Doença de infância
A varicela é uma doença de infância muito vulgar que todos os anos afecta dezenas de milhar de crian
Criança com borbulhas na cara características da varicela

A varicela é uma doença de infância muito vulgar que todos os anos afecta dezenas de milhar de crianças em Portugal, especialmente durante o Inverno e Primavera. É causada pelo vírus varicela-zoster, um membro da família do vírus herpes. Afecta principalmente crianças e adolescentes, mas também pode atingir adultos, especialmente quando há algum tipo de imunodeficiência.

Trata-se de uma doença altamente contagiosa, transmitida de pessoa para pessoa por via aérea, através das pequenas gotas de saliva contaminadas, expelidas pelos doentes ao falarem, ou através do líquido presente nas lesões cutâneas que tanto provocam esta doença como o herpes zóster.

Uma vez debelada, a varicela normalmente não reaparece, no entanto, é possível que uma determinada quantidade de vírus sobrevivam adormecidos em alguns tecidos do organismo, sem provocar qualquer sinal ou sintoma. Todavia, após um período de tempo mais ou menos prolongado, normalmente na idade adulta ou até na velhice, este vírus pode ser reactivado, por exemplo, devido a uma redução temporária das defesas, e causar o desenvolvimento da zona (herpes zóster).

Manifestações clínicas

A varicela tem um período de incubação de uma a três semanas partir do momento do contágio. A doença começa por se manifestar através de sinais e sintomas gerais inespecíficos como febre, mal-estar e perda de apetite.

Ao fim de um a três dias, estas manifestações intensificam-se, proporcionando a erupção cutânea característica da varicela: manchas vermelhas, muito pruriginosas, que revestem em grande número toda a superfície do corpo, embora se concentrem em particular na face, tronco e base dos membros. As lesões adquirem um ligeiro volume e transformam-se em vesículas, repletas de um líquido amarelado, provocando comichão intensa. Alguns dias depois, as vesículas rebentam e o líquido seca, propiciando a formação de crostas que acabam por cair. A varicela resolve-se espontaneamente para a cura, com a eliminação das crostas.

As complicações são raras mas podem ocorrer infecções bacterianas, encefalite e pneumonia, principalmente nos adultos e imunocomprometidos.

Tratamento

O tratamento é aquele recomendado para as viroses comuns da infância: repouso, ingestão de líquidos e boa alimentação. Para a febre, podem utilizar o paracetamol e para o alívio da comichão pode optar por um anti-histamínico. Não coçar é importante para evitar sobreinfecção das lesões.

Deve ser feita a limpeza das lesões e, em caso de infecção secundária, medicação antibiótica de uso local ou via oral deve ser instituída.

Não deve-se utilizar medicamentos com ácido acetilsalicílico para evitar uma possível complicação grave: a síndrome de Reye, que provoca dano hepático e cerebral.

Varicela e gravidez

Quando se contrai a varicela ao longo dos três primeiros meses de gestação os vírus causadores podem atravessar a placenta e infectar o embrião, provocando uma varicela intra-uterina. Esta infecção costuma ter graves consequências, já que algumas vezes provoca a morte do embrião e um aborto espontâneo, enquanto noutras, em cerca de 10 por cento dos casos, origina lesões que provocam como sequelas malformações cranianas, surdez, atraso mental ou extensas cicatrizes cutâneas.

Por outro lado, caso se contraia a infecção nos dias anteriores ao parto, o feto pode ser contagiado no momento do nascimento e desenvolver uma forma grave da doença que, por vezes, tens consequências fatais.

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Manchas na pele

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Doença sexualmente transmissível
O cancro mole é uma doença de transmissão sexual que produz úlceras genitais dolorosas e persistente
Cancro mole

O cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST), também chamada de cancro venéreo e popularmente conhecida como "cavalo", causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Pode ser transmitido pela relação sexual vaginal, anal ou oral e manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole nos órgãos genitais. Apesar de ter o nome de cancro, não se trata de uma neoplasia/cancro, mas sim de uma doença infecciosa.

Apesar de ter sido uma doença rara, o número de casos tem aumentado nos últimos tempos, muito devido à prática de sexo desprotegido e pode afectar tanto os homens como as mulheres. Os portadores do cancro mole têm mais probabilidade de se infectar com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) se for exposta a ele.

Sintomas
Os primeiros sintomas aparecem dois a cinco dias após relação sexual desprotegida com portador da doença, período que se pode estender até duas semanas.

Surge normalmente uma úlcera dolorosa na glande do pénis, escroto ou lados do pénis no homem, ou nos lábios maiores ou menores da vulva na mulher. A úlcera sangra facilmente, e os seus limites são irregulares mas bem definidos em relação à pele normal. A base apresenta um material amarelado-esverdeado purulento. Após algum tempo, forma-se uma ferida húmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de tamanho e profundidade. A seguir, surgem outras feridas à volta das primeiras.

Num terço dos casos, os gânglios linfáticos regionais (inguinais) ficam inchados e facilmente palpáveis e que podem dificultar os movimentos da perna, chegando a impedir a pessoa de andar. Nos estágios avançados não tratados podem irromper na pele drenando pus espesso, esverdeado, misturado com sangue.

O quadro clínico pode ser acompanhado de dor de cabeça, febre e fraqueza.

Tratamento
O cancro mole é tratado com medicamentos à base de antibióticos, sabonetes e medicações de uso local. Além do tratamento, deve-se realizar intensa higiene dos locais afectados. Se não tratado, existe maior probabilidade de uma pessoa ser infectada ou infectar outros com o vírus da SIDA.

As relações sexuais devem ser evitadas até a conclusão do tratamento. É recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, em qualquer circunstância, pela possibilidade de existirem portadores que não manifestem sintomas.

Após terminar o tratamento deverá consultar o médico para se certificar que todas as feridas sararam e que a infecção está completamente curada.

Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de se prevenir contra o cancro mole é utilizar o preservativo em todas as relações sexuais.

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Perguntas de respostas rápidas
Uma boa noite do sono é essencial para que se sinta bem-disposto e activo no dia seguinte.
Mulher a bocejar com relógio na mão

Estudos mostram como o sono à noite está directamente relacionado com o nível produtivo do dia seguinte. O sono é essencial para que o seu corpo e mente se sintam frescos e, portanto, a funcionar bem no dia seguinte.

Porque é que o sono é importante?

O sono é fundamental na vida de todos nós. Dormir não é um luxo, mas sim uma necessidade fisiológica que devemos respeitar. A privação de sono, sobretudo quando continuada, pode ser responsável por muitos acontecimentos negativos na nossa vida. Neste incluem-se o aumento da probabilidade de contrair vários tipos de doenças crónicas, dificuldades no desempenho, na concentração e no estado de ânimo. Além disso associa-se a um aumento do risco de acidentes de trabalho ou viação com as suas consequências, por vezes trágicas.

Como se processa o sono?

Os seres humanos têm um relógio biológico interno de 24 horas, chamado ritmo circadiário, que nos indica quando devemos ir dormir ou acordar. Dá-se o nome de circadiário ao período sobre o qual se baseia todo o ciclo biológico do corpo humano, influenciado pela luz solar. Este relógio está sincronizado como ciclo dia-noite em que vivemos.

O que acontece quando estamos a dormir?

O sono normal é constituído por cinco fases diferentes que formam o seu ciclo. Durante uma noite de sono passamos por diversos ciclos de sono. Também ocorrem diversos períodos de um ou dois minutos de vigília, dos quais não nos damos conta. Os ruídos ou as preocupações sentidos durante estes períodos de vigília podem ser lembrados e a sua duração pode aumentar. As fases 1 a 4 fazem parte do sono non-rapid eye movement (NREM) e a Fase 5 constitui o sono rapid eyemovement (REM).

Fases do sono

Fase 1: Sono leve quando se está meio a dormir meio acordado. É a transição entre a vigília e o sono;
Fase 2: Fase inicial do sono, quando começa a desligar-se daquilo que o rodeia;
Fase 3: Sono profundo, que é a primeira fase de sono reparador;
Fase 4: Sono mais profundo em que é difícil acordar. Durante esta fase o corpo procede à sua auto-reparação para repor as energias;
Fase 5: Sono REM que acontece, em média, após 90 minutos de sono. À medida que os ciclos se sucedem, o período de sono REM vai ficando cada vez mais longo. A maior parte dos sonhos acontecem durante o sono REM. O sono REM é essencial para carregar as baterias para o dia seguinte.

Hipnograma do ciclo do sono de um adulto sem insónia

Durante quanto tempo devemos dormir?

Para alguns adultos, 4 a 5 horas de sono por noite podem bastar, embora a maior parte das pessoas necessitem de 7 a 8 horas de sono por noite para se sentirem revigoradas no dia seguinte. Com o avançar da idade as pessoas tendem a dormir menos, por vezes, menos de 6 horas por noite. Estas diferenças no padrão do sono devem-se a mudanças no ciclo de sono típicas da idade.

À medida que envelhecemos temos sono mais cedo, à noite, do que quando tínhamos 20 ou 30 anos, e também acordamos mais cedo de manhã. As interrupções do sono durante a noite também aumentam com a idade.

