Cientistas Portugueses concluem
Investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriram que os rearranjos dos cromossomas, existentes em várias situações...

Os resultados de um estudo do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), liderado por Miguel Godinho Ferreira, referem que "alguns rearranjos cromossómicos são benéficos enquanto outros são prejudiciais" e, quando se altera o ambiente de crescimento, "os rearranjos aparentemente prejudiciais podiam tornar-se benéficos", refere o site Notícias ao Minuto.

"Vimos que basta alterar as posições dos cromossomas de um lado para o outro, sem alterar mais nada, que algumas células começam a dividir-se mais rápido, outras a dividir-se mais lentamente, e, só pela mudança dos cromossomas, algumas têm vantagens e outras desvantagens, [um trabalho que] o que nunca tinha sido feito", disse hoje Miguel Godinho Ferreira.

O cientista referiu que as alterações "podem ser neutras e as pessoas nascem, vivem, têm filhos e morrem sem alguma vez saberem que havia rearranjos nos seus cromossomas", no entanto, há mudanças que têm efeitos, não só no cancro, mas também em outras situações como, por exemplo, na fertilidade.

A investigação, resultado da colaboração dos grupos de biologia de cancro, de Miguel Godinho Ferreira, e de evolução em biologia, coordenado por Isabel Gordo, concluiu que "estas mudanças são totalmente dependentes do ambiente em que estão os cromossomas, ou seja, pode ser que esta arquitectura dos cromossomas seja [negativa] neste ambiente, mas se mudarmos as condições, passa a ser benéfica".

"Podemos agora inferir como as células cancerígenas, com rearranjos cromossómicos, conseguem adaptar-se e crescer mais depressa do que as células normais, como pessoas com diferentes cromossomas podem ter problemas de infertilidade sem se aperceberem, e como estes rearranjos cromossómicos podem ser mantidos na população sem serem eliminados", segundo uma informação divulgada pelo IGC, citando o investigador.

O trabalho também abre um campo "muito interessante" relacionado com a evolução das espécies, pois estes rearranjos "podem ter vantagens para um organismo que, no meio dos outros, pode começar a proliferar, a ter mais descendência", dando-lhe uma vantagem, e no futuro "dar origem a uma nova espécie", avançou o cientista do IGC.

Os investigadores estudaram como a variabilidade dos cromossomas influencia a viabilidade das células e a sua capacidade para se dividirem, tanto as que vão dar origem à descendência como aquelas dentro do mesmo organismo.

Quando se dividem, as células podem ter problemas, fazer erros, depois transformados em doenças, como o caso do cancro.

"Há mutações destes rearranjos que vêm connosco, dos nossos pais, podemos ou não saber que existem, mas há mutações que acontecem ao longo da nossa vida e estas são aquelas que pensamos estão associadas ao cancro", explicou Miguel Godinho Ferreira.

O trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo Howard Hughes Medical Institute, dos EUA e os resultados publicados na revista Nature Communications.

Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud
Um estudo levado a cabo pelo Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud revela que os problemas de memória ou de...

Os graves problemas de memória ou de aprendizagem podem estar relacionados com a incapacidade de eliminar espinhas dendítricas, estruturas existentes nas ramificações dos neurónios. A conclusão é de um estudo levado a cabo pelo Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud.

Liderada por Inbal Israely, a investigação dá conta de o "atraso mental" está directamente relacionado com as alterações físicas que acontecem no cérebro quando as ligações entre os neurónios se tornam mais fracas.

A Fundação Champalimaud explica que as memórias são armazenadas no cérebro em estruturas microscópicas, localizadas ao longo das ramificações dos neurónios denominadas espinhas dendítricas. A redução ou eliminação destas estruturas é um processo activo necessário para a aprendizagem e para o armazenamento de novas memórias. Por isso mesmo, a incapacidade de eliminar espinhas dendríticas irrelevantes poderá resultar em graves problemas de aprendizagem e memória.

"Há evidência da ocorrência de alterações na estrutura e na quantidade das espinhas dendríticas em pacientes com atraso mental e, por isso, é fundamental perceber quais os mecanismos que controlam o aparecimento e desaparecimento destas estruturas”, refere Inbal Israely. Para a especialista, "quanto melhor percebermos como a estrutura das espinhas dendríticas muda quando aprendemos, mais saberemos sobre a base fisiológica deste tipo de doenças.”

Diabetes
Um inalador de insulina provou ser mais eficaz no controlo da diabetes do que as injecções tradicionais e a medicação oral....

Um pequeno dispositivo (afrezza) do tamanho de um apito que liberta insulina em pó para regular os níveis de glicose no sangue de adultos com diabetes tipo 1 e 2 de forma simples e indolor, demonstrou ser mais eficaz no controlo da diabetes do que as injecções tradicionais e a medicação oral. A conclusão foi apurada em dois ensaios clínicos, cuja confirmação do sucesso dos testes poderá significar uma melhoria da qualidade de vida de milhões de doentes.

Entre os resultados dos ensaios clínicos estão uma redução dos níveis de glicose no sangue medidos em jejum e uma menor incidência de episódios de hipoglicemia, um efeito secundário da administração de insulina que se caracteriza níveis de glicose demasiado baixos e, consequentemente, perigosos.

O primeiro ensaio clínico comparou o "Afrezza" com um dispositivo para injecções de insulina, o NovoLog, e demonstrou que a eficácia do novo inalador era idêntica à do mesmo. Já os restantes testes mostraram que o produto era mais eficiente a reduzir os níveis de A1C (um dos elementos tidos em conta no controlo da glicose) do que os fármacos orais.

A companhia que desenvolveu o inalador espera enviar os dados dos ensaios clínicos para a Food and Drug Administration (FDA) até ao final do ano, depois de, em 2011, a mesma ter rejeitado o produto, exigindo a realização prévia dos testes agora concluídos.

Esta não é a primeira vez que uma empresa tenta colocar um inalador de insulina no mercado. Em 2007, a Pfizer retirou de circulação o inalador "Exubera", cujo conceito era semelhante mas cujas vendas ficaram abaixo do esperado devido às grandes dimensões do dispositivo e ao preço proibitivo.

Medicamento experimental nos EUA
Foi há cerca de três semanas que surgir a notícia de uma criança, nos EUA, ter contraído uma infecção rara causada por uma...

A confirmar-se a eficácia do medicamento experimental, o rapaz Zachary Reyna, de 12 anos, será apenas a quarta pessoa a sobreviver a este parasita em 50 anos.

"É uma pequena vitória, mas sabemos que a batalha ainda não acabou", escreveu o pai de Zachary Reyna numa página no Facebook dedicada à luta do filho contra a normalmente fatal ameba.

Zachary foi a segunda criança a contrair a mesma infecção rara em menos de um mês. A primeira foi uma menina do Arkansas, Kali Hardig, também de 12 anos, medicada com um fármaco experimental que a tornou na terceira pessoa, em 50 anos, a sobreviver a esta ameba, que ataca o cérebro.

Actualmente, Kali Hardig já se senta sozinha e conseguiu escrever algumas palavras, conforme anunciou a família, na semana passada. Já antes, exames mostraram a ausência da ameba no organismo da menina.

No caso de Zachary, o que se sabe, para já, é que os danos cerebrais são extensos, estando os médicos à espera de sinais de que o cérebro ainda esteja activo.

O menino ficou infectado depois de, no dia 3 de Agosto, ter estado a brincar com os amigos numa vala cheia de água perto de casa, na Florida. Quando passou o dia seguinte quase todo a dormir, a família estranhou e levou-o ao hospital, onde foi operado e diagnosticado com meningoencefalite amebiana primária, causada pela ameba Naegleria Fowleri - encontrada em água doce e quente

Segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano (CDC na sigla americana) dos 128 casos de infecção rara causada por este tipo de ameba no último meio século, apenas dois doentes sobreviveram. Três, contando já com Kali, ou quatro, conforme esperam os familiares e médicos de Zachary.

"Esta infecção é uma das mais graves que conhecemos. 99% das pessoas que contraem a doença morrem", admite Dirk Haselow, do Departamento de Saúde do Arkansas.

Os sintomas iniciais desta rara infecção aparecem ao longo dos primeiros sete dias depois de a doença ter sido contraída e progridem rapidamente. Geralmente provoca a morte dentro de um a 12 dias.

Experiência com cobaias
Uma equipa de cientistas brasileira conseguiu estabelecer uma relação entre os sonhos e a esquizofrenia utilizando para isso...

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que em muitos aspectos lembra o estado onírico, gerando ideias desconexas e alucinações, e um estudo com ratos acaba de revelar como essa confusão acontece no cérebro.

A descoberta foi resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que desenvolveu um método para gravar impulsos eléctricos no sistema nervoso de ratos e criou um modelo para estudar a esquizofrenia em cobaias.

A verdade é que reproduzir este transtorno psiquiátrico em animais sempre foi um desafio. Colocava-se a questão de como saber se um animal sente algo similar à esquizofrenia sem lhe poder perguntar se está a alucinar e sem poder avaliar sintomas clínicos como a conversa confusa e paranóia? Pois para estudar este problema os cientistas utilizaram ratos a quem injectaram o anestésico quetamina, que em pequenas doses é conhecido por induzir delírio e sintomas psicóticos. Depois, mediam as "ondas cerebrais” geradas pelas variações de impulsos eléctricos, enquanto analisavam o comportamento dos animais.

"É claro que o rato não tinha como dizer se estava a sonhar ou a ter alucinações”, diz Adriano Tort, líder do grupo de investigação. "Mas o padrão de ondas que encontramos estava alterado, e era um padrão que já tinha sido visto antes em sono REM, o momento do sono associado aos sonhos”.

O resultado - que analisou ondas cerebrais do hipocampo, estrutura cerebral importante para a memória e a consciência - corroborou uma suspeita que já existia. Psicólogos já tinham observado semelhanças entre o estado onírico e o tipo de alucinação que ocorre nos casos de esquizofrenia.

Estudo escocês revela:
Actividades como a dança, a leitura ou as idas ao teatro têm um "impacto positivo" na saúde. A conclusão é de um novo...

O estudo, que teve por base as informações obtidas a partir do Household Survey daquele ano que se debruçou sobre um total de 14.358 agregados familiares, descobriu que os indivíduos que participavam com frequência em eventos culturais tinham mais probabilidade de relatar "boa saúde e satisfação com a vida" do que os que não o faziam.

Além disso, a investigação realizada comprovou que estes benefícios se faziam sentir independentemente de elementos como a idade, o estatuto económico, os rendimentos ou a educação, mostrando que a participação cultural é, em todos os casos, positiva para a saúde e o bem-estar.

