Dia Mundial da Ajuda Humanitária – 19 de Agosto 2014
Para assinalar o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, que se comemora a 19 de Agosto, a União Humanitária dos Doentes com Cancro...

Vinculada ao lema ‘Quanto mais olharmos o cancro de frente, mais ele se afasta de nós’, a União Humanitária dos Doentes com Cancro é uma Associação Humanitária, de Solidariedade Social e de Beneficência, sem fins lucrativos, que procura apoiar os doentes com cancro e seus familiares, mediante a prestação de diversas valências de apoio, inteiramente gratuitas.

No nosso país, a União foi pioneira na criação de 4 tipos diferentes de apoio a doentes com cancro: consultas de Apoio Médico e de Psico-oncologia, Linha Contra o Cancro e Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico. Ao todo a União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC) disponibiliza 16 valências multidisciplinares – apostando no apoio psicológico e social, domiciliário, hospitalar e médico.

Cláudia Costa refere que “O humanitarismo é o pilar de intervenção da UHDC que serve de minimizador do sofrimento dos doentes. O cancro pode ser uma doença traumatizante, pelo que é fundamental dotar os doentes e os seus familiares de informação clínica sobre a doença.” A especialista avança ainda que “o apoio dado pela UHDC não é unicamente informativo. Procuramos diariamente conseguir corresponder aos anseios e expectativas de todos os doentes oncológicos e seus familiares, pelo que o apoio emocional ganha um grande peso na nossa actividade”.

O cancro é a segunda principal causa de morte em Portugal e a primeira no grupo etário entre os 35 e os 64 anos. Prevê-se que as taxas de incidência de cancro podem aumentar cerca de 20%, até 2020.

Para mais informações: http://www.doentescomcancro.org/

Também conhecida como febre hemorrágica
O Ébola é uma doença causada por um vírus cujos sintomas iniciais incluem febre, fraqueza extrema, d

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ébola apareceu em 1976 em dois surtos simultâneos no Sudão e na República Democrática do Congo. Este último foi numa aldeia situada próximo do rio Ébola, que deu nome ao vírus. A doença do vírus Ébola, também conhecida como febre hemorrágica, é altamente mortal (mais de 90% dos casos) e os sintomas iniciais incluem febre, fraqueza extrema, dores musculares e dor de garganta. Contudo, à medida que a doença se agrava o doente pode também apresentar vómitos, diarreias e mesmo hemorragia interna e externa. Uma vez que estes sintomas são comuns a outras doenças, o diagnóstico pode apresentar-se difícil.

O período de incubação do Ébola pode ir de dois dias a três semanas. Ou seja, “há 21 dias, que é o período máximo de infecção, durante o qual a pessoa pode estar infectada e ainda não tem sinais e sintomas. Dentro deste período largo, felizmente, este vírus não se transmite. Portanto, quando as pessoas vêm de um país qualquer afectado e vêm saudáveis e se integram na comunidade e fazem a sua vida de família, no seu bairro, no seu trabalho, enquanto se mantiverem saudáveis não constituem nenhum perigo para a sociedade”, disse a Subdirectora da Direcção-Geral da Saúde, Graça Freitas, à TVI24, acrescentando ainda que, “Se tiverem sintomas, só a partir desse momento é que se tornam infecciosas, contagiando outras pessoas através do contágio directo com líquidos orgânicos, com secreções, com vómitos, com sangue”.

Sintomas
A febre súbita costuma ser o principal sinal, acompanhada de fraqueza, dores musculares, dores de cabeça e de garganta. Para além destes, podem surgir no decurso da doença, náuseas, diarreias, feridas na pele, problemas hepáticos e mesmo hemorragia interna e externa. O período de incubação, entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas, pode ir dos dois aos 21 dias.

Indivíduos que tenham estes sintomas e suspeitem que possam estar infectados com o vírus não devem ir a correr para um serviço de urgência, mas sim ligar para Linha de Saúde24 (808 24 24 24) ou, se os sintomas forem muito exacerbados deve contactar o INEM através do 112.

Transmissão
O vírus transmite-se aos humanos através do contacto com animais, como morcegos, macacos, chimpanzés que estejam contaminados. Os morcegos da fruta são considerados os hospedeiros do vírus.

Entre humanos, o vírus pode propagar-se através do contacto directo com sangue contaminado, urina, fezes, fluidos corporais ou órgãos do doente. A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até sete semanas depois da recuperação clínica. Isto porque as pessoas permanecem contaminadas enquanto o seu sangue e as suas secreções contiverem o vírus.

O Ébola também se pode transmitir através do contacto com ambientes contaminados, por exemplo em funerais de vítimas, se outras pessoas tiverem contacto directo com o corpo do defunto.

Contudo Graça Freitas alerta que “não há hipótese de contágio através de um aperto de mão, um copo mal lavado, ou uma casa de banho de um avião”, sublinhando que “a vantagem nos países mais desenvolvidos é que as pessoas que desenvolvem sintomas e sinais habitualmente procuram cuidados médicos”.

Tratamento
Não existe cura nem um tratamento específico para a febre hemorrágica provocada pelo vírus do Ébola. A taxa de mortalidade situa-se entre os 25 e os 90%.

Aos doentes são administrados os tratamentos que costumam ser administrados nos cuidados intensivos, com destaque para a hidratação.

Existem várias vacinas em fase de teste, mas não estão ainda disponíveis para uso clínico, embora os doentes norte-americanos infectados, e que foram entretanto transportados para os Estados Unidos, tiveram acesso a uma vacina experimental com bons resultados.

