Com Ébola
Os Estados Unidos tinham entregado à Libéria doses do soro ZMapp para tratar os três profissionais de saúde que tinham...

Um médico liberiano tratado com um soro experimental norte-americano depois de ter contraído Ébola morreu esta madrugada na Libéria. “Mostrava sinais de melhoria, mas faleceu”, disse o ministro de Informação da Libéria, Lewis Brown, sobre o médico Abraham Borbor. Outros dois funcionários tratados com este soro, o ZMapp, “continuam o tratamento e há sinais de esperança”, indicou o ministro.

Os Estados Unidos entregaram à Libéria no dia 13 de Agosto doses de ZMapp para estes três profissionais de saúde. O tratamento, que não tinha sido ainda testado em humanos, também foi administrado em dois norte-americanos que na semana passada foram declarados curados e em um padre espanhol que morreu no dia 12 de Agosto. Os três haviam sido infectados na Libéria.

O laboratório que fabrica o ZMapp informou que o medicamento está neste momento esgotado.

O Japão informou esta segunda-feira estar disposto a fornecer um tratamento experimental com o objectivo de lutar contra o Ébola “se a Organização Mundial da Saúde pedir”.

Perante a amplitude da epidemia, a OMS considerou ético no dia 12 de Agosto oferecer medicamentos cuja eficácia ou efeitos colaterais ainda não foram comprovados como tratamento potencial ou a título preventivo.

 

Circular Informativa N.º 053/CD/8.1.7.
A empresa Gilead Sciences Lda vai proceder à recolha voluntária do medicamento Viread, 245mg, comprimido revestido por película...

A empresa Gilead Sciences Lda., irá proceder à recolha voluntária do lote n.º KFBPD, com a validade 12/2017, do medicamento Viread (tenofovir, disoproxil fumarato), 245 mg, comprimido revestido por película, com o número de registo 3890787, pela possível contaminação da substância activa com partículas de borracha de silicone.

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização deste lote.

Atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que dele disponham não o poderão vender ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

 

Circular Informativa N.º 180/CD/8.1.7.
Apesar de em Portugal não ter sido verificada a existência de registo da comercialização de dispositivos médicos trancend...

Foi detectada, no mercado europeu, a existência de um certificado CE de conformidade falso relativo aos dispositivos médicos trancend diagnostics do fabricante Research and Production Company (Rússia), com o mandatário Vital Energy Group.

O certificado falso, apresentado no anexo I, tem o número 5-732-500-1303, data de emissão 11/03/2013, data de validade 10/03/2018 e referência ao Organismo Notificado EMKI, com o código 1011.

Existe, no mercado europeu, um certificado válido com o mesmo número, conforme anexo II. O certificado válido foi emitido para o fabricante Research and Production Company “DINAMIKA” Ltd. (Rússia).

Em Portugal, não foi verificada a existência de registo da comercialização de dispositivos médicos de qualquer destes fabricantes mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que:

- Caso seja detectada a existência dos dispositivos médicos trancend diagnostics do fabricante Research and Production Company, associados ao certificado supramencionado, estes não sejam adquiridos e utilizados, uma vez que não foram alvo de avaliação de conformidade e ostentam marcação CE 1011 falsa, o que põe em causa a sua segurança, qualidade e desempenho;

- A existência destes dispositivos em Portugal seja reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Proteja-se
O calor é uma ameaça à saúde. Saiba como proteger-se.
Onda de calor

A exposição a períodos de calor intenso, durante vários dias consecutivos, constitui uma agressão para o organismo, podendo conduzir a:

  • Desidratação;
  • Agravamento de doenças crónicas;
  • Esgotamento;
  • Golpe de calor.

 

São mais vulneráveis ao calor:                                

  • Crianças nos primeiros anos de vida;
  • Pessoas idosas;
  • Portadores de doenças crónicas (cardiovasculares, respiratórias, renais, diabetes e alcoolismo);
  • Pessoas obesas;
  • Pessoas acamadas;
  • Pessoas com problemas de saúde mental;
  • Pessoas que tomam alguns medicamentos, tais como anti-hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos, antidepressivos, neurolépticos, entre outros;
  • Trabalhadores expostos ao sol e/ou calor;
  • Pessoas que vivem em más condições de habitação.

Para a prevenção dos efeitos do calor intenso, recomenda-se:

  • Aumentar a ingestão de água ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede;
  • As pessoas que sofram de doença crónica ou que estejam a fazer uma dieta com pouco sal ou com restrição de líquidos, devem aconselhar-se com o seu médico ou contactar a Linha Saúde 24 - 808 24 24 24;
  • Evitar bebidas alcoólicas e bebidas com elevados teores de açúcar;
  • Os recém-nascidos, as crianças, as pessoas idosas e as pessoas doentes podem não sentir ou não manifestar sede, pelo que são particularmente vulneráveis. Ofereça-lhes água e esteja atento e vigilante;
  • Devem fazer-se refeições leves e mais frequentes. São de evitar as refeições pesadas e muito condimentadas;
  • Permanecer duas a três horas por dia num ambiente fresco, ou com ar condicionado, pode evitar as consequências nefastas do calor, particularmente no caso de crianças, pessoas idosas ou pessoas com doenças crónicas. Se não dispõe de ar condicionado, visite centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais de ambiente fresco. Evite as mudanças bruscas de temperatura. Informe-se sobre a existência de locais de "abrigo climatizados" perto de si;
  • No período de maior calor tome um duche de água tépida ou fria. Evite, no entanto, mudanças bruscas de temperatura (um duche gelado, imediatamente depois de se ter apanhado muito calor, pode causar hipotermia, principalmente em pessoas idosas ou em crianças);
  • Evitar a exposição directa ao sol, em especial entre as 11 e as 17 horas. Sempre que se expuser ao sol ou andar ao ar livre, use um protector solar com um índice de protecção elevado (igual ou superior a 30) e renove a sua aplicação sempre que estiver exposto ao sol (de 2 em 2 horas) e se estiver molhado ou se transpirou bastante. Quando regressar da praia ou piscina volte a aplicar protector solar, principalmente nas horas de intenso calor e radiação ultravioleta elevada;
  • Ao andar ao ar livre, usar roupas que evitem a exposição directa da pele ao sol, particularmente nas horas de maior incidência solar. Usar chapéu, de preferência com abas largas e óculos que ofereçam protecção contra a radiação UVA e UVB;
  • Evitar a permanência em viaturas expostas ao sol, principalmente nos períodos de maior calor, sobretudo em filas de trânsito e parques de estacionamento. Se o carro não tiver ar condicionado, não feche completamente as janelas. Levar água ou sumos de fruta naturais sem adição de açúcar para a viagem e parar para os beber. Sempre que possível viajar de noite;
  • Nunca deixar crianças, doentes ou pessoas idosas dentro de veículos expostos ao sol;
  • Sempre que possível, diminuir os esforços físicos e repousar frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados. Evitar actividades que exijam esforço físico;
  • Usar roupa larga, leve e fresca, de preferência de algodão;
  • Usar menos roupa na cama, sobretudo quando se tratar de bebés e de doentes acamados;
  • Evitar que o calor entre dentro das habitações. Correr as persianas ou portadas e manter o ar circulante dentro de casa. Ao entardecer, quando a temperatura no exterior for inferior àquela que se verifica no interior do edifício, provocar correntes de ar, tendo em atenção os efeitos prejudiciais desta situação;
  • Não hesitar em pedir ajuda a um familiar ou a um vizinho no caso de se sentir mal com o calor;
  • Informar-se periodicamente sobre o estado de saúde das pessoas isoladas, idosas, frágeis ou com dependência que vivam perto de si e ajudá-las a protegerem-se do calor;
  • As pessoas idosas não devem ir à praia nos dias de grande calor. As crianças com menos de seis meses não devem ser sujeitas a exposição solar e deve evitar-se a exposição directa de crianças com menos de três anos. As radiações solares podem provocar queimaduras da pele, mesmo debaixo de um chapéu-de-sol. A água do mar e a areia da praia também reflectem os raios solares e estar dentro de água não evita as queimaduras solares das zonas expostas. As queimaduras solares diminuem a capacidade da pele para arrefecer.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Recomendações para turistas
Portugal é um dos países da Europa mais contemplados pelo sol.
Calor e turistas