De acordo com os resultados obtidos, a dança é a actividade com efeitos positivos mais significativos na saúde dos escoceses: entre todos os inquiridos, 62% dos que dançavam com frequência reportaram boa saúde. Também a ida a eventos culturais surge associada a uma boa saúde, com 60% dos disseram frequentar este tipo de actividade a relatarem bem-estar geral.

"Começar desde cedo e receber encorajamento no sentido de fazer parte da cultura desde tenra idade torna mais provável que os benefícios da participação em actividades culturais se façam sentir na idade adulta", comentou Fiona Hyslop, secretária da cultura escocesa, a propósito do estudo.

Hyslop salientou ainda os programas governamentais desenvolvidos no país no sentido de financiar actividades "que encorajam pais e filhos a ler em conjunto desde o nascimento" ou que incentivam os progenitores "a introduzir os bebés à alegria da música".

Conheça
A descoberta da vacinação tem permitido manter sob controlo mais de uma dezena de doenças infecciosa
Vacinas

A vacina é vulgarmente considerada um agente – microrganismo ou substância – que, introduzido no corpo de um indivíduo, por via oral ou injectado, provoca a imunidade para determinadas doenças.

A história refere vários métodos e experiências até se chegar ao que hoje conhecemos como vacina. Apesar de os vários registos históricos que evidenciam a tentativa de se proceder a uma vacinação, é a Edward Jenner que se atribui o mérito da vacinação, dado o rigor científico com que este médico inglês apoiou as suas experiências.

Em 1796 vacinou uma criança com o pus da mão variólica duma mulher. Passadas seis semanas, inoculou o rapaz com a varíola e não verificou qualquer reacção transmissível da doença. Um ano mais tarde, realizou nova inoculação e esta contraprova revelou-se inofensiva. Vinte e três vacinações são realizadas e o resultado destas experiências publicado num livro que marca a história da ciência, em 1798.

Mas foi só em 1796, que um médico inglês, Edward Jenner, estabeleceu as primeiras bases científicas. O trabalho de Edward Jenner, com a vacinação por varíola bovina, é a primeira tentativa científica para controlar uma doença infecciosa através de uma inoculação deliberada e sistemática. Esse trabalho lançou os fundamentos da vacinologia, cuja primeira teoria é baseada na geração espontânea. Assim, a luta da humanidade contra as doenças, com um modo de vacinar contra a temida doença da época – a varíola, iniciou uma nova era da medicina, há mais de 200 anos.

Esta era a única vacina até chegar Louis Pasteur, 90 anos depois, já no final do século XIX. Pasteur é frequentemente recordado por ter descoberto a vacina contra a raiva. Pasteur foi o primeiro a compreender o papel dos microrganismos na transmissão das infecções. Usou processos variados para atenuar a virulência, isto é, reduzir a infecciosidade dos microrganismos que utilizava para inocular os animais das suas experiências iniciais. Assim, ao provocar uma doença de forma muito atenuada, Pasteur ajudava o animal a defender-se das formas graves dessa doença.

Uma primeira vacina contra a raiva foi testada por Pasteur em 1885, num rapaz mordido por um cão raivoso, com extractos de medula espinal de um cão com a doença. Foi a primeira pessoa a sobreviver à doença. Além desta vacina, Pasteur desenvolveu a vacina contra o bacillus anthracis e contribuiu, de maneira determinante, para a utilização dos vírus atenuados em vacinas.

Em 1888, é fundado o Instituto Pasteur, centro de investigação biológica, principalmente na luta contra as doenças infecciosas. Graças às escolas francesa e alemã, a vacinação regista progressos notáveis. No início do séc. XX, foram desenvolvidas vacinas contra doenças infecciosas como a tuberculose, a difteria, o tétano e a febre-amarela. Após a 2ª Guerra Mundial, desenvolveram-se vacinas contra a poliomielite, o sarampo, a papeira e a rubéola.

Actualmente existem mais de 50 vacinas em todo o mundo. As várias campanhas de vacinação lançadas em diversas zonas do mundo permitiram a protecção contra doenças infecciosas que, em tempos, mataram milhões de pessoas.

Um dos maiores sucessos das campanhas de vacinação foi a eliminação da varíola, declarada como erradicada em todo o mundo pela Organização Mundial de Saúde em 1976. No entanto, à medida que as doenças infecciosas mais graves praticamente desapareceram, as pessoas deixaram de as temer e tornaram-se menos vigilantes.

Por este motivo e devido ao aparecimento de novas doenças, os desafios na vacinação são enormes. À SIDA juntou-se a malária, a poliomielite ainda está presente em vários países, principalmente em países do Hemisfério Sul. A difteria reapareceu na Europa de Leste e o sarampo voltou a ser uma fonte de preocupação das Autoridades de Saúde em toda a Europa.

Portugal acompanhou a história da vacinação. Em 1812 é publicada a primeira recomendação para vacinação universal gratuita (vacina contra a varíola), sendo disponibilizada na região de Lisboa. O Programa Nacional de Vacinação (PNV) arranca oficialmente em 1965, incluindo vacinas contra a tuberculose, tosse convulsa, poliomielite, varíola, difteria e tétano, tendo como grande impulsionador o Prof. Doutor Arnaldo Sampaio, o qual viria posteriormente a ocupar o cargo de Director Geral da Saúde.

O Plano Nacional de Vacinação tem sido actualizado ao longo dos anos com a inclusão de mais vacinas adaptando-se à evolução da ocorrência de diversas doenças na população portuguesa e reconhecendo o inestimável benefício das vacinas. No entanto, para a vacinação ser bem sucedida é necessário haver uma mobilização concertada de vários intervenientes: Autoridades, profissionais de saúde, políticos e sociedade.

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Dicionário de A a Z
A Alcoólicos Anónimos (AA) define-se como uma comunidade de homens e mulheres que partilham entre si

O único requisito para ser membro é o desejo de parar de beber. Para ser membro da AA não é necessário pagar taxas de admissão nem quotas. São auto-suficientes pelas suas próprias contribuições. A AA não está ligada a nenhuma seita, religião, instituição política ou organização; não se envolve em qualquer controvérsia; não subscreve nem combate quaisquer causas. O seu propósito primordial é manterem-se sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançar a sobriedade.

A Alcoólicos Anónimos pode também ser definida como uma comunidade informal, actualmente com mais de 2.000.000 de alcoólicos em recuperação um pouco por todo o mundo (em mais de 150 países). Estes homens e mulheres reúnem-se em grupos locais que variam em dimensão, desde pequenos grupos, em certas localidades, a grupos maiores que integram dezenas de membros.

Actualmente, as mulheres correspondem a cerca de 35% dos membros. Cerca de 5% são jovens com menos de 21 anos.

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Estudo revela:
Na sequência do desastre nuclear ocorrido em Fukushima, um grupo de investigadores está a analisar a população para apurar a...

O estudo que está a ser realizado sobre o impacto do acidente nuclear de 2011 sobre a saúde dos residentes da província japonesa de Fukushima detectou 18 casos de menores diagnosticados com cancro da tiróide.

A comissão responsável por realizar os exames médicos em Fukushima já analisou desde o acidente nuclear, em Março de 2011, cerca de 360 mil menores de 18 anos na região.

No âmbito destes exames, 18 menores foram diagnosticados com cancro da tiróide e outros 25 apresentaram sintomas da mesma doença.

Mantenha-a nos valores certos
A hipertensão arterial é um reconhecido factor de risco das doenças cardiovasculares.
Máquina digital para medir a tensão arterial

A hipertensão arterial é uma doença crónica que afecta quase 25 por cento da população adulta mundial, ou seja, um em cada quatro indivíduos. Em Portugal, atinge 42,1 por cento dos indivíduos adultos, sendo que destes apenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada e apenas 11,2 por cento estão controlados.

À pressão com que o sangue é bombeado pelo coração chamamos pressão arterial, que é determinada pela quantidade de sangue que o seu coração bombeia e pela resistência que as suas artérias oferecem ao fluxo sanguíneo. Assim, quanto mais sangue o seu coração bombear e quanto mais estreitas forem as suas artérias, mais alta será a sua pressão arterial.

Então, designam-se de hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados. Para esta caracterização, consideram-se para os adultos valores de tensão arterial sistólica superiores ou iguais a 140 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de tensão arterial diastólica superiores a 90 mm Hg. Com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterial sistólica; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, o doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais frequente em idades avançadas.

Convém salientar que a pressão arterial, ou seja a força com que o sangue é bombeado pelo seu coração, varia de momento para momento: quando estamos de pé, deitados, a comer, enfim, varia de acordo com as acções do nosso dia-a-dia. Varia inclusive com as estações do ano e à medida que envelhecemos. É por este motivo que quando vai medir a sua pressão arterial obtém sempre valores diferentes.

Causas

Na maior parte dos casos, a causa da hipertensão arterial é desconhecida e classifica-se como "primária" ou "essencial". Em apenas alguns casos (menos de 10 por cento), a hipertensão tem causas identificáveis, tais como doenças dos rins ou das artérias renais, algumas doenças endócrinas (da glândula supra-renal ou da tiróide), ou a utilização de alguns fármacos. Neste caso falamos em hipertensão arterial secundária, que tem de ter um tratamento especial e que por vezes tem cura.

Existem no entanto factores de risco que predispõem à hipertensão arterial. São factores de risco modificáveis ou não modificáveis. Ou seja, podemos fazer algo para alterar os primeiros, mas os segundos são condições inalteráveis, como é o caso da predisposição hereditária (familiares com Hipertensão), idade avançada, raça negra ou sexo masculino.

Isto significa que se houver predisposição para ser hipertenso, deve redobrar os cuidados de forma a evitar o aparecimento da hipertensão. Desde logo, evitar comer com demasiado sal e gorduras, evitar engordar, não ingerir álcool em excesso e não fumar. Por outro lado deve comer fruta fresca e vegetais e fazer exercício físico.

Sintomas

Na maioria dos casos a hipertensão não produz sintomas, pelo que o doente pode não perceber que tem a doença. Em alguns casos, quando a pressão arterial sobe para valores significativos, pode causar sintomas como tonturas, visão enevoada, dor de cabeça, confusão, sonolência e falta de ar.

Se a pressão for continuadamente alta, as artérias adoecem, tornam-se rígidas e, no seu interior, formam-se placas de gordura, a chamada aterosclerose. Nessa altura, o sangue vai passar com dificuldade por estas artérias "entupidas" até às células do coração, originando a angina de peito, ou até mesmo o enfarte do miocárdio.