Medidas anunciadas pela Direcção-Geral da Saúde

- Reforço da articulação internacional, nomeadamente com a Organização Mundial da Saúde, com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), em Estocolmo, e com outros Estados;

- Recomendação aos cidadãos para que ponderem viajar apenas em situações essenciais, tendo em atenção o princípio da precaução, apesar de não estarem interditadas, actualmente, viagens internacionais para áreas afectadas;

- Os viajantes são alertados para procurarem aconselhamento médico caso se verifique exposição ao vírus ou desenvolvam sintomas de doença;

- Portugal tem em estado de prontidão mecanismos para detectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus Ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação da doença;

- Estão previstas medidas para facilitar a evacuação e a repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus.

Hospitais e laboratório de referência em Portugal
Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infectados com o vírus do Ébola são os hospitais Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, e São João, no Porto. Já o laboratório de referência é o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Malo Clinic
O prognatismo mandibular (também denominado como mandíbula de Habsburgo ou mandíbula da Áustria) é u

Visualmente, as pessoas com prognatismo mandibular aparentam um lábio inferior maior que o superior (o que tecnicamente se denomina de inversão do lábio) e um queixo demasiado volumoso e proeminente, ficando com um perfil de aspeto côncavo, lembrando uma "meia-lua”, pouco estético, tanto para o sexo feminino com masculino. Na origem desta deformidade podem estar síndromes e anomalias específicas como a microssomia hemifacial ou o síndrome de Treacher Collins, entre outros.

Mais do que um problema inestético, o prognatismo mandibular condiciona uma má relação entre dentes superiores e inferiores, denominada de má oclusão ou má mordida, uma incorreta relação da articulação temporo mandibular, um mau condicionamento dos tecidos moles da orofaringe, afetando consequentemente mastigação, fonação e respiração.

Cedo se pode começar a diagnosticar este problema de crescimento e muitas vezes começamos a observar este desenvolvimento irregular em crianças de ambos os sexos, com 4/5 anos de idade, mas pode começar a manifestar-se em qualquer momento do crescimento.

Depois de clínica e radiograficamente avaliado, com a elaboração de um estudo cefalométrico e de crescimento ósseo mandibular, pode e deve-se começar a intervir precocemente. O mau crescimento maxilar superior e mandibular pode ser condicionado e guiado, através de tratamentos ortodôntico/ortopédicos faciais efetuados no departamento de Ortodontia.

Aparelhos mio-funcionais, estimuladores e inibidores seletivos do crescimento esquelético podem começar a ser usados desde os 4/5 anos de idade, que em conjunto com sessões de terapia da fala, para ensino do correto posicionamento da língua, podem travar o mau crescimento mandibular. Outros aparelhos, como a combinação de um disjuntor palatino com uma máscara facial pode ser uma das soluções de terapêutica ortopédica dento facial, para se corrigir o prognatismo mandibular em crianças a partir dos 7/8 anos de idade. Posteriormente, pode haver a necessidade de se complementar estes primeiros tratamentos, com a colocação de aparelho ortodôntico fixo superior e inferior para se efetuar o posicionamento dos dentes, dentro dos padrões e normas dentárias.

Quando diagnosticado tardiamente, ou seja fora da idade do desenvolvimento maxilar, o prognatismo mandibular não deixa de ter solução. A combinação de tratamento ortodôntico fixo com a realização de cirurgia (denominada de cirurgia ortognática) de redução mandibular, que pode ou não ser combinada com uma cirurgia de avanço maxilar superior, é uma solução segura e eficaz, que devolve o perfil e o sorriso estético que tanto desejavam, com uma mastigação, fonação e respiração eficaz.

Uma dentição bonita não é só o reflexo de uma boca sã e cuidada, mas também de uma mastigação eficiente e livre de problemas gengivais, resultado de um correto desenvolvimento oro-facial.

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Neuropatia óptica
No Glaucoma de Ângulo Fechado (estreito), existe predisposição ocular para o encerramento do ângulo
Glaucoma

Em Portugal, cerca de 200.000 pessoas apresentam hipertensão intraocular, das quais 1/3 sofre de Glaucoma. Cerca de 6.000 pessoas podem evoluir para cegueira irreversível e/ou degradação acentuada do campo visual, embora a doença possa ser controlada com assistência oftalmológica atempada e correcta adesão à terapêutica.

A idade e história familiar do Glaucoma são factores de risco da doença crónica.

A monitorização do Glaucoma deverá constituir uma atitude sistemática. O Glaucoma, é uma doença crónica que mesmo tendo sido sujeita a tratamento, poderá vir a ter uma evolução que justifique nova terapêutica, necessitando de um acompanhamento com avaliações periódicas que confirmem a estabilidade do quadro clínico ou detectem novos sinais patológicos.

Avaliação oftalmológica recomendada para detecção precoce do glaucoma

Idade (anos) Com factores de risco para Glaucoma
<40 2-4 anos
40-54 1-3 anos
55-64 1-2 anos
65 6-12 meses

Definição
O Glaucoma é uma neuropatia óptica progressiva que pode ou não estar associado a hipertensão intraocular.

O tipo de glaucoma mais frequente é o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA). O Glaucoma de Ângulo Fechado (GAF) é menos frequente e está sempre associado a hipertensão intraocular. O mesmo acontece com a forma mais rara de glaucoma, o Glaucoma Congénito (GC), que se manifesta no nascimento ou nos primeiros anos de vida.

No GC, a criança apresenta olhos grandes, com córneas grandes (megalocórneas) e turvas, e lacrimejo intenso. Sendo devido a uma alteração congénita do ângulo iridocorneano pouco lugar há para a prevenção.