Portugal encontra-se entre os países da Europa mais contemplados pelo sol, o que, em conjunto com a sua extensa orla costeira, o torna num dos destinos de excelência para o turismo.

No entanto, para usufruir na plenitude o clima e as atracções que o país oferece, é necessário estar sensibilizado para os perigos decorrentes dos períodos de calor intenso que por vezes se fazem sentir – as chamadas ondas de calor. Antes e durante estes períodos devem ser adoptados alguns cuidados especiais, de forma a minimizar os efeitos do calor sobre a saúde humana.

Medidas gerais de prevenção

Programas de apoio

1. Conhecer os grupos mais vulneráveis ao calor, em particular

  • Crianças nos primeiros anos de vida;
  • Pessoas idosas;
  • Portadores de doenças crónicas (doenças cardiovasculares, respiratórias, renais, diabetes, alcoolismo);
  • Pessoas obesas;
  • Pessoas com problemas de saúde mental;
  • Pessoas a tomarem medicamentos, tais como anti-hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos, anti depressivos e neurolépticos;

2. Permanecer, pelo menos, 2 a 3 horas por dia num ambiente fresco, como por exemplo, no hotel, centros comerciais, cinemas, museus, bibliotecas ou outros locais que disponham de climatização, particularmente nos períodos em que as temperaturas estão mais elevadas.

Bebidas

  • Não tomar banho ou consumir água, mesmo que para se refrescar, proveniente de fontanários ou lagos decorativos;
  • Utilize apenas água da rede pública ou água engarrafada.

Na rua

  • Evitar a permanência em viaturas expostas ao sol, particularmente de crianças e de idosos, sobretudo nos períodos de maior calor;
  • Se não tiver ar condicionado, não feche completamente as janelas.
  • Leve água suficiente ou sumos de fruta natural, sem adição de açúcar, para a viagem;
  • Sempre que possível viaje de noite;
  • Evitar actividades que exijam esforço físico intenso, tais como desportos, durante os períodos em que as temperaturas estão mais elevadas.

Medidas individuais de prevenção

Alimentação/bebidas

  • Aumentar a ingestão de líquidos (água ou sumos de fruta naturais, sem adição de açúcar) mesmo sem ter sede, de modo a evitar a desidratação;
  • Evitar as bebidas alcoólicas e com elevados teores de açúcar;
  • Oferecer água e estar atento aos recém-nascidos, às crianças, às pessoas idosas e aos doentes crónicos, que podem não sentir ou não manifestar sede, o que os torna particularmente vulneráveis;
  • Fazer refeições leves e mais frequentes, evitando pratos pesados e muito condimentados.

Vestuário

  • Usar vestuário apropriado em períodos de temperaturas elevadas.

Outras

  • Evitar expor-se directamente ao sol, particularmente entre as 11 e as 17 horas;
  • Utilizar protectores solares com factor de protecção elevado (≥ 30), não esquecendo a protecção da cabeça e dos olhos (utilização de chapéu e óculos de sol com protecção contra a radiação UVA e UVB);
  • No período de maior calor, tomar um duche com água tépida ou fria, evitando mudanças bruscas de temperatura;
  • Caso sofra de doença crónica ou esteja a fazer uma dieta com pouco sal ou restrição de líquidos, deve aconselhar-se com o seu médico ou contactar o serviço Saúde 24 - 808 24 24 24.

Sinais de alerta e acções a desenvolver

Os primeiros sinais de um golpe de calor incluem:

  • Modificação do comportamento habitual;
  • Grande fraqueza e/ou fadiga;
  • Tonturas, vertigens, perturbações da consciência, convulsões;
  • Náuseas e vómitos, diarreia;
  • Cãibras musculares;
  • Temperatura corporal elevada;
  • Sede e dores de cabeça.

As acções a desenvolver incluem:

  • Transportar a pessoa para a sombra ou para o interior de um local fresco e aliviar-lhe o excesso de roupa;
  • Fazer o máximo de arejamento possível;
  • Pulverizar o corpo com água fresca;
  • Dar água se a pessoa estiver consciente;
  • Contactar um médico;
  • Contactar o serviço Saúde 24 - 808 24 24 24 ou o número europeu de emergência (SOS) – 112.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Glândula masculina
A próstata é uma glândula exclusiva do homem, em forma de castanha, situada debaixo da bexiga e em f
Aparelho reprodutor masculino

A próstata é uma glândula que faz parte do aparelho reprodutor masculino, contribuindo para a formação da testosterona e do esperma. É constituída por um corpo do tamanho de uma castanha com o peso aproximado de 20 gramas na fase de jovem adulto, que se situa na parte inferior da bexiga e se dispõe, em anel, contornando o canal uretral, com comunicação com os testículos.

A partir dos 40 anos esta glândula tende a crescer, mais ou menos rapidamente. Em cerca de 50 por cento dos casos, pela sua dimensão ou pela forma de crescimento, podem surgir situações que criam dificuldades para a micção e/ou a própria defecação.

Destas doenças o cancro da próstata é a mais temida, a segunda causa de morte por cancro nos homens portugueses, com cerca de 1800 mortes por ano – dados da Associação Portuguesa de Urologia (APU). Números que poderiam diminuir se os homens mantivessem uma vigilância anual a partir dos 50 anos. Contudo, existem muitos mitos associados e também algum pudor em procurar ajuda médica. Por isso, muitos casos de cancro são diagnosticados já em fase avançada.

Segundo a mesma Associação, por ano são diagnosticados entre 3 e 4 mil novos casos e a doença afecta cerca de 25 por cento dos homens com mais de 40 anos e um em cada três homens com mais de 65 anos.

As principais razões para que os homens não falem ao médico sobre a próstata são as noções erradas de que os sintomas urinários são um acontecimento normal da idade; o medo de um diagnóstico de cancro, da cirurgia e das suas potenciais complicações; a relutância e embaraço em discutir os sintomas urinários e da esfera sexual com o médico de família, especialmente se este for do sexo feminino, e até receio de ser submetido a um toque rectal, exame necessário para a observação da próstata.

Doenças da Próstata

Hipertrofia Benigna da Próstata - HBP

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma formação não cancerosa (benigna) desta glândula e muito frequente a partir dos 50 anos. A causa é desconhecida, mas pode ter que ver com as alterações nos valores hormonais que se verificam com o envelhecimento.