Se as artérias se rompem ou não conduzem o sangue até às células do cérebro, surgem as hemorragias e as tromboses cerebrais - acidente isquémico transitório (AIT) ou o acidente vascular cerebral (AVC).

Diagnóstico

A única maneira de saber se é ou não hipertenso é através da medição da pressão arterial. Trata-se de um método rápido e indolor. Deve manter o hábito de medir a pressão arterial de forma regular e registar os valores para mostrar ao seu médico.

Uma única medição acima dos 140/90 mmHG indica que a pressão está alta naquele momento, mas não é suficiente para diagnosticar hipertensão. Para este diagnóstico, é normalmente necessário repetir a medição em diferentes circunstâncias e durante determinado período de tempo.

Tratamento

Para manter a pressão arterial dentro dos valores normais, é importante adoptar um estilo de vida saudável. No entanto, quando as mudanças de estilo de vida não são suficientes é necessário recorrer à terapêutica medicamentosa. Esta deverá ser administrada pelo seu médico que lhe indicará a mais adequada ao seu caso.

Cuidados para baixar a pressão arterial

• Coma alimentos saudáveis – aumente o consumo de frutas, vegetais, grãos inteiros (pão rico em cereais, cereais, arroz e massas), leite e derivados lácteos pobres em gordura, bem como a diminuição da ingestão de gorduras.
• Diminua a ingestão de sal - É aconselhável diminuir o sal na alimentação, uma vez que aumenta a pressão arterial.
• Mantenha um peso saudável – evite ficar com excesso de peso, mantendo uma alimentação equilibrada.
• Pratique exercício físico - a actividade física diária pode ajudar a descer a sua pressão arterial e a manter o seu peso sob controlo.
• Limite o consumo de álcool - mesmo nas pessoas saudáveis o álcool eleva os valores da pressão arterial. Se escolher continuar a consumir álcool, faça-o com moderação: 1 bebida por dia se for mulher ou tiver mais de 65 anos de idade e até duas se for homem.
• Não fume - o tabaco lesa as paredes dos vasos sanguíneos e acelera o processo de rigidificação das artérias.
• Reduza o stress o mais possível.
• Vigie a pressão arterial em casa - a medição da pressão arterial no domicílio permite-lhe seguir de perto a evolução da sua doença e verificar se a medicação está a surtir efeito.
• Siga os conselhos do seu médico - tome os seus medicamentos tal como este lhe indicou.

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Doença infecciosa potencialmente grave
A febre tifóide é uma doença infecciosa, mais frequente em regiões com deficiente saneamento básico.
Ilustração de salmonella

Esta doença apresenta sintomas semelhantes a uma gripe ou constipação, nomeadamente febre, dores de cabeça, dores abdominais, obstipação e, em alguns casos, diarreia.

A febre tifóide é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. Caracteriza-se por febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de vísceras como o fígado e o baço e, se não tratada, confusão mental progressiva, podendo levar ao óbito.

É uma doença exclusivamente humana cuja transmissão ocorre principalmente através da ingestão de água e de alimentos contaminados. Mais raramente, pode ser transmitida pelo contacto directo (mão-boca) com fezes, urina, secreção respiratória, vómito ou pus proveniente de um indivíduo infectado. Após a contaminação, as bactérias invadem o intestino e daí espalham-se pela corrente sanguínea para diversos órgãos.

O tempo entre a exposição e o início dos sintomas (período de incubação) pode variar de 3 a 60 dias, ficando entre 7 e 14 dias na maioria das vezes. A infecção pode não resultar em doença.

A febre tifóide tende a ser mais grave em pessoas que permaneceram doentes por tempo mais prolongado, em desnutridos, em imunodeficientes, em portadores de doenças da vesícula biliar e em indivíduos com certas características genéticas.

A doença tem distribuição mundial, sendo mais frequente nos países em desenvolvimento, onde as condições de saneamento básico são inexistentes ou inadequadas. Estima-se a ocorrência de 12 a 33 milhões de casos por ano no mundo, com aproximadamente 600 mil óbitos.

Causas

A febre tifóide é provocada pela Salmonella typhi que penetra no organismo através do tudo digestivo.

Embora o contágio se costume efectuar através do consumo de líquidos ou alimentos contaminados, também pode ser realizado por contacto directo com os pacientes ou portadores saudáveis que não respeitem as devidas normas de higiene.

A acidez gástrica é o primeiro mecanismo de defesa do organismo contra a bactéria, mas quando consegue resistir à acidez do estômago, a Salmonella typhi chega ao intestino delgado, onde compete com as bactérias da flora normal intestinal. Se sobreviver, a Salmonella typhi invade a parede intestinal e alcança a circulação sanguínea. A presença da bactéria no sangue determina o início dos sintomas.

Embora o processo infeccioso costume desaparecer ao fim de um ou dois meses, período ao longo do qual as bactérias são eliminadas em cerca de 10 a 15 por cento dos indivíduos afectados, os microrganismos estabelecem-se de maneira persistente na vesícula biliar e, mesmo que não gerem complicações, continuam a ser eliminados essencialmente com as fezes - por isso, existem portadores saudáveis.

Diagnóstico

A confirmação do diagnóstico de febre tifóide é feita através de isolamento da bactéria, feito geralmente a partir de sangue, fezes, urina ou biopsia das lesões de pele. O isolamento de amostras da bactéria é fundamental, pois torna possível determinar a sua susceptibilidade aos antimicrobianos.

Sintomas

A maioria das pessoas infectadas pela Salmonella typhi permanece assintomática durante o período de incubação, usualmente 10 a 14 dias após ingestão de água ou alimentos contaminados, embora seja possível (em 10 a 20 por cento dos casos) a ocorrência de diarreia transitória.

Após esse período surge a febre, inicialmente baixa, mas torna-se progressivamente mais alta. Também é comum nesta fase a ocorrência simultânea de dor de cabeça (cefaleia intensa frontal ou difusa), dores pelo corpo, dor no abdómen, fadiga, perda de apetite, náuseas e alteração do trânsito intestinal - diarreia ou prisão de ventre. É também frequente a queixa de dor de garganta transitória e, por vezes, o surgimento de tosse seca.

Para além destas, existem outras manifestações que aparecem cerca de uma semana após o início dos sinais e sintomas, entre as quais se destacam um aumento do tamanho do baço e do fígado, o aparecimento de uma camada esbranquiçada na superfície da língua (língua saburrosa) e a erupção cutânea de pequenas manchas rosadas que revestem o abdómen e, por vezes, se estendem ao tórax, persistindo alguns dias.

Embora a doença costume desaparecer ao fim de quatro semanas sem originar complicações, existem casos em que, sobretudo quando não se procede ao devido tratamento, surgem complicações graves, por vezes mortais, entre as quais é possível destacar as hemorragias e perfurações intestinais, que podem originar uma peritonite e choque cardiovascular.

Pode-se igualmente produzir um quadro de desidratação, problemas neurológicos significativos e processos infecciosos localizados, tais como meningite, otite, colecistite, entre outros.

Tratamento

O tratamento baseia-se na administração de antibióticos activos contra o microrganismo causador da febre tifóide, medicamentos antipiréticos e anti-inflamatórios, que deve ser complementado com as medidas de apoio para melhorar o estado geral, como repouso, uma dieta ligeira e reposição de líquidos.

Nos casos leves e moderados, o médico pode recomendar que o tratamento seja feito em casa, com antibióticos orais. Os casos mais graves devem ser internados para hidratação e administração venosa de antibióticos de forma a prevenir e tratar oportunamente as eventuais complicações e, também, para manter o paciente isolado, de modo a evitar a propagação da infecção.

Por vezes, é necessário recorrer à realização de uma intervenção cirúrgica de emergência, por exemplo em caso de perfuração intestinal. Caso não surjam complicações, o tratamento costuma ter três ou quatro semanas de duração.

Sem tratamento adequado, a febre tifóide pode ser fatal em até 15 por cento dos casos. Para além disso, cerca de 2 a 5 por cento das pessoas, mesmo quando tratadas, tornam-se portadoras crónicas e podem eliminar a bactéria nas fezes durante até mais de um ano. Esta situação é particularmente frequente em menores de 5 anos, idosos e mulheres com doenças biliares.

Prevenção

O fundamental da prevenção desta doença consiste na realização de um controlo bacteriano da água de consumo, uma medida realizada regularmente nos países desenvolvidos, mas que nos países em vias de desenvolvimento ainda não é, infelizmente, muito comum, o que justifica o facto de a febre tifóide ser uma doença endémica nesses países.

Quando se viaja para estes países, é essencial adoptar várias medidas de precaução, tais como beber água previamente fervida, submetida a um processo de desinfecção, comer apenas alimentos cozinhados e não consumir frutas e verduras com casca.

A selecção de alimentos seguros é crucial. Em geral, a aparência, o cheiro e o sabor dos alimentos não ficam alterados pela contaminação com agentes infecciosos. Por isso, o viajante deve alimentar-se em locais que tenham condições adequadas ao preparo higiénico de alimentos. A alimentação na rua, com vendedores ambulantes, constitui um risco elevado. O consumo de alimentos como leite, manteiga, queijo e peixes são considerados de alto risco, pois possuem o pH ideal (4,4 a 7,8) para o crescimento da Salmonella typhi.

Por outro lado, as pessoas que pretendam viajar para áreas endémicas e as que nelas vivem devem vacinar-se contra a febre tifóide. Existem vacinas deste tipo, de administração oral ou parentérica, normalmente administradas em duas doses, embora actualmente exista uma vacina administrada numa única dose que, à semelhança das restantes, proporciona imunidade durante um ano.

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Diarreia do viajante

Cólera

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Infecção bacteriana
A cólera é uma infecção intestinal aguda causada por uma toxina produzida por uma bactéria.
Cólera

A cólera é uma infecção do intestino delgado causada pela bactéria Vibrio cholerae que produz uma enterotoxina (toxina) que desencadeia diarreia forte. Ou seja, as bactérias da cólera produzem uma toxina que faz com que o intestino delgado segregue quantidades imensas de um líquido rico em sais e minerais.

Existem cerca de 190 subtipos desta bactéria, sendo que apenas dois são produtores da enterotoxina -Vibrio colerae 01 (conhecido por "el tor") e Vibrio colerae 0139.

Embora o bacilo possa sobreviver nas águas doces e salgadas por algum tempo, o homem é o principal reservatório, sendo a transmissão feita por ingestão de alimentos ou água contaminada com fezes de doentes ou de portadores assintomáticos. Portanto, a cólera transmite-se ingerindo água, mariscos ou outros alimentos contaminados pelos excrementos de pessoas infectadas.