É importante não esquecer que a qualidade do sono, e não apenas a sua duração, é crucial para uma boa noite do sono. É necessário passar pelo ciclo completo do sono diversas vezes por noite e passar tempo suficiente nas fases de sono profundo para conseguir um sono reparador que nos faz sentir bem na manhã seguinte.

O que é a insónia?

É perfeitamente normal dormir mal durante algumas noites, se tiver preocupações ou sentir ansiedade. No entanto, quando esta situação se prolonga durante mais de um mês denomina-se insónia. Os sintomas mais frequentes da insónia são os seguintes:

  • Não conseguir adormecer
  • Acordar durante a noite durante longos períodos
  • Acordar demasiado cedo
  • Não se sentir revigorado após uma noite do sono.

A insónia leva a que, após uma noite de sono, a pessoa ainda se sinta cansada. A insónia pode afectar de sobremaneira o seu bem-estar e desempenho durante o dia da seguinte forma:

  • Sentir-se sempre cansado
  • Andar sonolento durante o dia
  • Sentir dificuldade em concentrar-se ou pouca capacidade produtiva
  • Sentir-se demasiado cansado para as actividades sociais ou lúdicas
  • Ter dificuldade em tomar decisões
  • Ter esquecimentos frequentes
  • Começar a sentir-se irritado e mal-humorado.
 

Tipos de insónias

A insónia pode ser dividida em dois tipos – primária e secundária. A insónia primária é a que não é causada por uma doença física ou mental, ou em consequência da toma de medicação ou de substâncias (como álcool ou drogas). Se a incapacidade para dormir se dever a uma doença ou à toma de medicação ou substâncias denomina-se insónia secundária. A insónia secundária pode, por exemplo, resultar da dor causada por uma doença reumática. A ansiedade e a depressão podem também estar na base da insónia secundária. Para combater a insónia secundária deve consultar o seu médico que poderá diagnosticar e tratar o seu problema subjacente.
 

Que aspectos da vida diária são afectados pela insónia?

Se sofrer de insónia, ou conhecer alguém nesta situação, saberá provavelmente que esta perturbação tem repercussões graves no dia-a-dia. A insónia pode causar dificuldades a nível da concentração no trabalho, das actividades sociais e do tempo de qualidade passado com amigos e parceiros. Poderá até considerar que a sua insónia, e a fadiga a ela associada, passaram a fazer parte da sua rotina.
 

O que pode fazer para dormir melhor

  • Não se levante tarde mesmo se tiver dormido mal na noite anterior ou costume usar os fins-de-semana para pôr o sono em dia, dado que pode interferir com o seu ritmo biológico;
  • Levante-se à mesma hora todos os dias para reforçar o seu relógio biológico, independentemente de como se sinta. Estará assim a reforçar o seu padrão do sono;
  • Evite fazer sestas durante o dia caso o seu objectivo seja dormir mais à noite. As sestas podem ajudar na vigília a curto prazo se não se prolongar em por mais de 20 ou 30 minutos;
  • Vá para a cama apenas quando tiver sono e não antes;
  • Se estiver acordado na cama durante mais de 20 minutos levante-se, saia do quarto e procure fazer alguma coisa relaxante até se sentir suficientemente cansado para voltar para a cama.

Mantenha um ambiente no quarto adequado para dormir…

1. O quarto não deve estar muito quente, frio ou barulhento. Use tampões para os ouvidos para eliminar fontes de ruído exterior, ou o ressonar do seu parceiro, e uma venda nos olhos para tapar a luz;
2. Na medida do possível, use o quarto apenas para dormir;
3. Evite ver TV ou trabalhar no quarto;
4. A cama deverá ser confortável e suficiente grande para si e para o seu parceiro. O seu colchão deve sustentá-lo bem. Geralmente, os colchões devem ser substituídos de 10 em10 anos;
5. Esconda o despertador. Não olhe para o relógio porque não o vai ajudar a adormecer.

Prepare a sua disposição para dormir…

1. Procure relaxar antes de ir para a cama. Faça actividades calmantes como um banho quente ou ouça música suave durante alguns minutos antes de se ir deitar;
2. Não faça esforços mentais ou físicos, como estudar ou ler textos complexos, 90 minutos antes de se ir deitar;
3. Deixe o dia acabar. Não se preocupe com os acontecimentos do próprio dia ou do dia seguinte e com o facto de não conseguir dormir – lembre-se que poderá ter um dia normal mesmo que não tenha dormido bem durante a noite.

A evitar…

1. Cafeína seis horas antes de ir para a cama, o que inclui: chá, café, bebidas ou alimentos contendo cafeína;
2. Fumar antes de ir para a cama. A nicotina dos cigarros é um estimulante, tal como a cafeína, que o pode manter acordado, pelo que deve evitar fumar perto da hora de deitar;
3. Álcool em quantidades elevadas ou como indutor do sono. O álcool pode fazê-lo adormecer mas interfere com o sono durante noite e faz com que acorde mais cedo de manhã. Uma refeição pesada antes de ir para a cama. Procure comer mais cedo ou faça uma refeição ligeira;
4. Exercício físico à noite. O exercício regular praticado durante o dia ou ao entardecer, como uma breve caminhada ou corrida, pode contribuir para uma boa noite de sono, mas se realizado próximo da hora de deitar pode, em vez disso, dificultar o sono.

Não se esqueça…

É perfeitamente normal dormir mal durante algumas noites, se tiver preocupações ou sentir ansiedade. No entanto, se a situação se prolongar durante mais de um mês poderá tratar se de insónia.
1. A quantidade necessária de sono varia de pessoa para pessoa;
2. À medida que envelhecemos o padrão do sono sofre alterações;
3. Ter um sono reparador e profundo é fundamental para se sentir revigorado e enérgico na manhã seguinte;
4. Passos simples como alterações à rotina, aos hábitos e ao ambiente do quarto podem melhorar a qualidade do seu sono;
5. No entanto, se continuar a achar que não tem um sono reparador deve consultar o seu médico.
 

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Dormir é uma necessidade fisiológica que deve ser respeitada

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Defesa imunitária
Os anticorpos são moléculas produzidas pelo desencadear do mecanismo de defesa imunitária específica
Anticorpos

Nos órgãos linfóides (baço e gânglios linfáticos) existem vários tipos diferentes de linfócitos B, cada qual reconhecendo um antigénio específico. Quando um tipo de linfócitos B é activado pelo antigénio, para o qual possui receptores, entra em processo de diferenciação, transformando-se em plasmócitos, células que irão originar células de memória (activas em futuras reinfecções pelo mesmo agente) e em anticorpos, que se libertam nos fluidos circulantes (sangue e linfa), onde viajam até ao local da infecção.

Quimicamente, os anticorpos são glicoproteínas, formadas por quatro cadeias polipeptídicas interligadas entre si - duas cadeias pesadas (mais longas) e duas cadeias leves (mais curtas) -, dispondo-se espacialmente em "Y". A sequência de aminoácidos que formam a molécula, apresenta uma larga zona comum, constante entre os vários tipos de anticorpos (são locais de interacção com outros elementos do sistema imunitário), sendo que apenas a zona dos dois braços superiores do "Y" apresenta uma sequência química variável, única para cada anticorpo, já que é complementar de outra de um dado antigénio, conferindo assim especificidade ao anticorpo.

Os anticorpos raramente conduzem directamente à destruição do agente invasor, cujo antigénio reconhecem, actuando antes como marcadores, intensificadores de outras respostas de defesa do organismo. A formação do complexo antigénio-anticorpo origina um acentuar da resposta inflamatória, intensificando a vasodilatação e a permeabilidade capilar, o que permite uma migração mais fácil das células fagocitárias, que aumentam a sua actividade quando detectam o complexo antigénio-anticorpo. Estas glicoproteínas imunitárias actuam ainda provocando a aglutinação e a precipitação dos antigénios, neutralizam vírus e toxinas bacterianas e provocam a activação do sistema complemento, cujas proteínas podem provocar o surgimento de poros na membrana de revestimento dos agentes invasores, levando à sua lise e consequente destruição.

Os anticorpos podem ser agrupados em cinco classes principais de imunoglobulinas - IgM, IgG, IgA, IgD e IgE -, tendo em conta especificidades da sua estrutura e modo de acção.

A administração de vacinas visa, através da inoculação de organismos mortos ou inactivados, colocar os linfócitos B a produzir células de memória e anticorpos, os quais passam a estar imediatamente disponíveis, anulando riscos de infecção pelos micro-organismos presentes na vacina.

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Resultados de estudo revelam:
O número de pessoas com doença arterial periférica aumentou quase um quarto em 10 anos em todo o mundo, indica um estudo.

Em 2010, cerca de 202 milhões de pessoas sofriam da doença arterial periférica – circulação perigosamente reduzida ou bloqueio do fluxo de sangue nas pernas - em comparação com as 164 milhões registadas uma década antes. Segundo a análise publicada na revista médica britânica Lancet o aumento do número de casos é mais significativo entre as pessoas de meia-idade nos países em desenvolvimento, escreve o Sapo Saúde.

O aumento é atribuído ao crescimento da esperança de vida, dado a doença ocorrer principalmente entre os idosos, mas também a um estilo de vida sedentário.