Acontece que com o passar do tempo, o fluxo de urina pode ficar obstruído, os músculos da bexiga tornam-se mais grossos e fortes para poderem empurrar a urina para fora, embora a bexiga possa não se esvaziar por completo. Como consequência, a urina é retida, deixando o indivíduo exposto a infecções e à formação de cálculos. Logo, uma obstrução prolongada pode danificar os rins.

Apesar de os sintomas do crescimento da próstata só se fazerem sentir em 50 por cento dos homens com mais de 50 anos, a verdade é que esse crescimento se dá na generalidade dos homens.

Os principais sintomas surgem quando a próstata aumentada começa a dificultar o fluxo da urina. Ao princípio, o doente pode ter dificuldades ao começar a urinar, mas também sentir que a descarga de urina foi incompleta. Por outro lado, como a bexiga não se despeja por completo em cada micção, tem de urinar com maior frequência, sobretudo à noite (nictúria) e a necessidade torna-se cada vez mais imperiosa. Finalmente, a bexiga pode encher-se em excesso, provocando incontinência urinária.

O diagnóstico é baseado nos sintomas e na palpação da próstata durante um exame rectal. Podem também ser feitas análises ao sangue que medem a função renal, bem como outros exames que determinam se o indivíduo tem cancro da próstata. As opções terapêuticas são várias e variam de caso para caso, no entanto podem incluir quer fármacos e/ou cirurgia dependendo da gravidade e complexidade do caso.

Cancro da Próstata

O cancro da próstata é um tumor que surge no encapsulamento da próstata, de evolução lenta e assintomática e que, em adiantada fase do seu crescimento tende a originar metástases afectando outros órgãos, nomeadamente os pulmões e a estrutura óssea.

Dependendo da fase/estadio em que é detectado assim será o seu prognóstico, havendo mesmo casos em que não é possível a cura. Quando detectado precocemente quase sempre tem tratamento, apesar de exigir cuidados de vigilância ao longo da vida, pois pode recidivar.

Assim, é indispensável que todos os homens, após os 50 anos (ou 45 anos sempre que nos seus ascendentes tenha havido idêntica doença), vigiem os possíveis indicadores de alteração da actividade prostática, principalmente o Prostatic Specific Antigen(PSA) que deverá manter-se abaixo de 4 mg/ml. Este método não apresenta uma eficácia a 100 por cento, mas é actualmente o único que se conhece para alertar para a necessidade de se efectuarem exames mais concretos na despistagem do cancro (através de biopsia).

Determinada a existência do cancro, o seu desenvolvimento e a sua localização exacta pode-se recorrer a diferentes tratamentos, sendo que o mais vulgar é a prostatectomia radical (cirurgia) que consiste na ablação total da próstata.

Com o natural aumento da esperança de vida, estima-se que no futuro quase 50 por cento dos homens com mais de 50 anos virão a sofrer de cancro da próstata. Em Portugal, com base no censo de 2010 - cerca de 1.600.000 homens com mais de 50 anos - faleceram de cancro da próstata 1750 homens.

Como em todas as doenças oncológicas, existem alguns factores que podem ser considerados como tendo uma acção preventiva. O estilo de vida e a dieta parecem ter, de algum modo, uma influência preventiva. Uma alimentação rica em antioxidantes, vitaminas A, D, E e selénio, que podem ser encontrados na dieta mediterrânica (pão, cereais, fruta, cenoura, espinafres, melancia, alho e cebola), tomate cozinhado e vinho tinto parecem ter algum papel protector contra o cancro da próstata. Para além disso, é fundamental o diagnóstico precoce, como em todas as doenças oncológicas, pois aumenta as possibilidades de maior sucesso nas terapêuticas.

Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata, aguda ou crónica, geralmente causada por bactérias, embora também possa ser causada por fungos, vírus e protozoários. A prostatite crónica é uma afecção que pode atingir de 10 a 14 por cento dos homens de todas as idades e raças.

A infecção pode estender-se ao escroto, provocando intenso mal-estar, edema e dor muito forte quando se toca na zona afectada. Pode-se, inclusivamente, experimentar impotência devido à dor.

Os sintomas mais comuns são a dor na virilha, entre o pénis e o ânus e na parte inferior das costas, bem como calafrios e febre. O doente também pode precisar de urinar com frequência e de forma imperiosa e pode aparecer sangue na urina. É possível que 50 por cento dos homens desenvolvam sintomas de prostatite em algum momento de suas vidas.

A prostatite ocorre devido a vários factores: migração de bactérias através da uretra em direcção à próstata, deficiências da actividade antibacteriana da secreção prostática, falta de anticorpos locais e sistémicos. Os microrganismos causadores de doenças sexualmente transmissíveis também podem ser responsáveis por estas infecções, principalmente dos casos agudos, habitualmente com um quadro clínico mais grave, logo a exigir um tratamento mais agressivo.

Um correcto diagnóstico inclui um exame físico completo a fim de se descartar outras doenças que possam estar a provocar os mesmos sintomas, bem como exames à urina. Muitas vezes, nos casos de prostatite crónica, não se consegue identificar o agente infeccioso.

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Os vários tipos
A esclerodermia é uma doença auto-imune, rara, complexa e de origem e causa desconhecidas.
Mão inchada

A esclerodermia ou esclerose sistémica (ES) é uma doença reumática crónica de causa desconhecida, caracterizada por alterações vasculares, produção de anticorpos dirigidos contra partes do próprio corpo (auto-anticorpos) e aumento da produção de tecido fibroso, quer na pele, quer em órgãos internos do corpo.

O termo "esclerodermia” refere-se ao endurecimento da pele (esclero = dura; derme = pele). A utilização do termo "esclerose sistémica” ou "esclerodermia sistémica” é mais correcta, exceptuando para as formas localizadas, atendendo ao facto de que a fibrose gerada pela doença atinge com frequência outros órgãos além da pele. Algumas formas da doença são progressivas, mas numa boa parte o quadro clínico pode estabilizar e ser controlado com uma intervenção médica regular.

A ES pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente entre os 25 e os 55 anos, com maior prevalência no sexo feminino. É uma doença pouco comum, calculando-se que existam em Portugal cerca de 2500 doentes. De salientar que, apesar do aspecto exterior de certas zonas da pele dos doentes com ES, a doença não é contagiosa e não é hereditária.

O impacto social e familiar da esclerose sistémica depende da intensidade da doença e da sua extensão. Dado ser uma doença que muitas vezes aparece em pessoas jovens e activas, o seu custo indirecto (por exemplo repercussão na actividade laboral) é elevado. Os casos mais complicados (envolvimento pulmonar – hipertensão pulmonar e/ou fibrose pulmonar) são geradores de grande morbilidade e de custos directos (terapêutica médica, internamentos, etc.) elevados.

Sinais e sintomas

Muitas vezes a doença inicia-se pelo aparecimento de queixas de Fenómeno de Raynaud, uma alteração em que aparece palidez marcada em certas zonas do corpo (geralmente extremidades e face), a qual pode ser seguida por outras alterações na coloração da pele dessas zonas (vermelhidão, pele azulada). Esta alteração pode preceder por alguns anos o aparecimento de outras manifestações clínicas. As mãos e os pés podem aparecer inchados no início da ES. A pele pode deixar de ter um aspecto normal e ficar brilhante.

