, os traumatismos, as terapêuticas hormonais femininas, a gravidez e um número considerável de factores causais como a obesidade, o ortostatismo prolongado, a toma excessiva de calor, etc.

Assim, a doença venosa deve ser tratada desde os primeiros estádios da sua evolução, e deve ser prevenida eliminando ou evitando, quando possível, os factores de risco. Mas há outros factores que desempenham, também, um papel importante no seu aparecimento ou agravamento, tais como: o tabaco, a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, o excesso de peso, a permanência prolongada na posição de pé ou sentada e actividades em que é necessário realizar grandes esforços, tal como sucede em muitas profissões.

Principais sintomas
A sintomatologia da doença venosa traduz-se por sensação de peso, dor, e frequente edema da perna e pé, geralmente de predomínio vespertino ao fim do dia. Nos estádios iniciais da doença ou seja, nos períodos pré-varicosos, as veias dilatadas, as varizes, não são evidentes, mas à medida que a doença progride o seu aparecimento é notório. As queixas mais frequentes são a sensação de cansaço, peso e dor nas pernas, prurido, edema (inchaço) dos pés e tornozelos, dormência e cãibras em, particular, durante a noite.

Estas queixas agravam-se após períodos prolongados na posição de pé e melhoram durante a noite. Vão-se agravando com o tempo e com a idade, a menos que se tomem medidas de prevenção ou um tratamento adequado. Se não tratadas podem dar origem a úlceras de difícil tratamento.

Em casos graves podem contribuir para a incapacidade para o trabalho ou desenvolver tarefas domésticas.

Factores de Risco
O principal factor de risco é a idade. As varizes vão agravando ao ritmo do envelhecimento, o que não significa que uma pessoa jovem não as possa ter também. O sexo feminino é o mais afectado por este problema e a proporção é de sete mulheres para apenas um homem. As mulheres em fases de alterações hormonais pronunciadas devem ser mais vigiadas, como é o caso das grávidas e das que se encontram na menopausa. Desde a puberdade, à menopausa, as mulheres passam por várias etapas marcadas por autênticas revoluções hormonais. É precisamente nessas fases que ficam mais susceptíveis ao desenvolvimento de varizes.

A terapêutica anticoncepcional hormonal é mais um factor relevante. Não só a pílula, como todos os outros métodos hormonais (adesivo transdérmico, anel vaginal, implante) estão contra indicados em mulheres cuja tendência hereditária é por si só bastante pesada ou que tenham sofrido vários episódios de trombose venosa profunda.

A gravidez é o período de maior risco. Se não aparecerem na primeira gestação, as varizes poderão aparecer na segunda, sempre com tendência para agravar nas gravidezes seguintes. A hereditariedade, a idade, a obesidade e o clima hormonal são alguns dos factores de risco que fazem das mulheres o alvo preferido das varizes.

A exposição ao calor nas suas diversas formas é também um factor de risco apontado pelos especialistas. Especialmente nas mulheres que fazem depilação com cera quente, ou que gostam de apanhar banhos de sol durante longas horas.

Quanto ao consumo de álcool ou de tabaco, parece não haver uma influência no desenvolvimento da doença venosa. A não ser, em estádios mais avançados da doença, em que já se verificam grandes alterações cutâneas na perna e em que há falta de oxigenação. Se for fumador, o doente compromete ainda mais esta falta de oxigenação. O sangue que chega à perna tem menos oxigénio do que o de um não fumador.

Tratamento
Actualmente os tratamentos curativos são cada vez menos agressivos, os tratamentos paliativos mais eficazes, e os tratamentos preventivos mais frequentes. Isto deve-se a um melhor conhecimento da doença bem como ao seu diagnóstico precoce feito através de métodos como o triplex-scan e o ecodoppler a cores.

Em qualquer estádio da doença, a terapêutica medicamentosa com ventrópicos deve ser instaurada. Devem seleccionar-se os que, para além de outras acções terapêuticas, actuam sobre a micro circulação, eliminando assim a sintomatologia, e evitando as situações de dermatite, eczema venoso e a úlcera de perna.

Nas varizes mais volumosas ou nas dependentes dos sistemas das safenas interna ou externa, a cirurgia é a única solução. A escleroterapia "secagem” e o laser transcutâneo, estão indicados no tratamento das telangiectasias e varizes reticulares (varizes de pequeno calibre).

Quando a indicação é correcta e a execução efectuada com rigor, tem excelentes resultados, não só no que respeita aos sintomas mas também no que se refere à estética.

