Emagrecimento
As pessoas que almoçam mais cedo perdem cerca de mais quatro quilos que aquelas que almoçam depois das 15 horas. Este é o...

Entre mais de 400 voluntários, todos a tentar emagrecer, todos a comer os mesmos alimentos, a dormir as mesmas horas e a fazer os mesmos exercícios, uns perderam cerca de mais quatro quilos que os outros: Os que almoçavam mais cedo, revela uma notícia na visão online.
Um estudo de uma equipa da Universidade Espanhola de Murcia, em colaboração com investigadores norte-americanos de Harvard vem reforçar a teoria de que para emagrecer não basta olhar ao que se come, mas também (ou sobretudo?) quando se come.

Um grupo de 420 pessoas (metade homens, metade mulheres), a tentar perder peso, foi submetido à mesma dieta e ao mesmo tipo de exercício físico, descansando também por igual período de tempo. Aqueles que tomavam a principal refeição do dia antes das 15h00 conseguiram reduzir 12 por cento do seu peso, face aos 8 por cento alcançados pelos que almoçavam depois dessa hora. Traduzindo, são cerca de quatro quilos de diferença, em média.

Ao jornal espanhol El Mundo, uma das investigadoras envolvida neste estudo, Marta Garaulet, considera que este "é um dado importante, que temos de continuar a estudar".
O trabalho, que acaba de ser publicado na revista International Journal of Obesity, do grupo da prestigiada Nature, analisou também alguns dos genes que a comunidade científica relaciona com a obesidade e o funcionamento do "relógio" interno, tendo observado que os voluntários que comiam mais tarde tinham também a variante genética que tem sido ligada, em estudos anteriores, a indivíduos mais "vespertinos": "deitam-se mais tarde, dormem pior, têm mais tendência para a obesidade", conforme explica Garaulet.

Estudo revela:
É a prova dos nove: o melanoma, a forma de cancro da pele mais agressiva e letal, está associado à exposição solar. Há muito...

Publicado na edição desta quinta-feira da revista Nature, o artigo, da equipa de Levi Garraway, do Instituto Broad e da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston (EUA), o estudo permite ter a primeira observação pormenorizada da "paisagem” genética do melanoma. Nessa paisagem, os cientistas viram que a taxa de mutações genéticas que conduziram até ao melanoma era mais elevada entre os doentes com uma história de exposição crónica ao sol.

"Ao olhar para todo o genoma, pudemos descrever de forma rigorosa o padrão de mutações induzidas pela radiação ultravioleta no melanoma”, sublinha um dos autores do trabalho, Michael Berger, citado num comunicado do Instituto Broad.

Mas mais do que a confirmação de que a exposição excessiva à radiação ultravioleta pode redundar num melanoma, a sequenciação do genoma deste cancro revelou a presença de alterações genéticas até agora desconhecidas. Em concreto, descobriu-se um gene chamado PREX2, também envolvido no cancro da mama.

No melanoma, este gene estava alterado em 44 por cento dos 25 doentes estudados, refere o comunicado. Quando funciona normalmente, o PREX2 comanda o fabrico de uma proteína que impede o aparecimento de tumores, ao controlar o crescimento das células normais.

No cancro dá-se precisamente a proliferação descontrolada das células.Experiências em ratinhos, feitas pela equipa, confirmaram o envolvimento deste gene no melanoma, embora os cientistas digam que não sabem exactamente que papel ele desempenha nesta doença. "O PREX2 pode ser uma nova categoria de genes do cancro mutados que nos indicam alvos terapêuticos para o melanoma”, diz Garraway.

Nas fases iniciais, as taxas de cura deste cancro são elevadas. Em Portugal, há por ano seis a oito novos casos por cada cem mil habitantes, o que é semelhante aos outros países do Sul da Europa.

Lancet Oncology publica:
Um em cada seis casos de cancro são causados por infecções de bactérias ou vírus que, na sua maioria, poderiam ser evitadas. O...

A nível mundial, em 2008 houve 12,7 milhões de casos novos de cancro, dos quais 2 milhões foram causados por infecções, ou seja, 16,1 por cento. Em números brutos, 1,6 milhões de casos, o equivalente a 80 por cento, ocorreram em países em desenvolvimento.