Esta doença aparece habitualmente em zonas da Ásia, Médio Oriente, África e América Latina, sendo que os surtos de doença verificam-se nos meses de calor e a incidência maior é entre as crianças. Noutras zonas, as epidemias podem ocorrer em qualquer época do ano e a doença pode afectar qualquer idade. A população que vive nas zonas onde a cólera é frequente (endémica) desenvolve gradualmente uma imunidade natural.

O risco para os viajantes é baixo, mesmo em países onde ocorrem epidemias de cólera, desde que respeitadas medidas de higiene pessoal e alimentar. Contudo, em situações que se prevêem de risco elevado, poderá recorrer-se à vacinação. Esta vacina existe no mercado português, trata-se de uma vacina oral e consiste na administração de duas ou três doses antes da exposição. Pode ser administrada a crianças com idade superior a dois anos.

Sintomas
Os sintomas, que começam de um a três dias após a infecção pela bactéria, oscilam entre um episódio de diarreia ligeira e sem complicações, cerca de 90 por cento dos casos e uma doença grave, potencialmente mortal em 10 por cento dos casos. Acontece também que alguns doentes afectados não apresentam sintomas.

Em geral, a doença começa com uma diarreia súbita, indolor e aquosa, além de vómitos. Nos casos graves chega a perder-se quase um litro de líquido por hora, mas usualmente a quantidade é muito menor. Nessas situações graves, a grande diminuição de água e sal provoca uma desidratação acentuada, com sede intensa, cãibras musculares, debilidade e uma produção mínima de urina.

A grave perda de líquidos nos tecidos faz com que os olhos se encovem e a pele dos dedos se enrugue de forma extrema. Se a infecção não receber tratamento, os graves desequilíbrios no volume sanguíneo e a maior concentração de sais podem conduzir a insuficiência renal, choque e coma.

Os sintomas costumam desaparecer em três a seis dias. Os indivíduos afectados libertam-se, geralmente, do microrganismo em duas semanas, mas alguns convertem-se em portadores permanentes.

Diagnóstico
O diagnóstico de cólera confirma-se isolando as bactérias a partir de amostras de líquido provenientes do recto ou de matéria fecal fresca. Uma vez que a bactéria Vibrio cholerae não cresce nos meios de cultura rotineiros para as fezes, deve requerer-se uma cultura especial para os microrganismos do género Vibrio.

Prevenção
Segundo a Organização Mundial de Saúde, desde 1993 que nenhum país exige a vacinação como condição para ser fornecido visto de entrada. Isto porque a imunidade concedida pelas vacinas não é absoluta, conferindo apenas protecção parcial: as injectáveis têm uma eficácia de 50 por cento, durante apenas três meses e as orais de 85 por cento, por três anos.

Portanto a adopção de medidas gerais de higiene são a melhor forma de prevenir esta doença. A começar na purificação dos abastecimentos de água e a correcta eliminação dos excrementos humanos.

Outras precauções essenciais para prevenir a cólera incluem:
- Lavar as mãos com sabão depois de cada utilização das instalações sanitárias, antes da preparação de alimentos e antes das refeições
- Utilizar somente água da rede geral de abastecimento público (que, por razões especiais de segurança, pode ser fervida – ebulição durante, pelo menos, cinco minutos). Nunca usar água de outras origens (por exemplo poços ou minas)
- Consumir somente gelo preparado com água da rede geral de abastecimento público (que, por razões especiais de segurança, pode ser fervida ou desinfectada)
- Consumir de preferência leite pasteurizado. O leite fresco deve ser sempre fervido antes de ser ingerido
- Não consumir alimentos crus ou mal cozinhados, não preparar os alimentos com fervuras, cozeduras ou frituras muito rápidas, nem usar o "banho-maria". Todos os alimentos devem ser sempre bem cozinhados, especialmente mariscos, peixes, legumes e hortaliças
- Não consumir alimentos preparados com ovos crus ou de origem duvidosa, nomeadamente maioneses, alguns molhos e sobremesas. Todos os alimentos devem ser consumidos quentes
- Não consumir frutas previamente descascadas ou com a pele parcialmente destruída. Frutas, saladas, hortaliças e legumes só devem ser consumidos crus se forem previamente lavados com água corrente e desinfectados
- Não consumir alimentos de proveniência duvidosa, nem comer em estabelecimentos sem requisitos de higiene. Não consumir quaisquer alimentos preparados ou provenientes de estabelecimentos ilegais ou de vendedores ambulantes. Consumir de preferência alimentos cozinhados no domicílio
- Bebidas como chá quente ou café, vinho, cerveja, bebidas carbonatadas (gasosas) ou sumos de fruta previamente empacotados, são geralmente seguras
- Eliminar mosquitos e moscas do interior das habitações e evitar, sobretudo, o seu contacto com os alimentos

Tratamento
O tratamento faz-se, sobretudo, à base de reidratação (oral nos casos suaves e por via intravenosas nos mais graves), podendo ser administrados antibióticos nas infecções severas. A rápida recomposição dos fluidos corporais, sais e minerais perdidos é uma parcela fundamental do tratamento.

Não devem ser usados medicamentos anti-diarreicos, uma vez que têm um efeito de incremento da concentração do microrganismo.

Habitualmente a recuperação é completa, ocorrendo rapidamente, podendo, no entanto, o indivíduo continuar a eliminar o Vibrio colerae nas fezes durante mais cerca de 20 dias, em média.

Sem tratamento adequado, pode ocorrer baixa da pressão sanguínea, falência renal, coma e até morte em 50 por cento dos casos não tratados, contra apenas 2 por cento dos assistidos medicamente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Infecção pela bactéria Bacillus anthracis
O antraz, ou carbúnculo, é uma doença infecciosa aguda causada por uma bactéria e potencialmente mor
Antraz

O antraz, ou carbúnculo, é uma doença causada pela bactéria Bacillus anthracis, que pode infectar a pele, os pulmões e o aparelho gastrointestinal. Esta bactéria pode assumir uma forma mais resistente chamada de esporo (bactéria inactiva), que pode sobreviver no solo e nos produtos animais (como a lã) durante anos e até décadas.

Habitualmente, transmite-se às pessoas através de alguns animais, em especial as vacas, as cabras e as ovelhas. Trata-se de uma doença altamente contagiosa e potencialmente letal. Apesar de a infecção ocorrer através da pele, pode também acontecer que as pessoas sejam infectadas através do consumo de carne contaminada ou da inalação de esporos ou de bactérias.

O antraz é uma doença rara nos países onde há uma regulamentação sanitária adequada, no entanto, nos últimos tempos existe grande preocupação em relação ao facto de o antraz poder ser utilizado como agente de guerra biológica.

Diferentes manifestações da doença
A doença causada pelo antraz pode apresentar três formas: cutânea (da pele), pulmonar e gastrointestinal.

Antraz cutâneo
A forma cutânea do antraz é a forma mais comum (95 por cento dos casos) e inicia-se como uma mancha vermelho acastanhada que aumenta com uma vermelhidão importante, levando a formação de bolhas e ao endurecimento da pele.

O centro da mancha então torna-se numa ferida com secreção sanguinolenta, seguida pela formação de uma crosta escurecida. Há gânglios aumentados na região. Aproximadamente 10 por cento dos casos evoluem para a forma sistémica (que se espalha para outros órgãos) que pode ser fatal.

Antraz pulmonar
O Antraz pulmonar ocorre após a aspiração da bactéria e multiplicação rápida desta bactéria nos gânglios do tórax. Nestes gânglios ocorre sangramento e morte do tecido, que espalha a infecção pelos pulmões.

Apresenta-se como uma doença muito grave, levando ao coma e à morte na quase totalidade dos casos.

Antraz gastrointestinal
A forma mais rara da doença, resultando da ingestão de carne contaminada e na presença de algum pequeno ferimento na faringe ou no intestino, permite á bactéria invadir a parede intestinal. A toxina bacteriana causa sangramento e necrose dos gânglios próximos ao intestino. A infecção generalizada ocorre então, com alta taxa de mortalidade.

Sintomas
Os sintomas podem ocorrer de 12 horas a cinco dias após a exposição à bactéria. A infecção cutânea começa com uma protuberância de cor castanho-avermelhada que aumenta de volume e apresenta um considerável edema nos bordos. A referida saliência transforma-se numa bolha, endurece e depois rompe-se no centro, libertando um líquido claro antes de formar uma crosta negra (escara). Os gânglios linfáticos da área afectada podem inchar, a pessoa sente-se doente e por vezes tem dores musculares, dor de cabeça, febre, náuseas e vómitos.

A carbunculose pulmonar (doença dos cardadores de lã), provém da inalação de esporos do bacilo do carbúnculo. Os esporos multiplicam-se nos gânglios linfáticos, próximo dos pulmões, esses gânglios começam a rebentar e a sangrar, espalhando a infecção às estruturas torácicas vizinhas.

Forma-se, então, um líquido infectado nos pulmões e no espaço entre estes e a parede torácica (cavidade pleural). De início, os sintomas são ligeiros e parecem-se com os da gripe. Contudo, a febre agrava-se e em poucos dias surgem graves dificuldades respiratórias, seguidas de choque e coma.

Também se pode verificar a infecção do cérebro e das suas meninges (meningoencefalite). Mesmo que o tratamento seja precoce, esta forma de carbunculose é quase sempre mortal.

A carbunculose gastrointestinal é rara. As bactérias podem crescer na parede intestinal e libertar uma toxina que provoca uma grande hemorragia e morte do tecido. A infecção pode revelar-se mortal se se propagar até à corrente sanguínea.

Diagnóstico
O conhecimento de que um indivíduo esteve em contacto com animais ajuda o médico a estabelecer o diagnóstico.

Por outro lado, a bactéria pode ser encontrada em culturas ou fragmentos da pele no caso da doença cutânea, no escarro no caso da doença pulmonar (embora nem sempre se consiga identificar as bactérias) e no material da faringe no caso da forma intestinal. Uma radiografia de tórax pode mostrar alterações características nos pulmões e nos tecidos ao redor.

Por vezes começa-se o tratamento quando se suspeita da infecção, ainda que não se disponha da sua confirmação analítica.

Prevenção
As pessoas com elevado risco de contrair o carbúnculo (como os veterinários, os técnicos de laboratório e os empregados da indústria têxtil que processam o pêlo de animais) devem ser vacinadas.

Por outro lado, devem ser adoptadas medidas de saúde pública para prevenir contacto com animais infectados.