Nos estadios iniciais a cirurgia pode ser efectuada em regime ambulatório, sob anestesia local ou locoregional, por procedimento endovascular com laser através de fibra óptica ou por ressecção das varizes com mini incisões cutâneas. A preocupação dominante do cirurgião vascular nesta doença é não só a cura da lesão mas também o resultado estético.

Nas situações mais avançadas e mais graves, a cirurgia é mais complicada, requerendo anestesia geral ou raquidiana, do que decorre a necessidade de internamento hospitalar, geralmente não por tempo superior a 24 horas.

Consequências do não tratamento
As úlceras varicosas, provocadas por varizes não tratadas causam um aumento de pressão exercida pelo sangue sobre a pele. Esta, ao estalar, provoca uma chaga que é difícil de tratar, porque só é possível curar a ferida na pele atacando a causa, que é o mau funcionamento do sistema venoso.

O caso de maior gravidade decorre das flebotromboses: Quando um trombo de sangue que está preso numa veia se solta pode subir até aos pulmões e poder resultar numa embolia pulmonar e na morte.

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Cientistas da Universidade da Califórnia
Investigadores da Universidade da Califórnia, estão a trabalhar com células estaminais para tentarem descobrir tratamentos para...

Os resultados do trabalho dos Investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, foram apresentados pelo professor Steven Finkbeiner, do Instituto Gladstone de Doenças Neurológicas daquela universidade norte-americana, em Pamplona, durante a sua visita ao Centro de Investigação Médica Aplicada (CIMA), da Universidade de Navarra.

"O nosso projecto consiste em utilizar células da pele de doentes, transformá-las em neurónios e estudá-las em laboratório, para compreender as causas das formas mais comuns de Alzheimer e Parkinson", explicou o investigador.

Descoberto marcador molecular
Um marcador molecular que permite detectar parasitas do paludismo resistentes à artemisinina foi descoberta por cientistas do...

Cientistas do Instituto Pasteur, em França e no Camboja, descobriram um marcador molecular que permite detectar parasitas do paludismo resistentes à artemisinina, principal componente dos medicamentos usados contra a doença, divulgou hoje a revista Nature.

Os resultados da descoberta indicam que é possível controlar melhor a propagação das formas resistentes e adaptar os tratamentos para o paludismo, doença que se transmite através da picada de um mosquito e para a qual não existe vacina.

Durante a investigação, os cientistas converteram, em laboratório, um parasita resistente à artemisinina e compararam o seu genoma com uma variante gémea não resistente.

Estudo internacional revela:
Um estudo internacional, em que participam investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, concluiu...

Desenvolvida com “ratos sujeitos a processo de envelhecimento até 30 meses”, a investigação, em que participam investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, incidiu nas mitocôndrias – “organelos que vivem dentro das nossas células fabricando energia no organismo essencial para a realização de funções vitais” -, que “têm sido identificadas como actores principais no envelhecimento”, refere a Universidade de Coimbra (UC). O estudo concluiu que há “processos envolvidos no envelhecimento” que “são reversíveis”.

A investigação, liderada pelo biólogo David Sinclair, da Harvard Medical School, de Boston (EUA), foi publicada na Cell, “uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo”.

Saiba mais sobre:
A alimentação da grávida constitui um aspecto muito importante durante a gestação e deve receber máx
Grávida a comer uma salada

A grávida nunca deve "comer por dois", como gosta de indicar o senso comum. Esta ideia não poderia estar mais errada, podendo gerar mais danos do que benefícios para a mãe e para o bebé. Estudos revelam que a grávida precisa de um acréscimo de apenas 300 calorias por dia para garantir o bem-estar e um aumento de cerca de 12 quilos ao longo da gravidez. A grávida deverá dar especial atenção à qualidade dos alimentos que irá ingerir durante a gestação.

Uma alimentação equilibrada contém alimentos em quantidade e qualidade adequadas à manutenção das actividades corporais, deve fornecer energia, manter a estrutura e as funções corporais, regular os processos orgânicos e a síntese de células e tecidos.

No caso da grávida, deve atender às necessidades do feto sem sobrecarregar a mãe. Para isso, a alimentação deve fornecer proteínas, lípidos, hidratos de carbono, vitaminas e minerais de acordo com as necessidades de cada mulher.

Alimentos Construtores

São os que estão envolvidos na formação e crescimento dos tecidos, como as proteínas e os aminoácidos encontrados em carnes (aves, peixes e carnes vermelhas), ovos, leguminosas, como o feijão, ervilha, grão-de-bico e lentilha e leites e derivados, como iogurte, queijos e leite.