Nos países desenvolvidos – na Europa, América do Norte, Japão, Austrália e Nova Zelândia –, cerca de 7,4 por cento dos casos de cancro são devidos a infecções. No resto do mundo, os países em desenvolvimento, o número sobe para 22,9 por cento. Os extremos são a Austrália e a Oceânia com 3,3 por cento de casos e a África subsariana com 32,7 por cento. Na Europa, 7 por centodos casos de cancro foram causados por agentes patogénicos.

"Apesar de o cancro ser considerado uma doença não contagiosa, uma proporção significativa das suas causas são as infecções. Os paradigmas das doenças não contagiosas não são suficientes [para combater este problema]”, dizem Catherine de Martel e Martyn Plummer, da Agência Internacional de Investigação do Cancro, em França, autores do estudo.

O último trabalho que trazia uma análise do género foi publicado em 2002. Entre 2002 e 2008, a percentagem de cancros causados por infecções baixou de 17,8 para 16,1 por cento.

Os investigadores analisaram a incidência de 27 tipos de cancros em 184 países com base em estatísticas da GLOBOCAN 2008, um projecto da Organização Mundial de Saúde que analisou a percentagem de incidência, mortalidade e prevalência dos principais tipos de cancro. A partir destes dados, a equipa estimou a proporção dos casos que nas várias regiões mundiais podem ser provocados por infecções.

"Muitas das infecções relacionadas com o cancro podem ser prevenidas, particularmente aquelas que estão associadas ao vírus do papiloma humano (HPV), à bactéria Helicobacter pylori e os vírus da hepatite B e C (HBV e HCV)”, dizem os autores em comunicado. Estas quatro doenças são responsáveis por 1,9 milhões dos casos, que na sua maioria causam cancro do colo do útero, cancro gástrico do fígado, refere a equipa.

Num comentário escrito ao estudo, Goodarz Danaei, da Escola de Medicina Pública de Harvard, Estados Unidos, diz que a investigação mostra o potencial existente nos programas de vacinação e de terapias para evitar esta epidemia nos países em desenvolvimento. "Uma vez que existe uma vacinação eficaz e relativamente barata para o HPV e para o HBV, deve dar-se prioridade ao aumento da sua cobertura pelos sistemas de saúde dos países mais afectados.”

Cientistas americanos revelam:
Tal como o stress, também a solidão enfraquece o sistema imunitário, deixando o corpo mais vulnerável a infecções, revela um...
Na investigação, cujas conclusões foram apresentadas na reunião anual da Sociedade para a Personalidade e a Psicologia Social, em Nova Orleães, os cientistas descobriram que as pessoas que se sentem sós revelam sinais de elevada reactivação do vírus latente do herpes e produzem mais proteínas associadas a inflamação do que as pessoas socialmente mais activas, noticia a LUSA.
 
Estas proteínas são um sinal da presença de inflamação e a inflamação crónica está ligada a numerosas doenças, como a doença cardíaca coronária, a diabetes tipo 2, a artrite ou o Alzheimer.
 
A reactivação de um vírus latente do herpes está associada ao stress, o que sugere que a solidão funciona como um factor de stress crónico que produz uma resposta imune deficitária.
 
"Fica claro, de investigações anteriores, que más relações estão ligadas a um número de problemas de saúde, incluindo mortalidade precoce e outras doenças graves. As pessoas que se sentem sozinhas sentem-se claramente como se estivessem em relações de má qualidade", disse a investigadora que liderou o estudo, Lisa Jaremka, do Instituto para a Investigação em Medicina Comportamental da universidade do Ohio.
 
Para a cientista, esta investigação é importante porque permite perceber "como a solidão e as relações afectam largamente a saúde".
 
"Quanto mais percebermos o processo, mais potencial existe para contrariar os efeitos negativos – para intervir. Se não percebermos os processos fisiológicos, o que vamos fazer para mudá-los?", questionou.
 
Os resultados baseiam-se numa série de estudos em duas populações distintas: um grupo de adultos saudáveis de meia-idade com excesso de peso e outro de sobreviventes de cancro da mama.
Estudo divulga:
A Universidade de McGill e o Instituto Universitário Douglas de Saúde Mental afirmam que a hiperactividade infantil e o...