No GAF, os olhos são geralmente pequenos e frequentemente existem sinais premonitórios antes das crises, como halos luminosos circundando os pontos de luz. Manifesta-se por crises agudas dolorosas. O risco é bilateral, embora possa diferir no tempo o aparecimento num e no outro olho, factor importante a ter em consideração após uma primeira crise aguda e face a sinais de alarme de repetição.

Os GPAA, porque têm uma instalação insidiosa, colocam o principal cuidado na prevenção, dado serem assintomáticos nas fases iniciais.

Os campos visuais deterioram-se à medida que a doença se vai desenvolvendo.

A escavação aumentada da papila óptica é a marca do Glaucoma (de todos os tipos de glaucoma).

A doença instala-se e progride sem que o doente se aperceba, pois a visão central (acuidade visual) permanece normal até uma fase avançada da doença.

O GPAA, por definição, não está associado a outra patologia sistémica ou ocular. Quando tal acontece recebe a designação de Glaucoma Secundário.

Factores de Risco

Como factores de risco para o Glaucoma, apontam-se:

  • História familiar de glaucoma;
  • Idade;
  • Raça negra;
  • Sexo feminino;
  • Acima dos 40 anos (no GPAA);
  • Data da última consulta de oftalmologia (há quanto tempo não é observado em oftalmologia).

Anamnese
A avaliação inicial de um suspeito de Glaucoma inclui a história familiar, antecedentes sistémicos e antecedentes oculares.

A medicação sistémica e ocular em curso deve ser considerada.

Sinais e Sintomas, Avaliação

No GAF (agudo), podem ocorrer:

  • “Olho vermelho”,
  • Visão turva;
  • Dor ocular ou supraciliar;
  • Halos corados circundando pontos de luz;
  • Na crise aguda, há pupila dilatada (midríase), geralmente ovalada de eixo maior vertical e não reactiva à luz.

No GPAA (crónico) não há sintomas, senão muito tardiamente.

O diagnóstico é feito pela verificação, no fundo ocular, de uma papila glaucomatosa associada a uma perda campimétrica. Obrigatoriamente, a avaliação do campo visual deve ser feita por campímetro computorizado. A tonometria revela, frequentemente, valores superiores a 21 mm Hg.

Prevenção
Acima dos 40 anos de idade, o disco óptico (retinografia), deve ser avaliado regularmente, sobretudo nos grupos de risco (história familiar de Glaucoma).

A medição da Pressão Intraocular (PIO), apesar de fazer parte do exame de rotina, é insuficiente como método de rastreio, já que uma parte significativa dos Glaucomas (GPAA) cursa sem hipertensão ocular.

Na suspeição de Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA), a avaliação inclui todos os componentes da vigilância oftalmológica do adulto com atenção especial para os factores fundamentais para o diagnóstico:

  • Fundo Ocular (alteração da escavação do disco óptico);
  • PIO (Pressão Intraocular) – considerados suspeitos valores acima dos 20-22 mm Hg;
  • Campos Visuais (inicialmente manifesta-se por escotomas na zona média “escotomas de Bjerrum” e aumento da mancha cega);
  • Acuidade Visual.

Tratamento
O tratamento do Glaucoma Congénito é cirúrgico.

O tratamento do Glaucoma de Ângulo Fechado é essencialmente cirúrgico, por iridotomia com laser ou iridectomia incisional.

O propósito do tratamento no GAF, é prevenir acessos agudos para preservar a função visual (avaliar sempre o olho adelfo em busca de um ângulo estreito e/ou evidência de risco de encerramento do ângulo).

O tratamento do GPAA é fundamentalmente médico, sendo a cirurgia considerada um recurso na falência do tratamento médico (casos em que a terapêutica não surtiu efeito, ou em que o doente não aderiu ao tratamento).

No GPAA, dada a ausência de sintomas na fase inicial da doença, é importante educar o paciente para adesão à terapêutica médica, uma vez que o doente não se apercebe do benefício.

Referenciação
Nos casos com sinais premonitórios típicos de GAF, o doente deve ser enviado com carácter urgente ao oftalmologista. Os sinais premonitórios são muitas vezes despertados por algumas medicações e situações que possam causar dilatação pupilar (ex.: ambientes escuros).

Perante a progressão incontrolável e inexorável de qualquer Glaucoma e suas consequências, a reabilitação visual e o apoio social, constituem recursos a considerar.

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Relatório do regulador americano do medicamento
A pasta de dentes Colgate Total contém uma substância que pode ser cancerígena, a triclosan. O alerta foi dado pela agência de...

A marca não terá dado importância aos testes feitos em animais e actualmente não existem certezas se o triclosan é nocivo para o ser humano. O jornal iOnline contactou a Colgate Portugal que não prestou esclarecimentos até à hora de fecho. O Infarmed deverá reagir nas próximas horas.

De acordo com a notícia da Bloomberg, a substância triclosan, encontrada na Colgate Total, tem sido associada ao aparecimento de doenças cancerígenas em animais. Um facto que não terá sido considerado relevante pela marca. Thomas Zoeller, professor da Universidade de Massachusetts, disse à Bloomberg que “quando existem estudos em animais que sugerem determinados cenários e não são tidos em conta, assume-se um risco significativo”.

Nessa investigação, a marca reagiu oficialmente afirmando que o produto é seguro, e passou por testes rigorosos antes de ser comercializado. A Colgate garantiu mesmo que a eficácia e a segurança do produto são asseguradas por mais de 80 estudos clínicos, que envolveram 19 mil pessoas.