Alimentos Reguladores

São os que fornecem substâncias como as vitaminas e sais e são responsáveis pela regulação de diversas funções do organismo. Estes elementos são encontrados principalmente em alimentos como frutas, verduras e legumes.

Alimentos Energéticos

Fornecem energia para a realização de todas as actividades do corpo. Contêm hidratos de carbono e podem ser encontrados nos cereais (dar preferência aos integrais), pão, massa e arroz.

Vitaminas e minerais

Deverá haver um aporte diário de ácido fólico de 400 microgramas a partir do momento da contracepção até a 12 ª semana de gravidez. Devem incluir-se na dieta alimentos que contenham ácido fólico - a forma natural de ácido fólico - como verduras e arroz integral, pães e cereais matinais. O ácido fólico reduz o risco de defeitos do tubo neural, como espinha bífida. As mulheres grávidas podem desenvolver um défice em ferro, daí que a sua alimentação deva ser rica em alimentos com ferro. Como o chá e o café podem dificultar a absorção de ferro estas bebidas não deverão ser ingeridas durante as refeições. Relativamente à vitamina A é importante referir que não deverá ser ingerida em suplementos nem em grande quantidades, mesmo a sua forma tópica deve ser evitada.

Alimentos que a dieta da grávida deve incluir

Frutas e produtos hortícolas, pelo menos cinco porções diárias de uma variedade por dia; Alimentos ricos em amido, como pão, macarrão, arroz e batatas - tentar escolher; as opções integrais; Alimentos ricos em proteínas como carnes magras e frango, peixe (o objectivo é, pelo menos, duas porções de peixe por semana, incluindo óleo de peixe), ovos e leguminosas (como feijão e lentilha). Esses alimentos também são boas fontes de ferro. Fibras, como pão integral, macarrão, arroz, legumes e frutas e produtos hortícolas; Alimentos lácteos, como leite, queijo e iogurte, que contêm cálcio.

Também é oportuno reduzir os alimentos, como bolos e biscoitos, pois são ricos em gordura e açúcar.

O Peso Ideal

Uma mulher com constituição física e saúde equilibradas, deve ganhar entre nove a catorze quilos durante a gestação, ou seja, cerca de 1,5 a 2 quilos por mês, a partir da 14.ª semana. Antes desse tempo, o bebé não ganha peso e, portanto, a mãe não tem motivo para modificar o seu corpo inicial, especialmente se estiver a ter uma alimentação equilibrada e saudável.

Por outro lado, o não aumento de peso, ou ainda a sua perda, a partir do segundo trimestre constitui um mau sinal, especialmente quando o aumento de peso total é inferior a 4,5 quilos. Isso pode acarretar um atraso do crescimento do feto.

Existem algumas tabelas que indicam qual deverá ser o ganho ponderal tendo em conta o Índice de Massa Corporal inicial (IMC).

Variações de peso durante a gravidez

Peso antes da gravidez Aumento de peso recomendado

Baixo peso (IMC <18.5) 13 a 18 kg
Peso Normal (IMC de 18.5 a24.9) 11 a 16 Kg
Peso elevado (IMC de 25 a 29.9) 7 a 11 kg
Obesidade (IMC> 30) 5 a 9 kg

(Fonte: Institute of Medicine. Weight Gain During Pregnancy)

Algumas vezes, o aumento de peso é causado pela retenção de líquido decorrente do mau fluxo sanguíneo nos membros inferiores, principalmente quando a mulher permanece de pé por longos períodos. Nesse caso, a grávida pode minimizar o problema fazendo pequenas pausas durante o dia. A melhor posição para isso é deitando-se de lado, preferencialmente sobre o lado esquerdo, durante 30 a 45 minutos, duas a três vezes por dia. A razão pela qual é aconselhável deitar-se sobre o lado esquerdo assenta no facto da veia cava, que traz todo o sangue dos membros inferiores em direcção ao coração, ficar à direita da coluna vertebral. Portanto, ao deitar-se do lado esquerdo, a mulher desobstrui a passagem do sangue por essa veia e permite uma melhor circulação.

Acréscimo diário de calorias

Durante a gravidez, a maioria das mulheres deve acrescentar cerca de 300 calorias à sua dieta diária. Embora as proteínas devam representar a maior parte dessas calorias, a dieta deve ser bem equilibrada, incluindo frutas frescas, cereais e vegetais. Os cereais ricos em fibras e sem açúcar são excelentes.