Vários tipos da doença

A esclerodermia pode dividir-se nos seguintes grupos:

Esclerodermia localizada

Trata-se de um envolvimento focal da pele e, por vezes, dos músculos. Geralmente, não é acompanhada pelas alterações sistémicas de envolvimento de órgão ou de alterações imunológicas significativas.

a) Morféia - É o tipo mais comum de esclerodermia localizada. Consiste em placas irregulares na pele dos braços, pele ou tronco. Geralmente começam como pequenas manchas de coloração rosada e só são percebidas quando atingem o tamanho de uma pequena moeda.
b) Esclerodermia linear – Refere-se a uma condição na qual as áreas de envolvimento cutâneas se apresentam como linhas que progridem como se seguisse um caminho. Ao invés de lesões quase arredondadas como na morféia, observam-se listas de pele envolvidas. Em geral, as lesões aparecem num braço ou numa perna, mas podem estender-se ou aparecer na mão ou no pé. Usualmente, só um braço ou uma perna é acometido.

Esclerodermia sistémica ou esclerose sistémica

Pode afectar o tecido conjuntivo em várias partes do corpo. Os órgãos mais afectados são a pele, o intestino, os pulmões e os rins. A fibrose afecta, nos casos mais evoluídos, a função destes órgãos e, em casos mais graves de envolvimento pulmonar ou renal, pode ser mortal.
a) Forma cutânea limitada (incluí o Síndrome CREST) - Designa-se assim porque a pele é atingida apenas na zona dos dedos, mãos e face. O tronco, os braços e coxas são poupados. A evolução da esclerodermia é geralmente lenta e os doentes podem apresentar uma história de Fenómeno de Raynaud (FR) com vários anos de duração, antes de se detectar outros sinais ou sintomas da doença. Alguns trabalhos sugerem que a Hipertensão Pulmonar poderá ser mais frequente neste subgrupo da doença. Se a ES localizada se associar a calcinose (calcificações) cutânea, FR, dificuldade na deglutição (por envolvimento dos músculos do esófago) e telangiectasias (dilatações vasculares na pele), designa-se de Síndrome CREST.
b) Forma cutânea difusa - A pele envolvida engloba também as zonas "centrais do corpo”. A progressão é geralmente mais rápida e o FR tem o seu aparecimento simultâneo com outras manifestações da doença. A crise renal (hipertensão grave e insuficiência da função renal) e a fibrose pulmonar parecem ser mais frequentes neste subgrupo de doentes.

Diagnóstico

O diagnóstico de ES é feito essencialmente pelo quadro clínico, com os seus sintomas e sinais sugestivos, a que se juntam alguns exames complementares de diagnóstico que podem confirmar a suspeita clínica. Entre os exames complementares mais importantes salientam-se as análises laboratoriais, os exames radiológicos, as provas de função respiratória, o electro e ecocardiograma, a capilaroscopia e, ainda a manometria esofágica.

As análises laboratoriais servem para adetecção de auto-anticorpos, embora a avaliação da função renal também seja importante devido ao risco de envolvimento grave dos rins. Os exames de rotina periódicos, além de controladores de possíveis complicações da doença, podem servir para medir a actividade inflamatória.

Os exames radiológicos servem de avaliação base para a suspeita de fibrose pulmonar, bem como para comprovar a existência de calcinose cutânea nas mãos e pés. No que respeita às provas respiratórias, são essenciais para detectar a repercussão funcional nos pulmões da fibrose pulmonar ou da hipertensão pulmonar. O ECG e o ecocardiograma são importantes para avaliar a função cardíaca e despiste da hipertensão pulmonar, uma das principais complicações da ES.

A capilaroscopia é um exame simples realizado com uma lente com fonte de luz, que permite avaliar a micro circulação, geralmente a nível da base da unha. Este exame tem vindo a ganhar importância no diagnóstico precoce da ES, pois permite revelar desde cedo alterações (hemorragias, dilatações capilares) sugestivas do diagnóstico de ES. Por fim, a ma nometria esofágica éum exame de mais difícil acesso do que os anteriores, mas que permite revelar alterações típicas da ES na função dos músculos esofágicos.

A observação clínica e os exames complementares devem ser executados com a periodicidade que cada caso obriga, atendendo às características da doença e à intensidade da terapêutica. É muito importante manter esta avaliação regular, para evitar que os meios terapêuticos disponíveis só sejam utilizados já em casos muito evoluídos, onde a sua eficácia tem menor capacidade. Um diagnóstico precoce da doença e das suas complicações possibilita um aumento da esperança de vida do doente e uma vida com melhor qualidade.

Tratamento

Infelizmente não existe nenhum tratamento global da ES- Existe um conjunto de medidas que devem ser tidas em conta na terapêutica desta doença e cada caso deve ser abordado individualmente.

A saber:
a) Boa qualidade de vida - alimentação, exercício físico, abandono de hábitos tabágicos;
b) Exercícios/fisioterapia;
c) Apoio psicológico;
d) Protecção da pele e articulações;
e) Medicamentos sintomáticos;
f) Medicamentos que actuam no sistema imunológico;
g) Anti-hipertensores;
h) Medicamentos causam dilatação dos vasos sanguíneos;
i) Medicamentos para tratar a hipertensão pulmonar.

Actualmente, as principais causas de morte nos doentes com ES estão ligadas ao envolvimento pulmonar (hipertensão pulmonar e fibrose pulmonar). Por outro lado, os doentes com pior prognóstico são aqueles que apresentam doença cutânea mais extensa e os com envolvimento de órgão (rim, pulmão, coração, intestino) mais grave.

O reconhecimento precoce da doença e das suas possíveis complicações veio permitir uma melhoria na eficácia da abordagem terapêutica destes doentes e um benefício em relação à evolução da ES.

Nos últimos anos, a utilização dos inibidores do sistema renina-angiotensina permitiu uma redução significativa da morbilidade renal associada à ES. Vários progressos também têm sido realizados na eficácia dos tratamentos da hipertensão pulmonar e da vasculopatia digital (fenómeno de Raynaud e úlceras digitais).

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Saiba tudo
O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evo
Autismo

O bebé com autismo apresenta determinadas características diferentes dos outros bebés da sua idade. Pode mostrar indiferença pelas pessoas e pelo ambiente, pode ter medo de objectos. Por vezes tem problemas de alimentação e de sono. Pode chorar muito sem razão aparente ou, pelo contrário, pode nunca chorar.

Ao brincar, não interage com os outros, pode não dar resposta aos desafios ou às brincadeiras que lhe fazem. Não utiliza os brinquedos na sua função própria. Um carro pode ser um instrumento de arremesso, assim como uma boneca pode servir para desmanchar e partir mas não para embalar.

Dos 2 aos 5 anos de idade o comportamento autista tende a tornar-se mais óbvio. A criança não fala ou ao falar, utiliza a ecolalia - criança repete o mesmo som, repetitivamente - ou inverte os pronomes. Há crianças que falam correctamente mas não utilizam a linguagem na sua função comunicativa, continuando a mostrar problemas na interacção social e nos interesses.

Os adolescentes juntam às características do autismo os problemas da adolescência. Podem melhorar as relações sociais e o comportamento ou, pelo contrário, podem voltar a fazer birras, mostrar auto-agressividade ou agressividade para com as outras pessoas.