Esta substância está identificada pelas autoridades americanas e europeias e que existem regras estabelecidas quanto ao seu uso e quantidades, escreve o iOnline. Em Portugal, fontes ligadas ao Infarmed explicaram que a presença desta substância não deverá provocar o alarme social. Ainda assim, o jornal apurou que a autoridade do medicamento deverá pronunciar-se em breve sobre a segurança desta pasta de dentes, que é comercializada em Portugal.

De acordo com a Bloomberg, os reguladores americanos estão actualmente a rever os perigos do triclosan, por se tratar de um produto químico doméstico usado para reduzir a contaminação de bactérias. Nos últimos anos várias marcas de cosmética e produtos de higiene, como a Avon e a Johnson & Johnson, têm anunciado a intenção de deixar de usar esta substância.

Outras dúvidas Com base nas informações do relatório da agência americana reguladora de alimentos e medicamentos (FDA), também não será seguro que o dentífrico trate a gengivite e impeça o aparecimento da placa bacteriana.

O jornal contactou ainda a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária, mas não obteve qualquer reacção.

 

Do século XIX
O projecto está a ser desenvolvido por nove universidades britânicas que estão a disponibilizar os seus textos mais relevantes...

O acervo vai ser disponibilizado gratuitamente e de forma livre online, e já há alguns exemplos na biblioteca do Internet Archive.

A nova biblioteca virtual recebeu o nome de UK Medical Heritage Library e vai ficar “localizada” no arquivo do Internet Archive que já conta com cópias de centenas de livros antigos, muitos deles impressos no século XIX.

Os primeiros livros já podem ser folheados online mas nos próximos dois anos serão digitalizadas muitas outras obras relacionadas com a medicina, desde textos sobre nutrição a estudos sobre desporto e anatomia.

Entre as instituições que estão a ceder as suas obras para o projecto contam-se a Universidade de Glasgow, a London School of Hygiene and Tropical Medicine, o King's College London, o Royal College of Physicians of London, o Royal College of Physicians of Edinburgh e o Royal College of Surgeons of England.

 

Visitas têm vindo a crescer
O acesso a sites relacionados com a área da saúde tem vindo a crescer entre os portugueses.

Nos seis primeiros meses do ano foram 2 milhões aqueles que consultaram moradas como o do SAPO Saúde, do Infarmed ou do Portal da Saúde.

O valor corresponde a 37,4% dos internautas nacionais que entre Janeiro e Junho visitaram mais de 33 milhões de páginas nestes sites, numa média de 15 por utilizador. O tempo total de navegação nestes sites foi de 477 mil horas, ou 13 minutos por utilizador.

O saúde.sapo.pt foi o endereço líder em utilizadores únicos, enquanto em páginas visitadas e tempo despendido, a liderança coube ao www.infarmed.pt, segundo dados do Netpanel meter da Marktest.

O saúde.sapo.pt recebeu durante a primeira metade de 2014, 878 mil visitantes diferentes. Em segundo ficou o www.portaldasaude.pt, com 746 mil utilizadores únicos e em terceiro o www.infarmed.pt, com 511 mil utilizadores únicos.

Em páginas visitadas, a liderança foi para o www.infarmed.pt, com 7,5 milhões, seguido pelo saúde.sapo.pt, com 4,6 milhões, e do www.portaldasaude.pt, com 3,3 milhões de páginas.

Em tempo despendido, o www.infarmed.pt liderou, com 99 mil de horas, seguido do saúde.sapo.pt, com cerca de 61 mil horas e do www.portaldasaude.pt, com 44 mil horas.

 

Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses
Os Açores terão dentro de dois anos os primeiros médicos especialistas em medicina legal, anunciou hoje o vice-presidente do...

“Dentro de dois anos teremos finalmente os primeiros médicos especialistas do quadro nos Açores, os quais já estão no segundo ano de internato”, frisou João Pinheiro, vice-presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário regional da Saúde, em Angra do Heroísmo.

Segundo João Pinheiro, já dois internos manifestaram interesse em exercer a profissão nos Açores, sendo que uma das médicas que está a tirar a especialidade em medicina legal é mesmo natural do arquipélago.

No entanto, até que os internos terminem a especialidade, o instituto de medicina legal vai realizar novos cursos de formação para que médicos de outras especialidades fiquem habilitados a realizar autópsias, no âmbito de um protocolo com o Governo Regional dos Açores, que já não era actualizado desde 2000.

Para o vice-presidente do INMLCF, a dispersão das ilhas e a falta de recursos humanos são os principais entraves a que o instituto garanta um serviço com qualidade semelhante ao que é oferecido no continente português.

“A nossa maior pecha são de facto os recursos humanos, esta actividade tem de ser desenvolvida por pessoas com competências próprias”, frisou, realçando que a medicina legal é uma especialidade médica.

Como o instituto não tem até ao momento “médicos suficientes” no seu quadro para cobrir o todo nacional, tem recorrido à prestação de serviços de médicos de outras especialidades com formação em medicina legal, existindo cerca de uma dezena nos Açores, seis em São Miguel e quatro na ilha Terceira.

O último curso deste género realizado nos Açores ocorreu há cerca de uma década, por isso o próximo para além de reforçar o número de peritos na região vai permitir aos médicos que actualmente realizam autópsias uma actualização de conhecimentos, segundo João Pinheiro.

O vice-presidente do instituto de medicina legal adiantou ainda que estão a contactar pessoas que já exerceram a actividade para que a retomem.