Ser fumador, diabético, hipertenso ou ter excesso de colesterol constituem factores de risco.

A doença arterial periférica está relacionada com uma série de problemas, incluindo um aumento de quase três vezes do risco de ataques cardíacos e de acidentes vasculares cerebrais. A forma mais avançada da doença representa um grave risco de amputação.

"Esta doença vascular periférica tornou-se um problema mundial do século XXI e já não pode ser vista como uma doença dos países ricos”, sublinha o professor Gerry Fowkes, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, responsável pelo estudo.

Segundo Fowkes, "este crescimento espectacular representa um desafio importante para a saúde pública, devido à perda de mobilidade, de uma qualidade de vida reduzida e do aumento do risco de ataque cardíaco e cerebral (AVC) ” nas pessoas atingidas.

Anafilaxia
A anafilaxia é a reação alérgica mais grave, que pode resultar em dificuldade respiratória, ou até m
Anafilaxia

A anafilaxia pode ser causada por um alergénio. Os mais frequentes são os medicamentos, as picadas de insectos, certos alimentos e as injecções de imunoterapia alergénica. A anafilaxia nunca ocorre na primeira exposição a um alergénio. Por exemplo, a primeira exposição à penicilina ou a primeira picada de abelha não desencadeiam a anafilaxia, mas a seguinte já o pode fazer. Na realidade, muitas pessoas não se recordam de ter sofrido uma primeira exposição.

Uma reacção anafiláctica começa quando o alergénio entra na corrente sanguínea e reage com um anticorpo da classe imunoglobulina E (IgE). Essa reacção incita as células a libertar histamina e outras substâncias que participam nas reacções imunes inflamatórias. Como resposta, as vias respiratórias dos pulmões podem fechar-se e provocar asfixia, os vasos sanguíneos podem dilatar-se e fazer com que a tensão arterial desça e as paredes dos vasos sanguíneos podem deixar sair líquido, provocando edema e urticária. O coração pode funcionar mal, bater de forma irregular e bombear sangue de forma inadequada.

As reacções anafilactóides assemelham-se às anafilácticas, mas podem ter lugar depois da primeira injecção de certos fármacos (por exemplo, polimixina, pentamidina, opiáceos ou meios de contraste utilizados em exames radiológicos). No mecanismo não participam os anticorpos IgE e, em consequência, não se trata de uma reacção alérgica. A aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides podem causar reacções anafilácticas em algumas pessoas, em particular naquelas com rinite alérgica perenial e pólipos nasais.

Sintomas
Os sintomas começam imediatamente, ou quase sempre, nas duas horas posteriores à exposição à substância prejudicial. A pessoa pode sentir-se inquieta, estar agitada e ter palpitações, formigueiro, pele avermelhada e ardor, latejar nos ouvidos, tosse, espirros, urticária, edemas ou uma maior dificuldade em respirar devido à asma ou à obstrução da laringe. O colapso cardiovascular pode verificar-se sem sintomas respiratórios. Em geral, um episódio inclui sintomas respiratórios ou cardiovasculares, mas não ambos e, a pessoa, repete o mesmo quadro de sintomas em episódios subsequentes. No entanto, a anafilaxia pode evoluir tão rapidamente que pode causar um colapso, convulsões, incontinência de urina, perda de consciência ou um ataque cerebral súbito ao fim de um ou dois minutos. A anafilaxia pode ser fatal, a menos que se institua um tratamento de emergência de imediato.

Prevenção
Um indivíduo que tenha sofrido de anafilaxia a partir de uma picada de abelha repete, provavelmente, essa experiência se voltar a ser picado. Sucede o mesmo face a uma exposição reiterada a outros alergénios, como um medicamento. Efectuar testes cutâneos cada vez que se tiver de administrar o referido medicamento não é prático. No entanto, as pessoas que têm antecedentes de alergia ao soro animal (por exemplo, à antitoxina do tétano proveniente do cavalo) ou à penicilina são submetidas a testes antes de receber esses produtos.

A imunoterapia alergénica prolongada evitará a anafilaxia em pessoas alérgicas a substâncias impossíveis de evitar, como as procedentes de picadas de insectos. Não se recorre à imunoterapia quando a substância nociva pode ser evitada, como é o caso da penicilina e de outros fármacos.

Contudo, se um indivíduo necessita de um medicamento em particular (como a penicilina ou uma anatoxina oriunda de soro de cavalo), é possível realizar rapidamente a dessensibilização com um controlo rígido no consultório do médico ou então num hospital.

Algumas pessoas têm antecedentes de reacções anafilácticas aos corantes (meios de contraste) injectados em certos exames radiológicos. Apesar de os médicos tentarem evitar o seu uso em doentes com essas características, algumas afecções não podem ser diagnosticadas sem o recurso a eles. Nestes casos, podem ser utilizados meios de contraste especiais que reduzem a incidência das reacções. Além disso, os medicamentos que bloqueiam as reacções anafilácticas, como a prednisona, a difenhidramina ou a efedrina, podem ser benéficos se forem administrados antes de se injectar o contraste.

Tratamento
O primeiro tratamento para a anafilaxia é uma injecção de adrenalina. As pessoas alérgicas às picadas de insectos ou a certos alimentos, em especial as que tenham já tido um ataque de anafilaxia, deveriam andar sempre com uma seringa auto-injectável de adrenalina, para um tratamento de emergência.

Em geral, este tratamento suspende as reacções anafilácticas. No entanto, todo o indivíduo que tenha uma reacção anafiláctica deve imediatamente recorrer ao serviço de urgência de um hospital, porque pode ser necessário efectuar um cuidadoso controlo dos sistemas cardiovascular e respiratório, além de poder dispor de um tratamento rápido e complexo.

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Perguntas e respostas
Conheça as respostas às principais perguntas feitas sobre bronquite crónica.
Pulmões, traqueia e brônquios

O que é a bronquite crónica?

A bronquite crónica é uma doença que afecta os pulmões e que dificulta a função respiratória. Trata-se de uma inflamação crónica da mucosa que reveste os brônquios, normalmente provocada pelo tabagismo, e que origina uma alteração da função respiratória, causando várias complicações que, em conjunto, deterioram a qualidade de vida.

Quais são os principais sintomas da bronquite crónica?

A bronquite crónica manifesta-se por tosse persistente, expectoração, dificuldade em respirar e sensação de aperto no peito.

A bronquite crónica é uma doença grave?

A bronquite crónica é uma doença que pode apresentar diferentes graus de evolução (estadios) a que correspondem diferentes níveis de gravidade. Se o doente não aderir ao tratamento proposto e não adoptar estilos de vida saudáveis a doença progride mais rapidamente para as formas graves com uma mortalidade alta.

Quais são as causas da bronquite crónica?

A bronquite crónica resulta da inflamação das vias aéreas dos pulmões com acumulação de muco. A principal causa da inflamação dos brônquios é o fumo do cigarro. Outras causas são a inalação prolongada de pó, gases ou poeiras químicas, solventes e outras substâncias irritantes. Assim, a poluição atmosférica pode causar bronquite crónica, e a exposição profissional a substâncias inaladas também.

Como se faz o diagnóstico de bronquite crónica?

O diagnóstico da bronquite crónica é essencialmente clínico, ou seja, baseado nos sintomas referidos pelo doente (tosse persistente acompanhada de expectoração e dificuldade em respirar).

Para confirmar o diagnóstico e avaliar posteriormente a eficácia do tratamento o médico irá propor a realização de alguns exames como testes de função respiratória, radiografia do tórax, electrocardiograma e análises ao sangue. O exame mais importante para o diagnóstico é o estudo da função respiratória. Para fazer o estudo da função respiratória o doente sopra para uma máquina que mede a profundidade e a velocidade com que o ar circula nos pulmões. Um estudo da função respiratória que confirme a obstrução à circulação do ar nas vias aéreas, associado a uma história de tosse e expectoração crónicas, confirma o diagnóstico de bronquite crónica.

A bronquite crónica tem cura?

Não. Actualmente a bronquite crónica é uma doença sem cura. Caracteriza-se por uma inflamação crónica das vias aéreas com obstrução à circulação do ar que não é totalmente reversível mesmo com o tratamento. Apesar de não haver cura para a bronquite crónica, a adesão ao tratamento, incluindo estilos de vida saudáveis, atrasa a progressão da doença para as formas mais graves. A medida mais eficaz para atrasar a progressão da bronquite crónica é deixar de fumar.

Como se trata a bronquite crónica?

O tratamento da bronquite crónica deve ser sempre feito sob orientação médica, já que se trata de uma doença de evolução progressiva e potencialmente fatal. O tratamento não é igual para todos os doentes pois depende do estadio evolutivo da doença.

Deve evitar a exposição à poluição atmosférica ou a substâncias inaladas irritantes (gases, solventes, aerossóis, poeiras) e para reduzir a obstrução brônquica e melhorar a circulação do ar nos pulmões o doente deverá fazer tratamento crónico com corticóides e broncodilatadores em aerossol ou em inaladores.

O uso de antibióticos está habitualmente reservado aos períodos de agudização da bronquite (quando a expectoração se infecta com bactérias) e deve ser iniciado logo que a expectoração se torne espessa e de cor amarelo esverdeada, com ou sem febre.