Já os adultos com autismo tendem a ficar mais estáveis e são mais competentes. Pelo contrário, os menos competentes, com QI baixo, continuam a mostrar características de autismo e não conseguem viver com independência.

As pessoas idosas com autismo têm os problemas de saúde das pessoas idosas acrescidos das dificuldades de os comunicarem. Os problemas de comportamento podem por isso sofrer um agravamento. Além disso, perdem muitas vezes o gosto pelo exercício físico e têm menor motivação para praticar desporto, o que não contribui para melhorar a sua qualidade de vida. Por outro lado, o seu comportamento pode tender a estabilizar-se com a idade.

Características do autismo
Em 1943, Leo Kanner, pedopsiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos da América publicou um artigo ao qual ele dava o nome de Autismo (do grego autos que significa próprio). Justamente as características que ele definiu para as crianças desse grupo eram:

- Um profundo afastamento autista;
- Um desejo autista pela conservação da semelhança;
- Uma boa capacidade de memorização mecânica;
- Expressão inteligente e ausente;
- Mutismo ou linguagem sem intenção comunicativa efectiva;
- Hipersensibilidade aos estímulos;
- Relação estranha e obsessiva com objectos.

Mais tarde, a partir de posteriores estudos, mencionou a ecolalia, "fala de papagaio", linguagem extremamente literal, uso estranho da negativa, inversão pronominal e outras perturbações da linguagem.

Um ano depois de Kanner ter publicado o seu artigo, um pediatra austríaco Hans Asperger, publicava um artigo, em alemão "Die Autistischen Psychopathen im Kindesalter" no qual descrevia um grupo de crianças com características muito semelhantes às de Kanner, chamando igualmente "Autismo" à síndroma. É interessante saber que nenhum deles conhecia a obra do outro.

Embora as características dos indivíduos fossem semelhantes, havia um grupo reconhecido por Asperger com picos de inteligência e linguagem desenvolvida. Daí, hoje as crianças com essas características serem diagnosticadas como tendo a síndroma de Asperger.

Apesar das competências dos indivíduos com síndroma de Asperger, eles têm igualmente grandes problemas com a interacção social recíproca.

A noção de um espectro de perturbações autísticas baseado na tríade de perturbações apresentada por Lorna Wing é importante para a educação e cuidados das crianças com autismo ou outras perturbações globais do desenvolvimento.

A Tríade de Perturbações no autismo
As pessoas com autismo têm três grandes grupos de perturbações. Segundo Lorna Wing (Wing & Gould,1979), a partir de uma investigação feita em Camberwell, a tríade de perturbações no autismo manifesta-se em três domínios: social, linguagem e comunicação, pensamento e comportamento.

Domínio social: o desenvolvimento social é perturbado, diferente dos padrões habituais, especialmente o desenvolvimento interpessoal. A criança com autismo pode isolar-se mas pode também interagir de forma estranha, fora dos padrões habituais.

Domínio da linguagem e comunicação: a comunicação, tanto verbal como não verbal é deficiente e desviada doa padrões habituais. A linguagem pode ter desvios semânticos e pragmáticos. Muitas pessoas com autismo (estima-se que cerca de 50%) não desenvolvem linguagem durante toda a vida.

Domínio do pensamento e do comportamento: rigidez do pensamento e do comportamento, fraca imaginação social. Comportamentos ritualistas e obsessivos, dependência em rotinas, atraso intelectual e ausência de jogo imaginativo.

Causas do autismo
Nos anos 40 e 50 acreditava-se que a causa do autismo residia nos problemas de interacção da criança com os pais. Várias teorias sem base científica e de inspiração psicanalítica culpabilizavam os pais, em especial as mães, por não saberem dar respostas afectivas aos seus filhos. Esse período foi dramático e levou algumas mães a tratamento psiquiátrico e em extremo, ao suicídio.

A partir dos anos 60, a investigação científica, baseada sobretudo em estudos de casos de gémeos e nas doenças genéticas associadas ao autismo (X Frágil, esclerose tuberosa, fenilcetonúria, neurofibromatose, diversas anomalias cromossómicas) mostrou a existência de um factor genético multifactorial e de diversas causas orgânicas relacionadas com a sua origem. Estas causas são diversas e reflectem a diversidade das pessoas com autismo.

Parece haver genes candidatos, ou seja uma predisposição para o autismo o que explica a incidência de casos de autismo nos filhos de um mesmo casal. É possível existirem factores hereditários com uma contribuição genética complexa e multidimensional.

Alguns factores pré natais (ex. rubéola materna, hipertiroidismo) e peri natais (ex. prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções graves neonatais, traumatismo de parto) podem ter grande influência no aparecimento das perturbações do espectro do autismo.

Há uma grande incidência de epilepsia na população autista (26 a 47%) enquanto na população em geral a incidência é de cerca de 0,5%.

Há neste momento uma conclusão importante que reúne o consenso da comunidade científica: Não há ligação causal entre atitudes e acções dos pais e o aparecimento das perturbações do espectro autista. As pessoas com autismo podem nascer em qualquer país ou cultura e o autismo é independente da raça, da classe social ou da educação parental.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Esclerose lateral amiotrófica
Há doentes com esclerose lateral amiotrófica a faltar às consultas hospitalares há mais de um ano porque não têm dinheiro para...

Há doentes de esclerose lateral amiotrófica que faltam às consultas nos hospitais porque não têm dinheiro para os transportes. Esta é uma doença neurológica degenerativa que vai enfraquecendo progressivamente os músculos, impedindo os doentes de se moverem, mexerem os braços, comerem ou falarem. A associação de doentes tem conhecimento de vários doentes que deixaram de ir às consultas, escreve o Correio da Manhã, na sua edição digita.

Conceição Pereira, presidente da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA), mostra-se preocupada com o problema da falta de acesso aos cuidados de saúde. “Sabemos de doentes que estão a passar por grandes dificuldades. Um dos doentes vive em Abrantes, não vai às consultas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, há um ano porque não tem dinheiro para os transportes”, refere Conceição Pereira.

Outro doente, de 61 anos, vive no Montijo e, desde há um ano, gasta parte das poupanças de uma vida no transporte para o Hospital de Santa Maria. Por mês, gasta 300 euros em quatro viagens na ambulância dos bombeiros. Ao Correio da Manhã, a filha do doente, Jocelina Abrantes, mostra-se revoltada com a falta do direito ao transporte gratuito. “O meu pai sempre descontou para a Segurança Social, mas não tem direito ao transporte gratuito para o hospital”, refere, acrescentando ainda que os pais vivem de uma reforma total de mil euros.

A angariação de fundos através dos banhos públicos de água gelada já permitiu à associação arrecadar 11 500 euros.

 

Ébola
A Organização Mundial de Saúde afirmou que já morreram cerca de 130 profissionais desta área devido ao vírus Ébola, e mais de...

Em comunicado, a entidade internacional divulga os dados e confirma, pela primeira vez, que alguém a trabalhar na sua tutela contraiu o vírus. Trata-se de um especialista senegalês enviado pela Organização Mundial de Saúde para trabalhar na Serra Leoa na contenção do surto de Ébola e que, actualmente, está a ser tratado naquela região, havendo a possibilidade de ser transferido para outro país, se for necessário.