Com mais pessoas qualificadas e dispostas a exercer a actividade será possível, na opinião de João Pinheiro, “responder mais a tempo às perícias”,

Por sua vez, o secretário regional da Saúde dos Açores, Luís Cabral, salientou que este curso vai permitir que os médicos das ilhas mais pequenas o possam frequentar, porque será dado por módulos, com várias deslocações dos formadores à região, evitando-se desta forma que os médicos fiquem sem dar consultas nas suas ilhas durante dois meses.

 

País quer mais crianças
País quer aumentar número de crianças. Ayatollah Ali Khamanei quer reforçar “identidade nacional”. Os reformistas defendem que...

O Parlamento iraniano votou um projecto-lei que bane permanentemente intervenções cirúrgicas realizadas como forma de contracepção, avançou esta terça-feira a agência noticiosa oficial iraniana IRNA, citada pelo Público Online. A aprovação segue-se ao pedido do ayatollah Ali Khamanei para a criação de medidas que aumentem a taxa de natalidade no país.

O projecto-lei, aprovado por 143 dos 231 membros do Parlamento, proíbe as vasectomias e laqueação de trompas e bane a publicidade a métodos de controlo da natalidade.

A classe médica é também abrangida. Os médicos que violarem a medida serão punidos por lei, indica ainda a IRNA, sem indicar que tipo de punição será aplicado.

O projecto-lei segue agora para o Conselho de Guardiães (painel de teólogos e juristas nomeados pelo ayatollah Ali Khamanei), que irá verificar se as medidas votadas respeitam o Islão.

Números avançados pela agência noticiosa e citados pela Reuters indicam que a média da taxa de natalidade é de 1,6 crianças por mulher. Com base nestes dados, a população iraniana de mais de 75 milhões de pessoas ficaria reduzida para cerca de 31 milhões dentro de 80 anos, sendo que quase metade (47%) dos iranianos terá 60 anos. Números das Nações Unidas apontam, por sua vez, que a média de idade irá aumentar de 28, em 2013, para 40 em 2030, escreve a edição digital do Público

Num país onde os preservativos são distribuídos pela população e a política de planeamento familiar é largamente apoiada, o aborto também é permitido mas apenas em caso de risco para a vida da mulher ou se forem detectados problemas de saúde com o feto. Mesmo assim, a IRNA avança que, entre Março de 2012 e de 2013, pelo menos 12 mil mulheres interromperam a gravidez de forma ilegal.

A proibição de contracepção responde ao pedido feito ayatollah Ali Khamanei, em Maio, para que nasçam mais crianças e assim reforçar a “identidade nacional” e reagir contra os “aspectos indesejáveis dos estilos de vida ocidentais”.

O apelo do ayatollah é visto pelos reformistas como uma medida conservadora, destinada a reduzir o papel das mulheres com elevados níveis de escolaridade ao de mulher casada e de mãe.

 

Fabricante alerta
As reservas do medicamento experimental para o Ébola administrado a dois americanos e a um padre espanhol, que morreu esta...

Países como a Nigéria e a Libéria pediram o medicamento ZMapp e a fabricante, Mapp Biopharmaceutical, afirmou ter aceitado todos os pedidos autorizados pelas autoridades legais e regulatórias. Segundo a ZMapp a droga foi enviada sem custos nenhuns, escreve o Jornal de Notícias Online.

“É do nosso entendimento que todos os doentes a quem se irá oferecer tratamento, tratar ou esperar ser tratado são capazes de dar um consentimento informado para o uso de uma droga experimental, que ainda não foi avaliada pela segurança do uso em pessoas e animais”, afirmou a companhia em comunicado.

A Mapp e os seus parceiros, estão a trabalhar com o governo dos EUA para aumentar a produção do medicamento rapidamente, informou a empresa.

Anthony Fauci, director do Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, afirmou que oferecer uma pequena quantidade de uma droga experimental não irá ajudar a conter a epidemia, considerando que “não se controla uma epidemia com duas ou três doses de um medicamento”.

 

Ébola:
O Canadá anunciou na terça-feira que vai doar à Organização Mundial de Saúde até mil doses de um medicamento experimental...

A ministra da Saúde do Canadá, Rona Ambrose, disse em comunicado estar “satisfeita por oferecer a vacina experimental desenvolvida por investigadores canadianos para ajudar a lutar com o surto infeccioso".

Rona Ambrose disse que o Canadá vai doar entre 800 e 1.000 doses do medicamento, das cerca de 1.500 que detém.

O ministro da Saúde do Canadá precisou que a vacina, conhecida como VSV-EBOV, nunca foi testada nos seres humanos, apenas em animais, ainda que os resultados tenham sido animadores.

“O Canadá acredita que esta vacina experimental é um recurso global, pelo que estamos a partilhá-lo com a comunidade internacional, uma vez que temos uma pequena quantidade no Canadá”, afirmou Rona Ambrose.

 

“Uma nova era” contra a doença
A gigante farmacêutica francesa Sanofi anunciou hoje a entrega do primeiro medicamento contra a malária, que usa uma versão...

A Sanofi disse que o desenvolvimento semi-sintético do artemisinin - a principal arma contra a malária - sinalizava “uma nova era” contra a doença que é propagada através das picadas de mosquitos.

O artemisinin é normalmente derivado de uma planta, mas as condições meteorológicas podem afectar as colheitas, o que causa fortes variações no preço e frequentes falhas na distribuição.