Tratamento
A forma cutânea de antraz é habitualmente tratada com antibióticos. Já as infecções pulmonares exigem o uso de penicilina intravenosa, embora possam ser administrados outros antibióticos. Podem ainda ser prescritos corticosteróides para reduzir a inflamação pulmonar. Quando o tratamento é retardado (geralmente em decorrência do diagnóstico não ser realizado imediatamente), a morte é provável.

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Associadas a agentes químicos
São várias as doenças que se podem desenvolver por exposição excessiva e descontrolada a diferentes
Doenças Profissionais Químicos

Quase todos os agentes químicos são nefastos para a saúde. É por isso essencial que os trabalhadores adoptem métodos de trabalho seguros durante a sua manipulação, em especial se existir a possibilidade de libertação de poeiras.

São várias as vias pelas quais o trabalhador pode ser contaminado pelas poeiras, ou seja, a entrada destas no organismo pode ocorrer por inalação - via respiratória -; por ingestão - via digestiva - ou em contacto com a pele - via cutânea. Contudo, a inalação é de longe a forma mais importante de interacção com o funcionamento do organismo humano, uma vez que a maioria das poeiras penetra no organismo humano através das vias respiratórias.

O ponto de partida para a redução dos riscos para a saúde nos locais de trabalho é efectuar o diagnóstico das condições reais de trabalho. Portanto, em primeiro lugar cabe à entidade patronal a realização da avaliação dos riscos e uma gestão adequada dos mesmos. Desta maneira, o trabalhador poderá adquirir práticas de trabalho seguras e a promover um ambiente de trabalho saudável e seguro.

Composição do ar
Num local de trabalho cuja atmosfera se apresente poluída, o perigo deve-se precisamente à presença de poeiras em suspensão no ar.

O ar puro é composto (composição volumétrica) por 78,08 por cento de azoto; 20,94 por cento de oxigénio; 0,93 por cento de árgon; 0,03 por cento de dióxido de carbono; 0,00005 por cento de hidrogénio e vestígios de gases raros (excepto árgon).

O vapor de água é também um constituinte do ar, sendo variável a sua proporção.

A atmosfera de alguns locais de trabalho contém outras substâncias susceptíveis de modificar, mais ou menos profundamente, as suas propriedades. A poluição pode também resultar de uma alteração quantitativa na composição do ar. Diz-se, portanto, que o ar está poluído ou contaminado quando contém substâncias estranhas à sua composição normal, ou mesmo quando normal no aspecto qualitativo mas possuindo alterações quantitativas, pela presença de uma ou várias substâncias em concentrações superiores às habituais.

Agentes químicos
No local de trabalho, os agentes químicos podem existir em suspensão na atmosfera:
a) No estado sólido, sob a forma de:

  • Poeiras – suspensão no ar de partículas esferoidais de pequeno tamanho, formadas durante o manuseamento de certos materiais e por processos mecânicos de desintegração;
  • Fibras – partículas aciculares provenientes de degradação mecânica, cujo comprimento excede em mais de três vezes o seu diâmetro;
  • Fumos – suspensão no ar de partículas esféricas provenientes de uma combustão incompleta ou resultante da sublimação de vapores, geralmente depois da volatilização a elevadas temperaturas de metais fundidos (fumes).

b) No estado líquido, sob a forma de:

  • Aerossóis – suspensão no ar de gotículas cujo tamanho não é visível à vista desarmada e provenientes da dispersão mecânica de líquidos;
  • Neblinas – suspensão no ar de gotículas líquidas visíveis e produzidas por condensação de vapor.

c) No estado gasoso, sob a forma de:

  • Gases – estado físico de certas substâncias a 25 ºC e 760 mm Hg;
  • Vapores – fase gasosa de substâncias que nas condições – padrão (25 ºC e 760 mm Hg) se encontram no estado sólido ou líquido.

As medidas ou avaliações dos agentes químicos em suspensão no ar são obtidas por meio de aparelhos especiais que medem a concentração, ou seja, a percentagem existente em relação ao ar atmosférico de um determinado poluente químico.

A partir dessas medições estabelecem-se os Valores Limites de Exposição (VLE), que não são mais do que as concentrações máximas, permitidas por lei, de diferentes substâncias existentes no ar dos locais de trabalho, acima dos quais a saúde dos trabalhadores pode ser afectada. Abaixo destes valores a exposição contínua do trabalhador não representa qualquer risco para o mesmo.

Os limites máximos de concentração de cada um dos produtos diferem de acordo com o seu grau de perigosidade para a saúde, sendo que na legislação ambiental portuguesa constam os valores limite de exposição de diferentes substâncias (NP – 1796).

Mediante os valores obtidos há que tomar medidas, devendo recorrer-se a equipamento de protecção individual sempre que possível, bem como a alterações no processo produtivo que permitam a redução das emissões de poluentes. Estas alterações podem ser ao nível do equipamento ou de matérias-primas, mas também medidas mais gerais, nomeadamente:

  • Formação e informação dos trabalhadores;
  • Organização da vigilância física e médica;
  • Organização e manutenção de processos e registos adequados;
  • Sinalização de segurança;
  • Limitação da duração e da intensidade de exposição;
  • Planificação da eliminação e armazenamento dos resíduos radioactivos, etc.

Principais doenças
O organismo tem vários mecanismos para eliminar as partículas aspiradas. Nas vias respiratórias, o muco cobre as partículas de modo que seja fácil expulsá-las através da tosse. Nos pulmões, existem células purificadoras especiais que "engolem” a maioria das partículas e as tornam inofensivas. No entanto, quando as substâncias químicas são absorvidas pelo organismo em doses elevadas e quando ultrapassam os VLE, provocam lesões nos trabalhadores.

As lesões ou doenças que mais vulgarmente se aplicam a este tipo de agentes e que apresentam problemas para a saúde do trabalhador são:

  • Anemias;
  • Queimaduras;
  • Encefalopatias;
  • Ulcerações cutâneas;
  • Perturbações cutâneas, etc.

No âmbito dos riscos associados a agentes químicos existem quatro tipos de agentes, que pelo seu elevado grau de perigosidade para o ser humano, devem ser referenciados e são:

  • Os cancerígenos;
  • O cloreto de vinilo monómero;
  • O amianto;
  • O chumbo;

Estes agentes químicos específicos, embora se enquadrem no âmbito dos riscos associados a agentes químicos gerais, têm legislação (comunitária e nacional) específica que regulamenta os VLE, definição do tipo de agentes e medidas de prevenção a implementar.

As doenças provocadas por este tipo de agentes passam por:

  • Asbestose;
  • Cancro pulmonar;
  • Mesoteliama;
  • Lesões pleurais;
  • Fibroses do fígado e do baço;
  • Perturbações circulatórias das mãos e dos pés, etc.
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Grupos especiais
As vacinas permitem salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que qualquer tratamento méd
Vacinação

As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir.

E se isto é verdade para a população em geral é, particularmente, certo para determinados grupos de pessoas que pela sua condição de saúde especial, os tornal mais vulneráveis à doença.

 

Crianças pré-termo e de baixo peso
Os prematuros (nascidos antes das 37 semanas de gestação), são particularmente susceptíveis às infecções. Os anticorpos maternos, que passam durante a gravidez da mãe para o bebé, estão presentes em níveis mais baixos e durante um período de tempo inferior ao das crianças de termo. Este facto, faz com que a morbilidade e/ou gravidade das doenças evitáveis pela vacinação possa ser superior neste grupo, pelo que a vacinação das crianças pré-termo não deve ser adiada.

Os prematuros clinicamente estáveis, devem ser vacinados de acordo com o esquema recomendado no Plano Nacional de Vacinação, com as mesmas doses e na mesma idade cronológica que as crianças de termo, independentemente do peso à nascença, excepto para o BCG e para a VHB. Nas crianças nascidas com peso inferior a 2000 g, a BCG deve ser adiada para quando atingirem esse peso.

Nos recém-nascidos de mãe sem hepatite B (Ag HBs negativo), nascidos com peso inferior a 2000 g, a VHB deve ser adiada para quando tiverem um mês de idade ou para quando atingirem esse peso. No caso das mães com Ag HBs positivo, os recém-nascidos com peso inferior a 2000 g, devem seguir um esquema cronológico com quatro doses, a administrar aos 0, 1, 2 e 6 meses de idade.

Gravidez e amamentação
A vacinação durante a gravidez pode estar indicada se houver um risco elevado de infecção, se a doença implicar um risco significativo para a mãe e/ou para o feto e se o risco de reacções adversas à vacinação for aceitável. Em caso de indicação para vacinar, se possível, deve considerar-se a possibilidade de adiar a vacinação para o segundo ou terceiro trimestre.

Na grávida as vacinas inactivadas são, geralmente, consideradas seguras para o feto e as vacinas vivas, em princípio, contra-indicadas (VASPR).

A grávida deve ter a vacina contra o tétano actualizada de forma a prevenir o tétano neonatal, situação rara nos países desenvolvidos. Assim uma decisão de vacinar contra o tétano durante a gravidez, assim como o número de doses a administrar, deve basear-se no número total de doses do toxóide tetânico recebidas durante toda a vida da grávida e de quanto tempo decorreu desde a última administração.

A grávida deve ser vacinada com a vacina da gripe sazonal ou pandémica a partir do segundo trimestre, não só para a sua protecção de uma eventual evolução grave da doença durante a gravidez, mas também para proteger o seu bebé nos primeiros meses de vida através da passagem de anticorpos da mãe para o feto.

A vacinação de mulheres que estão a amamentar não interfere com o esquema de vacinação recomendado aos lactentes. As mães que amamentam e que não têm as vacinas do Plano Nacional de Vacinação em dia devem actualizá-lo.