A fluidificação da expectoração melhora a sua drenagem, por isso, pode ser indicado o uso de xaropes ou comprimidos fluidificantes e expectorantes. No entanto, a medida mais eficaz é a ingestão abundante de líquidos para manter a hidratação e a fluidez do muco.

Para evitar complicações respiratórias o doente deve fazer anualmente a vacina da gripe e, pelo menos uma vez a vacina contra a pneumonia por Pneumococcus.

Os doentes que estão em fases avançadas da doença e sofrem de insuficiência respiratória com diminuição permanente da oxigenação do sangue podem necessitar de fazer inalação de oxigénio em casa, várias horas por dia. O benefício do uso continuado do oxigénio é decidido pelo médico e a sua utilização deve obedecer rigorosamente às normas prescritas.

Em situações mais raras alguns casos graves podem ter indicação para tratamento cirúrgico."

Como prevenir a bronquite crónica?

Sendo a bronquite crónica uma doença resultante da acção de substâncias inaladas que irritam a mucosa das vias aéreas, a sua prevenção baseia-se na evicção da exposição a essas substâncias.

A medida mais importante é evitar a exposição ao fumo do tabaco. Outras medidas são evitar os locais com níveis elevados de poluição atmosférica e usar protecção adequada (máscaras) quando se está profissionalmente exposto a poeiras ou vapores irritantes.

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Como tratar?
Mais frequentes nas mãos e nos pés, as bolhas podem dever-se ao calçado ou à utilização em esforço d
Bolha no pé na zona do calcanhar

Normalmente aparecem na pele numa forma arredondada, com tamanhos maiores ou mais pequenos e criam líquido no seu interior. Podem aparecer em qualquer parte do corpo, porém há zonas mais propícias ao seu aparecimento como os pés ou as mãos.

Sapatos apertados, ou em material pouco maleável, normalmente causam bolhas após um período longo da sua utilização devido à fricção constante em zonas específicas. Nas mãos acontece o mesmo, principalmente quando se efectua qualquer tarefa que requer o manuseamento de utensílios que, quando manobrados em movimentos repetitivos, podem causar fricção sempre nas mesmas zonas das mãos criando por sua vez as bolhas.

As bolhas são incomodativas e podem mesmo causar alguma dor impeditiva de se deslocar normalmente ou realizar tarefas simples.

Para que a pele recupere é necessário ter alguns cuidados ao tratar as bolhas.

Cuidados a ter

  • É importante não rebentar as bolhas, pois ao fazê-lo está a abrir uma porta para a entrada de bactérias que poderão dar origem a uma infecção. A bolha irá desaparecer por si após alguns dias;
  • Tente manter a zona da bolha protegida com uma compressa esterilizada sem fazer muita pressão;
  • No caso de rebentar, desinfecte imediatamente e com cuidado tente retirar a pele que fica solta aplicando logo de seguida um penso.
  • Para evitar que as bolhas apareçam procure utilizar sempre calçado confortável ou luvas, no caso de estar a realizar alguma tarefa manual que cause atrito na pele.

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Causadas por fungos
As micoses superficiais da pele são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os
Mancha de pele esbranquiçada

As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de "tineas", são infecções causadas por fungos que se apresentam de formas distintas e que afectam diferentes áreas corporais, como a pele, as unhas e os cabelos. “Tinea”, derivado do latim e que significa verme. A designação do tipo de micose fica completa com a região do corpo envolvida.

As micoses (infecções da pele causadas por fungos dermatófitos) encontram-se entre as doenças mais frequentes que afectam o ser humano. Pode-se mesmo afirmar que quase todas as pessoas irão sofrer de uma micose alguma vez na vida. De acordo com a profundidade da infecção, distinguem-se três tipos de micoses: superficiais, intermédias ou cutâneas. É das superficiais que falaremos, até porque são as mais habituais no nosso meio.

As micoses superficiais dividem-se em dermatofíticas e não dermatofíticas, conforme o microrganismo pertença ou não aos chamados fungos dermatófitos.

Esta é a denominação comum dos fungos dos géneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton, que se caracterizam por apresentar queratinofilia, ou seja, que crescem bem na presença de queratina, proteína que é um constituinte importante tanto da pele como de unhas e cabelos. Por isso, estes fungos geralmente só afectam a epiderme, a camada mais superficial da pele, as unhas e os pêlos. Provocam doenças muito variáveis, desde sintomas ligeiros até lesões com pus e inflamação, em geral, as que são conhecidas como dermatofitoses.

Existem factores locais que predispõem ao desenvolvimento destas micoses como os a humidade ou os cortes, frequentes nos pés ou na região inguinal. Por outro lado, os tratamentos com imunossupressores, a quimioterapia ou a diabetes também podem intervir no aparecimento das micoses superficiais.

Sintomas da micose de pele 

Existem várias formas de manifestação das micoses cutâneas superficiais, dependendo do local afectado e também do tipo de fungo causador da micose.

De acordo com o local do corpo onde se apresenta a infecção, podem-se distinguir:

Tinea capitis

Afecta o couro cabeludo, as sobrancelhas ou as pestanas, e provoca a perda do pêlo em pequenas zonas circunscritas, que vão crescendo com tendência a ficarem com vermelhidão e a apresentarem pequenas escamas de pele, com ou sem pus e inflamação aparente. Originam muito frequentemente comichão.

Tinea barbae

Lesões semelhantes, na zona da barba, de novo com ou sem sinais de inflamação ou comichão.

Tinea corporis

Localiza-se no tronco e nos membros, e também em zonas da cara sem pêlos. Pode manifestar-se como manchas circulares ou ovais com pequenas escamas ou vesículas nas bordas e com o centro de cor vermelha ou avermelhada; outras vezes têm a forma de anel com uma borda vermelha e o centro já curado.

Tinea cruris (cruris é o termo latino para pernas)

Localiza-se nas virilhas, períneo e região perianal podendo estender-se pela parte interna dos músculos, como placas nos dois lados, de cor avermelhada a acastanhada, com finas escamas e borda de progressão avermelhada. É importante recordar que a infecção se transmite por toalhas, roupas interiores e roupas de cama. Nos homens pode estar associada a Tinea pedis, pois a queda do fungo pelas calças é bastante frequente.

Tinea pedis

É a mais frequente, pois 15 por cento das pessoas já sofreram ou sofrem dela. Também é conhecida como "pé de atleta" e localiza-se entre os dedos e na planta do pé. Muitas vezes é adquirida com a prática de desporto com os pés descalços ou em duches de uso colectivo. Manifesta-se como pele esbranquiçada e macerada, por vezes com fissuras dolorosas, entre os dedos.

Onicomicose ou Tinea ungium

O parasitismo da unha pode manifestar-se como um espessamento ou descolamento da unha, por vezes com alterações de cor, em geral de tom esbranquiçado.

Tinea negra

Manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas dos pés. É assintomática.

Diagnóstico da micose da pele

Geralmente o diagnóstico pode realizar-se com base na avaliação clínica e no aspecto das lesões. Por vezes é necessário realizar um exame directo das escamas cutâneas ou pêlos para saber se o agente causal é um dermatófito ou uma levedura. Para determinar com exactidão o fungo responsável é necessário realizar uma cultura das lesões.

Prevenção da micose da pele

Hábitos higiénicos são importantes para evitar as micoses. Previna-se seguindo as dicas abaixo:

  • Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés
  • Evite ficar com roupas molhadas durante muito tempo
  • Evite o contacto prolongado com água e sabão
  • Não use objectos pessoais (roupas, calçado, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas
  • Não ande descalço em pisos constantemente húmidos (vestiários, saunas, etc.)
  • Observe a pele e o pêlo dos seus animais de estimação. Qualquer alteração ao nível da descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário.
  • Evite mexer na terra sem usar luvas
  • Use somente o seu material de manicura
  • Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados
  • Evite roupas quentes e justas.
  • Evite os tecidos sintéticos, principalmente na roupa interior. Prefira o algodão.

Tratamento da micose da pele

No tratamento das micoses cutâneas tem de se ter em consideração que é necessário ter paciência para se obter resultados positivos, pois são necessárias algumas semanas para eliminar a infecção. Para além disso, deve-se impedir o contágio de e a outras pessoas mantendo as zonas afectadas limpas e secas. É importante também referir que não deve usar medicamentos indicados por outras pessoas.

Normalmente estas infecções são tratadas mediante a aplicação nas zonas afectadas de antifúngicos, que são fármacos específicos para estes microrganismos. Em casos de micoses muito extensas ou refractárias ao tratamento, pode ser necessário administrar também, por via oral, um fármaco antifúngico. O uso de anti-histamínicos pode ser indispensável para o controlo e alívio da comichão, sobretudo nas tineas do couro cabeludo.

Pode acontecer que seja necessários diferentes períodos de tratamento, ou que a doença reapareça sob a forma de surto. Muitas vezes devido ao incumprimento das medidas de prevenção e do controlo epidemiológico, ou à falta de perseverança no tratamento.

O prognóstico em geral é bom, mas é importante recordar que enquanto se mantiverem as circunstâncias favorecedoras anteriormente descritas é provável uma nova infecção.