De acordo com a Sanofi, foram feitos 1,7 milhões de tratamentos com a alternativa semi-sintética, que será enviada para o Burkina Faso, Burundi, República Democrática do Congo, Libéria, Niger e Nigéria nos próximos meses, no seguimento da 0luz verde' dada pela Organização Mundial de Saúde em Maio.

“Ao complementar a oferta de produtos de origem botânica, esta nova opção pode alargar o acesso ao tratamento de milhares de doentes com malária todos os anos”, disse a empresa em comunicado.

Segundo o último relatório da OMS sobre a malária, esta doença matou 627 mil pessoas em 2012, a maior parte crianças em África, havendo mais de 200 milhões de casos em todo o mundo.

 

Dia Internacional da Juventude
As Nações Unidas querem ajudar a levantar o véu sobre os problemas psicológicos que atingem a população jovem mundial, disse o...

“Para as celebrações do Dia Internacional da Juventude deste ano, as Nações Unidas querem ajudar a levantar o véu que mantém os jovens presos num círculo de isolamento e silêncio”, declarou Ban Ki-moon na sua mensagem. O tema do Dia Internacional da Juventude deste ano é "Juventude e Saúde Mental".

“Uma nova publicação das Nações Unidas demonstra que a cada ano 20% da população jovem mundial sofre uma doença de foro psicológico”, sublinhou o responsável.

Segundo Ban Ki-moon, os riscos são especialmente grandes, uma vez que estes problemas transitam da infância para a idade adulta. “Estigma e vergonha muitas vezes retêm o problema, prevenindo os jovens de procurar a ajuda de que necessitam”, acrescentou.

De acordo com o secretário-geral da ONU, as barreiras podem ser esmagadoras, particularmente em países onde os assuntos da saúde mental são ignorados e há falta de investimento nos serviços de saúde mental.

As pessoas com doenças mentais são discriminadas e isto deixa-as mais vulneráveis à pobreza, violência e exclusão social, tal como tem um impacto negativo na sociedade como um todo, sublinhou.

“Vamos relembrar que com compreensão e assistência, estes jovens podem prosperar e fazer contribuições valiosas para o nosso futuro colectivo”, afirmou o secretário-geral da ONU.

“Temos apenas cerca de 500 dias para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Temos de apoiar todos os jovens, especialmente os vulneráveis, se queremos ter sucesso nesta campanha histórica”, acrescentou.

Ban Ki-moon indicou que são necessários maiores esforços, a todos os níveis, para a consciencialização da importância do investimento e apoio aos jovens com doenças mentais.

“Mais educação é essencial para reduzir o estigma e mudar a forma como falamos e percepcionamos a saúde mental”, afirmou.

“Enquanto marcamos o Dia Internacional da Juventude 2014, vamos permitir que os jovens com doenças mentais realizem o seu potencial de forma plena e mostremos que a saúde mental é um assunto de interesse para todos”, referiu ainda.

O secretário-geral recebe hoje na sede da ONU, em Nova Iorque, jovens de vários países como parte das comemorações do Dia Internacional da Juventude.

Entre os jovens, está a moçambicana Raquelina Langa, que foi convidada a participar nas comemorações de hoje, em Nova Iorque, depois de Ban Ki-moon ter visitado a sua escola, em Maputo, em Maio.

Em 17 de Dezembro de 1999, com a resolução 54/120, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude (que decorreu em Lisboa, entre 08 e 12 Agosto de 1998), declarando 12 de Agosto o Dia Internacional da Juventude.

 

Desde 2010
Os desfibrilhadores automáticos externos, colocados em locais públicos, foram utilizados 39 vezes desde 2010, seis das quais...

A partir do próximo mês passa a ser obrigatória a disponibilização deste equipamento em diversos locais públicos, como estádios, estabelecimentos comerciais de grande dimensão, aeroportos ou estações.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) existem actualmente 531 espaços públicos com programa de DAE, 660 com equipamentos desfibrilhadores automáticos externos (DAE) e 7.394 operacionais de DAE com formação para os utilizar.

“A experiência internacional demonstra que, em ambiente extra-hospitalar, a utilização de DAE por pessoal não-médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas em paragem cardio-respiratória de origem cardíaca”, sublinha uma nota do instituto de emergência médica.

Assim, o INEM tem vindo a promover, desde 2010, a adesão de empresas e instituições ao Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, no âmbito da legislação em vigor.

A legislação que estabelece as regras para a utilização dos desfibrilhadores foi alterada em Agosto de 2012 e veio tornar obrigatória, até Setembro de 2014, a instalação de equipamentos de DAE em estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, sendo ainda obrigatória a existência destes equipamentos em aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem, recintos desportivos e de lazer, com lotação superior a cinco mil pessoas.

O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de eléctrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardio-respiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não um choque eléctrico.

 

Sindicato regista
A greve dos enfermeiros do Centro Hospitalar de Gaia regista hoje, na “maior parte dos serviços de internamento, uma adesão de...

A greve de hoje no Hospital de Gaia visa reivindicar a contratação de mais enfermeiros e exigir que as administrações tenham autonomia para admitir os profissionais necessários.

Em conferência de imprensa realizada à porta da unidade hospitalar, a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Fátima Monteiro, referiu que saíram deste hospital “cerca de 60 enfermeiros” e que “só estão a ser autorizadas admissões de 15”.

“Esta carência reflecte-se nos ritmos elevados de trabalho que recaem sobre os enfermeiros que cá estão”, sublinhou a dirigente sindical.