Indivíduos com alterações imunitárias

  • A disfunção primária ou secundária do sistema imunitário pode afectar simultaneamente a eficácia e a segurança das vacinas, dependendo do tipo e grau da imunodeficiência e da vacina em questão. A vacinação deve ser sempre efectuada sob a orientação e prescrição do médico assistente e segundo alguns princípios gerais:
  • Só muito raramente a imunidade está tão comprometida que a imunização activa é completamente ineficaz e inapropriada (imunodeficiência combinada grave);
  • As vacinas inactivadas e/ou imunoglobulinas são, em princípio, a melhor forma de proteger estes indivíduos; devem e podem ser efectuadas a todos os doentes com imunodeficiências congénitas e adquiridas; embora sejam seguras, a sua eficácia pode ser reduzida ou mesmo nula;
  • Estes doentes devem ser vacinados com algumas vacinas inactivadas extra-PNV (gripe, vacina contra Streptococcus pneumoniae) e como a resposta imunitária é inferior à dos indivíduos imunocompetentes, devem ser consideradas doses maiores ou reforços mais frequentes;
  • Em circunstâncias especiais (imunodeficiências graves), as vacinas vivas estão contra-indicadas devido ao risco de causarem elas próprias doença pelas estirpes vacinais. A sua administração deve estar sempre dependente de uma avaliação risco/benefício, caso a caso;
  • Um indivíduo com imunodeficiência, dado ter uma resposta imunogénica imprevisível, deve ser sempre considerado potencialmente susceptível às doenças evitáveis pelas vacinas, mesmo com esquema vacinal actualizado. Assim, em caso de exposição a alguma destas doenças, deve ser considerada a administração de terapêutica profiláctica (imunoglobulina ou quimioprofifaxia);
  • A vacinação deve ser antecipada se for previsível um declínio da situação imunitária, recorrendo-se a esquemas acelerados;
  • Se a imunossupressão for transitória e se o adiamento for seguro a vacinação deve ser adiada;
  • Se possível, a terapêutica imunossupressora deve ser suspensa ou reduzida, algum tempo antes da vacinação, para permitir a obtenção de uma melhor resposta imunitária;
  • Os indivíduos vacinados devem ser seguidos cuidadosamente, porque a magnitude e a duração da imunidade vacinal estão, frequentemente, reduzidas;
  • Familiares e prestadores de cuidados a indivíduos com imunodeficiência devem receber um leque alargado de vacinas, de forma a não se tornarem fonte de contágio (cuidado com vacinas com vírus potencialmente transmissíveis).
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Associação Alzheimer Portugal aconselha:
Manter o cérebro saudável é importante para prevenir a demência, cuja prevalência aumenta com a idad
Reduzir risco de demência

Os hábitos e estilo de vida podem fazer uma grande diferença na sua saúde, assim como reduzir os riscos de desenvolver Doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Actualmente não se sabe como se pode prevenir ou curar a demência, no entanto, existem algumas medidas que podem ser implementadas e que ajudam a manter o cérebro saudável.

A Associação Alzheimer Portugal aconselha a adopção de sete medidas que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver Doença de Alzheimer. De salientar, contudo, que a implementação destas dicas não impede que o indivíduo não venha a desenvolver a doença de Alzheimer, uma vez que os principais factores de risco para a demência são a idade e questões genéticas, impossíveis de controlar. No entanto, diferentes estudos científicos têm vindo a evidenciar que, as pessoas que adoptam estilos de vida saudáveis têm um risco reduzido de vir a desenvolver a demência.

São elas:
1. Lembre-se do seu Cérebro – mantenha o cérebro activo
2. Lembre-se da sua alimentação – tenha uma alimentação saudável
3. Lembre-se do seu corpo – pratique exercício físico
4. Lembre-se da sua saúde – faça check-ups regularmente
5. Lembre-se da sua vida social – participe em actividades sociais
6. Lembre-se dos seus hábitos – não fume, beba com moderação e durma bem
7. Lembre-se da sua cabeça – proteja a sua cabeça de lesões.

Lembre-se do seu Cérebro
Manter o cérebro activo permite fortalecer as ligações entre as células cerebrais, contribuindo para uma mente saudável.

  • Faça actividades que envolvam novas aprendizagens;
  • Faça jogos de raciocínio, como palavras cruzadas, puzzles de letras e números, jogue xadrez, damas ou cartas;
  • Leia, escreva, converse, use o computador, aprenda uma nova língua, tire um curso;
  • Participe em actividades culturais, como assistir a jogos, concertos, ir a museus ou galerias de arte;
  • Procure descobrir quais os seus passatempos preferidos e pratique-os, por exemplo, pintura, costura, carpintaria;
  • Mesmo em casa, mantenha-se activo: cozinhe novos pratos ou dedique-se ao seu jardim.

Lembre-se da sua alimentação
Uma alimentação equilibrada e saudável promove um cérebro saudável.

  • Reduza as gorduras saturadas: Escolha carnes magras, frango e produtos lácteos com pouca gordura. Evite a manteiga, alimentos fritos, doces, bolos e bolachas.
  • Prefira alimentos saudáveis:

- Gorduras Insaturadas: azeite, óleo de girassol, abacate, azeitonas, nozes, sementes e peixe;
- Ácidos Gordos Ómega-3: soja, margarina, peixe (especialmente gordos, como salmão, cavala, atum e sardinha);
- Alimentos ricos em Antioxidantes: ameixas, uvas passas, mirtilos, outras bagas, espinafres, couve-de-bruxelas, ameixas, brócolos, beterraba, abacate, laranjas, uvas vermelhas, pimenta vermelha, cerejas, kiwis, cebola, milho e beringela;
- Bebidas ricas em antioxidantes: chá verde, sumos de frutas, legumes e vinho tinto (com moderação);
- Alimentos ricos em Ácido Fólico: laranja, morango, banana, espinafres, espargos, brócolos, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, lentilhas, feijão, grão-de-bico e cereais integrais;
- Alimentos ricos em Vitamina E: óleos vegetais, nozes, vegetais de folhas verdes e cereais integrais;
- Alimentos ricos em Vitamina B12: carne, frango, peixe, leite e ovos.

Lembre-se do seu corpo
O exercício físico estimula o fluxo sanguíneo para o cérebro. As pessoas que se exercitam regularmente têm menos probabilidades de desenvolver doenças cardíacas e diabetes. Estas condições estão também associadas a um risco maior de desenvolver demência. Por isso, pratique exercício físico para o bem da sua saúde:

  • Exercite o seu corpo, pelo menos, 30 minutos por dia. Pode andar, dançar, correr, andar de bicicleta, nadar, passear pelo jardim... tudo o que coloque o seu corpo em movimento e faça o coração bater com mais força;
  • O treino de resistência ou peso ajuda a desenvolver a força muscular, coordenação de movimentos e mantém a densidade óssea;
  • Trabalhe a flexibilidade e equilíbrio, com actividades como a dança, alongamentos, tai chi, pilates e yoga.

Lembre-se da sua saúde
Ao realizar check-ups regularmente, consegue detectar eventuais problemas assim que eles surgirem. O tratamento torna-se mais fácil e as consequências serão também menores.

  • Controle a sua tensão arterial;
  • Controle o seu colesterol;
  • Controle os seus níveis de açúcar no sangue;
  • Controle o seu peso.

Lembre-se da sua vida social
Ter uma vida social activa, participar em actividades de lazer e conviver com outras pessoas ajuda a manter o seu cérebro saudável.

  • Mantenha o contacto com a família e amigos;
  • Participe em clubes sociais, culturais ou outros grupos;
  • Envolva-se em trabalhos comunitários ou torne-se voluntário;
  • Saia e converse com os seus vizinhos, amigos ou mesmo com os trabalhadores do supermercado ou café a que habitualmente vai.

Lembre-se dos seus hábitos
Evite maus hábitos:

  • Não fume;
  • Não consuma bebidas alcoólicas em grandes quantidades. Quando beber, beba com moderação;
  • Não prescinda das suas horas de sono e de descanso. Dormir faz bem à saúde.

Lembre-se da sua cabeça
Proteja a sua cabeça para reduzir os riscos de desenvolver demência.

  • Evite bater com a cabeça;
  • Use sempre cinto de segurança;
  • Atravesse sempre na passadeira;
  • Use sempre capacete de segurança quando andar de mota, bicicleta, skate, patins ou fizer equitação.
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Dicionário de A a Z
A abasia é uma incapacidade de locomoção de origem nervosa, devida à falta de coordenação motora.

A abasia pode apresentar-se em diferentes formas. São elas:
- Abasia coreica: forma de abasia em que a descoordenação é devida a coreia (dança);
- Abasia espástica: abasia devida a rigidez espástica das pernas;
- Abasia tática: abasia caracterizada por incerteza de movimentos;
- Abasia trémula: abasia devida a tremor das pernas.

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Tratamento é possível
A incontinência urinária é um problema incapacitante, com consequências a nível pessoal, social e ec
Incontinência Urinária

A Incontinência Urinária (IU) define-se pela perda involuntária de urina, independentemente da causa ou da quantidade. "Há diversos mecanismos pelos quais se pode perder urina sem querer. As queixas e as condições em que as perdas ocorrem diferem um pouco consoante esses mecanismos alterados. A grande maioria das senhoras perde durante os esforços, da tosse, espirros ou outros. No homem esta forma é mais rara e surge em doentes operados (à próstata por exemplo) ”, explica Luís Abranches Monteiro, urologista do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, acrescentando que, "outra causa mais frequente, tanto no homem como na mulher, é a incontinência por bexiga hiperactiva, ou por imperiosidade. O que acontece aqui é o aparecimento súbito, sem aviso de vontade intensa de urinar. É difícil de adiar e obriga a procurar uma casa de banho em segundos ou minutos. Dependendo de vários factores, isto pode resultar em perdas urinárias involuntárias, ou seja, em incontinência”.

É fácil perceber que a IU não mata mas tem forte implicação e limitação na vida social dos doentes. É muito frequente os doentes deixarem de ter uma vida social activa, não sair de casa e auto limitando-se por vergonha. Existe igualmente a ideia errada de que a IU tem a ver com o processo de envelhecimento. Tem antes a ver com modificações relacionadas com a idade que predispõem à sua ocorrência. Na opinião do urologista os preconceitos/mitos relacionados com este sintoma (IU) estão associados à velhice, ou à falta de higiene.

Tendo em conta que existem muitos mitos relacionados com a saúde/doenças, o novo conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde implica uma maior compreensão dos aspectos sociais, com especial importância para a informação, como pilar fundamental para a prevenção das doenças e a promoção de estilos de vida saudáveis. Deixar de lado os preconceitos e procurar ajuda médica para este problema pode ser a solução para milhares de doentes que sofrem, em silêncio e carregam, desnecessariamente, o peso de um tabu.

E não são poucos os doentes com IC, no entanto o especialista alerta que, os números existentes que dizem respeito à prevalência "obrigam a algum cuidado de interpretação”. Ou seja, explica, "ter um ou outro episódio isolado de perdas involuntárias é frequente e não transforma a pessoa em incontinente. Por outro lado, sabemos que muitas destas pessoas não se queixam, donde haverá mais incontinentes do que aqueles que procuram ajuda”. Logo, o número tido em conta é o da existência de bexiga hiperactiva na população geral, cerca de 15 por cento, certamente maior na população idosa, sendo que metade dos 15 por cento terá IU. No que toca aos esforços (IU por esforço), Luís Abranches Monteiro, refere que o número é bem maior, mas quase só localizado na mulher pós-menopausica e multípara.