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Saiba o que são
Saiba quais os sintomas e o diagnóstico das doenças que afetam o trato e órgãos do sistema respirató
Doenças respiratórias

 

O que são doenças respiratórias?
As doenças respiratórias são as que afectam o trato e os órgãos do sistema respiratório.

Quais são os factores de risco?
O tabagismo, a poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre outros.

Que tipos de doenças respiratórias existem?
Existem 14 tipos diferentes de doenças respiratórias:

Broncopatias
Doenças dos brônquios, como a asma, a bronquiectasia e a bronquite.

Pneumopatias
Grupo de doenças pulmonares, entre as quais se destacam a atelectasia, as doenças pulmonares intersticiais, neoplasias pulmonares, tuberculose pulmonar, hipertensão pulmonar, pneumopatias obstrutivas, pneumonia, pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, síndroma do desconforto respiratório do recém-nascido.

Transtornos respiratórios
São assim designadas as doenças respiratórias em geral ou aquelas que não são uma doença específica. Neste grupo incluem-se a apneia, síndroma do desconforto respiratório do recém-nascido, dispneia, insuficiência respiratória, hiperventilação, etc. A tosse, a rouquidão, a aspiração de mecônio, respiração bucal, laringismo, síndroma do desconforto respiratório do adulto, também são considerados transtornos respiratórios.

Fístula do trato respiratório
Passagem anormal na comunicação entre algum componente do trato respiratório ou entre qualquer parte do sistema respiratório e os órgãos circunvizinhos.

Doenças torácicas
Doenças que afectam o tórax.

Transtornos da motilidade ciliar
Desordens caracterizadas pelo movimento ciliar anormal no nariz, nas sinuses paranasais, no trato respiratório, entre outras. A síndroma de Kartagener, doenças respiratórias crónicas, a sinusite crónica e a otite crónica constituem manifestações deste tipo de transtornos.

Doenças nasais
Doenças do nariz em geral ou não especificadas. Exemplos de doenças nasais são as neoplasias nasais, doenças dos seios paranasais e a rinite. A epistaxe (derramamento de sangue pelas fossas nasais), a granuloma letal da linha média, a obstrução nasal, as deformidades adquiridas nasais, a rinoscleroma (infecção) e os pólipos nasais (tumores) integram-se também nas doenças nasais.

Hipersensibilidade respiratória
Uma forma de hipersensibilidade que afecta o trato respiratório, como acontece com a asma, a febre dos fenos, a alveolite alérgica extrínseca, a aspergilose broncopulmonar alérgica e a rinite alérgica perene.

Infecções respiratórias
Infecções do trato respiratório superior. Resultam dessas infecções as seguintes doenças: empiema pleural, complexo da doença respiratória bovina, bronquite, laringite, legionelose (doença do Legionário), pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, pleurisia, pneumonia, rinite, sinusite, tonsilite, tuberculose pleural, tuberculose pulmonar, coqueluche, resfriado comum, influenza, abcesso pulmonar, faringite, rinoscleroma, síndroma respiratório agudo grave, traqueíte (inflamação da traqueia) e tuberculose laríngea.

Doenças da traqueia
Incluem neoplasias da traqueia, estenose traqueal (estreitamento patológico da traqueia), traqueíte, traqueobroncomegalia, fístula traqueoesofágica.

Doenças da laringe ou laringopatias
Doenças da laringe em geral ou não especificadas, entre as quais se contam a laringite, os distúrbios da voz, o granuloma laríngeo, o edema laríngeo, as neoplasias laríngeas, o laringismo, a laringoestenose, a tuberculose laríngea, a paralisia das cordas vocais. Estas doenças relacionam-se também com as otorrinolaringopatias.

Doenças pleurais
Empiema pleural, hemotórax (derrame de sangue no tórax), derrame pleural, neoplasias pleurais, pleurisia e tuberculose pleural, bem como quilotórax (derrame de quilo na cavidade pleural), hemopneumotórax, hidropneumotórax, hidrotórax e pneumotórax.

Anormalidades do sistema respiratório
Anormalidades congénitas estruturais do sistema respiratório, como o cisto broncogénico, o sequestro broncopulmonar, a atresia coanal, a malformação adenomatóide, a cística congénita do pulmão, a síndroma de Kartagener, a síndroma de Cimitarra e a traqueobroncomegalia.

Neoplasias do trato respiratório
Neoplasias pulmonares, pleurais e nasais.

Como se diagnosticam as doenças respiratórias?
Pela observação clínica, através de técnicas e meios complementares de diagnóstico, entre os quais: testes da função respiratória, testes de sons respiratórios, broncografia, broncoscopia, laringoscopia, radiografia pulmonar de massa, depuração mucociliar, testes de provocação nasal, rinomanometria e rinometria acústica.

Quais são os principais sintomas de doença respiratória?
Cada doença tem sintomas específicos, que só o médico pode avaliar. Contudo, a tosse, a rouquidão, o nariz entupido, dores no peito, dores de garganta, garganta irritada, pingo no nariz, dificuldade em respirar quando não está a fazer esforço (a subir escadas, a andar, a fazer exercício), dispneia, entre outros, são sintomas de doença respiratória.

A que médico devo recorrer?
Em primeira instância, ao seu médico de família no centro de saúde da sua área de residência. Só ele pode determinar se deve ser encaminhado para um médico especialista e de que especialidade.

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Discromatopsia
Esta é uma doença de transmissão hereditária causada por uma anomalia genética recessiva localizada
Número 74 em vermelho e verde

Esta perturbação é normalmente genética, mas existem lesões do aparelho visual e do sistema neurológico que podem originar alterações da visão cromática.

O olho humano é um sistema óptico, que capta o estímulo luminoso e o transforma em impulso eléctrico, capaz de ser transmitido ao córtex visual, onde é descodificado e transformado numa impressão sensorial.

O estímulo luminoso – luz – é captado sob a forma de onda electromagnética. O sistema óptico do olho humano constituído pela superfície ocular externa (córnea e filme lacrimal) e pelo cristalino (lente) é responsável pela focagem da “onda de luz” de forma a que ela incida sobre uma película neurosensorial muito fina chamada retina. Esta película funciona como uma espécie de filme ou rolo fotográfico, uma vez que é capaz de se deixar impressionar pela luz e a transformar num impulso nervoso devidamente codificado no que diz respeito à forma e às cores dos objectos.

A capacidade da retina para codificar a cor dos objectos deve-se à presença de células nervosas muito especializadas, capazes de captar a luz nos mais variados comprimentos de onda. Estas células chamadas cones (funcionam na presença de luz) e bastonetes (funcionam no escuro) têm pigmentos que são impressionados pelos vários comprimentos de onda da radiação electromagnética - luz – e desta forma reconhecem e transmitem ao cérebro a cor dos objectos visualizados.

Na área central da retina existe uma predominância de cones sensíveis ao vermelho e verde, enquanto que numa zona mais periférica aumenta a sensibilidade ao azul e amarelo.

Genética

O Daltonismo é uma doença recessiva ligada ao cromossoma X.

Durante a fecundação cada indivíduo recebe um cromossoma do pai e outro da mãe para formar os seus pares de cromossomas.

O termo recessivo significa que para um filho ter uma característica (doença) transmitida dos pais é necessário que herde dois cromossomas doentes dos pais.

Uma vez que os indivíduos do sexo feminino herdam um cromossoma X do pai e outro cromossoma X da mãe seria necessário que os dois cromossomas tivessem defeito para terem a doença, o que é muito raro. Contudo estes indivíduos do sexo feminino podem herdar um cromossoma X doente e outro sem doença; neste caso não tendo a doença são portadores e podem transmiti-la aos filhos. No caso dos indivíduos do sexo masculino, desde que herdem o cromossoma X doente da mãe serão sempre doentes uma vez que só têm um cromossoma X.

Os homens nunca são portadores mas apenas doentes. Se for doente transmite o seu cromossoma X doente às filhas que serão doentes ou portadoras conforme herdem da mãe um cromossoma doente ou normal. Aos filhos do sexo masculino nunca transmitem a doença uma vez que só passam o cromossoma Y.

Este padrão de transmissão genética do daltonismo explica porque razão a doença é extraordinariamente rara nas mulheres e relativamente frequente nos homens.

São três as cores principais: azul, verde e vermelho. Por um lado a junção destas três cores dá o branco e, por outro lado, todas as outras cores ou tonalidades são o somatório destas três cores.

Daqui se compreende que um erro ou defeito num tipo celular referente a uma destas três cores, resulta num defeito específico dessa cor, mas também terá consequências na composição de todas as outras cores compostas.

A gravidade do daltonismo é muito variável. Pode ser um defeito extremamente grave com ausência total da visão cromática - visão a preto e branco – nos casos em que praticamente não existem células foto-receptoras.

Felizmente estas formas graves são muito raras e, o que prevalece, são as formas leves de daltonismo em que há sobretudo dificuldade de reconhecer cores compostas.

Em termos genéricos pode-se dizer que, de acordo com o defeito cromático, há 3 tipos de daltonismo: protanopia (defeito dos cones vermelhos), deuteranopia (defeito dos cones verdes) e tritanopia (defeito dos cones azuis).

