Física, intelectual e sexual

Combata a fadiga

Atualizado: 
20/05/2015 - 16:31
O stress e a fadiga são duas das principais queixas do mundo moderno, nos dias de hoje. Estima-se que 47% da população já tenha passado por um período de fadiga prolongado (1 semana ou mais) nos últimos 12 meses. Estes períodos podem ter causas diversas.
Fadiga

A fadiga caracteriza-se por um estado que condiciona a obtenção de bons resultados em qualquer actividade com a diminuição das capacidades perceptivas, cognitivas e motoras. Prejudica a vigilância, a atenção, a capacidade perceptiva, a resposta reflexa, o tempo de reacção e todo o processo de decisão.

Existem vários tipos de fadiga – física, intelectual, sexual -, logo, são múltiplos os factores que podem estar na sua origem. Também quanto à duração a fadiga pode ser considerada aguda ou crónica, sendo que é sobre a primeira forma que nos centraremos, uma vez que a fadiga crónica é uma doença que se caracteriza por um conjunto bastante complexo de sintomas, onde o sinal predominante é uma fadiga intensa que se pode tornar incapacitante (uma forma profunda de exaustão e falta de energia).

Os especialistas alertam que este estado de fadiga, ou astenia, é mais frequente na Primavera e no Outono. As alterações de temperatura e de luz são, na opinião dos especialistas, a razão para estes estados que definem como a falta de forças, caracterizada por uma sensação de cansaço, fadiga física e psíquica, pouca vitalidade e apatia. A fadiga intelectual, a dificuldade de concentração e os transtornos de sono, memória e apetite, são outros dos efeitos deste estado. Na maioria dos casos, tratam-se de sintomas isolados e transitórios que não correspondem a um motivo concreto e que podem ser a resposta do organismo ao stress ou ao esforço físico ou intelectual.

Causas
As causas mais frequentes da fadiga são o excesso de esforço físico, poucas horas de sono, excesso de trabalho, períodos escolares mais exigentes, actividade desportiva intensa, convalescença de doença e viagens constantes. Existem, contudo, muitos casos cuja causa aparente é inexistente, tratando-se apenas de uma resposta natural do organismo face a uma pressão física ou psicológica do nosso ambiente.

Sintomas
Cada indivíduo reage de maneira diferente mas, frequentemente, a fadiga traduz-se por dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão, falta de dinamismo, diminuição do rendimento de trabalho, alterações de humor frequentes, alterações no sono, falta de motivação, perda de apetite sexual, dores de cabeça e enxaquecas e tensão muscular.

Como aliviar
Reconhecer qual a causa da fadiga e eliminá-la é a forma mais eficaz de acabar com esse estado de astenia. Por outro lado, existem outros aspectos que pode ter em conta:

1. Dieta equilibrada e variada.
Aumentar e a ingestão de cereais, legumes, frutas e verduras da época, ou dito de outra forma, aumente o consumo de hidratos de carbono e reduza o consumo de gorduras.

Para além do mais, é benéfico consumir produtos integrais, ricos em fibras e vitaminas do grupo B, aumentar o consumo de ácidos gordos polinsaturados, como os ómega 3 que se encontram fundamentalmente no peixe e consumir alimentos com probióticos que ajudem a reforçar o sistema imunológico. Em contrapartida, convém evitar os chamados açúcares rápidos: bolos, pasteis, etc., as gorduras saturadas, os fritos e as comidas muito elaboradas.

2. Refeições com hora certa
Convém dividir o dia por 5 refeições, sem que passem mais de 4 horas entre uma e outra. Entre as refeições, é aconselhável ingerir alimentos ricos em vitaminas e minerais como frutas, sumos naturais e iogurtes.

3. Hidratar-se
A água é um bom aliado. Há que consumir uma quantidade suficiente de água durante o dia, uma vez que favorece a função renal. Ter sempre uma garrafa de água por perto pode ajudar a tomar a quantidade necessária. Sempre que puder complemente com infusões e sumos.

4. Dormir bem
O sono deve ser reparador e convém dormir cerca de 8 horas. Para dormir melhor ,as refeições devem ser ligeiras e feitas pelo menos duas horas antes de se deitar, de modo a que a digestão não interfira no sono.

5. Realizar exercício físico moderado
Recomenda-se cerca de uma hora de exercício diário para libertar as endorfinas. Passear, nadar, dançar, andar de bicicleta ou fazer yoga são opções ao alcance de todos. Se os exercícios poderem ser feitos ao ar livre, melhor. Praticar actividade física no exterior facilita a adaptação à estação.

6. Evite os estimulantes
Evite substâncias como o álcool, o tabaco, e as bebidas excitantes como o café, que podem ser substituídas por infusões ou equivalentes sem cafeína.

7. Descansar
Sempre que possível, é aconselhável fazer pequenos descansos de cinco minutos durante a jornada laboral, principalmente para quem passa o dia em frente ao computador.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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