Quer isto dizer que "se trata de uma doença sub-diagnosticada e a grande razão é o desconhecimento e a vergonha. Sabemos que até há 10 anos os tratamentos eram custosos, em sofrimento e dias de internamento e os resultados nem sempre muito bons. Isto, associado ao tabu, leva a que cada doente não invista na sua melhoria, queixando-se ao médico. Alguns chegam a esconder este facto dos seus familiares”, conta o urologista.

Causas e tratamento
As causas da doença são diversas, embora na IU dita de esforço são fundamentalmente na má função dos músculos que atapetam a pélvis. "De facto, têm como função suportar a uretra aquando dos esforços, mas por razões de idade, sedentarismo, partos ou perturbações hormonais, estes músculos deixam de actuar e a uretra deixa escapar algumas gotas a cada esforço, maior ou menor”, explica Luís Abranches Monteiro, acrescentando que, "nos casos de bexiga hiperactiva as causas são mais complicadas e podem ir desde uma bexiga demasiado sensível até um mau controlo do sistema nervoso sobre a sua função”.

Seja como for, em ambos os casos - IU por esforço ou por imperiosidade -, se os mecanismos forem bem identificados é possível tratar – com cirurgia e/ou terapêutica medicamentosa - e ficar sem perder urina completamente. Contudo, nem sempre é possível, pois há formas de incontinência mais complexas e que não têm resolução tão fácil, mas podem melhorar e passar a perder apenas pequenas gotas em vez de grandes quantidades.

Mitos e verdades sobre a incontinência urinária

A perda de urina é um problema de idosos.
Mito
. Apesar da maior prevalência entre os idosos, a incontinência urinária não é exclusiva dos idosos. Pode atingir jovens, adultos, idosos, homens, mulheres e até crianças. Devido ao aumento da esperança de vida, são cada vez mais comuns os casos em pessoas em idade activa.

A incontinência urinária não é uma doença comum.
Mito
. De acordo com os dados disponíveis existe em cerca de 15 por cento dos doentes. Trata-se de uma doença sub-diagnosticados e a grande razão é o desconhecimento e a vergonha.

A incontinência urinária é mais comum entre mulheres.
Verdade
. As mulheres têm maior probabilidade de apresentar esta condição, devido à gravidez, parto e disfunções hormonais. Cerca de 40 por cento das mulheres após a menopausa perdem urina de forma involuntária. Aproximadamente 8 por cento dos homens que passam por alguma cirurgia da próstata também vivenciam por um período a incontinência.

Incontinência urinária e bexiga hiperactiva são a mesma coisa.
Mito.
A bexiga hiperactiva é uma disfunção caracterizada por contracções involuntárias da bexiga que causam uma vontade excessiva de urinar, obrigando o doente a ir muitas vezes ao WC. Já a incontinência consiste na perda de urina. No entanto, os dois problemas podem estar associados.

Hábitos saudáveis evitam o desenvolvimento de incontinência urinária.
Verdade.
A obesidade, a obstipação, a baixa ingestão de fibras e o tabagismo podem constituir factores de risco para a incontinência urinária. Por isso, uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis são fundamentais.

A incontinência urinária pode levar à depressão.
Verdade. A perda de urina causa restrições sociais, sexuais, ocupacionais e domésticas. Os doentes isolam-se com medo de passar por situações constrangedoras, seja em viagens, festas e até em actividades rotineiras. O isolamento pode resultar em depressão. Por isso, é muito importante ficar atento aos sintomas e procurar ajuda, uma vez que muitos doentes escondem o problema da própria família e não procuram orientação médica.

A incontinência urinária tem tratamento.
Verdade
. Os tratamentos actuais permitem quer a melhoria dos sintomas, quer, em muitos casos, curar a incontinência urinária, seja com recurso a terapêutica medicamentosa, seja através de cirurgia.

O médico que trata desta disfunção é o urologista.
Verdade.
Diferente do que muitas pessoas pensam, o urologista não é um médico de homens, assim como o ginecologista é de mulheres. Ele é um especialista no aparelho urinário e, portanto, o mais indicado para orientar sobre qualquer disfunção miccional como a incontinência urinária, tanto em homens, como em mulheres, crianças e idosos. É o urologista que opera as incontinências urinárias mas o ginecologista também. As incontinências urinárias não cirúrgicas são tratadas pelos urologistas, ginecologistas, fisiatras e/ou pelos Médicos de Família.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Melhorar a qualidade de vida
A menopausa pode trazer um acumular de gordura, por isso, deve aumentar a actividade física para evi
Mulher feliz com toalha no pescoço

 

 

Permanecer activo é uma das melhores formas de envelhecer saudavelmente e viver a sua menopausa. A actividade física diária e o exercício frequente trazem muitos benefícios. Por exemplo, um estio de vida activo pode melhorar a saúde do coração e a força muscular.

 

 

Estar activa também ajuda

  • Fortalecer os ossos e tendões
  • Controlar o peso e tensão arterial
  • Diminuir o risco de doença cardiovascular, AVC, certos tipos de cancro, diabetes, etc.
  • Aumenta a energia
  • Promove a sensação de bem-estar e auto estima
  • Melhora o sono e a função intestinal

Qualquer mulher em qualquer idade pode iniciar um programa de prática de exercício ou tornar-se mais activa. Mesmo as mulheres "fora de forma” ou com incapacidades podem tornar-se mais activas. As mulheres com problemas de saúde crónicos, tais como doenças cardiovasculares, diabetes ou artrite também podem – e devem – tornar-se activas quando os sintomas estão controlados.

Pode aconselhar-se com o seu médico, para que este lhe indique o tipo de prática mais adequado à sua condição. Por exemplo, a hidroginástica é uma boa opção para exercitar, sem esforçar as suas articulações. Ou pode, com um grupo de amigas, optar por fazer alguns exercícios no seu lar e não ir para um ginásio.

Ora veja:

Sentada numa cadeira

Fortalece os músculos do abdómen e coxas

  • Coloque uma almofada contra as costas da cadeira.
  • Sente-se no meio ou na frente da cadeira, com os joelhos pendidos e os pés no chão.
  • Incline-se sobre a almofada, numa posição meio reclinada, com as costas e ombros esticados.
  • Levante a parte da frente do corpo para a frente até à posição sentada, depois volte a sentar-se lentamente.
  • Utilize as mãos o menos possível.
  • Sente-se lentamente, mantenha as costas e os ombros esticados.
  • Repita 8 a 15 vezes. Descanse, depois repita mais 8 a 15 vezes.

Flexão de joelhos

Fortalece os músculos das coxas e melhora o equilíbrio

  • Mantenha-se levantada, segure-se na mesa ou na cadeira para se equilibrar.
  • Dobre o joelho durante três segundos até ao máximo que conseguir, sem mover a parte de cima da perna.
  • Demore outros três segundos a baixar o pé até ao chão.
  • Repita 8 a 15 vezes com cada perna, alternando as pernas. Descanse e volte a repetir mais 8 a 15 vezes.
  • Utilize pesos nos tornozelos se conseguir.

Flexão do pé

Fortalece os músculos do tornozelo e da barriga da perna e melhora o equilíbrio

  • Permaneça em pé, segurando-se na mesa ou na cadeira para se equilibrar.
  • Eleve-se para ficar em bicos dos pés, demorando três segundos. Mantenha-se assim durante um segundo.
  • Demore três segundos a baixar os calcanhares.
  • Repita 8 a 15 vezes. Descanse e volte a repetir mais 8 a 15 vezes.

Flexão da anca

Fortalece os músculos das coxas e da anca e melhora o equilíbrio

  • Mantenha-se direita, segure-se numa cadeira alta ou na bancada da cozinha.
  • Demore três segundos a dobrar um joelho em direcção ao seu peito, sem dobrar a cintura ou a anca.
  • Mantenha-se nesta posição durante 1 segundo, depois demore 3 segundos para baixar a perna.
  • Repita 8 a 15 vezes com cada perna, alternando as pernas. Descanse e volte a repetir 8 a 15 vezes.
  • Utilize pesos nos tornozelos se puder.

Extensão da anca

Fortalece os músculos das nádegas e da parte inferior das costas e melhora o equilíbrio

  • Mantenha-se à distância de 30 a 40cm de uma mesa ou das costas de uma cadeira. Dobre a anca, segurando-se na cadeira.
  • Demore 3 segundos a levantar uma perna esticada para trás e mantenha-se assim durante 1 segundo. Certifique-se de que mantém as costas direitas e a cabeça levantada.
  • Demore 3 segundos a baixar a perna.
  • Repita 8 a 15 vezes com cada perna, alternando as pernas. Descanse, depois repita mais 8 a 15 vezes.
  • Utilize pesos nos tornozelos se puder

Alongamento do tornozelo

Estica os músculos do tornozelo

  • Retire os sapatos e sente-se na parte da frente de uma cadeira.
  • Incline-se para trás, utilizando uma almofada para apoiar as costas.
  • Deslize os seus pés para a frente, com os calcanhares no chão.
  • Aponte os dedos grandes dos pés o mais distante de si, até sentir o pé a esticar. Se não sentir o pé esticar, levante os calcanhares do chão.
  • Repita 3 a 5 vezes.

Alongamento do tendão do jarrete (Músculos Isquiotibiais)

Estica os músculos da parte detrás das coxas

  • Segure-se na parte das costas de uma cadeira com ambas as mãos, mantendo as suas pernas esticadas.
  • Incline-se para a frente a partir da anca, mantendo as costas e os ombros esticados.
  • Quando a parte superior do corpo estiver paralela ao chão, mantenha esta posição entre 10 a 30 segundos.
  • Repita 3 a 5 vezes.

Alongamento da barriga da perna

Estica os músculos da parte inferior da perna

  • Permaneça com as suas mãos contra a parede, com os braços esticados.
  • Dê 1-2 passos atrás com uma das pernas. Mantenha o tornozelo e a planta do pé no chão e o joelho ligeiramente inclinado.
  • Dobre o joelho da perna que está mais atrás, mantendo o tornozelo e a planta do pé no chão.
  • Mantenha esta posição entre 10 a 30 segundos.
  • Repita 3 a 5 vezes com cada perna.

Alongamento dos trícepes

Estica os músculos da parte interior do braço

  • Segure uma toalha com a mão esquerda.
  • Levante e dobre o braço esquerdo para que a toalha lhe caia para as costas.
  • Segure a ponta da toalha com a mão direita.
  • Ligeiramente vá escalando a toalha com a sua mão direita, mexendo o braço esquerdo para baixo. Faça isto até que as mãos se toquem.
  • Troque a posição das mãos e repita.