Deve dar-se preferência ao sal que tenha menos sódio (verificar especificação nos rótulos); pode ser consumido com moderação, mas os alimentos excessivamente salgados ou os que contêm conservantes devem ser evitados.

As dietas restritivas durante a gravidez não são recomendadas, mesmo às mulheres obesas, pois a qualidade da dieta alimentar é essencial para o desenvolvimento adequado do bebé. O importante é não reduzir os nutrientes essenciais ao desenvolvimento do feto.

Alguns estudos epidemiológicos demonstraram uma clara associação entre o peso pré-gestacional e o resultado da gravidez. Como indicador do estado nutricional analisa-se o IMC. Mulheres com IMC baixos estão normalmente associadas a atraso de crescimento intra-uterino e parto prematuro. Se o IMC estiver acima do normal podem ocorrer resultados adversos na saúde reprodutiva. Por exemplo infertilidade diabetes gestacional, hipertensão na gravidez, pré-eclâmpsia e defeitos no nascimento.

Aumento médio de peso no final da gravidez

Bebé 3-4 kg
Placenta 0,7 kg
Liquido amniótico 1 kg
Gordura da Mãe 2,5 kg
Sangue 1,5 kg
Retenção de água 2,5 kg
Mamas 0,5 kg
Útero 1 kg
Total 12,7 – 13,7 kg

Orientações Gerais para o Menu Diário

- Fazer, no mínimo, cinco refeições por dia;
- Beber muitos líquidos, pelo menos 1,5 litros por dia;
- Limitar alimentos salgados e/ou gordurosos, bem como refrigerantes, pastilhas e doces industrializados;
- Bebidas alcoólicas são proibidas;
- Beber, pelo menos, três copos de leite por dia, ou consumir derivados como iogurte, queijos para cobrir a necessidade de cálcio, importante na formação óssea do feto;
- Consumir alimentos ricos em ferro, como feijão, carne, espinafre, beterraba e agrião. Consumir, na mesma refeição, alimentos ricos em vitamina C, para melhorar a absorção do ferro, como a laranja, limão, caju, maracujá, pimentão, tomate, tangerina e morango.
- Limitar o consumo de doces;
- Dar preferência aos alimentos ricos em fibras, como legumes, verduras e frutas cruas, bem como cereais integrais, para prevenir a obstipação;
- Evitar alimentos que potenciam a prisão de ventre, isto é, que dificultem o trânsito intestinal, como banana, maçã, pães com farinha refinada, batata, alimentos refinados (arroz branco, açúcar branco) e chá preto;
- É importante evitar também alimentos que induzem gases, como a couve-flor, o repolho, o pepino, a batata-doce, o pimentão, as ervilhas, os brócolos e o nabo.

Cuidados alimentares

A mulher grávida pode comer uma grande variedade de tipos de peixe. Comer peixe é bom para sua saúde e para o desenvolvimento do feto. No entanto alguns tipos de peixes deverão ser evitados ou deverá limitar-se a sua quantidade. Estes alimentos são uma grande fonte de proteína, ferro e ácidos gordos omega-3 que ajudam a promover o desenvolvimento do cérebro do bebé. No entanto, alguns peixes e mariscos contêm níveis potencialmente perigosos de mercúrio. Níveis elevados de mercúrio podem danificar o desenvolvimento do sistema nervoso do bebé. A Food and Drug Administration(FDA) dos Estados Unidos da América e a Agência de Protecção Ambiental (EPA) Americana encorajam as mulheres grávidas a evitar os seguintes tipos de peixe: espadarte, cavala e tubarão.

Segundo publicações da FDA e EPA as mulheres grávidas podem comer com segurança até 340 gramas por semana ou duas porções de tamanho médio de camarão, salmão e bacalhau. O atum não deverá exceder os 170 gramas por semana. Os peixes crus, as ostras e amêijoas deverão ser evitados. A temperatura a que o peixe deve ser cozinhado é de 63º C.

Durante a gravidez as mudanças no metabolismo e na circulação podem aumentar o risco de intoxicação alimentar bacteriana. Devem cozinhar-se totalmente todas as carnes e aves antes de comer. Os ovos devem ser cozinhados. Ovos crus podem estar contaminados com bactérias nocivas, como a salmonela. Evite os alimentos feitos com ovos crus ou parcialmente cozidos, como gemada e maionese. Os produtos lácteos devem ser pasteurizados. A menos que o queijo Camembert, Feta, Brie, queijo azul ou o queijo fresco estejam claramente identificados como pasteurizados, não devem ser ingeridos. Deve dar-se especial atenção à lavagem de frutas e vegetais crus e cortar as partes danificadas.

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