O especialista senegalês trabalha para uma instituição que integra uma rede criada para que a Organização Mundial de Saúde (OMS) possa dar resposta rápida a surtos potencialmente epidémicos em qualquer país.

Desde o início deste surto de Ébola, em Março, a OMS enviou a três países infectados (Libéria, Guiné Conacri e Serra Leoa) 400 profissionais de saúde, tanto da organização como desta rede.

A OMS tem 200 funcionários naqueles países, dos quais cerca de 30 pertencem à rede, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.

A organização recordou que o pessoal de saúde é uma parte muito importante da resposta ao surto de Ébola, mas também reconheceu o risco que implica.

Por isso, assegurou, são tomadas todas as precauções junto dos profissionais enviados para as zonas onde se registam casos do vírus, para que se possam proteger.

Durante os últimos meses, vários médicos, enfermeiros e pessoas que desempenham outras funções de apoio aos doentes de Ébola foram contagiados, o que se poderá estar relacionado com sistemas de saúde mais frágeis e pouco equipados nos países infectados.

Actualmente, o balanço de mortos devido ao vírus Ébola é de 1.427 casos, além dos 2.615 infectados.

No entanto, a OMS reconhece que esta estatística não reflecte a realidade e subestima a dimensão do surto pelo que está a tentar obter números mais próximos do que realmente ocorre.

 

Japão pronto a fornecer medicamento experimental

O Japão está pronto a oferecer um medicamento experimental desenvolvido no país para travar o surto de Ébola que ameaça o planeta, anunciou o porta-voz governamental.

“O nosso país está, caso a Organização Mundial de Saúde o requeira, preparado para fornecer o medicamento que está pronto para ser aprovado e num trabalho de cooperação com o produtor”, disse Yoshihide Suga.

A Organização Mundial de Saúde tem discutido a utilização de medicamentos ainda não aprovados como uma forma de combater o surte de Ébola em África que já provocou a morte a mais de 1.400 pessoas, com outros milhares infectados.

 

Hospital da Feira
O Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, e que pertence ao Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, está,...

Ginecologia/Obstetrícia e Medicina Interna são as especialidades mais afectadas, sendo que a situação torna-se particularmente grave no circuito do doente crítico, ou seja, Urgências, Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes e Cuidados Intermédios, avança o Jornal de Notícias, citado pelo Notícias ao Minuto.

Com as férias a situação piorou e as dificuldades de preenchimento das escalas levou a administração a colocar internos a fazerem turnos de Urgência, sem a supervisão de especialistas na sua área, algo que, de acordo com o Jornal de Notícias, é contra o regulamento interno do médico.

Para compensar a falta de recursos, os profissionais de saúde estão a realizar horas extraordinárias em excesso, tendo alguns deles já ultrapassado o limite máximo anual previsto por lei. Além disso, e devido a esta situação, recusam-se a fazer horas de trabalho extra.

A situação levou a que, em Abril, Piedade Amaro, da direcção da UCI, pedisse a demissão, defendendo que a situação exigia uma esforço sobre-humano dos doentes e estava a por em causa a segurança dos doentes. O pedido não foi aceite.

 

Durante 16 horas
Os enfermeiros do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo realizam hoje uma greve de 16 horas, para protestar contra a escassez dos...

A paralisação dos profissionais de saúde do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo inicia-se às 08:00 e prolonga-se até às 24:00, esperando o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) que a adesão seja superior a 80%.

A partir das 10 horas, os enfermeiros realizam uma concentração à porta do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo.

Este protesto dos enfermeiros, que reclamam do Governo a abertura de concurso para reforço dos profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde, sucede aos ocorridos na semana passada, em Santarém e no Algarve.

Na sexta-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, assumiu que o Governo pretende “encurtar o processo de contratualização [de profissionais de saúde], em termos burocráticos” no próximo Orçamento do Estado, referindo que este ano já recrutaram mais de 400 enfermeiros.

O ministro da Saúde disse ainda que em 2015 haverá novos concursos, que vão “dar emprego a todos os recém-licenciados em medicina, que se espera que sejam mais de 1700 médicos, que vêm para o Serviço Nacional de Saúde”.

 

Sindicato de enfermeiros aponta para adesão de 95% à greve

A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Zuraima Prado disse hoje à Lusa que a adesão à greve dos enfermeiros ronda os 95% no Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, chegando aos 100% em algumas das unidades do Hospital do Barreiro.

“No Hospital do Montijo já temos todos os serviços aferidos e temos a [adesão à] greve a 95%. No Hospital do Barreiro, embora não estejam todos os serviços aferidos, [os serviços] que passámos, como as urgências, urologia e consultas externas estão com 100% de adesão à greve”, avançou a coordenadora da direcção regional de Setúbal do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Zuraima Prado.

Os enfermeiros do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo iniciaram hoje, às 08:00, uma greve de 16 horas, para protestar contra a escassez dos profissionais da enfermagem e o consequente aumento de horas de trabalho.

A paralisação prolonga-se até às 24:00.

Para a responsável do sindicato, a adesão à greve está a ser boa, já que se trata de uma “questão transversal a todos os serviços” pelo que não eram esperados outros números.

A partir das 10 horas, os enfermeiros realizam uma concentração à porta do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo.

 

Nova Iorque
Um estudo da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, admite a possibilidade de tratamento do autismo, depois de testes...

Na pesquisa, cujos resultados foram publicados na revista norte-americana Neuron, os investigadores observaram uma redução nos comportamentos autistas dos animais, após a administração de uma substância em estudo, escreve o Jornal de Notícias Online.

“Fomos capazes de tratar os ratos depois da doença ter aparecido neles. Isto é crucial, porque o autismo não se torna aparente ao nascimento, mas revela-se mais tarde, na infância. Por isso, é necessário um tratamento após o diagnóstico”, disse o neurobiólogo David Sulzer da Universidade de Columbia. O principal autor do estudo referiu à agência noticiosa France Presse que é possível “um tratamento muito eficaz”.

O estudo analisou tecidos do córtex cerebral, a partir de 48 cadáveres de indivíduos na faixa etária dos dois aos 20 anos, tendo-se detectado 26 com autismo.

 

MAR Shopping recebe mais uma acção de recolha de sangue
Têm-se sucedido este ano os apelos do Instituto Português do Sangue e da Transplantação às doações de sangue, uma vez que as...

A crise e a perda da isenção das taxas moderadoras são algumas das razões apontadas pela tutela, mas não são as únicas. E, se no inverno, as gripes impedem muitas pessoas de realizarem as suas doações, no verão, são as férias. Segundo Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, o decréscimo de doações em Junho e Julho, em comparação com período homólogo do ano passado, foi de cerca de 3%, o que é “significativo”.

Apesar de, neste momento, as reservas de sangue se manterem em níveis de auto-suficiência, o que esteve em risco nos meses de Janeiro e Fevereiro, Ofélia Alves lembra que os doentes “não vão de férias”, apelando aos dadores para continuarem a fazer periodicamente as suas doações.

É, neste contexto, que o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) volta, pela terceira vez este ano, a marcar presença no MAR Shopping, na última sexta-feira do mês, dia 29 de Agosto, entre as 14h00 e as 19h00, a fazer colheitas de sangue e de inscrições de dadores de medula óssea.