Estas designações são para os defeitos totais; quando o defeito é parcial falamos de Protanomalia, Deuteranomalia e Tritanomalia.

Em todo o caso como vimos estes defeitos acabam por ter consequência nas outras cores que resultam do somatório das cores primárias.

Por outro lado na maioria dos casos estes défices não são absolutos, e embora o defeito exista para determinada cor, o sujeito consegue muitas vezes distinguir estas cores para as quais tem defeito embora as veja menos saturadas. A própria luminosidade pode alterar a percepção cromática do daltónico.

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Dicionário de A a Z
Consiste na remoção total ou parcial do prepúcio.

Trata-se de uma prática utilizada há mais de 5 mil anos. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30 por cento dos homens no mundo são circuncidados, a maioria por motivos religiosos.

Há estudos que apontam para o facto de bebés não circuncidados correrem maior risco de vir a ter infecções urinárias, enquanto outros apontam a existência de uma relação entre os adultos que não foram submetidos à circuncisão e algumas doenças sexualmente transmissíveis e cancro no pénis. No entanto, os potenciais benefícios da circuncisão ainda suscitam discussão no seio da comunidade científica.

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As diferentes causas
A dor num ou em ambos os ouvidos pode ocorrer por muitas razões, algumas não relacionadas com o próp
Mulher com dor no ouvido

A dor de ouvido (otalgia) é muito frequente, seja nas crianças, seja nos adultos. As causas são várias e podem ser originadas por doenças no próprio ouvido e nesses casos diz-se que a causa é otológica, ou por doenças e/ou distúrbio noutras estruturas orgânicas próximas ou mais distantes do ouvido sendo que a causa dessas dores será não otológica.

As dores de ouvido de causa otológica podem ser otites (infecções) ou mesmo tumores de ouvido. Já as otalgias de causa não otológica ocorrem por causa da extensa ramificação de nervos importantes na região da cabeça, pescoço, tórax e aparelho digestivo. Por exemplo, uma dor de dentes pode afectar o ouvido sendo nesse caso uma dor não otológica. O impulso doloroso chega ao ouvido através dessas ramificações nervosas que fazem conexões entre o local da doença e o órgão da audição (dor reflectida).

Os sintomas podem ser vários, e os métodos para se tratar este mal-estar e dor dependem da causa. A zona do ouvido é muito vasta e podem por isso aí ocorrer infecções, quer no ouvido médio, quer no canal auditivo, e que produzem o aparecimento de febre, comichão, irritação, uma ligeira perda de audição, ou até mesmo o derramamento de líquido se o tímpano se perfurar.

Por outro lado, a cera pode ser um problema. Muitas das vezes a cera acumula-se nos ouvidos, provocando uma sensação estranha, uma surdez aparente e uma irritação na pele, no seu canal auditivo.

Algumas pessoas, particularmente as crianças mais jovens, são propensas a apresentarem dores de ouvidos recorrentes. As crianças alimentadas ao peito apresentam uma menor probabilidade de desenvolverem infecções nos ouvidos, uma vez que o leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger o bebé das infecções.

Contudo, apresentam uma maior probabilidade de sofrer de dores de ouvidos as crianças que tiverem tido infecções nos ouvidos antes do primeiro ano de vida, estiverem frequentemente expostas ao fumo de cigarro, tiverem uma história familiar de infecções nos ouvidos, frequentarem um infantário, tiverem nascido prematuras ou com um baixo peso à nascença e se forem do sexo masculino (os rapazes apresentam mais infecções do ouvido médio do que as raparigas).

Sintomas

A dor de ouvidos é mais frequentemente descrita como uma sensação de pressão no ouvido. Esta sensação pode começar de forma gradual ou súbita e pode ser muito intensa. Outros sintomas, tais como uma perda da acuidade auditiva, febre ou uma sensação de mal-estar, indicam geralmente a presença de uma infecção no ouvido.

Quando o canal auditivo se encontra inflamado ou quando ocorre uma ruptura do tímpano, pode verificar-se a drenagem de líquido do ouvido. Se o tímpano romper devido a uma infecção do ouvido médio, constata-se frequentemente um alívio da dor devido à redução da pressão. Nas crianças mais jovens, os únicos sinais de uma infecção no ouvido podem ser a febre, a irritabilidade e o facto de a criança mexer na orelha.

Tratamento

Uma dor de ouvidos irá persistir até o problema que está a causar este sintoma desaparecer ou ser tratado. Por isso, nunca introduza objectos no seu ouvido, nem mesmo cotonetes, porque esta zona é muito frágil.

As medidas que o médico irá tomar variam consoante a exactidão do local e a origem da dor. Podem ser utilizados medicamentos como o paracetamol, o ibuprofeno ou o naproxeno para diminuir a dor até a situação subjacente ter sido tratada ou tiver desaparecido.

Se tiver uma infecção no ouvido médio, é provável que o médico lhe indique antibióticos ou gotas nasais. Ou seja, o tratamento a instituir dependerá da intensidade, local e causa da dor.

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Obstrução súbita da artéria
A embolia pulmonar corresponde a uma repentina obstrução de uma artéria pulmonar provocada por um êm
Pulmões

A embolia pulmonar é a obstrução repentina de uma artéria do pulmão causada por um êmbolo, que pode ser um coágulo de sangue, gordura, uma bolha de ar ou outro fragmento capaz de obstruir um vaso sanguíneo.

Um êmbolo é, geralmente, um coágulo sanguíneo (trombo), mas podem também existir êmbolos gordos, de líquido amniótico, da medula óssea, um fragmento de tumor ou uma bolha de ar que se desloca através da corrente sanguínea até obstruir um vaso sanguíneo.

De modo geral, as artérias não obstruídas podem enviar sangue suficiente até à zona afectada do pulmão para impedir a morte do tecido. No entanto, em caso de obstrução dos grandes vasos sanguíneos ou quando se sofre de uma doença pulmonar pré-existente, pode ser insuficiente o volume de sangue fornecido para evitar a morte do tecido, o que pode acontecer em 10 por cento das pessoas com embolia pulmonar, situação conhecida como enfarte pulmonar.

Causas

O tipo mais frequente de êmbolo é um coágulo que se forma habitualmente numa veia da perna ou da pélvis. Os coágulos tendem a formar-se quando o sangue circula lentamente ou não circula de todo. Isto pode ocorrer nas veias das pernas de alguém que permanece na mesma posição durante muito tempo, podendo desprender-se o coágulo quando a pessoa começa a mover-se novamente. É menos frequente que os coágulos comecem nas veias dos braços ou no lado direito do coração. No entanto, uma vez que o coágulo formado numa veia se liberta e passa para a corrente sanguínea, é habitual que se desloque para os pulmões.

Sintomas

É possível que os pequenos êmbolos não causem sintomas, mas a maioria provoca dispneia (dificuldade em respirar). Este pode ser o único sintoma, especialmente quando não se produz o enfarte. A respiração é, frequentemente, muito rápida; a ansiedade e a agitação podem ser acentuadas e o indivíduo pode manifestar sintomas de um ataque de ansiedade. Pode aparecer uma dor torácica aguda, especialmente quando a pessoa respira profundamente.

Podem também surgir, em algumas pessoas, náuseas, desfalecimentos ou convulsões. Estes sintomas são, geralmente, o resultado, por um lado, de uma diminuição brusca da capacidade do coração para fornecer sangue oxigenado suficiente ao cérebro e a outros órgãos e, por outro lado, de um ritmo cardíaco irregular.

O enfarte pulmonar produz tosse, expectoração raiada de sangue, dor torácica aguda ao respirar e febre. Geralmente, os sintomas de embolia pulmonar desenvolvem-se de forma brusca, enquanto os sintomas de enfarte pulmonar se produzem em horas. Com frequência, os sintomas do enfarte duram vários dias, mas habitualmente diminuem de forma progressiva.

Nas pessoas com episódios recorrentes de pequenos êmbolos pulmonares, os sintomas como falta de ar crónica, inchaço dos tornozelos ou das pernas e debilidade, tendem a desenvolver-se de forma progressiva ao longo de semanas, meses ou anos.

Diagnóstico

O médico pode suspeitar da existência de embolia pulmonar baseando-se nos sintomas e nos factores de predisposição de uma pessoa. No entanto, há com frequência necessidade de certos procedimentos para poder confirmar o diagnóstico.

Uma radiografia do tórax, um electrocardiograma ou mesmo um exame de perfusão (cintigrafia ou gamagrafia). No entanto, a arteriografia pulmonar é o método mais preciso para diagnosticar uma embolia pulmonar, mas envolve algum risco e é mais incómoda que outros exames. Consiste em injectar na artéria uma substância de contraste (visível na radiografia) que flui até às artérias do pulmão. A embolia pulmonar aparece na radiografia como uma obstrução arterial.

Podem ainda efectuar-se exames complementares para averiguar a origem do êmbolo.

Prognóstico

As probabilidades de falecer por causa da embolia pulmonar dependem do tamanho do êmbolo, do tamanho e do número das artérias pulmonares obstruídas e do estado de saúde do doente.