Estes profissionais “fazem horas e horas consecutivas, muito deste trabalho não é remunerado, deixam de ter folgas durante 15 dias, o seu horário é gerido quase diariamente. Isto é insuportável. Tem de haver por parte do Governo uma medida rápida para por fim à situação de grave ruptura que se está a viver nos hospitais”, disse.

“Há serviços em que a qualidade dos serviços está colocada em causa, há fecho de camas porque os colegas não conseguem, por muito esforço que façam, responder às necessidades dos utentes tanto em tempo útil como em qualidade de cuidados”, sublinhou Fátima Monteiro.

A nível nacional, segundo a dirigente do SEP, “faltam cerca de 25 mil enfermeiros, mas diariamente saem algumas centenas. É incrível que o Governo que se diz preocupado com os seus cidadãos obrigue jovens enfermeiros e outros profissionais altamente qualificados a deixar o seu país quando tão necessários são para as instituições”.

No Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia trabalham “930 enfermeiros”, acrescentou.

 

Com o tema: “Juventude e Saúde Mental”
Hoje comemora-se o Dia Internacional da Juventude sob o slogan “A Saúde Mental Importa”.

Criado por resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, todos os anos, a 12 de Agosto, celebra-se o Dia Internacional da Juventude. Este ano, “Juventude e Saúde Mental” dão o mote para as comemorações da data, que decorrem sob o slogan “A Saúde Mental Importa”, escreve o Portal da Saúde.

De acordo com a ONU, jovens com problemas de saúde mental muitas vezes podem experienciar estigma e discriminação, que por sua vez podem levar à exclusão e a desencorajar à procura de ajuda por medo de serem negativamente 'rotulados'.

Assim, o tema escolhido para as comemorações da data visa envidar esforços para superar o estigma e garantir que os jovens com problemas de saúde mental possam levar uma vida plena e saudável, livre de isolamento e vergonha desnecessária, e que permita os serviços e apoio de que necessitam.

Em Portugal, para assinalar o Dia Internacional da Juventude, 12 de Agosto, o Instituto Português do Desporto e Juventude convidou diversas entidades públicas e privadas a associarem-se à data e a disponibilizarem descontos e entradas gratuitas nas suas actividades/serviços a jovens, entre os 12 e os 25 ou 30 anos.

Os interessados podem encontrar as ofertas, por região, no Portal da Juventude.

 

Despacho publicado em Diário da República
Os hospitais públicos e as unidades locais de saúde com valências médicas e cirúrgicas de oncologia vão ter de assegurar uma...

Estes estabelecimentos de saúde têm o prazo de um ano para “assegurar a formação em cuidados paliativos” aos seus profissionais de saúde e comunicar à Administração Central do Sistema de Saúde a constituição das equipas, refere o despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.

O despacho refere que “os estabelecimentos hospitalares, independentemente da sua designação, e as unidades locais de saúde, integrados no Serviço Nacional de Saúde (...) com valências médicas e cirúrgicas de oncologia médica, devem assegurar a existência de uma equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos (EIHSCP)”.

Estas equipas devem integrar, no mínimo, profissionais das áreas da medicina, enfermagem e psicologia, todos com formação em cuidados paliativos, e por outros profissionais, nomeadamente para apoio administrativo, “sempre que o volume e a complexidade dos cuidados prestados o justifique”.

Cabe a às equipas garantir a prestação de cuidados paliativos aos doentes indicados pelos serviços hospitalares e devem propor, quando indicado, as transferências necessárias para outras tipologias de resposta paliativa.

Devem também prestar aconselhamento e apoio diferenciado em cuidados paliativos especializados a outros profissionais e aos serviços do hospital, aos doentes e suas famílias.

Prestar “assistência na execução do plano individual de cuidados aos doentes internados em situação de sofrimento decorrente de doença grave ou incurável, em fase avançada e progressiva ou com prognóstico de vida limitado, para os quais seja solicitada a sua actuação” é outras das competências destas equipas.

No caso de existirem unidades de terapêutica da dor nestes estabelecimentos de saúde devem ser integradas nas equipas de cuidados paliativos.

Os profissionais que integram a equipa de cuidados paliativos e o responsável pela sua coordenação são designados pelo conselho de administração do hospital e exercem as suas funções preferencialmente em regime de tempo inteiro, determina o despacho, que entra hoje em vigor.

 

Comissão de ética da Organização Mundial de Saúde aprova
A comissão de ética da Organização Mundial de Saúde aprovou hoje o uso de tratamentos experimentais no combate à febre...

"Perante as circunstâncias da epidemia e sob reserva de que determinadas condições sejam cumpridas, a comissão chegou ao consenso de que é ético oferecer tratamentos não homologados, cuja eficácia não é conhecida, nem os seus efeitos secundários, como tratamento potencial ou a título preventivo", explicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A comissão definiu como condições essenciais à utilização destes tratamentos "uma transparência absoluta relativamente aos cuidados, consentimento informado, liberdade de escolha, confidencialidade, respeito das pessoas, preservação da dignidade e implicação das comunidades".

Os peritos referiram a "obrigação moral de reunir e partilhar os dados sobre a segurança e a eficácia destas intervenções", que devem ser alvo de uma avaliação constante, com o objectivo de uma utilização futura.

Antes mesmo do anúncio da aprovação da OMS, os Estados Unidos prometeram enviar para a Libéria, um dos países mais atingidos pela epidemia, um soro experimental, disponível em quantidades reduzidas, para tratar os médicos liberianos actualmente infectados.

Este soro foi usado, com resultados iniciais positivos em dois médicos de nacionalidade norte-americana, já repatriados para os Estados Unidos.

Na segunda-feira, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou que o medicamento experimental ia ser enviado durante esta semana.