Alongamento do pulso

Estica os músculos do pulso

  • Coloque as suas mais juntas, na posição de rezar.
  • Lentamente eleve os cotovelos para que os braços fiquem paralelos ao chão, mantendo as mãos juntas.
  • Mantenha esta posição entre 10 a 30 segundos.
  • Repita 3 a 5 vezes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Lei entrou em vigor 1 Janeiro de 2008
Confira quais as principais perguntas e respostas sobre a nova lei de prevenção do tabagismo.
Lei do tabaco 2008

A nova lei de prevenção do tabagismo entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2008.

Estabelece, como regra geral, a proibição de fumar em espaços públicos fechados e locais de trabalho. Tem em vista garantir a protecção da saúde dos frequentadores e trabalhadores nesses espaços.

 

Quais os princípios?

  • Direito à protecção contra os riscos provocados pelo fumo do tabaco.
  • Dever de não poluir o ar em ambientes fechados.

Quais as consequências para a saúde?
As pessoas reagem de modo diferente ao fumo do tabaco. Muitas não se sentem incomodadas pelo fumo, mas isso não significa que não possam vir a ter problemas de saúde no futuro. Outras manifestam, quase de imediato, sintomas de irritação dos olhos e das vias respiratórias.

Mesmo sem fumarem, quando expostas de forma repetida à poluição ambiental provocada pelo fumo do tabaco, as pessoas têm um maior risco de vir a contrair cancro do pulmão, doenças respiratórias e cardíacas. As crianças sofrem, com maior frequência, de problemas respiratórios e dos ouvidos e, se forem asmáticas, têm agravamento das crises. Além disso, estudos recentes sugerem que a exposição ao fumo ambiental do tabaco pode aumentar o risco de alterações da visão.

Quem pode ser afectado?
Todos, fumadores e não fumadores. São particularmente vulneráveis as crianças, as grávidas, as pessoas que sofram de doenças cardíacas ou respiratórias, bem como os trabalhadores em locais com ar poluído pelo fumo.

Há limites seguros de exposição?
Não. Mesmo a exposição a pequenas quantidades de fumo pode ser nociva à saúde, pelo que toda a exposição deve ser evitada.

Como reduzir a exposição ao fumo do tabaco?
Não fumar em locais fechados é a melhor forma de eliminar totalmente a exposição ao fumo ambiental do tabaco.

Quem deve promover o cumprimento da lei sempre que se verifiquem infracções?
Sempre que se verifiquem infracções à proibição de fumar, os responsáveis pelos locais devem determinar aos fumadores que se abstenham de fumar e, caso estes não cumpram, chamar as autoridades policiais.

O que podem fazer os utentes sempre que se verifiquem infracções?
Todos os utentes têm o direito de exigir o cumprimento da lei. Podem apresentar queixa por escrito, usando o livro de reclamações do estabelecimento em causa remetendo-a para a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Podem, também, telefonar para o número 808 24 24 24, a fim de serem aconselhados no próprio momento.

Quem fiscaliza o incumprimento destas medidas?
A fiscalização compete à ASAE e às forças policiais.

Onde é proibida a venda de produtos do tabaco?

  • Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da administração pública e pessoas colectivas públicas;
  • Nos estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde e nos locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica;
  • Nos lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
  • Nos locais destinados a menores de 18 anos;
  • Nos estabelecimentos de ensino, independentemente da idade dos alunos e do grau de ensino;
  • Nos centros de formação profissional;
  • Nas cantinas, nos refeitórios e nos bares das entidades públicas e privadas destinados exclusivamente ao respectivo pessoal;
  • Nas instalações desportivas.

É ainda proibida a venda:

  • A menores com idade inferior a 18 anos, a comprovar, quando necessário, por qualquer documento identificativo com fotografia;
  • Através de máquinas de venda automática, sempre que estas não reúnam cumulativamente os seguintes requisitos:

1- Estejam munidas de um dispositivo electrónico ou outro sistema bloqueador que impeça o seu acesso a menores de 18 anos;
2- Estejam localizadas no interior do estabelecimento comercial, de forma a serem visualizadas pelo responsável do estabelecimento, não podendo ser colocadas nas respectivas zonas de acesso, em escadas ou zonas similares e nos corredores de centros comerciais e grandes superfícies comerciais.

  • Através de meios de televenda.

Quais as coimas em caso de incumprimento?

  • De 50 a 750 euros para o fumador que fume em locais proibidos;
  • De 50 a 1 000 euros para os responsáveis que não determinem aos fumadores que se abstenham de fumar e que não chamem as autoridades, se necessário;
  • De 2 500 a 10 000 euros para os responsáveis que não cumpram as condições previstas para as excepções e que não afixem os dísticos de permissão ou proibição de fumar;
  • De 2 000 a 3 750 euros no caso de pessoas singulares e de 30 000 a 250 000 euros nas restantes situações para as infracções relacionadas com a venda a menores, através de meios de venda automática ou em locais onde a venda seja proibida.

É possível fumar em alguns locais? Em que condições?
Excepcionalmente, é permitido fumar em áreas expressamente previstas para o efeito nos seguintes locais:

  • Hospitais psiquiátricos e serviços psiquiátricos, centros de tratamento e reabilitação e unidades de internamento de toxicodependentes e de alcoólicos, em áreas exclusivamente destinadas a pacientes fumadores;
  • Estabelecimentos prisionais em áreas exclusivamente destinadas a reclusos fumadores;
  • Locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da administração pública e pessoas colectivas públicas;
  • Locais de trabalho;
  • Lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
  • Salas e recintos de espectáculos e noutros locais destinados à difusão das artes e do espectáculo, incluindo as antecâmaras, acessos e áreas contíguas;
  • Recintos de diversão e recintos destinados a espectáculos de natureza não artística;
  • Recintos das feiras e exposições;
  • Conjuntos e grandes superfícies comerciais e estabelecimentos comerciais de venda ao público;
  • Estabelecimentos hoteleiros e outros empreendimentos turísticos, onde sejam prestados serviços de alojamento;
  • Aeroportos, estações ferroviárias, estações rodoviárias de passageiros e gares marítimas e fluviais;
  • Estabelecimentos de ensino que integrem o sistema de ensino superior;
  • Centros de formação profissional que não sejam frequentados por menores de 18 anos.
  • Estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança, com área destinada ao público inferior a 100 m2. Aqui o proprietário pode optar por estabelecer a permissão de fumar, devendo, sempre que possível, proporcionar a existência de espaços separados para fumadores e não fumadores;
  • Estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança, com área destinada ao público igual ou superior a 100 m2. Neste caso, podem ser criadas áreas para fumadores, até um máximo de 30 por cento do total respectivo, ou espaço fisicamente separado não superior a 40 por cento do total respectivo, e que não abranjam as áreas destinadas ao pessoal nem as áreas onde os trabalhadores tenham de trabalhar em permanência (mais de 30 por cento do tempo de trabalho diário);
  • Estabelecimentos hoteleiros e outros empreendimentos turísticos, onde sejam prestados serviços de alojamento, podem ser reservados andares, unidades de alojamento ou quartos para fumadores, até um máximo de 40 por cento do total respectivo.

Desde que:
1- Estejam devidamente sinalizados, com afixação de dísticos em locais visíveis;
2- Sejam separados fisicamente das restantes instalações, ou disponham de dispositivo de ventilação, ou qualquer outro, desde que autónomo, que evite que o fumo se espalhe às áreas contíguas;
3- Seja garantida a ventilação directa para o exterior, através de sistema de extracção de ar que proteja dos efeitos do fumo os trabalhadores e os clientes não fumadores.

É ainda admitido fumar em:

  • Áreas ao ar livre;
  • Áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis, designadamente nas zonas ao ar livre, com excepção dos locais onde se realize o abastecimento de veículos;
  • Áreas descobertas dos barcos afectos a carreiras marítimas ou fluviais.

Quem define as áreas para fumadores?
As entidades responsáveis pelos estabelecimentos em causa, que devem consultar os respectivos serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho e as comissões de segurança, higiene e saúde no trabalho ou, na sua falta, os representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho.

Quem deve assinalar a interdição ou o condicionamento de fumar?
As entidades competentes, mediante a afixação de dísticos, visíveis a partir do exterior dos estabelecimentos.

Quais são os locais onde é proibido fumar?

  • Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da administração pública e pessoas colectivas públicas;
  • Nos locais de trabalho;
  • Nos locais de atendimento directo ao público;
  • Nos estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde e locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica;
  • Nos lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
  • Nos locais destinados a menores de 18 anos;
  • Nos estabelecimentos de ensino, independentemente da idade dos alunos e do grau de escolaridade;
  • Nos centros de formação profissional;
  • Nos museus, colecções visitáveis e locais onde se guardem bens culturais classificados, nos centros culturais, nos arquivos e nas bibliotecas, nas salas de conferência, de leitura e de exposição;
  • Nas salas e recintos de espectáculos e noutros locais destinados à difusão das artes e do espectáculo, incluindo as antecâmaras, acessos e áreas contíguas;
  • Nos recintos de diversão e recintos destinados a espectáculos de natureza não artística;
  • Nas zonas fechadas das instalações desportivas;
  • Nos recintos das feiras e exposições;
  • Nos conjuntos e grandes superfícies comerciais e nos estabelecimentos comerciais de venda ao público;
  • Nos estabelecimentos hoteleiros;
  • Nos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança;
  • Nas cantinas, nos refeitórios e nos bares destinados exclusivamente ao respectivo pessoal;
  • Nas áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis;
  • Nos aeroportos, nas estações ferroviárias, nas estações rodoviárias de passageiros e nas gares marítimas e fluviais;
  • Nas instalações do metropolitano afectas ao público e em todos os seus acessos, estabelecimentos ou instalações contíguas;
  • Nos parques de estacionamento cobertos;
  • Nos elevadores, ascensores e similares;
  • Nas cabines telefónicas fechadas;
  • Nos recintos fechados das redes de levantamento automático de dinheiro;
  • Em qualquer outro lugar, onde, por determinação da gerência, ou de outra legislação aplicável, designadamente em matéria de prevenção de riscos ocupacionais, se proíba fumar;
  • Nos veículos afectos aos transportes públicos urbanos, suburbanos e interurbanos de passageiros, bem como nos transportes rodoviários, ferroviários, aéreos, marítimos e fluviais, nos serviços expressos, turísticos e de aluguer, nos táxis, ambulâncias, veículos de transporte de doentes e teleféricos.
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