O risco de embolia é maior em pessoas com perturbações cardíacas ou pulmonares graves. Aproximadamente 50 por cento das pessoas com embolia pulmonar não tratada podem ter outra no futuro. Cerca metade destas recidivas podem ser mortais. O tratamento com fármacos que inibem a coagulação (anticoagulantes) pode reduzir a frequência das recidivas em um de cada 20 casos.

Prevenção

Utilizam-se vários meios para impedir a formação de coágulos nas veias das pessoas com risco de embolia pulmonar. Recomenda-se o uso de meias elásticas, fazer exercícios para as pernas e uso de meias de compressão para as pernas, concebidas para activar a circulação do sangue, que reduzem a formação de coágulos na barriga da perna e, por conseguinte, diminuem a frequência de embolia pulmonar.

Por outro lado, existem medicamentos anticoagulantes amplamente utilizados para diminuir as probabilidades de formação de coágulos nas veias da barriga das pernas, mas que em caso algum devem ser utilizados sem indicação médica.

Tratamento

Inicia-se o tratamento da embolia pulmonar com a administração de oxigénio e, se for necessário, de analgésicos. Os anticoagulantes administram-se para evitar o aumento de volume dos coágulos sanguíneos existentes e para prevenir a formação de novos coágulos. A duração do tratamento anticoagulante depende da situação do doente.

No entanto, nos casos em que os êmbolos se repetem apesar de todos os tratamentos de prevenção ou se os anticoagulantes causam hemorragias significativas, o especialista pode considerar vantajoso optar pela cirurgia.

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Cientistas espanhóis
Investigadores espanhóis descobriram um tratamento precoce do mieloma de alto risco assintomático, que origina um cancro...

O ensaio clínico, liderado pelos médicos Jesus San Miguel e Maria Victoria Mateos, do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário de Salamanca, desenvolvido pelo Grupo Espanhol do Mieloma, foi publicado na revista médica The New England Journal of Medicine, segundo a agência noticiosa espanhola EFE, citada pelo DN Online.

Anualmente aparecem quatro a cinco novos casos de mieloma sintomático por cada 100.000 pessoas. O cancro deve-se a uma transformação das células plasmáticas, presentes na medula óssea e que são responsáveis pela produção de uma proteína chamada monoclonal.

Anemia, dor óssea, alterações no cálcio ou na função renal são sintomas apresentados pelos doentes com mieloma múltiplo, que actualmente são tratados apenas quando são sintomáticos.

No estado anterior da doença, sem sintomas, esta pode ser identificada pela proliferação de células plasmáticas anormais e do componente monoclonal.

O Grupo Espanhol do Mieloma identificou um grupo de doentes assintomáticos em 2007 e escolheu para o ensaio clínico 40% deles, os que apresentavam um alto risco de progressão da patologia, 50% dos quais iriam passar a sintomáticos nos dois anos a seguir ao diagnóstico.

O ensaio clínico, no qual participaram 21 hospitais espanhóis e três portugueses, envolveu 120 doentes, metade dos quais não recebeu terapia até ao aparecimento dos sintomas, enquanto os restantes foram tratados com os medicamentos lenalidomida e dexametasona.

Segundo os investigadores, os resultados são satisfatórios porque se demonstrou que o tratamento precoce adia o aparecimento dos sintomas da doença. O risco de progressão do mieloma para sintomático foi 5,6 vezes mais baixo nos que receberam terapia.

Mais importante, consideram os cientistas, cinco anos após o diagnóstico, estão vivos 94% dos doentes que tiveram um tratamento precoce, contra 78% dos que só foram tratados quando desenvolveram sintomas do tumor.

O mais grave cancro de pele
O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave.
Melanoma

O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave. Em Portugal surgem, anualmente, cerca de 700 novos casos de melanoma maligno.

Tem início nas células da pele, os melanócitos. Os melanócitos produzem melanina, o pigmento que dá à pele a sua cor natural. Quando a pele é exposta ao sol, os melanócitos produzem mais pigmento, fazendo com que a pele bronzeie, ou seja, escureça. Por vezes, surgem umas proeminências de grupos de melanócitos e de tecido circundante, chamados sinais. Os sinais são muito comuns. A maioria das pessoas tem 10 a 40 sinais. Os sinais podem ser rosados, castanhos-claros ou escuros, ou de uma cor muito parecida com o tom normal da pele. As pessoas de pele escura tendem a ter sinais escuros.

A pele é o maior órgão do corpo: protege-o do calor, da luz do sol, de feridas e de infecções. Ajuda a regular a temperatura corporal, armazena água e gordura, e produz vitamina D. É constituída por duas camadas principais: a epiderme (exterior) e a derme (interior). A derme contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos, folículos pilosos e glândulas. Algumas destas glândulas produzem suor, que ajuda a regular a temperatura do organismo. Outras glândulas produzem sebo, uma substância oleosa que contribui para que a pele não seque. O suor e o sebo atingem a superfície da pele, através de pequenas aberturas: poros.

O melanoma inicia-se como uma lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou profundidade, com alteração das suas cores originais, surgem pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como comichão ou inflamação.

Trata-se de um tumor de muito mau prognóstico devido ao alto potencial de produzir metástases. Pode surgir em áreas de pele não exposta ao sol porém, o maior número de lesões aparece nas áreas de pele que ficam, ou foram, expostas à radiação solar. Nos homens, o melanoma encontra-se, muitas vezes, no tronco (zona entre os ombros e as ancas), ou na cabeça e pescoço. Nas mulheres, desenvolve-se muitas vezes na zona inferior das pernas.

É mais frequente em pessoas de pele clara, por isso, a ocorrência de melanoma na raça negra e noutras raças com pele escura é rara. A probabilidade de desenvolver melanoma aumenta com a idade, embora a doença afecte pessoas de todas as idades.

Uma pessoa que já tenha tido um melanoma, tem um risco aumentado de voltar a ter a doença.

Sintomas
Muitas vezes, o primeiro sinal de melanoma é uma alteração no tamanho, forma, cor ou textura de um sinal existente. A maioria dos melanomas apresenta uma zona preta ou preta-azulada, no entanto, também pode surgir como um novo sinal de cor preta, anómalo ou com "mau aspecto".

Num melanoma mais avançado, a textura do sinal pode modificar-se: pode tornar-se duro ou com protuberâncias. O melanoma pode ter uma aparência diferente de um sinal comum. Os tumores mais avançados podem fazer comichão, exsudar ou sangrar. Regra geral, o melanoma não provoca dor.

Para ajudar a lembrar o que deve ser vigiado foi criada a nomenclatura “ABCD”.

A - Assimetria - formato irregular

B - Bordos - as margens externas são geralmente irregulares

C - Cor - a cor é desigual; pode apresentar diferentes tonalidades de cor

D - Diâmetro - existe uma alteração no tamanho, que geralmente aumenta. Os melanomas são, por norma, maiores do que 6 milímetros.

De salientar que muitos dos casos apresentam todas as características “ABCD”, outros podem apresentar alterações ou anomalias em apenas uma ou duas das características da regra "ABCD".

Uma pessoa em risco de ter melanoma deve observar cuidadosa e regularmente a sua pele e deverá fazer exames clínicos regulares à pele.

Diagnóstico
Se suspeitar de alguma mancha ou sinal na pele deve consultar um dermatologista que examinará cuidadosamente a pele.

Pode ser também necessário fazer uma biopsia. A biopsia é a única forma de fazer um diagnóstico definitivo.

Tratamento
Para cada caso de melanoma, o médico irá desenvolver um plano de tratamentos que vá de encontro às necessidades específicas de cada pessoa. O tratamento do melanoma depende, principalmente, do estadio da doença, da idade e do estado de saúde geral da pessoa, entre outros factores. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para a cura.

Certamente que o médico falará consigo sobre as possíveis escolhas de tratamento e resultados esperados, tendo em consideração os benefícios esperados e possíveis efeitos secundários de cada opção.

Um doente de melanoma pode fazer cirurgia, quimioterapia, terapêutica biológica ou radioterapia. Os tratamentos podem ser feitos em associação. Em qualquer estadio do melanoma, podem ser administrados medicamentos para controlar a dor e outros sintomas do cancro, bem como para aliviar os possíveis efeitos secundários do tratamento. Estes tratamentos são designados como tratamentos de suporte, para controlo dos sintomas ou cuidados paliativos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Tão pequenas e tão incómodas:
As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal.
Homem com dor proveniente de uma afta no lábio inferior

As aftas, também denominadas de estomatite aftosa, são pequenas feridas dolorosas que aparecem na mucosa bucal, que mais não é um processo inflamatório. Caracterizam-se por lesões ulcerosas que se podem estender por toda a boca. São mais frequentes na face interna das bochechas, lábios e língua. Têm uma aparência típica: uma mancha arredondada esbranquiçada e rodeada por uma linha vermelha.

A sua causa é muitas vezes desconhecida, pelo que a prevenção não é fácil, mas é possível gerir alguns factores associados ao seu aparecimento. Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento; por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final.