A OMS desmentiu hoje ter autorizado o envio deste tratamento para a Libéria, e esclareceu que a utilização de um medicamento novo em determinado país depende de acordos estabelecidos entre as autoridades sanitárias e os laboratórios, não requerendo qualquer autorização da organização mundial.

"A OMS não tem qualquer responsabilidade no envio de tratamento algum para os países (afectados) porque não temos qualquer tratamento de reserva", declarou a porta-voz, Fadela Chaib.

A epidemia de Ébola, que afecta a região da África Ocidental, já fez mais de mil mortos, em 1.848 casos suspeitos, de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde, actualizado na noite de segunda-feira.

Foram registados 11 novos casos e seis mortos na Guiné-Conacri, 45 novos casos e 29 mortos na Libéria, e 13 novos casos e 17 óbitos na Serra Leoa, não tendo sido registados novos casos ou vítimas mortais na Nigéria.

O vírus Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados. Não há vacina conhecida para a doença.

 

Ébola:
A febre hemorrágica Ébola que assola a África Ocidental superou a barreira dos mil mortos, com 1.013 vítimas mortais e 1.848...

Entre 07 e 09 de Agosto foram registados 52 mortos e 69 novos casos, indica o relatório. Foram registados 11 novos casos e seis mortos na Guiné, 45 novos casos e 29 mortos na Libéria, e 13 novos casos e 17 óbitos na Serra Leoa, não tendo sido registados novos casos ou vítimas mortais na Nigéria.

A epidemia ultrapassou os mil mortos durante o fim-de-semana.

A Libéria, um dos países mais afectados pela doença, vai receber dos Estados Unidos amostras de um soro experimental, enquanto a OMS se pronuncia hoje sobre a utilização de medicamentos não aprovados.

“A Casa Branca e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aprovaram o pedido da Libéria para disponibilizar “doses da amostra do soro experimental para tratar os médicos liberianos actualmente infectados”, afirmou a Presidente da Libéria na noite de segunda-feira.

Segundo o comunicado, o acordo surge na sequência de um pedido feito pela Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a 08 de Agosto, ao seu homólogo norte-americano Barack Obama.

 

Relatório da Unicef
Duas em cada cinco crianças viverão em África nos próximos 35 anos, estima um relatório da Unicef, que, por isso, apela ao...

“As elevadas taxas de fecundidade e o número crescente de mulheres em idade reprodutiva significam que, ao longo dos próximos 35 anos, perto de dois milhões de bebés vão nascer em África”, realça o “Geração 2030/Relatório sobre África”, apresentado hoje em Joanesburgo, na África do Sul.

As projecções da agência das Nações Unidas para a infância apontam para que, em 2050, cerca de 40% de todos os nascimentos venham a registar-se em África, onde o número de crianças chegará perto dos mil milhões.

“O futuro da humanidade é cada vez mais africano”, constata a Unicef, classificando o previsível “aumento sem precedentes da população infantil” como “uma oportunidade única" para os responsáveis políticos definirem "uma estratégia de investimento centrada na criança”, que se traduza em “benefícios” para África e o mundo.

Em 2015, mais de metade da população de 15 países africanos terá menos de 18 anos, incluindo Angola (54%) e Moçambique (52%).

O relatório chama a atenção para a Nigéria, onde já se verifica o maior número de nascimentos do continente e que, segundo as estimativas, em 2050, “contabilizará quase 10% dos nascimentos a nível mundial”.

A população nigeriana será 2,5 vezes maior, devendo atingir os 440 milhões de habitantes em 2050, e os menores de 18 anos aumentarão de 93 para 181 milhões.

Dos 54 países africanos, a Nigéria é o exemplo mais relevante, porque representa 16 por cento da população regional, mas todo o continente está em transição demográfica.

Moçambique está também no “top ten” dos países que, até 2050, mais contribuirão para o aumento populacional em África, devendo crescer em 33 milhões de habitantes. Os actuais 14 milhões de crianças do país lusófono aumentarão em 11 milhões.

A urbanização crescente do continente fará com que a maioria dos africanos viva em cidades, antecipa o documento. Se dentro de um ano 40% da população africana habitará em contextos urbanos, essa percentagem deverá aumentar para 60% até 2050.

Em 2015, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estarão no “top ten” (em 6.º e 8.º lugares, respectivamente) dos países africanos com maior percentagem de população urbana. Cabo Verde será também um dos países africanos mais densamente povoados.

Em comunicado, Leila Gharagozloo-Pakkala, directora regional da Unicef para a África Oriental e Austral, espera que estas projecções sirvam de “catalisador para um debate internacional, regional e nacional sobre as crianças africanas”.

Isto porque, sublinha, “investindo nas crianças de hoje – na sua saúde, educação e protecção” traria “vantagens económicas” a um continente onde, “apesar da melhoria”, ocorrem “metade de todas as mortes infantis do mundo”.

Em África, uma em cada 11 crianças morre antes dos cinco anos, taxa 14 vezes superior à média dos países de rendimento elevado, recorda a Unicef, estimando que, a manter-se este panorama, a mortalidade infantil “pode subir para próximo dos 70%” em 2050.

“As alterações demográficas profundas pelas quais a população de crianças africanas vai passar estão entre os problemas mais importantes que o continente enfrenta”, conclui o relatório. “Se o investimento nas crianças africanas não for considerado prioritário, o continente não conseguirá aproveitar plenamente esta transição demográfica”, alerta Manuel Fontaine, director regional da Unicef para a África Ocidental e Central.

 

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