A Unidade Móvel do IPST estará no parque exterior, junto à entrada MAR (porta giratória) do MAR Shopping, onde se podem dirigir todos aqueles que desejem doar sangue. Por sua vez, as inscrições de dadores de medula óssea decorrerão no interior do MAR Shopping, próximo da mesma entrada.

A parceria entre o MAR Shopping e o IPST, que se mantém desde há dois anos, resultou já em cerca de 250 inscritos para recolhas de sangue e 65 inscritos na base de dados de dadores de medula óssea, recolhidos em seis acções de sensibilização, estando a última acção de 2014 agendada para o dia 12 de Dezembro.

Estas iniciativas, que visam essencialmente sensibilizar os visitantes do MAR Shopping para a importância de dar sangue, tornam-se cada vez mais importantes quando o número de recolhas tem vindo a diminuir desde 2012, na ordem dos 10%.

 

 

 

Nos dias 04 e 05 de Setembro
A Organização Mundial da Saúde anunciou que vai realizar em Setembro, em Genebra, uma consulta sobre uma potencial vacina...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) assinala que “nos dias 04 e 05 de Setembro, realizará uma consulta sobre terapias e potenciais vacinas do Ébola em Genebra”, na Suíça, onde se localiza a sede da organização. “A consulta foi convocada para reunir conhecimentos sobre as terapias e vacinas experimentais mais promissoras e o seu papel na contenção do surto do Ébola na África Ocidental”, refere o comunicado divulgado na sua página da internet.

Várias vacinas contra o Ébola estão a ser testadas, incluindo um tratamento promissor, o ZMapp, que, segundo a OMS, já está esgotado. Recentemente, o medicamento foi testado em norte-americanos infectados em África, após ter obtido bons resultados em macacos. Segundo a organização, mais de 20 especialistas da África Ocidental são esperados na reunião, em que devem participar cerca de 100 peritos de saúde mundiais, que pretende discutir as mais recentes pesquisas sobre o Ébola, bem como questões éticas, legais e regulamentares.

O encontro pretende igualmente discutir os desafios dos países afectados pela epidemia e encontrar consensos sobre as novas formas de luta contra a doença que já matou mais de 1200 pessoas na África Ocidental.

De acordo com a nota da OMS, as autoridades de saúde da Libéria garantiram que dois médicos e um enfermeiro estão actualmente a receber tratamento de uma vacina experimental contra a febre hemorrágica.

“O enfermeiro e um dos médicos estão a registar progressos. O quadro clínico do segundo médico é seria mas registou ligeira melhoria”, refere a agência das Nações Unidas.

Há dias, o director do Departamento de Vacinas e Imunização da OMS, Jean-Marie Okwo Bele, afirmou que uma vacina preventiva contra o Ébola deverá passar à fase de testes clínicos em Setembro e poderá estar disponível em 2015.

A epidemia de Ébola já fez 1.350 mortos, desde o início do ano, na Guiné-Conacri - onde começou o surto -, na Libéria, em Serra Leoa e na Nigéria.

 

Algarve e Santarém
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considerou que a greve que hoje termina em Santarém dignificou a classe e deu...

Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), lembrou em declarações à agência Lusa, que os motivos do sindicato para a realização da greve, que teve início na terça-feira [19 de Agosto] e termina hoje [22 de Agosto] às 24:00, são o “incumprimento dos horários legais de trabalho, a exigência de uma rápida admissão de mais profissionais no Hospital de Santarém e o pagamento do trabalho extraordinário”.

Os números da adesão à greve no dia de hoje apontam para uma adesão dos enfermeiros do Hospital de Santarém de “70%, no turno desta manhã”. O sindicato estima uma adesão de “65% na terça-feira, 86% na quarta-feira e 92% na quinta-feira”.

A enfermeira e dirigente sindical considerou que a greve “foi um sucesso, pela visibilidade dada aos problemas que afectam esta classe profissional, e pelo que reflectem em termos de sintonia e partilha de preocupações, anseios e reivindicações por parte dos utentes e respectivas comissões”.

Helena Jorge disse ainda que os números de adesão à greve “mostram claramente que as reivindicações dos enfermeiros são muito justas e muito necessárias”, tendo “exigido” que a tutela “responda em conformidade com as necessidades que estão identificadas no Hospital de Santarém, para que os enfermeiros possam prestar cuidados de saúde com o mínimo de dignidade e qualidade às populações que serve”.

“Esperamos que rapidamente sejam tomadas decisões no que respeita à abertura de novos concursos de admissão”, frisou ainda a dirigente sindical, tendo lembrado que o Hospital de Santarém tem um “défice de 170 enfermeiros” num quadro geral de 570 profissionais.

 

Serviços de saúde do Algarve com adesão acima de 80%

A greve nos serviços de saúde do Algarve registou uma adesão dos enfermeiros de 100% no Hospital de Lagos, de 90% no de Portimão e de 80% no de Faro, disse o coordenador regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Em declarações aos jornalistas, Nuno Manjua fez um balanço da adesão no turno da manhã e disse que “muitos serviços estão 100% em greve, sendo que o Hospital de Lagos está 100% em greve, o de Portimão esta manhã estava perto dos 90% e o hospital de Faro andava perto dos 80%”.

Rosa Franco, do Sindicato da Função Pública do Sul, referiu, entretanto, que “a adesão da administração pública à greve nos três hospitais” que integram o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) - Faro, Portimão e Lagos – “ronda os 85/90%”.

A greve está a ser, segundo o coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) do Algarve, “bastante visível” e “ao longo do dia tem-se podido reparar, nas consultas externas, que as pessoas têm tido muitas dificuldades e muitas das consultas, a maior parte das consultas, não se têm realizado”.

“No Bloco Operatório também só as cirurgias de urgências estão a ser realizadas e estamos a ter um grande impacto em termos desta greve”, disse Nuno Manjua, acrescentando que a greve “é uma acção de todos os profissionais da saúde, não é exclusiva dos enfermeiros”, e é “um dia de luta pela saúde no Algarve”.

“Existe muita dificuldade em termos de acessibilidade aos cuidados de saúde às pessoas, quer nos cuidados de saúde primários, quer nos hospitais, precisamente por haver falta de profissionais, de viaturas, de algum material, medicação. É uma situação completamente insustentável, está montado o caos no Algarve e os principais responsáveis continuam a assobiar para o lado, não encontram as soluções que precisamos que sejam urgentes”, criticou o dirigente do SEP.

Investigadores descobrem:
Investigadores da Fundação Champalimaud concluíram que a libertação da molécula serotonina no organismo pode diminuir a...

“O efeito da libertação de serotonina foi claro. Os ratinhos onde tínhamos estimulado a libertação de serotonina revelaram um decréscimo significativo na sensibilidade à dor, quando comparados com os ratinhos do grupo de controlo”, explica Guillaume Dugué, um dos investigadores citados num comunicado hoje divulgado.

Os resultados da investigação dos cientistas do Programa Champalimaud de Neurociência da Fundação Champalimaud, liderada pelo seu director, Zachary Mainen, foi hoje publicada na revista científica Plos One.

“Ainda há muito trabalho a fazer para compreender o alcance dos efeitos da serotonina, mas algum dia métodos como estes poderão vir a ser utilizados para controlar situações como a dor crónica”, disse à Lusa Zachary Mainen.