As aftas não são contagiosas, normalmente desaparecem de forma espontânea ao fim de uma a duas semanas. Todavia, a dor e o desconforto que causam podem justificar medidas que aliviam a dor, o principal sintoma das aftas. Em casos graves pode aparecer febre, inflamação dos gânglios do pescoço e uma sensação geral de mal-estar. Muitas pessoas afectadas por aftas sofrem-nas de forma recidivante, ou seja, mais do que uma vez ao ano.

Nos bebés as aftas são raras. Podem aparecer os chamados "sapinhos", que não são aftas mas sim uma infecção causada por um fungo (Candida albicans) que deixa no interior da boca e na língua pequenas placas esbranquiçadas de aspecto leitoso, que se confundem com restos de leite e que exigem tratamento específico. Este tipo de infecção também pode acontecer em adultos imunodeprimidos ou a seguir a tomarem antibióticos como uma infecção oportunista.

Causas das aftas

  • Trauma oral, causado pela escovagem excessiva ou pela mastigação de alimentos duros;
  • Ansiedade e stress;
  • Certos alimentos como chocolate, café, morangos, queijo, amêndoas, etc;
  • Mudanças hormonais e ciclo menstrual;
  • Deixar de fumar (no início);
  • Alguns medicamentos.

Tratamento das aftas

As aftas não são contagiosas e normalmente desaparecem ao fim de uma ou duas semanas. Mas como são desconfortáveis poderá recorrer-se a pastilhas, geles ou elixires para alívio dos sintomas.

Por outro lado, a melhor forma de se prevenir é evitar os factores desencadeantes como sejam:

  • Evitar alimentos duros;
  • Evitar alimentos que habitualmente causam aftas;
  • Gargarejar com elixires próprios, para alívio da dor e desinfecção da boca;
  • Usar uma escova de dentes macia;
  • Visitar regularmente o dentista;
  • Manter uma boa higiene oral;
  • Evitar o abuso de anti-sépticos orais;
  • Tomar suplementos vitamínicos.

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Associadas ao trabalho
Conheça os factores de risco de um grande problema da medicina do trabalho. Saiba como prevenir.
Lesões músculo-esqueléticas

 

O que são lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho?
São um conjunto amplo e diversificado de patologias, que se sobrepõem, na sua maioria, às doenças reumáticas periarticulares, mas que diferem destas por incluírem algumas situações de lesões osteoarticulares e das bolsas sinoviais e por apresentarem, na sua origem, factores de risco de natureza ocupacional.

São um grande problema da medicina do trabalho.

Quais são os factores de risco?

De causa ergonómica
  • Movimentos repetitivos que requerem aplicação de força;
  • Choque mecânico;
  • Força de preensão e carga palmar;
  • Carga externa e muscular estática;
  • Stress mecânico;
  • Vibrações e temperaturas extremas;
  • Posições desadequadas que podem decorrer do equipamento mal desenhado, das ferramentas ou do posto de trabalho.
De causa organizacional
  • Horas e ritmo de trabalho excessivos;
  • Trabalho com ritmo externo imposto – por exemplo, linhas de montagem;
  • Pausas e descanso insuficientes;
  • Insegurança ou insatisfação laboral;
  • Monitorização excessiva, por exemplo, com câmaras de vídeo.
De risco individual

Como se previnem as lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho?
A intervenção preventiva deve incidir sobre o indivíduo e o local de trabalho, através da adaptação do posto de trabalho e das ferramentas e da implementação de mecanismos compensatórios da repetibilidade de movimentos, vibrações e posturas inadequadas.

Há um elevado número de recaídas, pelo que, em alguns casos, a reconversão laboral do trabalhador deve ser equacionada.

Quais são os sintomas?
Em geral, coincidem com os das doenças reumáticas periarticulares.

Que tipos de lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho existem?

  • Lesões localizadas ao nível dos tendões e suas bainhas;
  • Lesões dos nervos;
  • Lesões neurovasculares.

Como se tratam?
Não há um tratamento universal e não há evidência científica sobre qual é a abordagem mais eficaz.

Os objectivos da terapêutica são, essencialmente, aliviar a dor e reduzir a incapacidade.

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Doença ou sintoma?
Quando o nervo ciático é sujeito a pressão, normalmente na zona lombar, surgem estas dores que afect
Homem dobrado com dores nas costas

A dor ciática é sim um sintoma, de uma outra condição médica e não uma doença. A dor, fraqueza muscular, dormência e formigueiros sentidos acompanham o nervo ciático, nervo este que é o mais longo do nosso corpo e se prolonga desde a zona lombar da medula espinal até às pernas onde envia ramificações para os pés.

Estas dores raramente ocorrem em pessoas com idade inferior aos 20 anos, sendo mais comuns na meia-idade.

Hérnias discais, tumores, quistos ou traumas de quedas são as causas mais prováveis da compressão deste nervo provocando por sua vez as dores ciáticas. O diagnóstico é feito recorrendo a exames de imagem ou neurológicos.

As dores raramente acontecem em ambos os lados, seguindo de forma descendente desde a zona afectada até ao fim das ramificações do nervo. Com maior ou menor intensidade, as dores variam dependendo do tipo de lesão ou localização do que as provoca.

Estar sentado, tossir ou espirrar pode acentuar a dor, enquanto o andar ou estar na posição deitada pode reduzi-la, à exepção de casos em que já é mais intensa podendo mesmo provocar incapacidade de movimentos.

Na grande maioria dos casos, a toma de analgésicos ou relaxantes musculares é suficiente para, após algumas semanas, a dor desaparecer. Em casos de gravidade mais elevada e em que haja incapacidade física por parte dos doentes será necessário o recurso a cirurgia. Tal como foi dito, sendo este um sintoma e não uma doença a intervenção cirúrgica será efectuada para tratar o problema na sua origem.

Algumas melhorias também se comprovam após fisioterapia ou à prática de exercício físico especifico recomendado por um profissional.

Como prevenir?

A manutenção de uma boa postura e o correcto levantamento de pesos são dois factores que podem contribuir bastante para a prevenção, pois vão reduzir a pressão que é efectuada na coluna. Exercícios que fortaleçam os músculos abdominais e das costas também são importantes pois também protegem a coluna.

Não sendo possível evitar os processos que levam à hérnia discal estes são os melhores métodos para se prevenir, protegendo a sua coluna.

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Para combater o cancro
Cientistas portugueses e dos EUA recolheram bactérias marinhas ao largo de São Miguel e Santa Maria, duas ilhas dos Açores, que...

Ana Lobo, química do Departamento de Química da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, envolvida no projecto de recolha de bactérias a mais de mil metros de profundidad na águas dos Açores que podem vir a ser utilizadas no combate de várias doenças, entre as quais o cancro.

Para além de Ana Lobo, estiveram envolvidos no projecto dois investigadores da Califórnia e dois da Universidade dos Açores, bem como outros da própria Universidade Nova de Lisboa e elementos exteriores àquela academia que procederam a recolhas, revela o RCM Pharma citando a Lusa.

"Trata-se das prodigiosinas que nós isolamos das bactérias recolhidas no mar dos Açores e que são antibióticos, anticancerígenos, antimaláricos, imunossupressores. Portanto, têm uma grande gama de actividade farmacológica e estão a ser já desenvolvidos, alguns deles, em versão farmacêutica”, declara a cientista.

Ana Lobo aponta que o projecto, apoiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia, teve como objectivo justamente "descobrir compostos marinhos” de bactérias marinhas que "podem ser úteis” como "possíveis medicamentos” ou que "possam originar medicamentos”.

A cientista refere que após a recolha dos compostos de origem marinha foi feita uma triagem no Centro Biotecnológico de San Diego, na Califórnia, EUA.

A docente da Universidade Nova de Lisboa aponta que se centraram os trabalhos em estirpes streptomyces, onde descobriram uns compostos conhecidos por prodigiosinas, que são vermelhos, e cujo nome deriva justamente da palavra prodígio.

Ana Lobo explica que as bactérias terrestres produzem compostos análogos, que são "conhecidos há muitos anos”, apareceram com "maior intensidade” em estátuas italianas de santos, que "supostamente choravam” sangue, gerando manifestações religiosas.

A cientista refere que as prodigiosinas são metabolitos secundários, ou seja, compostos orgânicos que não estão directamente envolvidos em processos de crescimento, desenvolvimento e reprodução dos organismos, que se formam na bactéria depois de esta ter crescido e que podem permitir a geração de produtos sintéticos e biológicos.

Ana Lobo considera que "foi interessante” que a sua equipa viesse a encontrar uma estirpe marinha não estudada com compostos análogos aos que existem em "espécie terrestre”.

A cientista portuguesa revela que neste momento se está a entrar nos ensaios clínicos a nível mundial, uma vez que ainda não há "nenhuma droga” derivada destes compostos a ser fornecida aos doentes, acentuando que a "redução da toxicidade” pode ser feita com "alterações simples” ou "relativamente simples”.

A docente da Universidade Nova de Lisboa explica que os trabalhos de laboratório "ainda decorrem” e o "processo vai levar o seu tempo” até chegar ao mercado uma substância nova, uma vez que estes são "processos morosos”.

A cientista aponta que o interesse nestes compostos é "verificar a química”, "aumentar a sua estabilidade” e "reduzir a sua toxicidade”, para além de outros factores, visando o seu aproveitamento.

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