A Universidade e o Instituto avançam que variação de um gene específico se relaciona com o aparecimento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH) em crianças e a maior propensão para o consumo de cigarro em pessoas adulta, escreve o Diário de Notícias.

O estudo canadiano examinou 454 crianças dos 6 aos 12 anos com quadro de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperactividade, bem como os seus familiares directos, de modo a perceber se haveria alguma relação hereditária.

Através de amostras de sangue, os investigadores combinaram cinco sequências de ADN de diferentes genes associados ao hábito de fumar, sendo que uma das variações foi mais facilmente encontrada em crianças com TDAH.

"Esta evidência indica que apenas um alelo pode conseguir exteriorizar comportamentos e déficits cognitivos específicos que se começam a manifestar na infância e que representam uma continuidade para o consumo de tabaco na vida adulta", considera Marta Andrade, terapeuta de Cessação Tabágica da Facilitas Healthcare.

29 Setembro: Dia Mundial do Coração
Apesar dos enormes progressos diagnósticos e terapêuticos que têm ocorrido nas últimas décadas, as d

A prevenção das doenças cardiovasculares deve assentar num estilo de vida que inclua uma alimentação saudável, actividade física regular e uma vida sem tabaco, o que por si só pode evitar a grande maioria de eventos cardiovasculares, como o enfarte do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).

Em Portugal, de um total de 110.000 mortes anuais, ocorrem cerca de 40.000 óbitos por doenças cardiovasculares, dos quais 26.000 por acidente vascular cerebral e 10.000 por enfarte do miocárdio.

As doenças cardiovasculares só na mulher são responsáveis por mais de 22.000 óbitos por ano, devidos essencialmente ao acidente vascular cerebral e à cardiopatia isquémica. Na realidade, morrem mais 4000 mulheres que homens por ano, em Portugal, por doenças cardiovasculares, constituindo estas, ao contrário do que se pensa, a principal causa de morte das mulheres portuguesas. A título de exemplo, saliente-se que morrem, todos os anos, nove vezes mais mulheres por doenças cardiovasculares que por cancro da mama.

Por isso, existe necessidade de sensibilizar a mulher para a importância das doenças cardiovasculares, notadamente para a relação que existe entre os factores de risco, como o tabagismo, a hipertensão, o colesterol elevado, a diabetes e a patologia cardiovascular, bem como para a importância vital de um estilo de vida saudável e protector.

Nos últimos anos tem-se desenvolvido uma nova ameaça para a população portuguesa, em particular para os jovens, em resultado do abandono progressivo da nossa tradicional dieta mediterrânica, que está a ser substituída pela denominada “fast food”, alimentação rica em calorias, gorduras saturadas, sal e açúcares, e em contrapartida, pobre em fibra vegetal e micronutrientes essenciais.

O que está a acontecer, hoje em dia, é que a dieta mediterrânica é celebrada e consumida cada vez com maior entusiasmo nos países do Norte da Europa e nos Estados Unidos, enquanto entrou em declínio nos países do Mediterrâneo, o que não podemos deixar de lamentar vivamente. Daí os apelos da Fundação Portuguesa de Cardiologia para que a alimentação mediterrânica seja novamente adoptada em Portugal, não só como um acto de respeito pela nosso património cultural, mas também por ser uma opção inteligente e saudável.

Por outro lado, estudos recentes mostram que as crianças portuguesas são as segundas da Europa com mais excesso de peso e obesidade, o que leva a prever futuros problemas de saúde. Este drama da obesidade infantil é também explicado por outros estudos que mostram que a população portuguesa é a mais sedentária da Europa.

Esta epidemia de obesidade infantil, em desenvolvimento, arrisca desencadear uma constelação de factores de risco como a hipertensão arterial, o colesterol elevado e diabetes, que irão provocar complicações cardiovasculares, responsáveis por uma potencial futura redução de esperança de vida das novas gerações.

Não podemos continuar a ser os campeões da Europa, nomeadamente em inactividade física, hipertensão arterial, obesidade infantil e acidentes vasculares cerebrais. Os portugueses merecem o benefício do melhor que a ciência médica tem para oferecer neste novo século.

Fundação Portuguesa de Cardiologia, 29 de Setembro de 2012

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde de A-Z não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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