Para este investigador, "este trabalho revela a capacidade da serotonina modular estímulos sensoriais" com impacto no comportamento.

“Acreditamos ter dado mais um passo na compreensão do papel fisiológico desta molécula, contribuindo para a definição de grandes teorias sobre a função da serotonina e ainda a sua relação com possíveis tratamentos de dor crónica”, acrescenta Zachary Mainen, citado no comunicado.

Para estabelecer esta relação entre a serotonina e a sensibilidade à dor, os cientistas usaram “uma combinação de avançadas técnicas ópticas e genéticas”.

A serotonina é uma molécula conhecida por estar envolvida em várias funções do cérebro, desde o controlo do sono e do apetite, até à regulação de comportamentos emocionais complexos, e as pessoas associam-na à sensação de bem-estar e de felicidade, explica o comunicado da Fundação Champalimaud.

Alguns medicamentos anti-depressivos promovem a produção de serotonina no cérebro, refere Zachary Mainen.

A molécula é produzida por células localizadas numa área do cérebro de difícil acesso, o que dificulta o seu estudo e para superar as limitações de trabalhos anteriores e explorar a função específica da serotonina, os investigadores da Fundação Champalimaud utilizaram uma combinação de luz e genética, uma técnica chamada optogenética.

Recorrendo à optogenética, colocaram uma proteína fotossensível nas células produtoras de serotonina naquela zona do cérebro dos ratinhos, e sempre que incidiam a luz neste pequeno grupo de células, havia libertação de serotonina.

Direcção-Geral do Consumidor alerta
A Direcção-Geral do Consumidor, enquanto entidade pública competente para assegurar a protecção dos direitos e interesses dos...

Estas alegações são invocadas para certos produtos referindo a existência de uma relação benéfica entre determinado alimento, categoria de alimentos ou um dos seus constituintes e a saúde humana, surgindo frequentemente em publicidade a produtos de emagrecimento, a produtos que prometem baixar o colesterol ou aumentar os níveis de cálcio ou reforçar o sistema imunitário, entre outros.

No exercício da competência de fiscalização que lhe está atribuída em matéria de publicidade, a Direcção-Geral do Consumidor detectou mensagens publicitárias que contêm:

  • Afirmações que atribuem determinados efeitos a produtos ou alimentos que não se encontram validadas do ponto de vista científico;
  • Omissão de informações essenciais sobre possíveis efeitos de determinados produtos ou alimentos na saúde;
  • Testemunhos de consumidores que afirmam ter ingerido determinado produto e obtido determinados resultados, recorrendo-se por vezes à imagem de figuras públicas, sem que a veracidade desses testemunhos seja comprovada;
  • Utilização de afirmações proibidas pela lei, relativas à perda de peso e emagrecimento rápido, que podem acarretar graves problemas para a saúde.

 

A Direcção-Geral do Consumidor alerta os consumidores para a necessidade de terem atenção às mensagens publicitárias que utilizam alegações de saúde. Em caso de dúvida e antes da compra, deverão informar-se sobre eventuais condicionantes, restrições e efeitos associados a esses produtos ou alimentos.

A Direcção-Geral do Consumidor informa que dirigiu uma recomendação nesta matéria aos operadores económicos e que adoptará as medidas necessárias para fazer cessar as práticas abusivas que sejam identificadas neste domínio, no exercício das suas competências sancionatórias em matéria de publicidade.

Consulte o documento "Recomendação aos agentes económicos relativa à utilização de alegações de saúde na publicidade" aqui.

 

Direcção-Geral da Saúde explica:
A notícia de que um médico norte-americano se conseguiu curar do vírus Ébola com a terapêutica experimental que está a ser...

“Não podemos concluir que esta nova subsistência contribui para a cura, porque há ainda um trabalho a ser desenvolvido em termos científicos”, explica à Renascença a médica da Direcção Geral da Saúde Paula Vasconcelos.

“Enquanto os ensaios clínicos controlados não forem feitos, não conseguimos distinguir cientificamente qual o papel que tiveram estes dois tratamentos experimentais”, precisa.

Paula Vasconcelos lembra que também um missionário espanhol tinha sido tratado com esta terapêutica experimental, mas acabou por morrer, pelo que há ainda muito caminho a percorrer na procura da cura desta doença.

O médico Kent Brantly esteve três semanas em isolamento num hospital em Atlanta, nos Estados Unidos, tendo recebido alta na quinta-feira, depois de ter sido submetido à terapêutica experimental.

O médico, de 33 anos, contraiu o vírus quando prestava assistência a doentes na Libéria, um dos países que mais tem sofrido com esta epidemia. A terapêutica experimental salvou-lhe a vida e, neste caso, pode mesmo falar-se em cura.

“Pode dizer-se que este paciente está curado da infecção pelo vírus Ébola, porque já não tem qualquer sintoma da fase aguda, uma vez que passou o período de recuperação de sintomas, independentemente dos cuidados e tratamentos que fez”, afirmou Paula Vasconcelos.

A missionária Nancy Writebol foi igualmente tratada com o medicamento experimental e também já recebeu alta.

O surto de Ébola já matou 1.350 pessoas segundo a última actualização da Organização Mundial de Saúde.

 

Eurobarómetro divulga:
Portugal é o segundo país europeu onde mais jovens consideram fácil arranjar heroína em 24 horas.

Os jovens portugueses estão a consumir menos drogas que em 2011 mas estão entre os que consideram mais fácil arranjar algumas substâncias como heroína e as chamadas drogas legais, que até ao ano passado eram vendidas sem controlo nas smart-shops. Um eurobarómetro revela que Portugal é o segundo país onde mais jovens consideram ser fácil arranjar heroína no espaço de 24 horas, escreve a versão digital do jornal i. Apesar de a maioria achar que é difícil, quatro em cada dez são desta opinião (24%) e só na Alemanha existe um maior sentido de que é fácil obter esta droga em tão curto espaço de tempo, com 30% dos inquiridos a dizerem que o fariam sem dificuldade.

No campo das drogas legais, Portugal surge como o país em que menos jovens consideram ser impossível obtê-las num prazo tão curto: apenas 8% consideram isso pouco provável contra uma média de 20% a nível europeu. Quatro em cada dez acham fácil arranjar estas drogas contra uma média de 25%.

O eurobarómetro procurou avaliar a percepção dos jovens entre 25 e 34 anos em relação ao consumo de drogas. Em comparação com o mesmo inquérito feito em 2011, os respondentes parecem mais sensibilizados em relação aos perigos e mais receptivos a medidas que proíbam ou restrinjam os consumos, mesmo no que toca ao tabaco e ao álcool.

O inquérito da Comissão Europeia destaca que Portugal surge em contracorrente, com diminuição nos consumos de cannabis. A tendência verifica-se também no Reino Unido, na Bélgica, na República Checa e na Holanda, com uma diminuição de 5 pontos percentuais da declaração de consumos nos últimos 30 dias. Em Portugal, 84% dos jovens dizem nunca ter experimentado cannabis, acima da média europeia de 69%, e o país surge entre aqueles onde há mais jovens favoráveis à sua proibição (66%). Já 7% admitiram ter experimentado as chamadas “drogas legais” e só 38% entendem que deviam ser proibidas, o que em Portugal já acontece.

 

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